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HISTÓRIA DO BRASIL

As Grandes Navegações

• As grandes navegações marcaram um período da História européia no qual os


horizontes se alargaram enormemente.
• Dentre outros eventos, nessa época, encontrou-se o ―fim do continente africano e entrou-
se em contato com civilizações do Oriente e do Extremo Oriente.
• No século XVI, uma expedição espanhola liderada pelo português Fernão de Magalhães
comprovaria que a terra é redonda, através da viagem de circunavegação.
• No entanto, não se deve perder de vista o sentido maior dessa expansão marítima para os
europeus: obter riquezas.

O descobrimento do Brasil
e as primeiras décadas da colônia

• O termo descoberta do Brasil se aplica somente à chegada, em 22 de abril de 1500, da


frota comandada pelo navegador português Pedro Álvares Cabral a uma parte da
extensão de terra onde atualmente se localiza o território brasileiro.
• A palavra "descoberta" é usada nesse sentidoem uma perspectiva europocêntrica, ou
seja, referindo-se estritamente a um olhar europeu que “descobre um Novo Mundo”,
deixando de considerar a presença de diversos grupos de povos ameríndios que
habitam a região há muitos séculos.

O “descobrimento” e o comércio indiano


• Em 1500, as índias, ―recém-descobertas‖ por Portugal, supriam as necessidades
comerciais do Reino, através do afluxo de especiarias.
• Neste momento, o Estado e a burguesia portuguesa estavam mais interessados na África
e na Ásia, pois os lucros oferecidos pelo comércio com essas regiões eram imediatos,
com o comércio das especiarias asiáticas e dos produtos africanos, como o ouro, o
marfim e o escravo negro.
• Em contrapartida, os lucros conseguidos com a extração do pau-brasil era insignificantes
se comparados com aqueles adquiridos com os produtos afro asiáticos.

O escambo de pau-brasil

• Em 1501 e 1502 foram feitas expedições pela costa brasileira.


• Após os primeiros contatos com os indígenas, os portugueses começaram a explorar o
pau-brasil da Mata Atlântica.
• O pau- brasil tinha grande valor no mercado europeu, já que sua seiva avermelhada era
muito utilizada para tingir tecidos e para a fabricação de móveis e embarcações.
• Como estas árvores não estavam concentradas em uma única região, mas espalhadas
pela mata, passou-se a utilizar a mão de obra indígena para executar o corte.
• Até esse momento, os índios não eram escravizados, eram pagos na forma de
escambo, ouseja, através da troca de produtos. Machados, apitos, chocalhos, espelhos e
outros objetos utilitários foram oferecidos aos nativos em troca de seu trabalho (cortar o
pau-brasil e carregá-lo até às caravelas).
• Os portugueses continuaram a exploração da madeira, erguendo toscas feitorias no litoral,
onde funcionavam armazéns e postos de trocas com os indígenas.

Motivações para a colonização

• Nesse período, encontravam-se, além dos portugueses, outros estrangeiros no território


da América portuguesa. Dentre estes, destacam-se os franceses, que eram os
principais compradores do pau-brasil da costa brasileira.
• No final da década de 1520, Portugal via uma dupla necessidade de dar início à
colonização no Brasil.
• Pois, se por um lado, o Reino passava por sérios problemas financeiros com a perda do
monopólio do comércio das especiarias asiáticas, por outro, a crescente presença
estrangeira, notadamente francesa, no litoral do Brasil, ameaçava a posse portuguesa da
sua parte nas terras do Novo Mundo.
• Outro fator relevante foi a descoberta de ouro e prata na América espanhola.
• Em 1530, o governo português enviou ao Brasil a primeira expedição colonizadora, sob
o comando de Martim Afonso de Sousa.
• Essa expedição visava o povoamento e a defesa da nova terra, assim como, sua
administração e sistematização da exploração econômica.

A organização da estrutura político-administrativa do Brasil colonial

O sistema de Capitanias Hereditárias –


Em 1532, tomou-se a decisão de dividir a colônia em 14 Capitanias Hereditárias, doadas a
nobres portugueses que teriam a obrigação de povoar, proteger e desenvolver economicamente
seus territórios.
Para estimular os donatários a ocupar as novas terras, o rei lhes concedeu amplos
poderes políticos, para governar suas terras. Dessa forma, os donatários poderiam doar
sesmarias, exercerem jurisdição civil na Capitania e obterem direitos comerciais.
Em contrapartida, os donatários deveriam arrecadar tributos para a Coroa. A nobreza e a
burguesia portuguesa não se interessaram pelo empreendimento, pois não apresentavam
atrativos visivelmente rentáveis. Das Capitanias organizadas, poucas obtiveram êxito.
As que mais prosperaram foram as Capitanias de São Vicente e de Pernambuco. As
outras fracassaram como empresa colonizadora, como foi o caso da Capitania de Ilhéus, onde o
donatário Pereira Coutinho acabou sendo devorado pelos índios antropófagos locais.
Contudo, o sistema continuou a existir até finais do século XVIII.

O Governo Geral –
Com o risco sempre iminente da perda do território para os franceses e com a notícia
da descoberta da mina de Potosi (na atual Bolívia) pelos espanhóis, em1545, (a maior mina de
prata do mundo na época), em 1548, a Coroa portuguesa decidiu implantar um governo
central na colônia.
Esse sistema administrativo, introduzido em 1548, centralizava o poder político e
administrativo da colônia nas mãos de um representante do rei, o governador geral. Entre
suas principais funções estavam:
• consolidar o poder político e religioso;
• incentivar o povoamento visando a defesa do território contra invasões;
• auxiliar na administração e proteger militarmente os donatários, estabelecendo assim,
um maior controle social.
A primeira sede do Governo Geral foi em Salvador.

As Câmaras Municipais
Eram órgãos locais da administração colonial portuguesa.
Sua fundação data de 1549, na cidade de Salvador, por Tomé de Souza.
Suas funções eram bastante extensas e abarcavam diversos setores da vida
econômica, social e política na colônia. As câmaras municipais prevaleceram em todo o
período colonial, tornando-se a base da administração.
Seus membros eram constituídos pelos homens bons.
As câmaras eram importantes centros de poder e de decisão na colônia e, algumas
vezes, se confrontavam com a Coroa.

Os cristão-novos
O termo designa os judeus convertidos ao cristianismo católico.

A questão indígena
• Além da violência contra os indígenas, que foram escravizados em muitas regiões da
colônia, durante o processo de colonização, suas terras foram tomadas, seus meios de
sobrevivência destruídos e suas práticas religiosas proibidas.
• Um dos principais grupos indígenas do Brasil foi o dos tupinambás, e também um dos
grandes inimigos da colonização portuguesa. Espalhados pela costa brasileira,eram
encontrados, sobretudo, na Bahia e no Rio de Janeiro.
• Nos primeiros anos da empresa colonizadora, os portugueses fizeram comércio
(escambo) com os índios, no entanto, com a implementação das plantations, começaram
a utilizar a mão de obra indígena de forma compulsória. O trabalho indígena
conseguido pela força, foi largamente utilizado em toda a colônia até cerca de 1600.

A resistência Indígena
• Os povos indígenas,ao contrário do que preconizava parte da historiografia
tradicional, não aceitaram pacificamente a dominação dos não- índios e, durante todo o
processo colonizador, empreenderam uma forte resistência.
• Dentre esses movimentos de resistência indígena antiescravista, destaca-se a
Confederação dos Tamoios, um movimento que reuniu diversos povos indígenas contra
a dominação portuguesa.

A França Antártica

A implantação do colonialismo na América Portuguesa

Somente a partir de 1550, pode-se considerar que a estrutura colonial se impôs de fato
na América portuguesa.
Era a sociedade colonial, patriarcal, escravista e monocultora.

A estrutura colonial

O Pacto colonial
Foi um conjunto de normas que regulamentaram as relações políticas e econômicas entre
as metrópoles e suas respectivas colônias, na chamada Era Mercantilista.

A exploração da cana-de-açúcar
• O açúcar extraído da cana possuía um alto valor nesse mercado;
• passou a ser chamado de engenho o conjunto formado pela grande propriedade rural
açucareira
• O engenho de açúcar constituiu a peça principal do sistema mercantilista português do
período, sendo organizado na forma de latifúndios,com técnicas agrícolas complexas, mas
apesar disso, com baixa produtividade.
• A partir de meados do século XVI, para sustentar a produção de cana-de-açúcar, os
portugueses começaram a importar africanos como mão de obra escrava.

A pecuária
A atividade criatória cumpriu um duplo papel no desenvolvimento colonial: primeiro, o
de complementar a economia do açúcar; segundo, o de dar início a penetração, conquista e
povoamento do interior do Brasil, principalmente do sertão nordestino.

O escravismo colonial

A presença holandesa no comércio


Os Países Baixos possuíam relações comercias com Portugal desde a Idade Média.
Assim sendo, tornaram-se parceiros fundamentais para o sucesso da agromanufatura
açucareira, participando do transporte da cana para a Europa e do refino do açúcar. Dessa
forma, Holanda e Portugal tornaram-se sócios no comércio europeu do açúcar, havendo nessa
sociedade certa desvantagem de Portugal.

Os Jesuítas
• Desde a década de 1550, a Companhia de Jesus estava presente no Brasil.
• Essa Ordem foi criada durante a Contra-Reforma católica com o objetivo de promover
a expansão da fé católica pelo mundo.
• Os Jesuítas também desempenharam um importante papel na educação da colônia,
eles educavam os filhos dos senhores de engenho, comerciantes e de outras famílias
abastadas. Durante o período colonial, o direito à educação, era restrito somente a
esses grupos sociais.

O Brasil e as relações internacionais

União Ibérica e invasão holandesa

As Revoltas Coloniais

• A Revolta de Beckman (1684)


• O Quilombo dos Palmares (1630-1694)
• A Guerra dos Mascates 1709-1711

A economia mineradora
O século XVIII marcou na colônia o desenvolvimento da economia mineradora.

O bandeirismo
As Entradas e Bandeiras foram expedições organizadas para explorar o interior
do Brasil.
Foram quatro os principais fatores que contribuíram com a interiorização:
• a pecuária,
• a busca por drogas do sertão,
• A procura por metais e
• o apresamento de índios.

Em São Paulo, seus habitantes se voltaram para o interior e adotaram maneiras


próprias para viver nas matas. Devido à intensa mestiçagem, muitos paulistas falavam o tupi-
guarani tão bem, ou melhor, que os portugueses, além disso, influenciados pelos costumes
indígenas, andavam com destreza pelas matas. Em consequência disso, tinham fama de
desbravadores de fronteiras e de predadores de índios.
Diante das necessidades do governo colonial, a habilidade e a experiência
dos paulistas foram mobilizadas, um exemplo disso foi a ação de Domingos Jorge Velho,
bandeirante, que auxiliando o governo instituído, destruiu Palmares. Em 1695 deu-se a
descoberta de ouro, a partir de então, desde a grande bandeira de Fernão Dias Paes,
organizada em 1674, até as primeiras décadas do século XVIII, os paulistas definiriam os
contornos das Minas Gerais.

A Guerra dos Emboabas 1707-1709 – Foi o conflito entre paulistas e portugueses na região
central das Minas ocorrido entre 1707 e 1709.

A nova invasão francesa no Rio de Janeiro - Entre 1710 e 1711 o Rio de Janeiro foi
novamente invadido pelos corsários Jean François Du Clerc e Duguay-Trouin.

O abastecimento - O abastecimento fo o nome dado a política da administração colonial,


preocupada com a subsistência dos colonos e escravos dedicados à mineração, assim como dos
funcionários administrativosdedicados ao seu controle.

A sociedade mineradora

A atividade mineradora foi responsável por profundas mudanças na vida colonial. Em cem
anos a população cresceu de 300 mil para, aproximadamente, 3 milhõesde pessoas, incluindo,
um deslocamento de 800 mil portugueses para o Brasil.
Paralelamente foi intensificado o comércio interno de escravos, chegando do Nordeste
para a região mineira cerca de 600 mil negros. Tais deslocamentos representam a transferência
do eixo social e econômico do litoral para o interior da colônia, o que acarretou na própria
mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763, pois essa era a cidade de
mais fácil acesso à região mineradora.
A vida urbana mais intensa viabilizou também, melhores oportunidades no mercado
interno e a formação de uma sociedade mais flexível, permitindo, por vezes, a
mobilidade social.
Embora mantivesse a base escravista, a sociedade mineradora diferenciava- se da
açucareira por seu comportamento urbano, menos aristocrático e pela camada socialmente
dominante que era mais heterogênea, representada pelos grandes proprietários de escravos,
grandes comerciantes e burocratas.
A novidade foi o surgimento de um grupo social intermediário formado por pequenos
comerciantes, intelectuais, artesãos e artistas que viviam nas cidades e pelos faiscadores,
aventureiros e biscateiros (homens livres pobres brancos, mestiços e negros libertos), enquanto
que a base social permanecia formada por escravos. Em meados do século XVIII, estes
chegaram a representar 70% da população mineira.
O desenvolvimento da vida urbana trouxe também mudanças culturais e intelectuais,
destacando-se a chamada escolamineira, que se transformou no principal centro do
Arcadismo no Brasil.
Entre os artistas da época, se destacam, na região mineira, o mestre Antônio Francisco
Lisboa, o "Aleijadinho" (1730-1814), e no Rio de Janeiro, o mestre Valentim (c. 1745-1813).

O Fiscalismo
Por todo o século XVIII a grande preocupação da Coroa portuguesa nas Minas Gerais
era o crescente contrabando de ouro. Os contrabandistas vinham de todas as classes sociais,
por isso, independente da posição que ocupavam, eram objeto da fiscalização real que
se estendiainclusive ao clero e as pessoas ligadas ao rei. Foi instituída na época, uma
verdadeira luta entre o Fisco e o contribuinte, dessa forma, muitos impostos pesaram sobre a
região das Minas

A Revolta de Vila Rica 1720

A decadência da mineração e o renascimento agrícola


Na segunda metade do século XVIII, a mineração entrou em decadência
com a paralisação das descobertas. O ouro e os diamantes da região mineira por serem de
aluvião eram facilmente descobertos e extraídos, permitindo uma exploração constante, fazendo
com que as jazidas se esgotassem rapidamente.
Esse esgotamento também pode ser atribuído ao desconhecimentotécnico dos
mineradores, já que a extração foi realizada somente nos veios (leitos dos rios), nos tabuleiros
(margens) e nas grupiaras(encostas mais profundas). Essa técnica de exploração, apesar de
rudimentar, foi suficiente para o sucesso do empreendimento. Numa quarta etapa porém, quando
a extração atingiu as rochas matrizes, formadas por um minério extremamente duro (quartzo
itabirito), teve início o declínio da economia mineradora.
Como as outras atividades eram subsidiárias ao ouro e ao diamante, toda
economia colonial entrou em declínio.

As reformas pombalinas e as conjurações coloniais


A época pombalina

O Absolutismo Ilustrado –
Também chamado de Despotismo Esclarecido

As Reformas Pombalinas
• Foi um conjunto de reformas implementadas durante o mandato do Marquês de Pombal,
com o objetivo de modernizar a administração portuguesa e impulsionar a economia do
Império.
• De acordo com essas reformas, reforçou-se a idéia de que a colônia tinha como principal
meta prosseguir como fornecedora de riquezas para o Reino, por isso, na administração
colonial, o governo pombalino reformou a legislação da indústria de mineração e estimulou
ainda mais a exportação de produtos primários.
• O regime de monopólio comercial foi reforçado, com o objetivo de se obter maior eficiência
na exploração da colônia como fonte de riqueza.
• Nesse intuito, entre 1755 e 1759, foram criadas, respectivamente, a Companhia Geral de
Comércio do Grão-Pará e Maranhão e a Companhia Geral de Comércio de
Pernambuco e Paraíba.
• Essas eram empresas monopolistas destinadas a dinamizar as atividades econômicas
no Norte e Nordeste da colônia mantendo (entre outras regalias que aumentavam os
lucros dos comerciantes portugueses) o direito exclusivo de navegação; sobre o tráfico
de escravos e de compra e venda de produtos da colônia.
• Em 1765, foi instituída na região das Minas a chamada derrama, com a finalidade de
obrigar os mineradores a pagarem os impostos atrasados (a derrama era uma taxa per
capita, em quilos de ouro, que a colônia era obrigada a enviar para a metrópole,
independente da real produção de ouro).
• No âmbito dessas reformas, as principais alterações se deram na esfera político-
administrativa e na educação.
• Em 1759, o regime de capitanias hereditárias foi definitivamente extinto, sendo
incorporadas aos domínios da Coroa portuguesa.
• Em 1763, a sede do governo-geral da colônia foi transferida de Salvador para o Rio de
Janeiro, cujo crescimento sinalizava o deslocamento do eixo econômico do Nordeste para
a região Centro-Sul.
• Em 1757, Pombal criou o Diretório dos Índios, legislação cuja função era gerir os
antigos aldeamentos e tornar os índios livres e, ao mesmo tempo, vassalos do rei,
essa lei também incentivou a miscigenação (casamentos entre colonos e índios).
• Em 1759, acusando os membros da Companhia de Jesus de conspirarem contra o
Estado, o Marquês de Pombal ordenou a expulsão dos Jesuítas de todo império
português, decretando assim a emancipação dos ameríndios e transferindo para a
Coroa portuguesa o governo das Missões.
• O ministro regulamentou ainda o funcionamento das Missões, afastando os padres de sua
administração. O governo pombalino determinou ainda que a educação na colônia
passasse a ser transmitida por leigos nas instituições de ensino régio.
• Complementando esse "pacote" de medidas, o Marquês procurou dar maior uniformidade
cultural à colônia, proibiu a utilização do Nheengatu – língua geral– uma mistura das
línguas nativas com o português, falada pelos bandeirantes, tornando, assim, obrigatório o
uso do idioma português.

O reinado de D. Maria I
No reinado da sucessora de D. José I, prevaleceu o caráter absolutista ilustrado
da política pombalina. Assim, em 1785, as manufaturas foram proibidas na colônia.

A Guerra Guaranítica - Nome dado aos violentos conflitos que envolveram os índios
guaranis e as tropas espanholas e portuguesas no sul do Brasil após a assinatura do Tratado
de Madri.

O caráter geral das conjurações -


As conjurações de fins do século XVIII não são maiscomo as antigas revoltas coloniais.
Diferentes das antigas revoltas chamadas nativistas, as conjurações desse período
contestavam a colonização e começavam a organizar um movimento no sentido de promover a
independência do Brasil da metrópole portuguesa.

As conjurações coloniais

• A Conjuração Mineira 1789


• A Conjuração Carioca 1794
• A Conjuração Baiana 1798

A época joanina
1808-1821
A partir de 1808, pode-se dizer que o Brasil deixa de ter as características de uma
colônia. Com a chegada da família real e da Corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro, o
Centro-Sul da América portuguesa passou a cumprir um papel de metrópole ante o resto do
Império português.
Pode-se falar, então, que 1808 marca uma ruptura maior do que aquela de 1822,
ano da independência do Brasil em relação a Portugal.

OBSERVAÇÃO
A Revolução Pernambucana 1817
A Revolução Liberal do Porto 1820

EXERCÍCIOS

1. UFRJ 2003. À frente do projeto de expansão 2. UERJ 2006. As grandes navegações


do lusocristianismo estavam os monarcas dos séculos XV e XVI possibilitaram a exploração
portugueses, aos quais, desde meados do do Oceano Atlântico, conhecido, à época,
século XV, os papas haviam concedido o direito como Mar Tenebroso. Como resultado, um novo
do padroado (...) Quando se iniciou o ciclo das movimento penetrava nesse mundo de universos
grandes navegações, Roma decidiu confiar aos separados, dando início a um processo que
monarcas da Península Ibérica o padroado sobre foi considerado por alguns historiadores uma
as novas terras descobertas. primeira globalização e no qual coube aos
As relações entreos Estados nascentes e a portugueses e espanhóis um papel de
Igreja Católica constituíram-se em um dos mais vanguarda.
importantes eixos de conflito ao longo da etapa
final da Idade Média. Ao contrário de outras A) Apresente o motivo que levou historiadores a
regiões, na Península Ibérica a resolução do considerarem as grandes navegações uma
problema implicou o estreitamento das primeira globalização.
interações entre uma e outra instituição.
B) Aponte dois fatores que contribuíram para o
a) Cite duas das atribuições das Coroas pioneirismo de Portugal e Espanha nas grandes
Ibéricas contidas na delegação papal do navegações.
Padroado, cujo fim último era a expansão do
catolicismo nas terras recém-descobertas da 3. ENEM 2007. A identidade negra não surge da
América. tomada de consciência de uma diferença de
pigmentação ou de uma diferença biológica
b) Indique a principal fonte de entre populações negras e brancas e/ou negras e
arregimentação de recursos para a realização amarelas. Ela resulta de um longo processo
das tarefas que, por meio do Padroado, histórico que começa com o descobrimento, no
estavam a cargo das Coroas Ibéricas na América século XV, do continente africano e de seus
nos séculos XVI e XVII. habitantes pelos navegadores portugueses,
descobrimento esse que abriu o caminho às
relações mercantilistas com a África, ao tráfico
negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do 5. UERJ 2008.
continente africano e de seus povos.

Com relação ao assunto tratado no texto acima,


é correto afirmar que

a) a colonização da África pelos


europeus foi simultânea ao descobrimento desse
continente.

b) a existência de lucrativo comércio na África


levou os portugueses a desenvolverem esse
continente.

c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior


ao início da escravidão no Brasil.

d) a exploração da África decorreu do movimento


de expansão européia do início da Idade O ato de comemorar é uma forma de reiterar
Moderna. lembranças e evitar esquecimentos. As
comemorações dos 500 anos de história do
e) a colonização da África antecedeu as Brasil não fugiram a essa intenção. Em produtos
relações comerciaisentreesse continente e a variados, como a capa do caderno acima
Europa. reproduzida, procurou-se enaltecer o que era
característico e particular da nação. Um dos
4. Puc-Rio 2005. A aventura da colonização valores da identidade nacional brasileira
empreendida pela Coroa de Portugal, nas terras Representado na imagem está diretamente
da América, entre os séculos XVI e XVIII, associado à:
expressou-se na constituição de diversas
regiões coloniais. (A) riqueza mineral
Sobre essas regiões coloniais, estão corretas as (B) unidade religiosa
seguintes afirmativas COM EXCEÇÃO DE: (C) extensão do território
(D) miscigenação do povo
(A) No vale do Rio Amazonas, a partir do século
XVII, ordens missionárias exploraram as "drogas 6. UFRJ 2008. Em meados do século XVI, mais
do sertão", utilizando o trabalho de indígenas da metade das receitas ultramarinas da
locais. monarquia portuguesa vinham do Estado da
(B) No vale do Rio São Francisco, a partir do Índia. Cem anos depois, esse cenário muda por
final do século XVI, ocorreu a expansão de completo. Em 1656, numa consulta ao
fazendas de criação de gado, voltadas para o Conselhoda Fazenda da Coroa, lia-se a seguinte
abastecimento dos engenhos de açúcar do litoral. passagem: “A Índia estava reduzida a seis
(C) Na Capitania de São Vicente, em especial praças sem proveito religioso ou econômico.
por iniciativa dos habitantes (...) O Brasil era a principal substância da
da vila de São Paulo, organizaram-se expedições coroa e Angola, os nervos das fábricas
bandeirantes que, no decorrer do século XVII, brasileiras”. (Adaptado de HESPANHA, Antônio
abasteceram propriedades locais com a mão M. (coord). História de Portugal – O
Antigo Regime. Lisboa: Editora Estampa, s/d.)
de obra escrava dos índios apresados.
(D) Nas Minas, durante o século
a) Identifique duas mudanças nas bases
XVIII, a extração do ouro e de
econômicas do império luso ocorridas após as
diamantes, empreendida por aventureiros e
transformações assinaladas no documento.
homenslivres e pobres, propiciou o
surgimento de cidades, onde o enriquecimento
7.UFRJ2008. As Câmaras Municipais da
fácil estimulava a mobilidade social.
América portuguesa do século XVII tinham a
(E) No litoral de Pernambuco, durante a
responsabilidade de, juntamente com os Oficiais
segunda metade do século XVI, a lavoura de da monarquia, zelar pelo bem comum da
cana e a produção de açúcar expandiram-se
população. Para o exercício de tais funções, a
rapidamente, o que foi acompanhado pela Câmara possuía certas atribuições econômicas,
gradual substituição do uso da mão-de-obra
políticas e jurídicas.
escrava do nativo americano pelo negro africano. Indique duas prerrogativas das Câmaras
Municipais coloniais. um tempo coloniais, definidos pelas relações
sociais construídas por suas características
8. UFF 2003. Segundo o historiador Sérgio internas e pela maneira como se relaciona com
Buarque de Holanda, vários aspectos o que se situa fora dessa mesma região
estabeleceram a diferença entre a colonização colonial. A Afro- américa, produto da ocupação
portuguesa – dos―semeadores‖ – ea do Novo Mundo, principalmente por portugueses,
colonização espanhola – dos espanhóis e ingleses, pode ser compreendida,
―ladrilhadores‖. nessa perspectiva, como um conjunto de:
Identifique a opção que revela uma diferença
observada no tocante à construção das (A) economias subordinadas ao mercado
cidades no Novo Mundo. mundial capitalista e à lógica do capital industrial,
garantindo a penetração do capitalismo no
continente americano, o que explica a rápida
(A) As formas distintas de construção das
industrialização ocorrida no século XIX, como
cidades no Novo Mundo derivaram do modo
desdobramento da revolução industrial;
como a Espanha concebeu a idéia renascentista
(B) sociedades que reproduziam as existentes
de homem, o que fez seus navegadores, ao
nas metrópoles, podendo ser compreendidas a
contrário dos portugueses, considerarem os
partir da substituição do trabalho compulsório
indígenas americanos como seus pares.
das relações feudais pelo ― trabalho livre‖;
(B) As cidades portuguesas na Costa da América
(C) economias surgidas na lógica do
tornaram-se feitorias por um acordo de não
mercantilismo, no caso da Inglaterra, e do
concorrência firmado entre Espanha e Portugal,
feudalismo, nas colônias ibéricas, sendo o
expresso no Tratado de Tordesilhas, pelo qual a
comércio a principal preocupação dos britânicos,
Espanha ficou encarregada das áreas de
enquanto os governos de Portugal e Espanha
mineração.
privilegiavam a expansão do poder da
(C) As experiências comerciais na Ásia e na
África acentuaram o papel da circulação nas Igreja;
práticas mercantilistas de Portugal; por isso, as (D)sociedades com organização socioeconômica
cidades portuguesas da América eram feitorias, diferente da existente nas metrópoles, tendo na
diferentemente das espanholas que exploração do trabalho escravo a base da
combinavam comércio e produção. produção da riqueza, que era, em grande
(D) As cidades portuguesas na América – parte, transferida para as metrópoles, segundo a
feitorias – constituíram-se centros comerciais lógica do capital comercial;
por influência direta do modelo de Veneza (E) economias baseadas na monocultura de
e Florença. As cidades espanholas, por produtos de grande demanda na Europa,
outro lado, tiveram como modelo a gerando uma sociedade polarizada entre
experiência urbana manufatureira francesa. Senhores e Escravos, não possibilitando a
(E)As cidades portuguesas especializaram-se em formação de um mercado interno e o
organizar a entrada de produtos agrícolas no surgimento de outras classes sociais.
território colonizado, enquanto as espanholas
atuaram como núcleos mercantis voltados para a 10. UFRJ 2009. A tabela a seguir mostra
criação de mercados consumidores de produtos algumas das conseqüências econômicas e
manufaturados da metrópole. sociais da introdução do plantio da cana-de-
açúcar em substituição ao de tabaco em
9. UFF 2004. ― (...) se a região [colonial] possui Barbados (Caribe) no século XVII.
uma localização espacial, este espaço já não se
distingue tanto por suas características naturais, Característ. sócio-econômicas 1645 1680
e sim por ser um espaço socialmente construído, Cultivo exportável dominante Tabaco Açúcar
da mesma forma que, se ela possui uma
localização temporal, este tempo não se
distingue por sua localização meramente Número de fazendas 11.000 350
cronológica, e sim como um determinado tempo
histórico, o tempo da relação colonial. Tamanho das fazenda 10 acres* +10acres*
Deste modo, a delimitação espácio-temporal de
uma região existe enquanto materialização de Número de escravos / 5.680 37.000
limites dados a partir das relações que se africanos e afro-descendentes
estabelecem entre os agentes, isto é, a partir * medida agrária adotada por alguns países
de relações sociais.
a) Relacionando as variáveis presentes na
A partir do texto, podemos entender que a tabela, explique como o exemplo de Barbados
empresa colonial é produtora de uma região e de ilustra as transformações fundiárias e sociais
próprias da maior inserçãodas regiões Estado português à importação de mão-de-obra
escravistas americanas no mercado escrava para sua colônia na América.
internacional na época colonial.
13. UFRJ 2000. ―(...) Assim, antes de partir de
b) Cite duas capitanias açucareiras da França, Villegagnon prometeu a alguns honrados
América Portuguesa que apresentavam personagens que o acompanharam, fundar um
características fundiárias e sociais semelhantes puro serviço de Deus no lugar em que se
às de Barbados em fins do século XVII. estabelecesse. E depois de aliciar os marinheiros
e artesãos necessários, partiu em maio de 1555,
11. PUC 2009. Sobre as características da chegando ao Brasil em novembro, após
sociedade escravista colonial da América muitas tormentas e toda a espécie de
portuguesa estão corretas as afirmações abaixo, dificuldades. Aí aportando, desembarcou e
À EXCEÇÃO de uma. Indique-a. tratou imediatamente de alojar-se em um
rochedo na embocadura de um braço de mar ou
(A) O início do processo de rio de água salgada a que os indígenas
colonização na América portuguesa foi marcado chamavam Guanabara e que (como descreverei
pela utilização dos índios – denominados oportunamente) fica a 23º abaixo do equador,
―negros da terra‖ - como mão- quase à altura do Trópico de Capricórnio.
de-obra. Mas o mar daí o expulsou. Constrangido a
(B) Na América portuguesa, ocorreu o retirar-se avançou quase uma légua em busca
predomínio da utilização da mão-de- obra de terra e acabou por acomodar-se numa ilha
escrava africana seja em áreas ligadas à antes deserta, onde, depois de desembarcar sua
agroexportação, como o nordeste açucareiro artilharia e demais bagagens, iniciou a
a partir do final do século XVI, seja na construção de um forte, a fim de garantir-se
região mineradora a partir do século XVIII. tanto contra os selvagens como contra os
(C) A partir do século XVI, com a introdução portugueses que viajavam para o Brasil e aí já
da mão-de-obra escrava africana, a escravidão possuem inúmeras fortalezas.‖ (IN: LÉRY, Jean. De
Viagem à Terra do Brasil. Rio de Janeiro,
indígena acabou por completo em todas as Bibliex, 1961, pp. 51).
regiões da América portuguesa.
(D) Em algumas regiões da América portuguesa, ― (...) Por esse tempo, agitava-se
os senhores permitiram que alguns de importante controvérsia entre os
seus escravos pudessem realizar uma lavoura dirigentes da Companhia (Cia. Das Índias
de subsistência dentro dos latifúndios Ocidentais), a qual se travou principalmente
agroexportadores, o que os entre as câmaras da Holanda e da Zelândia.
historiadores denominam de ― brecha Versava sobre se seria proveitoso à
camponesa‖ . Companhia franquear o Brasil ao comércio
(E) Nas cidades coloniais da América privado, ou se devia competir a ela tudo o que se
portuguesa, escravos e escravas referisse ao comércio e às necessidades dos
trabalharam vendendo mercadorias habitantes daquela região. Cada um dos dois
como doces, legumes e frutas, sendo conhecidos partidos sustentava o seu parecer. Os
como ―escravos de ganho‖. propugnadores do monopólio escudavam-se com
o exemplo da Cia. Oriental, usando o argumento
12. UERJ 2009. O trabalho na colônia de que se esperariam maiores lucros, se
1. 1500-1532: período chamado pré- colonial, apenas a Cia. comerciasse, porque, com o tráfico
caracterizado por uma economia extrativa livre, dispersar-se-ia o ganho entre muitos,
baseada no escambo com os índios; barateando as mercadorias pela
2. 1532-1600: época de predomínio da concorrência.‖ (IN: BARLÉU, Gaspar. História
escravidão indígena; dos Feitos
recentemente praticados durante oito anos no
3. 1600-1700: fase de instalação do escravismo
Brasil. SP: Itatiaia, 1974, p.90)
colonial de plantation em sua forma ―clássica‖;
4. 1700-1822: anos de diversificação das Ao longo dos séculos XVI, XVII e início do XVIII,
atividades em função da mineração, do várias potências européias invadiram a América
surgimento de uma rede urbana, mais tarde de Portuguesa. Houve breves invasões e atos de
uma importância maior da manufatura – embora pirataria ao longo do litoral no início de século
sempre sob o signo da escravidão predominante. XVI. Posteriormente outras invasões iriam
adquirir características diferenciadas. As formas
A partir das informações do texto, verificam-se de invasão e ocupação, assim como estratégias e
alterações ocorridas no sistema colonial em interesses econômicos seriam diversos.
relação à mão-de-obra.
Apresente duas justificativas para o incentivo do
a) Aponte duas razões para a invasão e o (B) Estados do sul, Estados Unidos da América,
estabelecimento colonialde franceses (a França primeira metade do século XIX, produção de
Antártica) no litoral do Rio de Janeiro entre algodão.
1555 e 1567. (C) Cuba, século XVIII, produção de açúcar.
(D) Região das Minas, América
b) Identifique o principal interesse da portuguesa, meados do século XVIII,
Cia. das Índias Ocidentais na invasão de extração de ouro.
Pernambuco, em 1634. (E) Vice-reino do Peru, América
espanhola, século XVII, ex-tração de
14. UERJ 2008. prata.
Quilombo, o eldorado negro
Existiu 16. ENEM 2006. No principio do século
Um eldorado negro no Brasil XVII, era bem insignificante e quase miserável a
Existiu Vila de São Paulo. Joao de Laet davalhe 200
Como o clarão que o sol da liberdade produziu habitantes, entre portugueses e mestiços, em
Refletiu 100 casas; a Câmara, em 1606, informava que
A luz da divindade, o fogo santo de eram 190 os moradores, dos quais 65
Olorum andavam homiziados*.
Reviveu *homiziados: escondidos da justiça
A utopia um por todos e todos por um Nelson Werneck Sodré. Formação histórica do Brasil. São
Paulo: Brasiliense, 1964.
Quilombo
Que todos fizeram com todos os santos Na época da invasão holandesa, Olinda era a
zelando
capital e a cidade mais rica de Pernambuco.
Quilombo Cerca de 10% da população, calculada em
Que todos regaram com todas as águas do aproximadamente 2.000 pessoas, dedicavam-se
pranto ao comercio, com o qual muita gente fazia
Quilombo fortuna. Cronistas da época afirmavam que os
Que todos tiveram de tombar amando e lutando habitantes ricos de Olinda viviam no maior luxo.
Quilombo Hildegard Féist. Pequena história do Brasil holandês. São
Que todos nós ainda hoje desejamos tanto Paulo: Moderna, 1998 (com adaptações).
Existiu
Um eldorado negro no Brasil Os textos acima retratam, respectivamente, São
Existiu Paulo e Olinda no início do século XVII,
Viveu, lutou, tombou, morreu, de novo quando Olinda era maior e mais rica. São
ressurgiu Paulo e, atualmente, a maior
Ressurgiu metrópole brasileira e uma das maiores
Pavão de tantas cores, carnaval do sonho do planeta.
meu Essa mudança deveu-se, essencialmente, ao
Renasceu seguinte fator econômico:
Quilombo, agora, sim, você e eu (A) maior desenvolvimento do cultivo da cana-
Quilombo Quilombo Quilombo de-açúcar no planalto de Piratininga do que na
Quilombo Zona da Mata Nordestina.
Gilberto Gil e Waly Salomão (1983). (B) atraso no desenvolvimento
econômico da região de Olinda e
A letra da música acima faz referência a uma Recife, associado a escravidão,
das formas de resistência escrava – a criação de inexistente em São Paulo.
quilombos – verificada tanto no Brasil (C) avanço da construção naval em
colonial quanto após a independência. São Paulo, favorecido pelo comércio dessa
Explique por que os quilombos representaram cidade com as Índias.
um avanço na luta dos cativos contra seus (D) desenvolvimento sucessivo da
senhores, ao longo do século XIX, e indique duas economia mineradora, cafeicultora e industrial no
outras formas de resistência escrava. Sudeste.
(E) destruição do sistema produtivo de
15. Puc 2005. COM EXCEÇÃO DE UMA, as algodão em Pernambuco quando da ocupação
opções abaixo apresentam de modo correto holandesa.
regiões das Américasonde se verificou
largo emprego de mão-de-obra escrava de 17.UFF 2008. Segundo alguns autores, a
origem africana: temática da ―fronteira‖ tem-se constituído em
(A) Vale do Paraíba do Sul, Brasil, meados do matéria-prima para a construção de
século XIX, produção de café. ― mitos de origem‖. No caso norte-americano,
por exemplo, a fronteira foi analisada por Turner de contestação que motivou esses movimentos.
para explicar as origens da democracia no país, A característica de um desses movimentos em
já que ela foi responsável pela proliferação da sua relação com o trecho citado acima é
pequena propriedade. No caso brasileiro, a apresentada em:
questão da fronteira ganharia destaque
na década de 1930, com a ocupação a) As manifestações de desagrado freqüentes
do Centro- Oeste, que foi analisada por desde os primeiros séculos, conforme o trecho
Cassiano citado, dizem respeito às rebeliões nativistas
Ricardo para explicar as origens do que exigiam da Coroa uma nova ordem
autoritarismo brasileiro. econômica livre dos monopólios mercantis sobre
Partindo da afirmativa, é correto concluir que: a colônia.
b) A Conjuração Mineira destacou-se entre os
(A) a ocupação da fronteira dos movimentos de sedição colonial, pois conforme o
Estados Unidos gerou um regime lema de sua bandeira ―Liberdade ainda que
democrático porque os presidentes deste país tardia‖, teve como reivindicação principal o
nunca governaram a partir de regimes ditatoriais; abolicionismo,que uniu os insurrectos em torno
(B) a ocupação da fronteira brasileira, que teve do movimento.
na Marcha para o Oeste, lançada por Vargas, c) Ambas as Conjurações, Baiana e Mineira, não
mais um de seus capítulos, originou o obtiveram sucesso em virtude de terem se
autoritarismo brasileiro na medida em que o constituído como movimentos políticos de
presidente era um ditador; inspiração doutrinária local e lusitana.
(C) a ocupação da fronteira norte- americana d) A preocupante novidade em ambas as
originou historicamente um regime democrático conjurações, a que se refere a citação acima, era
porque seus desbravadores não a liderança das elites econômicas e letradas da
precisaram enfrentar os habitantes indígenas; colônia em tais sedições radicais, cujas
(D) a ocupação da fronteira brasileira, propostas sofriam a influência das idéias
tradicionalmente, tem sido interpretada a partir antimonárquicas iluministas.
da ação dos bandeirantes, originando o e) A Conjuração Baiana expressou uma
autoritarismo, na medida em que profunda contestação da ordem política
estes últimos precisaram domesticar a monárquica implantada sobre a colônia ao lutar
―anarquia‖ e o ―comunismo primitivo‖ por um governo republicano livre de Portugal.
dos selvagens;
(E) a ocupação de terras livres, em todo o 19. PUC 2009. A Conjuração Baiana foi um
continente americano, deu origem à dos movimentos político- sociais ocorridos na
Organização dos Estados América portuguesa que assinalam o contexto de
Americanos (OEA), que arbitrava os conflitos crise do sistema colonial.
interétnicos. Leia a seguir um trecho de um dos panfletos
sediciosos afixados em locais importantes da
18. UNIRIO 2007. ―Entre os anos de cidade de Salvador no ano de 1798.
1789 e 1801 as autoridades de Lisboa viram-se
diante de problemas sem precedentes. De várias “Aviso ao Povo Bahiense Ó vós Homens
regiões da sua colônia americana chegavam Cidadãos; ó vós Povos curvados, e
abandonados pelo Rei, pelos seus despotismos,
notícias de desafeição ao trono, o que era
pelos seus Ministros. Ó vós Povos que
sobremaneira grave. A preocupante novidade
nascestes para serdes livres [...], ó vós Povos
residia no fato de que o objeto das
que viveis flagelados com o pleno poder do
manifestações de desagrado, freqüentes
indigno coroado,[...]. Homens, o tempo é
desde os primeiros séculos de
chegado para vossa ressurreição, sim
colonização, deslocava-se, nitidamente, de
para ressuscitardes do
aspectos particulares de ações de governo para
abismo da escravidão,
o plano mais geral da
para levantardes a sagrada
organização do Estado.‖ (JANCSÓ, Istvan.
―A Sedução da Liberdade: cotidiano e contestação bandeira da Liberdade.‖
política no final do século XVII I‖, in: NOVAES, (Retirado e adaptado de DEL PRIORE, Mary et
Fernando e SOUZA, Laura Mello al. Documentos de História do Brasil: de Cabral aos anos
(Organizadores). História da Vida Privada no 90. São Paulo, Scipione, 1997. p. 38).
Brasil. SP: Cia. Das Letras, volume 1, 2004, p.
388.). a) ESCOLHA e TRANSCREVA uma passagem
do documento que evidencie a insatisfaçãodos
O texto citado faz menção às conjurados baianos com a situação política da
rebeliões e às sedições ocorridas ao longo do época. JUSTIFIQUE sua escolha.
período colonial no Brasil, identificando o objeto
b) APRESENTE uma diferença entre a
Conjuração Baiana (1798) e a Inconfidência
Mineira (1789).

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