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Maçonaria, a Câmara de Reflexões e seu Simbolismo.

Marcos L. Britto
Na Maçonaria, mais precisamente, no Rito Escocês Antigo e Aceito, a iniciação de um
neófito é feita num compartimento da loja, chamado de câmara de reflexões, onde o
candidato deverá passar por uma morte simbólica de sua vida profana, para renascer um
novo homem, livre de pré-conceitos e paixões mundanas, disposto à lapidação de sua
pedra bruta, para que um dia, possa vir a fazer parte do templo de Salomão.
A câmara de reflexões, é geralmente um quarto ou porão, cujas paredes negras revelam
fórmulas e dizeres alquímicos, bem como os elementos que compõe a mesa.
Normalmente vemos estampada nas paredes, o V.I.T.R.I.O.L. (Visita interiore terrae,
retificandoque invenies ocultum lapiden), que quer dizer: “Visita o interior da terra, e
retificando-te, encontrarás a pedra oculta”, que é justamente o que esta iniciação propõe:
Introspecção e reflexão, assim como sugere a frase gravada na entrada do oráculo de
Delphos: Nosce Te Ipsum (Conhece-te a ti mesmo).

Interior de uma câmara de reflexões

Há também, as seguintes inscrições:

Se o que aqui te conduz é a curiosidade, retira-te.


Se queres empregar bem a tua vida, pensa na morte.
Se teme que descubram teus defeitos, não estarás bem entre nós.
Se tens apego pelas paixões e distrações mundanas, retira-te, pois aqui, não as
conhecemos.
Se fores dissimulado, aqui serás descoberto.
Se tens medo, não vá adiante.

A câmara, é cercada de símbolos de morte, variando os elementos, de acordo com o rito


em questão, na maioria há um cranio ou esqueleto completo, ou até caixões.Tudo para
lembrar o candidato, o quanto a matéria é perecível, e o espírito, eterno; toda a matéria
se reduzirá ao pó, todos os homens, embora fazem distinções entre si, se reduzirão a um
empilhado de ossos.
Como esta iniciação é uma prova da terra, na mesa, geralmente encontramos um pão, ou
sementes de trigo in natura, que além de nos apontar para os mistérios de Eleusis,
simboliza a fertilidade da terra que nos nutre enquanto matéria, bem como uma ânfora
d’água, que além de nos saciar a sede, limpa e purifica.Há sobre a mesa, uma
ampulheta, que ao marcar pequenos espaços de tempo, nos mostra como a vida é curta e
transitória, e que devemos percorrer tal caminho com sabedoria e retidão, uma vez que
se visa a concretização da Grande Obra.É costume de algumas lojas também, expor a
imagem de um galo em posição de canto, o qual desperta o candidato para a aurora de
um novo tempo, de uma nova vida, seguido das palavras Vigilância e Perseverança.
Temos também dois cálices, um contendo uma bebida doce, e o outro, uma bebida
amarga, nos fazendo refletir sobre a dualidade presente em tudo, sobre os altos e baixos
que a vida nos guarda.
Há também na superfície desta mesa, sal, enxofre e mercúrio, elementos necessários à
transmutação alquímica, que o candidato deverá entender dentro do contexto simbólico.
O candidato deverá então meditar e redigir seu testamento filosófico, e após este
período, mediante ao cumprimento e entendimento destas questões, o então iniciado é
levado a “ver” a luz, simbolizada pelo Sol no Oriente.

Capa: Acrílico sobre prato de cerâmica - Marcos L. Britto.

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