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Mais enxuto, Carvajal busca rentabilidade

Alberto Komatsu | De Cali e Bogotá


25/02/2011

Divulgação

Obregón, presidente do grupo Carvajal: "Temos que ter rentabilidade para podermos fazer o que fazemos muito melhor"
Um dos três maiores conglomerados empresariais da Colômbia, o Grupo Carvajal anuncia no Brasil, no dia 29 de março, o maior processo de
reestruturação em seus 107 anos de história.

Fundada em 1904 pela família Carvajal, a tipografia para a impressão de jornais, em Cali, terceira maior cidade colombiana, com 2,7 milhões de
habitantes, cresceu muito. A família chegou a ter 205 empresas em diversas áreas de atuação, incluindo música. Mas decidiu simplificar os negócios.
Agora, atua em sete áreas e todas elas são batizadas com o nome Carvajal: tecnologia e serviços; soluções de comunicação; embalagens; educação;
espaços; polpa e papel e, por último, informação (ver quadro ao lado).

A virada no perfil do grupo caleno, como se chamam os naturais de Cali, começou há dois anos e meio. Foi quando o representante da terceira geração
dos Carvajal, Alfredo Carvajal, abriu mão do comando executivo ao primeiro presidente da história do grupo sem o influente sobrenome colombiano.
Don Alfredo, como é chamado pelos funcionários do grupo, permanece na liderança do conselho de administração.

Ricardo Obregón, que trabalhou na cervejaria Bavaria, foi contratado com a missão de enxugar o grupo e torná-lo mais rentável. Dezenove empresas de
pequeno porte foram vendidas, engordando o caixa em US$ 43 milhões. Restaram 186 empresas, mas outras mais deverão ser negociadas.

Na mão inversa, o executivo contou ao Valor que a estratégia que faz parte dos primórdios do Grupo Carvajal, a de comprar empresas para abreviar
seu plano de expansão, continuará a fazer parte da trajetória do grupo, desde que esses alvos se enquadrem na nova filosofia.

"Temos que ter rentabilidade para podermos fazer o que fazemos muito melhor", disse o presidente da companhia.

De acordo ele, serão investidos quase US$ 150 milhões nos próximos dois anos como parte do plano de crescer, ou em torno de US$ 72 milhões ao
ano.

Uma das empresas candidatas a protagonizar um processo de consolidação no Brasil é a Carvajal Embalagens. Em meados de 2008, o grupo chegou a
sondar uma fabricante de embalagens de Sorocaba, interior de São Paulo, mas o negócio não vingou. A ideia da companhia colombiana é ir às compras
novamente daqui a três ou quatro anos.

Só no Brasil, foram quatro aquisições em 23 anos. Em 1984, o grupo da Colômbia comprou a Publicar, controladora das listas telefônicas conhecidas
como Páginas Amarelas nos Estados do Paraná, do Espírito Santo, de Alagoas, de Sergipe e da Bahia.

Onze anos depois foi a vez de comprar a Caderbrás, fabricante dos cadernos da marca Norma. Em 2007, o grupo fez duas aquisições no mercado
brasileiro. A primeira foi a agência de publicidade Yell, seguida pela compra da editora Lund.

Obregón lembra que outro importante acontecimento para impulsionar a companhia foi o apoio do International Finance Corporation (IFC), do Banco
Mundial, em 2004.

Naquela época, o IFC se tornou sócio do grupo Carvajal, por meio de um financiamento de US$ 100 milhões que lhe deu uma participação acionária na
Carvajal Polpa e Papel, produtora de papel a partir do bagaço de cana.

http://www.valoronline.com.br/impresso/empresas/102/389662/mais-enxuto-carvajal-bus... 25/02/2011
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Em rara entrevista à imprensa, Don Alfredo afirma ter "certeza que um dos caminhos que farão parte do futuro do Grupo Carvajal será a abertura de
capital". No entanto, ele acrescenta que ainda não foi tomada a decisão se a operação acontecerá via holding ou por meio de algumas das empresas
isoladamente. O prazo de tempo ainda não foi definido.

Outra transformação em mais de um século de atividades foi a redução de nove cadeiras do conselho de administração para apenas cinco. Consultorias
e escritórios de design foram contratados num investimento de US$ 1 milhão só para mudar a identidade visual e de comunicação com o mercado,
principalmente o latino-americano.

Outros US$ 2 milhões serão aplicados nos próximos dois anos para consolidar as mudanças. Entre alguns dos principais rearranjos, a troca de slogan. O
centenário "Carvajal faz as coisas bem" abriu caminho para o "Carvajal marca a diferença".

"Há dois anos e meio temos tratado de fazer negócios com perspectiva de crescimento e vantagens competitivas", afirma Obregón.

O Brasil tem o maior peso no desempenho global do Grupo Carvajal, pois responde pela maior parcela da receita entre os 17 países onde a empresa
atua. No Brasil, são gerados 15% dos resultados financeiros do grupo, que faturou US$ 1,7 bilhão em 2010, desempenho 13% melhor diante dos US$
1,5 bilhão do ano anterior.

O mercado brasileiro concentra, ainda, o maior número de funcionários fora da Colômbia, ou 2,4 mil trabalhadores. O país também importante
contribuição no faturamento de algumas das companhias do grupo.

Na Carvajal Educação, por exemplo, a fatia é de 13%, de uma receita de US$ 325 milhões no ano passado, segundo a presidente da empresa, Gladys
Helena Regalado Santamaría.

A executiva diz que 41% dó faturamento é gerado na Colômbia, seguida pelos 19% do México. Em quarto está o Peru, com fatia de 7%. "Vamos
continuar investindo para aumentar a participação do Brasil no nosso resultado", afirma Gladys. A Carvajal Educação é mais conhecida no Brasil pelos
cadernos e produtos de papelaria da marca Norma.

Cerca de 25% do resultado anual da Carvajal soluções de comunicação é gerado no Brasil. Essa companhia desenvolve material impresso de
campanhas de marketing e faz a impressão de revistas e jornais.

http://www.valoronline.com.br/impresso/empresas/102/389662/mais-enxuto-carvajal-bus... 25/02/2011

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