Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Correspondência
Prof. Rafael Torquemada Guerra
Universidade Federal da Paraíba, Depto. de Sistemática e Ecologia
Caixa Postal 5046, Cidade Universitária
58051-970 João Pessoa, PB
Brasil
RESUMO
ABSTRACT
NOTAS BIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
A escola escolhida para a realização deste trabalho, como parte das atividades do
projeto “Educação Ambiental para um futuro melhor” apoiado pelo PROLICEN/UFPB, foi a
Escola Estadual de Ensino Fundamental Machado de Assis, localizada na rua Ingá s/nº, no
bairro Tibirí II, uma área carente do município de Santa Rita, vizinho a João Pessoa, Paraíba,
Brasil. A escola funciona nos três turnos, manhã, tarde e noite sendo que, neste último, os
4
alunos são adultos. A escola oferece da alfabetização à 4ª série do ensino fundamental para
alunos com idades de 6 a 11 anos. O turno da manhã e o da tarde era freqüentado por 325 e
348 alunos respectivamente. A escola contava, nesses dois turnos, com um total de 16
professores e 6 funcionários (merendeiras, serventes, pessoal de secretaria, porteiro)
distribuídos nos três turnos. A escola Machado de Assis foi fundada em 1985 e é uma das 3
escolas do bairro, sendo a mais procurada não só pelos alunos locais, mas também, por
alunos de bairros próximos.
A metodologia adotada foi a qualitativa utilizando basicamente atividades lúdicas. Para
André (1983), a adoção da metodologia qualitativa, tem sido, muito útil nas pesquisas
educacionais. Ressalta três aspectos importantes: o primeiro é de que os dados qualitativos
permitem apreender o caráter complexo e multidimensional dos fenômenos; o segundo é o
de que os dados qualitativos capturam variados significados das experiências vividas no
ambiente, auxiliando a compreensão das relações entre as pessoas, seu contexto e suas
ações e, o terceiro é sua capacidade de contribuir para se pesquisar construtos importantes
como criatividade e pensamento crítico. No decorrer do ano letivo de 2000, após sermos
apresentados à escola, buscamos implementar o projeto de EA na forma de um estudo de
caso (Gil, 1991, Jesus e Martins, 2002), acompanhado de observação participativa ou
participante (Barros e Lehfeld, 2001). A observação participante tem muitas variantes, mas
será apresentada apenas a mais trivial. Esta é, pressupostamente assumida perante os
sujeitos que, por outro lado, podem modificar seus comportamentos durante a observação do
pesquisador. Porém, a observação participante - excelente para estudos comunitários -
apresenta algumas vantagens em relação a outras estratégias de coleta de dados: a) facilita
acesso imediato às situações cotidianas dos membros das comunidades estudadas e b)
possibilita apreender os sons e palavras da comunidade estudada.
Essas observações foram visuais seguidas de entrevistas informais não gravadas com
os professores. Em sala de aula, durante quatro meses, foi feita a observação do padrão das
aulas seguindo a orientação de Pereira (1998). A seguir, desenvolvemos mensalmente
atividades lúdicas com os alunos realizadas antes e durante a realização da Semana em
Defesa do Meio Ambiente na Escola que ocorria todos os anos. No decorrer da realização
dessas atividades tentamos buscar nos alunos um envolvimento maior com o meio ambiente.
As atividades lúdicas desenvolvidas foram um coral, peças teatrais, montagem de trilha da
vida, oficinas de desenho e de pintura, gincanas ambientais etc.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho de EA deve ser feito sem pressa, como se a vida não fosse ter fim. As
formigas devem ser exemplo para nós. Carregar uma partícula de solo de cada vez para
construir seu formigueiro. Não se muda o comportamento do ser humano sem muita
informação e formação. E é isso que os professores desta escola estão fazendo. Mudando
seu comportamento aos poucos. Construindo um fazer pedagógico voltado não mais para
sua sala de aula apenas, mas para a escola, para o bairro, para o mundo enfim. Podemos
concluir dizendo que cada escola tem que achar suas trilhas, seus caminhos. E ela deve
fazê-lo em todos os setores, seja na escolha dos conteúdos mais adequados à sua realidade
seja na forma de abordá-los. Sem dúvida, atitudes como essas farão a diferença na formação
de seus alunos. O desenvolvimento da afetividade é fundamental na sensibilização dos
alunos na faixa etária dos seis aos dez anos, crianças ainda, em relação aos problemas
ambientais do seu entorno. Só assim estarão preparadas para intervir nesse ambiente de
forma harmônica, conservando-o para que muito tempo depois possa continuar saudável,
belo, podendo ser usufruído não apenas pelos seus filhos, mas por eles também. Essa
afetividade, quando bem direcionada poderá, como pudemos verificar na escola Machado de
Assis, gerar bons frutos que disseminarão suas sementes para o bairro, para o município e
quem sabe para onde mais. Afinal, devemos pensar globalmente, mas agir localmente. Mais
uma vez o poeta espanhol estava certo ao afirmar “ Caminante, no hay camino. El camino se
hace al andar.”
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
Gil, A C. 1991. Como elaborar projetos de pesquisa. Editora Atlas, São Paulo.
Hernández, B., Hidalgo, M. C. 1998. Actitudes y creencias hacia el medio ambiente. In:
Aragonés, J. I., Amérigo, M. (Orgs.), Psicologia ambiental. Pirámide, Madrid. pp.281-295.
Pereira, M. L. 1998. Métodos para o ensino de ciências. Ed. Universitária UFPB, João
Pessoa.