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Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 09, n. 02, p. 506- 517, 2007.

Disponível em http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n2/v9n2a17.htm
____________________________________________________ ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO

Atualidades na assistência de enfermagem a portadores de úlcera venosa

Nursing care to the venous ulcer carrier news

Atualidades en la ayuda del oficio de enfermera a los portadores de la úlcera del venosa

Sara da Silva CarmoI, Clarissa Domingos de CastroII, Vanessa Souza RiosIII, Micheline Garcia
Amorim SarquisIV

RESUMO treatment and the orientations for the


Úlcera venosa é uma lesão cutânea que prevention of the wounds demands a nurse’s
acomete o terço inferior das pernas. Está technical and scientific knowledge. It is
associada à insuficiência venosa crônica, sendo fundamental for these professionals to update
esta a principal causa de úlcera de membros their knowledge about the subject as the
inferiores. Pode interferir na qualidade de vida, construction of researches is very dynamic and
pois gera repercussões negativas na esfera new information is constantly being
social e econômica. A decisão quanto ao tipo incorporated or discarded when outdated. The
do tratamento e orientações para prevenção de objectives of this healthy updating article are
feridas exige conhecimento técnico e científico to discuss through the history and the
de um enfermeiro. É fundamental para esses symptoms of the Venous Ulcer, nurse
profissionais atualizarem os conhecimentos assistance, treatment options, prevention, and
sobre esse assunto, pois a construção de relation between cost and benefit of the
pesquisas é dinâmica e, constantemente, traditional and current treatment of the
novos conhecimentos são incorporados ou wounds. The diagnosis is based on the
descartados quando ultrapassados. Os complete clinical history, a physical exam
objetivos deste artigo de atualização são identifying signals and symptoms, and a
discorrer sobre o histórico e sintomas da úlcera complementary exam to analyze the structure
venosa, assistência de enfermagem, opções de and function of the venous system. The
tratamento, prevenção e relação treatment is directed to achieve complete
custo/benefício do tratamento tradicional e healing of the ulcer and avoid future
atual de feridas. O diagnóstico baseia-se em recurrences. The knowledge advances about
história clínica completa, exame físico com the treatment of wounds have been permitted
identificação dos sinais e sintomas e exame the integration of the care, the search for the
complementar para analisar estrutura e função autonomy of the bearer of Venous Ulcer, and
do sistema venoso. O tratamento é direcionado the emphasis in the quality of assistance to
para obter cicatrização da úlcera e evitar benefit the relation between cost and benefit.
recidivas. Os avanços no conhecimento sobre o
tratamento de feridas têm permitido a Key Words: Venous ulcer; Nursing Assistance;
integralidade do cuidado, busca pela autonomia Wound cicatrization.
do portador de úlcera venosa e ênfase na
qualidade da assistência para favorecer a
I
relação custo/benefício. Acadêmica do 6º período de Enfermagem do Centro
Universitário Metodista Izabela Hendrix - Belo Horizonte -
MG. E-mail saragodsend@hotmail.com
Palavras chave: Úlcera venosa; Assistência II
Acadêmica do 6º período de Enfermagem do Centro
de Enfermagem; Cicatrização de feridas. Universitário Metodista Izabela Hendrix - Belo Horizonte -
MG. E-mail: clarissaenfermagem@yahoo.com.br
III
Acadêmica do 6º período de Enfermagem do Centro
ABSTRACT
Universitário Metodista Izabela Hendrix - Belo Horizonte -
The Venous Ulcer is a cutaneous wound that MG. E-mail: vanessa_srios@yahoo.com.br
appears in the inferior third of the legs. It is IV
Enfermeira. Docente da Disciplina Feridas e Ostomias do
associated with the chronic venous curso de Enfermagem e Coordenadora da Clínica de
Enfermagem do Centro Universitário Metodista Izabela
insufficiency being it the main cause of ulcer in
Hendrix. Referência em Tratamento e Prevenção de Lesão
the inferior members. It can interfere in the Cutânea da Prefeitura Municipal de Contagem - MG.
quality of life because it causes negative Diretora Técnica da Socurativos - Clínica Especializada em
repercussions in the social and economic Tratamento de Feridas e Ostomias. E-mail:
micheline@socurativos.com.br
spheres. The decision for the proper type of

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Carmo SS, Castro CD, Rios VS, Sarquis MGA. Atualidades na assistência de enfermagem a portadores de úlcera venosa.
Revista Eletrônica de Enfermagem [serial on line] 2007 Mai-Ago; 9(2): 506-517. Available from: URL:
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histórico y síntomas de la úlcera venosa, la


RESUMEN asistencia de enfermera, opciones del
Úlcera venosa es una lesión cutánea que tratamiento, prevención y relación
acomete el tercio inferior de las piernas y se costo/beneficio del tratamiento tradicional y
asocian a la escasez venosa crónica, siendo actual de heridas. El diagnóstico se basa en la
esto la causa principal de la úlcera de historia clínica completa, examen físico con la
miembros inferiores. Puede interferir con la identificación de las señales y síntomas, y
calidad de la vida, ya que genera repercusiones examen complementar para analizar la
negativas en la esfera social y económica. La estructura y función del sistema venoso. El
decisión en cuanto al tipo de tratamiento y tratamiento es direccionado para obtener la
orientaciones para prevenir heridas exige un cicatrización de la úlcera y evitar recidivas. Los
conocimiento técnico y científico de una avances en el conocimiento sobre tratamiento
enfermera. Es fundamental que estos de heridas han permitido el completo cuidado,
profesionales actualicen el conocimiento en busca por la autonomía del portador de la
este tema, considerando que la construcción de úlcera venosa y énfasis en la calidad de
la investigación es dinámica y, asistencia para favorecer la relación
constantemente, nuevos conocimientos son costo/beneficio.
incorporados o rechazados cuando son
obsoletos. Los objetivos de este artículo de la Palabras clave: Úlcera venosa; Asistencia de
actualización están al discurrir sobre el enfermera; Cicatrización de heridas.

INTRODUÇÃO interferir na qualidade de vida dos portadores


(5)
Úlcera de perna é a síndrome em que há dessa lesão cutânea .
destruição de estruturas cutâneas, tais como Durante a abordagem diagnóstica da
epiderme e derme, podendo afetar, também, úlcera venosa é essencial realizar uma
tecidos mais profundos. Manifesta-se no terço avaliação global do paciente através da coleta
(1)
inferior dos membros inferiores . de dados sobre a história clínica completa e
(7)
A úlcera venosa representa cerca de 70% exame físico . A indicação do tratamento de
a 90% dos casos de úlceras de perna e feridas deve estar calcada nos princípios que
apresenta como principal causa a insuficiência acelerem a cicatrização, nos custos referentes
(2)
venosa crônica . Essa inadequação do à realização dos curativos, bem como na
funcionamento do sistema venoso é comum na freqüência de troca dos mesmos. O custo do
população idosa, sendo a freqüência superior a tratamento atualizado de feridas é menor
(3)
4% entre os idosos acima de 65 anos . quando comparado ao tradicional e o fator
O elevado número de recidivas das determinante para tal é o elevado número de
úlceras (66%) constitui um dos problemas trocas dos curativos no tratamento tradicional
(8)
mais importantes na assistência à portadores .
(4)
de insuficiência venosa . A educação do Por acometer grande parte da população
paciente, diante dessa situação, faz-se brasileira, a úlcera de origem venosa constitui-
prioritário no cuidar em enfermagem. se num problema epidemiológico que merece
Várias complicações decorrem da úlcera atenção especial por parte dos profissionais da
venosa, tais como as repercussões físicas, área da saúde. De acordo com a deliberação
sociais, econômicas e emocionais que podem 65/00 do Conselho Regional de Enfermagem -
Minas Gerais, de 22 de maio de 2005, a

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decisão quanto ao tipo do tratamento a ser A hipertensão venosa é responsável pelas


utilizado, bem como de orientações para alterações características da insuficiência
(12)
prevenção de feridas exige conhecimento venosa crônica . São sinais clínicos dessa
(9)
técnico e científico de um enfermeiro . Sendo patologia: a presença de veias varicosas –
assim, é fundamental para essa categoria de conseqüência da congestão do fluxo sanguíneo,
profissionais atualizarem os conhecimentos decorrente da incompetência das válvulas
sobre tal assunto, uma vez que a construção venosas. As veias superficiais, principalmente
de pesquisas é dinâmica e, constantemente, as que possuem paredes mais delgadas,
novos conhecimentos são incorporados na tornam-se dilatadas e tortuosas; edema de
prática clínica ou descartados quando membros inferiores - a hipertensão venosa é
(10)
ultrapassados . alimentada durante o relaxamento muscular
Neste sentido, os objetivos deste artigo devido ao refluxo venoso, fato que impossibilita
de atualização são discorrer sobre o histórico e a pressão no interior do vaso sanguíneo atingir
(13)
sintomas da úlcera venosa, assistência de um valor abaixo de 60 mmHg ;
enfermagem, opções de tratamento e hiperpigmentação da pele – caracterizada pela
prevenção dessa lesão cutânea, bem como a liberação de hemoglobina após o rompimento
relação custo/benefício do tratamento dos glóbulos vermelhos extravasados para o
tradicional e atual de feridas. interstício, é degradada em hemossiderina,
pigmento que confere a coloração castanho-
(14)
Fisiopatologia da úlcera venosa azulada ou marrom-cinzentada aos tecidos ;
A insuficiência venosa crônica é definida dermatite venosa – cuja causa possível é de
como “uma anormalidade do funcionamento do reação auto-imune desencadeada contra
sistema venoso causada por uma proteínas que extravasam para a hipoderme ou
incompetência valvular, associada ou não à contra bactérias infectantes, manifestada
obstrução do fluxo venoso. Pode afetar o através de eritema, edema, descamação e
sistema venoso superficial, o sistema venoso exsudato na extremidade do membro inferior,
(2)
profundo ou ambos. Além disso, a disfunção podendo apresentar prurido intenso ; e
venosa pode ser resultado de um distúrbio finalmente, lipodermatoesclerose – que
(11)
congênito ou pode ser adquirida" . consiste no endurecimento da derme e tecido
O resultado dessa disfunção no sistema subcutâneo, decorrente da substituição gradual
(15)
venoso é a instalação de um estado de destes por fibrose .
hipertensão venosa. Essa sobrecarga venosa A patogênese da úlcera venosa ainda é
ocorre devido à intensificação do fluxo obscura, porém existe um consenso de que a
sangüíneo retrógrado que sobrecarrega o hipertensão venosa é a condição mais comum
(2)
músculo da panturrilha a ponto deste não para o aparecimento dessa lesão .
conseguir bombear quantidades maiores de A formação da úlcera venosa pode estar
sangue, na tentativa de contrabalançar a associada ao acúmulo de líquido e o depósito
(11)
insuficiência das válvulas venosas . de fibrina, que leva à formação de manguitos,
no interstício interferindo negativamente na

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nutrição dos tecidos superficiais. A deficiência incorporar toda a metodologia da assistência


no suprimento de oxigênio e nutrientes pode que o enfermeiro presta, com avaliação do
acarretar, nas regiões acometidas dos estado geral do paciente, exame físico
membros inferiores, em ulcerações e necroses. direcionado de acordo com a etiologia da lesão,
Outro mecanismo que elucida a úlcera venosa escolha do tratamento e da cobertura a ser
refere-se à reação entre os leucócitos e utilizada. Além do registro de enfermagem e
(16)
moléculas de adesão do endotélio havendo, projeção prognóstica” .
conseqüentemente, liberação de citocina e Os itens a serem analisados durante a
radicais livres. Esse processo desencadeia avaliação do estado geral do paciente
inflamação que pode causar danos às válvulas compreendem: higiene, estado nutricional,
venosas e ao tecido adjacente, aumentando a hidratação oral, sono/ repouso, eliminações,
(11)
susceptibilidade a ulcerações . etilismo/ tabagismo, alergoses, patologias
associadas, medicamentos em uso, idade,
(17)
Assistência de enfermagem estresse, ansiedade, condições da pele . O
Há algum tempo, o tratamento das lesões enfermeiro pode pesquisar o diagnóstico da
tissulares “deixou de ser apenas enfocado na úlcera venosa através da detecção de seus
realização da técnica de curativo, para principais sinais e sintomas (Quadro 1).

Quadro 1: Histórico, Sinais e Sintomas da Úlcera Venosa.


História ƒ Imobilidade/obesidade/ocupação em pé/trauma.
ƒ Não há claudicação. Inchaço de tornozelo ou perna.
ƒ Desconforto moderado devido à úlcera – aliviado por elevação.
ƒ História de Trombose venosa profunda ou veias varicosas.
Localização e ƒ Região ao redor do tornozelo em especial a área do maléolo medial.
aparência da ƒ Geralmente superficial com bordas irregulares.
úlcera ƒ Presença de tecido de granulação. Edema não depressível.
ƒ É comum secreção intensa quando apresenta edema.
Outros ƒ Descoloração do tornozelo/parte inferior da perna (depósito de hemossiderina). Pode
achados na estar presente uma lipodermatoesclerose.
avaliação ƒ Veias cheias quando as pernas estão ligeiramente pendentes - abaulamento do
tornozelo. Índice de pressão tornozelo braço 0,8 a 1,0.
ƒ Dermatite venosa. Pulsos presentes. Ausência de déficit neurológico.
ƒ Podem ser observadas cicatrizes de úlceras anteriores.
(17)
Fonte: Adaptado Sarquis MGA, et al., 2003

Alguns exames complementares Os exames de hemograma completo,


subsidiam o diagnóstico da úlcera venosa. O glicemia em jejum, dosagem de albumina
exame de escolha é o Duplex Scan. Tal exame sérica, proteínas totais e fracionadas auxiliam
propicia a visualização das alterações na no diagnóstico dos possíveis fatores que
(3)
estrutura e função no sistema venoso . influenciam na cicatrização da ferida, bem

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como de doenças associadas. A solicitação que otimizem o processo de cicatrização, tais


desses exames está regulamentada conforme a como, reduzir as chances de traumas
resolução 195 do Conselho Federal de mecânicos e químicos no leito da ferida e
Enfermagem - COFEN, podendo ser solicitado manter a temperatura local em torno de 37ºC.
(18)
pelo enfermeiro . Assim, a limpeza deve ser feita com soro
A partir do diagnóstico o enfermeiro fisiológico a 0,9%, morno em jato para garantir
constrói planos de cuidados cujos objetivos são limpeza eficaz e minimizar os riscos de trauma
(15)
proporcionar condições que minimizem o adicional na lesão . O uso de anti-sépticos
tempo de cicatrização da ferida, reduzem os não é recomendado, pois os mesmos
riscos de infecções, prevenção de recidivas, comprometem a reparação tecidual por serem
garantam a segurança e conforto do paciente, citotóxicos aos fibroblastos, impedindo a
(19)
dentre outros. granulação eficaz .
Cabe ao enfermeiro estabelecer Os tecidos necróticos que não foram
comunicação terapêutica com o cliente visando eliminados da lesão cutânea através da
à valorização das queixas apresentadas e o limpeza podem ser retirados por meio do
(7)
respeito à particularidade de cada indivíduo. desbridamento autolítico ou mecânico . O
Vale ressaltar a importância do enfermeiro usar desbridamento autolítico é promovido através
comunicação verbal familiar à linguagem do da aplicação de coberturas primárias, pois
paciente, para que o mesmo possa estas conferem ambiente adequado para
compreender as informações que lhes são estimular a autodestruição tecidual. A autólise
transmitidas e, assim, comprometer-se com ocorre devido à atividade de enzimas
sua saúde possibilitando o cumprimento das lisossomais que quebram o tecido desvitalizado
(3)
ações que lhes são delegadas a fim de garantir . O desbridamento autolítico pode ser
(17)
o sucesso do tratamento. utilizado em conjunto com outros .
O tratamento clínico oferecido ao O desbridamento cirúrgico consiste na
portador de úlcera venosa consiste na “remoção do tecido necrótico através da
realização do curativo, terapia compressiva, utilização de instrumental cirúrgico como
prescrição de dieta que favoreça a cicatrização, bisturi, tesoura e outros. Este poderá ser
orientações quanto à importância de repouso e utilizado para a remoção da necrose tipo
do uso de meias de compressão após a cura da escara (clinicamente apresentada como crosta
ferida. preta endurecida), áreas de necrose extensas,
A finalidade da limpeza da ferida é a e de necrose tipo esfacelo (clinicamente
promoção de um ambiente favorável à apresentada como tecido amarelo/esverdeado
cicatrização, através da remoção de desvitalizado resultante da infecção
fragmentos de tecido necrótico, debris, bacteriana). É a técnica mais rápida e efetiva
resíduos da cobertura anterior, excesso de para a remoção da necrose, principalmente
exsudato, diminuição do número de quando o paciente necessita de intervenção
(2)
microorganismos na lesão . A técnica de urgente, como nos casos em que há presença
(17)
limpeza aplicada deve atender aos princípios de celulite ou sepsis” .

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A cobertura para a úlcera venosa deve cobertura será efetivada após avaliação dos
absorver o exsudato do leito da lesão, manter aspectos e localização da lesão cutânea,
ambiente local úmido, ser de fácil aplicação e exigências e escolhas do paciente, bem como
remoção a fim de evitar traumas durante a da diversidade e características dos produtos
(2)
troca, minimizar a dor da ferida, ser disponíveis . Com base na leitura dos artigos
(2, 4, 15)
hipoalergênica, ser impermeável a patógenos, foi possível elaborar o Quadro 2 que
ser estéril e livre de contaminantes, bem como mostra os componentes, indicação de
prover isolamento térmico. A escolha da coberturas utilizadas no tratamento de feridas.

Quadro 2: Coberturas
Componentes Indicação Observação
Pode ser associado ao
Pectinas, carboximetilcelulose
hidrocolóide em pó ou em pasta
sódica e gelatina revestida por Feridas com pouco a
Hidrocolóide em úlceras com profundidade,
camada de poliuretano, partícula moderado exsudato.
para aumentar capacidade de
de alginato de cálcio.
absorção.
Fibras naturais de alginato de
Alginato de Feridas com moderado Auxilia o desbridamento
cálcio e sódio, derivados de algas
cálcio a muito exsudato. autolítico, faz hemostase.
marinhas marrons.
Carboximetilcelulose e propileno-
Hidrogel glicol, partícula de alginato de Feridas com necrose. Desbridamento autolítico.
cálcio.
Almofada de espuma de camadas Feridas com moderada
Espuma de Absorve o exsudato, trata a
sobrepostas de não-tecido e a alta exsudação,
poliuretano infecção e estimula o
hidropolímero, revestida por infectada e/ou
com prata desbridamento autolítico.
poliuretano e prata. estagnadas.
Feridas infectadas ou Não deve ser recortado. Têm
Carvão Partículas de carvão impregnadas não que drena ação bactericida da prata e
ativado com íons de prata. moderado ou elimina odores desagradáveis,
abundante exsudato. pois tem capacidade de filtrá-los.

(12)
A reparação tecidual é influenciada possibilidades financeiras , bem como
expressivamente pelo estado nutricional do avaliar a patologia de base desse paciente
portador de lesão, pois os mecanismos como, por exemplo, diabetes mellitus,
fisiológicos efetivados nesse processo obesidade e hipertensão a fim de planejar
(15)
demandam grandes quantidades de proteínas, adequadamente a assistência . Com base na
(15) (15)
minerais, vitaminas e calorias . O leitura do artigo foi construído o Quadro 3
profissional de saúde deve identificar os déficits que mostra a fonte de alimentos e função dos
nutricionais do portador de úlcera de estase e nutrientes necessários à cicatrização.
adequar os alimentos prescritos às

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Quadro 3: Fonte de alimentos e função dos nutrientes necessários à cicatrização


Nutrientes Fonte de alimentos Função dos nutrientes na cicatrização
Contribui para a epitelização e produção de
Vegetais folhosos verde-
colágeno. Diminui os riscos de infecção, pois
Vitamina A escuros, vegetais e frutas
bloqueia os efeitos inibidores dos glicocorticóides
amarelo-laranja.
no processo de construção tecidual.
Frutas não cítricas (banana),
Vitamina B6 tubérculos, carnes, fígado Eleva a produção de proteínas.
bovino.
Frutas cítricas, tomate, couve-
Coenzima das hidroxilases na produção de
Vitamina C flor, brócolis, cenoura, batatas,
colágeno.
repolho.
Vegetais folhosos verde-
Coenzima necessária na produção do precursor dos
Vitamina K escuros, fígado bovino, óleos
fatores de coagulação.
vegetais.
Carnes vermelhas, frango,
Proteína Bloco de construção tecidual.
peixe.
Colágeno Gelatina, pé de galinha. Faz parte da constituição tecidual.
A albumina sérica é um indicador do estado
Albumina Clara de ovo, albumina em pó. nutricional do cliente. Baixos níveis de albumina
estão associados à cicatrização deficiente.
Peixe, carne escura, ovos,
Zinco Crescimento e multiplicação celular.
legumes.
Feijão preto, brócolis, açaí, Faz parte da constituição da hemoglobina cuja
Ferro laranja seleta, aveia (flocos função é o transporte de oxigênio que é necessário
crus), espinafre cru, soja crua. para o processo de cicatrização.
Calorias Suprimento energético da célula.

A terapia compressiva pode ser realizada A Bota de Unna constitui uma das formas
(4)
com o uso de meias de compressão ou de terapia compressiva inelástica . A troca
bandagens, sendo fundamental para que o dessa bandagem deve ser realizada uma ou
tratamento da úlcera venosa seja eficaz, pois duas vezes por semana, dependendo do
constitui medida de controle da hipertensão volume de exsudato e do edema, e que tal
venosa. A intensidade da compressão externa procedimento pode ser feito por um
aplicada nos membros inferiores deve enfermeiro, médico ou um membro familiar
(2)
decrescer no sentido tornozelo para o joelho, a capacitado . Para este tipo de compressão é
fim de reverter o efeito produzido pelo necessário que a ferida esteja instalada, pois
ortorstatismo prolongado: aumento da pressão após sua cura o paciente deve usar a meia de
(20) (4)
hidrostática intravascular . compressão com o intuito de evitar recidiva .

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O repouso consiste na elevação dos no interstício e aumento da função da bomba


(9)
membros inferiores, várias vezes ao dia, muscular .
possibilitando assim a regressão do edema de A mensuração dos membros inferiores é
tornozelo e/ou perna, característico da conduta necessária para a escolha adequada
insuficiência venosa crônica, além de amenizar da meia de compressão, devendo ser medidas
a dor nos membros inferiores. Cabe ressaltar a circunferência do tornozelo e da panturrilha,
que os membros inferiores devem ser bem como a altura entre a base do calcanhar e
(12)
posicionados na altura do coração . região abaixo do joelho. Nos casos em que seja
O principal motivo das recidivas é a necessário prescrever meias que se estendem
negligência do paciente em relação às medidas até a coxa (por exemplo, quando presente
preventivas, tal como o uso de meias de edema acima ou abaixo do joelho e
compressão. Esta atitude do cliente advém, na deformidades nas articulações) devem ser
maioria dos casos, do desconhecimento sobre a medidos, também, o diâmetro da coxa no seu
importância dessas técnicas na prevenção dos ponto mais largo e a altura entre a base do
efeitos da insuficiência venosa. Logo, o calcanhar e dobra glútea. A determinação de
profissional de saúde deve fazer as orientações tais medidas deve ser feita na parte da manhã,
necessárias ao paciente, bem como esclarecer logo depois do paciente acordar, ou depois de
(2)
a este todas as dúvidas apresentadas. Pois, a retirar a bandagem de compressão .
melhor compreensão da relevância da meia de As meias de compressão devem ser
compressão na doença venosa possibilita ao aplicadas pela manhã antes do paciente
paciente adesão ao tratamento efetivo e, deambular e removidas antes de se deitar. Os
possivelmente, “o autocuidado e a auto-ajuda, portadores de doença venosa devem usar as
integrantes desse compromisso individual, meias de descanso por toda a vida, uma vez
promovem melhorias significativas na que estas mantêm o tratamento da
qualidade de vida das pessoas portadoras de insuficiência venosa somente quando usadas
(4)
qualquer enfermidade, diminuindo os casos assiduamente .
(12)
recidivantes” .
Os efeitos produzidos pela compressão
elástica consistem na redução do diâmetro do
vaso permitindo, assim, maior proximidade dos
folhetos das válvulas a fim de minimizar o
refluxo; aumentar velocidade do fluxo venoso,
propiciando reabsorção do excesso de liquido

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Quadro 4: Pressões recomendadas para o tratamento das desordens venosas


Classe Pressão no tornozelo Suporte Indicações clínicas
I 14-17 mmHg Leve Tratar veias varicosas, edema moderado.
Tratar veias varicosas mais severas e prevenir úlcera
II 18-24 mmHg Médio
venosa.
Tratar hipertensão crônica severa e veias varicosas
III 25-35 mmHg Forte severas, prevenir úlcera de perna e membros pós-
flebites.
Fonte: Borges EL. Tratamento tópico de úlcera venosa: proposta de uma diretriz baseada em evidências. [Doutorado].
(2)
Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem/USP; 2005 .

Qualidade de vida de portadores de úlcera


venosa Comparação, relacionando
As úlceras venosas “causam danos aos custo/benefício, entre tratamento
pacientes porque afetam seu estilo de vida tradicional e tratamento atual de feridas
devido à dor, depressão, perda da auto-estima, O custo da limpeza e tratamento
isolamento social, inabilidade para o trabalho atualizado é inferior ao custo final dos
e, freqüentemente, hospitalizações ou visitas curativos tradicionais. O tratamento atual
(2)
clínicas ambulatoriais” . Para muitos proporciona maior conforto para o paciente
pacientes, a úlcera venosa significa isolamento devido o menor número de trocas de curativos
social, efeito emocional negativo por realizados, além de acelerar o processo de
desencadear ao indivíduo constrangimento, cicatrização, tornando o tratamento menos
(6) (7)
tristeza, raiva, auto-imagem negativa . oneroso . Com a finalidade de ilustrar tal
Entretanto, em um estudo realizado com fato, é abordada a comparação entre
89 pessoas, no período de setembro de 2000 a tratamento tradicional e atual de feridas de
março de 20001, obteve-se resultado diferente duas pacientes com úlcera venosa atendidas na
em relação à qualidade de vida de portadores Clínica Escola de Enfermagem do Centro
de úlcera venosa crônica. Dos participantes da Universitário Metodista Izabela Hendrix, Belo
pesquisa, 37 (41,7%) e 35 (39,31%) Horizonte - Minas Gerais.
apresentaram, respectivamente, qualidade de O cálculo dos custos dos curativos foi
vida considerada como “muito boa” e “boa”. As feito com base nas feridas descritas adiante,
divergências no tocante à qualidade de vida de considerando produtos utilizados para a troca
pessoas com úlcera venosa crônica resultam de diária de curativo em tratamento tradicional e
que a qualidade de vida é marcada pela os curativos realizados com coberturas de
subjetividade e multidimensionalidade e, última geração (Quadro 5). Vale ressaltar que
portanto, a avaliação da mesma dependerá dos no tratamento tradicional é feita troca de
valores e concepções do indivíduo, bem como curativo diariamente e no tratamento
dos contextos diferenciados nos quais as atualizado, geralmente, as trocas são
(6)
pessoas estão inseridas . realizadas duas vezes por semana.
Quadro 5: Relação de alguns produtos usados no tratamento tradicional e atual de feridas

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Carmo SS, Castro CD, Rios VS, Sarquis MGA. Atualidades na assistência de enfermagem a portadores de úlcera venosa.
Revista Eletrônica de Enfermagem [serial on line] 2007 Mai-Ago; 9(2): 506-517. Available from: URL:
http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n2/v9n2a17.htm

Tipo de Produto Material para troca diária de curativo +


Material para limpeza
tratamento utilizado limpeza diária
Colagenase 5grs ao dia; atadura;
Solução Fisiológica 0,9% (250 Colagenase
esparadrapo 20 cm; gase (2 embalagens).
ml); PVPI tópico (20 ml); PVPI 10%, 30grs.
Custo: R$ 11,78
Tratamento degermante (20 ml); Luva
Sulfadiazina de prata 5grs ao dia; atadura
tradicional procedimento (par); Gase (3
Sulfadiazina de 15 cm; esparadrapo 20 cm; gase (2
embalagens); Agulha 25x8 mm.
prata, 30grs. embalagens).
Custo: R$ 4,45
Custo: R$ 11,46
Hidrogel 5grs ao dia; atadura 15cm;
Solução Fisiológica 0,9% (250
Hidrogel 80grs. esparadrapo 20 cm; gase (2 embalagens).
ml); Gase (1 embalagem.);
Tratamento Custo: R$ 9,90
Agulha 25x8 mm; Luva
atual Alginato de Alginato de cálcio e sódio placa 10x10;
procedimento (par).
cálcio e sódio atadura 15cm; esparadrapo 20cm.
Custo: R$ 2,05
placa 10x10. Custo: R$ 30,61

Paciente L.M.S. portadora de duas lesões foi de R$57,10. Os gastos totais referentes ao
crônicas, existentes há três anos, resultantes mês foram de R$228,40. O custo total do
de insuficiência venosa do membro inferior tratamento atualizado, com cura após três
direito, comprometidas por tecido necrótico meses e 15 dias, foi de R$799,40.
tipo esfacelo, drenando quantidade moderada Paciente S.A.A. portadora de duas lesões
2
de exsudato. Uma ferida apresentava 2,0 cm crônicas causadas por insuficiência venosa do
de área e a outra 2,3 cm2 de área. A paciente membro inferior direito (MID) e membro
relatou que em tratamentos anteriores usou inferior esquerdo (MIE) comprometidas por
sulfadiazina de prata e colagenase. Nestes tecido necrótico tipo esfacelo, odor acentuado,
tratamentos tradicionais a paciente gastou em drenando muito exsudato de aspecto seroso. O
média, durante o tratamento com sulfadiazina tempo de existência das feridas do MID e MIE
de prata, R$80,22 por semana, totalizando foram de, respectivamente, 7 anos e 11 anos.
R$320,88 de gastos mensalmente. Anualmente A dimensão da lesão do MID era 2,5 cm
os custos referentes ao tratamento com verticalmente e 3,0 cm horizontalmente e o
sulfadiazina de prata foram de R$3.850,56. Já MIE apresentava várias lesões. Segundo a
os custos do tratamento com colagenase foram paciente em tratamentos anteriores usou
R$82,46 e R$329,84 e R$3.958,08, sulfadiazina de prata e colagenase. Nestes
respectivamente, por semana, mês e ano. A tratamentos tradicionais a paciente gastou em
paciente, referida anteriormente, teve início média, durante o tratamento com sulfadiazina
com o tratamento atualizado de feridas, na de prata, R$160,44 por semana, totalizando
Clínica Escola, no dia 30/11/05 e recebeu alta R$641,76 de gastos mensalmente. Já os custos
no dia 15/03/06. O tratamento consistiu, do tratamento com colagenase foram
basicamente, no uso de alginato de cálcio e R$164,92 e R$659, 68, respectivamente, por
sódio e a bota de unna. O custo total semanal

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Carmo SS, Castro CD, Rios VS, Sarquis MGA. Atualidades na assistência de enfermagem a portadores de úlcera venosa.
Revista Eletrônica de Enfermagem [serial on line] 2007 Mai-Ago; 9(2): 506-517. Available from: URL:
http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n2/v9n2a17.htm

semana e por mês. Os custos anualmente (Brasil) e região. Anais Brasileiros de


Dermatologia 2005 jan-fev; 80 (1).
foram de R$7.916,16.
2. Borges EL. Tratamento tópico de úlcera
A paciente, referida anteriormente, teve venosa: proposta de uma diretriz baseada em
evidências. [Doutorado]. Ribeirão Preto (SP):
início com o tratamento atualizado de feridas,
Escola de Enfermagem/USP; 2005.
na Clínica Escola, no dia 03/04/06 e recebeu 3. Abbade LPF, Lastória S. Abordagem de
pacientes com úlcera de perna de etiologia
alta no dia 20/06/06. Neste tratamento foram
venosa. Anais Brasileiros de Dermatologia.
utilizados o hidrogel, espuma com prata e bota [serial on line] 2006 Dez [cited 2007 Mar 31];
81(6): 509-522. Available from URL:
de unna. O custo total semanal foi de
http://www.scielo.br/pdf/abd/v81n6/v81n06a0
R$118,60. Os gastos totais referentes ao mês 2.pdf
4. Lopez AR, Aravites LB, Lopes MR. Úlcera
foram de R$474,40. O custo total do
venosa. Acta Médica Porto Alegre 2005; 26:
tratamento atualizado, com cura após dois 331-341.
5. Junior OL, Buzatto SHG, Fontes OA, Miyazaki
meses e dezessete dias, foi de R$1.186
COM, Godoy JMP. Qualidade de vida em
referentes ao tratamento das lesões cutâneas pacientes com lesões ulceradas crônicas na
insuficiência venosa de membros inferiores.
existentes nos dois membros inferiores.
Cirurgia Vascular Angiologia 2001 fev; 17 (1):
15-20.
6. Yamada BFA. Qualidade de vida de pessoas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
com úlceras venosas crônicas. [Dissertação].
A prática clínica é uma importante fonte Ribeirão Preto (SP): Escola de
Enfermagem/USP; 2001.
de inovação. É perceptível o avanço na
7. Aguiar ET, Pinto LJ, Figueiredo MA, Savino
produção dos conhecimentos sobre o NS. Úlcera de Insuficiência Venosa Crônica.
Jornal Vascular Brasileiro 2005 jul; 4 (2): 195-
tratamento ao portador de feridas crônicas. Tal
200.
prática em saúde envolve atualmente o 8. Sarquis MGA. Custos de Tratamentos de
Feridas [online] 2005 Available from URL:
princípio da integralidade em detrimento de
http:/www.socurativos.com.br
uma abordagem curativa centrada na técnica, 9. COREN - MG. Deliberação nº 65/00 de 22 de
maio de 2000. Belo Horizonte.
bem como preza a busca pela autonomia do
10. Ferreira AM, Andrade D. Swab de feridas:
portador de úlcera venosa, uma vez que o recomendável? Revista de Enfermagem UERJ
2006 jul/set; 14 (3): 440-446.
paciente ocupa o papel principal no controle da
11. França LHG, Tavares V. Insuficiência
hipertensão venosa e no processo de venosa crônica: uma atualização. Sociedade
Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
cicatrização dessa lesão cutânea. Além disso, o
2003; 2 (4): 318-328.
empenho para a diminuição de custos está 12. Silva JLA, Lopes MJM. Educação em saúde
a portadores de úlcera varicosa através de
começando a enfatizar a qualidade da
atividades de grupo. Revista Gaúcha de
assistência, uma vez que um produto de baixo Enfermagem 2006 jun; 27 (2): 240-250.
13. Pires EJ. Fisioterapia na cicatrização e
custo pode tornar o tratamento de feridas
recuperação funcional nos portadores de úlcera
oneroso se não proporcionar os resultados de hipertensão venosa crônica: uso da
estimulação elétrica com corrente de alta
desejados.
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Faculdade de Medicina/USP; 2005.
14. Bersusa AAS, Lages JS. Integridade da pele
REFERÊNCIAS
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SC, Ribeiro WS, Santos SV, et al. Úlcera de e saúde 2004 jan-abr; 3(1):81-92.
perna: um estudo de casos em Juiz de Fora-MG 15. Poletti NAA. O cuidado de enfermagem a
pacientes com feridas crônicas. A busca de

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evidências para a prática. [Dissertação].


Ribeirão Preto (SP): Escola de
Enfermagem/USP; 2000.
16. Oliveira BGRB, Castro JBA, Andrade NC.
Técnicas para avaliação do processo cicatricial
de feridas. Revista Nursing 2006
nov;102(9):1106-1110.
17. Sarquis MGA, et al. Manual de tratamento
e prevenção de lesões cutâneas. 2º ed.
Contagem, 2003.
18. Conselho Federal de Enfermagem.
Resolução COFEN-195/1997 [on line]. [cited
2006 May 21] Available from URL:
http://www.coren-
df.org.br/site/materias.asp?ArticlesID=710.
19. Écheli CSB, Busato CR. Tratamento tópico
de úlcera de estase venosa – proposta para
padronização. Ciência, Biologia e Saúde 2006
mar; 12(1):7-14.
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venosa crônica dos membros inferiores.
Revista da Sociedade Brasileira de Clínica
Médica 2004; 2 (4): 113-118.

Artigo recebido em 19.10.06


Aprovado para publicação em 27.08.07

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