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Jurisprudência TRF4 - Citação Página 1 de 1

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL CELETISTA. RJU.


RETORNO AO RGPS POR FORÇA DE EXTINÇÃO DO RJU. CÔMPUTO DO TEMPO DE
SERVIÇO COMO SE FOSSE INTEGRALMENTE PRESTADO NO RGPS. CÔMPUTO DAS
CONTRIBUIÇÕES VERTIDAS AO IPESC NO CÁLCULO DO AUXÍLIO-DOENÇA
PREVIDENCIÁRIO DA AUTORA. REVISÃO DO BENEFÍCIO. CÁLCULO DO SALÁRIO-
DE-CONTRIBUIÇÃO NOS MOLDES DO ART. 29, II DA LBPS, COM REDAÇÃO DADA
PELA LEI Nº 9.876/99. 1. Até a instituição do Regime Jurídico Único (RJU) pela Lei 8.112/91, os
servidores públicos municipais, exercentes de cargo exclusivamente em comissão, eram
vinculados ao regime celetista. A partir de então, mesmo os servidores comissionados passaram a
ter vínculo com tal regime. 2. A partir do RJU todas as Prefeituras Municipais ficaram obrigadas a
criar regime jurídico próprio, diverso do RGPS. Grande parte daqueles Municípios que não
conseguiam criar e/ou manter seu próprio regime previdenciário vincularam seus servidores ao
Regime Previdenciário do Estado. No caso dos autos, a autora esteve vinculada ao IPESC. 3. Com
a extinção do regime jurídico único através da Lei nº 9.717/98, houve o retorno dos ocupantes de
cargo exclusivamente em comissão, de livre exoneração, ao RGPS, tal como estabelecido no art.
1º, § 13 da EC 20/98, posteriormente regulamentado pela Lei 9.876, de 26.11.99, que deu nova
redação ao artigo 12 da Lei 8.213/91. 4. “Os servidores públicos municipais que retornaram ao
RGPS por força da extinção do RJU devem ter proteção especial do RGPS, para que não sejam
prejudicados pelo desacerto da tentativa de instituir-se regimes previdenciários próprios em todas
as municipalidades. Ouso dizer que, após o retorno, seu tempo de serviço deve ser considerado
como integralmente prestado com vinculação ao RGPS, sem quaisquer restrições, sob pena de
causar-se injustiça àqueles que não deram causa às mudanças de regime” (Turma Recursal de
Santa Catarina, Processo nº 2003.72.05.054521-4, Relatora Juíza Federal Eliana Paggiarin
Marinho, julgado em 30.04.2004, unânime). 5. Devida a revisão do benefício para que se compute
no período básico de cálculo – PBC – do benefício da autora as contribuições vertidas para o
IPESC no período em que trabalhou na Câmara Municipal de São José. 6. Inconstitucionalidade
da expressão “no mínimo” constante no art. 3º, caput, da Lei 9.876/99, por violar o princípio da
legalidade, na sua modalidade reserva de lei (art. 5º, II, da CF); e da própria regra de transição, por
violar o princípio da igualdade (art. 5º, caput, da CF), ao tratar de forma injustificadamente
desigual os segurados filiados à Previdência Social até a véspera da publicação da Lei 9.876/99.
Subsistência da regra de transição apenas para o estabelecimento do termo inicial do PBC, em
julho de 1994, que não prejudicou os filiados até a data da sua publicação. 7. Ilegalidade do § 2º
do art. 32 do Decreto n. 3.265/99 e do § 20 do art. 32 do Decreto 5.545/05 por afronta ao art. 3º da
Lei 9.876/99 e ao art. 29, II da Lei 8.213/91, em sua redação atual, por criarem restrição não
imposta pelas leis por eles regulamentadas, o que é vedado constitucionalmente. 8. É inaplicável a
alteração do art. 29, II, pela MP 242/2005, no período decorrido entre a sua edição e a rejeição
pelo Ato Declaratório 1º do Senado Federal, de 20.7.2005, por ter sido editada em afronta à
Constituição: não havia urgência para tanto, como decidiu o Ministro Marco Aurélio ao proferir,
em 1º de julho de 2005, decisão monocrática no julgamento de liminar na ADI 3.467. 9. Devido o
recálculo do salário-de-benefício nos moldes do art. 29, II, da Lei 8.213/91, na redação dada pela
Lei 9.876/99. 10. Recurso da autora ao qual se dá provimento. (, RCI 2006.72.50.004334-3,
Primeira Turma Recursal de SC, Relator Andrei Pitten Velloso, julgado em 30/07/2008)

http://www.trf4.jus.br/trf4/jurisjud/citacao.php?doc=TRF400172662 17/02/2011

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