Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Vários autores alegam que a partir dos anos oitenta, com a saturação dos
mercados nos países desenvolvidos, a incorporação da alta tecnologia, tanto nos
processos produtivos quanto nas prestações de serviços, a redução das barreiras
no comércio internacional e a evolução da filosofia da qualidade total modificaram
a realidade e os passos dos processos administrativos nas organizações (CAPRA,
2002; DAUPHINAIS, 2001; HARRINGTON, 1991; MAXIMIANO, 2000;
MCDONALD, 2001).
Na verdade, a “globalização trouxe apenas benefícios aos possuidores do
poder decisório, imposto pelos países desenvolvidos, e pelo capital especulativo,
ávido de lucro imediato, sem preocupações com as conseqüências de suas
atuações” (RICCIARDI et al., 2000, p.34). Esses mesmos autores advertem que
“os mercados sem fronteiras revelaram-se ‘um tiro no próprio pé’, desferido pelos
países desenvolvidos, só que os estilhaços acertaram o resto do mundo” (Idem,
ibidem, p.56).
Outros fatores também colaboram de um modo indireto para a elevação
dos custos em saúde, entre eles: “a arraigada cultura de se gastar com a cura, ao
invés de se investir na prevenção de doenças; a falta de conscientização do
usuário e sua suscetibilidade às influências da mídia; as pressões por aumentos
lineares exercidas por entidades de classe bem como por ações e políticas na
área da saúde e tributária” (ANDRADE, 2000, p.19).
De acordo com Temporão (1997), houve o fortalecimento da ideologia de
consumo, não só de medicamentos e de processos terapêuticos, mas de saúde
como um todo. Mendes adverte que “os indivíduos buscam os serviços de saúde
quando deles necessitam; ou porque adoecem, ou porque acham que adoecem.
E, por desconhecerem seu problema de saúde e a eficácia de um determinado
serviço por eles escolhido para resolver seu problema, delegam um profissional
que se responsabilizará a agir por eles” (MENDES, 1999, p.83).
Concordando com Mendes, Ismael cita que “as pessoas esperam receber
do médico quatro atitudes principais: serem ouvidas, olhadas, tocadas e
confortadas, pois quando o procuram encontram-se emocionalmente vulneráveis,
com os sentidos aguçados pela tensão e expectativa” (ISMAEL, 2002, p.65).
16
que se refere ao Ato Médico, quanto na que se refere ao não Ato Médico 1 , de
modo que os esforços administrativos que objetivam a remuneração dos sócios,
os cooperados, atualmente não estão alcançando de forma efetiva os princípios
cooperativistas. Assim, os médicos vêm paulatinamente perdendo sua condição
de trabalho, deixando de ser profissionais liberais para serem continuamente
transformados em trabalhadores mal remunerados da saúde.
Teci muitas reflexões referentes às condições da tríade cooperativa-
cooperado-usuário e, por isso, considerei que seria salutar se realizasse uma
pesquisa entre os médicos cooperados a respeito da percepção referente à
organização e aos processos de controle de custos em uma cooperativa de
trabalho médico.
Ao trocar o tema de “Aplicação e Avaliação dos Efeitos da Implantação de
Pacotes Cirúrgicos Hospitalares na Redução de Custos em uma Cooperativa
Médica” para “Percepção de Médicos Cooperados sobre Processos de Controle
de Custos em uma Cooperativa de Trabalho Médico”, considerei que a
subjetividade permeia o ser humano em todas as esferas de sua vida como uma
teia ou o emaranhado de neurônios em nossos cérebros, e que tudo se encontra
interligado.
Tanto no pessoal quanto no coletivo, as ações humanas são fenômenos
que não podem ser captados por meio das quantificações (MINAYO, 1994); por
isso, compreendi que o melhor método para realizar esta pesquisa seria o
qualitativo, pois, segundo diversos autores, esse método tem por finalidade a
compreensão da realidade do ser humano, vivida no seu contexto social
(GROSSEMAN, 2001; LÜDKE e ANDRÉ, 2001; MINAYO, 2001, PATRÍCIO, 1999;
BOGDAN & BIKLEN, 1994).
Levando em conta tal subjetividade, teci o seguinte questionamento
acerca do cooperativismo médico: Como a prática da medicina pode ser
desenvolvida, mantendo a saúde financeira da cooperativa de trabalho médico?
1
Projeto DWH, 2004. Não Ato Médico: são as diárias, taxas, medicamentos, órteses e próteses,
exames laboratoriais, custo operacional de exames e pacotes, filmes e fisioterapia.
18
O banco popular, mesmo se ele tem sua sede na cidade, não deve
negligenciar as necessidades da população agrícola. Luzzatti dá
maior importância ao lado moral da ação cooperativa do que
Schulze-Delitzch. [...] pensava que se poderia obter das massas
populares os capitais a partir de disposições menos severas, pela
persuasão e a liberdade, ao contrário da imposição, e que se pode
obter resultados favoráveis mesmo com capitais mais modestos.
[...] dá maior importância aos fundos de reserva, formados a partir
do levantamento parcial dos lucros anuais e que podem superar o
valor do capital social. [...] emitiu para seus bancos populares a
máxima: ‘Convertieri in capitale l’onestá’. Ele queria dizer com isso
que mesmo na ausência de um poderoso capital próprio que
formaria a base do crédito da cooperativa, essa não pode obter
créditos das caixas de poupanças e dos bancos privados e até
mesmo atrair depósitos, se criamos em volta da cooperativa uma
atmosfera moral de confiança. Ela será criada com a exigência de
sérias qualidades morais de seus membros, por uma fiscalização
recíproca de seus associados, pela escolha criteriosa dos
administradores, pela participação ativa de todos os associados na
direção e na organização da cooperativa, pela seriedade e
objetividade perfeita na atribuição de créditos, pela fiscalização
desses e, sobretudo, por operações feitas abertamente e
submetidas a cada momento ao controle e à crítica da opinião
pública. [...] Ao inverso do sistema Schulze-Delitzch, a
administração era gratuita. [...] não exclui, portanto, a ajuda do
Estado, mas não lhe dá importância primordial (MLADENATZ,
2003, p.131-2).
44
Segundo Nicácio,
Esse segmento é constituído por cooperativas que têm por objetivo prestar
coletivamente um determinado serviço ao quadro social. No Brasil, são
conhecidas as cooperativas de eletrificação e de telefonia rural. As cooperativas
de eletrificação rural têm por objetivo fornecer para a comunidade serviços de
energia elétrica, seja repassando essa energia de concessionárias, seja gerando
sua própria energia. Algumas também possuem seções de consumo para o
fornecimento de eletrodomésticos, bem como de outras utilidades (BENATO,
2004).
Apesar das cooperativas de telefonia rural não terem tido um
desenvolvimento satisfatório, elas vêm ocupando espaços que dificilmente seriam
mantidos pelo Serviço Público. Mesmo com os obstáculos criados pelo Poder
Público, essas cooperativas têm contribuído significativamente para evitar o êxodo
rural e manter o homem no campo, melhorando suas condições de vida e
aumentando a produção de alimentos. Nesse sistema, o próprio usuário mobiliza
recursos de poupança e crédito para os investimentos, a fim de serem
desenvolvidos os processos de construção de energia elétrica no meio rural.
Atualmente, a maior representante do segmento no Brasil e da América Latina é a
“Cooperativa Regional de Eletrificação Rural do Alto Jacuí Ltda. (COPREL),
fundada em 1968, com sede no município de Ibirubá, Rio Grande do Sul, que
conta com mais de vinte e seis mil cooperados” (BENATO, 2004, p.74).
57
janeiro de 1903, com o Decreto Legislativo nº 979, que tratou especificamente das
atividades cooperativas (ALVES, 2003; PAMPLONA, 2001; PINHO, 2003 ).
De acordo com Martins, determinava o artigo 10 que a função dos
sindicatos, nos casos de “organizações de caixas rurais de crédito agrícola e de
cooperativas de produção ou de consumo [...], não implicam responsabilidade
direta dos mesmos nas transações, nem os bens nelas empregados ficam sujeitos
à liquidação judicial, sendo a liquidação de tais organizações regida pela lei
comum das sociedades civis” (MARTINS 2003, p.25).
Prevenindo apenas a constituição das cooperativas sob forma de
sociedades comerciais e não definindo o cooperativismo, o artigo 10 da Lei nº
1637, de 05 de janeiro de 1907, determinou que as sociedades cooperativas
“poderiam ser anônimas, em nome coletivo ou em comandita” e seriam “regidas
pelas leis que regulam cada uma dessas formas de sociedades” (ALVES, 2003, p.
43). Assim sendo, o “Decreto nº 22.239, de 19 de dezembro de 1932”, passou a
ser a “lei fundamental do cooperativismo” quando referiu “os princípios
norteadores da constituição das cooperativas e estabeleceu características
próprias de cunho filosófico” (MARTINS, 2003, p.26). Em especial, o artigo 24
desse decreto estabeleceu os conceitos e definições constantes dos princípios de
Rochdalle quando definiu o que são cooperativas de trabalho, conforme descrevo
a seguir:
Ainda, conforme Pamplona, “tal definição legal foi mantida mesmo com
modificações tópicas na norma geral das cooperativas (através do Decreto nº
24.694 de 10 de julho de 1934, e do Decreto-Lei nº 1.402 de 5 de julho de 1939)
até o advento do Decreto-Lei nº 59 de 22 de novembro de 1966, que o revogou
expressamente” (PAMPLONA, 2001, p.3).
O Decreto 22.239/32 “dava razoável liberdade de constituição e
funcionamento para as cooperativas” (MARTINS, 2003, p.28). E, de acordo com
Machado, o mesmo decreto “favoreceu um surto de desenvolvimento do
cooperativismo, no setor de consumo e na área rural. As novas cooperativas
foram criadas com grande número de associados e com volume expressivo de
operações” (MACHADO, 1975, p.20).
No entanto, segundo Veras Neto (2002), citado por Meireles (2003), o
verdadeiro sentido da legislação era neutralizar o poder político e econômico dos
grandes latifundiários da Velha República, que mantinham a hegemonia de São
Paulo e Minas Gerais, e fomentar o surgimento de pequenos proprietários
agrícolas. A consolidação desse objetivo, pela intervenção direta do Estado na
estrutura fundiária nacional, ocorreu com o Decreto-Lei nº 59, de 21 de novembro
de 1966, ao definir a política nacional de cooperativismo com a criação do
Conselho Nacional de Cooperativismo (CNC).
De acordo com Martins (2003), o Conselho Nacional de Cooperativismo
passou a controlar excessivamente as cooperativas, culminando com o
fechamento de mais da metade delas na década de sessenta do Século XX. O
controle, conforme Magnano, ocorreu com a “obrigação do pagamento do Imposto
sobre Circulação de Mercadorias que, anteriormente, as cooperativas não
necessitavam pagar”, associado “à inflação que se instalava no país; à instituição
de compras a crédito; à concorrência com as redes de supermercados e a falta de
modernização das técnicas administrativas cooperativistas” (MAGNANO 2001,
p.455).
Sucedendo o mencionado decreto, a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de
1971, denominada Lei Especial, segundo Brasil (2002), definiu e dispôs sobre o
regime jurídico das cooperativas, ou seja, passou a regular esse tipo de
sociedade. Trouxe inovações que possibilitaram a renovação das estruturas e dos
62
Segundo Loures et al. (2003), o Novo Código Civil não sucedeu a Lei
5.764/71, apenas redigiu os artigos em linguagem mais clara e com algumas
modificações, sem mudanças substanciais no conteúdo da Lei Especial.
2
As cooperativas singulares (primeiro grau) têm como função a comercialização e prestação de
assistência médica (MEMORIAL UNIMED, 1992).
3
As federações (segundo grau) constituem-se pela união de, no mínimo, três cooperativas
singulares, tendo como principal atividade o desenvolvimento dessas em nível regional, com
competência para elaborar a regimentação das singulares, sempre regida em consonância com a
confederação. Atua como apoio institucional à cooperativa singular, até que essa unidade tenha
condições econômica e financeira de funcionamento autônomo (Ibidem).
4
A confederação é representante do sistema cooperativista em nível mundial. Formada pela união
de, no mínimo, três federações, tem como principal atividade a representação do sistema junto ao
público e aos órgãos de defesa do consumidor. É competente para editar normativas
administrativas. Tais normativas regem os inter-relacionamentos das singulares de todo o país,
opera na gestão dos contratos de abrangência nacional; também tem por princípio o apoio
operacional e tecnológico às singulares e federações (Ibidem).
69
5
As cidades do continente que fazem parte da área de abrangência da Cooperativa Médica de
Florianópolis são: Angelina, Alfredo Wagner, Anitápolis, Águas Mornas, Antônio Carlos, Biguaçú,
Canelinha, Garopaba, Palhoça, Governador Celso Ramos, Paulo Lopes, Nova Trento, Rancho
Queimado, Santo Amaro da Imperatriz, São José, São João Batista, São Bonifácio e Tijucas.
71
cinco anos para compor o conselho de ética. Compete a esse conselho avaliar as
questões relacionadas às distorções ocorridas com cooperados, podendo culminar
com a indicação de exclusão do cooperado. O conselho fiscal, paralelo à
administração, é órgão formado por seis membros, também eleitos em assembléia
geral ordinária, cuja composição renova-se a cada ano, sendo que apenas um
terço pode ou não permanecer por mais um ano. Compete a eles exercer
fiscalização sobre as atividades e os serviços da cooperativa (IRION, 1994).
Diretamente ligadas ao presidente, as gerências administrativa, financeira,
de mercado e serviços médicos são ocupadas por pessoal especializado não
médico, selecionados no mercado de trabalho a cada gestão. A gerência
administrativa responsabiliza-se pelos departamentos de atendimento ao cliente,
de informática, de atendimento ao cooperado, de recursos humanos e de serviços
gerais. Cada um desses departamentos subdivide-se em divisões e serviços que
executam as atividades operacionais da empresa. A gerência financeira
encarrega-se dos departamentos de faturamento, da tesouraria e contas a pagar,
contas a receber, custos e orçamento, contabilidade e tributos, todos eles
subdivididos em divisões e serviços também operacionais. A gerência de serviços
médicos departamentaliza-se em atendimento pré-hospitalar, atendimento
domiciliar e auditoria médica.
A Cooperativa de Trabalho Médico de Florianópolis possui, portanto, uma
estrutura organizacional hierárquica, fragmentada que, segundo Tofler (2001),
baseia-se no modelo militar, cujo controle e burocracia são características
marcantes. liveira salienta que a fragmentação caracteriza a departamentalização.
Segundo ele, a departamentalização “é o agrupamento, de acordo com um critério
específico de homogeneidade, das atividades e correspondente recursos
humanos, financeiros, materiais e equipamentos, em unidades organizacionais”
(OLIVEIRA, 2001, p.305). Assim, as atividades semelhantes são desenvolvidas ou
executadas por pessoas em uma área definida da organização, no caso, a
Cooperativa de Trabalho Médico de Florianópolis.
72
6
A Auditoria surgiu com o objetivo de se confirmar registros contábeis e impostos na época das
emergentes companhias de navegação no século XII (FRANCO, 2001). Define-se, segundo
Franco, como o exame de livros, registros, inspeções, para obter-se informações e confirmações
internas e externas que objetivam verificar e mensurar um determinado trabalho realizado. No setor
saúde, originou-se no início do Século XIX, nos Estados Unidos da América do Norte, pela
proliferação elevada de escolas médicas, pelo nível preocupante de profissionais dessa classe
trabalhadora no mercado e pela crescente insatisfação da população assistida com os serviços
prestados (MENDES, 1996).
73
7
Cata Preta define protocolos por “condutas a serem executadas pelo médico e outros
profissionais da área médica, envolvidos em um procedimento específico, visando o
restabelecimento da saúde”. Para ele, “os protocolos irão transformar a vida das operadoras”, pois
“baseia-se em estudos científicos (medicina baseada em evidências), experiência clínica, condutas
médicas, consensos de especialidades, compartilhamento de riscos, rotinas administrativas e
operacionais”. Custeiam-se “com base no sistema de apuração de custos do hospital/clínica”, ou
seja: “em fatos reais, mediante pesquisa de mercado e/ou tabela própria das operadoras de saúde,
no caso, as cooperativas, e/ou das empresas prestadoras de serviços médicos. Podem sofrer
revisões periódicas – semestrais – e permitem maior flexibilidade para negociações de casos mais
complexos”. Pacotes são “procedimentos, fundamentados em protocolos e valorizados de comum
acordo entre os prestadores e a operadora de saúde” (CATA PRETA, 2001, p.80).Comitês de
Especialidades definem-se pelo consenso de vários profissionais da mesma especialidade que se
reúnem regularmente para estudar e elaborar critérios aos procedimentos médicos e à solicitação
de exames, baseados em resultados de estudos científicos.
75
8
Objetivos acessórios ou complementares referem-se àquelas atividades que a cooperativa possui
com prestadores de serviços não cooperados, que são necessários para que o Ato Médico seja
efetivado.
76
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
9
Pressupostos são “afirmações provisórias de um determinado problema em estudo”; traduzem os
entendimentos do olhar do pesquisador a respeito da realidade a ser pesquisada (MINAYO, 2001,
p.40-1) e são utilizados em pesquisa qualitativa em substituição ao termo hipóteses, porque as
hipóteses traduzem um comportamento positivista e se sustentam por uma teoria básica, onde as
conclusões de uma pesquisa resultam em respostas objetivas, por meio de provas estatísticas e
matemáticas (Idem, 2000).
77
médicos cooperados não têm claro o que seja uma cooperativa no seu sentido
organizacional.
O Referencial Holístico-Ecológico propõe três momentos interligados:
“entrando”, “ficando” e “saindo do campo”, que ocorrem a cada encontro, no
ambiente ou no interior do mundo dos sujeitos, denominado “trabalho de campo”
((PATRÍCIO, 1999).
“Entrando no campo” é a fase inicial da pesquisa e consiste no
conhecimento do local, na aproximação e escolha dos sujeitos, na apresentação
da proposta da pesquisa e dos preceitos éticos aos sujeitos, na elaboração do
projeto piloto, na negociação sobre os detalhes de operacionalização do estudo,
referentes a dias, horários e locais apropriados para os encontros e estabelece os
instrumentos de coleta dos dados. Quando o campo da pesquisa for uma
organização, o pesquisador deverá solicitar autorização formal ao seu
representante, entregando-lhe o termo de consentimento escrito para apreciação e
assinatura (Idem, ibidem).
Só após a assinatura do termo de compromisso escrito e informado pelo
responsável é que se entra em contato e combina-se com os sujeitos do estudo os
encontros para a obtenção dos dados da pesquisa. O pesquisador deve “ter o
documento assinado de aceitação do estudo pelos sujeitos e, ao mesmo tempo,
deixar com os sujeitos um documento assinado por ele referente às questões
éticas e seus futuros compromissos com a devolução dos dados, se for apropriado
ao estudo” (Idem, ibidem, p.67).
De acordo com Grosseman, “o projeto-piloto testará todo o projeto do
estudo e, só a partir da sua aplicação e adaptações necessárias ao estudo, será
possível iniciar o segundo processo, “Ficando no Campo” (GROSSEMAN, 2001,
p.31).
Na entrevista semi-estruturada identificam-se os sujeitos por escrito, no
Formulário de Entrevista.
“Ficando no campo” é o momento da permanência no campo e consiste
em diferentes etapas de interação entre o pesquisador e os sujeitos. É nessa
etapa que o pesquisador desenvolve as técnicas de coleta dos dados, que
78
4.1 OS ENTREVISTADOS
Afirma que o ser humano se coopera quando necessita de algo que supra
suas necessidades e, assim que essas são supridas, passa a agir em benefício de
si mesmo em detrimento da coletividade.
Ela afirma que, pela redução de seu poder aquisitivo no decorrer dos
anos, não pode dedicar-se ao lazer e a outra atividade que gostaria de ter.
PÚRPURA desabafa:
JÚPITER afirma que “só porque a cirurgia é por vídeo, a cooperativa paga
três vezes o valor daquela realizada a céu aberto”. Enfatiza que, no seu entender,
“não deveria pagar”. Porque “a opção de compra do equipamento foi do
profissional que comprou, mas a cirurgia é a mesma, modifica apenas a maneira
de acessar o campo cirúrgico”.
Então, JÚPITER questiona: “Quem tem que arcar com isso? E responde:
“é o profissional que o adquiriu e não a cooperativa, nem eu, que indiretamente
estou pagando por algo que não comprei, [...], e deixando de receber o justo”.
SOL considera que o Ato Médico foi “destruído porque a mídia e as
empresas que vendem aparelhos, que vendem medicação, colocaram na cabeça
das pessoas que o exame físico só é importante se for complementado com
exames” laboratoriais e outros. Afirma, então, que o “médico passou a ser um
pedidor de exames”.
NENO e JÚPITER percebem que a má prática cooperativista do
cooperado ocorre, também, quando pessoas jurídicas cooperadas comercializam
com a cooperativa medicamentos e materiais.
• Supervalorização de tecnologias:
Eu já disse [...] que alguns colegas recebem muito mais que outros
quando utilizam equipamentos em seus procedimentos, pois,
então, esse fato no meu entender é uma supervalorização do
equipamento em detrimento ao Ato Médico, aquele que é realizado
de forma artesanal, onde o médico, e apenas ele, é o instrumento
essencial para a realização da assistência médica.
• Comercialização de medicamentos:
• Privilegiamento de alguns:
Alerta que “a cooperativa não lida com isso de forma racional; por isso, os
valores do Ato Médico são subvalorizados na referência da supervalorização de
equipamentos”. Também percebe que há apadrinhamentos, quando “para uns
pode para outros não pode”.
CINDY ainda acrescenta como fator para a má prática cooperativista da
cooperativa, a pouca habilidade – especialização – dos dirigentes para gerir a
cooperativa.
Médico. Sabe por quê? Porque quanto mais o paciente usa o seu
plano, menos eu ganho.
CINDY concorda com SOL quando comenta que “para administrar bem
[...] é preciso estar alerta (presente) em tempo integral”.
SOL alega que a cooperativa foi informatizada para reduzir custos, mas o
número de funcionários aumentou, enquanto que o de usuários permaneceu
praticamente o mesmo.
CINDY corrobora SOL quando alega que “foi feita uma reforma no prédio
da cooperativa. Nessa reforma foi feita [...] uma porção de melhorias”. Questiona-
se: “Para o funcionamento geral da cooperativa era necessário isso? Ou será que
isso foi apenas um gasto [...]?”.
104
• Inexperiência da gestão:
[...] não penso que seja apenas o médico que trabalha o culpado
da cooperativa ter tantos gastos. Acho que tem muito a ver com
quem está no comando. Por que digo isso? Porque penso que a
cada quatro anos, quando troca a diretoria, os caras vão para lá
sem experiência alguma. Daí o que acontece? Quem manda?
Somos nós, os donos? Ou são as pessoas que já estão lá, que
conhecem a cooperativa, as manhas, ou até mesmo aquelas que
são contratadas para ajudar na direção? Eu penso que quem
manda são eles, e não nós. Nós somos apenas marionetes que
estamos desesperados, porque estamos ganhando cada vez
menos e trabalhando que nem uns jumentos, sujeitos a todas as
intempéries da profissão, da televisão, dos pacientes que não nos
respeitam [...].
• Falta de transparência:
[...] embora nos digam que é a produção dos médicos que está
acima do previsto - vi isso numa assembléia – ninguém dá nome
aos bois, [...] acho que todos nós deveríamos saber quem são e
como agem os gastadores, mas não sabemos, porque não há
transparência.
• Privilegiamento:
[...] acho que os gastos também estão naqueles contratos [...] que
privilegiam algumas pessoas. Será que já resolveram isso?
Sei que existe controle, mas não sei como fazem as regras. Sei
que há muitos exames de laboratórios e de imagem, porque eles
nos enviam relatórios e justificam que o déficit da cooperativa são
os exames e as muitas re-consultas. Sei que instalaram vários
comitês, os Comitês de Especialidades que, para mim, só serviram
para aumentar os custos, porque botaram as raposas para cuidar
das uvas, por isso, a nossa trincheira irá para o saco.
VELHO define custos como “o que entra, o que sai e o quanto sobra para
investir e não o que sobra para gastar”.
Para ele, controle 10 em uma cooperativa “seria controlar mais o que entra
e o que sai e também gastar menos. Isso é o que temos que lembrar: você recebe
seis e tem que gastar menos que sete”. Afirma que não entende como se faz a
regra para controlar os custos da cooperativa, porque nunca lhe explicaram o que
são custos nem mesmo o que é controle. Embora não compreenda os processos
de controle de custos que freqüentemente são abordados nos meios de
comunicação da cooperativa (jornais, Intranet, circulares, ofícios), reuniões e
assembléias, considera que a sua prática médica diária não é afetada, mas que a
sua remuneração sim. “Interfere no financeiro; na prática médica não interfere”.
CAMOGLI alega que custo é o gasto que possui “para executar/prestar um
determinado serviço, que são gastos com vestuário, combustível, aluguel da sala,
secretária, luz, telefone, Internet, papel, canetas, pastas, tudo”. Enquanto que
controle para ela “é observar, é anotar, é fiscalizar, é dominar”. Entende que
controle de custos em uma cooperativa é possuir dados para que se possa “saber
qual o gasto que a cooperativa tem para [...] prestar o seu serviço”. Dados esses
divulgados, segundo ela, na Intranet, pois, eventualmente, costuma verificar as
notícias da cooperativa por esse meio de comunicação.
Percebe que alguns de seus colegas receberam “comunicados a respeito
de se excederem na execução de exames ou procedimentos”; no entanto, também
percebe que “alguns que deveriam receber não receberam, porque,
provavelmente, são protegidos por elementos da cooperativa”. Afirma que não
sabe como são feitas as regras para o controle de custos na cooperativa médica,
mas que o controle interfere na sua prática, na medida que “se os dados para a
realização de controle não forem bem interpretados e analisados, poderão gerar
medidas errôneas, inadequadas”, e o afetado, segundo ela, “é o trouxa do médico
operário que vive de consulta”.
Salienta que a cooperativa gasta muito com exames e tratamento com um
determinado grupo de clientes que possuem um hábito que pode provocar
doenças crônicas, enquanto deveria estar promovendo ações preventivas e que
esse tipo de “tratamento [...] não é oferecido nesse momento pela cooperativa”.
10
Conforme Novo Aurélio (2004, p.542), controle “é a fiscalização exercida sobre as atividades de
pessoas, órgãos, departamentos, ou sobre produtos, etc., pré-estabelecidas”.
108
Alega que contatou com a cooperativa mediante ligação telefônica e enviou uma
proposta para desenvolver tal programa preventivo, porém, não recebeu resposta
e, por isso, acredita que não houve interesse da empresa em seu projeto.
JÚPITER percebe que os gastos que possui com todos os elementos que
mantêm o seu negócio são custos.
Vou te dar a minha definição de custo, pode ser? Custo, para mim,
é o valor da hora do meu consultório aberto. Envolve todos os
gastos que tenho com materiais, equipamentos, funcionários,
impostos, condomínio, telefone, energia elétrica, gasolina,
associações de classe (ACM, CRM) e com o meu tempo dedicado
ao trabalho, que envolve, além do tempo real de atendimento
médico, o tempo gasto com leitura de atualização, participação em
congressos e eventos médicos, pesquisa científica e o tempo
gasto que tive com a minha formação profissional. [...] custo é todo
o gasto que se tem para manter um negócio em funcionamento.
PÚRPURA define custos como “tudo aquilo que se gasta para executar
uma tarefa”. “E a idéia que tenho de controle é como se a gente estivesse sendo
vigiado”.
11
O poder de especialização – é a “capacidade de influenciar o comportamento de outras pessoas
por causa do conhecimento científico ou do entendimento que alguém detém” (SILVA, 2004,
p.252).
12
Liderança Formal – “exercida por pessoas escolhidas para posições de autoridade formal nas
organizações” (Idem, Ibidem, p.253).
13
O poder legítimo – é a “capacidade de influenciar o comportamento de outras pessoas em
virtude dos direitos do cargo ou da função” (Ibidem).
120
Agradar todos parece ser algo utópico; no entanto, fica visível nos relatos
que a autoridade 14 efêmera da gestão traduz a não legitimidade dessa, deixando
uma brecha aos maus cooperados que manipulam o sistema e captam para si os
recursos que deveriam ser de todos. Isso vem ao encontro do que Irion afirma em
relação a um dos pontos fracos da cooperativa: “o amadorismo nas questões de
administração” (IRION, 1994, p.109).
Sandroni (2003) alega que são os gestores que estabelecem os critérios
que permitem a operacionalização dos processos que movem a organização. São
eles que detêm a autoridade e a responsabilidade maior de estabelecer o rumo a
ser seguido pela empresa. Na opinião de Benato (1999), a organização do quadro
social e a transparência administrativa são indispensáveis para a confiabilidade da
gestão cooperativista. Assim, conforme esse autor, torna-se necessário que os
integrantes dos conselhos além de conhecerem as funções estatutárias
necessitam ser qualificados no sentido de serem treinados formalmente para
exercer as funções por eles assumidas. Lideranças formadas e preparadas
disciplinam, sistematizam discussões, evitam propostas inexeqüíveis, estéreis, e
representam, de modo geral, os interesses do quadro social.
Alguns entrevistados acrescentaram que os investimentos em publicidade
e esportes que não abrangem o público alvo da cooperativa, “que é a população
em geral”, o excesso de funcionários, as múltiplas reformas na estrutura física e
operacional, os sucessivos acréscimos em Tecnologias de Informação e a
elevação de cargos de assessorias também são fatores que norteiam a má prática
cooperativista da cooperativa e colaboram com a desvalorização do Ato Médico.
Inserida num contexto sócio-geográfico, a cooperativa, para cumprir os
seus objetivos, contrata pessoas com o fim de operacionalizar o trabalho no
interior da estrutura organizacional, os chamados clientes internos. À medida que
essa estrutura cresce, mais complexa ela se torna e mais pessoas são
14
Para Weber, o conceito de autoridade confronta-se com outras formas de influências, isto é, com
o poder e com a persuasão: poder – é a probabilidade de o indivíduo executar sua vontade apesar
das resistências opostas; inclui o controle da situação, mediante ameaças ou coações, ou por meio
da manipulação das condições de modo a obter obediência (SILVA, 2004); persuasão – é a
capacidade do indivíduo influenciar a ação ou a decisão de outro, mediante a lógica e a
argumentação (Idem, Ibidem). “Para Weber, a essência da autoridade é que as ordens ou decisões
são obedecidas voluntariamente, porque a fonte de onde elas emanam é considerada legítima e
porque envolve a prévia suspensão do julgamento da sua natureza” (Ibidem, p.162).
121
sente-se insatisfeito, porque não foi bem atendido ou porque não obteve um
diagnóstico de acordo com suas expectativas, utiliza-se do livre arbítrio, único
poder que possui em mãos para procurar diversas opiniões para um mesmo
diagnóstico. O intuito dessa atitude é satisfazer suas necessidades na busca de
respostas às suas apreensões. Contudo, para Fernandes (2000, p.28), “a
abundância tropical encontrada pelos colonizadores clivou no ideário do tipo
brasileiro o sentido e a lógica de conseguir ‘usufruir sem pagar’. Faz parte da
cultura brasileira ‘querer levar vantagem em quase tudo”.
Pareceu-me que os cooperados acham que recebem mal porque não
existe critério de distribuição para o Ato Médico e o não médico. Na realidade,
esses critérios são pouco explícitos, embora a empresa utilize-se de métodos de
controle de custos como o Projeto Data Warehouse, a Auditoria Médica e outros,
para monitorar o processo de diagnóstico e de distribuição desde o procedimento
até o financiamento.
A maioria dos entrevistados identificou processos de controle de custos,
mesmo não definindo com clareza o significado dessas ferramentas. Para alguns,
os processos de controle de custos interferem na prática médica à medida que
ações da diretoria e da ferramenta de controle, a Auditoria Médica, sancionam
atos médicos – consulta e procedimentos – por eles realizados, enquanto para
outros não interfere. No entanto, está subjacente nas falas dos entrevistados a
interferência, na medida em que eles produzem cada vez mais para melhorar seus
rendimentos.
Alguns entrevistados definiram custos como os gastos que se possuem
para manter um negócio em funcionamento, ou tudo aquilo que se gasta para
executar uma tarefa. Conforme Cata Preta (2001), custos são valores,
correspondentes à utilização de recursos humanos e materiais, para prestação de
algum serviço, produção de algum produto ou realização de alguma atividade que
seja finalidade da entidade/empresa, enquanto controle, segundo o Novo Aurélio
(2004, p.542), “é a fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos,
departamentos, ou sobre produtos, etc., pré-estabelecidas”.
O Projeto Data Warehouse, a Auditoria Médica, os Comitês de
Especialidades, a Prestação de contas feita pelos Conselheiros Fiscais à
124
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
cooperados. Assim, enfatizaram que, muitas vezes, é o sócio que eleva os custos
da cooperativa e, com isso, reduz o valor do Ato Médico.
A má prática cooperativista da cooperativa foi apontada pelos entrevistados
como a supervalorização de tecnologias de exames e procedimentos de alto
custo; o pagamento de exames solicitados desnecessariamente pelos
cooperados; o comércio de materiais e medicamentos; o pagamento de materiais
descartáveis já utilizados; o pagamento de procedimentos já pagos pelo SUS; o
pagamento de especialidades não médicas (fisioterapia e exames laboratoriais); o
privilegiamento de alguns; as pessoas jurídicas cooperadas; monopolismo e cartel;
inexperiência e desconhecimento teórico e prático da gestão sobre as questões
administrativas; falta de transparência da gestão; desvalorização do cooperado;
desconsideração da individualidade do cooperado; investimentos desnecessários,
apontados pelos entrevistados como os investimentos em patrocínio de esportes,
múltiplas reformas, aquisição de tecnologias de informação, aquisição de bens
móveis e imóveis, e serviços em excesso de funcionários e de assessorias; e a
venda de planos de saúde não co-participativos.
Os entrevistados apontaram que os cooperados são pouco ou nada
aculturados; que a empresa promove cursos superficiais nas questões
cooperativistas e que os donos não consideram a cooperativa como sua.
Alguns entrevistados identificaram processos de controle de custos com
clareza, enquanto outros não identificaram. Entre os entrevistados que
identificaram processos de controle de custos, a Auditoria Médica, o Projeto Data
Warehouse, os Comitês de Especialidades e a Prestação de Contas do Conselho
Fiscal foram apontados como processos de controle de custos.
Para os entrevistados, os processos de controle de custos são mal
elaborados porque obedecem a regras pré-estabelecidas por grupos ou por
decisão da empresa sem a prévia autorização dos demais cooperados. Embora
alguns entrevistados tenham dito que os processos de controle não afetem a sua
prática médica diária, está implícito nas falas que afetam à medida que os
médicos cooperados necessitam elevar a sua produção para ganhar mais.
A partir dessas considerações, a aculturação, ou seja, a educação, o
treinamento, a informação e o conhecimento – que é um princípio que leva ao
128
15
O estudo do projeto de criação do Curso de Especialização em Cooperativismo está sendo
elaborado pela autora desta pesquisa com colaboração da Profª. Drª. Graziela Dias Alperstedt, que
se responsabilizará pelos tópicos da Gestão de Empresas, Gestão de Pessoas e Comportamentos
Organizacionais, Ética Empresarial, Responsabilidade Social, Planejamento e Gestão Estratégica.
Gestão de Custos e de Qualidade. A autora desta pesquisa se responsabilizará pelos tópicos da
Gestão baseada em informações, Auditoria e Análise Crítica, Acreditação Hospitalar, O Sistema de
Saúde (conceitos, e tipos de estrutura organizacional), O gestor e o paradigma da complexidade,
Operadoras de saúde.
129
REFERÊNCIAS
CAPRA, F. A teia da vida. The web of life. Uma Nova Compreensão dos Sistemas
Vivos. 14. ed. Tradução de Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Cultrix,
1996.
DINIZ, M. H. Lei de Introdução ao Novo Código Civil: Interpretada. 6.ed. atual, São
Paulo: Saraiva, 2000.
FEREIRA, A. A. et al. Gestão empresarial de Taylor aos nossos dias. São Paulo:
Pioneira Thompson Learning, 2001.
IRION. J. E. Cooperativismo Médico UNIMED. Fale como dono. 2. ed. São Paulo:
Cartaz, 1994.
MORSE, L. J. The New England Journal of Medicine, v.329, n.11, sep, 1993,
p.804-805.
ANEXO 1
Ao Dr. X
Diretor Presidente da Cooperativa X
____________
Elyane Rangel
___________________
Diretor Presidente
138
ANEXO 2
Florianópolis, ___/____/_____
ASSINATURA _________________
Diretor presidente da Cooperativa X.
139
ANEXO 3
Assinaturas:
Pesquisador principal ________________________________________
140
Florianópolis: _____/_____/_______
Assinatura:_________________________________
Registro de Identidade: _________________________
141
ANEXO 4
Formulário de Entrevista
Entrevista n º:________
___Encontro
Local:_______________________________________________
Participante (codinome)___________________________
Data:______________________________
Horário:____________________________
Idade:_____________anos
Sexo:___________________
Estado civil:_________________________
Especialidade:_____________________________
Tempo de formação como médico:_________
Tempo de atuação como médico:_______
Tempo de cooperado da Cooperativa X:____________
Locais e horas de atuação: ________________________________________
Questões norteadoras:
1. O que representa para você uma cooperativa de trabalho médico?
2. Quais são as vantagens e as desvantagens de ser cooperado?
3. O quanto você acha que a Cooperativa X paga por uma consulta ou
procedimento?
4. O que você entende por custo e por controle?
5. O que você entende por controle de custo?
6. Como você acha que são feitas as regras para o controle de custo na
cooperativa médica?
7. O controle de custo interfere na sua prática médica?
8. Se interfere, dá para você definir como?