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CHEGA DE “IRMÃOS” – EU QUERO AMIGOS!

Wilson Porte Jr.

A amizade é um tema pouco tratado no meio cristão. Pare e pense em quantos livros você já leu sobre
amizade cristã. São raros. Estamos tão acostumados em chamar os outros de “irmãos” que esquecemos que
também precisamos de amigos.

No começo até imaginamos que, se temos irmãos, logo, temos amigos. Todavia, no primeiro pântano da
amargura, percebemos que falta-nos amigos que chorem com a gente e estendam a mão para nos tirar de lá.
Como pastor, tenho percebido cada dia mais a necessidade que as pessoas têm de encontrarem amigos. Estão
cercadas de “irmãos”, mas dificilmente encontram neles algum amigo. Estranho, não é? Por quê isso?

Às vezes, penso ser por causa da superficialidade que ronda o ambiente cristão em geral. Muitos estão
apegados à costumes e gírias cristãs (ex.: A Paz, irmão!… Na bênção?!… E aí, bênção?!), que, em essência,
não significam absolutamente nada, que não, demonstrar que um ou outro é cristão. Me perdoem, mas eu
detesto estas gírias e costumes. Se algum dia me virem as usando, estejam certos que eu surtei, enlouqueci,
ensandeci.

Por exemplo, eu sei que alguém é meu irmão quando ele chega para mim e diz: “A paz, pastor!”… Opa,
imagino que esse seja meu “irmão na fé”. Ou, quando estou comprando algo, e a moça do caixa me diz:
“Deus abençoe o senhor”, daí penso: essa também é minha irmã em Cristo. Cenas assim acontecem sempre.
Aparentemente, tenho uma grande família de “irmãos” e “irmãs”, que não sabem onde eu moro, como me
chamo, minhas tristezas, minhas alegrias. Às vezes penso que o jargão “irmão” é igual ao “companheiro” do
PT. Se chama todo mundo de “companheiro” sem se pensar no que se está dizendo.

Creio que Jesus, com seu exemplo, nos ensina muito sobre amizade e companheirismo. Jesus decidiu cercar-
se de pessoas que o trairiam, negariam, e abandonariam. Ele sabia de tudo isso. Mesmo assim, ele decidiu.

Jesus não ficou esperando que as pessoas viessem procurá-lo para uma amizade. Ele não esperou que
alguém o notasse, que alguém puxasse papo, que alguém se preocupasse com ele. Antes, ele decidiu ir e
notar, puxar papo, se preocupar com pessoas de dentro e de fora de seu convívio. Se você quer ter amigos,
vá e faça-os! Outro erro, é entendermos que amizade significa ter alguém que se preocupe com você.
Totalmente anti-bíblico! Amizade significa você decidir se preocupar com alguém. Quando isso acontece,
começasse uma amizade.

O cristianismo e a amizade cristã têm mais a ver com você dar do que receber, fazer do que esperar que
façam, amar do que esperar que lhe amem, se preocupar do que esperar que se preocupem. A amizade cristã
está sempre voltada para o próximo! Jesus disse que ele:

Não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos … Ninguém tem maior
amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos... tenho-vos chamado amigos,
porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer. (Mc 10.45 e Jo 15.13-15)

Tendo estas palavras em mente, sejamos como Ele! Não nos esqueçamos que amizade cristã tem a ver em
servir alguém hoje, e não esperar que alguém nos sirva. Saia! Sirva! Preocupe-se! Ame! Solidarize-se! Siga
os passos de seu Mestre. Faça isso. Só não fique parado esperando que alguém se lembre de você e faça algo
por você. Isso, pela graça de Deus, poderá ocorrer. Só não se esqueça que, amizade, aos olhos de Deus, tem
mais a ver com o que você está decidindo fazer por alguém hoje (um telefonema, um passeio, uma conversa
sincera) do que com o fato de ninguém estar se lembrando de você.

Chega de vivermos apenas como “irmãos”. Sejamos amigos, e verdadeiramente irmãos, de carne (pois
comemos do mesmo “pão” que desceu do céu) e de sangue (pois estamos lavados e perdoados pelo, agora,
nosso grande Amigo!).

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