Sei sulla pagina 1di 114

Cadernos de Educação Ambiental

ECOCIDADÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO


SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Caderno de Educação Ambiental

ECOCIDADÃO

Autoras
Denise Scabin Pereira
Regina Brito Ferreira

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO


SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE
COORDENADORIA DE EDUC AÇ ÃO AMBIENTAL
S ÃO PAU LO • 2 0 0 8
Ficha Catalográfica

S24e São Paulo (Estado) Secretaria do Meio Ambiente /


Coordenadoria de Educação Ambiental. Ecocidadão /
Denise Scabin Pereira, Regina Brito Ferreira. - - São Paulo:
SMA/CEA, 2008.
116p.: il. ; 15 x 23 cm. (Cadernos de Educação Ambiental).

Bibliografia.
ISBN – 978-85-62251-00-9

1. Ecocidadania 2. Qualidade do ar 3. Aquecimento global.
I. Pereira, Denise Scabin II. Ferreira, Regina Brito III. Série
IV Título.

CDU 349.6
Governo do Estado de São Paulo
Governador José Serra

Secretaria do Meio Ambiente


Secretário Francisco Graziano Neto

Coordenadoria de Educação Ambiental


Coordenadora Maria de Lourdes Rocha Freire
A
sociedade brasileira, crescentemente preocupada
com as questões ecológicas, merece ser mais bem
informada sobre a agenda ambiental. Afinal, o direito
à informação pertence ao núcleo da democracia. Conhecimento é
poder.
Cresce, assim, a importância da educação ambiental. A
construção do amanhã exige novas atitudes da cidadania,
embasadas nos ensinamentos da ecologia e do desenvolvimento
sustentável. Com certeza, a melhor pedagogia se aplica às crianças,
construtoras do futuro.
A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo,
preocupada em transmitir, de forma adequada, os conhecimentos
adquiridos na labuta sobre a agenda ambiental, cria essa inovadora
série de publicações intitulada Cadernos de Educação Ambiental.
A linguagem escolhida, bem como o formato apresentado, visa
atingir um público formado, principalmente, por professores de
ensino fundamental e médio, ou seja, educadores de crianças e
jovens.
Os Cadernos de Educação Ambiental, face à sua proposta
pedagógica, certamente vão interessar ao público mais amplo,
formado por técnicos, militantes ambientalistas, comunicadores e
divulgadores, preocupados com a temática do meio ambiente. Seus
títulos pretendem ser referências de informação, sempre precisas e
didáticas.
Os produtores de conteúdo são técnicos, especialistas,
pesquisadores e gerentes dos órgãos vinculados à Secretaria
Estadual do Meio Ambiente. Os Cadernos de Educação Ambiental
representam uma proposta educadora, uma ferramenta facilitadora,
nessa difícil caminhada rumo à sociedade sustentável.
Títulos Publicados
- As águas subterrâneas do Estado de São Paulo
- Ecocidadão

Próximos Títulos
- Agricultura Sustentável
- Aquecimento Global
- Biodiversidade
- Consumo Sustentável
- Desenvolvimento Sustentável
- Ecoturismo
- Energias Renováveis
- Etanol e Biodiesel
- Gestão Ambiental
- Habitação Sustentável
- Licenciamento Ambiental
- Lixo Mínimo
- Mata Ciliar
- Poluição Atmosférica
- Unidade de Conservação
- Uso Racional da Água
S
air da teoria e passar à prática ambiental. Assim pensa o ecocidadão.
É importante, claro, obter o conhecimento sobre os problemas
ambientais, a agenda da sustentabilidade, as mudanças climáticas
globais. Mas, a construção do planeta sustentável dependerá do ativismo
ecológico, seja a ação dos governos, seja a participação da sociedade. Essa pró-
atividade levará à formação de uma sociedade ecocidadã.

Como o cidadão, por sua decisão única, pode ajudar o meio ambiente? Esse
é o objetivo principal desse nosso Ecocidadão, a segunda publicação da série
Cadernos de Educação Ambiental. A proposta básica do texto pretende auxiliar na
disseminação de práticas ambientalmente corretas, que embutem ações efetivas
para a sociedade e o ambiente em que todos nós vivemos. Sair do discurso e
partir para a ação prática.

Algumas ações simples, como separar o lixo para a reciclagem, são


citadas nesta obra. Outras, não tão simples, mas necessárias, como pensar na
poluição visual e sonora da cidade, também se explicitam. Tudo para mostrar,
exemplarmente, como se pode ser um ecocidadão.

O ecocidadão significa um aprimoramento na democracia, uma radicalização


na participação social, pois representa, em última instância, uma atitude política
engajada. Assim, ela desenha uma verdadeira revolução, confrontando hábitos e
costumes antigos, arraigados, reacionários, ligados ao mundo da devastação que
a Humanidade até hoje construiu. Os novos tempos, e seus dramas ambientais,
exigem uma reviravolta na forma de ser da civilização humana.

O ecocidadão, em sua simplicidade, assume uma postura revolucionária.


Somente tal atitude será capaz de assegurar a qualidade de vida das gerações
futuras. E elas merecem viver bem. Com harmonia e paz, entre si, e com a
natureza.

Francisco Graziano Neto


Secretário de Estado do Meio Ambiente
A
Coordenadoria de Educação Ambiental, que tem entre
seus objetivos apoiar e desenvolver estudos, pesquisas
e metodologias de educação ambiental, produzindo
materiais didáticos e informativos com conteúdos adequados às
diversas realidades e temas ambientais, apresenta aqui o Caderno
de Educação Ambiental Ecocidadão.
Independentemente da maior ou menor participação das
pessoas nos canais de representação social existentes, o indivíduo
consciente da situação ambiental do planeta Terra pode e deve se
engajar na preservação dos recursos naturais, essenciais à vida,
para esta e para as futuras gerações.
O conhecimento e a divulgação de algumas práticas e “dicas”
sobre usos adequados dos recursos naturais pretendem com que,
no dia a dia, se possam realizar ações de cidadania voltadas para
a preservação ambiental, começando pela rua, pelo bairro, pela
cidade em que se mora.
Se para tornar - se um cidadão, o individuo faz parte de um
Estado sujeito aos deveres e direitos sancionados por leis que
regem e disciplinam a vida de toda a comunidade, o que se espera
é que agora a busca pela melhoria das condições sociais, políticas
e econômicas inclua a preservação ambiental e que esse cidadão,
consciente de suas responsabilidades com a preservação ambiental,
envolvido com as questões de seu tempo e lugar, seja, também, um
ecocidadão.
As orientações reunidas neste texto nada mais são do que o
dever de casa de cada um nós.

Maria de Lourdes Rocha Freire


Coordenadora de Educação Ambiental
SUMÁRIO
1. Construindo a Ecocidadania • 15
2. Vigiando a Qualidade do Ar e o Aquecimento Global • 21
3. A Água Nossa de Cada Dia • 27
4. Transformando Lixo em Riqueza • 37
5. Fazendo a Terra Funcionar • 45
6. Protegendo a Biosfera • 53
7. O Turismo a Favor da Natureza • 61
8. Plantando Saúde • 65
9. Sons, Cores e Luzes da Cidade • 69
10. Uma Maneira Sustentável de Agir • 73
11. Dicas para o Ecocidadão • 77
Economizar Água • 78
Poupar Energia • 80
Reduzir o Volume de Lixo • 84
Combater o Aquecimento Global • 86
Cuidar dos Animais • 88
Zelar pela Flora • 89
Agir como um Ecoturista • 90
Realizar e Incentivar Práticas de Agricultura Ecológica • 92
Evitar a Poluição Sonora e Visual • 93
Telefones Úteis • 95
Calendário Ecológico • 96
Glossário • 101
Referências Bibliográficas • 105
“Há o suficiente no mundo para todas
as necessidades humanas. Não há o
suficiente para a cobiça humana.”
(Mahatma Gandhi)
A
publicação do Caderno de Educação Ambiental
Ecocidadão visa contribuir para um maior envolvimento
da sociedade e dos indivíduos, nas questões ambientais.
A adoção de práticas que levem em conta as necessidades e
os direitos desta geração e as necessidades e direitos das próximas
gerações é essencial para que aconteça o crescimento econômico
com justiça social e para que os recursos naturais sejam preservados.
Só assim será possível se falar em desenvolvimento sustentável:
mudando atitudes, reduzindo o lixo, evitando o desperdício,
combatendo o desmatamento, a contaminação do ar e das águas.
1. Construindo
a Ecocidadania

1
16 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

1. Construindo a Ecocidadania

Artigo 225 - “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente


equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Constituição da República Federativa do Brasil (1988).
1. CONSTRUINDO A ECOCIDADANIA 17

S ão direitos civis de cada indivíduo a proteção de relações sociais,


econômicas e políticas, entre as quais o direito à saúde e à educação; e
são deveres do cidadão o respeito às leis do país, à sua defesa e o pagamento
de impostos.
Fazer parte de um Estado e viver em sociedade é vincular-se a direitos
e deveres aprovados por leis que disciplinam a vida de toda e qualquer
comunidade, incluindo os direitos e o respeito à legislação ambiental.
A necessidade de estabelecer a relação entre cidadania e meio ambiente
está expressa no direito do indivíduo ter um meio ambiente saudável e no dever
que cada um tem de defender a preservação e o equilíbrio dos recursos naturais
e da biodiversidade, conforme a Constituição, acordos, tratados internacionais
e leis ambientais instituem.
O ecocidadão é a pessoa consciente e que busca qualidade de vida no
planeta Terra. É o indivíduo sintonizado com as questões da escassez da
água, com o desmatamento crescente, com a caça predatória e o tráfico de
animais, com os problemas decorrentes do modelo de consumo adotado por
uma determinada sociedade, que descarta mais e mais lixo no planeta, que
contamina o ar que todos respiram e que altera as condições climáticas, que
polui rios, mananciais e mares.
Exercer a cidadania, indo além dos aspectos meramente legais do conjunto
de direitos e de deveres, é partilhar e dividir com todos os indivíduos o poder de
decisão sobre a produção e consumo de bens materiais e culturais de interesse
comum a toda a humanidade. O sujeito consciente de sua missão social é o
sujeito igualmente consciente de sua missão ecológica, de sua responsabilidade
com todos os outros seres humanos.
O interesse pela questão ambiental está diretamente vinculado ao interesse
pela realização integral do indivíduo como ser humano. O pouco caso com a
questão ambiental denota o pouco caso com a qualidade de vida. Por isso, é
tão importante que o cidadão seja hoje, sobretudo, um ecocidadão.
A educação ambiental é um instrumento de transformação social que favorece
a aquisição de conhecimentos e a prática de atitudes ambientalmente corretas.
18 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

A sensibilização para a questão ambiental, com seus novos conceitos,


metodologias e técnicas, pretende conseguir mudanças de comportamento
nos mais diferentes públicos, com vistas a recuperar, conservar e preservar os
recursos naturais, para a melhoria da qualidade de vida.
Interessa à educação ambiental preparar os indivíduos para uma melhor
compreensão dos problemas decorrentes do uso inadequado dos recursos
naturais e incentivar hábitos e comportamentos voltados para um novo modelo
de cidadania.
É o uso responsável dos recursos naturais que transforma o indivíduo em
um ecocidadão.
Conhecer e adotar algumas práticas de uso racional dos recursos naturais,
no dia a dia, pode salvar o planeta.
1. CONSTRUINDO A ECOCIDADANIA 19

Conheça a Política Estadual do Meio Ambiente - Lei Estadual nº.


9.509 de 20 de março de 1997 e a Política Estadual de Educação
Ambiental - Lei 12.780, de 30 de novembro de 2007: (...)

Lei Estadual nº. 9.509 de 20 de março de 1997:


Artigo 3º - (...) entende-se por:
I. meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações
de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida
em todas as suas formas;
II. degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das
características do meio ambiente;
III. poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de
atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos; e
f) afetem desfavoravelmente a qualidade de vida;
IV. poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,
responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental (...).

Lei 12.780, de 30 de novembro de 2007:


Artigo 3º - Entende-se por Educação Ambiental os processos
permanentes de aprendizagem e formação individual e coletiva para
reflexão e construção de valores, saberes, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências, visando à melhoria da qualidade da vida e uma
relação sustentável da sociedade humana com o ambiente que a integra.
21

2. Vigiando
a Qualidade do Ar
e o Aquecimento Global

2
22 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

2. Vigiando a Qualidade do Ar
e o Aquecimento Global

O nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de substân-


cias poluentes presentes no ar. Todo o efeito causado por poluentes
depende da concentração presente na atmosfera, do tempo de exposição do
indivíduo e da sensibilidade de cada pessoa.
A poluição atmosférica afeta o sistema respiratório, provoca e agrava di-
versas doenças crônicas: asma, bronquite, alergias, irritação nos olhos, tosse,
coceira na garganta, infecções pulmonares, enfisema pulmonar, doenças cardí-
acas e câncer nos pulmões.
Os poluentes causam, também, danos à vegetação como destruição das fo-
lhas das plantas pela deposição de SO2 (dióxido de enxofre), pelas chuvas ácidas
ou pelo ozônio. Pode ocorrer, ainda, a acidificação dos solos, que reduz nutrientes
e produtividade, tornando-os mais sensíveis à ocorrência de pragas e doenças.
Abrasão, reações químicas, diretas ou indiretas e corrosão são outros da-
nos materiais decorrentes desses poluentes.
A emissão de odores pode provocar graves danos físicos e psicológicos em
função da localização das fontes de poluição, da maior ou menor proximidade
com a comunidade.
A Terra é protegida por uma camada de gases que impede que o ca-
lor dos raios solares absorvido se disperse totalmente, mantendo estável a
temperatura no planeta. Graças a esse fenômeno natural chamado efeito
estufa, a vida é possível na Terra. Entretanto, essa camada natural de gases
vem sendo aumentada pelo uso e produção de energia, em decorrência de
atividades humanas, especialmente de derivados de petróleo (como gasolina
e diesel), as queimadas e o desmatamento. Essas atividades emitem grandes
quantidades de dióxido de carbono - CO2 e monóxido de carbono - CO, além
de outros gases, intensificando o efeito estufa e elevando a temperatura no
planeta. Esse é o chamado aquecimento global, uma espécie de “febre” que
o planeta está enfrentando.
2. VIGIANDO A QUALIDADE DO AR E O AQUECIMENTO GLOBAL 23

O aumento da temperatura na Terra, medido em 0,8 °C 1 desde a Revolu-


ção Industrial, tem consequências como o derretimento de geleiras, a elevação
do nível dos oceanos, a desertificação, a perda de áreas para a agricultura, o
desaparecimento de florestas e de suas espécies animais e vegetais, além do
aumento de catástrofes relacionadas ao clima, como enchentes, furacões e ci-
clones. A mudança no clima pode, ainda, influenciar na produção de alimentos
e aumentar os casos de doenças como a dengue e a malária.

A emissão de dióxido de enxofre, partículas em suspensão,


monóxido de carbono, ozônio, hidrocarbonetos e óxidos de
nitrogênio são poluentes medidos pelas estações automáticas de
monitoramento da qualidade do ar da CETESB. Os resultados são
divulgados diariamente, por meio de boletins, que classificam a
qualidade do ar como boa, regular, inadequada, má, péssima e
crítica. Dependendo da situação do ar, a CETESB adota ações de
emergência para garantir a saúde e o bem estar da população.

1 Fonte: Consumo Sustentável - Manual de Educação/IDEC/MMA


24 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Para combater o aquecimento global, é necessário reduzir as emissões dos


gases de efeito estufa; evitar o desmatamento e as queimadas; reduzir o con-
sumo dos combustíveis derivados do petróleo, como o óleo diesel e a gasolina;
incentivar o uso de energias limpas e renováveis, como os biocombustíveis e as
energias solar e eólica, respectivamente; incentivar a eficiência energética e a
economia de energia e estimular o uso do transporte público.
1. CONSTRUINDO A ECOCIDADANIA 25

Outro grande problema ambiental,


que contribui para o aquecimento global,
é o buraco na camada de ozônio.

Na estratosfera (camada de ar distante da Ilustração: Diamani Regina de Paulo

crosta terrestre entre 15 e 55 km) existe o chamado


Ilustração: José Luis Merkler e Thelma da C. Neves Carvalho

bom ozônio. O bom ozônio age como um filtro que


retém grande parte dos raios ultravioletas emitidos
pelo sol, os quais são prejudiciais à saúde. Porém,
o excesso de produtos químicos como os cloroflu-
orcarbonos - CFCs - vem reduzindo essa camada
protetora de ozônio: é o fenômeno conhecido como
buraco na camada de ozônio.

Os produtos que contêm substâncias redutoras do bom ozônio são os ae-


rossóis, os extintores de incêndio, alguns solventes e aparelhos de refrigeração
e ar condicionado. A solução para reduzir o buraco de ozônio depende apenas
da substituição dos CFCs por outros componentes.
26 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO
1. CONSTRUINDO A ECOCIDADANIA 27

3. A Água Nossa
de Cada Dia

3
28 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

3. A Água Nossa de Cada Dia

H
á cerca de 3,5 bilhões de anos os primeiros seres vivos surgiram na
água. A água é uma substância composta por átomos de hidrogênio
e oxigênio - por isso sua representação química H2O. A água é o solvente
universal, fundamental a todo o tipo de vida e está presente nos seres vivos,
na atmosfera, na superfície da terra e no subsolo; e circula de forma contínua
pelo planeta.
Apresenta-se na natureza em três estados físicos: líquido, em forma de
chuvas, lagos, rios e oceanos; gasoso, como nas nuvens e nos vapores; e sólido
quando congelada, como em geleiras ou blocos de gelo.
Essencial à vida, ao abastecimento humano, à produção econômica, in-
dustrial e agrícola, a água é uma riqueza natural insubstituível. É bem de todos
os povos e culturas, recebendo diferentes significados e com expressão nas
artes, religião, na ciência e política.
O acesso à água e seu uso na medida certa são fundamentais para a con-
servação do meio ambiente e para a melhoria da qualidade de vida.

O Ciclo das Águas

A água movimenta-se, mudando de estado a passos sucessivos que


formam um ciclo.

Você sabia que a quantidade de água existente na Terra é


praticamente igual há 500 milhões de anos? O que realmente
muda é a sua distribuição e seu estado físico. Isso ocorre
devido ao ciclo hidrológico, que descreve o movimento da
água no nosso planeta.
3. A Água Nossa de Cada Dia 29

Quando a temperatura está elevada, a água da superfície, presente


nos rios, mares, oceanos e até mesmo no solo evapora para a atmosfera. A
transpiração dos diferentes seres vivos também é responsável pela formação
de vapor de água. Ao encontrar as camadas de ar mais frio, esse vapor se
condensa e forma as nuvens.
A água, então, volta para a superfície da Terra em forma de chuva,
granizo ou neve. Ao cair, uma parte vai para os mares e oceanos, outra,
escoa para os rios, mas parte dela ainda se infiltra nos solos, até encontrar
uma rocha impermeável, alimentando, assim, os lençóis freáticos. Os animais
e plantas também utilizam essa água para manutenção de suas vidas.
Esse movimento que a água percorre é cíclico, uma vez que, ao voltar
ao seu estado líquido, a água torna a evaporar quando aquecida e todo o
processo é reiniciado.
30 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Água: Distribuição e Disponibilidade Desiguais

O volume de água existente na Terra é estimado em cerca de um bilhão e


trezentos e quarenta milhões de quilômetros cúbicos. Aproximadamente, 75%
da superfície terrestre é formada por água, sendo que cerca de 97,3% da água
do planeta é salgada e corresponde à água existente nos oceanos e mares, e
cerca de 2,7% corresponde à água de rios, lagos, pântanos, gelo das calotas
polares, água subterrânea e água presente na atmosfera.

Distribuição de Água na Terra

2,7% No entanto, a maior parte


da água doce se apresenta em
97,3% forma de gelo ou neve perma-
nente, fazendo com que ape-
nas 0,01% do total de água do
planeta esteja disponível para o
consumo humano. É um número
Água Salgada
assustador. A ONU - Organiza-
Água Doce
ção das Nações Unidas prevê
secas e falta de água para mais
de um bilhão de pessoas, a par-
Água Doce na Terra
tir do ano de 20202.
Outros 0,9%
Rios e Lagos 0,3% Água Subterrânea 29,9%

Galerias 68,9%

2 Fonte: www.bbc.co.uk
3. A Água Nossa de Cada Dia 31

Números da Água Doce A distribuição da água


no Brasil (%) doce nos continentes é desigual
6,5%
6,0%
e essa é razão suficiente para
3,3%
a mudança nos padrões de
3,3%
68,5%
consumo deste recurso.
O Brasil tem, aproxima-
damente, 12% de toda a água
Norte
Sul doce existente na Terra. Contu-
Sudeste
do, sua distribuição é desigual
Centro Oeste
Nordeste pelas regiões.
Fonte: SMA/ Caderno Ambiental Guarapiranga, 2008

Ainda que, aproximadamente, ¾ da superfície da Terra esteja coberta por


água, um dos maiores problemas enfrentados pela humanidade nos dias atuais
é conseguir água em quantidade e qualidade adequadas para o atendimento
de necessidades básicas humanas, como beber e cozinhar.

O crescimento acentuado das cidades, o aumento do volume de despejos


resultantes de atividades industriais, domésticas e agrícolas e o desperdício
têm provocado não só um consumo maior de água, como, também, sua con-
taminação.

Falta Água com Tanta Água?

A água doce é um recurso limitado e não está distribuída de maneira uni-


forme no planeta, tanto que há regiões desérticas e outras muito úmidas.
Além disso, o crescimento da população, a mudança nos hábitos de con-
sumo, o grande desperdício, a poluição e o assoreamento dos rios exercem
forte pressão sobre a disponibilidade de água potável no mundo.
Por isso, é necessário usar racionalmente e economizar esse bem.
Todos devem fazer sua parte.
32 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Os Usos da Água

A utilização da água não depende somente de sua quantidade, mas da


qualidade, distribuição e prioridades de uso definidas pela própria sociedade.
A maior ou menor escassez da água é determinada por seus variados
usos:
• Abastecimento público: é composto pelo uso doméstico e pelo uso público.
- doméstico: para beber, preparar alimentos, higiene pessoal, limpeza das
residências, irrigação de jardins, plantas e criação de pequenos animais;
- público: em escolas, hospitais, estabelecimentos públicos diversos,
irrigação de parques, jardins, limpeza de ruas e logradouros, paisagismo,
combate a incêndios, navegação, etc.
• Industrial: em processos industriais, como na produção de alimentos,
em setores químicos, têxteis, de papel e celulose ou ainda em atividades
metalúrgicas, abatedouros, etc.
• Comercial: em escritórios, oficinas, centros comerciais, bares, restaurantes, etc.
• Agrícola e pecuário: na irrigação para produção de alimentos, para
tratamento e criação de animais, lavagem de instalações, máquinas, etc.
• Recreacional: em atividades de lazer e turismo, como em piscinas, lagos,
parques, rios, etc
• Geração de energia elétrica: na produção de energia, por meio do uso de
cursos de água.
• Saneamento: na diluição dos resíduos domésticos ou industriais
(tratamento dos efluentes).

A Importância da Água

Por que manter as casas limpas? Por que lavar as mãos após ir ao banhei-
ro? Por que tomar banho ou escovar os dentes?
Manter a higiene é fundamental para a saúde das pessoas, pois evita a
propagação de muitas doenças infecciosas, como ascaridíase, esquistossomo-
se, amebíase, cólera, hepatite A, disenteria bacilar, entre outras.
3. A Água Nossa de Cada Dia 33

O crescimento populacional, o desenvolvimento acentuado das cidades, o


aumento da utilização de agrotóxicos na agricultura e a industrialização geram
problemas ambientais crescentes, comprometendo a qualidade e a quantidade
de água para consumo, além dos danos à fauna local, pesca, lazer, perda da
beleza cênica, entre outros prejuízos.
A água está poluída quando contém grande quantidade de impurezas,
tais como microorganismos e substâncias tóxicas, tornando-a imprópria para
utilização.
A poluição dos rios, lagos, reservatórios e depósitos subterrâneos é pro-
vocada por despejos de esgotos domiciliares e industriais, incluindo os de
indústrias de inseticidas e fertilizantes que ocasionam inúmeras doenças no
ser humano:

• cólera;
• febre tifóide;
• hepatite A;
• verminoses
(esquistossomose,
amebíase, etc.);
• leptospirose e
• poliomielite.
34 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Você sabia que a ONU declarou o dia 22 de março de 1992


como o Dia Mundial da Água?

“Dia 22 de março de 1992, a ONU (Organização das Nações


Unidas), instituiu o dia mundial da água, para que todo o
planeta Terra soubesse da importância da preservação desse
recurso natural tão importante.
O corpo humano é formado, em sua maior parte, por água, e
ele precisa de pelo menos 2,5 litros/dia de água para o seu bom
funcionamento.

Atualmente, três milhões de crianças morrem anualmente


por infecções e diarréias transmitidas por água contaminada.
Duzentos milhões de pessoas são, também, afligidas pela
esquistossomose por ano. Metais pesados são encontrados
na água, enfim, tudo isso se tornando um grande problema
para a população mundial, além dos custos elevadíssimos dos
governos com tratamentos de saúde.

Como visto acima, o bem mais importante que possuímos


em nosso planeta é a água, a qual não se pode viver sem.
Infelizmente, o ser-humano ainda não se deu conta disso, e
corre o risco de ficar sem ela.”

(www.brasilpnuma.org.br/pordentro/saibamais_agua.htm)
3. A Água Nossa de Cada Dia 35

Conheça a Política Estadual de Recursos Hídricos, bem como o


Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos - Lei nº
7.663, de 30 de dezembro de 1991: (...)

Artigo 2º - A Política Estadual de Recursos Hídricos tem por


objetivo assegurar que a água, recurso natural essencial à vida,
ao desenvolvimento econômico e ao bem-estar social, possa ser
controlada e utilizada, em padrões de qualidade satisfatórios, por
seus usuários atuais e pelas gerações futuras, em todo território do
Estado de São Paulo (...).
36 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO
1. CONSTRUINDO A ECOCIDADANIA 37

4. Transformando Lixo
em Riqueza

4
38 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

4. Transformando Lixo em Riqueza

A busca de alternativas para o grande volume de lixo gerado por


muitas atividades humanas é uma necessidade urgente e que diz
respeito a todos.
Uma das soluções para esse problema está na mudança de atitudes, na
prática de novos hábitos de consumo e na forma de jogar fora aquilo que é
considerado lixo. É necessário praticar a redução, a reutilização e a reciclagem
dos objetos e bens consumidos. Normalmente, o lixo é apenas coletado e le-
vado pelas prefeituras para aterros sanitários e disposto de modo a não gerar
danos ao meio ambiente e à saúde pública.
A destinação final do lixo deveria considerar operações de tratamento
que incluíssem a reutilização ou o reuso, a recuperação e a reciclagem dos
materiais.
O tratamento final do lixo tem por objetivos a transformação dos resíduos
para o seu aproveitamento, ou de sua energia, ou à redução do volume, por
meio de processos de compactação, trituração, compostagem ou incineração.
4. TRANSFORMANDO LIXO EM RIQUEZA 39

A incineração é o processo de combustão ou queima controlada que trans-


forma sólidos, semi-sólidos, líquidos e gasosos em dióxido de carbono, outros
gases e água, com redução do volume e do peso iniciais.
A compostagem, por sua vez, é o processo controlado de decomposição
biológica da matéria orgânica presente no lixo, utilizando-se microorganismos
existentes nos resíduos, em condições adequadas de aeração, umidade e tem-
peratura. Esse processo gera um produto biologicamente estável chamado com-
posto orgânico. É um processo antigo, aplicado em diversas partes do mundo.
No Brasil, é utilizado há mais de 50 anos, sendo desenvolvido, principalmente,
em comunidades rurais e em residências que possuam espaços livres.
A matéria orgânica obtida no processo de compostagem pode ser usada
como adubo em vasos, jardins e hortas.
Depositar os resíduos em lixões a céu aberto, jogá-los em ruas, rios, ter-
renos baldios ou encostas de morros são descartes considerados totalmente
inadequados, que provocam poluição do ar, do solo e das águas. Além disso,
os lixões ocasionam uma série de doenças ao homem, pela contaminação de
agentes patogênicos, como bactérias, vírus, fungos e vermes, que se desen-
volvem por encontrar um meio propício. Provocam, também, a proliferação de
transmissores de doenças, como ratos, urubus, insetos e outros.

Você sabia que o volume


de lixo produzido no Brasil é de,
aproximadamente, 125.000 toneladas/
dia3? Que no Estado de São Paulo o
volume é de 28.505 toneladas/dia e que
na cidade de São Paulo esse volume
chega a ser 12.700 toneladas/dia? E você sabia que uma pessoa
produz, em média, nos grandes centros urbanos, 1 kg de lixo por dia?4
Só na cidade de São Paulo é como se estivéssemos produzindo
12.700.000 quilos de sacos de arroz por dia, em lixo. É muito lixo!

3 Fonte: IBGE/2000.
4 Fonte: CETESB - Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domésticos/2007.
40 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Conheça os conceitos fundamentais da Política Estadual de


Resíduos Sólidos - Lei n°. 12.300, de 16 de março de 2006:
CAPÍTULO III
(...)
I - resíduos sólidos: os materiais decorrentes de atividades humanas
em sociedade, e que se apresentam nos estados sólido ou semi-sólido,
como líquidos não passíveis de tratamento como efluentes, ou ainda os
gases contidos; (...)
VII - aterro sanitário: local utilizado para disposição final de resíduos
urbanos, onde são aplicados critérios de engenharia e normas
operacionais especiais para confinar esses resíduos com segurança, do
ponto de vista de controle da poluição ambiental e proteção à saúde
pública; (...)
XIII - reciclagem: prática ou técnica na qual os resíduos podem
ser usados com a necessidade de tratamento para alterar as suas
características físico-químicas; (...)
XVI - resíduos perigosos: aqueles que em função de suas
propriedades químicas, físicas ou biológicas, possam apresentar riscos
à saúde pública ou à qualidade do meio ambiente;
XVII - reutilização: prática ou técnica na qual os resíduos podem ser
usados na forma em que se encontram sem necessidade de tratamento
para alterar as suas características físico-químicas;
XVIII - deposição inadequada de resíduos: todas as formas de
depositar, descarregar, enterrar, infiltrar ou acumular resíduos sólidos
sem medidas que assegurem a efetiva proteção ao meio ambiente e à
saúde pública;
XIX - coleta seletiva: o recolhimento diferenciado de resíduos sólidos,
previamente selecionados nas fontes geradoras, com o intuito de
encaminhá-los para reciclagem, compostagem, reuso, tratamento ou
outras destinações alternativas.
Fonte - CETESBNET - D.O.E. Executivo, de 17.03.06
4. TRANSFORMANDO LIXO EM RIQUEZA 41

Porque é tão importante praticar a Reciclagem?

Fazendo reciclagem do lixo você ajudará, entre muitas outras coisas, a


economizar recursos naturais, como madeira, água, petróleo e eletricidade.
Você contribuirá para o aumento do número de empregos entre catadores,
sucateiros, donos de depósitos, empregos industriais e, também, fará aumen-
tar o próprio processo de reciclagem, diminuindo o volume de lixo produzido e
os custos gastos com tratamento e coleta de lixo.
Você ajudará a diminuir a poluição do solo, água e ar, ajudará a melhorar
as condições de limpeza de sua cidade, contribuirá para a melhora da qualida-
de de vida da população, a partir de práticas ambientais corretas.
A reciclagem, que depende da coleta seletiva, transforma lixo em produto
útil. Por isso, coloque o lixo no lugar certo.

Para que serve a Coleta Seletiva?

É por meio da Coleta Seletiva que separamos os materiais recicláveis dos


não recicláveis e que uma parte do lixo pode ser reaproveitada. Essa parte do
lixo deixará de ser uma fonte de poluição ambiental para ser uma fonte de
geração de renda e emprego. Por isso, a coleta seletiva é tão importante e se
constitui em solução para o problema do lixo.
42 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

O que Pode e o que Não Pode ser Reciclado?

Você poderá reciclar papéis, vidros, plásticos e metais. Existem, contudo,


materiais que não podem ser reciclados, porém devem ser dispostos de maneira
correta. São eles:
• Lixo Orgânico: restos de comida, cascas de legumes, frutas,
cascas de ovos, etc.
• Rejeitos: lenços de papel usados, papel higiênico, absorventes e
guardanapos de papel sujos, fotografias, espumas, acrílico,
espelhos, cerâmicas, porcelanas, tijolos, etc.
• Resíduos específicos: pilhas e baterias.
• Resíduos hospitalares: algodão, seringas, agulhas, gazes, ataduras, etc.
• Lixo químico ou tóxico: embalagens de agrotóxicos, latas de verniz,
solventes, inseticidas, etc.
4. TRANSFORMANDO LIXO EM RIQUEZA 43

Materiais Recicláveis e Não Recicláveis


PLÁSTICO
RECICLÁVEL NÃO RECICLÁVEL
• Copos • Cabos de Panelas
• Garrafas • Adesivos
• Sacos/Sacolas • Espuma
• Frascos de produtos • Acrílico
• Tampas • Embalagens Metalizadas
• Potes (Biscoitos e Salgadinhos)
• Canos e Tubos de PVC
• Embalagens Pet (Refrigerantes, Suco,
Óleo, Vinagre, etc.)

METAL
RECICLÁVEL NÃO RECICLÁVEL
• Tampinhas de Garrafas • Clipes
• Latas • Grampos
• Enlatados • Esponja de Aço
• Panelas sem cabo • Aerossóis
• Ferragens • Latas de Tinta
• Arames • Latas de Verniz, Solventes Químicos,
• Chapas Inseticidas
• Canos
• Pregos
• Cobre

PAPEL
RECICLÁVEL NÃO RECICLÁVEL
• Jornais e Revistas • Etiquetas Adesivas
• Listas Telefônicas • Papel Carbono
• Papel Sulfite/Rascunho • Papel Celofane
• Papel de Fax • Fita Crepe
• Folhas de Caderno • Papéis Sanitários
• Formulários de Computador • Papéis Metalizados
• Caixas em Geral (ondulado) • Papéis Parafinados
• Aparas de Papel • Papéis Plastificados
• Fotocópias • Guardanapos
• Envelopes • Bitucas de Cigarros
• Rascunhos • Fotografias
• Cartazes Velhos

VIDRO
RECICLÁVEL NÃO RECICLÁVEL
• Garrafas • Espelhos
• Potes de Conservas • Boxes Temperados
• Embalagens • Louças
• Frascos de Remédios • Cerâmicas
• Copos • Óculos
• Cacos dos Produtos Citados • Pirex
• Pára-brisas • Porcelanas
• Vidros Especiais
Obs: ISOPOR também é reciclável (tampa de forno e microondas)
• Tubo de TV
Fonte: Natural Limp
44 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, por meio da Resolução


n° 275, de 25 de abril de 2001, Art.1º, estabeleceu o código de cores para os
diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e trans-
portadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva:

AZUL: papel/papelão
VERMELHO: plástico
VERDE: vidro
AMARELO: metal
PRETO: madeira
LARANJA: resíduos perigosos
BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
ROXO: resíduos radioativos
MARROM: resíduos orgânicos
CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado,
ou contaminado não passível de separação

Tempo de Decomposição de Alguns Materiais


MATERIAL TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO

• Plástico • Meses a dezenas de anos


• Vidro • Milhares de anos
• Lata de aço • 10 anos
• Lata de alumínio • Mais de 1000 anos
• Papel • Meses a muitos anos
• Madeira • Meses a muitos anos
• Cigarro (filtro) • Meses a muitos anos
• Restos orgânicos • Dias a meses
• Chiclete • 5 anos
1. CONSTRUINDO A ECOCIDADANIA 45

5. Fazendo a Terra
Funcionar

5
46 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

5. Fazendo a Terra Funcionar

Q
uando se fala em energia, logo se pensa em energia elétrica, que
é a responsável pelo funcionamento dos principais bens de consu-
mo da sociedade contemporânea. É ela que responde pela iluminação e pelo
movimento de máquinas e de grande número de equipamentos associados ao
conforto humano.
A energia elétrica pode ser produzida por meio de fontes renováveis, como
o sol, o vento e a água, ou não renováveis, como petróleo, gás natural e carvão
mineral, além de elementos da natureza como o plutônio e o urânio, usados
no processo de obtenção de energia nuclear. Das fontes de energia utilizadas
dependerão os maiores ou menores custos econômicos e ambientais.
O aumento do consumo de energia exige do governo e dos diferentes
grupos sociais investimentos e novas atitudes.
5. FAZENDO A TERRA FUNCIONAR 47

Fontes de Energia

Energia Hidráulica

A energia produzida no
Brasil é, predominantemente,
de origem hidráulica. Muito
natural, pois o país possui a
maior bacia hidrográfica do
mundo e fez sua opção por
esta matriz energética, a qual
dá sustentação ao desenvol-
vimento nacional e responde
por 90% do total de energia
elétrica gerada no país.

Porém, com os novos hábitos de consumo, a sociedade atual não pode


depender apenas da energia hidrelétrica e de combustíveis fósseis, como o
carvão e o petróleo. Tais recursos devem ser usados de forma mais eficiente,
sem desperdício. Além disso, é importante estimular a utilização de fontes
alternativas de energia limpa e não poluentes.
A energia hidráulica é considerada uma fonte de energia limpa, uma
fonte de energia não poluidora. É obtida por uma turbina movida pela
energia liberada pela força das águas, ou seja, é a energia obtida pelo
aproveitamento do potencial hidráulico de um rio, com quedas d’água
naturais ou artificiais, quando produzidas pelo desvio do seu curso
original.
O Brasil é um país privilegiado em recursos hídricos e historicamente
dependente da energia hidráulica. No entanto, a energia hidráulica possui um
grande inconveniente: o impacto ambiental provocado pelas barragens das
usinas hidrelétricas, que inundam grandes áreas e deslocam populações.
48 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Energia Termelétrica

É a energia térmica obtida nas usinas termelétricas, por meio da combus-


tão de alguns materiais como carvão; gás natural e petróleo - fonte de energia
não renovável - e de matéria de origem orgânica, vegetal ou animal, a chama-
da biomassa - fonte de combustível renovável.

Carvão Mineral
É uma substância sólida e escura, procedente da decomposição e combus-
tão parcial de restos orgânicos de origem vegetal e animal, os quais sofreram
soterramento e compactação há milhões de anos. A queima do carvão, consi-
derado um dos piores combustíveis não renováveis, resulta na emissão de inú-
meros poluentes ao meio ambiente, os quais podem causar graves problemas
de saúde, além de contribuir para o agravamento do efeito estufa, devido à
emissão de dióxido de carbono e provocar chuva ácida, em virtude da grande
quantidade de óxidos de nitrogênio e enxofre.

Você sabia que a combustão do carvão mineral, usado nas usinas


termelétricas elimina grande quantidade de óxidos de nitrogênio e
enxofre, responsáveis pelo agravamento de doenças pulmonares,
cardiovasculares e renais? (Fonte: Consumo Sustentável - Manual de
Educação/ IDEC- MMA).

Gás Natural
É uma fonte de energia limpa, uma mistura de hidrocarbonetos leves, cujo
constituinte principal é o metano. Por não ser muito tóxico e por sua combustão
liberar quantidades menores de dióxido de carbono, em relação ao petróleo e
ao carvão, é considerado uma fonte de energia mais limpa e abundante, a qual
pode substituir outros combustíveis mais poluentes, como óleos combustíveis,
lenha e carvão. Usando o gás natural, você protege o meio ambiente e colabo-
ra para reduzir a poluição.
5. FAZENDO A TERRA FUNCIONAR 49

Petróleo
É um óleo natural, de coloração escura, constituído de hidrocarbonetos.
Matéria prima da indústria petrolífera e petroquímica, é usado na produção de
nafta, gasolina, querosene, parafina, solventes, plástico e etc. É uma fonte de
energia não renovável, de origem fóssil e sua queima provoca a emissão de
gases poluentes na atmosfera.

Biomassa
A biomassa corresponde à matéria de origem orgânica, animal ou vegetal
(lenha, bagaço de cana, carvão vegetal, álcool, resíduos vegetais), que pode
ser convertida em combustível empregado em usinas termelétricas. As plantas,
por meio da fotossíntese, captam a energia solar e a transformam em energia
química, a qual pode ser convertida em eletricidade ou combustível.
50 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Energia Eólica

É uma fonte de energia renovável e limpa, disponível em todos os lugares,


e é gerada pelo movimento do vento. Sua captação é simples: as hélices dos
moinhos captam o vento e ao se movimentarem acionam uma turbina ligada
a um gerador elétrico. No Rio Grande do Norte e no Ceará existe um grande
potencial para a produção e utilização dessa rica fonte de energia.

Energia Solar

É fonte de energia limpa, pois não


polui e não prejudica o ecossistema; re-
novável; abundante e permanente. O
aproveitamento dessa importante fonte
de energia, especialmente em um país
como o Brasil, com bons índices de in-
solação em qualquer parte do território,
tanto como fonte de calor (energia solar
térmica) quanto fonte de luz (energia so-
lar fotovoltaica), é uma das alternativas
energéticas mais promissoras.
5. FAZENDO A TERRA FUNCIONAR 51

Energia Nuclear

É a energia proveniente da fissão dos átomos5, tendo por matéria-prima


minerais altamente radioativos, como o urânio, o plutônio, o tório e outros ou
da fusão nuclear6 do hidrogênio. Essa energia é resultante da fissão nuclear,
que libera radiação e calor, os quais transformam água em vapor, cuja pressão
é usada para produzir eletricidade.
Apesar de trazer inúmeros benefícios para a sociedade, como na medicina
(aparelhos de radiologia e radioterapia, por exemplo), a energia nuclear pode
ser responsável por sérios problemas ambientais: acidentes podem ocorrer nas
usinas, liberando material radioativo dos reatores.
Outro grande problema é o destino do lixo atômico, que por conter ele-
vada quantidade de radiação deve ser armazenado em recipientes metálicos
protegidos por caixas de concreto, as quais, posteriormente, são lançadas ao
mar. Se este material não for devidamente bem armazenado ou se ocorrerem
vazamentos dos reatores nas usinas, o meio ambiente estará contaminado e
poderá ocorrer a morte de pessoas, animais e vegetais da região.

5 Reação nuclear que divide o núcleo atômico em duas partes liberando energia.
6 Tipo de reação nuclear em que núcleos atômicos leves (de baixo número atômico) se fundem formando um
outro mais pesado, porém de massa menor que a soma das massas iniciais, sendo a diferença liberada em forma
de energia.
52 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Etanol

Produto obtido mediante a fermentação de alguns cereais e principalmen-


te de substâncias açucaradas, como a sacarose encontrada no caldo-de-cana
de açúcar. O álcool é um excelente combustível e é fonte de energia renovável
e menos poluidora que os derivados do petróleo. Ele pode ser produzido, tam-
bém, no processo denominado biomassa.

Biocombustível

O biocombustível é um combustí-
vel de origem vegetal ou animal (cana-
de-açúcar, derivados de leite, gordura
animal, óleos vegetais, madeira e lixo
residencial e comercial) e é visto como
uma alternativa ao uso do petróleo, por
ser mais econômico e menos poluente.

O biodiesel é um tipo de combustível biodegradável produzido a partir de


óleos vegetais e gorduras animais. Pode ser utilizado puro ou misturado com o
diesel mineral. O biodiesel é responsável pela redução das principais emissões
de gases de efeito estufa associados aos combustíveis derivados do petróleo.
As matérias primas mais utilizadas na produção de biodiesel são: soja,
nas regiões sul, sudeste e centro oeste; a mamona, no nordeste e o dendê na
região norte. Também podem ser utilizados o girassol, o amendoim, o abacate
e palmáceas tropicais e muitas oleaginosas.
6. Protegendo a Biosfera

6
54 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

6. Protegendo a Biosfera

Fauna

O Brasil é um país rico em biodiversidade, por isso sofre seriamente com


o tráfico de animais silvestres, que movimenta bilhões de dólares em todo
o mundo. O desmatamento, as queimadas e a retirada de animais silvestres
das florestas já causaram a extinção de inúmeras espécies e podem provocar
um grave desequilíbrio ecológico.
A cada ano, um número imenso de filhotes é retirado das matas para
ser vendido como mercadoria. Os animais silvestres encontrados nas mãos
de traficantes encontram-se em péssimas condições devido aos maus tratos.
Os animais são dopados, passam fome, sede e frio. Mas, o mais grave, é que
grande parte desses animais morre. Por isso, a maior arma contra o tráfico
de animais silvestres é o desestímulo dessa prática criminosa.

Conheça o artigo 23 da Constituição Federal


que trata do meio ambiente: (...)

Art. 23 - É competência comum da União, dos Estados,


do Distrito Federal e dos Municípios: (...)

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição


em qualquer de suas formas.

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora. (...)


6. PROTEGENDO A BIOSFERA 55

Você sabia que muitos animais da fauna brasileira como a


ARARA-AZUL, o PAPAGAIO-DA-CARA-ROXA, a BALEIA-AZUL, o
CERVO-DO-PANTANAL, a ONÇA-PINTADA e o LOBO-GUARÁ estão
ameaçados de extinção? Conheça a lista do Ministério do Meio
Ambiente dos animais da fauna brasileira em extinção:
www.mma.gov.br
56 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Conheça um pouco a Lei dos Crimes Ambientais - Lei 9.605, de 12


de fevereiro de 1998, a Lei dos Crimes Contra o Meio Ambiente/ Fauna.
• Art. 29 - Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes
da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida
permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou
em desacordo com a obtida:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas:
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença,
autorização ou em desacordo com a obtida;
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho,
abrigo ou criadouro natural;
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda,
tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas
ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória,
bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de
criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença
ou autorização da autoridade competente.
• Art. 30 - Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e
répteis em bruto, sem a autorização da autoridade ambiental
competente:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
• Art. 32 - Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar
animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou
exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
• Art. 34 - Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em
lugares interditados por órgão competente:
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as
penas cumulativamente.
6. PROTEGENDO A BIOSFERA 57

Você sabia que segundo a IUCN


- União Internacional para a Conservação
da Natureza e dos Recursos Naturais
estão em extinção, no mundo,
animais como a BALEIA, o CAVALO DA
MONGÓLIA, o CHIMPANZÉ, o ELEFANTE
AFRICANO, o GORILA, o LEÃO AFRICANO,
o LEÃO MARINHO, o ORANGOTANGO,
o PANDA, o PAPAGAIO, o PÁSSARO
PRETO, o RINOCERONTE, a TARTARUGA
MARINHA, o TIGRE e o URSO POLAR?

Você sabia que muitos animais da


Mata Atlântica estão ameaçados de
extinção, como a ONÇA-PINTADA e o
MICO LEÃO PRETO? Acesse o site da
Secretaria do Meio Ambiente do Estado
de São Paulo: www.ambiente.sp.gov.br

Flora

Um dos mais sérios e preocupantes impactos ambientais está relacionado


à ocorrência de desmatamentos, que podem ser provocados por causas na-
turais ou por atividades humanas. Via de regra, os danos ambientais incidem
sobre a vegetação, modificando as condições naturais do solo, do relevo e do
clima.
A composição original da vegetação no planeta foi alterada ao longo da
história da ocupação humana, quer pela expansão de atividades agropecuá-
rias, quer pela industrialização e urbanização.
58 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

A devastação de florestas tem sido resultado, principalmente, da extra-


ção de madeira, da instalação de projetos agropecuários ou de mineração, da
construção de usinas hidrelétricas e da ocorrência de queimadas e incêndios,
provocados ou naturais.

São consequências do desmatamento a diminuição ou mesmo extinção de


espécies vegetais e animais; o aumento de processos erosivos no solo, dificul-
tando usos agrícolas; o assoreamento de corpos d’água (rios e lagos), o que
ocasiona enchentes e dificuldades para a navegação; interferências no aquí-
fero, em função da menor infiltração da água nas camadas do subsolo, o que
pode trazer prejuízos ao abastecimento de água; mudança na quantidade de
chuva da região, em função de alterações no processo de evapotranspiração;
danos às atividades de ecoturismo realizadas nas áreas atingidas; elevação das
temperaturas locais e regionais pela maior irradiação de calor para a atmos-
fera; aumento do processo de desertificação; redução ou mesmo extinção de
atividades extrativas vegetais na região desmatada; aumento na ocorrência
de pragas e doenças motivadas pelo desequilíbrio nas cadeias alimentares,
6. PROTEGENDO A BIOSFERA 59

fazendo crescer, especialmente, o número de insetos, o que ocasiona danos à


agricultura.
A reposição florestal é uma preocupação presente no Brasil já quando da
elaboração do primeiro Código Florestal de 1934 e, atualmente, os grandes
usuários de madeira para fins comerciais, como indústrias siderúrgicas ou de
papel e celulose são obrigados a manter plantios próprios, enquanto os peque-
nos e médios consumidores podem manter seus próprios plantios ou filiarem-se
a associações de reposição florestal ou, ainda, recolherem a taxa de reposição
para o IBAMA.
Todos os que utilizam lenha como combustível para a produção de carvão,
ou toras para desdobramento, os fabricantes de papel e celulose e os que
praticam extrativismo florestal, devem fazer a reposição florestal. É a reposição
que garante o suprimento da matéria-prima para os consumidores; permite
o aproveitamento de terras impróprias para a agricultura e a recuperação de
matas ciliares e outras áreas degradadas, por meio de plantio de essências
nativas, além de reduzir os problemas de erosão, assoreamento de cursos de
água e aumentar a disponibilidade hídrica.
No Estado de São Paulo, o DEPRN, Departamento Estadual de Proteção de
Recursos Naturais, órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente/ SMA, tem
por objetivo controlar e orientar as atividades de uso e exploração dos recursos
naturais, especialmente, a flora e a fauna. Diante da necessidade de derrubada
de vegetação natural em áreas urbanas e rurais, nas intervenções em áreas de
preservação permanente ou desinterdição de atividades suspensas por autos
de infração ambiental, o DEPRN deve sempre ser consultado.
60 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Conheça um pouco a lei que regula os Crimes contra a Flora


- Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 2008.
• Art. 41 - Provocar incêndio em mata ou floresta:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
• Art. 42 - Fabricar, vender, transportar ou soltar balões
que possam provocar incêndios nas florestas e demais
formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de
assentamento humano:
Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as
penas cumulativamente.
• Art. 45 - Cortar ou transformar em carvão madeira de
lei, assim classificada por ato do Poder Público, para fins
industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração,
econômica ou não, em desacordo com as determinações
legais:
Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.
• Art. 49 - Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer
modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros
públicos ou em propriedade privada alheia:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou
ambas as penas cumulativamente.
• Art. 50-A - Desmatar, explorar economicamente ou
degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio
público ou devolutas, sem autorização do órgão competente:
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
1. CONSTRUINDO A ECOCIDADANIA 61

7. O Turismo a Favor
da Natureza

7
62 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

7. O Turismo a Favor da Natureza

O
ecoturismo ou turismo ecológico surgiu no Brasil na década de 80,
como um modelo de turismo que promove um maior contato do ho-
mem com a natureza, a fim de sensibilizá-lo e conscientizá-lo a respeito da
importância da preservação e da conservação do meio ambiente e dos recursos
naturais, por meio de práticas sustentáveis e mudanças de atitudes, que refli-
tam uma nova maneira de vivenciar e usufruir as regiões rurais, as florestas, as
áreas costeiras e outros ecossistemas de maneira mais responsável, harmônica
e respeitosa com a biodiversidade e o patrimônio natural e cultural.
Patrimônio natural são formações físicas, biológicas ou geológicas con-
sideradas excepcionais, habitats, animais e vegetais ameaçados e áreas que
tenham valor científico, de conservação ou estético (Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - Unesco).
A Constituição Federal define que o patrimônio cultural brasileiro consti-
tui-se dos bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou
7. O TURISMO A FAVOR DA NATUREZA 63

em conjunto, e que remetam à identidade, à ação e à memória dos diferentes


grupos formadores da sociedade brasileira, tais como: I - as formas de expres-
são; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e
tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços
destinados às manifestações artístico-culturais V - os conjuntos urbanos e sítios
de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecoló-
gico e científico.
Em 1985, o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR) deu início ao “Pro-
jeto Turismo Ecológico”, e criou, em 1987, com o IBAMA - Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - a Comissão Técnica
Nacional, primeiro instrumento de orientação para a área de ecoturismo.
Com a publicação das Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo
pela EMBRATUR e pelo Ministério do Meio Ambiente, em 1994, o turismo eco-
lógico passou a se denominar ecoturismo: “um segmento da atividade turística
que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua
conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da
interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações.”7
O ecoturismo também tem como objetivo promover o desenvolvimento e a
proteção da região e de sua comunidade, mediante a distribuição dos benefí-
cios resultantes das atividades realizadas.
Em 1997, foi elaborado um documento contendo as orientações da políti-
ca do Estado de São Paulo para o desenvolvimento sustentável do ecoturismo,
com o objetivo de nortear ações públicas, privadas e da sociedade civil nessa
área: as Diretrizes para uma Política Estadual de Ecoturismo.
A partir de 2007, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Pau-
lo, mediante o desenvolvimento do Projeto Ambiental Estratégico Ecoturismo,
procurou estimular o aproveitamento turístico dos parques estaduais, especial-
mente o ecoturismo na Mata Atlântica; consolidar a vocação do turismo sus-
tentável na área de influência dos parques estaduais e envolver a população,
por meio da educação ambiental, na preservação do meio ambiente.

7 Fonte: Ministério do Turismo


64 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO
1. CONSTRUINDO A ECOCIDADANIA 65

8. Plantando Saúde

8
66 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

8. Plantando Saúde

A história da humanidade indica que, no final do século XIX e início do


século XX, em razão do aumento pela procura de alimentos, quando
da migração do homem do campo para as cidades em função da industrializa-
ção, tornou-se fundamental atender as necessidades daqueles que não mais
os produziam diretamente.
9. PLANTANDO SAÚDE 67

O fato da maior parte da humanidade viver em cidades exigiu que a agri-


cultura funcionasse em larga escala para atender a essa população crescente.
No caso do Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE
- 2000 indicam que 81,23% da população brasileira é urbana.
Com o aumento da produção de alimentos, o uso de fertilizantes químicos
na agricultura foi uma das práticas empregadas; mas, ela trouxe, também,
danos ao meio ambiente e à saúde humana, o que pede atenção quanto às
origens e às técnicas utilizadas na produção dos alimentos consumidos.
Com o amplo emprego de adubos artificiais (fertilizantes) verificou-se uma
tendência ao excesso de nutrientes, tanto no solo quanto nas plantas. Esse
desequilíbrio incide, por exemplo, na população de insetos e microorganismos
presentes nas plantações, desencadeando a ocorrência de pragas e doenças,
que, por sua vez, são combatidas com a aplicação de agrotóxicos.
Substâncias presentes em fertilizantes e agrotóxicos podem vir a conta-
minar o solo, rios e lagos, interferindo na vida animal aquática. Além disso,
os metais pesados presentes nos fertilizantes podem contaminar alimentos in-
geridos pelo ser humano, depositando-se em órgãos importantes e trazendo
problemas à saúde, como a osteoporose.
No uso de agrotóxicos, compostos químicos utilizados na agricultura para
combater pragas e doenças, é preciso ter alguns cuidados na aplicação, levan-
do em conta que a exposição prolongada a produtos como inseticidas, herbi-
cidas ou fungicidas, pode ocasionar câncer e problemas no sistema nervoso,
no fígado, no sistema respiratório e reprodutor e nos rins. A contaminação
também pode ocorrer em alimentos, em corpos d’água e em animais consu-
midos pelo homem, em função da presença de metais pesados; e igualmente
ocasionar danos à saúde.
O plantio e consumo de alimentos transgênicos, que são organismos ge-
neticamente modificados, visando maior produtividade e resistência às pragas,
constituem-se em outra preocupação atual. São comercializados, entre outros
alimentos desse tipo, soja, milho, tomates, beterrabas e óleos.
Não existe, ainda, um consenso entre vantagens e desvantagens desses ali-
68 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

mentos, e a posição expressa pela Agenda 21 Brasileira, concluída em 2002, é


a de se adotar o princípio da precaução quanto ao plantio e consumo de alimen-
tos transgênicos. Enquanto não são realizados estudos conclusivos, a rotulagem
desses produtos deve ser feita de tal modo que o consumidor possa fazer sua
escolha ciente da composição deste ou daquele produto.
A Agenda 21 Brasileira recomenda que para o sucesso da produção
agrícola sustentável é preciso adotar práticas que evitem a erosão do solo; criar
formas políticas, legais, educacionais e científicas de programas de monitora-
mento e de controle da presença de resíduos de agrotóxicos em alimentos e
no meio ambiente; organizar pesquisas voltadas para a prática da agricultura
sustentável, incluindo a redução do uso de agrotóxicos e demais substâncias
poluentes e pesquisas voltadas para a adoção de dietas balanceadas, especial-
mente pelas populações rurais, evitando situações de desnutrição.
Estudos sobre aptidões do solo, clima e aspectos socioeconômicos são
bastante úteis para a tomada de decisão de cultivos que não prejudiquem o
meio ambiente, assim como o plantio direto, que é uma técnica conservacionis-
ta baseada na rotação de culturas, na cobertura permanente e na inexistência
de revolvimento do solo.
A necessidade de aumento da produção, sem ocasionar impactos ao
meio ambiente, tem na agricultura sustentável os seus alicerces. Nesse sen-
tido, é importante fazer uso de técnicas naturais na agricultura, como, por
exemplo, a prática da agricultura orgânica ou ecológica, que dispensa o uso
de agrotóxicos. E, nesse aspecto, a participação de produtores e consumi-
dores é essencial.
1. CONSTRUINDO A ECOCIDADANIA 69

9. Sons,
Cores e Luzes
da Cidade

9
70 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

9. Sons, Cores e Luzes da Cidade

A
humana.
poluição visual, muitas vezes ignorada pelas pessoas, causa inúmeros
males à saúde mental e psicológica por agredir a sensibilidade

Nos grandes centros urbanos, atualmente, existe uma proliferação


indiscriminada de placas, painéis, “banners”, bonecos infláveis, balões,
“outdoors”, cartazes, faixas, painéis eletrônicos e propagandas de todos os
tipos, que encobrem a paisagem natural e arquitetônica da cidade, deixando
as pessoas sem referencial e transgredindo regras de segurança e de trânsito.
Além disso, o lixo jogado nas ruas e as pichações feitas em casas, muros,
paredes, monumentos e prédios provocam prejuízos financeiros às pessoas
e prejuízos ambientais e estéticos à paisagem urbana local.
8. SONS, CORES E LUZES DA CIDADE 71

Outro tipo grave de poluição do mundo moderno é a poluição sonora.


A poluição sonora ocorre por meio do ruído, que é o som indesejado, o qual
agride o homem e o meio ambiente.
A poluição sonora, além de levar ao “stress” e provocar cefaléia e
insônia, pode levar as pessoas à surdez. A perda da audição, provocada pelo
excesso de ruído, pode ser causada por várias atividades do nosso cotidiano:
o barulho de trânsito de veículos, o ruído industrial, o som elevado de alto
falantes, rádios e aparelhos de televisão, o ruído de certos eletrodomésticos,
buzina de carros e etc.
72 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO
1. CONSTRUINDO A ECOCIDADANIA 73

10. Uma Maneira


Sustentável de Agir

10
74 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

10. Uma Maneira Sustentável de Agir

A sustentabilidade ambiental é o uso racional dos recursos naturais, ao


longo do tempo, unindo o crescimento econômico à justiça social e à
conservação da natureza.
O desenvolvimento sustentável é condição contemporânea primordial ao
próprio desenvolvimento humano. Empreendimentos e atividades humanas,
nas suas interações sociais e ambientais devem fundamentar sua viabilidade
em critérios de respeito à justiça social, em valores das diferentes culturas en-
volvidas, na distribuição equitativa e democrática das riquezas materiais e na
correção ecológica.
Agir de modo sustentável cotidianamente é não perder de vista o sig-
nificado e a importância de atitudes voltadas para a necessidade de usar os
recursos naturais sem desperdício, levando em conta não só as necessidades e
os direitos desta geração, mas também as necessidades e direitos das próximas
gerações.
10. UMA MANEIRA SUSTENTÁVEL DE AGIR 75

Para tanto, a adoção de hábitos de consumo responsáveis e conscientes


é essencial, porque significa a adoção de padrões de consumo e produção
sustentáveis. É necessária a busca por energias alternativas, por fontes que
não sejam tão poluidoras. É preciso reduzir a quantidade de lixo, evitar o des-
matamento de florestas, a exploração excessiva de recursos naturais e a conta-
minação das fontes de água.
Apenas com a adoção de padrões de consumo sustentáveis é possível
ter-se uma vida saudável, nos dias presentes e futuros da humanidade. O
acesso aos recursos naturais do planeta de forma racional é a condição
exigida para tal propósito. É preciso olhar o planeta Terra como a moradia
a ser preservada.
Ao ecocidadão cabem deveres e obrigações diante do avanço dos proble-
mas ambientais, seja pela destruição assustadora dos recursos naturais ou pelo
maior conhecimento e conscientização acerca do significado dessa destruição.

“Ser um ecocidadão planetário é vivenciar um conjunto de


princípios, valores, atitudes e comportamentos que demonstrem
uma nova percepção da Terra como uma única comunidade. É
também pensar global, agir local, como diz todo ecologista de
carteirinha.”
www.sema.rs.gov.br/sema/html/guia_eco1.htm
acesso em 22/07/2008
76 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO
1. CONSTRUINDO A ECOCIDADANIA 77

11. Dicas Para o


Ecocidadão

11
78 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

11. Dicas Para o Ecocidadão

Economizar Água

• Verifique, regularmente, se há vazamentos em sua casa, como torneiras


pingando ou canos furados.
• Jogar óleo no ralo de pias e tanques ou no vaso sanitário entope canos,
prejudica o tratamento de esgoto e polui as águas.
• Limpe os restos de comida antes de lavar a louça e feche a torneira
enquanto a ensaboa. Procure colocar aeradores (“bicos-chuveirinho”) nas
torneiras.
• Use uma bacia para deixar verduras e frutas de molho. Depois, lave-as com
água corrente.
• Use a lavadora de louças na capacidade máxima.
• Feche a torneira ao escovar os dentes e ao se barbear.
• Tome banhos rápidos e procure se ensaboar com a torneira fechada; assim,
você economiza, também, energia elétrica.
• O vaso sanitário não é lixeira.
• Acione a descarga apenas o necessário.
• Mantenha a válvula de descarga regulada, e procure substituí-la por
sistemas mais econômicos, como as caixas de descarga.
• Acumule bastante roupa para lavar no tanque e, também, na máquina de
lavar. A água do enxágue pode ser usada para lavar o quintal.
• Use a vassoura e não a água da mangueira para varrer pisos e calçadas.
• Use um regador para molhar as plantas.
• Ao utilizar a mangueira para irrigar gramados, dê preferência a uma válvula
do tipo “revólver”.
• Para lavar o carro, substitua a mangueira pelo balde.
• Colete a água da chuva em baldes, enquanto chove. Esta água pode ser
reutilizada para lavar quintais, para lavar o carro e para regar as plantas do
seu jardim.
11. DICAS PARA O ECOCIDADÃO 79

• No seu prédio, solicite ao síndico deixar exposta a conta de água nos


locais de passagem dos moradores. Assim, todos saberão dos valores
de consumo e custo da água.
• Na reunião de condôminos, sugira a implantação do reuso de água
para a irrigação de jardins e lavagem de áreas comuns do prédio.
• Caso seu condomínio tenha uma piscina, sugira ao síndico que seja
colocada uma cobertura (de lona, por exemplo), para que não haja
perda de água por evaporação.
• No seu local de trabalho, comunique aos responsáveis casos de
vazamentos em torneiras e vasos sanitários.
• Somente use sabonetes e xampus biodegradáveis, para não
contaminar os rios.
• Procure comprar papel higiênico não branqueado com cloro, pois o
branqueamento produz dioxinas, as quais contaminam a água dos rios
e matam os peixes.
• Guarde a água do cozimento de
legumes e verduras, a qual fica
rica em sais minerais, deixe esfriar,
e use-a para regar as plantas.
• Procure consumir alimentos
orgânicos, que foram produzidos
sem produtos químicos e
agrotóxicos, os quais contaminam
o solo e os lençóis freáticos; além
de prejudicarem a saúde.
• Comunique pelo telefone 195
casos de vazamento nas ruas e
calçadas. A ligação é gratuita.
80 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Poupar Energia
Quem Gasta Mais em Casa

Outros 13% Lavadora 5%


Lâmpadas 15%
Ferro Elétrico 7%

Geladeira 30% Chuveiro Elétrico


30%

Fonte: AES - Eletropaulo

• Desligue o interruptor de luzes ao sair de um determinado ambiente.


• Evite acender a luz durante o dia. Sempre que possível, utilize a iluminação
natural abrindo janelas e cortinas.
• Quando puder, instale fotocelulares (aparelhos capazes de perceber a luz
do sol, acendendo a lâmpada durante a noite e desligando-a durante o
dia) para a iluminação externa, que ligam e desligam automaticamente as
lâmpadas.
• Desligue a televisão quando ninguém estiver assistindo. A televisão
representa de 5% a 15% do consumo de uma residência.
• Evite ligar torneiras elétricas no verão, quando a água está mais quente.
• Procure cozinhar na panela de pressão, assim você economizará gás, pois
ela cozinha muito mais rapidamente.
• Sabemos que a água entra em ebulição, normalmente, a 100°C. Por isso,
não adianta deixar o fogo alto ao preparar alimentos, pois a comida não
cozinhará mais depressa. Cozinhe sempre em fogo baixo, assim você
economizará gás.
• Procure não deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo. Retire
da geladeira, de uma só vez, todos os ingredientes necessários para a
preparação de sua comida.
• Quando o calor não estiver intenso, use um ventilador de teto ao invés
11. DICAS PARA O ECOCIDADÃO 81

do ar condicionado, pois o ventilador de teto gasta menos energia. Outra


opção é usar os dois aparelhos ao mesmo tempo: ligue o ventilador de teto
e regule o ar condicionado no mínimo.
• Use lâmpadas fluorescentes, que reduzem o consumo e duram dez vezes
mais que as lâmpadas incandescentes.
• Procure comprar eletrodomésticos de baixo consumo energético e que
possuam o selo do Procel.

O selo Procel de economia de energia elétrica


é um prêmio que estimula os fabricantes de
eletrodomésticos a produzirem equipamentos
cada vez mais eficientes e econômicos.
Na hora da compra, procure esse selo.

Fonte: AES - Eletropaulo

• Desligue seus eletrodomésticos. Não deixe seus aparelhos em standby, pois


as luzinhas vermelhas gastam energia.
• Não coloque sua geladeira ou freezer perto do fogão ou em local que
bata sol, nem pendure roupas para secar atrás deles, pois com o ganho de
temperatura eles puxam mais energia.
• Caso sua geladeira e seu freezer não descongelem automaticamente,
retire o excesso de gelo periodicamente, pois camadas espessas de gelo
diminuem a circulação de ar frio no aparelho e fazem com que ele gaste
mais energia.
• No inverno, regule a temperatura interna da geladeira e do freezer, pois ela
não precisa ser tão baixa quanto no verão.
• Desligue a geladeira e o freezer quando viajar e se ausentar de sua casa
por tempo prolongado.
• Não use água quente para lavar pratos e talheres na máquina de lavar
louças, pois apenas o detergente já remove toda a gordura e você
economiza energia.
82 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

• Ao terminar de lavar a roupa, retire-a o mais rápido possível da máquina


de lavar, pois as roupas deixadas na máquina durante muito tempo ficam
amassadas e exigem mais tempo para passar a ferro, o que consome mais
energia elétrica.
• Tome banhos rápidos e dê preferência ao chuveiro, pois um banho de
banheira consome mais energia e água que um banho de chuveiro.
• Coloque o chuveiro na posição “verão” quando o tempo estiver quente, pois
o consumo de energia elétrica é 30% menor do que na posição “inverno”.
• Procure lavar a roupa e a louça com água fria. Esquentar a água consome
muita energia.
• Pendure a roupa ao invés de usar a secadora.
• Acumule bastante roupa para passar de uma só vez. Evite ligar o ferro várias
vezes ao dia.
• Desligue o plug do ferro de passar roupas da tomada quando não estiver em
uso, pois sempre há consumo de energia.
• Deixe as roupas mais leves para passar por último, com o ferro já desligado,
pois ele ainda estará quente.
• Dê preferência a alimentos frescos ao invés de congelados, pois a comida
congelada consome até dez vezes mais energia para ser produzida.
• Use o forno de microondas apenas quando for extremamente necessário.
• Todo peso a mais no carro provoca aumento no consumo de combustível,
portanto não deixe o bagageiro vazio em cima do carro.
• Desligue sempre o computador e o monitor quando for ficar muito tempo sem
utilizá-lo.
• Quando precisar substituir seu velho monitor por um novo, dê preferência a
um monitor de LCD, que é mais econômico; além de ocupar menos espaço.
• Lembre-se sempre de desligar o ar condicionado ao se ausentar por mais de
uma hora do local.
• Ao usar o ar condicionado, deixe sempre as portas e as janelas fechadas.
• Procure sempre deixar o filtro de seu ar condicionado limpo, pois quando ele
está sujo representa muito mais gás carbônico na atmosfera.
11. DICAS PARA O ECOCIDADÃO 83

• Quando estiver hospedado em um hotel, opte por não trocar as toalhas e os


lençóis todos os dias, assim você economizará água e energia.
• Use mais a escada ao invés do elevador. Assim, você faz um bom exercício e
economiza energia.
• Troque a borracha da porta da geladeira sempre que estiver cortada, pois essa
medida evita o desperdício de energia elétrica.
• Retire o carregador do celular da tomada quando não estiver sendo usado,
pois ele continua consumindo energia só por estar ligado.
• Quando possível, instale o
equipamento para utilizar
energia solar, que é limpa
e eficiente, para aquecer a
água de casa. A economia
que você terá em sua conta
de luz cobre o custo da
instalação do equipamento
em até três anos.
• Desligue as bocas do fogão
alguns minutos antes de a comida ficar pronta, pois ela se manterá quente
por um tempo e você economizará gás.
• Procure pintar os cômodos de sua casa com cores claras, que refletem a luz
do sol e mantêm o ambiente claro por mais tempo.
• Procure passar a roupa um pouco úmida, pois o vapor do ferro aumenta o
consumo de eletricidade.
• Evite utilizar papel alumínio, pois a transformação da bauxita em alumínio
desperdiça muita energia. Além disso, a sua extração destrói grandes
extensões de florestas.
• Procure comprar alimentos que sejam produzidos na sua região; assim,
você contribuirá para a economia de combustíveis e, consequentemente,
para a diminuição da poluição; além disso, incentivará o crescimento de
sua comunidade.
84 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

• Escolha as frutas e os legumes da estação, que são mais saborosos e sua


produção necessita de menos energia (combustível) com o transporte.
• Evite deixar aquecedores ligados por muito tempo.
• Use, quando possível, aparelhos que não precisem de pilhas. Use aparelhos
movidos a energia solar.

Reduzir o Volume de Lixo

• Repense seus hábitos de consumo e evite produzir lixo.


• Reaproveite materiais que, na maior parte das vezes, vão para o lixo, mas
que podem ser reutilizados.
• Reduza o consumo de produtos e embalagens não recicláveis e dê
preferência a produtos que tenham refil.
• Separe seu lixo e leve para reciclar: faça a coleta seletiva separando
vidros, metais, papel, papelão, sacos e embalagens plásticas de todos os
tipos. Depois, doe-os ou venda-os para entidades, catadores autônomos
ou cooperativas de catadores, os quais, por sua vez, venderão esse
material selecionado.
• Procure consumir produtos fabricados com materiais mais resistentes e
duráveis, de modo que você não precise descartá-los tão cedo, como, por
exemplo, utilizando um aparelho de barbear não descartável.
• Procure conservar, consertar e reformar suas coisas ao invés de substituí-las
por outras.
• Prefira talheres, copos e pratos de louça, e guardanapos de pano, pois os
descartáveis geram lixo e demoram a se decompor.
• Faça uma doação de roupas e objetos que não precisa ao invés de jogá-los
no lixo.
• Faça coisas úteis e criativas com os restos dos mais diferentes tipos de
materiais, em oficinas de arte; ou faça uma doação para artistas que
trabalhem com esses materiais.
• Use os dois lados do papel para escrever e imprimir. Aproveite as sobras
para fazer rascunhos e anotar bilhetes.
11. DICAS PARA O ECOCIDADÃO 85

• Recuse publicidade feita com papel, assim você desestimulará essa prática
e combaterá o desperdício de papel.
• Não jogue lixo na rua. Esse péssimo hábito traz sérios problemas aos
moradores nas épocas de chuva, como o entupimento dos bueiros e as
enchentes.
• Evite sacolas plásticas sempre que puder. Leve uma sacola própria para
fazer suas compras (sacola de feira ou de pano), evitando pegar as sacolas
plásticas fornecidas nos supermercados. Se levar para casa as sacolas
plásticas, reutilize-as como sacos de lixo ou para transportar uma nova
compra.
• Evite o excesso de embalagem.
• Dê preferência ao correio eletrônico, assim você não desperdiça papel.
• Procure comprar papel e produtos reciclados.
• Procure comprar produtos que utilizem pouca embalagem ou que tenham
embalagens reutilizáveis ou recicláveis.
• Evite jogar no lixo comum lâmpadas, pilhas, baterias de celular, baterias
automotivas, baterias industriais, restos de tinta ou produtos químicos que
podem, por conter substâncias nocivas, contaminar o solo e os lençóis
freáticos. Tais produtos devem ser devolvidos aos estabelecimentos que os
comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada.
• Use pilhas recarregáveis.
• Use seu lixo orgânico (restos
de alimentos) como adubo
para as suas plantas.
• Se estiver na rua, guarde o
lixo com você até encontrar
um local adequado para
descartá-lo.
86 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Combater o Aquecimento Global

• Não use sprays, aerossóis, solventes, extintores de incêndio, aparelhos de


refrigeração e ar condicionado que contenham CFC (clorofluorcarbono),
produto químico sintético que é responsável pela diminuição da camada de
ozônio, a qual retém grande parte dos raios ultravioletas emitidos pelo sol,
eles são prejudiciais à saúde.
• Somente compre geladeiras que tenham o “selo greenfreeze”, ou seja,
aquelas sem o gás CFC, prejudicial à camada de ozônio.
• Evite usar o isopor, pois na fabricação desse material são utilizados
produtos químicos que aumentam o buraco da camada de ozônio.
• Economize energia.
• Dê preferência ao uso de energia limpa, como a energia solar, a energia
eólica (dos ventos), a energia geotérmica (energia das camadas terrestres
mais profundas), a energia hidráulica (energia das quedas d’água) e o
hidrogênio como combustível básico.
• Reduza o consumo de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão.
• Procure deixar o carro em casa. Faça caminhadas ou ande de bicicleta: são
excelentes exercícios para a saúde e não poluem o ar.
• Mantenha o motor de seu carro regulado.
• Verifique regularmente a emissão de fumaça de seu carro.
• Dê carona a vizinhos e amigos.
• Planeje sempre seu trajeto antes de sair.
• Não queime lixo.
• Não solte balões, eles podem provocar incêndios.
• Prefira usar o transporte público, assim você ajudará a reduzir a poluição.
• Quando comprar um carro novo, prefira veículos do tipo flex, pois o álcool
polui menos que a gasolina.
• Quando estiver parado no trânsito por mais de dois minutos, desligue o
motor do seu carro e evite jogar gases poluentes no ar.
• Utilize plantas em sua decoração. Além de ser muito bonito, você ajuda a
purificar a atmosfera.
11. DICAS PARA O ECOCIDADÃO 87

• Plante árvores.
• Se for construir sua casa, faça “telhados verdes”: um telhado recoberto
com uma fina camada de terra onde você poderá fazer um belo jardim.
Assim, você contribuirá para a melhora da qualidade do ar de sua cidade.
• Denuncie desmatamentos e queimadas às autoridades responsáveis.
• Use o telefone, a Internet ou videoconferência para fazer reuniões; assim,
você deixa de usar o carro ou o avião e, consequentemente, ajuda a reduzir
a poluição.
• Utilize mídias regraváveis, como CD-RWs, drives USB, e-mail, ou FTP para
guardar e partilhar seus arquivos, pois os CDs e DVDs levam cerca de 450
anos para se decompor e, ao serem incinerados, voltam na forma de chuva
ácida.
• Use lápis de cor fabricado com cera de abelha, não com petróleo. Procure
usar tintas, marcadores e cola à base de água. A fabricação desses
produtos, quando envolve petróleo, provoca a poluição.
• Consuma mais alimentos orgânicos, pois na sua produção não são usados
agrotóxicos e, além disso, os orgânicos absorvem mais gás carbônico da
atmosfera do que os alimentos da agricultura tradicional.
88 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Cuidar dos Animais

• Não compre objetos e bijuterias feitos com partes ou penas de animais.


• Não compre objetos feitos de marfim, casco de tartaruga ou coral.
• Não compre roupas, sapatos e bolsas de couro de répteis; casacos e tapetes
feitos com a pele de animais.
• Não compre animais silvestres. Não incentive o tráfico de animais, que é
uma prática ilegal e criminosa.
• Denuncie o tráfico de animais silvestres, a caça e a pesca predatória à
Polícia Militar Ambiental de São Paulo, por meio do telefone
0800 113560 ou à linha verde do Ibama - 0800618080, pelo site:
www.ibama.gov.br ou pelo e-mail: linhaverde.sede@ibama.gov.br.
11. DICAS PARA O ECOCIDADÃO 89

Zelar pela Flora

• Não compre móveis de madeira


de lei, extraídas ilegalmente de
florestas tropicais.
• Compre produtos de madeira com
o selo FSC (Forest Stewardship
Council). O selo é a garantia
de que a madeira foi retirada
corretamente, de que as atividades

Foto: Fausto Pires - Sec. de Estado do Meio Ambiente e Sec. de Estado de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras - Brasil- Paisagem Paulista - Áreas Protegidas - São Paulo, 1999
de manejo e exploração realizadas
dentro de uma área florestal
seguem regras sociais, ambientais
e econômicas reconhecidas no
mundo.
• Não compre xaxim.
Sua extração é ilegal.
• Denuncie queimadas ou
desmatamentos irregulares à
Polícia Militar Ambiental de
São Paulo, por meio do telefone
0800 113560 ou procure os
escritórios do Departamento
Estadual de Proteção dos Recursos
Naturais/DEPRN de sua cidade.
• Denuncie o desmatamento e as
queimadas irregulares à linha
verde do Ibama - 0800618080,
pelo site: www.ibama.gov.br
ou pelo e-mail:
linhaverde.sede@ibama.gov.br.
90 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Agir como um Ecoturista

• Se você for se instalar em um hotel, verifique se ele adota medidas de


preservação ambiental.
• Antes de iniciar sua viagem, certifique-se de que você possui uma sacola
plástica para acondicionar o seu lixo. Não queime, nem enterre o seu
refugo. Traga todo o seu lixo de volta com você.
• Não saia das trilhas pré-determinadas em hipótese alguma e não use
atalhos para cortar o caminho. Tais atitudes favorecem a destruição de
raízes e plantas inteiras.
• Procure fazer seus passeios a pé, assim você polui menos.
• Em ambientes naturais, procure contratar um guia local para não se perder.
Assim, você contribuirá para a renda da população da região.
• Evite acampar em áreas frágeis, que demorarão a se recuperar após o
impacto.
• Acampe, no mínimo, a 60 (sessenta) metros de qualquer fonte de água.
• Não corte árvores e galhos, nem que estejam mortos e tombados, pois
podem estar servindo de abrigo para diversos animais.
• Não arranque plantas, flores e vegetação nativa.
• Não remova pedras e conchas ao acampar.
• Utilize as instalações sanitárias que existirem. Caso não haja banheiros
na área, cave um buraco com quinze centímetros de profundidade, a pelo
menos 60 (sessenta) metros de qualquer fonte de água e em local onde não
seja necessário remover a vegetação.
• Não construa qualquer tipo de estrutura, como barracos, bancos, mesas,
pontes, etc.
• Não faça fogueiras, pois elas destroem o solo e representam um grande
risco de incêndios florestais, os quais podem matar inúmeras espécies da
fauna e da flora locais.
• Para preparar seu alimento, use um fogareiro próprio para acampamento,
ao invés de acender uma fogueira.
11. DICAS PARA O ECOCIDADÃO 91

• Para iluminar o acampamento, utilize um lampião ou uma lanterna.


• Observe os animais à distância. A proximidade pode ser interpretada como
uma ameaça e provocar um ataque. Além disso, animais silvestres são
transmissores de doenças.
• Não dê comida aos animais, pois eles se acostumam e passam a invadir os
acampamentos em busca de alimento. Além disso, a comida humana pode
lhes fazer mal.
• Caso for pescar, nunca deixe a linha de pesca esquecida na água, pois ela
pode se prender em animais aquáticos ou em aves, e provocar a sua morte.
• Respeite os animais: não retire os animais silvestres do seu habitat natural.
Tal prática constitui crime.
• Respeite as pessoas, a cultura da comunidade que estiver visitando, o
patrimônio histórico, arqueológico, artístico e ambiental da região; e,
especialmente, a legislação local.
92 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Realizar e Incentivar Práticas de Agricultura Ecológica

• Apoiar práticas agrícolas que reduzam o uso de fertilizantes e de


agrotóxicos.
• Usar sobras de plantas como fertilizantes naturais.
• Fazer compostagem com o lixo doméstico orgânico e usá-lo como
fertilizante.
• Apoiar iniciativas de produtores agrícolas voltadas para técnicas de rotação
de cultivos como forma de não empobrecer o solo.
• Apoiar técnicas agrícolas de cultivo de diferentes espécies de plantas em
um mesmo espaço.
• Divulgar mais e mais as técnicas existentes de agricultura ecológica.
• Combater as várias formas de desmatamento.
• Combater a ocupação em áreas de proteção ambiental.
• Participar e incentivar campanhas educativas visando a divulgação das
vantagens de se consumir e produzir alimentos orgânicos.
• Observar a rotulagem dos alimentos atentando para a existência da
informação acerca de ser ou não um alimento transgênico e só, então,
decidir pelo seu consumo ou não.
11. DICAS PARA O ECOCIDADÃO 93

Evitar a Poluição Sonora e Visual

• Evite deixar seu aparelho de som e a televisão no volume máximo. Seus


vizinhos agradecem.
• Utilize aparelhos que não façam muito barulho à noite (aspirador de pó,
máquina de lavar roupa, liquidificador, batedeira, etc.).
• Ensine seu cachorro a não latir à noite ou quando você não está em casa.
• Use a buzina de seu carro só quando necessário.
• Não acelere seu carro quando parado, assim você reduz os ruídos e a
emissão de gases poluentes.
• Regule sempre o motor do seu carro, de máquinas e equipamentos.
• Fale em tom moderado, principalmente em ambientes fechados.
• Evite ruídos após as 22:00 horas.
• O lixo jogado nas ruas provoca poluição das águas e poluição visual.
• Não cole anúncios, adesivos e figurinhas em paredes, postes, muros e
árvores.
• Faixas e cartazes afixados nas ruas prejudicam a visão de pedestres e
motoristas. Evite essa prática.
• Não rabisque ou piche paredes.
94 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Seja Um Ecocidadão

Compartilhe este conhecimento com seus familiares,


amigos e vizinhos, para conscientizá-los a respeito da
questão ambiental.
Exerça a sua cidadania plenamente. Comunique-se com os
representantes políticos de sua cidade, de seu estado ou de
seu país. Mobilize-se e certifique-se de que seus interesses e
os de sua comunidade sejam atendidos.
Denuncie todo o tipo de agressão ao meio ambiente.
Escreva às autoridades, ao SAC - Serviço de Atendimento
ao Consumidor de empresas, à imprensa. Participe de
campanhas em defesa da fauna e da flora e participe de
atividades voluntárias em sua comunidade em benefício da
natureza.
Seja um consumidor consciente: antes de adquirir
qualquer coisa, pare e pense se realmente precisa dela;
antes de jogar no lixo algum material, veja se ele pode
ser reutilizado, reciclado ou mesmo doado e procure saber
sempre quais são os produtos que menos agridem o meio
ambiente e quais mais levam em conta a preservação dos
recursos naturais.
Seja um educador ambiental, colocando em
prática todas essas dicas, para sensibilizar e incentivar
as pessoas a mudarem seus hábitos em relação ao meio
ambiente. Transforme as pessoas ao seu redor em indivíduos
ecoconscientes e ecoresponsáveis: transforme-as em
ecocidadãos.
telefones ÚTEIS 95

Telefones Úteis:

Disque Meio Ambiente: SMA, CETESB e Polícia Militar Ambiental:


0800 113560

Ouvidoria da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo:


(11) 3133-3479 - (11) 3133-3477 - (11) 3133-3487

Emergências Químicas da CETESB (Fone 24 Horas):


+55 (11) 3133-4000

DEPRN - Departamento Estadual de Proteção


de Recursos Naturais - em casos de desmatamentos:
+55 (11) 3133-3804

DUSM - Departamento do Uso do Solo Metropolitano


- em casos de agressão aos mananciais:
+55 (11) 3133-3791

ELETROPAULO - atendimento de emergências 24horas:


0800 7272196

Linha verde do IBAMA: 0800-618080

SABESP - em casos de vazamentos: 195


96 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Calendário Ecológico

Janeiro
01 Dia Mundial da Paz/ Confraternização Universal
09 Dia do Astronauta
11 Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos

Fevereiro
02 Dia Mundial das Zonas Úmidas
06 Dia do Agente de Defesa Ambiental
22 Dia da Criação do IBAMA

Março
01 Dia do Turismo Ecológico
14 Dia Mundial de Luta dos Atingidos por Barragens
21 Início do Outono
21 Dia Internacional da Floresta
21 Dia Internacional Para a Eliminação da Discriminação Social
22 Dia Mundial da Água
23 Dia do Meteorologista

Abril
07 Dia Mundial da Saúde
15 Dia Nacional da Conservação do Solo
19 Dia do Índio
22 Dia do Planeta Terra
28 Dia da Caatinga
28 Dia da Educação
Calendário Ecológico 97

Calendário Ecológico

Maio
03 Dia do Solo
03 Dia do Pau-Brasil
05 Dia Mundial do Campo
08 Dia Mundial das Aves Migratórias
13 Dia do Zootecnista
16 Dia do Gari
18 Dia das Raças Indígenas da América
22 Dia Internacional da Biodiversidade
22 Dia do Apicultor
25 Dia do Trabalhador Rural
27 Dia Nacional da Mata Atlântica
29 Dia do Geógrafo
30 Dia do Geólogo
31 Dia Mundial do Combate ao Fumo

Junho
31/05 a 05/06 - Semana Nacional do Meio Ambiente
05 Dia Mundial do Meio Ambiente
05 Dia da Ecologia
08 Dia do Citricultor
10 Dia da Raça
17 Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca
21 Início do Inverno
23 Dia do Lavrador
29 Dia do Pescador
98 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Calendário Ecológico

Julho
02 Dia Nacional do Bombeiro
08 Dia Nacional da Ciência
11 Dia Mundial da População
12 Dia do Engenheiro Florestal
13 Dia do Engenheiro Sanitarista
17 Dia de Proteção às Florestas
25 Dia do Colono
28 Dia do Agricultor

Agosto
05 Dia Nacional da Saúde
06 Dia de Hiroshima
09 Dia Internacional dos Povos Indígenas
09 Dia Interamericano de Qualidade do Ar
11 Dia do Estudante
14 Dia do Combate à Poluição
28 Dia da Avicultura
29 Dia Nacional de Combate ao Fumo

Setembro
03 Dia do Biólogo
05 Dia da Amazônia
09 Dia do Veterinário
11 Dia do Cerrado
Calendário Ecológico 99

Calendário Ecológico

Setembro
16 Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio
16 Dia Internacional para a Prevenção de Desastres Naturais
18 Dia Mundial de Limpeza do Litoral
19 Dia Mundial pela Limpeza da Água
21 Dia da Árvore
21 a 26 - Semana da Árvore no Sul do Brasil
22 Dia da Defesa da Fauna
22 Dia da Jornada “Na Cidade Sem Meu Carro”
23 Início da Primavera
27 Dia do Turismólogo

Outubro
04 a 10 - Semana da Proteção à Fauna
04 Dia Mundial dos Animais
04 Dia da Natureza
04 Dia do Cão
05 Dia Mundial do Habitat
05 Dia da Ave
12 Dia do Mar
12 Dia do Agrônomo
14 Dia Nacional da Pecuária
15 Dia do Professor
15 Dia do Educador Ambiental
16 Dia Mundial da Alimentação
27 Dia do Engenheiro Agrícola
100 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Calendário Ecológico

Novembro
01 Dia Nacional da Espeleologia
05 Dia da Cultura e da Ciência
20 Dia da Consciência Negra
24 Dia do Rio
29 Dia do Café
30 Dia do Estatuto da Terra

Dezembro
07 Dia do Pau-marfim
10 Dia Nacional do Catador de Material Reciclável
14 Dia do Engenheiro de Pesca
15 Dia do Jardineiro
21 Início do Verão
29 Dia Internacional da Biodiversidade
31 Dia da Esperança

Fonte: Portal Ambiente Brasil e REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental


GLOSSÁRIO 101

Glossário

Abrasão: É o processo de erosão resultante do atrito pela ação da água do mar,


de ventos ou das geleiras.

Acidificação do solo: É o processo de correção do pH de solos excessivamente


alcalinos, por meio da aplicação de substâncias ácidas.

Aeração: É o acréscimo de oxigênio no solo ou na água, possibilitando a


proliferação de bactérias capazes de decompor os poluentes orgânicos.

Agenda 21 Brasileira: O Brasil, como signatário da Agenda 21 (proposta de


ação planetária elaborada em 1992, que objetiva viabilizar o desenvolvimento
sustentável para o século XXI), quando da realização, no Rio de Janeiro, da
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92),
assumiu o compromisso de elaborar e implementar sua própria Agenda 21.

Agrotóxicos: Segundo a Lei Federal n° 7.802, de 1989 são os produtos e


os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos
setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas,
nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros
ecossistemas e, também, de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja
finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las
da ação danosa de seres vivos considerados nocivos; e substâncias e produtos,
empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de
crescimento.

Alimentos transgênicos: São os alimentos produzidos com organismos


geneticamente modificados, pela transferência de genes de uma espécie para outro
organismo.

Aquífero: É a formação de rochas capaz de armazenar e fornecer quantidades


significativas de água.

Assoreamento: É o processo de acúmulo de substâncias minerais ou orgânicas


em um corpo de água, provocando redução de profundidade e volume.

Biocombustível: É o combustível de origem vegetal ou animal visto como


alternativa ao petróleo por ser mais econômico e menos poluente.

Biodegradável: Que pode ser decomposto pelos microorganismos usuais no


meio ambiente.
102 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Glossário

Biodiesel: É um tipo de combustível biodegradável produzido a partir de óleos


vegetais e de gorduras animais.

Biodiversidade: É a diversidade de vida no planeta Terra, a variedade genética


de populações e espécies nos diferentes reinos, a variedade de funções ecológicas
desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas, é a variedade dos próprios
ecossistemas, comunidades e habitats.

Biota: É o conjunto de seres vivos que habitam uma determinada região ou um


ecossistema e sua estreita relação com os fatores bióticos e abióticos do ambiente.

Camada de ozônio: A camada formada pelo gás ozônio (O3), situada a cerca de
40 km de altura e que atua como um filtro de raios ultravioleta emitidos pelo sol,
ajustando a intensidade desses raios até a superfície da Terra.

Chuvas ácidas: Precipitação de água sob a forma de chuva, neve ou vapor,


tornada ácida por resíduos gasosos provenientes, principalmente, da queima de
carvão e derivados de petróleo ou de gases de núcleos industriais poluidores. As
precipitações ácidas podem causar desequilíbrio ambiental quando penetram nos
lagos, rios e florestas e são capazes de destruir a vida aquática. São extremamente
corrosivas e provocam desgastes em prédios e monumentos.

Desenvolvimento sustentável: É o desenvolvimento que tem a capacidade


de atender às necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de
atender, também, às necessidades das futuras gerações e que, portanto, preserva e
não esgota os recursos naturais para o futuro.

Desertificação: Processo de perda da produtividade biológica e econômica


do solo, causada por alterações climáticas, destruição da vegetação natural e
consequente agravo da erosão, manejo inadequado das culturas, uso excessivo de
fertilizantes e queimadas constantes.

Disponibilidade hídrica: Corresponde à quantidade de água disponível em


um trecho de corpo hídrico durante algum período de tempo.

Ecossistema: É o conjunto dos fatores físicos (relevo, hidrografia, clima, etc),


químicos e bióticos (seres vivos) e da relação entre eles, que se estende sobre
determinado espaço de dimensões variáveis. Ex. Floresta Amazônica, Cerrado,
Caatinga, etc.
GLOSSÁRIO 103

Glossário

Efeito estufa: É causado por gases presentes na atmosfera, os quais


absorvem parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre, retendo
calor e permitindo a existência da vida. No entanto, o aumento do efeito
estufa, ocasionado pelo incremento de CO2 na atmosfera, resulta no
aquecimento global.

Efluentes: Despejos tratados ou não, de origem industrial, doméstica ou


agrícola, lançados no sistema de coleta de esgotos ou no meio ambiente.

Erosão: É o desgaste e a destruição do solo pela ação das águas, do vento,


ou pelo movimento de mares e geleiras.

Evapotranspiração: É a perda de água pelos vegetais durante o


movimento contínuo de transpiração e exalação de vapores.

Fissão de átomos: É a reação nuclear que divide o núcleo atômico em


duas partes liberando energia.

Fotossíntese: É o conjunto de reações químicas em que as células dos


seres clorofilados (a maioria dos vegetais) transformam a energia da luz em
energia química e em oxigênio, a partir de dióxido de carbono e da água,
por meio da produção de alguns compostos energéticos ou açúcares simples.

Fusão nuclear: Tipo de reação nuclear em que núcleos atômicos leves (de
baixo número atômico) se fundem formando um outro mais pesado, porém de
massa menor que a soma das massas iniciais, sendo a diferença liberada em
forma de energia.

Hidrocarbonetos: São os chamados compostos orgânicos formados de


carbono e hidrogênio.

Impactos ambientais: São as alterações e os efeitos positivos ou


negativos resultantes de atividades naturais ou de atividades humanas sobre
o meio físico, biótico e sócioeconômico de um determinado território.

Lixo atômico: É o produto residual líquido, sólido ou gasoso, gerado


quando da produção de energia nuclear, chamado, ainda, de lixo radioativo,
despejo atômico ou resíduo atômico. É considerado um dos resíduos mais
perigosos.
104 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Glossário

Mata ciliar: Corresponde à vegetação existente às margens dos cursos


de água, servindo como proteção aos cursos d’água. Essas vegetações -
árvores, arbustos, capins e cipós, que beiram as nascentes, rios, riachos,
lagos, represas e igarapés, seguram suas margens, cobrindo o solo, evitando
enxurradas e impedindo que a terra e o lixo invadam as águas e assoreiem
ou contaminem os corpos d’água.

Matéria orgânica: São as substâncias que possuem átomos de carbono


combinados a outros átomos (hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e
fósforo).

Metais pesados: São metais de densidade alta e tóxicos, devido ao seu


efeito bioacumulativo. A concentração desses metais aumenta ao longo da
cadeia alimentar, pois os seres vivos apresentam dificuldade em eliminá-los
do seu metabolismo.

Radioatividade: É a propriedade de alguns átomos, como, por


exemplo o urânio e o césio que liberam partículas subatômicas e radiação
eletromagnética.

Reciclagem: É qualquer técnica ou tecnologia que permite o


reaproveitamento de um resíduo, após o mesmo ter sido submetido a um
tratamento que altere as suas características físico-químicas.

Rotação de culturas: Método de plantio que alterna em um mesmo


terreno diferentes culturas, considerando as condições do solo, a topografia e
o clima, entre outros fatores.

Sustentabilidade Ambiental: É o uso racional dos recursos naturais,


unindo o crescimento econômico à justiça social e à conservação da
natureza.
Referências Bibliográficas 105

Referências Bibliográficas

50 Coisas Simples Que As Crianças Podem Fazer Para Salvar a Terra - The Earth Works
Group. Tradução Reynaldo Guarany; Ilustrações Michele Montez, 12. ed., Rio de Janeiro:
José Olympio, 2004. 155p.

Agenda 21. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(1992, Rio de Janeiro). Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 1996.

Almanaque Brasil Socioambiental 2008 - Uma Nova Perspectiva para Entender a situação
do Brasil e a nossa contribuição para a crise planetária. São Paulo: ISA - Instituto
Socioambiental, 2008.

AURÉLIO - Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira S/A, 1993.

BRASIL, Anna Maria; SANTOS, Fátima. O Ser Humano e o Meio Ambiente de A a Z:


Dicionário. São Paulo: FAARTE, 2007. 704p.

Consumo Sustentável: Manual de Educação. Brasília: Consumers Internatinal/ MMA/IDEC,


2002.

DIAS, Genebaldo Freire. Ecopercepção - Um Resumo Didático dos Desafios


Socioambientais. São Paulo: Gaia, 2004. 63p.

HOUAISS - Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2001. 2922p.

Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares 2007. São Paulo: CETESB. Disponível
em: http://www.cetesb.sp.gov.br/

LISAK, Frédéric. Les aventures-nature de Julien, Magyd et Lisa. Devenons écocitoyens! Avec
Nature & Découvertes à la maison, au jardin, en ville. Illustré par Frédéric Pillot. Toulouse:
2002.

MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia para o Ensino Médio: Geografia
Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.

PINCE, Robert. Et si on vivait autrement? Être écocitoyen. Dessins de Lionel Le Néouanic.


Toulouse - Labège: Nature & Découvertes, 2005.

PINCE, Robert. Et si on vivait autrement? Vivre avec la nature. Dessins de Lionel Le


Néouanic. Toulouse - Labège: Nature & Découvertes, 2005.
106 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Referências Bibliográficas

PINCE, Robert. Et si on vivait autrement? Votre Maison.


Dessins de Lionel Le Néouanic. Toulouse - Labège: Nature & Découvertes, 2005.

PNUMA; Secretaria de Asentamientos Humanos y Obras Públicas/


SAHOP, México:1978.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Coordenadoria de Estudos e


Normas Pedagógicas. Água hoje e sempre: consumo sustentável. São Paulo: Secretaria de
Estado da Educação, 2004.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Educação Ambiental.


Caderno Ambiental Guarapiranga. São Paulo: SMA/ CEA, 2008.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria do Meio Ambiente. Coleta Seletiva na escola, no


condomínio, na empresa, na comunidade, no município. São Paulo: SMA, 2008. 11p.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria do Meio Ambiente. 21 Projetos Ambientais Estratégicos.


Disponível em: http://www.ambiente.sp.gov.br/. Acesso em 2008.

SÃO PAULO (Estado). Constituição Estadual. São Paulo: 1989. 48p.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria do Meio Ambiente. Diretrizes para uma Política Estadual de
Ecoturismo: Proposta. Coordenação Geral: José Flávio de Oliveira e Célia M. T. Serrano. São
Paulo: SMA, 1997. 25p. (Documentos Ambientais).

SÃO PAULO (Estado) Secretaria do Meio Ambiente. DEPRN; CPRN- Coordenadoria de


Licenciamento Ambiental e Proteção de Recursos Naturais. Reposição Florestal: Reserva
Legal - DEPRN. São Paulo : SMA, (Folhetos)

SÃO PAULO. (Estado) Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento


Ambiental Estratégico e Educação Ambiental. Guia Pedagógico do Lixo. 4. ed., São Paulo:
SMA /CPLEA, 2003. 100p.

SÃO PAULO (Estado) Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Educação Ambiental.


Lixo, uma responsabilidade de todos nós. São Paulo: SMA, 2002. 11p.

VIEIRA, André de Ridder. Água para a vida/ Água para todos:livro das águas/ Brasília:
WWF - Brasil, 2006. 68p. (Cadernos de Educação Ambiental). YARROW, JOANNA. 1001
Maneiras de Salvar o Planeta : idéias práticas para tornar o mundo melhor/tradução
Ibraíma Dafonte Tavares, com colaboração de Elenice Barbosa Araújo/ São Paulo.
Publifolha, 2007.
Legislação Federal Consultada 107

Legislação Federal Consultada

Constituição da República Federativa do Brasil/1988.


Fonte: www.planalto.gov.br

LEI nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998/ dos Crimes contra o Meio Ambiente.


Fonte: www.planalto.gov.br

LEI n° 6.938, de 31 de agosto de 1981/ Política Nacional do Meio Ambiente.


Fonte: www.planalto.gov.br

LEI nº 9.795, de 27 de abril de 1999 - Política Nacional de Educação Ambiental.


Fonte: www.planalto.gov.br

LEI nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997/Política Nacional de Recursos Hídricos.


Fonte: www.planalto.gov.br

Conselho Nacional do Meio Ambiente- Resolução CONAMA nº 275, de 25 de


abril de 2001. Fonte: www.planalto.gov.br
108 CADERNO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ECOCIDADÃO

Legislação Estadual Consultada

LEI ESTADUAL nº 12.300, de 16 de março de 2006/ Política Estadual de Resíduos sólidos


Fonte: www.cetesb.sp.gov.br

LEI ESTADUAL nº 9.509, de 20 de março de 1997/ Política Estadual do Meio Ambiente.


Fonte: www.cetesb.sp.gov.br

LEI nº 7.663, de 30 de dezembro de 1991/ Plano Estadual de Recursos Hídricos. Fonte:


www.cetesb.sp.gov.br

LEI 12.780, de 30 de novembro de 2007/ Política Estadual de Educação Ambiental. Fonte:


www.ambiente.sp.gov.br
Sites consultados 109

Sites consultados
AES - Eletropaulo: www.eletropaulo.com.br

ANA - Agência Nacional de Águas: www.ana.gov.br

BRASIL PNUMA. Disponível em: www.brasilpnuma.org.br. Acesso em 30 de junho de 2008

CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. www.cetesb.sp.gov.br/

CENP – Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas


http://cenp.edunet.sp.gov.br/index.htm

GREENPEACE. www.greenpeace.org.br

IBAMA. www.ibama.gov.br

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. www.ibge.gov.br

IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.


www.iucn.org

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. www.mma.gov.br

MINISTÉRIO DO TURISMO. www.turismo.gov.br

NATURAL LIMP: Disponível em: www.naturallimp.com.br.


Acesso em 28 de julho de 2008

ONU - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS: www.onu-brasil.org.br

PORTAL AMBIENTE BRASIL. www.ambientebrasil.com.br

PORTAL DO MEIO AMBIENTE - Rebia: Rede Brasileira de Informação


Ambiental. Disponível em: www.portaldomeioambiente.org.br.
Acesso em 22 julho de 2008

SABESP: www.sabesp.com.br

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. www.ambiente.sp.gov.br

SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE DO RIO GRANDE DO SUL. Disponível em: www.
sema.rs.gov.br/sema/html/guia_eco1.htm. Acesso em 22 julho de 2008

SONINHA FRANCINE. Disponível em www.soninha.com.br. Acesso em 25 de abril de 2008

WWF DO BRASIL. www.wwf.org.br


Ficha Técnica

Autoria
Denise Scabin Pereira - Coordenadoria de Educação Ambiental
Regina Brito Ferreira - Coordenadoria de Educação Ambiental

Comissão Editorial
José Ênio Casalecchi - Coordenação

Concepção das Figuras


Denise Scabin Pereira - Coordenadoria de Educação Ambiental
Regina Brito Ferreira - Coordenadoria de Educação Ambiental

Colaboração Técnica
Gustavo Leonardi Garcia
José Flávio de Oliveira
Julia de Lima Krähenbühl
Ligia Maria Levy
Maria Inês da Silva Franco
Sonally Ribeiro Paulino da Costa
Tais Forte Garms

Projeto Gráfico
Vera Severo

Diagramação
Percepção Programação Visual

Revisão do Texto
Denise Scabin Pereira - Coordenadoria de Educação Ambiental
Regina Brito Ferreira - Coordenadoria de Educação Ambiental

Revisão Geral e Apoio


Secretaria de Estado da Educação - SEE
Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas - SEE/CENP
Valeria de Souza - Coordenadora
Ariovaldo da Silva Stella - Equipe Técnica Ciências/Biologia - SEE/CENP
Mônica Ivelli - Equipe Técnica Ciências/Biologia - SEE/CENP

CTP, Impressão e Acabamento


Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Secretaria de Estado do Meio Ambiente
Avenida Professor Frederico Hermann Jr. 345.
São Paulo SP 04549-900
Tel: 11 3133-3000
www.ambiente.sp.gov.br

Coordenadoria de Educação Ambiental


Av. Professor Lucas de Assunção, 139.
São Paulo SP 05591-060
Tel: 11 3273-2730
www.ambiente.sp.gov.br/cea

Secretaria de Estado da Educação


Pça da República, 53.
São Paulo SP 01045-903
Tel: 11 3218-2000
www.educacao.sp.gov.br

Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas


Pça da República, 53.
São Paulo SP 01045-903
Tel: 11 3237-2115
cenp.edunet.sp.gov.br

Potrebbero piacerti anche