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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R S
FCV
Nº 71002864221
2010/CÍVEL

ENERGIA ELÉTRICA. INTERRUPÇÃO NO


FORNECIMENTO EM DATA COMEMORATIVA.
ILEGITIMIDADE PASSIVA DA EMPRESA
ONDE LOCADO O ESPAÇO.
RESPONSABILIDADE DA CONCESSIONÁRIA.
AUSÊNCIA DE EXCLUDENTE DE ILICITUDE.
DANOS MATERIAIS RECONHECIDOS EM
PARTE. DANO MORAL CONFIGURADO.
QUANTUM REDUZIDO.
Ilegal a interrupção no fornecimento de energia
elétrica sem que justificativa plausível fosse
apresentada.
Ademais, a ré sequer negou o fato, limitando-se
a argumentar que a interrupção do serviço
ocorreu por problemas técnicos do espaço da
segunda ré, proprietária do estabelecimento
locado para o evento, alegação que veio
desacompanhada da prova pertinente, e,
portanto, deve ser desacolhida.
Falha do serviço ocorrida durante os festejos do
aniversário de 15 anos da filha dos autores, o
que impossibilitou a execução da festa
conforme contratado, gerando
constrangimentos aos recorridos, afora os
prejuízos materiais, decorrentes da
impossibilidade de utilização dos serviços de
sonorização, iluminação e decoração, em face
da falta do serviço essencial.
Presente o agir abusivo perpetrado pela ré,
restou configurado o abalo moral, devendo o
quantum arbitrado em sentença ser minorado,
porquanto adequado às peculiaridades do caso,
em que a interrupção do serviço não chegou a
acarretar o cancelamento do evento.
RECURSO DA AUTORA IMPROVIDO.
RECURSO DA RÉ PARCIALMENTE PROVIDO.

RECURSO INOMINADO SEGUNDA TURMA RECURSAL


CÍVEL
Nº 71002864221 COMARCA DE PORTO ALEGRE

VANESSA STEINMETZ MARTINS RECORRENTE/RECORRIDO

COMPANHIA ESTADUAL DE RECORRIDO/RECORRENTE


DISTRIBUICAO DE ENERGIA
ELETRICA - CEEE/D

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JONAS TADEU DA SILVA LOPES RECORRIDO

ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos.

Acordam os Juízes de Direito integrantes da Segunda


Turma Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio
Grande do Sul, à unanimidade, em NEGAR PROVIMENTO AO
RECURSO DA PARTE AUTORA, e DAR PARCIAL PROVIMENTO
DO RECURSO INTERPOSTO PELA RÉ.

Participaram do julgamento, além da signatária, os


eminentes Senhores DR. EDUARDO KRAEMER (PRESIDENTE) E
DR. JERSON MOACIR GUBERT.

Porto Alegre, 26 de janeiro de 2011.

DRA. FERNANDA CARRAVETTA VILANDE,


Relatora.

RELATÓRIO

Cuida-se de ação indenizatória, em que a parte autora


postulou a condenação da ré ao pagamento de indenização por
danos materiais e morais, decorrentes do corte no fornecimento de
energia elétrica, em data festiva.

Contestado o feito pelas rés, sobreveio sentença para,


inicialmente, acolher preliminar de ilegitimidade passiva da
segunda ré, Restaurante Pizzaria Solar, excluindo-a da lide, bem
como para condenar a ré CEE ao pagamento de R$1.051,00, a

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título de danos materiais, além de R$ 10.000,00, pelos danos


morais sofridos.

Recorreram as partes, postulando a reforma da decisão.

Com contrarrazões, vieram os autos conclusos.

VOTOS

DRA. FERNANDA CARRAVETTA VILANDE (RELATORA)

No que tange à condenação por danos materiais, a


sentença atacada merece ser confirmada, por seus próprios
fundamentos, nos termos do artigo 46 da Lei nº. 9.099/95, o qual
prevê que “o julgamento em segunda instância constará apenas da
ata, com a indicação suficiente do processo, fundamentação
sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos
próprios fundamentos, a Súmula do julgamento servirá de
acórdão”.

De outra banda, quanto ao valor de R$ 10.000,00 (dez


mil reais), arbitrado a título de indenização por danos morais,
comporta redução, porque excessivo.

Assim, é de ser acolhido o recurso interposto, a fim de


que a indenização extrapatrimonial seja reduzida para R$4.500,00
(QUATRO MIL E QUINHENTOS REAIS), valor suficiente à compensação do dano,
sem importar em enriquecimento indevido da parte que dele se
beneficiará, levando-se em consideração, ainda, os parâmetros da
proporcionalidade e razoabilidade atinentes ao caso concreto.

Sobre a quantia, deverá incidir correção monetária,


pelo IGP-M, a contar da publicação deste acórdão, com fulcro no

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verbete da súmula 362 do STJ, mais juros legais de 1% ao mês, a


contar da citação.

VOTO, POIS, PELO PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO DA PARTE RÉ E

PELO IMPROVIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO PELA PARTE AUTORA.

DEVERÁ A RECORRENTE VENCIDA ARCAR COM AS CUSTAS PROCESSUAIS E

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, OS QUAIS FIXO EM 15% SOBRE O VALOR DO DECAIMENTO, DE

ACORDO COM O ARTIGO 55 DA LEI Nº. 9.099/95, CUJA EXIGIBILIDADE FICA SUSPENSA, EM

RAZÃO DO BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.

DR. EDUARDO KRAEMER (PRESIDENTE) - De acordo com o(a)


Relator(a).
DR. JERSON MOACIR GUBERT - De acordo com o(a) Relator(a).

DR. EDUARDO KRAEMER - Presidente - Recurso Inominado nº


71002864221, Comarca de Porto Alegre: "DERAM PARCIAL PROVIMENTO
AO RECURSO DA RÉ. NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO DA
AUTORA. UNÂNIME."

Juízo de Origem: 8.JUIZ.ESPECIAL CIVEL REG RESTINGA PORTO


ALEGRE - Comarca de Porto Alegre

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