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FACULDADES INTEGRADAS DE JACAREPAGUÁ

MARCIO LUCAS DA CRUZ

DADOS ANTROPOMÉTRICOS EM ESCOLARES DE UMA

UNIDADE ESCOLAR ESTADUAL DE SANTA CATARINA


CRICIUMA, OUTUBRO DE 2010
MARCIO LUCAS DA CRUZ

DADOS ANTROPOMÉTRICOS EM ESCOLARES DE UMA

UNIDADE ESCOLAR ESTADUAL DE SANTA CATARINA

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado


para obtenção do grau de Pós-graduação no
curso de Educação Física Escolar da
Faculdade Integrada de Jacarepaguá, FIJ.

Orientador(a): Prof. (ª) MSc.Flavia Helena


Barbosa Rodrigues

CRICIUMA, OUTUBRO DE 2010


MARCIO LUCAS DA CRUZ

DADOS ANTROPOMÉTRICOS EM ESCOLARES DE UMA

UNIDADE ESCOLAR ESTADUAL DE SANTA CATARINA

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado


pela Banca Examinadora para obtenção do
Grau de Pós-graduação, no Curso de
Educação Física Escolar da Faculdade
Integrada de Jacarepaguá com Linha de
Pesquisa em Educação Física Escolar

Criciúma, xx de ..............de 200x. (data da defesa)

BANCA EXAMINADORA

Prof. Flavia Helena Barbosa Rodrigues - (FIJ) - Orientador

Prof. Fulano de Tal -Titulação - (Instituição)


AGRADECIMENTOS

À minha família, pelo apoio e incentivo constantes.


À Kristan Madeira, pelo auxílio na elaboração deste trabalho.
RESUMO

O uso da antropometria no espaço escolar é fundamental para auxiliar na


compreensão do desenvolvimento corporal de crianças e adolescentes. Descreveu-
se a distribuição de variáveis e índices antropométricos selecionados de uma
amostra 77 escolares 2010, com base em um banco de dados previamente
coletado. Os índices antropométricos idade, massa corporal, estatura e índice de
massa corporal foram comparados os valores das medias dos escolares entre os
sexos. Após a coleta os dados foram lançados no programa de computador SAPAF
Jovem versão 1.0 para analise dos componentes da composição corporal, a partir
das medidas aferidas de peso e estatura foi calculado o índice de massa corpórea
(IMC) por meio do quociente peso corporal/estatura2, para tanto o programa. Foi
utilizada uma estatística descritiva, bem como, o teste t de Student para amostras
independentes para verificar possíveis diferenças entre os grupos. Para tabulação
dos dados utilizou-se planilhas do programa Microsoft Excel versão 97, e a análise
estatística foi feita através do programa SSMA. Na variável massa corporal e IMC
apresentaram resultados superiores aos do sexo feminino 37 alunos, quando se
comparou a média da variável estatura e idade , verificou-se que não ocorreram
diferenças estatisticamente significativas entre os sexos. Sendo assim, pode-se
afirmar que os grupos masculinos e femininos apresentam semelhanças e
diferenças estatisticamente significativas(p<0,05), dentro faixa de idade verificada.
A media do índice de massa corporal (IMC) dos escolares mensurados encontrasse
dentro da faixa recomendada segundo o programa SAPAF.

Palavras-chaves: avaliação antropométrica, composição corporal e a análise


estatística
Abstract

The use of anthropometry at school is crucial to help understanding the body


development of children and adolescents. He described the distribution of
anthropometric variables and selected a sample of 77 schools in 2010, based on a
database previously collected. Anthropometric indexes age, body mass, height and
body mass index values were compared from mean of schoolchildren between the
sexes. After collecting the data were entered into the computer program SAPAF
Young version 1.0 for analysis of body composition components, from the measured
values of weight and height was calculated body mass index (BMI) by the weight
ratio corporal/estatura2 , both for the program. We used descriptive statistics and the
Student t test for independent samples to identify possible differences between the
groups. Data analysis used the spreadsheet program Microsoft Excel 97, and
statistical analysis was performed using the EHS program. In variable weight and
BMI showed higher results than females 37 students, when comparing the average
of variable height and age, it was found that there were no statistically significant
differences between the sexes. Thus, one can say that the male and female groups
were similar and statistically significant differences (p < 0.05), within the age range
observed. The mean body mass index (BMI) measured the students found within the
range recommended under the program SAPAF.

Keywords: anthropometric assessment, body composition and statistical analysis


SUMÁRIO
MARCIO LUCAS DA CRUZ..........................................................................................................1
RESUMO............................................................................................................6

REFERÊNCIAS...........................................................................................................42
7

INTRODUÇÃO

Iniciando o ano letivo na disciplina de Educação Física, trabalhando com

adolescentes, deparei-me sempre com a obesidade de alguns alunos, situação que

está evoluindo de forma rápida e aparente desnutrição em outros.

Senti a necessidade da continuidade em poder contribuir no processo

formativo dos jovens, e lhes propiciar mais oportunidades de informação na

aquisição de hábitos na área da saúde, que os favoreçam na busca da qualidade de

vida, duradoura e saudável ao longo de suas vidas.

O Estado de Santa Catarina possui vários projetos de obesidade em

escolares que usam de forma intensiva os recursos das universidades, causando

impactos somente a nível estático não provocando mudanças de princípios e hábitos

de vida. Partindo deste princípio, fomos motivadas pelo interesse em continuar a

ampliação de conhecimentos e a extensão de programas de obesidades em

escolares, também, visando contribuir para amadurecer o debate sobre a

importância desta áreas na saúde publica de toda. Entendemos que essa pesquisa

é pertinente e necessária pela contribuição que pode fornecer ao esforço pelo

equilíbrio entre a pesquisa estática e um plano de ação.

Monteiro propôs, em 1989, o estabelecimento de um sistema nacional de

monitoria do crescimento infantil no Brasil, viabilizado com a coleta anual da estatura

de todos os alunos ingressantes nas escolas de primeiro grau do país.

Pois um dos grupos mais vulneráveis a essa patologia obesidade é o grupo

de adolescentes, pois segundo Fonseca, V de M, et al (1998) um adolescente

obeso, apresenta maior probabilidade de se tornar um adulto obeso.


8

Segundo Neves (2006) em médio prazo, as informações geradas auxiliariam

na avaliação do grau de sucesso das políticas nacionais e regionais de

desenvolvimento. Foram realizados alguns censos de estatura de escolares

ingressantes na primeira série do primeiro grau em estados do Nordeste, como

Paraíba, Ceará e Piauí e em algumas cidades do Sudeste e Sul como Osasco, São

Paulo e Florianópolis, Santa Catarina, mas apenas como pesquisas pontuais e não

como rotina de vigilância de crescimento.

A experiência que temos na área educacional foi de extrema relevância para a

execução desse trabalho. Já tendo trabalhado em escolas de ensino fundamental da

rede particular e pública na região do extremo sul catarinense, o que nos deu

maturidade profissional e intelectual, acrescido ainda, de participação em projetos,

programas e pesquisas sobre a temática de dados antropométricos.

A primeira ação foi coletar e processar os dados antropométricos dos

escolares.

Definindo entre aos múltiplos métodos para avaliação e programas do estado

nutricional, o seu estabelecimento ao nível de campo tem se constituído em

permanente desafio para os que trabalham na área da educação física em Saúde

Pública. É consenso nesta área a necessidade do desenvolvimento de métodos

adequados que possam estabelecer de forma, simples e não custosa o estado

nutricional de populações sob risco.

Segundo Pinheiro (2008) ao apresentar dados estáticos provocamos

algumas reflexões relativas à necessidade de pactuação entre Estado, sociedade e

mercado para a efetivação de medidas capazes de atuar positivamente no controle


9

da obesidade e conseqüente melhoria das condições de saúde e nutrição da

população brasileira.

De acordo com Araújo e Petroski (2001), a obesidade é um problema de

saúde pública de grande importância principalmente em crianças e adolescentes em

fase escolar, pois dificulta o processo de crescimento físico e aprendizagem do

indivíduo, cabendo aos profissionais de Educação Física diagnosticar estes

problemas e o devido auxílio na promoção de qualidade de vida destes indivíduos.

Atualmente, as relações entre a atividade física e obesidade configuram-se

como objeto de estudo prioritário e as evidências na literatura apontam associação

entre o excesso de peso na adolescência e agravos à saúde na idade adulta, pois o

excesso de gordura corporal, além de ser fator de risco para diversas doenças,

prejudica o desempenho físico.

Nas escolas, a Educação Física representa vários fatores de intervenção,

sejam eles de cunho social ou de desenvolvimento humano (físico, motor, cognitivo,

afetivo, etc.), sendo que este estudo baseia-se no princípio do desenvolvimento

motor através da prática regular da Educação Física nas escolas.

Muitos estudos são feitos na área esportiva em todo mundo, buscando sempre

melhores resultados ou uma melhora na qualidade de vida da população. Obter

informações quanto ao status de saúde de amostras significativas são muito

importantes no diagnóstico e acompanhamento do desenvolvimento de uma

população específica. A inexistência dessas informações deverá inibir a realização

de avaliações sistemáticas confiáveis que possam levar, necessariamente, a um

melhor atendimento em relação à qualidade de vida de tal população.


10

A tarefa de verificar os índices de aptidão física em adolescentes é um tanto

quanto difícil e necessita de muita cautela e cuidados especiais, devido ao fato de

ser nesta fase de desenvolvimento que ocorrem as maiores transformações físicas

nos adolescentes. Vários testes podem diagnosticar um padrão de aptidão motora,

sempre considerando aspectos do meio ambiente, aspectos sócio-culturais,

nutricionais e de maturação aos quais estão inseridos estes indivíduos.

Adotando pela facilidade e objetividade o Sapaf programa de avaliação e

prescrição de programas de exercícios físicos de indivíduos adultos, o Sapaf Adulto

reúne os mais recentes modelos apresentados pela comunidade científica

associados com a eficiência de técnicas computacionais avançadas. Estas

características garantem a qualidade e a confiabilidade das informações

apresentadas.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais voltados para a

Educação Física, devemos analisar alguns padrões de estética, beleza e saúde

presentes no cotidiano, buscando compreender sua inserção no contexto em que

são produzidos e criticando aqueles que incentivam o consumismo. Então é papel

da Educação Física Escolar, trabalhar temas oriundos da saúde no âmbito

educacional.

Pensando nestes fatores o presente estudo teve o objetivo geral de analisar

medias de massa corporal, estatura, IMC, segundo sexo e idade, apresentar o perfil

dos alunos de acordo com as variáveis investigadas Verificar se as diferenças

encontradas entre sexo são significativas e verificar media do IMC encontra-se

dentro faixa recomendada. Conseqüentemente com os objetivos específicos


11

Analisar o crescimento físico em amostra representativa de crianças e

adolescentes da população escolar.

O referencial teórico que embasa cientificamente o trabalho se

fundamenta em autores como Guedes (2003), santos, (2003), Wilmore (2001),

Petroski (1998), Nahas (2005), sendo constituído de capítulos e sub-capítulos com

os seguintes título: obesidade, hábitos alimentares , subnutrição, hipernutrição,

avaliações nutricionais, diferenças entre meninos e meninas.


12

JUSTIFICATIVA

Pelos noticiários e programas de TV somos informados sobre excesso de

peso corporal entre os jovens vem crescendo significativamente em diversos países,

inclusive no Brasil, e mudanças nos padrões de atividade física acompanharam essa

tendência. Estudos com crianças e adolescentes observaram que a diminuição da

prática de atividades físicas nas escolas e nas comunidades pode ser, em parte,

decorrente do aumento do tempo despendido diante da TV ou do computador.

Levantamentos nacionais e internacionais também encontraram forte

associação entre baixos níveis de atividade física e aumento na prevalência de

sobrepeso em adolescentes.

A participação do profissional de Educação Física dentro das escolas e

fundamental para frear este processo. Possuir conhecimento para selecionar

ferramentas capazes de diagnosticar, cientificamente a existência de obesidade e

desnutrição, adequados a população escolar qual ele atende.

Estes dados tanto vão orientar a metodologia a intensidade e o volume das

atividades praticas aplicadas durante o anos letivo.

A importância em determinar os componentes corporais reside na estreita

relação do aumento da gordura corporal, ou índices muito baixos , assim como da

sua distribuição e possíveis distorção da imagem corporal. O professor de educação

física com um banco de dados com as informações corporais dos seus alunos com

um acompanhamento anual rigoroso se torna um agente poderoso no combate as

doenças ligadas ao sedentarismo.


13

OBJETIVOS

Objetivo geral

Descrever a distribuição de variáveis e índices antropométricos de escolares

de 10 a 14 anos de uma escola da rede pública estadual de ensino da cidade do

Urussanga, no ano de 2010.

Objetivos específicos:

Apresentar as medias de: idade, massa corporal, estatura, IMC, verificar a

existência de diferenças estatisticamente significativas entre os sexos.

Analisar o crescimento físico em amostra representativa de crianças e

adolescentes da população escolar.

Identificar os casos de obesidade, desnutrição e distorção da imagem

corpora.
14

METODOLOGIA

População de estudo e amostragem

O presente banco de dados foi gerado em escolares, da Escola Estadual

Básica Caetano Bez Batti realizada pelo Professor de educação física: Marcio Lucas

da Cruz em parceria com a professora de educação física Nivalda Margno , no

primeiro semestre de 2010.

Este estudo caracterizou-se como descritivo comparativo. A amostra foi

composta por 40 alunos do sexo masculino e 37 alunos do sexo feminino com idade

entre 11 à 14 anos, da escolas de ensino fundamental na cidade de Urussanga - SC.

Coleta de dados

As medidas antropométricas foram obtidas na própria escola. Sala de

avaliação física. Todos os alunos das turmas escolhidas presentes no dia da

avaliação foram avaliados exceto aqueles fora faixa de idade.

A data de nascimento foi obtida na ficha escolar e a idade foi calculada com base no

dia da coleta de dados.

Os procedimentos antropométricos utilizados na Pesquisa seguiram a

padronização proposta por PETROSKI (1999). A massa corporal foi obtida uma

única vez, utilizando-se balança com precisão de 100 gramas com os escolares

usando o mínimo de roupa possível.


15

Para a medição das dobras cutâneas triciptal e subescapular, utilizou-se o

adipômetro Cescorf, com precisão de 0,1milímetros (mm). Foram realizadas três

medições no lado direito do corpo para cada uma das dobras cutâneas, sendo

utilizada a média entre as três medidas. A dobra cutânea triciptal também foi aferida

no ponto médio do braço e a dobra cutânea subescapular foi pinçada abaixo do

ângulo inferior da escápula direita, aproximadamente a 45° do plano horizontal. Na

aferição de ambas as dobras, o observador manteve-se atrás do indivíduo, que

permaneceu de pé com os braços estendidos ao longo do corpo e as palmas das

mãos voltadas para as coxas.

Após a coleta os dados foram lançados no programa de computador SAPAF

Jovem versão 1.0 para analise dos componentes da composição corporal, a partir

das medidas aferidas de peso e estatura foi calculado o índice de massa corpórea

(IMC) por meio do quociente peso corporal/estatura2, para tanto o programa gerou o

percentual de gordura relativa (%), gordura absoluta e massa magra.

Foi utilizada uma estatística descritiva, bem como, o teste t de Student para

amostras independentes para verificar possíveis diferenças entre os grupos. Para

tabulação dos dados utilizou-se planilhas do programa Microsoft Excel versão 97, e

a análise estatística foi feita através do programa SSMA.


16

1 AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO

Dados antropométricos são de vital importância para acompanhamento e

avaliação das dimensões corporais do homem, no intuito de avaliar, tendo que

interpretar os resultados das variáveis levando a uma classificação, diagnóstico e

prognóstico (GUEDES, 2003).

Dessa forma, o estudo da composição corporal, principalmente a avaliação da

quantidade de gordura corporal de da massa corporal magra, é muito importante

durante a infância e adolescência, pois pode especificar essas proporções corporais

(PETROSKI,1999)

Os riscos de doenças cardiovasculares e outras complicações para a saúde

são relativamente grandes, quando meninos e meninas ultrapassam,

respectivamente, a faixa de 25% e 30% de gordura corporal relativa. Crianças, com

gordura corporal relativa acima desses valores, apresentam maior pressão arterial

sanguínea sistólica e diastólica, elevado colesterol total e relação do nível do

colesterol de baixa densidade, LDL, com o colesterol de alta densidade, HDL. Por

outro lado, padrões de gordura muito baixo, menos de 10% da massa corporal total,

podem estar associados à desnutrição (WILLMORE & COSTILL, 2001).

O estado nutricional é um reflexo de diversos fatores que vão além da

alimentação e exercem certa influência sobre a saúde de uma população. O estado

de nutrição também pode ser determinante de agravos no crescimento e

desenvolvimento infantil, o que ressalta a importância da avaliação nutricional para

detectar o impacto destes fatores na saúde, identificando o grau de nutrição de um

indivíduo (MARINS et al., 1995; MONTEIRO et al., 2000).


17

A antropométrica, definida como método de avaliação do tamanho,

proporções e composição do corpo humano (PETROSKI,1999).

O crescimento somático e a maturação física podem ser influenciados por

inúmeros fatores que atuam, independentemente ou em conjunto, para alterar o

potencial genético individual. O estado nutricional, incluindo a injesta de nutrientes

específicos, parece ser o principal determinante do crescimento (SANTOS, 2007).

Coleta de dados antropométricos permite orientar o planejamento, execução e

avaliação de programas de saúde em uma determinada população ( NEVES,2001).

As recentes e profundas alterações nos hábitos de vida, no que se refere a

uma alimentação com consumo excessivo de alimentos ricos em gordura saturada,

bebidas hipercalóricas e baixos níveis de atividade física, determinaram uma

pandemia de sobrepeso e obesidade, e suas conseqüentes morbidades, as doenças

cardiovasculares isquêmicas e o diabete melito não insulino dependente

(GUEDES,2001).

A avaliação da composição corporal permite a quantificação dos

componentes estruturais do corpo. Considerar aspectos maturacionais na

composição corporal é imprescindível na interpretação das tendências fisiológicas

peculiares à criança em crescimento ( SANTOS, 2007).

A antropométrica é universalmente aplicada na avaliação da saúde e dos

riscos nutricionais por ser de baixo custo e não-invasiva (PETROSKI, 1999).


18

O uso da antropométrica é importante em todas as fases da vida e, mais do

que permitir uma avaliação individual, pode refletir as condições de saúde e

socioeconômicas de grupos populacionais (CAMPISTA, 2003).

A avaliação da composição corporal permite a quantificação dos

componentes estruturais do corpo. Considerar aspectos maturacionais na

composição corporal é imprescindível na interpretação das tendências fisiológicas

peculiares à criança em crescimento ( SANTOS, 2007).


19

2 OBESIDADE

Na história da humanidade, ganho de peso e depósito exagerado de gordura

foram vistos como sinais de saúde e prosperidade. Em tempos de muito trabalho e

freqüente falta de alimentos, assegurar uma ingestão energética adequada para

manter as necessidades mínimas de sobrevivência, foi indispensável para a

evolução da espécie humana, durante séculos e séculos de privações e carências

calórico-protéicas, onde era necessário muito trabalho, principalmente físico, para a

obtenção e preparo dos alimentos (GUEDES, 2003).

Para (Guyton & Hall, 2002), a obesidade é causada por excesso de

suprimento de energia em relação ao seu consumo. O autor ainda sugere que, para

cada 9.3 Calorias de energia em excesso que penetram no organismo, ocorre

armazenamento de 1 grama de gordura.

A obesidade também pode ser dividida em hiperplásica (o aumento

significativo de adipósitos) e hipertrófica (aumento do volume dos adipósitos).

Existem também classificações quanto à distribuição de gordura, como: (I) andróide,

conhecida como obesidade central ou em forma de maçã, que é o acúmulo de

gordura na região do tronco, e (II) ginóide, conhecida como obesidade periférica ou

em forma de pêra, que o acúmulo de gordura abaixo da cintura, na região glúteo-

femural. A obesidade andróide, central ou abdominal é observada com mais

freqüência em homens e a obesidade ginecóide ou femural são comuns em

mulheres o que indica o perfil estrogênico (Guyton & Hall, 2002)

Hoje, existem facilidades para se obter alimentos, e o padrão de vida está

cada vez mais sedentário, as pessoas comem cada vez mais e se movimentam
20

cada vez menos, levando a um superávit calórico que favorece a obesidade em

pessoas com predisposição genética, tornando-se então uma ameaça que cresce

em grandes proporções, com prejuízos à saúde dos habitantes da maioria das

nações, principalmente as do mundo ocidental (GUEDES, 2003).

O que antes era preocupação, hoje é realidade e tem chamado a atenção da

comunidade científica internacional, pelo fato de ser uma doença grave,

multifacetada e complexa.

O acúmulo excessivo de gordura corporal define obesidade integrante do

grupo das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), sendo conseqüência de

balanço energético positivo, que acarreta repercussões à saúde, com perda

importante não só na qualidade de vida, bem como na quantidade de vida

(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2003).

Programas de estudos epidemiológicos estão sendo implementados, com

resultados que tem permitido avaliar a presença e o avanço da doença. Estudo

realizado no final da década de 1980 revelou números bastante esclarecedores

acerca da prevalência do sedentarismo na população brasileira. Das 2003 pessoas

entrevistadas, 33% declararam praticar exercícios regularmente e somente

10%admitiram fazê-lo com freqüência superior a duas vezes por semana. O

principal25 motivo alegado para a prática da atividade física, foi a manutenção da

saúde e da.

resistência física (FERREIRA, 2005).

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) têm revelado uma

proporção crescente de adultos com sobrepeso e obesidade, cerca de 50% dos

adultos dos Estados Unidos, Canadá e de alguns países da Europa Ocidental

apresentam índice de massa corporal (IMC), obtido através da equação (peso em


21

kg/altura em m2), superior a 25kg/m², e em alguns subgrupos a prevalência de

sobrepeso é superior a 70% (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 1999, apud

SUNE, 2007).

Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística No Brasil,

a prevalência de obesidade em adultos pode ser considerada um problema de

saúde pública. Um estudo de base populacional realizado numa cidade do sul do

Brasil, incluindo a população adulta, revelou uma prevalência de 21% entre homens

e mulheres. Mais recentemente, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2002-

2003), revelou uma prevalência de sobrepeso e obesidade de 41,1% entre os

homens e 40% entre as mulheres, acima de 20 anos (H.O.O, 1999, apud SUNE,

2007).

2.1 Doenças associadas à obesidade:

Síndrome metabólica, também conhecida como síndrome X, síndrome da

resistência à insulina, quarteto mortal, ou síndrome plurimetabólica é caracterizada

pelo agrupamento de fatores de risco cardiovascular, como hipertensão arterial,

resistência à insulina, intolerância à glicose/diabete tipo2, obesidade central e

dislipidemia, (LDL-colesterol alto, triglicérides alto e HDLcolesterol baixo). Esses

estudos, demonstram que os benefícios da atividade física sobre a obesidade

podem ser alcançados com intensidade baixa, moderada ou alta, indicando que a

manutenção de um estilo de vida ativo, independentemente de qual atividade

praticada, pode evitar o desenvolvimento destas doenças (GUIMARÃES, 2004).

Estudos epidemiológicos e de coorte, têm demonstrado forte associação entre

obesidade e inatividade física (FERREIRA, 2005).),


22

Para o tratamento da obesidade, é necessário que o gasto energético, seja

maior que o consumo energético diário, o que nos faz pensar que uma simples

redução na quantidade de alimento através da dieta alimentar seja suficiente. No

entanto, isto não é tão simples; tem sido demonstrado que a mudança de estilo de

vida, através de aumento na quantidade de atividade física praticada e

reeducaçãoalimentar, é o melhor caminho (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS

MEDICINE,2001).

O gasto energético diário é composto de três grandes componentes:taxa

metabólica de repouso (TMR), efeito térmico da atividade física (ETAF), efeito

térmico da comida (ETC) (CIOLAC; GUIMARÃES, 2004).

A taxa metabólica de repouso (TMR), que é o custo energético para manter

os sistemas funcionando no repouso, é o maior componente do gasto energético

diário (60 a 80% do total). O tratamento da obesidade, apenas através de restrição

calórica pela dieta, leva a uma diminuição da TMR (através de diminuição de massa

muscular) e do ETC, o que leva a redução ou manutenção na perda de peso, e a

tendência de retorno ao peso inicial, apesar da restrição calórica continuar

contribuindo para uma pobre eficácia de longo período dessa intervenção

(ERIKSSON; TAIMELA; KOIVISTO, 1997).

No entanto, a combinação de restrição calórica com o exercício físico ajuda a

manter a TMR, melhorando os resultados de programa de redução de peso de longo

período. Isso ocorre, porque o exercício físico eleva a TMR, após a sua realização,

pelo aumento da oxidação de substratos,níveis de catecolaminas e estimulação de

síntese protéica (FERREIRA, 2005).

Esse efeito do exercício na TMR, pode durar de três horas a três


23

dias, dependendo do tipo, intensidade e duração do exercício (McARDLE; KATCH;

KATCH, 1998).

Outro motivo, que incentiva a inclusão da atividade física em programas de

redução de peso, está em que a atividade física é o efeito mais variável do gasto

energético diário, pelo que a maioria das pessoas consegue gerar taxas metabólicas

que são 10 vezes maiores que os seus valores em repouso durante exercícios com

participação de grandes jogos musculares, como caminhadas, corridas e natação

atletas que treinam de três a quatro horas diárias, podem aumentar o gasto

energético diário em quase 100% (McARDLE; KATCH; KATCH, 1998) .

Em circunstâncias normais, a atividade física é responsável entre 15 e 30%

do gasto energético diário. O nível da atividade física de 30 minutos diários, durante

cinco dias da semana, perfazendo 150 minutos semanais com intensidade leve e

moderada, baseada primeiramente nos efeitos da atividade física sobre a doença

cardiovascular e outras doenças crônicas, como diabetes mellitus, demonstram não

ser suficientes, para programas que priorizam a perda de peso (FERREIRA, 2005)..

Desde 1922, vários autores verificaram a interação da insulina com a

atividade física e os benefícios no tratamento do diabete. A partir desta tríade dieta,

medicamentos (quando necessário) e exercício, fundamentados em um processo

educacional, formam o princípio do tratamento desta doença (SILVEIRA NETO,

2000 apud SILVA, 2003). Com isso, tem sido recomendada a prescrição de

exercícios que comecem com 150 minutos semanais, com progressão gradativa

para 200 e 300 minutos, aqueles indivíduos que não conseguirem atingir esta meta,

devem ser incentivados a realizar pelo menos 150 minutos semanais, pois se não

conseguirem o objetivo da redução do peso, pelo menos haverá benefícios para a

saúde destas pessoas (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 2001).


24

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os benefícios da atividade

física: quanto a duração dos efeitos fisiológicos, gerados pela prática da atividade

física, são: Efeitos fisiológicos agudos imediatos – também conhecidos como

resposta, são aqueles que acontecem em associação direta à sessão de exercício.

Os efeitos agudos imediatos são os que ocorrem em que os períodos pré e

pósimediato do exercício e podem ser exemplificados pelos aumentos de freqüência

cardíaca (FC), ventilação pulmonar e sudorese, habitualmente associado ao esforço

(AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 2001).

Efeitos fisiológicos agudos tardios – são os efeitos fisiológicos observados ao

longo das primeiras vinte e quatro horas, que se seguem a uma sessão de

exercícios e podem ser exemplificados como na discreta redução dos níveis

tensionais, especialmente nos hipertensos e no aumento no número de receptores

de insulina nas membranas das células musculares (AMERICAN COLLEGE OF

SPORTS MEDICINE, 2001)..

Efeitos fisiológicos crônicos – também denominados como adaptações, são aqueles

que resultam da exposição freqüente e regular, às sessões de exercício,

representando os aspectos morfo-funcionais que diferem um indivíduo fisicamente

treinado, de um outro sedentário. Dentre os achados mais comuns dos efeitos

crônicos do exercício físico estão a hipertrofia muscular e o aumento do consumo

máximo de oxigênio (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 2001).

A Diabete é uma doença causada pela hiposecreção de insulina, pelas

células beta das ilhotas de Langerhans situadas no pâncreas. As células beta se

tornam mais suscetíveis aos vírus, que favorecem o desenvolvimento de anticorpos

auto-imunes que destroem estas células. Esse processo pode ocorrer rapidamente
25

ao longo de vários meses ou vários anos. Em outros casos parece haver uma

simples tendência hereditária para a degeneração das células beta, ou para defeitos

na regulação da secreção e / ou ação da insulina (GUYTON; HALL, 1997).

A associação da inatividade física e a resistência à insulina foram relatadas

pela primeira vez em 1945 por Blotner. Desde então, estudos transversais e de

intervenção têm demonstrado relação direta entre atividade física e sensibilidade à

insulina (GUYTON; HALL, 1997).

O benefício do exercício físico sobre a sensibilidade à insulina é demonstrado

tanto com o exercício aeróbio, como com exercício resistido, o mecanismo pelo qual

essas modalidades de exercício melhoram a sensibilidade à Insulina parece ser

diferente (POLLOCK; WILMORE,1993).

O modelo da Síndrome Metabólica descreve as possíveis conexões causais

entre a obesidade, a resistência periférica à insulina, a hipertensão e adislipidemia. a

resistência à insulina está localizada sobretudo, no músculo esquelético, sendo

maior nas fibras musculares tipo II com seu limitado suprimento capilar. O exercício

físico pode diminuir tanto direta, quanto indiretamente, o risco de doença

coronariana, tendo influências sobre a obesidade, resistência à insulina e

hipertensão (GUYTON; HALL, 1997).

Os efeitos da atividade sobre o perfil de lipídios e lipoproteínas são bem

conhecidos. Indivíduos ativos fisicamente apresentam maiores níveis de HDL

colesterol e menores níveis de triglicérides, LDL e VLDL colesterol, comparados a

indivíduos sedentários cujo estudo apontou para uma melhoria, que perfis

desfavoráveis de lipídeos e lipoproteínas melhoram com o treinamento físico. Estas

melhoras são independentes de sexo, do peso corporal, e da adoção da dieta,


26

porém há possibilidade de ser dependentes do grau de tolerância à glicose

(GUYTON; HALL, 1997).

A prescrição de treinamento físico, com o objetivo de obter algum efeito

prático fisiológico de treinamento, quer na melhora do condicionamento físico ou na

prevenção e tratamento de doenças, deve obedecer a quatro princípios básicos: 1º

Princípio da sobrecarga, que preconiza o efeito resposta fisiológica ao treinamento

físico; 2º Princípio da especificidade; 3º Princípio da individualidade, com respeito à

individualidade biológica na prescrição do exercício; 4º Princípio se caracteriza, pelo

fato de que as adaptações fisiológicas promovidas pela realização do exercício,

retornam ao estado original de prétreinamento, quando o individuo retorna ao estado

sedentário (GUIMARÃES, 2004).

Além dos benefícios fisiológicos da atividade física no organismo, as evidências,

mostram que existem alterações nas funções cognitivas dos indivíduos envolvidos

em atividade física regular. Essas evidências sugerem que o processo cognitivo

seria mais rápido e mais eficiente em indivíduos fisicamente ativos por mecanismos

diretos: melhora na circulação cerebral, alteração na síntese e degradação de neuro

transmissores; e mecanismos indiretos como: diminuição da pressão arterial,

diminuição dos níveis de LDL no plasma, diminuição dos níveis de triglicerídeos e

inibição da agregação plaquetária (MATSUDO, 1999).

2.2 Fatores de risco determinantes de obesidade:

Sedentarismo ou inatividade física, caracterizado pela ausência de atividade física,

constitui-se em importante preditor de obesidade primária. Nos países ricos, as

doenças cardiovasculares representam a principal causa de morbimortalidade,


27

apesar de vir sendo observado um decréscimo de suas taxas nas últimas décadas.

No Brasil 33% são responsáveis pelas causas de morte e representam os maiores

gastos no Sistema Único de Saúde (SUS) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003).

Dentre os fatores de risco conhecidos para as DCV, vários deles vem

apresentando declínio nos países ricos, como o fumo, a hipertensão artéria

sistêmica, a diabetes e os níveis de lipídeos circulantes. No entanto o sedentarismo

e a obesidade vêm apresentando uma curva ascendente. Nos EUA, são 10 milhões

de coronariopatas que originam 100 mil intervenções por ano. Estudos controlados

nestes pacientes, que aderiram a um programa de atividade física regular,

diminuíram em 25% o risco de morte (GUEDES, 2003).

Estima-se que a presença de síndrome metabólica, possa aumentar em até

1,5 vez a mortalidade geral e 2,5 vezes a cardiovascular. Estes achados, reforçam a

importância de serem implementadas políticas de saúde que priorizem as

intervenções, para reduzir ou prevenir os fatores de risco que compõe a síndrome

metabólica, em fases precoces da vida. As políticas públicas devem viabilizar tais

necessidades, criando condições de vida nas cidades, que permitam a implantação

de hábitos saudáveis, de forma a garantir que os mesmos, possam ser incorporados

precocemente no cotidiano das famílias e nos indivíduos (GUEDES, 2003).

Novas evidências, também tem associado a falta da atividade física

sistemática, com alterações e a maior predisposição de doenças cérebro

degenerativas. Cientistas encontraram relação entre o sedentarismo e a piora

cognitiva e o aparecimento de demência, recomendando aos pacientes de

patologias como Parkinson, Alzheimer e esclerose múltipla, a prática de atividade

física, dentro de suas condições de saúde, sendo o exercício um fator positivo em

seu tratamento (GUEDES, 2003)..


28

Evidências científicas, mostram que a maioria da humanidade leva vida sedentária.

Estudos americanos mostram que 54% dos adultos não desenvolvem atividade

física, mais da metade dos adolescentes levam vida sedentária, sendo ainda maior

no sexo feminino (ALVES et al., 2005).

O avanço tecnológico e industrial a partir da década de 50, com o advento do

automóvel e outros meios mecânicos de locomoção, a televisão e após os anos 90,

com a informática, Internet e jogos eletrônicos, foram fatores determinantes nesta

curva ascendente da inatividade física, motivados também pela insegurança pessoal

com a explosão da criminalidade da vida urbana. Outro fator determinante da

obesidade está correlacionado com as práticas alimentares e nutricionais, alteradas

substancialmente a partir das décadas de 80 e 90. Análise empreendida pela

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos anos de 1988 e

1996, tomando por base os dados de Pesquisas de Orçamentos Familiares,

apontaram tendência de crescimento na aquisição de alimentos ricos em lipídeos

nas regiões Norte e Nordeste, combinados com a elevação dos carboidratos

simples, acompanhada de redução da fonte de carboidratos complexos, configurado

pelo aumento de consumo de carne, leite e seus derivados, açúcar, refrigerantes e

do declínio na compra de leguminosas, frutas e hortaliças (MONTEIRO et al., 2000).

Outro aspecto importante está nas alterações de hábitos alimentares,

ocorridos por conta do local de trabalho, onde as pessoas estão se alimentando fora

de casa, utilizando as redes de lanchonetes, fast-food, supermercados, cujos

alimentos apresentam grande concentrações de gorduras trans e poliinsaturadas.

Oliveira e Fisberg (2003)


29

2.3 Obesidades em Escolares

De acordo com a OMS estudos têm revelado aumento da prevalência de

obesidade na infância e adolescência independentemente do método de

classificação antropométrico utilizado. Nos Estados Unidos, a prevalência de

sobrepeso (definida por medidas superiores ao percentil 85 do IMC) em indivíduos

com idade entre 5 e 24 anos aproximadamente dobrou entre 1973 e 1994. Além

disso, o aumento anual no peso relativo e de obesidade foi 50% maior entre 1983 e

1994 comparado ao período entre 1973 e 1982. Uma tendência similar tem sido

observada no Japão, onde a prevalência de escolares obesos entre 6 e 14 anos

aumentou de 5% para 10% entre 1974 e 1993 .

Estudos no Brasil reforçam as evidências apresentadas pela OMS. A

prevalência de sobrepeso ou obesidade alcançou 32,5% em meninos e 26,5% em

meninas de uma escola pública de São Paulo. Encontrou uma prevalência de

obesidade (IMC > p 95) de 15,8% em escolares de Salvador, Bahia. Outros estudos

representativos da população brasileira compararam tendências e mostraram

aumento nas prevalências de sobrepeso. Demonstraram que a prevalência de

sobrepeso era de 4,1% em 1974, atingindo 13,9%. (IBGE, 2006).

A obesidade infantil pode apresentar-se acompanhada também de

transtornos psicossociais. Segundo Gomes, cerca de 50% dos obesos apresentam

menor sociabilidade, menor rendimento escolar, baixa auto-estima, além de

distúrbios de humor e sono (GOMES, 2001).


30

A obesidade pode ser causada por diversos fatores. crianças obesas filhas de

pais obesos têm maiores chances de tornarem-se adultos obesos, devido a

influências genéticas e também devido aos hábitos adotados pela família. Além

disso, alguns estudos têm mostrado que o comportamento alimentar de

adolescentes parece apresentar elevado consumo de lipídeos, quase 34% dos

alunos de escolas públicas e 39% dos alunos de escolas particulares apresentam

consumo elevado deste nutriente( NAHAS, 2001).


31

3 HÁBITOS ALIMENTARES

Em virtude do crescimento constante das crianças, torna-se importante avaliar

seu progresso periodicamente. Para verificar se o crescimento físico de uma criança

está abaixo ou acima do potencial genético, utilizam-se métodos adotados

mundialmente, os quais consideram os índices de equilíbrio entre altura e idade,

peso e idade e peso e altura. (SAWAYA, 1997).

A definição da OMS caracteriza desnutrição como resultado de pouca

alimentação ou alimentação excessiva. Ambas as condições são causadas por um

desequilíbrio entre a necessidade do corpo e a ingestão de nutrientes essenciais.

3.1Subnutrição

A Subnutrição É uma deficiência de nutrientes essenciais e pode ser o

resultado de uma ingestão insuficiente devido a uma dieta pobre; de uma absorção

deficiente do intestino dos alimentos ingeridos (má absorção); do consumo

anormalmente alto de nutrientes pelo corpo; ou da perda excessiva de nutrientes por

processos como a diarréia, sangramento (hemorragia), insuficiência renal. (OMS,

2008).

A desnutrição se desenvolve em fases: primeiro ocorrem alterações na

concentração de nutrientes no sangue e nos tecidos, a seguir acontecem alterações

nos níveis de enzimas, depois passa a ocorrer mal funcionamento de órgãos e

tecidos do corpo e então surgem sintomas de doença e pode ocorrer a morte

(WILMORE,2001).
32

O corpo necessita de mais nutrientes durante certas fases da vida,

especialmente na infância e adolescência; durante a gravidez; e enquanto a mãe

está amamentando. Na velhice as necessidades alimentares são menores, mas a

capacidade de absorver os nutrientes também está freqüentemente reduzida. Assim,

o risco de subnutrição é maior nestas etapas da vida, e ainda mais entre pessoas

economicamente desprovidas (OMS, 2008).

3.2 Hipernutrição

É um excesso de nutrientes essenciais e pode ser o resultado de comer

demais (ingestão excessiva); ou do uso excessivo de vitaminas ou outros

suplementos (GUITTI,1974).

A Hipernutrição, assim como a hiponutrição impõem características

comportamentais,influenciadas por aspectos psicológicos que por sua vez é

influenciado pelo estado nutricional do indivíduo. Tal estado interage com o

desenvolvimento físico, fisiológico, motor, cognitivo, psicológico e até social (Guyton

& Hall, 2002).

3.3 Avaliações nutricionais

Para avaliar o estado nutricional de uma pessoa, o médico precisa conhecer a

dieta e problemas médicos que possam existir realizar um exame físico, e algumas

vezes solicitar exames de laboratório - os níveis sangüíneos de nutrientes e


33

substâncias que dependem dos níveis destes nutrientes (como hemoglobina,

hormônios da tiróide e a transferrina) podem ser medidos (SAWAYA,1997).

Estudar o crescimento infantil é uma necessidade atual, pois não se admite

uma boa assistência à criança, sem o controle do seu crescimento. No âmbito da

avaliação corporal para crianças, utiliza-se a estimativa da gordura corporal, do peso

e estatura classificando-as de acordo com curvas de referência. (OMS, 2001).


34

4 DIFERENÇAS CORPORAIS ENTRE MENINOS E MENINAS

As crianças naturalmente começam a vida com um alto índice de gordura

corpórea, mas vão ficando mais magras conforme envelhecem. Além disso, também

há diferenças entre a composição corporal de meninos e meninas (GUEDES,2003).

A faixa de IMC normal pode ficar mais alta para as meninas conforme elas

vão amadurecendo, já que as adolescentes normalmente têm mais gordura corporal

do que os adolescentes. Um garoto e uma garota da mesma idade podem ter o

mesmo IMC, mas a garota pode estar no peso normal enquanto o garoto pode estar

correndo risco de ficar acima do peso. (PETROSKI,2002).

O desenvolvimento puberal é acompanhado de aceleração da velocidade de

crescimento, o chamado "estirão da puberdade", ao qual se segue um período de

desaceleração e, finalmente, a parada do crescimento resultante do fechamento das

epífises ósseas. Durante a puberdade, o ganho de estatura anual passa de 5,3 a

7,0cm nas meninas e de 5,0 a 7,5cm nos meninos, no momento do pico de

crescimento (5), que ocorre em torno de 12 e 14 anos nos sexos feminino e

masculino, respectivamente. O número total de centímetros ganhos durante a

puberdade é, em média, de 25,3 ± 4,1cm nas meninas e 27,6 ± 3,6cm nos meninos.

Isso representa, aproximadamente, 16% da estatura adulta (SILVA,2008).

A adolescência é um período de transição da infância para a vida adulta,

sendo cronologicamente definida pela Organização Mundial da Saúde como a faixa

etária que compreende indivíduos de 10 a 19 anos (OMS, 1977).

É um importante período de crescimento em que ocorre o estirão, mudanças


35

corporais da puberdade, bem como o desenvolvimento emocional, mental e social

(OMS,1995).

Com o processo de maturação sexual, a composição do organismo é alterada

e observa-se maior deposição de tecido adiposo nas adolescentes do sexo feminino,

em relação ao sexo masculino (GUEDES, 2003).

De acordo com Kunz (1993), em estudo sobre a construção histórico-cultural

dos estereótipos sexuais, no contexto escolar, a Educação Física constitui o campo

onde, por excelência, acentuam-se, de forma hierarquizada, as diferenças entre

homens e mulheres. Assim, muitas meninas são impedidas de participar da prática

esportiva na escola devido a este tipo de preconceito, sendo, algumas vezes,

excluídas pelos colegas de sala e outras vezes pelos próprios professores de

Educação Física, que camuflam o seu preconceito em justificativas ignorantes como

“os meninos são mais fortes”, “é para evitar que elas se machuquem” ou até mesmo

“elas não sabem jogar este esporte.


36

5 ATIVIDADE FÍSICA

Desde os primórdios, a sobrevivência do homem foi possível graças à sua

capacidade de movimentar-se, pensar, raciocinar, qualidade que o diferenciava dos

outros animais, com o poder de utilizar seu corpo de forma e situações variadas.

Correr, saltar, trepar, lutar, nadar, caçar, eram rotina na sua vida diária. A sua

atividade física era intensa, porém um gesto físico lhe garantiu a sobrevivência, a

capacidade de atirar, pois mais fraco, poderia vencer o oponente, evitar o combate

corpo a corpo com outros animais e também garantir sua alimentação através da

caça. (MARINHO,1984).

Segundo Marinho (1984), a atividade física na vida diária do homem primitivo

era uma verdadeira aula de Educação Física, conhecida como naturalista e

utilitarismo do exercício, inspirando mais tarde como modelo na criação do Método

Natural Francês, muito utilizado na preparação física de militares e em aulas

escolares.

Os relatos antropológicos, encontrados no Livro das Transformações de

Confúcio, descreve que na China há 3 mil anos a.C., o imperador guerreiro Hoang-

Ti, político e reformador, incentivou as atividades físicas e os exercícios físicos com

finalidades higiênicas e terapêuticas, para combater as endemias resultantes das

águas estagnadas e o ar úmido. O imperador Hoang-Ti incentivou as.práticas

desportivas, sobretudo a caça, a luta, o arco e flecha, a esgrima de sabre, a dança e

o Tsu-chu, tido como precursor do futebol (MARINHO,1984)..


37

O primeiro legislador da Índia, Manu, difundiu as atividades físicas, com a

criação de um sistema de ginástica respiratória, conhecido como “Yoga“,promoveu

as corridas, a equitação e o Box (MARINHO,1984).

No século XIX a.C, o Egito teve uma civilização revestida de grande

esplendor, sua história, mostrou um povo de intensa atividade física, amante das

danças, do arco e flecha, natação, box e das corridas de carros (MARINHO,1984).

Na Grécia, o culto ao corpo e aos heróis, a veneração pelos deuses,levaram

os gregos a criarem os Jogos Olímpicos, instituídos no ano 776 a.C. Os grandes

filósofos gregos, sempre consideravam a atividade física essencial no plano

educacional, em que a ginástica produzia as propriedades necessárias para o vigor

físico e a saúde (ONU,1948).

Em Roma, as atividades físicas eram desenvolvidas e voltadas maispara o

preparo físico dos militares, sobressaindo as lutas e as extensas caminhadas,a

música e as danças eram largamente praticadas, porém a ginástica era combatida

junto ao povo (ONU,1948)..

As atividades físicas entraram em declínio na idade média, motivadas pela

orientação religiosa, entretanto é relevante considerar que os combates e justas

persistiam entre os nobres ingleses (MARINHO,1984).

As atividades físicas e recreativas foram reavivadas no período renascentista,

educadores como Pestallozzi, Rabelais, Froebel, Rousseau, mostraram a enorme

importância destas atividades para a formação e saúde das crianças no movimento

intitulado Escola Nova (MARINHO,1984).

Atualmente, os clubes desportivos, as academias e a forte participação da

mídia, estão procurando recuperar o bom hábito do exercitar-se, alertando a


38

sociedade, que a garantia de mais vida, mais saúde e bem estar, são produzidos

pela prática contínua e freqüente de atividades físicas.(MARINHO,1984).

5.1 Atividade física e saúde

Importante esclarecer a terminologia específica:Atividade física: pode ser

definida como qualquer movimento corporal,produzido pelos músculos esqueléticos,

que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso (CARPENSEN;

POWELL; CHRISTENSEN, 1985).

Exercício: definido como uma sub categoria da atividade física, que é

planejada, estruturada e repetitiva; resultando na melhora ou manutenção de uma

ou mais variáveis da aptidão física ( MATSUDO,2001).

Aptidão física: é considerada não como um comportamento, mas uma

característica que o indivíduo possui ou atinge, com a potência aeróbica, endurance

muscular, força muscular, composição corporal e flexibilidade (MATSUDO, 2001).

Quem nunca ouviu dizer que ”atividade física faz bem à saúde”?, embora

expressa pelo dito popular, essa afirmação extrapola a dimensão de senso comum

(FERREIRA; NAJAR, 2005).

A prática regular de exercícios físicos, vem sendo apontada como importante

ação na área de saúde pública (SALLIS; McKENZIE, 1991). Essa possibilidade

encontra suporte teórico na influência benéfica da atividade física no status de saúde

(ANDERSEN et al., 2000; OGUMA et al., 2002), que por sua vez, se fundamenta na

difundida associação entre exercício e indicadores de morbimortalidade, que há

anos vem sendo investigada por diferentes autores. A prática da atividade física

diminui a depressão e eleva a auto-estima, promovendo em seus praticantes a


39

sensação de bem-estar, autoconfiança, além deestabelecer atitudes positivas em

relação ao trabalho (FIEP,2000).

A atividade física, o exercício físico, o esporte, é um direito do cidadão,

que se constitui em efetivo meio na qualidade de vida e promoção da saúde (FIEP,

2000).
40

6 Apresentação e discussão dos resultados

Tabela - Valores descritivos de idade, massa corporal, estatura e índice de massa corporal dos escolares

Sexo
Masculino* Feminino* Total* Valor de p**
Idade (anos) 12,12 ± 1,20 12,36 ± 1,15 12,24 ± 1,17 0,372
Massa (kg) 51,38 ± 16,87 44,98 ± 7,28 48,31 ± 13,48 0,033
Estatura (m) 1,55 ± 0,12 1,55 ± 0,078 1,55 ± 0,099 0,890
IMC (kg/m²) 20,73 ± 4,83 18,58 ± 2,67 19,70 ± 4,07 0,017
*Valores expressos com média ± desvio padrão.
**Considera-se como significativo p<0,05.
A Tabela 01 denota os valores de idade, massa corporal (MC), estatura e índice de massa corporal (IMC) dos
escolares mensurados. Pode-se verificar que os indivíduos do sexo masculino 40 alunos Na variável massa
corporal e IMC apresentaram resultados superiores aos do sexo feminino 37 alunos, quando se comparou a
média da variável estatura e idade , verificou-se que não ocorreram diferenças estatisticamente significativas
entre os sexos. Sendo assim, pode-se afirmar que os grupos masculinos e femininos apresentam semelhanças e
diferenças estatisticamente significativas(p<0,05), dentro faixa de idade verificada. O a media do índice de
massa corporal (IMC) dos escolares mensurados encontrasse dentro da faixa recomendada segundo o programa
SAPAF.
41

Conclusão

É possível concluir que a amostra de estudantes adolescentes estudada na

escola do Estado de Santa Catarina, não apresenta índices elevados de sobrepeso

e obesidade, estando muito aquém dos valores populacionais apresentados por

outros autores, e também pela Organização Mundial da Saúde.

Além disso, observadas as diferenças as diferenças percentuais entre sexo

Sendo assim, pode-se afirmar que os grupos masculinos e femininos apresentam

semelhanças e diferenças estatisticamente significativas(p<0,05), dentro faixa de

idade verificada. O a media do índice de massa corporal (IMC) dos escolares

mensurados encontrasse dentro da faixa recomendada segundo o programa

SAPAF.

Ainda, não obstante de apresentarem diferenças entre gêneros, índice de

massa corpórea para os grupos feminino e masculino apresentou-se dentro dos

valores de normalidade para faixa etária, resultado esse não observado em outras

regiões do Brasil e outras partes do mundo.


42

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