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APLICAÇÕES DO OZÔNIO NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS E AGRICULTURA

Neste artigo, citaremos as possibilidades de uma rápida e eficiente destruição, em uma


atmosfera de ozônio, de vários microorganismos não patogênicos, incluindo esporos, fungos e
outros organismos de células únicas. A grande gama de aplicações do uso de ozônio na indústria
de alimentos, agricultura e outras, são criadas semelhantemente pela sua capacidade de matar
germes e bactérias; ele atua não somente como germicida mas também como agente eliminador
de esporos. Frutas e diversos alimentos, expostos aos seus efeitos, apresentam uma maior ou
menor pronunciada mudança como conseqüência da sua ação no processo vital das células,
particularmente no metabolismo, pela inatividade do produto metabólico. Simultaneamente, o
ozônio reage com outros materiais presentes que podem ser oxidados, e assim é capaz de destruir
fragrâncias e odores. A utilização destas propriedades tornam o ozônio eminentemente adequado
para aumentar a vida de produtos perecíveis em locais refrigerados. Seu uso é econômico e, tanto
o investimento, como o custo operacional estão em níveis compatíveis com os do locais
refrigerados. Sua aplicação elimina o risco de deixar odores desagradáveis ou traços de anti-
sépticos usados na preservação de produtos alimentares. A utilização do ozônio para aumentar a
vida de produtos estocados, particularmente em baixas temperaturas começou em 1909 quando,
na cidade de Colônia, verificou-se a redução da contagem de germes na superfície da carne
estocada, após ter sido instalado um gerador de ozônio no duto de ar que ventilava o depósito.
Muito mais exames e testes devem ser efetuados antes que se decida se o tratamento com ozônio
possa ou não ser favorável, em virtude de diferentes requisitos impostos pela armazenagem de
frutos diversos. Embora poucas pesquisas e relatórios sejam do domínio público, o uso do ozônio
vem aumentando na Europa. Van Laer e Troquet descreveram, em 1928, o uso do ozônio em
cervejarias. R.J.Tenny colocou em foco novamente em 1972 a possibilidade do seu uso. As
deficiências técnicas dos geradores de ozônio na década de 40 foram responsáveis pelo atraso
naquela época.

PRESERVAÇÃO E ESTOCAGEM

Praticamente a preservação de alimentos começa com a esterilização do ar de tal modo


que o local de estocagem contenha quantidade suficiente de ozônio para destruir os
microorganismos. Simultaneamente, altas taxas de decomposição de ozônio são esperadas
devido à necessidade de elevada umidade nos locais de armazenagem e também à reação de
oxidação que se inicia imediatamente nas paredes do local de estocagem, no material de
embalagem e na absorção dos produtos. Estes fatores exigem a necessidade da mais perfeita
distribuição do ar ozonizado dentro do local de estocagem e tornam imperativo o uso de um
gerador de ozônio cuja capacidade seja suficiente para manter a concentração de ozônio em toda
a massa de ar. Caso não seja, corre-se o perigo de que o ozônio não alcance os produtos
estocados. Para atingir o objetivo, recomenda-se uma forte movimentação do ar. A câmara de
estocagem não precisa ser hermeticamente selada, como exemplo, no caso de aplicações de
atmosfera estática de gás carbônico. Deve-se procurar um equilíbrio, mesmo nos locais fechados,
entre a quantidade de ozônio consumida pelo ambiente, pelas embalagens, pelas paredes, etc.
através da absorção, pelos produtos armazenados, para a destruição dos germens superficiais,
para a oxidação dos produtos metabólicos, etc. de um lado e a quantidade de ozônio introduzida
no outro Depois de introduzir o ozônio a decomposição continua, razão pela qual um excesso do

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mesmo deve ser introduzido, assegurando a quantidade suficiente para a destruição dos
microorganismos, oxidação dos odores e dos produtos metabólicos.

EFEITO GERMICIDA

O efeito do ozônio já foi coberto em termos gerais. Para a aplicação na indústria de


alimentos, devemos colocar grande ênfase nas mudanças de qualidade que tem lugar após o
tratamento com ozônio, junto aos efeitos específicos, diferentes para cada produto. O poder
germicida do ozônio é geralmente específico em relação a determinada espécie. A ação inicial do
ozônio é no fungo, impedindo seu crescimento rapidamente principalmente se estiver no estágio
inicial de ataque a superfície do produto. Depois, destrói as culturas formadas. O ozônio ataca
imediatamente as células da superfície e tem pequeno poder de penetração. Kolodyaznaya e
Sponina investigaram a micro flora causadora da deterioração da batata. Culturas puras de
fungos Fusarium Solani, Rhisoctonia Solani e Phytophtora Solani foram expostas à ação do
ozônio. Destas espécies, a Fusarium Solani provou ser resistente ao ozônio. A ozonização
aplicada em carne refrigerada estocada destruiu os microorganismos superficiais,
particularmente os da família Pseudomonas, responsáveis pela deterioração Aumentando-se o
teor de umidade da câmara, eleva-se, favoravelmente, o efeito germicida. Isto é conseguido pôr
causar "cansaço" aos micróbios e torná-los mais susceptível à destruição. Testes realizados com
carne mostraram que o ozônio é mais eficiente se a superfície tem uma umidade de cerca de 60
%.(sessenta pôr cento).

EFEITOS SOBRE ODORES

O ozônio tem um cheiro característico, mas, apesar disto, ele não mascara o cheiro de
uma aplicação. O oxigênio atômico, formado na decomposição do ozônio, oxida, imediatamente,
as substâncias causadoras do cheiro. De todos os odores, o cheiro característico da putrefação é o
mais difícil de ser eliminado, mesmo com o emprego do ozônio. De um modo geral, quanto mais
baixa é a temperatura e quanto maiores as moléculas envolvidas, mais difícil é a oxidação. A
umidade do ar não tem efeito algum sobre o processo. Em concentrações muito baixas de ozônio,
digamos entre 0,01 e 0,04 ppm, o ar dentro da câmara de refrigeração é fresco e agradável e
nenhum mau cheiro é sentido. É um fato consumado que o odor de frutas aromáticas como os
morangos é aumentado na presença de ozônio. É possível que a formação da fragrância e
perfumes que dão aos frutos sabores característicos seja ajudada pela presença do ozônio. A
esterilização do ar com ozônio, em locais de venda de frutas, impede que o odor dos materiais de
embalagem sejam transferidos às frutas, fenômeno freqüentemente observado particularmente,
quando caixas de madeira são utilizadas em locais refrigerados, com umidade entre 85% a 90%.

EFEITOS SOBRE O METABOLISMO

O efeito sobre o metabolismo também é uma conseqüência do poder oxidante do ozônio.


Nenhuma deterioração de fruta foi observada, mas a razão disto é que o ozônio somente afeta a
superfície das mesmas, onde compostos de difícil oxidação estão presentes na maioria dos casos.
Durante a estocagem, o processo de respiração das frutas é acelerado, o mesmo acontecendo com
o amadurecimento. No caso de um amadurecimento mais rápido do que o desejado, etileno é
produzido o que afeta as outras frutas e inicia um amadurecimento ainda mais rápido. Os sinais
externos deste processo são manchas de cor amarelo escuro ou marrom na superfície das mesmas
e o amolecimento, resultando daí o apodrecimento das frutas. Este processo é controlado pela
presença de ozônio porque ele oxida os produtos metabólicos criados inicialmente, reduzindo,

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portanto, a ação acima descrita sobre as outras frutas. Ainda mais, os pontos de deterioração são
fechados e cria-se uma resistência contra infecções futuras.

DESINFECÇÃO E REMOÇÃO DE ODORES

Armazéns de estocagem, de distribuição e lojas refrigeradas de venda, podem ser


desinfectadas, na maioria dos casos, pela introdução de ar ozonizado. Isto, independente da ação
direta do ozônio exercida sobre o alimento, frutas, bebidas, etc., estocados no local. O processo,
entretanto, além de desinfectar, remove odores desagradáveis, freqüentemente encontrados nos
materiais de embalagens, de tal modo que os produtos podem reter seu cheiro e sabor original. A
oxidação de compostos geradores de cheiro em tais locais resulta numa atmosfera agradável,
parecendo ar fresco das montanhas e, sendo necessário para isto, uma concentração muito baixa
de ozônio: somente 0,01 a 0,04 ppm. O ozônio em concentrações de 0,1 ppm é capaz de destruir
microorganismos e remover odores após uma exposição de 48 horas. Um tempo de exposição
maior, em menor concentração, é equivalente em efeito bactericida, contudo é falho na
eliminação de odores.

APLICAÇÃO DE OZÔNIO EM PRODUTOS

• CARNE

Para a estocagem de carne é suficiente a aplicação de ozônio em um ou dois períodos


diários, com duração de duas horas e concentração de 6 mg pôr metro cúbico de ar. A
aplicação de ozônio provou ser particularmente benéfica no processo de amaciamento da
carne (tenderização). Neste processo, a carne é conservada durante 42 a 44 horas em um
espaço fechado, na temperatura de 293 º K e numa umidade de 85%. O processo de
amaciamento consiste, na verdade, na ação digestiva das enzimas para amaciar músculos e
cartilagens. O processo, entretanto, pode ser feito em 20 dias numa temperatura de 279 º K.
O efeito acelerador da temperatura no amaciamento promove a formação de solo fértil para a
multiplicação de bactérias nocivas e esporos de natureza danosa. O objetivo a ser atingido
com o emprego do ozônio, é a destruição destes organismos na superfície dos produtos. Nas
câmaras de amaciamento de carne (tenderização), concentrações de 0,1 ppm, umidade
relativa de 60% a 90% devem ser mantidas de acordo com Ewell. De acordo com outros
autores, concentrações de ozônio da ordem de 0,04 ppm, embora seja falha para a completa
esterilização, retarda o crescimento de bactérias. A ação germicida do ozônio é restrita
somente à superfície também no caso da carne, tendo uma pequena profundidade de
penetração. Fungos em forma de esporos podem ser destruídos somente se atacados pôr uma
alta concentração de ozônio. A vida de estocagem da carne, no estado refrigerado, pode ser
aumentada de 30% a 40% se a mesma for conservada numa atmosfera de 10 a 20 miligramas
pôr metro cúbico de ar, e se a saturação micro biológica de sua superfície, não for maior do
que 10 bactéria cm. Uma investigação detalhada sobre o tempo de vida de estocagem para
carnes de vaca, vitelas, porcos, carneiros, frangos e coelhos em atmosfera ozonizada foi feita
pôr Billion. No caso de diversas variedades de carnes, estocadas em atmosfera normal,
encontrou-se importante contaminação microbiana após sete dias. Com o uso do ozônio,
contaminação do mesmo nível foi encontrada somente após quatorze dias. Pode se afirmar
que em uma atmosfera refrigerada e com a presença de ozônio, o crescimento da micro flora
(famílias pseudomonas, esporos, salmonelas, estafilococus) é retardado, contudo, nenhum
efeito é exercido pelo ozônio na micro flora se a extensão de contaminação já for grande.
Apesar do ozônio falhar na produção de um efeito anti-séptico em carnes estocadas, ele ainda
faz com que a atmosfera de câmaras refrigeradas seja fresca e saudável. Peixes frescos
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podem ser estocados pôr períodos mais longos, se lavados com água ozonizada, e, se
preservado com o gelo produzido com água contendo ozônio, um tempo maior de estocagem
pode ser obtido.

• QUEIJOS

Testes bem sucedidos com o uso de ozônio foram realizados durante o processo de cura e
estocagem de queijos. Esporos criados nas superfícies dos queijos, durante o período de
cura, foram destruídos e o tempo de estocagem aumentado para onze semanas pela aplicação
de ozônio numa pequena concentração de 0.02 ppm na temperatura de 288 º K e numa
umidade relativa de 80% à 85%. Os testes foram realizados com queijos do tipo Cheddar,
indicando que, odores outrora presentes nos locais de estocagem, foram também eliminados
pela ação oxidante do ozônio.

• OVOS

O ozônio tem sido utilizado, com sucesso, na estocagem de ovos, e desde o fim da década
de trinta, mais de oitenta pôr cento dos locais refrigerados para estocagem de ovos nos
Estados Unidos já eram equipados com geradores de ozônio para aumentar o tempo de
estocagem.

• BEBIDAS

O tratamento de ozônio acelera o envelhecimento dos vinhos, evita turbidez e refina o seu
bouquet, o qual é mantido pôr um tempo maior. A estocagem de leite, sucos e refrigerantes, é
aumentada pelo ozônio, evitando sua deterioração. A esterilização de água, necessária a
produção de bebidas, é importante devido à crescente demanda de água de boa qualidade.
Muitas vezes, águas de poços artesianos são usadas em escala industrial na produção de
refrigerantes. Embora perfeitas nos requisitos biológicos, (sabor, odor) elas podem apresentar
uma indesejável cor marrom clara proveniente do solo e que pode ser retirada pelo ozônio. O
principal requisito é a retenção, durante o período de 4 a 8 semanas, entre o enchimento e o
consumo. O ozônio provou ser o mais eficiente método para esterilização, suplantando
processos convencionais usados previamente como UV, irradiação, tratamento com cloro,
prata, e filtragem. Uma das mais comuns bebidas é a água mineral. Muitas, entretanto,
contém manganês e ferro. Aplicando-se os métodos usuais para a remoção de manganês e
ferro, o dióxido de carbono dissolvido, naturalmente existente, será grandemente consumido.
O uso do ozônio, neste caso, apresenta a vantagem de total oxidação do ferro e manganês,
junto com a retenção de alta concentração do dióxido de carbono dissolvido. O ozônio
também é usado na indústria do leite, para evitar a sua deterioração. Tal esterilização
aumenta grandemente o tempo de estocagem. Em cervejarias, o ozônio pode ser usado com
vantagem, na desinfecção de tubulações, filtros, garrafas, etc. Se existirem resíduos
fenólicos, e for usado cloro, eles serão transformados em clorofenóis que possuem sabores e
odores intoleráveis para as cervejas. O ozônio cria pontos de especial interesse para
fabricantes de cervejas, e utilizadores de outros processos semelhantes, porque ele representa
um biocida sem resíduos persistentes ou tóxicos.

APLICAÇÃO DE OZÔNIO NA AGRICULTURA

O ozônio é eminentemente adequado para o processamento de vários subprodutos e


produtos secundários agrícolas e da indústria de alimentos. Sua aplicação já foi provada, no
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branqueamento da cera de abelha, amidos, farináceos produtos de palhas, ossos, penas e


banhas, entre outros. A maioria destes produtos tem o odor melhorado e tornam-se mais
brancos, após o tratamento com ozônio. O tratamento com ozônio, do algodão e da lã,
decompõe a graxa e cera das superfícies das fibras, o que aumenta, significativamente, o
tempo de armazenagem da fibra de algodão e melhora a possibilidade de tingimento da lã,
com uma simultânea ação de branqueamento. A ozonização de sementes de linho acelera o
amadurecimento, facilitando o processamento posterior. Para a remoção de odores de
grandes currais, o ozônio tem sido usado há muito tempo nos Estados Unidos, União
Soviética e Canadá.

• REAÇÕES QUÍMICAS DO OZÔNIO

As reações químicas do ozônio estão relacionadas com sua estrutura molecular já


que um de seus átomos de oxigênio pode se soltar relativamente fácil, gerando oxigênio
nascente, o que torna o ozônio praticamente o mais poderoso agente oxidante. Em outras
reações, a molécula inteira de ozônio pode ser adicionada ao reagente. O ozônio participa
de reações inorgânicas, como excepcional e poderoso agente oxidante. Este
comportamento resulta, também, de seu alto potencial de redução excedido somente pelo
flúor. Ele oxida metais com exceção do ouro, platina e iridium. Oxida metais em óxidos ou
em peróxidos, sulfitos em sulfatos, carbono em dióxido de carbono, mesmo em temperaturas
normais. O ozônio não reage com sais de amônio. Na maioria das reações de oxidação ele é
reduzido a oxigênio molecular, perdendo somente um átomo de oxigênio.
A oxidação, particularmente em altas concentrações de ozônio, pode chegar a formação de
dióxido de carbono e água. Concentrações usuais, contudo, causam a formação de
substâncias contendo mais oxigênio ou menos hidrogênio de sua molécula original.

INTERAÇÃO ENTRE O OZÔNIO E VÁRIAS SUBSTÂNCIAS

A maioria dos metais é fortemente oxidada pelo ozônio. Ações corrosivas podem ser
facilmente encontradas em concentrações acima de 2 a 3 ppm, particularmente na presença
de umidade. Laqueamento ou outros tratamentos superficiais aplicados para a proteção da
corrosão podem ser benéficos até um certo grau, os metais facilitam na maioria dos casos a
decomposição do ozônio sendo algumas das reações catalíticas bons catalisadores são pôr
exemplo, ferro particularmente se enferrujados, zinco, mercúrio, platina e prata. De acordo
com Yemelyanova, metais nobres são os melhores catalisadores em baixas temperaturas.
Kastanova descobriu que de todos os metais tem o menor efeito catalisador em baixas
concentrações e a 373º K.
Aço inoxidável, além de alumínio anodizado, é sugerido como o material metálico ideal
para construção particularmente para aplicações envolvendo baixas temperaturas e
altas concentrações de ozônio. Em termos de resistência química e estabilidade de
ozônio o vidro seria o material ideal para vasos e tubos, devido à sua baixa resistência e
sua falta de elasticidade o uso de vidro é extremamente limitado. Para elevadas cargas
mecânicas devido a pressão pôr exemplo, e grandes concentrações de ozônio o uso de vidro
revestido com metal é proposto. Waller e McTurk concluíram que garrafas feitas de aço
inoxidável com a superfície interna fosfatada seriam tão boas quanto vidro, mínimo efeitos
de parede e máxima vida para a decomposição térmica do ozônio foi verificada com tais
garrafas. Devido à sua grande superfície todos os adsorventes tais como carvão ativado,
zeólitos, sílica gel, alumínio ativado, etc., atuam como fortes catalisadores na decomposição
do ozônio na temperatura ambiente.

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No caso de carvão ativado, também acontece a oxidação enquanto o efeito de pura


adsorção prevalece em zeólitos porque o efeito catalisador cessa com a saturação. O
efeito catalisador de peneiras moleculares para evitar a decomposição de ozônio pode muito
bem ser utilizado na prática, como pôr exemplo, na retirada de ozônio dos gases de
escapamentos.
A borracha que é usada na prática como material para selos, tubos e outros componentes, à
semelhança de material orgânico em geral reage ativamente com ozônio. A borracha sintética
é mais resistente ao ozônio. Entre os plásticos, aqueles na base de flúor, podem ser usados
com vantagens como materiais para vedação, tubos e até como material de construção devido
a sua resistência à ação do ozônio e não servir como catalisador para a decomposição do
mesmo. Para altas concentrações de ozônio o uso do PTFE e do polidiclorodifluoretileno é
recomendado. Esses plásticos podem ser utilizados em revestimento de vasos de aço usados
para conter ozônio em alta concentração.

EFEITOS BACTERICIDAS ESTERILIZADORES EM MICROORGANISMOS

O uso de ozônio durante décadas, deve-se principalmente sob sua ação em


microorganismos encontrados na água os quais ultrapassam e muito os de qualquer outro
desinfetante. Testes demonstraram que ele destrói com grande eficiência, esporos,
fungos, amebas, vírus, bactérias assim como, vários germes patogênicos e saprofíticos,
esses microorganismos representam uma grande variedade de espécies, gêneros e
famílias. Holluta e Unger mostraram que a taxa de destruição de germes não dependia
do pH este fato constitui uma das maiores vantagens do ozônio sobre outros
desinfetantes. Na purificação de água o ozônio residual é o fator crítico que controla a
destruição de microorganismos, no começo da década de sessenta a opinião era unânime de
que o ozônio teria um efeito mais rápido sobre vírus do que aquele obtido sob a ação do
cloro. Os vírus provaram ser resistentes ao cloro sob certas circunstâncias mas é
extremamente difícil destruí-los mesmo quando expostos ao ozônio. Katzenelson pôs
grande ênfase no efeito sobre vírus durante suas investigações desde que eles são
sabidamente mais resistentes à desinfecção do que às bactérias. Um fenômeno notável nas
suas investigações foi o processo em duas etapas para a inatividade do vírus. No período um,
com duração de 10 segundos conseguiu-se matar 99%. O período dois consumiu muitos
minutos para a destruição completa. Aplicou-se o ozônio em sete níveis intermediários entre
0,07 e 2,5 ppm, mas o fenômeno não dependia das mudanças na concentração, de acordo
com Berg a maior resistência dos vírus é causada pela formação de blocos, para estabelecer a
teoria a preparação do vírus da pólio foi submetida a ultra som de 100W pôr 2 minutos na
freqüência de 20mhz o ultra som causou a quebra dos tais blocos de vírus, os quais se
tornaram então, extremamente, suscetíveis ao ozônio. A transmissão pôr vírus podem ocorrer
na água, assim, as possibilidades de inatividade devem ser determinadas com maior precisão
para poder prevenir a infeção pôr vírus. Coin investigou a inatividade do vírus da
poliomielite pôr ozônio, tendo conseguido matar 99,99% mantendo um residual de 0,3 à 0,4
ppm na água no tempo de três a quatro minutos. Gevaudan determinou que substâncias
orgânicas e inorgânicas na água reduzem o efeito do ozônio, no restante suas conclusões
foram idênticas àquelas de Coin. Pesquisadores americanos estudaram uma variedade de
microorganismos entre eles o Bacillus Anthracites, os quais causam antrac (espécies de
furúnculos em bovinos, ovinos, suínos até mesmo seres humanos) o Clostridium Botulinum
cujas toxinas paralisam o sistema nervoso central, encontrado em alimentos e carnes, a
Influenza vírus, o Bacillus Subtilis (o bacilo do feno) que decompõe matéria orgânica. As
experiências usaram concentração de ozônio de 100 à 200ppm. Miller conseguiu uma
esterilização completa dos esporos do Bacillus Subtilis expondo-os a 100ppm de ozônio pôr

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45minutos. Ratos foram inoculados com a toxina, tipo A, que continha a bactéria
causadora do botulismo e ovos com o vírus da influenza. A cultura continha o máximo de 10
bacilos causadores de botulismo a qual representa exatamente a dose letal para ratos, uma
exposição ao ozônio pôr 30 minutos foi em geral suficiente para animais inoculados
sobreviverem, no caso do vírus influenza as culturas permaneceram negativas durante os
exames de verificação. Foi também demonstrado que outros microorganismos poderiam ser
destruídos pela aplicação de 1,5 à 2,0ppm de ozônio entre eles estava incluído o Typhus
Abdominalis que se propagam tipicamente infectando a água causando o tifo.

FRUTAS, GÊNEROS ALIMENTÍCIOS E BEBIDAS

Na estocagem de frutas, cuidados especiais devem ser tomados para que cada peça tenha
a sua volta espaço suficiente não oferecendo resistência à passagem de ar assegurando, assim,
uma ventilação adequada. Ao mesmo tempo em que o ozônio previne a formação de colônias de
fungos nas paredes dos locais de estocagem, nos materiais de embalagem e nos engradados de
madeira, estes fungos, mesmo não sendo nocivos ao produto, rapidamente imprimem um odor
desagradável às frutas. Em ambientes de estocagem refrigerados, a proliferação do chamado
"blue mold rot" causador do apodrecimento é extremamente rápida e o crescimento não é
retardado mesmo em temperaturas tão baixas quanto 273º K.
Devido à rápida decomposição do ozônio, pessoas podem penetrar nos locais de estocagem,
imediatamente após a interrupção da injeção de ozônio, sem prejuízo à sua saúde. Esta
característica, junto ao rápido efeito de desinfecção, são de grande importância,
particularmente para a troca de produtos estocados.

• BANANAS

Altas concentrações de ozônio intensificam o metabolismo das bananas. Danos


fisiológicos podem ser induzidos, contudo, pôr pequenas concentrações, da ordem de
1.5 ppm pôr exemplo. Depois de 8 dias, manchas pretas aparecem na casca se a
concentração de ozônio é mantida entre 25 e 30 ppm; se mantido entre 30 e 90 ppm o
processo de respiração é acelerado apesar do amadurecimento não ser afetado. O fenômeno
pode ser atribuído à destruição, imediatamente após à sua formação, de substâncias
produzidas pôr outras frutas mais maduras as quais aceleram o processo de amadurecimento.
Uma concentração de ozônio entre 1,5 e 7 ppm e uma temperatura de 285º K comprovaram
ser as melhores condições para a estocagem de bananas onde nem a taxa de amadurecimento
nem a intensidade de respiração mudam significativamente. Atualmente, bons resultados são
obtidos aumentando-se o tempo de estocagem durante o transporte.

• LARANJAS

As laranjas são insensíveis mesmo em relativamente a altas concentrações de ozônio, pôr


exemplo, 40 ppm durante a estocagem. Entretanto seu amadurecimento é retardado pela
oxidação do etileno e outros produtos metabólicos.

• MORANGOS, AMORAS E UVAS

Estas frutas tendem a desenvolver colônias de fungos durante a estocagem. Esta


tendência pode facilmente ser eliminada com ozônio numa concentração de 2 a 3 ppm
sem que seja afetada a qualidade ou sabor das mesmas, conseguindo-se, assim, dobrar-

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se o tempo de estocagem. É importante que o método de embalagem não interfira com


o contato entre o ozônio e as frutas.

• MAÇÃS

Dependendo da espécie, um efeito indicando distúrbio biológico pode ser detectado


durante a estocagem, somente se o ozônio estiver acima de 2 a 11 ppm. Experiências feitas
nos USA mostraram que a maioria das espécies não mostraram sinais de deterioração mesmo
após 5 meses de estocagem em ambiente refrigerado e sob uma concentração de ozônio de 2
ppm. Com concentrações levemente maiores, foi observada uma diminuição do odor em
algumas espécies. A remoção do etileno gerado tem um efeito significativo no aumento do
tempo de estocagem. A inatividade dos produtos metabólicos também retarda o aparecimento
das manchas marrons na casca.

• PERAS

Para a específica espécie pesquisada, nenhuma deterioração foi observada num período
de 17 dias a 3 ppm de concentração de ozônio, numa temperatura de 278º K. Sob estas
condições, nenhum aumento foi detectado nas taxas de respiração.
• VEGETAIS

Vantagens semelhantes às da estocagem de frutas puderam ser observadas. Na União


Soviética, a couve-flor, entre outros vegetais, foram estocados com sucesso após o
tratamento com ozônio.

• BATATAS

Durante a estocagem sob determinado processo houve mudança nos valores nutricionais
do tubérculo, sendo o mais importante a mudança do complexo carboidrato, do conteúdo de
vitamina e da respiração do tubérculo. Em batatas ozonizadas, o conteúdo de amido e
vitamina C aumentou e o de açúcar diminuiu, tendo a respiração mostrada somente uma
pequena mudança. Ficou estabelecido que uma exposição de ozônio com concentração de 15
a 18 ppm pôr 6 a 10 horas eliminou completamente o crescimento de fungos do tipo
Phytophitora. A cor, sabor e consistência não mudaram durante o processo.

EXTRAIDO DO "OZONE", DE AUTORIA DE L.BILITZKY, J..HUTTNER, M.HOVARTH, BUDAPEST,HUNGRY, 1985

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