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GABARITO- profa.

Betina de Cácia e Souza Baptista

TEXTO I
Mudança e Variação Linguística

Os estudos sobre variação linguística registram pelo menos seis dimensões de


variação dialetal: a territorial, a social, a de idade, a de sexo, a de geração e a de função.
Nem todos os processos de variação culminam efetivamente em um caso de mudança na
língua, mas, muitas vezes, a ocorrência de duas formas coexistentes acaba sendo
substituída por apenas uma , caracterizando assim um caso de mudança na língua.
Os dialetos na dimensão territorial, geográfica ou regional representam a variação
que acontece entre pessoas de diferentes regiões em que se fala a mesma língua. Essa
variação normalmente acontece pelas influências que cada região sofreu durante a sua
formação ou porque os falantes de uma dada região constituem uma comunidade
linguística geograficamente limitada em função de estarem polarizados em termos
políticos e/ou econômicos e/ou culturais, e desenvolverem então um comportamento
linguístico comum que os identifica e distingue. É o caso da diferença entre o Português
do Brasil e o de Portugal e o dos países africanos de Língua Portuguesa. Incluem-se
nesse caso também diferentes falares que encontramos no Brasil como os falares
gaúcho, nordestino, carioca, o chamado dialeto caipira, etc.
Evidentemente, não existem limites claros e precisos entre os diferentes dialetos
regionais. Na verdade, estabelecem-se limites de acordo com determinadas
conveniências. É o que mostram os estudos de Atlas Dialetais em que não se encontram
linhas precisas de demarcação de dialetos, mas apenas certas áreas de maior
concentração de um determinado conjunto de características.
Assim, é difícil dizer onde acaba o dialeto nordestino e começa o caipira, ou o
carioca, e a distinção do falar gaúcho, se é nítida em relação ao nordestino, não é tão
nítida em relação ao modo característico de usar a língua no Paraná e Santa Catarina.
Os dialetos na dimensão social representam as variações que ocorrem de acordo
com a classe social a que pertencem os usuários da língua, isso porque há uma
“tendência para maior semelhança entre os atos verbais dos membros de um mesmo
setor sócio-cultural da comunidade” (Camacho, 1988:32), geralmente com relações
bastante estreitas e interesses comuns. É por isso que se consideram como variedades
dialetais de natureza social os jargões profissionais ou de determinadas classes sociais
bem definidas como grupos (linguagem dos artistas, professores, médicos, mecânicos,
estivadores, dos marginais, classe social alta, favelados, etc.). A gíria, definida como
forma de utilização particular da língua por um grupo social, o qual se identifica por esse
uso da língua e se protege do entendimento por outros grupos, pode também ser
considerada como uma forma de dialeto social.
Os dialetos na dimensão de idade representam as variações decorrentes da
diferença no modo de usar a língua de pessoas de idades diferentes, normalmente em
faixas etárias diversas: crianças, jovens, adultos e idosos ou outras que se julguem
pertinentes estabelecer de acordo com o objetivo de observação. Durante a vida, a
pessoa passa de um grupo para outro, adotando as formas de um determinado grupo e
abandonando as do outro.
Os dialetos de sexo representam as variações de acordo com o sexo de quem
fala. Algumas diferenças são determinadas por razões gramaticais, como certos fatos de
concordância, assim, por exemplo, um homem não diria a frase “A gente está preocupada
com as eleições presidenciais” . Mas há diferenças mais sutis no que diz respeito ao uso
do léxico e de certas construções, o que provavelmente seja determinado por restrições
sociais quanto à imagem que se faz do comportamento apropriado para homens e
mulheres inclusive em termos de comportamento verbal. Assim, se espera que homens
digam frases como “ Cara, preciso te contar o que aconteceu na festa ontem.” / “ Comprei
uma camisa transada.” Enquanto o que se espera das mulheres é exatamente o contrário:
“Querido, preciso te contar o que aconteceu na festa ontem.” / “Comprei uma blusinha
linda!”
Os dialetos, na dimensão da geração, representam estágios no desenvolvimento
da língua. Alguns estudiosos preferem falar de variação histórica, que evita possíveis
confusões com idade que o termo geração pode ocasionar. As variantes históricas
dificilmente coexistem e são mais percebidas na língua escrita, por causa do registro, que
as faz permanecer no tempo. Com os modernos meios de registro do oral é possível que
no futuro se possam observar e analisar diferenças históricas também na variação do
oral.
Assim, nem todos os casos de dialetos são significativos o suficiente para alterar
ou mudar o idioma, mas os movimentos linguísticos que suscitam podem, associados às
necessidades dos falantes, se configurarem em mudança.
(SARMENTO, Flávia. In: Revista da Linguagem, 2004)

QUESTÃO 01
O OBJETIVO CENTRAL do texto é:
A) descrever as possibilidades de mudança de uma língua a partir das suas
variações.
B) apresentar as possibilidades de variação de uma língua e discutir suas
implicações na atualidade.
C) discutir os prejuízos que as variações geram para uma língua em função da
instabilidade causada ao idioma.
D) demonstrar que nem toda variação culmina em mudança linguística, mas que
alguns processos são significativos o suficiente para mudar a língua.

QUESTÃO 02
A partir da leitura do texto, é CORRETO afirmar que:

A) homens e mulheres apresentam distinções na fala que vão desde o vocabulário


até a estruturação de determinadas concordâncias.
B) as línguas apresentam variações de vários tipos, mas nenhum é capaz de mudar o
idioma.
C) as mudanças linguísticas, normalmente, ocorrem em função exclusivamente de
variações dialetais.
D) existem na língua apenas diferenças condicionadas por fatores regionais e/ou
sociais.

QUESTÃO 03.
NÃO se pode dizer, de acordo com o texto, que:
A) as variações históricas são mais analisadas a partir da linguagem oral.
B) entre o Brasil e Portugal, existe uma variação dialetal.
C) nem todas as variações linguísticas culminam em mudança na língua.
D) as variações de idade se dão em função das diferenças no uso da língua a partir
da idade.
QUESTÃO 04 -
Todas as estratégias argumentativas foram utilizadas pelo produtor do texto, EXCETO:
A) enumeração.
B) analogia.
C) citação textual.
D) exemplificação.

QUESTÃO 05
Sobre a variação de sexo, pode-se dizer, de acordo com o texto, que ela está intimamente
RELACIONADA:
A) à maneira distinta de ver o idioma.
B) à expectativa em torno de um determinado comportamento sociolinguístico.
C) à forma como as mulheres falam, que não é compatível com o sexo masculino.
D) ao modo como as escolas ensinam a língua para homens e mulheres.

Texto II

QUESTÃO 06

Retire do texto dois exemplos típicos de gírias e indique os seus correspondentes na


linguagem formal.
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QUESTÃO 07
Releia, com atenção, a frase final da tirinha.

A maneira como o personagem entendeu o comentário da “mina” corresponde à idéia que


ela faz do livro? Justifique sua resposta.
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QUESTÃO 08
Releia, com atenção, a frase final da tirinha:

“Por acaso, você está tentando me seduzir!”

Observe que foi usado o sinal de exclamação (!) ao final da frase. O mais adequado e
coerente, entretanto, seria usar a interrogação. Por quê?
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QUESTÃO 09
15. Na tira a seguir, o personagem da esquerda está indignado com o fato de a filha dele estar
namorando um homem bem mais velho do que ela.

a) A fala do namorado confirma ou contradiz a hipótese do pai da jovem? Justifique.


_______________________________________________________________ b) A que tipo de
variação linguística o autor da tirinha recorre para criar o humor?
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