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FAMÍLIAS PARALELAS

Bruna Alcântara
Mayara Marques

Resumo

A família paralela é aquela que afronta a monogamia, realizada por aquele que
possui vínculo matrimonial ou de união estável.
O Código Civil denomina de concubinato as relações não-eventuais existentes
entre homem e mulher impedidos de casar. O artigo 1521 refere que não
podem casar as pessoas casadas. Preferimos denominar este concubinato de
família paralela, para diferenciá-lo do concubinato em que existe apenas uma
família.
Portanto, na família paralela, um dos integrantes participa como cônjuge de
mais de uma família.
Caso o impedimento seja o casamento anterior, temos duas situações: a) será
União Estável se o casamento foi faticamente desfeito; b) será concubinato (na
modalidade união paralela) se o casamento anterior coexista com o novo
relacionamento.
Maria Berenice Dias anota ser a união paralela um relacionamento de afeto,
repudiado pela sociedade. Não obstante, obtempera:
“Os relacionamento paralelos,além de receberem denominações pejorativas,
são condenados à invisibilidade. Simplesmente a tendência é não reconhecer
sequer sua existência. Somente na hipótese de a mulher alegar
desconhecimento da duplicidade das vidas do varão é que tais vínculos são
alocados no direito obrigacional e lá tratados como sociedades de fato. (...)
Uniões que persistem por toda uma existência, muitas vezes com extensa
prole e reconhecimento social, são simplesmente expulsas da tutela jurídica.
(...)
Negar a existência de famílias paralelas – quer um casamento e uma união
estável, quer duas ou mais uniões estáveis – é simplesmente não ver a
realidade”
Palavras-chave: Monogamia. Família. Impedimento. Relacionamento.

Introdução

O conceito moderno de família difere daquele existente no século XIX.


Pelo Código Civil de 1916, família era constituída tão-somente pelo casamento.
O legislador via no casamento a única forma de família. Com o transcorrer dos
anos, novas espécies de família foram sendo reconhecidas pelo legislador.
Venosa aponta ser a família um fenômeno histórico, pré-existente ao
casamento, constituindo-se em fato natural.
A Constituição Federal de 1988, ao lado do casamento, trouxe o
reconhecimento da União Estável e da Família Monoparental.
A família é a base da sociedade e recebe especial proteção do Estado,
conforme artigo 226, caput, da Constituição Federal.
Mister destacar que novas relações familiares vem sendo reconhecidas. As
transformações sociais vêm trazendo à baila novas estruturas familiares, as
quais objetivam, conforme Maria Berenice Dias, no atendimento do afeto,
solidariedade, lealdade, confiança, respeito e amor. Esclarece a douta
desembargadora gaúcha que ao legislador é imposto o dever de implementar
as medidas cabíveis para a consecução da plena constituição e
desenvolvimento das famílias.
Quando se pensa em família, lembra Maria Berenice Dias, sempre se pensa em
“um homem e uma mulher unidos pelo casamento e cercados de filhos”. Esta
realidade se modificou. É o surgimento de novos modelos de famílias.
Esclarece:
“O pluralismo das relações familiares – outra vértice da nova ordem
jurídica – ocasionou mudanças na própria estrutura da sociedade. Rompeu-se o
aprisionamento da família nos moldes restritos do casamento, mudando
profundamente o conceito de família. A consagração da igualdade, o
reconhecimento da existência de outras estruturas de convívio, a liberdade de
reconhecer filhos havidos fora do casamento operaram verdadeira
transformação na família.”
Enquanto anteriormente o casamento era o marco identificador da família,
agora prepondera o sentimento e o vínculo afetivo. Assim, não mais se
restringe aos paradigmas de casamento, sexo e procriação.
O Código Civil de 2002 retrata apenas alguns modelos de família.Atualmente,
há projeto de Lei disciplinando mais profundamente a matéria.
Qual o conceito de família hoje?
Maria Berenice Dias — Não existe uma família. Existem várias. Não é mais
aquele modelo que víamos nos cadernos escolares. O pai com o jornal, a mãe
com a panela, o filho com a bola e a menina com a boneca. O homem com o
jornal, mostrava que tinha de ser mais culto que a mulher; a mãe com a
panela, lhe destinava o papel de doméstica; a menina com a boneca já estava
sendo adestrada para a maternidade; e o menino com a bola indicava que
tinha de ser forte e viril e brincar do lado de fora da casa. Fechando os olhos,
nós todos enxergamos este modelo de família.
Ressalvadas as uniões estáveis de pessoas casadas mas de fato separadas,
o concubinato adulterino não configura uma união estável, como deixa ver
estreme de dúvidas o artigo 1.727 do Código Civil. Pouco importa que
apenas um dos concubinos seja casado e viva com o seu
cônjuge, pois é a preexistência do casamento, e a permanência do esposo no
lar conjugal que cria a áurea de abstração ao conceito de estável relação.
Não ingressam nesta afirmação os concubinatos putativos, quando um dos
conviventes age na mais absoluta boa-fé, desconhecendo que seu parceiro é
casado, e que também coabita com o seu esposo, porquanto a lei assegura
os direitos patrimoniais gerados de uma união em que um dos conviventes
foi laqueado em sua crença quanto à realidade dos fatos.

A união estável é reflexo do casamento, e só é adotada pelo direito por seu


caráter publicista, por sua estabilidade, e permanência, e pela vontade dos
conviventes, de externar aos olhos da sociedade, uma nítida entidade
familiar, de tradição monogâmica, como aceitos no consenso da moralidade
conjugal brasileira. Casamentos múltiplos são vedados, como proibidos os
concubinatos paralelos, porque não se coaduna com a cultura brasileira uma
união poligâmica ou poliândrica, a permitir multiplicidade de relações entre
pessoas já antes comprometidas, vivendo mais de uma relação ao mesmo
tempo.

Contudo, tem sido cada vez mais freqüente deparar com decisões judiciais
reconhecendo direitos às uniões paralelas ao casamento, ou correlata a
outra união afetiva.
Para finalizar pode-se citar, como exemplo, um caso: Se José, mantivesse três
uniões estáveis paralelas. Três uniões estáveis, onde, aparentemente as
mulheres não sabiam da existência uma da outra, possuíam cada uma sua
prole e, todos os relacionamentos haviam tido início supostamente na mesma
época. O dever de lealdade, por óbvio, era inexistente, por parte daquele que
maculou todas as relações com a perfídia. Todas estavam de boa-fé.
Em um caso como este, questiona-se: quem é a verdadeira componente da
união estável oficial? Qual será aquela que terá a sua união reconhecida como
estável e a consequente eficácia jurídica, enquanto as outras ficam relegadas,
no máximo ao direito das obrigações? Ou será que, se todas soubesse umas
das outras, uma relação anularia a outra, restando as 3 sem absolutamente
direito algum?
Em uma situação como esta, deixar de prestar juridicidade a todas as uniões
seria chancelar o enriquecimento ilícito daquele que foi infiel não só com uma,
mas com três famílias, premiando José pela infidelidade. Não ver tais relações,
"não lhe outorgar quaisquer efeitos, atenta contra a dignidade dos partícipes e
filhos porventura existentes."
Ademais, como bem assevera Carlos Eduardo Pianovski, "não cabe ao Estado
realizar um juízo prévio e geral de reprovabilidade contra formações conjugais
plurais não constituídas sob sua égide, e que se constróem no âmbito dos
fatos".

Conclusão

A Família perdeu o caráter patriarcal e meramente patrimonial para


transformar-se em núcleo do afeto humano. A união estável distingue-se do
concubinato mas não afasta proteção patrimonial decorrente da vida em
comum à moda familiar. As famílias paralelas merecem proteção do estado,
sem prejuízo da família constituída pelo casamento.

FAMILIES PARALLEL

Summary
The black family is that affronts monogamy, held by one who has a marriage
bond or stable.
The Civil Code refers to as non-cohabitation relationships possible between
man and woman unable to marry. Article 1521 states that can not marry
married people. We prefer to call this parallel family of concubinage, to
differentiate it from common law marriage in which there is only one family.
Therefore, in parallel family, one of the participating members as the spouse of
more than one family.
If the impediment is the previous marriage, we have two situations: a) Stable
Union is whether the marriage was dissolved fatica b) will concubinage (the
union parallel mode) if the previous marriage to coexist with the new
relationship.
Maria Berenice Dias notes the union be a parallel relationship of affection,
repudiated by society. Nevertheless, obtempera:
"The relationship parallels, in addition to receiving derogatory names, are
condemned to invisibility. The trend is simply not even recognize its existence.
Only if the woman plead ignorance of the duplicity of the lives of man is that
such bonds are allocated in the obligational right there and treated societies as
fact. (...) Unions that persist for a lifetime, often with large offspring and social
recognition, are simply expelled from the legal protection. (...)
Denying the existence of parallel families - or a marriage and a stable or two or
more stable marriages - it just does not see the reality "
Keywords: Monogamy. Family. Impediment. Relationship.

Referências

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