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Bruna Alcântara
Mayara Marques
Resumo
A família paralela é aquela que afronta a monogamia, realizada por aquele que
possui vínculo matrimonial ou de união estável.
O Código Civil denomina de concubinato as relações não-eventuais existentes
entre homem e mulher impedidos de casar. O artigo 1521 refere que não
podem casar as pessoas casadas. Preferimos denominar este concubinato de
família paralela, para diferenciá-lo do concubinato em que existe apenas uma
família.
Portanto, na família paralela, um dos integrantes participa como cônjuge de
mais de uma família.
Caso o impedimento seja o casamento anterior, temos duas situações: a) será
União Estável se o casamento foi faticamente desfeito; b) será concubinato (na
modalidade união paralela) se o casamento anterior coexista com o novo
relacionamento.
Maria Berenice Dias anota ser a união paralela um relacionamento de afeto,
repudiado pela sociedade. Não obstante, obtempera:
“Os relacionamento paralelos,além de receberem denominações pejorativas,
são condenados à invisibilidade. Simplesmente a tendência é não reconhecer
sequer sua existência. Somente na hipótese de a mulher alegar
desconhecimento da duplicidade das vidas do varão é que tais vínculos são
alocados no direito obrigacional e lá tratados como sociedades de fato. (...)
Uniões que persistem por toda uma existência, muitas vezes com extensa
prole e reconhecimento social, são simplesmente expulsas da tutela jurídica.
(...)
Negar a existência de famílias paralelas – quer um casamento e uma união
estável, quer duas ou mais uniões estáveis – é simplesmente não ver a
realidade”
Palavras-chave: Monogamia. Família. Impedimento. Relacionamento.
Introdução
Contudo, tem sido cada vez mais freqüente deparar com decisões judiciais
reconhecendo direitos às uniões paralelas ao casamento, ou correlata a
outra união afetiva.
Para finalizar pode-se citar, como exemplo, um caso: Se José, mantivesse três
uniões estáveis paralelas. Três uniões estáveis, onde, aparentemente as
mulheres não sabiam da existência uma da outra, possuíam cada uma sua
prole e, todos os relacionamentos haviam tido início supostamente na mesma
época. O dever de lealdade, por óbvio, era inexistente, por parte daquele que
maculou todas as relações com a perfídia. Todas estavam de boa-fé.
Em um caso como este, questiona-se: quem é a verdadeira componente da
união estável oficial? Qual será aquela que terá a sua união reconhecida como
estável e a consequente eficácia jurídica, enquanto as outras ficam relegadas,
no máximo ao direito das obrigações? Ou será que, se todas soubesse umas
das outras, uma relação anularia a outra, restando as 3 sem absolutamente
direito algum?
Em uma situação como esta, deixar de prestar juridicidade a todas as uniões
seria chancelar o enriquecimento ilícito daquele que foi infiel não só com uma,
mas com três famílias, premiando José pela infidelidade. Não ver tais relações,
"não lhe outorgar quaisquer efeitos, atenta contra a dignidade dos partícipes e
filhos porventura existentes."
Ademais, como bem assevera Carlos Eduardo Pianovski, "não cabe ao Estado
realizar um juízo prévio e geral de reprovabilidade contra formações conjugais
plurais não constituídas sob sua égide, e que se constróem no âmbito dos
fatos".
Conclusão
FAMILIES PARALLEL
Summary
The black family is that affronts monogamy, held by one who has a marriage
bond or stable.
The Civil Code refers to as non-cohabitation relationships possible between
man and woman unable to marry. Article 1521 states that can not marry
married people. We prefer to call this parallel family of concubinage, to
differentiate it from common law marriage in which there is only one family.
Therefore, in parallel family, one of the participating members as the spouse of
more than one family.
If the impediment is the previous marriage, we have two situations: a) Stable
Union is whether the marriage was dissolved fatica b) will concubinage (the
union parallel mode) if the previous marriage to coexist with the new
relationship.
Maria Berenice Dias notes the union be a parallel relationship of affection,
repudiated by society. Nevertheless, obtempera:
"The relationship parallels, in addition to receiving derogatory names, are
condemned to invisibility. The trend is simply not even recognize its existence.
Only if the woman plead ignorance of the duplicity of the lives of man is that
such bonds are allocated in the obligational right there and treated societies as
fact. (...) Unions that persist for a lifetime, often with large offspring and social
recognition, are simply expelled from the legal protection. (...)
Denying the existence of parallel families - or a marriage and a stable or two or
more stable marriages - it just does not see the reality "
Keywords: Monogamy. Family. Impediment. Relationship.
Referências