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A Mãe Perfeita

Autor(es): Williane Silva

Sinopse
Edward Cullen tinha de reconhecer: Seus filhos tiveram um gosto fantástico ao escolher mamãe de
seus sonhos. Mas ele não estava disposto a se casar de novo com quem quer que fosse. Ponto final.
Nunca!
Os pequenos Cullen ficaram fascinados com Isabella Swan. Ela era incrível_ empinava pipas,
pescava... e parecia a fim de fisgar o pai deles.
O plano das crianças tinha de dar certo! Porém, o único resultado foi que Bella se apaixonou pelo
viúvo mais arisco de toda a costa oeste. Estava na hora de ela lançar mão de sua melhor arma: a
sedução.

Notas da história
essa historia nao me pertence nem os personagens.

Índice
(Cap. 1) ENTALADA
(Cap. 2) NA FRENTE DOS GAROTOS
(Cap. 3) MAL-HUMORADO
(Cap. 4) QUE VERGONHA!
(Cap. 5) HONRADO UMA OVA!
(Cap. 6) PLANOS
(Cap. 7) ENTREVISTANDO AS BABÁS
(Cap. 8) FANTASIA
(Cap. 9) CHEIRANDO À PEIXE
(Cap. 10) CHAMADAS
(Cap. 11) NO ESCURINHO DO PORÃO!
(Cap. 12) NOITE INCRÍVEL!
(Cap. 13) Empertigado eu?
(Cap. 14) Onde é o incêndio?
(Cap. 15) O garotinho na perua
(Cap. 16) Retirando o pedido
(Cap. 17) Fazendo as pazes.
(Cap. 18) Epilogo

(Cap. 1) ENTALADA

Notas do capítulo
espero que gostem desse primeiro capitulo.

1º de julho

Para: Emmett Cullen

Correspondente da revista WORLD NEWS INTERNTIONAL

A/C Assessoria de imprensa de ISTAMBUL

Minicassete nº1

Ei, tio Emmett! Sou eu, seu sobrinho favorito, Ben. Aposto como você nem sonha por que
estou enviando esta fita.

O motivo é o seguinte: eu encontrei tio! Finalmente encontrei a mamãe mais perfeita e


fantástica para mim, Mike e Erik! E aposto como você vai ficar alucinado em saber que é sua amiga
Bella, aquela para quem você ofereceu sua cabana.

Ela é super legal, tio Emmett.

Você nem imagina o que aconteceu n primeira vez em que a encontrei. Aquela cara de uva
passa, ou seja, a nossa nova babá, convidou Bella para nadar em nossa piscina. Quando ela
esticou-se na cadeira para tomar sol, Leonardo, o meu lagarto, resolveu entra na sacola dela para
tirar uma sonequinha.

Eu juro, tio Emmett, que eu Mike e Erik ficamos esperando um tempão até ela meter a mão
dentro da sacola. Quando finalmente fez o que queríamos, ficamos esperando mais um século até ela
gritar e sair correndo.

Só que ela não fez nada disso. Só pegou o bronzeador, esticou-se outra vez na cadeira e
disse:

– Garotos, já contei a vocês sobre a matéria que seu tio e eu fizemos na Amazônia? Os
índios de lá faziam um ensopado de lagarto chocante. Parece que o ingrediente principal eu já tenho.
Querem jantar na minha cabana hoje a noite?

É claro que Mike começou a chorar, e é claro que a uva passa quis saber o que estava
acontecendo. Acontece que Bella não abriu o bico. Ela simplesmente sorriu, abraçou Mike e disse
que não se preocupasse. Em seguida, contou a uva passa que não tinha acontecido nada e esperou
que ela saísse para devolver o Leo.

Foi aí que percebi que era ela, tio. Mas só para ter certeza, e você sabe que encontrar uma
nova mãe é um assunto mito sério, fiz alguns teste adicionais.

E quer saber? Ela é mais do que perfeita.

Não desmaia com sangue, nem fica zangada se os cabelos ficam molhados ou se suas
roupas ficam sujas. Ela gosta de cachorros, gatos e ratos, e também não tem medo de cobras ou
aranhas. E é craque em assuntos de mãe. Sabe por que nossos dedos ficam enrugados na banheira,
qual a diferença entre um tiranossauro Rex e um pterodáctilo, sabe que pedacinhos de chocolate
deixa os biscoitos supermaneiros e conhece até um monte de manobras de Skate! Mas o melhor de
tudo é que ela não fala conosco como se fôssemos idiotas, se bem que Mike ainda é um pouco, de
vez em quando.

Pensei muito no que você disse, que talvez papai não queira se casar novamente. Mas o
fato, tio Emmett, é que ele não para em casa. Então, que diferença isso faz para ele? Nesse
momento ele está lá naquele lugar chato, que é a Flórida, comprando outro hotel e, mesmo ele
ligando todos os dias, não é o mesmo que tê-lo aqui conosco. Às vezes acho que ele nem se lembra
de que Erik e Mike ainda são pequenininhos. Quero dizer, eu já tenho quase nove anos e sei me
virar, mas eles precisam de alguém que tome conta deles.

Foi por isso que fiz um plano. Eu chamei “operação mamãe” e tenho certeza de que vai
funcionar. Assim que a Sr. Morrison, a nossa governanta, sair de férias, vou me livrar da uva passa
para Erik, Mike e eu ficarmos sozinhos. Bella terá que tomar conta de nós e então papai ficará tão
preocupado que voltará para casa. Quando ele chegar aqui, encontrará velas, flores e música, e
Bella estará vestindo algo especial. Papai ficará maluquinho por ela e certamente a pedira em
casamento. E é claro que ela dirá sim!

Vai ser perfeito. Só espero que eles não fiquem se beijando o tempo todo e...

Opa! A uva passa está gritando de novo. Está dizendo que eu tenho que descer i-me-dia-
ta-men-te. Acho que ela encontrou o corante verde que coloquei em seu creme facial...

Adoro você, tio Emmett. Só não espalhe isso para todo o mundo, ok? Prometo mandar
outra fita para contar o que está acontecendo.

Este é Benjamin t. Cullen, encerrando a transmissão.

P.S.: Creio que o meu aniversário, em dois de agosto, caso você tenha esquecido, é a data
perfeita para o casamento. O que você acha?

Port Sandy, Washington

5 de julho

– Ei, Bella!_ gritou Bem para dentro do duto que conduzia as roupas sujas à lavanderia._
Adivinha só?
É eu tava entalada dentro do duto, estremeci quando a voz do menino ecoou ao meu redor.

– Nem imagino!_ eu gritei de volta._ o quê?

– Erik disse que já está vendo a ambulância e o carro de bombeiros!

Prestando atenção, eu consegui ouvir as duas diferentes sirenes que se aproximavam.

– Nós nunca estivemos tão perto de um carro de bombeiros!_ bem comentou, excitado e
ao mesmo indiferente à enrascada em que eu me meti._ Isso não é legal?

Infelizmente, eu não estava em posição de admirar o que quer que fosse.

– Ah, claro. Muito legal.

Só o que consegui fazer era imaginar os bombeiros invadindo a casa cinematográfica e


quebrando tudo até conseguir me resgatar. Se Edward Cullen, o dono da casa e pai dos garotos,
decidisse chegar de sua viagem de negócios à Flórida naquele momento, provavelmente mandaria
me prender.

Mas fazer o quê? Que culpa tinha eu , se num ato humanitário, decidi resgatar o furão que
entrou no tubo? Só o que não consegui prever é que acabaria naquela posição constrangedora.

E justiça seja feita: eu jamais teria caído nessa se Edward Cullen fosse um pai responsável.
Ele não só abandonara os filhos durante seis semanas para tratar de negócios como, dois dias antes,
quando a babá praticamente sumira de um hora para outra, nem se dera o trabalho de retornar a
ligação do filho que queria informa-lo do ocorrido. Que tipo de pai era aquele que tratava os filhos
com tanta indiferença?

– Bella, você se importa se eu for olhar os caminhões?_ Bem pediu.- Prometo que só vou
até a janela.

– Claro, vá em frente.

– Legal.

A porta do tudo fechou-se, deixando eu sozinha. Durante meus dez anos de experiência
como jornalista, primeiro como Free lance e, mais recentemente, como exclusiva da revista WNI, já
me vira em meio a um fogo cruzado em Beirute, tive meu Rover ferozmente atacado por um
rinoceronte mal-humorado em Kitgum e já fui tomada como refém por guerrilheiros em El Salvador.
Sendo assim, esse pequeno incidente não deveria estar me causando maiores preocupações.

No entanto, não consegui invocar meu lado racional nesse momento. Minhas canelas ardiam
muito, pois estavam arranhadas; os meus ombros doíam bastante no ponto em que estavam
entalados no duto pra completar comecei a sentir dor por estar de cabeça para baixo por tanto
tempo.

Para piorar a situação, o pequeno Brutus ficava mais agitado a cada minuto que passava.
Embora eu estivesse segurando o bichinho com firmeza, já senti suas unhas na minha pele, e
aguardei para qualquer momento uma mordida. Depois de tantos anos vivendo de notícias, só fiquei
imaginando a manchete: “ jornalista agraciada com prêmios atacada, por roedor em situação bizarra.
Detalhes na página 5”.
Meu grande amigo Emmett provavelmente se dobraria de tanto rir e diria que é isso o que
acontece a jornalistas em crise que resolvem sair do ramo. Além do mais, não perderia a
oportunidade para dizer que só me emprestara a cabana para provar o quanto eu estava
despreparada para levar uma vida normal.

Bem ele talvez tivesse razão, pensei, melancolicamente, enquanto ouvi passos pela casa. Em
seguida, Ben, Mike e Erik começaram a gritar.

– Aqui! Ei, estamos aqui!

Ouvi alguém responder e em seguida alguns passos pesados subiram a escadaria. Estremeci
ao imaginar o que aqueles passos estariam fazendo ao piso lustroso de que cobria praticamente a
casa toda. Bem, pelo menos eles não estavam furando paredes.

Acima de minha cabeça os passos pararam, dando inicio ao interrogatório.

– Foram vocês que ligaram para o 911?

– Onde está o ferido?

– A mamãe e o papai estão em casa?

– É melhor que não seja um trote.

– Garotos, vocês estão sozinhos?

– Qual é o problema?

Conforme eu já tinha previsto, todos os três pequenos Cullens tentariam responder ao


mesmo tempo.

– Nós não temos mãe._ anunciou Mike.

– Foi Bem que ligou. Ele é o mais velho!_ informou Erik.

– É Bella!_ avisou Ben, agitado.- Ela está entalada no duto da lavanderia.

– Alto lá, garoto. Ela quem?

– Bella, moço!_ Ben respondeu exasperado.- Ela caiu lá dentro com o Brutus!

Eu suspirei dentro do duto.

– Aguenta firme, Brutus. Pelo andar da carruagem, vai levar algum tempo até conseguirmos
sair daqui.

Notas finais do capítulo


ai esta o primeiro capitulo logo mais o segundo vai encher seus olhos e v6 veram como os
pequenos cullens sao divertidos.
(Cap. 2) NA FRENTE DOS GAROTOS

Notas do capítulo
espero que gostem desse novo capitulo

Flertando, eu?

Pv Edward

– Confira tudo para certificar-se de que eles rubricaram todas as páginas do contrato,
Helena.

Eu falava ao celular, digitando meu lustroso Mercedes prateado pela auto estrada.

– Levamos seis semanas para incluir as novas cláusulas e não quero mais atrasos. Depois
encaminhe tudo para os advogados conferirem. Estando tudo em ordem, envie os contratos para
minha casa.

– Sim, senhor._ Helena, minha secretaria havia muitos anos, mostrou-se fria e eficiente
como sempre.- Algo mais?

Eu suspirei cansado.

– Espero que não. Depois das últimas semanas, só quero passar um tempo sossegado em
minha casa.

Ela pareceu ficar mais relaxada.

– Então está tudo bem com os garotos?

Eu franzi o rosto.

– E por que não haveria de estar?

– Bem, é que quando Benjamim ligou...

–Espere um momento. Ben ligou? Quando?

– Anteontem, Sr. Cullen. Não me diga que Morrison não lhe passou o recado.

– Morrison? A mulher de Morrison teve filho há dois dias. Ele desmaiou na sala de parto e
ficou abalado depois disso. Mal se lembra do próprio nome, quando mais de passar algum recado.

– Ah, meu Deus!- suspirou Helena.


– Tudo bem.- a tranquilizei.- Ben mencionou por que estava ligando?

Helena respondeu nervosamente.

– Bem, sim e não. Ele disse que precisava lhe contar algo a respeito da Sra. O’ Connel.

Eu fiquei apreensivo. A Sra. O’ Connel era a babá que eu contratei antes de viajar.

– Era só o que faltava. Ele disse mais alguma coisa?

– Não, só pediu que o senhor retornasse a ligação.

– Você não ouviu sirenes, nem ninguém gritando. Ouviu?

Helena percebeu que eu tentava brincar um pouco.

– Não desta vez.- ela me assegurou.- Na verdade, ele parecia bastante alegre, portanto
imagino que não deva ser serio. Perguntei como estavam indo e ele respondeu que tudo estava
perfeito.

Eu estremece por dentro. Na última vez que Ben disse que tudo estava “perfeito” um
cenário completo de Lawrence da Arábia foi entregue em minha casa, incluindo uma tenda de
beduíno verdadeira e um casal de camelos muito mal-humorados. O garoto conseguiu adquirir o
“pacote” anunciado na TV como uma experiência educacional incomparável, mencionando os dados
do meu cartão de crédito.

– Mais alguma coisa, senhor?

– Não, obrigado. A menos que minha casa já tenha se incendiado, devo retornar ao
escritório na semana que vem, antes de partir para o novo México. Você conhece o esquema. Se o
assunto for importante, ligue para mim. Se não...

– Perfeitamente, senhor. E não se preocupe. Tenho certeza de que tudo está bem com os
garotos.

– Ok. Até a semana que vem.

Eu desliguei e em seguida chamei o numero da minha casa. Estava muito cansado. Não
imaginei que levaria seis semanas até que o contrato de venda com a família Crancy durante meses
antes da minha chegada, imaginei que o contrato seria assinado em poucos dias.

Eu passei a mão pelos meus cabelos e bufei. Embora eu não vivesse exatamente como
monge após a morte da minha mulher, havia quatro anos, determinei a não misturar sexo com os
negócios, e muito menos com vida familiar.

Mas o fato é que Ben disse a Helena que havia um problema.

Eu cerrei os dentes para não praguejar outra vez. Joguei o telefone no banco de passageiros
e pensei por alguns segundos. Em seguida peguei o telefone novamente e disquei outro número.

Duas chamadas depois, uma voz gravada respondeu cordialmente.


– Você ligou para a Agência de Babás tia Enne.

Não estamos atendendo, mas se você deixar sua mensagem, ligaremos assim que for
possível.

Agarrei fortemente o volante, acelerei mais e passei como um raio pelo portão, indiferente
às belas árvores da minha propriedade.

Finalmente a casa de três andares apareceu à minha frente, com as muitas janelas refletindo
o sol da tarde de verão.

Eu tampouco percebi isso. Estava ocupado tentando controlar o pânico ao encontrar os


dois caminhões parados à minha porta.

Brecando abruptamente, percebe que a porta dupla da frente estava aberta. Era estranho
como tudo estava silencioso. Apesar do calor, senti o frio gelar minha alma ao passar pelo vestíbulo
coberto de mármore.

– Benjamim! Mike! Erik! Tem alguém em casa?

Silencio.

Durante alguns segundos, eu só consegui escutar minha própria respiração. Então, percebi
um burburinho vindo de cima.

Subi a escada circular e percorre como um raio o balcão que dava para área intima, tomei a
direção da ala da casa que as crianças ocupavam. Guiando-me pelo ouvido, senti a respiração faltar
ao encontrar vários homens uniformizados no enorme banheiro dos garotos.

Oh não! Alguns dos garotos escorregaram e batera com a cabeça? Seria Erik? Ou Mike?
Será que o caçula tentou novamente lavar e secar seu Hamster dentro da banheira e fora
eletrocutado? Ou quem sabe foi Ben? Certa vez ele montau uma banda de fumaça e ...

Eu respirei fundo mais uma vez.

“controle-se, Cullen.”

Me dirigir aos homens uniformizados, já fiz cair sobre mim um monte de frieza.

– Sou Edward Cullen. Quem é responsável e o que está acontecendo?

Por alguns segundos, o banheiro ficou em silêncio. Os três bombeiros próximos a mim se
calaram, enquanto os dois paramédicos um pouco mais adiante viraram-se para mi olhar.

Foi quando irrompeu um trio de vozes mais jovens.

– Papai!- gritou o pequeno de quatros anos, atirando-se no meu colo.

– Papai!- a voz do meu filho de seis anos, Mike, demostrando toda sua excitação ao seguir
o irmão mais novo.

– Papai?- o rosto de Ben apareceu entre os dutos mal disfarçando seu desapontamento.- O
que você está fazendo aqui?

Como eu próprio, todos os três tinham os olhos dourados e cabelos avermelhados. Mike,
com seu rosto anguloso, tinha o sorriso da mãe e uma índole sensível. Erik era mais cheinho, com o
rosto arredondado, com sardas e uma expressão transparente. Mas era Ben que chamava mais
atenção. Magro elétrico e com um sorriso fácil, tinha mais curiosidade do que uma convenção de
cientista, mais energia do que uma frota de submarinos nucleares e mais entusiasmo do que uma
torcida inteira: uma combinação altamente perigosa. No momento, olhava para mim como se fosse o
fugitivo sob o facho de um holofote.

Eu abracei os mais novos e então afastei para encarar o primogênito.

– Terminamos as negociações.- expliquei.- Queria fazer uma surpresa.

– Mas ainda não estrou pronto!

– Pronto?- eu ergui minha sobrancelha.- Pronto para o quê?

Ben tentou disfarçar, olhando para ponta do tênis.

– Bem...- ele titubeou.- Nada...

Eu fiquei ainda mais preocupado e concentrei-me no meu filho do meio.

– Erik? Vai me contar o que esta acontecendo?

Depois de espreitar o irmão mais velho com o canto dos olhos, Erik também achou melhor
não entrar em detalhes. Depois de um silêncio constrangedor, Mike puxou a manga de minha camisa
e disse claramente.

– Bella está entalada.

O meu olhar suavizou ao encarar meu caçula.

– Quem está entalada e onde?

Ben suspirou desapontado.

– Bella, papai- o pequeno respondeu.- Ela foi salvar Brutus.

– Está vendo?- reclamou Erik- Foi culpa sua.

O queixo de Mike começou a tremer.

– Não foi, não.

– Foi, sim. Se você cuidasse do Brutus, ele não fugiria e nada disso teria acontecido!

– Quem é Brutus?- eu quis saber exasperado.

Os olhos de Mike encheram-se de lágrimas.

– Ele é meu... furão. O tio Jasper me deu de presente por ter passado de ano. Ben tem o
lagarto, e Erik tem Ike e Spike. Eu tenho Brutus. É o meu melhor amigo.

Eu fiquei boquiaberto. Anotei mentalmente que deveria telefonar para meu irmão mais novo
Jasper, e pedi uma vez mais que parasse de mandar bichinhos de estimação.

– Ei, vocês!- uma voz não localizada encheu o ambiente.- Será que dava para me tirarem
daqui primeiro e discutirem depois? E rápido, por favor!

Eu olhei em volta, sem entender nada.

– O que diabos...

Algo na movimentação dos bombeiros fez, com que eu percebesse que estavam tentando
tirar algo de dentro do duto de roupas sujas.

– Tem alguém lá embaixo?

– Não se preocupe, senhor.- respondeu um dos bombeiros.- Sou o tenente Alex, do corpo
de bombeiros de Port Sandy. A moça, a que está tomando conta de seus garotos, disse que está
bem. Pelo que conseguimos entender, ela escorregou cerca de dois metros até que entalou na curva
no duto.

– Ah... percebo.- repondi, os meus olhos fixos no buraco na parede. Só fiquei imaginado
como a Sra. O’ Connel conseguiu caber em um espaço tão estreito.

– Como eu já disse, não se preocupe.- repetiu o tenente, acenado para que seus homens
prosseguissem.

– Vamos tirar a moça, já, já.

“Não acredito no que está acontecendo”, pensei. Enquanto os bombeiros jogaram um laço
pelo buraco. Eles “pescaram” durante alguns segundos e, em seguida, uma voz, nada parecida com
a da senhora O’ Connel, gritou.

– Bingo! Excelente arremesso, rapazes!

Os bombeiros festejaram e começaram a içar a corda. Segundos mais tarde, apareceu um


par de pés calçados com alpargatas. Enquanto um dos homens mantinha a corda esticada, o outro
aproximou-se e, agarrando os tornozelos delicados, começou a puxar.

Como um gênio, saindo de um garrafa, uma mulher emergiu das profundezas do duto.
Usava short cáqui e camiseta azul-marinho. De costas para todos, era pequena e magra, com
cabelos negros brilhantes e um bumbum firme e tentador.

Em toda minha vida eu nunca tinha à visto.

Fiquei mudo de espanto. Antes que me recuperasse, o ambiente começou a ferver de


atividade. Primeiro foram os paramédicos que dominavam a cena, tapando minha visão enquanto
faziam os exames de praxe. Em seguida, os três garotos praticamente me atropelaram,
desesperados por se aproximarem da estranha. Todos começaram a falar.

– Está passando bem, senhorita?- perguntou o tenente Alex.


– Estou ótima.- Ela murmurou com voz enrouquecida.- Apreciei muito o que fizeram.

– Que belos arranhões nas suas pernas.- comentou um dos paramédicos.- Se ficar parada
por um minuto nós poderemos...

– Estou ótima, de verdade.- ela insistiu.

– Ela é valente.- observou Ben com, uma ponta de orgulho na voz.

– Era escuro lá dentro?- Erik interrogou.

– Você teve medo?- secundou-o Mike.

– Sim, era, e não, não tive medo. Brutus estava me fazendo companhia, lembra?

– Passe-me um pacote de gaze esterilizada , por favor, Bille. Sinto muito, senhorita, mas
isso vai doer um pouco.

– Bem, Sr. Cullen.- disse Alex, aproximando-se de mim com um pequeno bloco de papel.-
Parece que tudo acabou bem. Vou lhe enviar uma cópia de meu relatório, mas desde já recomendo
que o senhor feche esse duto. Além do perigo que representa para as crianças, também pode
alastrar um incêndio.

O tenente arrancou uma folha do bloco e entregou-a a mim. Era uma intimação por violar o
código de segurança do condado.

– Espere um minuto!-protestei.

Alex ergueu a mão pedindo silêncio, quando o rádio preso ao seu cinto emitiu um chamado.

– Rapazes, é a poucas milhas daqui. Vamos!

Os homens atenderam prontamente.

Eu procurei controlar a estranha sensação de que o mundo fugiria ao meu controle ao


comtemplar a inesperada visita em meu banheiro.

Os cabelos negros, curtíssimos, emolduravam um rosto cheio de detalhes surpreendentes.


Os olhos eram escuros e perspicazes; as sobrancelhas, inquisitivas. O nariz pequeno e reto
combinava maravilhosamente com a boca sem duvida nenhuma tentadora. O sorriso denunciava
uma covinha em cada face. Embora não fosse exatamente bonito, o rosto brilhava com tanta energia
e bom humor que s tornava irresistível. Eu tive que admitir que o conjunto era irretocável.

Um crescente desejo me fez imaginar se toda ela teria a quela pele de textura macia; que
sensação teriam aqueles lábios carnudos em minha boca; que expressão teriam aqueles olhos
quando eu a acariciasse nos...

– Ei, papai, você não vai dizer nada?

A voz alegre de Ben caiu sobre mim como um balde de agua gelada.

Ora, o que eu estava pensando? Fantasiando com uma mulher que nem se quer conhecia? E
na frente dos meus filho, pelo amor de Deus!

Todo medo e frustração do dia pareceram emergir como um vulcão. Eu senti um surto de
raiva de mim mesmo, da situação e dela, por estar minando o meu controle.

– Não sei quem é você.- eu disse abruptamente, esforçando-me para aparentar


neutralidade.- Mas eu sou Edward Cullen. Essa é minha casa e estes são os meus filhos. Você tem
exatamente dez segundos para dizer quem é, como entrou em minha casa e o que diabos estava
fazendo dentro do duto da lavanderia.

Ela passou a mão pelos cabelos, sem tirar os olhos dos meus.

– Ou?

Eu mal podia crer na ousadia daquela mulher.

– Ou então vou chamar a polícia.

Notas finais do capítulo


em tão esta ai o novo capitulo logo sairam outros um bj xau

(Cap. 3) MAL-HUMORADO

Notas do capítulo
quando duas pessoas se gostam a quimica é instantania.

PV Bella

Devo estar sonhando! Pensei, contemplando encantada o pai dos meninos. O irmão mais
velho de Emmett era um pedaço de mau caminho... rude e mal-humorado, mas ainda assim...

Com calça de linho cor de areia, camisa branca e gravata de seda em tons dourados, não
era simplesmente encantador. Era perfeito.

Não havia uma única mecha de cabelo fora do lugar. O rosto perfeitamente barbeado
evidenciava o queixo quadrado. Até mesmo as mangas arregaçadas, que revelavam antebraços
fortes e branquinhos, pareciam ter dobras milimetricamente calculados para terem a mesma medida.

Edward Cullen era a personificação da elegância masculina e por, algum estranho impulso,
quanto mais eu olhava, mais eu queria atira-lo ao chão e desalinha-lo da cabeça aos pés.

Isso só para começar.


“ Ei, garota”. Pensei. “ O que diabos está acontecendo com você?”

Ainda estava boquiaberta quando ele cruzou os braços e perguntou bruscamente, fuzilando-
me com os olhos cor de mel:

– E então?

– Eu... Eu...

“Ora, que ótimo. Estou gaguejando como uma idiota.”

Ben que Deus o abençoe, veio em meu auxilio.

– Paiê!- gritou o garoto, desesperado.- Você não vai chamar a polícia, vai?

O desespero de Ben me distraiu o bastante para me controlar.

– Está tudo bem, meu doce.- eu murmurei, recuperando minha voz.- Pode deixar que eu
trato disso.

Entregando Brutus a Mike com muito cuidado. Eu respirei fundo, erguendo-me aprumei os
meus ombros e estende a mão.

– Oi, meu nome é Isabella Swan.

O olhar de Edward flutuou do meu rosto para meus curativos nas pernas. Somente depois
de alguns instantes ele reagiu e apertou a minha mão, acenando brevemente com a cabeça.

– Srta. Swan.

O calor daquela mão contrastou fortemente com o tom glacial de sua voz.

Ele aguardou, com crescente impaciência, até eu me dar conta de que ele queria
explicações.

Foi quando eu me indignei. O que ele estava pensando? Que eu me joguei pelo duto da
lavanderia para roubar suas meias? Que levei o furão junto como um álibi? Ergui a cabeça e o
enfrentei.

– O furão de Mike entrou no duto da lavanderia. Eu me inclinei para tentar pega-lo e perdi
o equilíbrio quando um dos garotos esbarrou em mim.- Com um traço de aspereza, acrescentei.- O
resto você já sabe.

– Sim.- ele respondeu, estreitando os olhos dourados para mim.- Isso responde uma
pergunta. E a outra?

Exasperada com a atitude agressiva dele, eu também o fuzilei com o olhar.

– Qual é a outra pergunta?

– O que esta fazendo na minha casa? Onde esta a Sra. O’ Connel?

Que tipinho mais arrogante! Eu pensei. Um dia ainda o farei engolir essa rispidez toda.
– São duas perguntas...

– Ora, por favor...

Ben galantemente colocou-se em minha defesa.

– A Sra. O’ Connel se demitiu papai.

– Como?- os olhos dourados dardejaram para seus filho.

– Ela se demitiu.- repetiu Ben.

– Quando?

O garoto deu de ombros, visivelmente indiferente aos detalhes da questão.

– Sei lá... anteontem, talvez?

– Na verdade, foi um dia antes disso.- eu imformei.

– Há três dias? Por que ninguém me telefonou?

Ben olhou sério para o pai.

– Eu telefonei. Pedi para você me ligar de volta.

Para minha surpresa Edward ficou na defesa.

– Você tem razão, não me deram o recado. Mas isso não explica por que...

– A Sra. O’ Connel era muito chata.- interveio Erik.- Ela gritava muito.

Mike concordou com uma expressão solene.

– É verdade. Ela chamava a gente de filhotinhos do diabo papai.

Ao ouvir isto, Edward emudeceu e estreitou os lábios.

Tia Enne que se cuide, avalirei, porque, a menos que eu estivesse enganada, assim que a
manha chegasse cabeças iriam rolar.

Não pude deixar de ter um pouco de compaixão por Edward Cullen, talvez ele não fosse
assim tão ruim. Pensei. talvez estivesse com dor de cabeça, ou muito cansado.

– Muito bem.- ele disse, por fim, olhando para mim e para os garotos com uma ponta de
suspeita.- Alguém gostaria de explicar por que a Sra. O’ Connel disse aquilo? Ou por que ela se
demitiu?

Infelizmente, mike entendeu ao pé da letra.

– Eu!- Prontificou Mike.- Foi por causa de Ike e Spike, papai. A Sra. O’ Connel estava
com medo delas.- ele se voltou pra o irmão mais velho.- Lembra? Ela gritou bem alto quando... Ai!
Papai, o Ben me beliscou!
Ben revirou os olhos inocentemente.

– Eu, hein?

A voz de Edward elevou-se para fazer-se ouvir em meio à discussão.

– Quem são Ike e Spike?

– Não importa!- Ben apressou-se em dizer.- O que importa é que havia alguém aqui para
cuidar de nós, para que nada de errado acontecesse conosco, certo?- ele olhou ansioso para o pai.

– Sim, claro, mas...

– Então você deveria ficar feliz porque Bella estava aqui e cuidou muito bem de nós. Ela nos
fez lavar as mãos. E comer a verdura antes da sobremesa. E... e ela até nos ajudou a concertar a
casa na árvore.

– É verdade!- confirmou Erik com entusiasmo.- Você precisa ver como está agora, papai!
Bella ajudou agente a colocar uma porta de alçapão. E nós fizemos um como fazer um monte de
coisas legais.

Esquecendo-se que estava zangado, Mike reforçou o entusiasmo dos irmãos:

– Ela nos ajudou a fazer uma bandeira preta de piratas. Tem uma caveia, ossos e...

– Esperem um pouco!- Edward pressionou a testa, como se estivesse com dor.- Eu só


quero esclarecer algo: a Sra. O’ Connel demitiu-se porque estava com medo de Ike e Spike, e a tia
Enne mandou você para substitui-la?

– Não...- eu comecei.

– Sem chance!- Cortou Ben.- Bella é legal!

Edward entendia cada vez menos.

– E o que o fato de ser legal tem a ver com tudo isso?

– Foi o tio Emmett que mandou Bella.

– Emmett?

– Estou hospedada na cabana dele.- eu intervi.- Você não recebeu a carta dele?

Edward balançou a cabeça, negando, e eu suspirei. Foi o que bastou para Ben interferir
novamente na conversa.

– Sabe, papai, Bella não tem casa, nem família. Ela vive sozinha. Não tem marido e nenhum
filhinho. – ele olhou para o pai com o canto do olhos para certificar-se de que estava obtendo toda a
atenção necessária. E suspirou.- E antes ela tinha um emprego; agora, não tem mais. Então o tio
Emmett disse que ela poderia vir aqui e ficar na cabana dele.

Eu olhei para Ben, sem saber o que dizer: essa é boa! Com umas poucas palavras bem
colocadas, ele conseguira me descrever como uma desempregada sem teto.
– Espere um pouco...- eu comecei.

– Ela conta histórias.- Erik tomou a palavra orgulhosamente.- Sobre amazonas que comem
lagartos.

Céus, o que mais me faltava? Além de tudo serei considerada lunática.

– Sinto que os garotos estão lhe passando uma impressão errada.- eu me apressei em
esclarecer.- Eu certamente conto história, mas é porque sou uma...

A voz de Edward sobrepôs-se à minha:

– Você não é da agência de babás?

– Não. Eu...

– Você só está aqui porque conhece meu irmão?

Eu já estava perdendo a paciência por ser constantemente interrompida:

– Não no sentido bíblico.- eu expliquei algo me dizia que era importante deixar isso bem
claro.- Mas sim. Emmett e eu somos amigos. Colegas. Trabalhamos juntos, e...

– Por favor, desculpe-me.- ele passou a mão pelos cabelos.- Entendi tudo errado. Pensei...
ora, o que pensei não importa. Devo-lhe os meus agradecimentos. Se você não estivesse aqui...- ele
parou, enfiou a mão no bolso e tirou algumas cédulas de um maço preso com clipe de ouro.- Aceite,
por favor. Creio que isto paga o seu tempo e a sua preocupação.

Eu o fitei, depois o dinheiro, e novamente encarei-o procurando não me sentir insultada.

– É muita gentileza sua, mas não.- eu enfiei as mãos nos bolsos posteriores de meu short
para enfatizar minhas palavras.- Ficar com seus filhos foi um prazer.- eu olhei enternecida para os
meninos.- Eles são bárbaros, e eu me diverti muito.

Edward arqueou as sobrancelhas ao perceber a minha atitude obstinada.

– Eu insisto. Você merece.- Obviamente irritado ele examinou atentamente o banheiro em


que se viam tapetes amontoados em um canto e toalhas esparramadas sobre o balcão. Depois,
voltou-se para mim.- Pode deixar que, daqui para diante, tomo conta de tudo.

– Mas papai!- os três garotos protestaram em uníssono.

A voz de Erik ergue-se sobre as demais:

– Bella prometeu nos mostrar como se prepara comida em cima de uma fogueira.

Edward retesou o maxilar.

– Esta noite, não.- ele determinou, com firmeza.- Tenho certeza de que a Srta. Swan não vê
a hora de voltar para sua cabana e desfrutar suas férias.- seu olhar oscilou entre o rosto ansioso do
filho e o meu.- Certamente você poderá ficar lá o quanto desejar.
Que oferta mais generosa, eu pensei, principalmente porque a cabana pertencia ao irmão.
Contudo a mensagem sutil já fora passada. Eu não era bem-vinda em sua casa.

– Mas, papai!- repetiu Ben.- Nós queremos que Bella fique. Gostamos de ficar com ela.
Nós...

– Ei, Ben, não se preocupe com isso.- eu intervir tentando diminuir o desespero do garoto.
Afinal, não era culpa dele se o pai tinha a graça social de uma barracuda ferida.- Faremos isso outra
hora.

– Mas...

– Faz muito tempo que o pai de vocês não fica em casa e aposto como ele não vê a hora de
passar um bom tempo só com vocês.

Eu sorri brandamente para Edward, e não foi difícil observar que atingiu meu objetivo.

– Vou pegar minhas coisas e volto já para a cabana.

Eu me dirigi a porta, mas a voz de Edward me interrompeu.

– Espere! Não está se esquecendo de nada?

Dizendo isso, ele estendeu-me o maço de notas.

Ora, ora, quer dizer que ele estava determinado a reduzir minha amizade com os garotos a
uma simples transação comercial? Bem, se era assim, Edward Cullen irá aprender um pouquinho
mais sobre sutileza e boas maneiras.

– Quanto?- eu perguntei, com as mãos na cintura.

Ele retraiu-se

– Quanto o quê?

– Quanto você esta oferecendo?

Visivelmente surpreso, ele respondeu:

– Trezentos e cinquenta.

– Oh...- eu me aproximei e tirei as notas de sua mão.- Eu valho muito mais do que isso. Dê-
me quinhentos e não se fala mais nisso.

Justiça seja feita: ele me entregou o restante do dinheiro sem reclamar, mas seu olhar
enviesado demostrou que eu fiz mais um ponto.

– Muito obrigada.- eu disse, embolsando o dinheiro.

– É isso ai papai!- gritou Ben com um ar solene.- Ela vale mais porque ganhou um Bolitzer.

Eu caminhei na direção da porta.


– Foi um Pulitzer, Ben.

– Ei espere!- pediu o garoto, emparelhando comigo.- Vou ajuda-la a fazer sua mala.

– E eu posso carrega-la.- disse Erik.- Sou bem forte.

– Esperem por mim, esperem por mim!- Gritou Mike, determinado a não ser deixado para
trás.- também quero ajudar!

Um sorriso terno iluminou o meu rosto. Eram garotos formidáveis.

– Obrigada, rapazes.

Senti Edward me fulminar com o olhar enquanto sai.

Notas finais do capítulo


espero que gostem vem muito mais porai esse meninos sao os capetas kkkkkkkkkkkk

(Cap. 4) QUE VERGONHA!

Notas do capítulo
gente quem advinha o que aconteçeu com o carro kkkkk. gente meu pc pifou entao os capitulos
vão demorar um pouquinho para sair mais nao se preucupem logo logo volta ao normal.

Incrível. Já conheci muitas mulheres abusadas petulantes em minha vida, mas Isabella Swan
formava uma categoria à parte. Ela que se cuide.

Eu não tinha um coração mole como Emmett e jamais me deixarei levar por aqueles grandes
olhos e aquela boca exótica. Está certo que tive um momento de fraqueza poucos minutos atrás,
mas aquilo foi somente um efeito do estresse, do cansaço acumulado.

Aproveitei que os garotos estavam entretidos com aquela criatura rara, e deixei outro
recado na secretaria eletrônica de Tia Enne e, depois fui tirar a roupa em que eu estou metido havia
horas, e entrei no chuveiro e procurei relaxar.

Ao abri a porta de meu banheiro vinte minutos mas tarde, meus filhos estavam
esparramados sobre a cama enorme, esperando por mim.

Observei as expressões graves naqueles rostinhos e prendi mais fortemente a toalha na


cintura, enquanto caminhei até o closet.

– Vocês já levaram sua amiga até a cabana?


Ben olhou para a claraboia no teto e suspirou melancolicamente.

– Já. Ela estava tão triste. Agora está lá na cabana sem ninguém para lhe fazer companhia.

Erik afofou um dos travesseiros enormes.

– Ela disse que poderemos visita-la amanhã, se você deixar. Você deixa?

– Veremos.- Respondi, usando a típica, expressão paterna que, em suma, significava “de
jeito algum”. Procurei cueca e meias em minha gavetas, e observei com o canto dos olhos, que o
caçula descera da cama, calçara meus chinelos de quarto e andava de um lado para o outro,
tropeçando.

Erik deitou de bruços e começou a balançar as pernas.

– Sabe de uma coisa, papai?

– O quê?

– Estou com fome.

Eu adorei a mudança de assunto. Para falar a verdade também estou com fome.

– Então é o seguinte: todos vocês vão lavar as mãos, ok? Depois que terminar de me vestir,
vamos todos jantar fora, está bem?

Erik saltou da cama.

– Está falando sério?

Ben saltou em seguida.

– Bella pode ir junto?

– Não! Esta é uma refeição familiar.

– Podemos ir ao Pizza Fritza.- pediu Erik.

Eu suspirei. Erik sempre queria comer Pizza, e sempre no mesmo lugar. Que fosse. Afinal,
era minha primeira noite em casa.

– Claro!

– Legal! Vamos lá, Ben!

Temendo que eu mudasse de ideia, Erik arrastou o irmão mais velho para fora do quarto e,
depois de tirar os chinelões de Mike, o puxou pela mão.

Dez minutos depois estamos os quatros no pórtico, para entar no carro. Foi quando eu vi a
porta do carro aberta. Droga, eu pensei, já prevendo problemas. Ao tentar ligar o motor, minha
suspeitas se confirmaram. O carro não pegava. Ao deixar a porta aberta, acionei luzes e dispositivos
que gastaram toda a bateria do carro.
Ben se agitou no assento ao meu lado.

– Vamos embora, papai!

Os dois menores aumentavam o coro, no banco de trás:

– Vamos embora! Vamos embora!

Com um suspiro desanimado, eu me virei no banco para dirigir-me aos três garotos:

– Sinto muito, garotos. A bateria pifou. Teremos que deixar o jantar para outra noite.

Meus filhos me encararam com desaprovação.

– Mas você prometeu!- reclamou Erik.

– Isso foi antes de descobri que o carro não está pegando.

– Estou com fome.- resmungou Mike, intensificando às minhas desculpas.

– Eu estou morrendo de fome.- lamentou-se Erik.- O que vamos fazer?

– Eu sei!- resolveu Ben, animando-se.- Vamos falar com Bella. Ela pode nos levar em seu
carro e então jantaremos juntos.

– É isso aí!- aprovaram os dois menores.

– Não.- eu disse com firmeza.- Eu vou fazer o jantar.

Os garotos saíram depois de mim, com expressões desconfiadas.

– E você sabe cozinhar?- Ben instigou.- De verdade?

– Claro. Que tal sanduíches de queixo quente?

– Ok.- concordaram Mike e Erik.

– Argh! Odeio queijo derretido.- Ben fez uma careta e prosseguiu:- Aposto como não
teríamos que comer essa droga de queijo derretido se Bella estivesse aqui. Ela, sim, sabe cozinhar
de verdade.

Eu contei a até dez enquanto entravamos em casa.

– Vai ser delicioso, vocês vão ver.

Foi gostoso no começo. Embora eu não estivesse muito familiarizado com a cozinha, pois
em geral a governanta é quem cozinhava, eu encontrei facilmente o queijo, o pão e a margarina, além
de um pacote de batatas fritas.

Eu já tinha fatiado o queijo e comecei a passar manteiga no pão quando o telefone tocou.
Ben atendeu falou alguns minutos e dirigiu-se a mim, tristemente;

– É a Srta. Neymam, da agência de babás.


– Otimo.- Sentindo que seria melhor não falar na frente dos meninos, eu avisei:- Vou
atender no escritório.

– Sobre o que voc quer falar com ela?- Ben quis saber.

– Uma nova babá. Por favor, desligue assim que eu atender, ok?

– Mas papai...

– Eu já volto.

Tomando o corredor, eu me dirigi á parte da casa que era meu santuário. Embora as
paredes e o carpete tivessem um tom perolado, os detalhes em marinho, dourado e vinho davam um
tom inegavelmente masculino à decoração.

– Alô? Srta. Neymam?

Enne Neymam, uma mulher energética e positiva aos sessenta anos, tomou a iniciativa.

– Sr. Cullen! Que bom que esteja de volta. Tenho certez de que o senhor ficará bastante
satisfeito em saber que convenci a Sra. Kiltz a não processá-lo.

Eu me deixei cair lívido sobre a cadeira de couro.

– Poderia repetir por favor?

– Contanto que o senhor faça uma contribuição substancial para a terapia dela, ela
concorda em assinar um documento isentando-o de qualquer responsabilidade.

– Responsabilidade? Por quê?

Enne suspirou do outro lado da linha.

– Pelo colapso nervoso que ela teve. Ainda recusa-se a entrar em detalhes, mas de vez em
quando murmura coisas a respeito de aranhas enormes que querem devora-la. Mas tenho certeza de
que isso é temporário. Umas poucas sessões com um bom terapeuta e algumas doses de
tranquilizante resolverão tudo.- depois de uma pausa, ela prosseguiu:- Talvez seja melhor o senhor
chamar um serviço de dedetização, como medida de segurança.

– Ora!- eu por fim exasperei.- Escute, eu é que deveria processa-la. A mulher abandonou
minha casa, deixando meus filhos sozinhos! E a senhora nem sequer entrou em contato comigo.

– Ah, não, mau caro! Isso não é verdade. Falei com seu filho, Benjamim...

– Ben.

– Sim, ele mesmo. É um garoto encantador. Ele me assegurou que falara com sua
secretaria. Disse que estava aguardando que o senhor ligasse de volta. Não foi verdade?

– Sim, mas...- eu comecei a nadar de um lado para o outro.

– Conforme Benjamim, sua noiva estava com eles e teria o maior prazer em assumir...
– Minha noiva?- parei abruptamente.- Eu não tenho noiva.

Seguiu-se um silêncio constrangedor.

– Mas eu liguei para sua casa, Sr. Cullen, e falei com uma jovem adorável, a senhorita
Swan, que assegurou que poderia ficar com os garotos até que o senhor retornasse. Ela foi
absolutamente gentil. Depois do que o seu filho disse, imaginei que... oh, Não! Vocês romperam o
noivado, meu caro?

Eu retesei tanto o maxilar que comecei a sentir dor nos ouvidos.

– A Srta. Swan é uma amiga do meu irmão.- expliquei.

– Oh... muito bem.- ela prosseguiu, como se estivesse embaraçada.- Então imagino que o
senhor vai querer uma nova babá, já que não vai se casar.

Eu fechei os olhos.

– Sim.

– Perfeito. A próxima semana é boa para o senhor?

– Boa para quê?

– Ora, para fazer as entrevistas.

Eu segurei o fone com mais força.

– Que tal amanhã?- era mais uma determinação do que uma pergunta.

– Bem, não acredito que...

– Ótimo, vá em frente.- esforcei-me por manter um tom polido, eu prossegui.- Tenho muito
trabalho. Devo estar no Novo México no próximo final de semana e preciso...

– Papai?- Mike assomou timidamente à porta.

– Espere um pouco.- eu cobri o bocal do aparelho e dirigui-me ao caçula:- Estou no


telefone, filho. O que você quer?

– Ben perguntou se queijo fica preto.

– Depende. De qual queijo estamos falando?

– O dos sanduíches.

Eu franzi a testa.

– Está ficando preto? Por quê?

– Sei lá...

– Onde está o queijo?


– Junto com o pão.

Eu procurei manter a paciência.

– Onde está o pão?

– Na torradeira.

– Srta. Neymam? Preciso desligar. Espero uma ligação sua ainda pela manhã, a respeito
das entrevistas.

– Mas...

Eu bati o telefone, agarrei Mike e corri para a cozinha. Que mãos me faltava?

O alarme contra incêndio pôs-se a funcionar escandalosamente assim que eu abri a porta.
Imediatamente olhei para o balcão e vi uma substancia gosmenta e gordurosa escapando da
torradeira que soltava fumaça.

Praguejando por dentro, coloquei Mike no Chão, tirei a torradeira da tomada e joguei-a na
pia vazia. Então atravessei a cozinha a abri a porta de trás, para que o ar fresco limpasse o
ambiente.

Voltei-me para os garotos.

– O que diabos pensam que estão fazendo?!- eu gritei para Ben e Erik, furioso ao perceber
como eles poderiam ter se ferido.

– Ih...- resmungou Erik.- você disse uma palavra feia.

Ben estufou o peito, indignado.

– Mike e Erik estavam com fome e você não saia nunca daquele telefone!

– Não quero saber quanto tempo fiquei naquele telefone! Têm muita sorte por não haverem
queimado a casa! Não sabem que não se coloca queijo na torradeira.

O lábio de Erik tremeu.

– Nós só queríamos ajudar.

Bem abraçou o irmão num gesto protetor.

– É isso aí! Como iríamos saber? Nós não temos uma mãe para nos ensinar essas coisas.

A pungente lógica infantil me desarmou.

Que vergonha! Passo todo esse tempo longe de meus filhos e na primeira oportunidade já
saio gritando com eles!

Antes que eu conseguisse pensar em dizer, Mike olhou para os rostos zangados e começou
a chorar.
Como dominós caindo, os dois irmãos mais velhos em seguida cobriram os olhos e
começaram a soluçar.

Ora, droga. O que devo fazer agora?

Notas finais do capítulo


espero que gostem desse novo capitulo, novas confusões viram, ainda mais ilarias edward nao
espera por esperar. kkkkkkkkkkkkk bjs

(Cap. 5) HONRADO UMA OVA!

Notas do capítulo
espero que gostem por que muita bagunça vem por ai.

Nesse texto os personagens interagem juntos. “pensamentos de Bella e Edward.”

Ofegante, eu completei meu jogging ao longo das alamedas que cruzavam a propriedade
Cullen. Depois de deixar minhas coisas na cabana, decidi correr um pouco, na esperança de apagar
da minha mente as emoções inusitadas que Edward me provocou.

Que esforço inútil! Por mais que me cansasse, não consegui tira-lo da cabeça.

Procurei tentar me convencer de que eu estava apenas preocupada com os três garotos
mais cativantes que já conhece. Obviamente, eles estavam desesperados por um pouco de atenção
de adultos; isso era algo que eu conseguia identificar facilmente.

Eu era filha única de dois profissionais ocupados que mal tinham tempo para mim. No meu
caso, isso contribuiu para eu me tornar independente, auto suficiente e motivada. Mas cresci solitária
e não desejo isso para Benjamin, Mike e Erik. Eles mereciam mais do que isso.

Reduzindo a velocidade até atingir passo de caminhada, eu enxuguei a testa na barra da


camiseta, cruzei o pequeno gramado e parei na varanda depois entrei.

Suspirei de prazer, eu chutei fora os tênis e comecei a tirar as roupas e caminhei para o
banheiro, deixei as meias, o short, a camiseta e as peças intimas ao longo do caminho. Eu estava nua
no momento em que cheguei à enorme ducha atrás de uma parede de vidro circular.

Logo que comecei o banho, ouvi alguém batendo na porta. Desliguei o chuveiro, agarrei
uma toalha e sequei rapidamente meus cabelos, enquanto as batidas prosseguiam.

– Ei, calma! Já estou indo!


Atirei a toalha no chão e vesti rapidamente uma camiseta sem mangas e um short de malha.
Penteei os cabelos com os dedos e corri para a porta.

– Ora, ora!- eu disse, ao abri-la.

– Oi Bella!- com os rostos recém-lavados e as camisetas milagrosamente dentro das


bermudas, os pequenos Cullens sorriam.

– Aposto como ficou surpresa ao nos ver!- gritou Ben.

Dada a maneira com que eu e Edward havíamos se despedido, surpresa não era bem o
termo.

– Ei, rapazes, o que vocês estão fazendo aqui?

– Viemos ver se você pode nos levar até a cidade para comermos Pizza.

– Bem, eu...

– Papai ia nos levar, mas deixou a porta do carro aberta e ele não funcionou.- Explicou
Mike melancolicamente.

– Então ele falou que ia fazer o jantar, mas a moça da agência de babás ligou e o queijo
queimou e ele gritou e nós choramos e ele disse uma palavra feia.- relatou Erik

– Isso basta Erik.- a voz de Edward fez eu erguer o rosto para ele.- Por acaso você teria
um cabo para ligar a bateria do seu carro no meu?

Ao vê-lo sair das sombras, com camiseta e calças pretos, senti meu corpo arrepiar todo.

Pv Edward

Eu, por minha vez, senti ser inútil ordenar ao meu corpo que se comportasse ao perceber
que ela só usava... ela mesma, debaixo do short e da camiseta. Um desejo pulsante ganhou vida
dentro de mim. Afastei o olhar e me ocupei com os garotos.

– Eu avisei que essa não seria uma boa ideia. Obviamente estamos incomodando a Srta.
Swan. Sairemos para jantar amanhã, quando o carro tiver sido consertado.

Eu me afastei do pórtico, esperando que as crianças me seguirem.

No entanto Ben não arredou o pé.

– Mas, papai você disse que pediria!

– Isso mesmo.- confirmou Erik.- Nós já lavamos o rosto de novo, como você mandou.
Foram duas vezes num mesmo dia.

Mike olhou para mim com os olhos ansiosos.

– Você prometeu.

Eu olhei para aqueles olhos tão parecidos com os de Tania. Com um suspiro resignado, me
voltei para Bella.

– Ouça, sei que esta não é a melhor hora para você. Mas os garotos queriam saber se há
algum inconveniente em nos dar uma carona até a cidade. Terei o maior prazer em arcar com sua
gasolina, e...

– ...e nós queremos que você jante conosco!- interveio Ben.

– ...porque seria muito gentil de nossa parte, não é, papai?- completou Erik.

Não fossem meus filhos, eu gostaria da mandar os dois para a lua naquele momento.

– Ah, claro.

Pv Bella

Ergui as sobrancelhas ceticamente.

– É mesmo?

Ante os olhares insistentes dos filhos, ele respondeu.

– Eu ficaria... honrado.

Honrado uma ova! Eu já vi homens diante de um pelotão de fuzilamento muito mais


entusiasmados que Edward Cullen. Mas eu estava começando a ver uma certa graça na situação.
Passar a noite ao lado daquele bonitão ranzinza decerto me curaria daquelas sensações estranhas
que eu tinha quando ele se aproximava.

Está certo o homem é de tirar o fôlego: alto, forte, longilíneo, e possuidor dos olhos mais
cativantes que eu já comtemplei, mas tinha um gênio...

Pensando melhor preferi não arriscar.

– Sinto muito. Eu não creio que...- eu precisei parar porque alguém me puxava pela barra
da camiseta. Era Ben.- O que foi?

Os enormes olhos castanhos e súplices amoleceram meu coração.

– Por favor, Bella! Nós queremos muito, muito, muito que você vá com agente.

– E eu estou com taaaaaaanta fome...- Acrescentou Erik, todo pesaroso.

Mike aproximou-se e pegou minha mão.

– Por favor!

Eu suspirei e adivinhei de antemão que ainda me arrependerei desta decisão.

– Ok! Eu topo.

– Legal!- festejou o trio, quase me derrubando no chão com o entusiasmos de seus


abraços.
Esquecendo completamente da presença de Edward eu ri e retribui o abraço
afetuosamente.

– Vou passar um pente nos cabelos, calçar um sapato e pegar as chaves, está bem? Só vou
demorar um minuto.

Eu acenei e entrei.

Pv Edward

– Cara!- Ben sorriu efusivamente para mim, enquanto Mike e Erik saltavam
entusiasmados.- Você não esta contente papai? Vai ser muuuuuito legal!

– É, sim.- Eu murmurei, observando Bella sair, meneando o bumbum bem-feito sob o short
colado. Para meu desespero, o desejo latejante deu sinal de vida.- Muito legal.

Eu fiquei rezando para que ela não se esquecesse de vestir as roupas de baixo.

Notas finais do capítulo


esta ai mais um capitulo para vocês bjus.

(Cap. 6) PLANOS

Notas do capítulo
como não se apaixonar por esses garotos e... o pai deles?

Pizza Fritza, localizada em um paralela à rua principal, era um ponto mais frequentado pelos
moradores. Localizada no subsolo e com paredes de tijolos aparentes, tinha cerca de dose mesas
laterais, seis centrais, e uma vitrola e um brinquedo eletrônico.

Apesar de uma noite agradável, o lugar não estava cheio, para uma sexta-feira à noite. Eu
me dirigi à mesa maior, mas Ben parou, agarrou seus irmãos e literalmente empurrou-os para um
dos bancos de uma mesa lateral menor.

– Queremos sentar aqui.- ele falou em nome dos irmãos.

Eu objetar, primeiro porque a mesa era pequena; segundo, porque eu e Bella teríamos que
sentarmos no mesmo banco. Porem, percebi que ela também estava constrangida com a situação, e
decidi entrar no jogo dos garotos.

– Por favor.- eu disse, indicando para que ela sentasse primeiro.


Ela deslizou desajeitada pelo banco desocupado tentando ficar o mais perto possível da
parede.

Eu sentei ao lado dela, cuidando para não toca-la.

Ben sorriu, visivelmente satisfeito por ver nós dois sentados juntos.

– Puxa, isso não está divertido?

– Ah, sim. Muito divertido.- Eu e Bella murmuramos.

– Podemos jogar videogame?- ele pediu.

– Não.

Eu definitivamente não estou disposto a ficar sozinho com Isabella Swan. Até descansar
meu corpo e relaxar daquele dia infernal, não desejo tenta-lo com a proximidade daquelas curvas.

– Mas eu quero jogar “ Os invasores do espaço”- Insistiu Erik.- Por favor, papai.

– Não.

– Ah, como não, papai- choramingou Ben.- uns joguinhos...

– Deixa, deixa, deixa?- implorou Mike.

– Não tenho moedas.

No momento em que falei, eu percebi que cometi um erro. Os rotos dos garotos se
iluminaram como luzis de mercúrio.

– Aposto como Bella tem alguma.- lembrou Ben.- Ela sempre trás, só para nós. Não é
verdade Bella?

Pv Bella

Me senti paralisada com os quatro pares de olhos me fitando. Que situação...

– O pai de vocês disse não.

– Mas se ele dissesse sim.- arriscou Ben, exercendo precocemente sua vocação para
promotor.- Você nos daria?

– Bem, sim, mas...

– Eu sabia.- o garoto olhou ansioso para o pai.- Está vendo, papai? Bella tem moedas!
Então, podemos jogar, por favor?

– Bem, já que ela tem as moedas...

O olhar de Edward para mim foi tão gelado que eu senti me esfriar por dentro. Mas, ainda
assim, essa sensação era mais segura do que o arrepio que eu sentia quando ele se aproximava
mais.
Com isso em mente, eu vasculhei a bolsa, tirei algumas moedas e dividias fraternamente.

– Uau! Obrigada!

Os três deslizaram rapidamente para fora do banco e saíram como balas, exceto Ben, que
demorou o suficiente para dizer ao pai:

– Está vendo, papai, eu não lhe disse? Ela não é um barato?- Sorriu e deu um tapinha no
ombro de Edward.- Agora vocês podem bater um papo. E não se preocupem com meus
irmãozinhos porque vou tomar conta deles por vocês.

Eu olhai para Edward com o canto dos olhos.

– O que será que está acontecendo?

– Não faço a mínima ideia.

No instante seguinte, a garçonete chegou para anotar o pedido. Assim que ela saiu, Edward
mudou para o banco na minha frente.

Eu precisei disfarçar um suspiro de alívio. Mas, mesmo assim, o silêncio incômodo só foi
quebrado quando a garçonete retornou com torradas, refrigerantes e cindo copos. Edward encheu
um e me entregou.

– Então você é amiga de Emmett...- ele começou.

– Sim, mas...

– Não no sentido bíblico.- ele terminou por mim.- Pelo menos foi o que você disse. Mas
fique tranquila.- ele me olhou maliciosamente.- Você não é o tipo dele.

Eu achei melhor não perguntar o que ele estava querendo dizer com aquilo.

– Graças a Deus! Ele também não é meu tipo.

Ele mi fitou desconfiado, ante a minha resposta ríspida.

– Como ele está afinal?

– Ótimo.- eu sorri, evidenciando minha afeição por Emmett.- Na última vez em que o vi, ele
estava em muita boa forma, fazendo comentários sarcásticos a respeito da cerveja italiana.

Um arremedo de sorriso formou-se nos lábios de Edward.

– E onde foi isso?

– Trieste. Estávamos chegando de uma semana na Bósnia, cobrindo os bombardeios.

– Ah...- Edward ficou observando o líquido em seu copo.- Como você foi terminar aqui?
Este lugar parece muito estranho para uma repórter em férias.

Eu fiquei indecisa entre mentir ou compartilhar com ele meus assuntos pessoas.
– Você acreditaria se eu dissesse que estou fazendo uma matéria sobre babás?

Ele endureceu a expressão.

– Não. Que tal se disser a verdade?

Determinada a manter um clima suave, eu suspirei intencionalmente.

– Meu medo era que você dissesse isso. Na verdade estou pensando em mudar de carreira,
e seu irmão foi um doce em me oferecer a cabana para pensar com calma.

Certamente, não foi bem isso o que eu disse a Emmett. Para ele anunciei.

– Estou fora. Ponto final.

Ao que Emmett claro replicou.

– Por que diabos você quer fazer isso?

– É que... já não vejo mais graça.

– Já sei. É porque atiraram em nós quando voltávamos para o esconderijo, certo? Droga,
eu deveria ter tomado a outra estrada. Se...

– O problema não é você, Cullen.- eu o tranquilizei.- Sou eu. Já faz tempo que ando
pensando nisso. É claro que o risco faz parte do negócio, mas não é tudo.

– É só um trabalho, Swan.- assegurou Emmett.- Não é nenhuma missão sagrada. Há


quanto tempo você não tira férias?

– Não sei. Já faz um tempão. E isso importa?

– Ora, se importa! Você não pode desistir. Além de mim, claro, você é a melhor jornalista
que eu conheço, droga!- depois de alguns instantes, ele perguntou, finalmente:- Você gosta de
criança?

Eu estreitei os olhos.

– Se vai começar uma conversa machista sobre o meu relógio biológico, pode esquecer.

Emmett levou a mão ao coração e assumiu uma expressão ferida.

– Por Deus, Swan, como você é sensível! Eu nunca diria algo parecido.- um ar malicioso
iluminou os olhos castanhos claros.- No entanto, se você descobri que chegou a hora de ser mãe,
estou disposto a sacrificar minha virtude pela causa.

– Virtude? Você conquistou mais territórios europeus que Napoleão e Hitler juntos.

– Está com ciúmes?

– Quanta pretensão!

Dando de ombros, ele tirou um molho de chaves do bolso, retirou uma e empurrou para
mim, sobre a mesa.

– Perguntei se você gosta de criança, por causa disto. A chave é do meu cantinho neste
mundão velho, uma cabana dentro da propriedade de meu irmão, ao norte de Seattle. Se está
procurando um lugar para relaxar e não fazer nada este é perfeito. O problema é que os meus
sobrinhos fazem parte do pacote. Mas não me entenda mal: os garotos são bárbaros, só que às
vezes extrapolam um pouco.

Eu olhei para a chave, saboreando a ideia de viver em um lar de verdade, só para variar.

– E seu irmão e sua cunhada? Eles provavelmente não vão se sentir muito bem com uma
estranha por perto.

– Não se preocupe. Edward comprou a casa depois que a mulher Tania, morreu. Vou
escreve-lhe para avisar que você estará chegando, mas ele provavelmente estará tão ocupado
trabalhando que nem vai perceber que você está lá.

Ficar em um lugar que não fosse um hotel era uma ideia muito tentadora para resistir.

– Quer saber? Vou aceitar. Mas só se você aceitar que eu pageu minha estada.

– Sem chance.- ele disse com firmeza.

Sentada em um banco no Pizza Fritza um mês e meio depois, eu sorri ao lembrar da


discussão que se seguiu.

O sorriso sumiu, no entanto, ao me lembrar de como Emmett estava bonito naquele dia.
Fiquei imaginado por que nunca houve atração física entre nós dois. Bem agora eu sabia. Estava
esperando aquele irmão mais velho mal-humorado acendesse minha chama.

Como se estivesse lendo minha mente, Edward recostou-se e espreguiçou-se, sem deixar
um segundo de ser elegante e sexy.

– E você realmente está pensando em mudar de profissão?

– Sim.- obviamente, ele não acreditou em mim.- Por que não deveria?

– Por que desistir quando está no auge?- ele instigou.- Afinal, você ganhou um Pulitzer.

Mas fora justamente após o prêmio que tudo começou a mudar, embora eu não
conseguisse definir por que. Meneei o ombro.

– Gostaria de experimentar algo diferente.

– Por exemplo?

– Ainda não decidi.

Naquele momento, eu descobri que preferia fazer perguntas a responde-las.

– Estou pensamento em trabalhar como babá. Ouvi dizer que pagam muito bem.

Ele me fuzilou com o olhar.


– Muito engraçado...

– E você? As negociações acabaram bem?

Ele tomou um gole e meneou a cabeça enquanto punha o copo sobre a mesa.

– Sim, mas deu muito trabalho. Devo estar no Sudeste na semana que vem e já estava
começando a crer que não daria tempo.

– Ah...- ela não consegui disfarçar o tom de desapontamento.

Ele franziu as sobrancelha.

– Algum problema?

– Não, é claro que não- respondi rapidamente.- É que... você mal chegou em casa.

– É verdade. E já estou de saída na semana que vem. Preciso sustentar uma família, como
todo mundo.

– Mas...

– Ouça, tenho certeza de que suas intenções são as melhores.- ele disse com impaciência.-
E eu realmente aprecio o que você fez, assumindo tudo nos últimos dias. É óbvio que os garotos a
adoram. Mas não preciso que ninguém me diga como cuidar de meus filhos. Sou perfeitamente
capaz de proporcionar tudo o que eles precisam.

– Exceto o seu tempo.- eu murmurei.

Edward projetou a cabeça para frente.

– Desculpe-me?

– Nada.- eu respondi, desconcertada com minha própria presunção.- Eu só...

Felizmente, antes que eu pudesse me meter em apuros, as vozes dos garotos atraíram a
nossa atenção.

– É minha vez Erik!

– Não é! Eu ainda tenho direito a mais um jogo, Ben!

Edward ergueu-se rapidamente.

– Com licença. Preciso cuidar daquilo.

– Claro.

Ele saiu antes que eu terminasse de falar e, surpreendentemente, resolveu a disputa com
algumas palavras firmes. A seguir, abaixou-se para ouvir o que Mike tinha a dizer. Ele meneou a
cabeça e desapareceu para em seguida surgir com um cadeirão que posicionou na frente de um
videogame mais adequado ao menininho.
Eu tive que admitir que fiquei surpresa com a performance inesperada. Ele não estava
agindo como um pai distante e indiferente. A sensação aumentou quando depois de erguer Mike até
a cadeira, o pequeno o abraçou agradecido.

A garçonete ainda me encontrou extasiada em meu devaneio.

– Uma de pimentão com queijo extra e uma à moda da casa.- a mulher anunciou
alegremente, depositando as bandejas redondas sobre a mesa.

Eu mal tive tempo de me encolher contra a parede em meio aos gritos de “Oba!” e “ Já
estava na hora!” parecia que fazia meses que os garotos não comiam. Demorou um certo tempo até
que se pudesse estabelecer algum tipo de conversa.

– Você está se divertindo?- Ben finalmente perguntou a mim, depois de ter abocanhado
quatro pedaços quase sem parar para respirar.

– É claro que sim!- respondi, sorrindo agradecida por ele e o irmão terem me livrado da
tensão entre eu e Edward.ele sorriu.

– Isto é bom.- e voltou-se para Edward.- E você?

– Lógico.- ele disse rispidamente.

Ben voltou-se para mim.

– Tio Jasper diz que papai é um bom partido, sabe? Diz que ele tem um grande carro, uma
grande casa e um grande...

– Benjamim!- advertiu o pai.- Agora chega.

– Ih, pai, eu não falei nada de errado, falei?

– É que não é muito educado repetir o que outra pessoa contam a você.- Edward explicou,
evitando o meu olhar divertido e acenou em seguida, para pedir a conta.

– Ah, sei...- o garoto parecia meditar profundamente.- Você quer dizer que não devo dizer
que o Tio Emmett disse que você é assim emburrado só porque quase não tem tempo para fazer...

– Benjamim!- o tom de voz do pai foi letal.

Ben, no entanto, não se intimidou.

–...um relaxamento?- ele terminou, inocentemente.

Eu inclinei a cabeça fingi tossir para disfarçar a vontade de gargalhar.

Porém antes que Ben pudesse se voltar para a comida, a garçonete chegou trazendo conta.
Automaticamente, eu estendi a mão para pega-la, e Edward fez o mesmo. Nossos dedos se
tocaram. A mão enorme de Edward cobriu a minha mão delicada. Nós dois nos olhamos e eu senti
o calor cobri meu corpo.

Isso não é nada, eu disse a mim mesma. Provavelmente eu estava com alguma doença
encubada. Um resfriado. Uma gripe. Uma carência sexual aguda.

Edward disse com firmeza:

– Eu pago.

Eu afastei a mão e tentei sorrir com descontração.

– Como quiser.

Por um milésimo de segundo, eu poderia jurar ter visto algo perigoso brilhar nas
profundezas daqueles olhos dourados. No entanto, Erik conseguiu entornar um copo de refrigerante
gelado no colo do pai, fazendo-o saltar praguejando.

Desnecessário dizer que isso acabou com aquilo.

Notas finais do capítulo


espero que gostem outros ainda melhores viram.

(Cap. 7) ENTREVISTANDO AS BABÁS


Pv Edward

– Foi muito engraçado.- comentou Ben, gargalhando, enquanto eu o colocava na cama.-


Você levantou como um foguete!

– Que bom que você achou engraçado.

Eu estava exausto e só o que desejo é ir para cama. A casa já esta trancada e Mike e Erik
já estavam acomodados para dormir. O único obstáculo entre eu e a cama era Ben, que ainda
estava desperto e disposto a conversar.

– Sabe no que eu estava pensando, papai?

– Não. No quê?

– Estava pensando... você acha que gatos têm umbigo?

Eu me aprumei e o olhei emudecido.

– E então? Têm ou não têm?

Eu revi mentalmente o pequeno “zoológico” dos meus filhos. O que começou com dois
ratinhos brancos, um hamster, um periquito e quatro peixinhos dourados agora inclui Brutus, o furão,
um largato, uma cobra d’ água, um morcego ferido, que os garotos diziam estar tratando e, eu
lembrei estremecendo, as terríveis Ike e Spike que eram, nada mais, nada menos, do que um casal
de tarântulas, o que explicava o colapso nervoso da Sra. Allison. Mas não consegui me lembrar de
um único gato.

– Por que quer saber?- eu perguntei cautelosamente.- Nós não temos um, temos?

Ben sorriu e balançou a cabeça.

– Negativo. Eu só queria saber.

Aliviado, eu me pus a recolher as roupas sujas jogadas pelo chão.

– Papai?

– Sim?

– Você amava a mamãe?

A mudança repentina de assunto me pegou desprevenido.

– Como?

– você amava a mamãe?

– Sim, muito.- eu disse em tom baixo.

– você achava ela bonita?

– Ela era maravilhosa.- eu respondi, recordando.

Conheci Tânia na universidade. Loira, olhos azuis, com voz suave e um coração de ouro,
era delicada como uma fada. Apaixonei-me assim que a vi.

– Você gostava de ser casado?

– Sim.

– Então quer dizer que gostaria de se casar novamente?

– Talvez.

Pouco provável, eu admiti. Eu jamais poderei esquecer de como me senti após a morte de
Tânia, como se o meu coração me tivesse sido arrancado pela garganta. Tampouco consegui
esquecer da expressão confusa nos rostinhos de meus filhos.

– Isso não é assim tão fácil, Benjamin.- eu desconversei.- Eu teria que encontrar a mulher
certa, e ela teria que ser muito especial.

O garoto ficou alguns instantes ruminando a ideia.

– Bella é especial.- ele disse, por fim.- E é bonita, também; você não acha?

A mudança de assunto foi quase tão desconcertante quanto o anterior e me fez recordar do
momento, no final do jantar, em que tive a mão dela sob a minha. Lembrei de como ela umedeceu
os lábios, de como corara visivelmente. E a lembrança incitou novamente aquela sensação latejante.

– E então?- Ben persistiu- Ela não é bonita?

– Claro.- eu disse a contragosto.- Ben, já é mais do que hora de você dormir.

– Mas não estou casando.

– Acontece que eu estou.

– Ok, mas... responda só mais uma coisa. Você não vai nos deixar novamente, vai?

Eu suspirei.

– Receio que sim Ben.

O garoto sentou-se rápido como um raio.

– Mas você não pode! Isso é... quem vai tomar conta de nós?

– A Srta. Enne vai mandar algumas candidatas para uma entrevista, amanhã.

– Mas nós não queremos nenhuma babá idiota! Elas são chatas ! o que precisamos é de
uma mã...

– Ouça.- eu o interrompi com a paciência por um fio.- Não se preocupe, está bem?
Conversaremos pela manhã.

Ele voltou a se deitar.

– Promete?

– Prometo.

– Então está bem.- ele olhou fixamente apara mim.- Papai?

– Sim?

– Não se preocupe por não saber a respeito de gatos. Vou perguntar a Bella. Ela deve
saber. Afinal, ela sabe tudo.

– Certo.

– Papai?

– O que foi agora?

– É bom você estar em casa. Estava com muita saudade.

Ben me lançou um sorriso encantador, enfiou-se debaixo das cobertas e fechou os olhos.
Eu senti o meu coração apertado, mas ainda consegui responder:
– Também tive saudade, filho. Boa noite.

PV Benjamin.

Eu aguardei até os passos do papai sumirem no corredor. Então me levantei da cama, andei
na ponta dos pés e fechei a porta. Caminhei com segurança pelo quarto iluminado apenas pelo luar,
fui até a escrivaninha e acendi o abajur. Peguei o pequeno gravador e o liguei.

– Testando... testando...- eu sussurrei.- Este é o minicassete número dois.

Limpei a garganta, pensei por alguns segundos e comecei.

Ei, tio Emmett, sou eu novamente, Ben. Só quero dizer que papai finalmente voltou para
casa e conheceu Bella. Está tudo bem, embora as coisas não estejam correndo exatamente como
planejei.

É porque papai não telefonou como previsto, ela caiu dentro do duto da lavanderia, os
bombeiros vieram e papai ficou irritado. Mas depois que eu disse como Bella é legal, ele ficou tão
satisfeito que deu a ela quinhentos dólares por ter tomado conta de nós! Além disso, nós todos
fizemos o primeiro programa hoje à noite. Papai e Bella ficaram sentados sozinhos, e ele disse que
achou Bella muito bonita. O único problema é que ele vai ter que fazer outra droga de viagem de
negócios e por isso quer contratar outra babá idiota.

Mas já pensei nisso e tenho um plano. Tudo o que preciso é cuidar para ninguém queira o
emprego. Assim, papai pedirá a Bella que tome conta de nós, e vai perceber como ela é perfeita.
Simples, não é?

Este é Benjamin Cullen, seu sobrinho favorito, de Port Sandy.

P.S.: Estou enviando a você nove dólares e quarenta e dois centavos. Dava para você
comprar um anel de diamante bem grande? E mandar assim que for possível? Obrigado.

– Eu ainda não entendo por que precisamos ter uma babá idiota!- teimou Ben pela vigésima
vez. Estava sentado no sofá junto aos irmãos.

– Porque é preciso que alguém tome conta de vocês.

Eu consultei novamente meu relógio de pulso e franzi o cenho. Já eram dez e meia, o que
significava que a primeira candidata estava quinze minutos atrasada.

O dia já começou errado no momento em que despertei. Depois de uma noite perturbada
por sonhos em que tentei conhecer, no sentido bíblico, uma certa jornalista colega de meu irmão, cai
num sono pesado somente ao nascer do sol. Quando olhei outra vez para o relógio já passava das
nove. Desnecessário dizer que perdi a hora.

Corri escada abaixo e descobri que meus filhos já estavam de pé, quase destruindo a
cozinha. Mike convidou Brutus para o café da manhã e tudo indicava que o bichinho escapou. No
decorrer da busca malsucedida, os garotos conseguiram derrubar um pacote de farinha no chão,
além das latinhas de tempero e de um vasilhame de suco de maçã.

Eu mal comecei a limpar quando a Sra. Kent, a empregada temporária, entrou na cozinha.
Ela olhou a bagunça e disse que estava com dor de cabeça e que precisava voltar para casa.
A única coisa boa que aconteceu foi a tia Enne ter conseguido quatro candidatas para eu as
entrevistasse. Mas eu não estava muito otimista.

– Por que Bella não pode tomar conta de nós?- Insistiu Ben.

– Porque ela não está aqui para isso.

– Mas ela gosta de nós!

– Tenho certeza de que sim, mas só está aqui de passagem.

– Queremos que ela fique mais tempo.- teimou Ben.

– E não queremos nenhuma babá idiota.- emendou Erik.

– Sinto muito, mas vocês precisam de uma.- Eu senti uma pontada de culpa ao perceber a
infelicidade na voz dos garotos.- Ouçam, nós vamos encontra a pessoa perfeita para vocês, eu
prometo.

Me dirigi até a janela ao ouvir um carro estacionado.

– Ok meninos, lá vamos nós.- como Ben olhou pra mim com um olhar petulante, eu
acrescentei.- Acredite. Tudo vai dar certo.

Pv Benjamin.

Troquei um olhar significativo com meus irmãos. Então me recostei no sofá e cruzei os
braços.

– É assim?- eu murmurei.- Pois então, veremos!

A primeira candidata foi a Srta. Michael. Mal saída da adolescência, com cabelos castanhos
encaracolados e enormes olhos azuis, parecia um lápis, de tão alta e magra. Para completar, seu
temperamento tímido deixava muito a desejar.

Antes que a entrevista chegasse ao ponto das perguntas e respostas, eu já tinha decidido
que tinha pouca experiência para lidar com os garotos. E, no instante seguinte, Mike puxava minha
manga.

– Papai?

– Sim, Mike?

O garoto meneou o indicador, para que eu me aproximasse.

– Preciso ir lá.

Eu me empertiguei.

– Agora?

O menino confirmou, acenando com a cabeça.


– Precisa de ajuda?

Ele balançou a cabeça com veemência.

– Então está bem.- eu aquiesce.- Pode ir.

Mike saiu correndo, e eu voltei à entrevista. passados alguns instantes, Ben interveio:

– Sabe? Meu irmão é pequeno e às vezes faz coisas que não deve. Como sou mais velho,
tenho que ficar de olho. Acho melhor ver se está tudo bem.

Determinado a minar qualquer tentativa de sabotagem de meu filho eu me adiantei.

– Você fica aqui e eu vou olhar seu irmão.

Ben fez menção de protestar.

– Mas, papai...

– Já disse que eu vou até lá.- olhei significativamente para ele.- Seja gentil. Voltarei logo.

– Está bem papai.

Eu encontrei Mike parado diante do espelho de um dos banheiros do térreo, olhando para a
própria imagem.

– Mike? O que está fazendo?

O garoto corou.

– Nada!- ele apresou-se em responder.

Eu analisei a imagem refletida e gentilmente peguei o rosto do meu filho entre as mãos para
então vira-lo para minha direção. Um lado dos cabelos do caçula estava emplastado com uma
camada mais que generosa de gel.

– Que penteado interessante.- eu comentei, com neutralidade. - Eu só queria fazer uma


experiência.- Mike explicou, timidamente.- Mas o pente grudou nos meus cabelos.

De fato, eu percebi que havia um pente grudado no meio de uma placa de gel, atrás da
orelha do garoto. Suspirei.

– Tudo bem.- eu tirei uma toalha do suporte e coloquei Mike sobre o balcão.- Com um
pouco de água você vai ficar novinho em folha.

Em pouco tempo, eu deixei Mike com uma aparência decente, e não demorou muito para
que nós dois nos juntassi-mos aos demais.

A Srta. Michael voltou-se nervosa na nossa direção.

– Tudo...tudo bem?

Eu fiquei surpreso com a mostra de preocupação.


– Claro. Tivemos um probleminha, mas jogamos um pouco de água e ficou tudo bem, não
foi, Mike?

– Foi.- ele concordou.

Ao que a Srta. Michael perguntou trêmula:

– O senhor... o senhor teve que jogar água?

– Não foi nada. O Mike aqui estava fazendo uma pequena experiência com os cabelos e...

– Ah, meu Deus! Os cabelos!

Ela ergueu-se num salto e caminhou até a porta.

– Sinto muitíssimo, Sr. Cullen, mas eu... tenho certeza de que não sou a pessoa certa. Estou
há somente dois meses no curso para babás. Simplesmente não tenho experiência para lidar com
crianças... especiais. Quero dizer...- ela olhou significativamente para Mike.- Os garotos me falaram
a respeito do problema de Mike. Sobre os bombeiros que precisaram vir ontem, e sobre como a
cozinha se incendiou mais tarde.

– Eles contaram?

Eu fulminei com o olhar os dois mais velhos que nem ousavam erguer os olhos.

– Sim! Sinto muito, mas o senhor vai ter que arrumar outra pessoa para ficar com eles.

Com isso, ela me deu as costas e saiu, fechando a porta atrás de si.

Eu respirei fundo e contei até dez. oito vezes. Enfim, voltei, para os meus filhos velhos, com
a voz perigosamente calma.

– Muito bem. Quem de vocês vai contar o que disseram para a moça pensar que Mike é
um piromaníaco.

Ben saltou e ficou de pé.

– Ih, papai.- cuidando para não se aproximar muito de mim foi até a porta, com Erik em
seus calcanhares.- Deve ser nossa próxima candidata.

A Sra. Cay era uma mulher na faixa dos cinquenta anos, falante e determinada, com óculos
e cabelos presos em um coque. Como tivesse uma certa experiência, antes de chegar ao final da
entrevista, eu já tinha decidido que a Sra. Cay era o que eu estva procurando. Sentindo-me
confiante, me voltei para os meninos:

– Vocês querem fazer alguma pergunta?

Depois de um momento de silencio, Ben manifestou-se:

– A senhora gosta de bichinhos de estimação, Sra. Cay?

Eu cheguei até a ficar orgulhoso, pois esta era uma pergunta que eu mesmo deveria ter feito:
– Ah, sim.- alegrou-se a Sra. Cay.- Eu até tenho um canário encantador. Seu nome é Bybu.

Os garotos trocaram um olhar expressivo, ao que eu apressei em explicar.

– Veja bem, alguns dos bichinhos de meus filhos são um tanto exóticos.

A Sra. Cay sorriu encantada.

– Que coisa maravilhosa! A minha filha lisa já teve um gato angorá. E o meu bybu canta
excepcionalmente. Imagine que na ultima semana ele...

Ao ouvir o telefone tocar, eu me ergui.

– Com licença.- pedi, interrompendo-a, lançando então um olhar grave na direção dos
meus filhos.- Nada de ficar contando histórias, ok?

– Sim, papai.- os garotos responderam em coro enquanto eu saía da sala:

Ao chegar ao escritório, eu peguei o fone.

– Alô?

– Sr. Cullen? Aqui é o Bento, da Bento serviços automotivos. Estou retornado sua ligação a
respeito do seu carro.

Um grito arrepiante cortou o ar.

– Bento? Você pode ligar mais Tarde?- eu bati o telefone e corri para a sala, a tempo de
ver a Sra. Cay se batendo toda, como se estivesse sendo atacada por inimigos invisíveis. Os garotos
estavam bem atrás dela.

– O que diabos está acontecendo?- eu vociferei.

A Sra. Cay alcançou a porta com os óculos desalinhados e o coque completamente


desfeito. Tremendo violentamente, me fulminou com um olhar assustador.

– Não! Não posso ficar aqui! Sinto muito!

Ela abriu a porta e saiu como um raio.

Mal acreditando na cena que se desenrolou na minha frente, eu ainda fui até a porta a tempo
de vê-la partir como se a casa fosse assombrada. Depois, voltei pra os meus filhos que haviam me
seguido.

– Muito bem. O que aconteceu?

Ben deu de ombros.

– E eu sei? Estávamos falando sobre bichinhos. Ela nos contou a respeito de Bybu, que, por
sinal, é um nome muito idiota.

– Benjamin...- eu o adverti.
O garoto suspirou.

– Ok, ok. Bem ela então perguntou se eu tinha algum bichinho de estimação, e eu lembrei
que Belly estava dormindo em meu bolso. Então eu o tirei para mostra-lo e ela ficou... sei lá...- ele
balançou a cabeça.- Pobre Belly. Não foi culpa dele. Ele tentou escapar e parece que ficou
embaraçado nos cabelos dela.

– Belly? Quem é esse?

– Ué, você não sabe? Belly lagusa. Eu não contei que Bella o encontrou e deu a ele esse
nome por causa daquele ator antigo? Aquele que dizia assim.- o garoto mostrou os incisivos e falou
imitando o sotaque da Transilvânia.- Eu beberr toda sua sangue...

Eu mal pude crer. Lá estava Bella novamente, desequilibrando minha vida. Eu já devia ter
adivinhado.

– Espere um minuto. Você está falando de Bela Lugosi?

– Lógico. O que foi que eu disse?

– Quer dizer que Belly é o morcego?

– Com certeza não é um canário idiota.

Eu retesei o maxilar e comecei a contar até mil. Interpretando mal o meu silêncio, Erik se
aproximou e deu um tapinha consolador em minhas costas.

– Tudo bem, papai. Belly não se machucou.

A Srta. Ganter tinha vasta cabeleira vermelha e aparelhos nas duas arcadas. Fora isso, o
conjunto de fuseau e camiseta verde-limão e as botas até os joelhos, ela até era razoável. Mas, ao
perceber a tatuagem de cobra ao redor de seu pulso, eu imaginei que modelo ela seria para meus
filhos.

Erik percebeu o detalhe imediatamente e ficou fascinado, a ponto de se aproximar para ter
melhor visão. Ela percebeu e estendeu o braço.

– Quem fez a tatuagem foi meu velho. Nós vamos ficar juntos novamente.- ela explicou,
franzindo a sobrancelha.- Assim que ela sair da prisão.

Ben arregalou os olhos.

– Puxa! Não brinca!

A Srta. Ganter estourou uma bola de chiclete, sem preocupar-se com o aparelho.

– Foi. Ela já cumpriu dois de cinco anos, mas acho que vai sair em setembro por bom
comportamento.

– Ele matou alguém?- Erik estava hipnotizado.

Ela gargalhou.
– Está brincando? Meu velho é safo. O que ele fez foi tentar entrar no sistema de entregas
em domicílio, no computador, para pedir coisas sem pagar.- levou a xícara de café até a boca e
suspirou.- Meu velho não é um marginal qualquer. Ele é um artista da computação.

Os olhos de Ben se iluminaram.

– Uau! Será que um dia você vai me mostrar...

Eu me ergui abruptamente e tirei a xícara de café da mão tatuada.

– Obrigada, Srta. Ganter.

Eu a peguei pelo cotovelo e a levei até o vestíbulo.

– Sua entrevista foi muito... educativa. Diga à Sra. Enne que manterei contato.

– Já entendi, Sr. Cullen. Para falar a verdade, nem gostaria de trabalhar aqui. O senhor tem
ratos pela casa.

Eu olhai para onde ela estava apontando e vi o hamster andando pela escada. Jamais pensei
que iria me sentir tão grato a um roedor.

Eu suspirei aliviado ao ver uma senhora de cabelos brancos curtos e postura digna sair de
um sedã azul. De acordo com tia Enne, os antecedentes de Srta. Brunet ravel ainda não haviam
chegado, mas suas notas no curso de babá eram as melhores possível.

Eu fiquei surpreso ao perceber que, apesar dos gestos bruscos, ela era uma mulher gentil,
ainda que tivesse um hábito estranho de enfatizar certas palavras na frase como se tivesse letras
maiúsculas.

– A senhora gosta de animais de estimação?- eu perguntei depois de ter concluído a rotina


mais formal.

– Certamente. Os animais são nossos amigos.

– Não estou me referindo exatamente a cachorros e gatos.- eu esclareci.- Os garotos têm


um morcego, um largato, algumas tarântulas e vários roedores.

A Srta. Ravel sorriu, com aprovação.

– Ótimo. Quando criança, eu mesma tive uma jiboia. Cuidar de animais dá noções de
responsabilidade.- ela sorriu brandamente para meus filhos.- Garotos precisam ter muita
responsabilidade.

– Concordo.- eu tamborilei os dedos.- Como a senhora se sente a respeito de imaginação


criativa? Histórias fantasiosas?

– Não se preocupe. Consigo perceber assim.- ela estalou os dedos no ar.- Quando não
estou ouvindo a verdade. Comigo, seus filhos aprenderão que honestidade é a melhor política.

Os garotos olharam desanimadamente para a candidata, e eu, que estava me sentindo


bastante entusiasmado, senti pena deles.
– Por que não sobem para vestir um calção de banho enquanto acerto alguns detalhes com
a Srta. Ravel?

– Ok.- eles disseram, tristemente.

Eu observei-os sair e então me voltei para a Srta. Ravel.

– Se está interessada, o emprego é seu. Creio que a Srta. Neymam já lhe contou que exijo
um período de experiência de duas semanas, mas...

O telefone tocou novamente. Eu suspirei.

– Com licença. Preciso atender...

A Srta. Ravel inclinou a cabeça.

– Por favor. Fique a vontade.

– Então, está interessada?

Ela olhou ao redor da sala finamente decorada.

– Oh, Sim!

Tendo ouvido a afirmação, eu fui para o escritório era Bento novamente. Dessa vez, eu
pude falar sem interrupções. Eu expliquei o problema e consegui que viessem olhar o carro.

No momento em que desliguei o aparelho, sentia-me um homem novo. Tudo parecia estar
se encaixado novamente.

No entanto, fiquei surpreso ao encontrar a Srta. Ravel esperando por mim no corredor.

– Quando quer que eu comece?- ela perguntou bruscamente, fingindo procurar algo na
bolsa grande.

– Amanhã é muito cedo?

– Não, não, seria ótimo...

– Ei, Srta. Ravel!- Erik chamou. Eu ergui os olhos e vi os garotos correndo ao longo da
balaustrada no andar de cima.- Quer var minha criação de formigas?- acompanhado dos dois
irmãos, o menino começou a descer as escadas, carregando um grande recipiente de acrílico.

Eu automaticamente estendi um braço para proteger a nova babá ao perceber que a tampa
havia sido removida.

Infelizmente, a Srta. Ravel mudou de posição e a minha mão se chocou contra o antebraço
dela, desequilibrando-a e projetando-a para frente. Ao mesmo tempo Ben deu um empurrão
entusiástico no irmão.

– É, mostre para ela, Erik!

Como câmera lenta, Erik abriu os braços, atirando formigas e terra como se fossem
confetes na direção dela, que, com um grito apavorado, deixou a bolsa cair ao chão, esparramando
os itens interessantes que estavam em seu interior: uma velha caixinha de rapé de prata, um pratinho
de cristal e um gracioso cisne de jade.

Eu olhei para os objetos, que, por sinal, pertenciam todos, à sua sala, encarou a Srta. Ravel
e praguejei.

– Ih!- se apavorou Mike.- O papai disse uma palavra muito, muito, muito feia.

(Cap. 8) FANTASIA

Notas do capítulo
Como não fantasiar com um homem como Edward Cullen?

Pv Bella

Eu estava sonhando. Sabia que era um sonho, mas o que importava? Esticada a uma
espreguiçadeira ao lado da piscina, me deliciava com a imagem de Edward diante de mim.

– Eu quero você.- ele murmurou, com os olhos dourados enevoados de paixão. Estava
todo de roupa clara como na primeira vez que o vi. A calça e a camisa não tinham uma ruga e os
cabelos estavam impecáveis.

Eu franzi o semblante. Aquilo não estava certo. Ele estava perfeito demais para esse tipo de
fantasia. Então, de repente, a camisa se foi, revelando um peito macio e maravilhosamente
esculpido. Os cabelos dourados cresceram um pouco e tornara-se encantadoramente desalinhado.
Uma barba razoavelmente crescida escurecia-lhe o queixo, dando-lhe um ar perigoso.

“Ah isto sim é uma fantasia.”

– Oh, Bella.- ele murmurou, com reverencia. Tocou meu pescoço com os dedos suaves.-
Você é tão maravilhosa. Uma deusa.- os lábios de Edward tocaram os meus, suaves como uma
nuvem, com um movimento deliciosamente erótico.

Eu gemi de prazer. Que beijo! Definitivamente, aquele era um sonho para mulher nenhuma
colocar defeito, exceto por aquela vozinha insistente, aquela que não se recusa a ir embora por mais
que eu desejasse.

– Olá! Ei, você!- ela dizia.- Tem alguém em casa?

Eu tentei ignora-la. Entreabri meus lábios, convidando meu amanta aprofundar o beijo.
Como nada acontecia, estendi meus braços, minhas mãos deslizando pelos músculos de meu herói
sensual. Pequenas descargas de eletricidade aconteceram em várias partes de meu corpo. Eu o
puxei para mim, pressionando meus seios palpitantes contra seu peito largo, esperando que ele
correspondesse à altura.

Mas a vozinha continuava, lá no fundo.

– Terra chamando Isabella Swan. Acorde!

A imagem de Edward começou a desaparecer.

Edward? Que coisa ridícula. Ele nem mesmo gosta você. Onde foi parar seu amor próprio?

Tudo bem, tudo bem. Acabou. Com um suspiro melancólico, eu abri os olhos s dei de cara
com três criaturas com olhos de sapo. Num sobressalto violento, ofeguei e sentei rapidamente, o
que suscitou um coro de gargalhadas.

– Ei, Bella!- brincou Ben, tirando os óculos de natação.- Somos nós, Benjamin...

– Erik!- Erik apareceu por detrás do outro par de óculos.

– E Mike!

– Nós assustamos você?- Ben perguntou.

O mundo fez mais sentido depois que eu terminei de despertar. Respirei fundo para acalmar
o coração acelerado e em poucos segundos sorri.

– É claro que me assustaram! Pensei que vocês fossem terríveis monstros com olhos de
sapo.

Ben ficou ainda mais satisfeito.

– De verdade?

– De verdade!

– Legal!

– O que vocês estão fazendo aqui? Já encontraram uma nova babá?

Os três balançaram a cabeça e fizeram a mesma expressão de santinhos.

– Nananina.- a expressão de Ben não poderia ser mais triunfante.- A Srta. Michael ficou
com medo de que Mike fosse incendiário. A Srta. Cay só gostava de canários e ficou apavorada
com nosso morcego Belly Lagusa. O papai fez a Srta. Ganter sair mais cedo porque o pai dela é
presidiário, e a Srta. Ravel foi atacada pelas nossas formigas por acidente e só assim soubemos que
ela estava roubando nossas coisas, então, quando papai ligou para a tia Enne, ela disse que não
podia mandar mais candidatas porque nossa casa não é segura.

– E meu pai disse uma palavra muito feia.- acrescentou Mike.

– Ele tem feito muito isso ultimamente.- Erik completou.- Quer ouvir?

– Ah, não, muito obrigada.- desconversei, já imaginando do que se tratava.


Ben inclinou a cabeça para o lado.

– Você estava tendo um pesadelo?

Eu senti o sangue subir para meu rosto.

– Por que está perguntando?- indaguei, temendo a resposta.

– Você estava fazendo uns barulhos estranhos.- Erik comentou.

– Nós queríamos acordar você antes.- Ben informou.- Mas, papai não deixou.- O garoto
apontou para uma ponte atrás de mim, fazendo eu girar noventa graus.

Lá estava ele, a cerca de três metros, com uma mão apoiada no batente da casa de
máquinas. Minha nossa! Eu geme pra mim mesma. Exceto por um par de óculos e uma sunga preta
sumária, o homem estava completamente nu! E o pior é que, dessa forma era ainda melhor do que
em meu sonho.

A pele, levemente branquinha, ressaltava os músculos dos ombros e do tórax e revelando o


abdome rijo e liso. Os pelos dourados do peito desciam para o ventre, como uma seta apontando
para... ora, esse detalhe não apareceu em meus sonhos. Os cabelos molhados, deixando-o com a
aparência daqueles homens incrivelmente bonitos dos comercias de bronzeamento. Mas a expressão
do rosto continuava glacial.

– Pensei ter dito a vocês para deixar a Srta. Swan dormir em paz.- ele advertiu.

– E nós deixamos!- Ben protestou.

– Só estávamos tomando conta dela.- Erik explicou.

– Você viu? Ela estava fazendo aqueles barulhos esquisitos novamente.- Ben começou a
esclarecer.- E...

– Eu acordei sozinha.- eu os interrompe. Não queria correr o risco de ver os garotos


repetindo os meus sons estranhos pra o pai. Em seguida, procurei sorrir para Edward.- Eles não
estavam me incomodando, fique tranquila.

– Está bem.

Edward deu um passo adiante, e os garotos escaparam na direção da piscina.

– Agora que você está aqui para olhar, podemos voltar para a água?- Ben pediu, dirigindo-
se à parte mais rasa, com Erik e Mike no seu encalço.

– Sim.- Edward respondeu, sério.- Tudo bem.- parou diante de mim e acomodou-se em
uma das cadeiras debaixo do grande guarda-sol. Seu perfume, uma mescla de ar fresco, cloro, uma
nota de loção de pele aquecida foi o bastante para acelerar a minha respiração.- Mas comportem-
se, por favor.

Ele olhou na minha direção. Apesar dos óculos escuros, senti o olhar de Edward cravado
em meu corpo. Ele brandiu a lata de refrigerante em sua mão.
– Aceita um?

– Não.- minha voz soou mais rouca do que a habitual.- Não, obrigada.

Na piscina, fora do alcance visual de Edward, Erik subiu nos ombros de Ben. Ambos
fizeram uma pose, flexionaram os músculos ainda não desenvolvidos e acenaram para mim. Eu ri
suavemente e acenei com os dedos.

– Você tem sorte.- eu comentei com Edward.- Os garotos são ótimos.

– Mas quando tento contratar uma babá, eles viram uns demônios.

– Teve um dia ruim?

– Mais ou menos.

– Os garotos disseram que você não achou nenhuma adequada.

Ele suspirou, inclinou a cadeira para trás, ficando apenas sobre os pés, e olhou pra mim por
cima dos óculos.

– Não foi bem assim. Com exceção de uma, as outras três não eram ruins. No entanto, uma
saiu pensando que o Mike é incendiário, a outra acredita que minha casa está infestada de ratos e a
ultima levou um banho de formigas depois de tentar roubar alguns objetos da minha casa.

– Não se preocupe. Talvez ainda não tenha aparecido a pessoa certa.

Ele balançou a cabeça.

– Não tenho muitas esperanças. Afinal, já tivemos dez babás em um ano e meio.

Percebendo que o pai não estava olhando, Ben saiu da piscina, foi até o jardim que
enfeitava o deque e rapou o pé de petúnias, deixando apenas a haste. Indiferente, Edward continuou
a lamentar-se.

– Eles são muito desobediente e não respeitam autoridade.

Eu o olhei de lado, pensando que eles eram esperto e criativos, desesperados pela atenção
do pai. Só ele não percebia isso.

Com outro olhar rápido na direção de Edward, Ben jogou as flores na piscina.

– Ei, vocês!- ele gritou para os irmãos, atirando água para todos os lados ao juntar-se a
eles.- Vamos brincar de Homem-raio ! estas são as nossas munições especiais para combater o
bolha. Mike, você é o bolha!

Pegando um punhado de flores ensopadas, ele atirou no irmão mais novo. Mike atirou de
volta, Erik entrou na confusão e todos os três começaram a gritar e rir.

– Eles precisam de uma babá- Edward concluiu.- Precisam de um sargento.

“ Eles não precisam de uma babá”, eu pensei com meus botões. “ precisam de um pai”.
Cautelosamente, me dirigi a Edward.
– Sabe, você tem razão. Os garotos dão muito trabalho. Eu não imaginava que já passaram
tantas babás por aqui. Você disse dez?

– Correto.

– Isso é terrível. Tem alguma ideia do que vai fazer?

Ele meneou os ombros enormes.

– Ainda não decidi.

– Já pensou em um colégio interno?

– Colégio Interno?

– Há excelentes academias militares na costa leste.

Fiz uma série de artigos sobre elas no começo da minha carreira. Uma delas, a Markhurst,
costumava ser exemplar. Se você quiser, posso entrar em contato com o comandante.

– Não creio que seja a melhor solução.

– Acredito piamente que esta possa ser a resposta a seus problemas. Tenho certeza de que
o comandante Kent deixara seus garotos em forma da noite para o dia. Um ano ou dois de
acompanhamento constante, inspeções diárias e verdadeira disciplina pode ajuda-los a obedecer.

– Meu Deus. Mike tem só quatro anos.- Edward me fitou, incrédulo.- Está falando sério?

– Ei, ouça, foi somente uma sugestão. Quanto á mim, nunca tive problema com os garotos.
Na verdade, quando cuidei deles, tudo ocorreu bem.- eu fiz uma pausa cautelosa antes de
prosseguir.- As crianças sentem quando você mantém uma autoridade segura.

– Está querendo dizer que não tenho essa autoridade?

– É claro que não. Mas eles tendem a ignorar o que você lhes pede, não é? E conseguem
ser muito desordeiros.

– Do que você esta falando?- ele vociferou, como um leão defendendo sua cria.

– Bem... olhe a bagunça que eles estão fazendo agora. Todas aquelas flores não devem
fazer muito bem ao sistema de filtros da piscina.

Edward ergueu-se rapidamente que os óculos caíram ao chão.

– Mas que inferno! Garotos, parem com isso agora mesmo!

Ben, Erik e Mike congelaram. Eles haviam acrescentado alguns gerânios e margaridas ao
“arsenal” espalhado pela piscina e uma mistura de vermelho, amarelo e rosa flutuava pela água.

– Qual é o problema, papai.- Erik perguntou inocentemente.

Edward caminhou na direção deles, com as costas rígidas.


– Vocês sabem muito bem que não podem jogar galhos pedras, folhas ou flores na piscina!

– Mas isso é munição!- Ben protestou.

– Não quero saber o que é isso! Quero tudo limpo. Agora!

– Mas, pai...

– Não quero ouvir mais nada!- Edward cortou a fala do filho.- Quero toda essa bagunça
limpa, e depois todos para fora da piscina.

Edward cruzou os braços e ficou esperando.

– Puxa, não precisa fazer todo esse escândalo.- resmungou Ben.- Nós não faríamos isso se
tivéssemos alguém como Bella para cuidar de nós.

O-Oh! Ele não devia ter dito isso. O pai o fulminou com os olhos.

– Já chega.

Ben olhou do pai para os irmãos, que já estavam de cabeça baixa, meneou os ombros e
começou a juntar as flores ensopadas. Erik e Mike ajudaram e, alguns minutos depois, todos saíram
da piscina.

– Peguem as toalhas e se enxuguem. Depois esperem por mim na porta da cozinha.

– Sim, papai.

Os três passaram cabisbaixos por mim. Eu, por minha vez, procurei me manter firme. Não
era hora de derreter como sorvete. Peguei a sacola de praia, tirei a agenda, uma caneta e um bloco
e me ergui. Depois caminhei até a mesa, onde copiei um nome e um número de telefone.

– pegue.

Eu estendi a folha de papel na direção de Edward quando ele veio buscar os óculos. Com
um ar desconfiado, ele pegou.

– O que é isto?

– O telefone de Markhurst.

Ele olhou para o número um momento e amassou-o.

– Eu não preciso disto.- disse rispidamente.

– Mas...

– Decidi reprogramar a minha viagem. Posso ficar aqui algumas semanas até os garotos
entrarem na linha.

– Está falando sério?- eu precisei me segurar para não demostrar minha satisfação.- Tem
certeza de que é isso o que deve fazer?
– Absoluta. Vou dar a eles umas aulas de boas maneiras, vou faze-los lembrar que os
comportamentos inadequados sempre têm repercussões. No momento em que tia Enne encontrar a
babá certa, eles estarão prontos.

– Ora... se eu puder ajudar...

Ele balançou a cabeça.

– Posso cuidar disso. Com licença.

– Ah, Claro.

Edward caminhou decidido na direção da casa, mas parou alguns metros adiante.

– Talvez você possa fazer algo.

– Pois não.- eu respondi, procurando não parecer solícita demais.

– Por acaso sabe se gatos têm umbigo?

Eu franzi a sobrancelha antes de responder.

– É lógico que têm. Eles são mamíferos. Só que não dá para ver por causa do pelo.

– Obrigada.

Sem maiores explicações, ele me deu as costas e seguiu para a casa.

Fiquei ali observando sua partida. Ele era um tipo arrogante, autoritário, difícil de gostar e
mais difícil ainda de se entender.

Então por eu ainda desejava conhecê-lo mais? Era porque eu gostava de desafios? Ou
porque competir com ele me fazia sentir viva mais do que nunca? Ou era nada mais, nada menos
que uma questão de química? Afinal, ele tinha um corpo e tanto.

Sufocando um gemido provocado por meus hormônios superativos, eu caminhei para a


parte mais funda da piscina e mergulhei de cabeça.

PV Edward

– Você vai tomar conta de nós?- Ben olhou boquiaberto para mim.

Todos nós estávamos sentados à mesa na sala de refeição ao lado da cozinha. Cansado do
dia longo e cheio de acontecimentos nem sempre agradáveis, eu tentei novamente fazer os
sanduiches de queijo e tive sucesso. Depois aguardei até o final da refeição para anunciar a
novidade.

No entanto, eu estava intrigado. O meu filho mais velho não se excitara mais ficou apenas
pensativo.

– Você realmente vai ficar conosco?- Ben insistiu.

– Sim. Será muito divertido.


Divertido e educativo, eu pensei, para os meninos e para Isabella Swan. Toda vez que me
permitia pensar na mulher que acabei de conhecer, me sentia tenso e estranho. Já foi ruim demais
encontra-la na beira da piscina dormindo e vulnerável, usando nada além daquele biquíni amarelo.
Mas o pior foi ouvir ela gemer daquele jeito, enquanto estava sonhando.

Deus era testemunha de que eu não tive a intenção de ficar vendo-a se remexer-se
languidamente, evidenciando aqueles pontos arrepiados sob o sutiã justo. Nem quis ficar me
deleitando com aquele sorriso de prazer que se formou nos lábios carnudos. Mas o que fazer? A
carne falou mais alto.

E ela, o que fez? Tinha ao menos gritado com os garotos por tê-la acordado? Tinha pelo
menos se sentido constrangida por ter sido flagrada cochilando em minha piscina? Tinha feito ou dito
algo para sugerir que a mesma atração que eu sentia era mútua? É logico que não. Isso seria simples
demais. Fácil demais. Humano demais. Ao contrário, ela sugeriu ser mais capaz de cuidar de meus
próprios filhos!

Mas agora todos iriam aprender uma lição.

– Papai?

– O que foi, Ben?

– Você vai estar aqui no meu aniversário, não vai?

Eu calculei que a data era dali a três semanas e decidi que a viagem poderia esperar até lá.
Além do mais, quando eu era criança, adorava aniversários e não podia perder o dos meus filhos.

– Com toda a certeza.

– Perfeito. Você me dá licença?

– Para mim também?

Surpreso com o pedido repentino, eu meneei os ombros.

– Claro.

– Legal!- os dois saltaram da cadeira e saíram correndo.

– Papai?

Mike, que permaneceu por perto, desceu de sua cadeira e veio para o meu lado.

– O que foi, Mike?

O garoto meneou o indicador, para que eu abaixasse a cabeça. Imaginando que ele
quisesse me contar algum segredo, eu me inclinei.

Suave como uma borboleta, Mike depositou um beijo no meu rosto.

– Que bom que você vai ser nossa nova babá.- ele disse timidamente.

Eu senti um redemoinho no peito ao ver meu caçula sair.


“ Meu bom Deus,” eu pensei. “ Será que estou agindo certo?”

Notas finais do capítulo


ei recomendem tá fação a alegria dessa autora. plis. amo v6.

(Cap. 9) CHEIRANDO À PEIXE

Notas do capítulo
gente essas crianças vão acabar enloquecendo o pai kkkkkkkkkkkkkkk.

PV Edward

– Está tentando dizer que ela não virá?- eu disse ao telefone de minha cozinha à primeira
hora da manhã seguinte.- Ela é sua funcionária e você deve ordenar que ela venha! Ou providencie
outra pessoa!

Fabiana Neymam procurava ser gentil, mas sua postura era firme.

– Sinto muito, Sr. Cullen. Infelizmente os comentários já se espalharam. Não posso obrigar
ninguém a limpar sua casa ou cozinhar para o senhor.

Olhando para o verdadeiro caos instalado em minha cozinha, eu tentei procurar um


argumento imbatível para convencer a Srta. Neymam.

– Eu entendo, mas isso não muda o fato de que temos um contrato...

– Um contrato em que o senhor se compromete a propiciar condições de segurança para o


trabalho.- ela disse me interrompendo.- E meu advogado me garantiu que ratos, morcegos e
infestações de aranhas são violações claras. Além do mais, a Sra. Kent não se demitiu. Ela está
doente.

– Ouça, Srta. Neymam, até onde eu sei, menopausa não é exatamente uma doença;
portanto, essa não é uma razão plausível para mulher não vir trabalhar.

Tia Enne ficou calada por alguns segundos e suspirou.

– Sabe Sr. Cullen?- ela disse, com muita dignidade.- Não conheço seu irmão, mas começo
a entender por que sua noiva preferiu ficar com ele. Com licença, o outro telefone está tocando.
Tenha um bom dia.

Eu mal acreditei quando ela desligou.


Durante alguns segundos, senti vontade de mandar tudo às favas, liguei para Helena e pedi
para ela providenciar uma reserva em um dos hotéis. Lá os empregados tomariam conta dos garotos
e eu poderia trabalhar em paz. Mas respirei fundo, sufoquei as emoções e me esforcei a considerar
a situação de um ponto de vista racional.

Assim que consegui, percebi que este ultimo acontecimento era mais uma inconveniência do
que uma calamidade. Afinal, a Sra. Rosenclay, minha governanta, voltaria das férias em duas
semanas e meia. Embora eu não tivesse muita experiência em dirigir uma casa, isso não devia ser
muito diferente de gerir um negócio, algo que eu fazia tão naturalmente quanto respirar.

A primeira coisa que eu devia fazer era organizar. Avaliei uma vez mais o caos ao meu
redor, só que, dessa vez, mentalmente comecei a fazer uma lista. Limpar a cozinha era o primeiro
item. O segundo era fazer uma busca metódica na geladeira, no freezer e na dispensa e proceder à
compra de alimentos congelados.

Ben escolheu exatamente aquele momento para entrar na cozinha, seguido por Erik e Mike.
Arrastando os pés, com os cabelos especados e os rostinhos ainda inchados de sono, os três
ocuparam os bancos que se alinhavam ao longo do balcão coberto de azulejos.

– Bom dia, papai.- os três me cumprimentaram bocejando.

– Bom dia. É bom que vocês estejam acordados. Temos muito o que fazer.

– Oba! Vamos passear de barco?- Erik entusiasmou-se.

– Bella poderia vir junto.- Ben acrescentou ansiosamente.- Ela sabe tudo sobre barcos e...

– Não.- eu balancei a cabeça.- Estou pensando em outra coisa. A Sra. Kent não virá, por
isso teremos que cuidar de tudo sozinhos. Vamos começar deixando esta cozinha em ordem. Então
iremos ao mercado fazer compras.

– Ok.- concordou Mike amigavelmente.

Ben e Erik, ao contrário, olharam desanimadamente para mim.

– Agora? Mas acabamos de acordar.- reclamou Ben.

– Ainda nem comemos nada.- emendou Erik.

Ben meneou a cabeça, concordando.

– Quando Bella estava aqui, ela sempre fazia o café da manhã para nós. Era muito bom.
Depois nos levava para passear. Íamos à praia empinar papagaios ou ao aeroporto para ver os
aviões subir e descer.

Eu estreitei os olhos.

– Bem, hoje não tem praia. E quanto ao café da manhã...

Droga não havia nada em casa. Bella esgotou meu estoque tentando parecer exemplar. Mas
eu não haveria esmorecer. Peguei três pratos e servi os restos de pizza que trouxemos do Pizza
Fritza.
– Que tal?- eu perguntei, ansioso.

– Legal!

Eu senti as energias renovadas, e era disso que eu precisava passar as próximas duas horas
e quarenta minutos. Foi quando demorei para faze-los terminar de comer, trocar de roupa, arrumar
suas camas e ajuda-los a limpar a cozinha, algo que, sozinho, eu teria feito em vinte e cinco minutos.

– Bom trabalho! Agora só falta colocar o sabão na máquina.

Ben correu e abriu a porta sob a pia.

– Posso colocar papai? Por favor. Eu já vi Sra. Rorenclay fazer isso mil vezes.

– Claro. Vou trocar a camisa.

Revitalizado com minha manhã bem-sucedida, eu subi a escada de dois em dois degraus.
Afinal, eu não estava me sentindo tão mal.

Chegamos ao mercado à uma e meia. Eu levei os garotos para dentro e os instrui a ficar por
perto. Depois, peguei um carrinho e apanhei cereais, pão e leite, antes de ir para a ala de alimentos
congelados.

Em dado momento, Ben me puxou pela manga.

– Papai?

– Sim?

– Eu e os manos podemos dar uma olhada no tanque das lagostas?

Eu olhei na direção que Ben indicou e contemplei as criaturas de longas antenas.

– Sim, mas não toquem em nada, certo?

– Certo?

Com isso, os três saíram correndo, os mais velhos na frente e o mais novo esforçando-se
para alcança-los.

– Ora, cuidando da alimentação da família?

Meu corpo se retesou todo ao ouvir enrouquecida de Bella.

– O que você está fazendo aqui?- eu indaguei, me voltando em sua direção.

Ela arregalou os olhos com meu tom de voz brusco.

– Espero não estar atrasada.

– Atrasada para o quê?

Bela empinou o nariz, numa expressão zombeteira.


– Para pegar uma carona de volta para casa. Quando Ben me ligou...

– Espere um momento. Ben ligou para você? Quando?

Dessa vez Bella pareceu intrigada.

– Há cerca de uma hora.

Ou seja, exatamente quando eu subi para trocar a camisa.

– Por quê?

– Para saber se eu estava precisando de algo aqui do mercado. Quando expliquei que
estava trazendo meu carro até o mecânico, ele me pediu para esperar e depois voltou ao telefone,
dizendo que você se prontificou a me dar uma carona de volta. Então pensei... parece que ele não
falou com você, falou? Ah, bem... então não se preocupe, ok? Tenho certeza de que um dos
rapazes da oficina poderá me dar uma carona.

Eu me senti hipnotizado por aquele par de olhos castanhos.

– Esqueça.

Bella empertigou-se.

– Como?

– O portão está trancado.- eu respondi.- Você não poderia entrar. Além disso, não há
problema algum em lhe dar uma carona.

O cavalheirismo falou mais alto. Se, por um lado, ela estava sensual demais para minha paz
de espírito, por outro foi gentil com os meus filhos e nos deu uma carona até a pizzaria. O mínimo
que eu poderia fazer era retribuir o favor.

– Obrigada.

– Não precisa agradecer.

– Ben me cotou que a Sra. Kent deixou você na mão. Pelo que estou vendo, parece que ela
não vai voltar tão cedo.

Eu peguei aleatoriamente outro prato congelado.

– É verdade.

– Tenho que admiti que fiquei surpresa quando Ben me disse que vocês estavam vindo ao
mercado fazer compras. Imaginei que, numa situação destas, você abandonaria a casa e levaria as
crianças para um de seus hotéis.

Eu não gostei do rumo que a conversa estava tomando.

– Será que não percebeu que o mundo mudou muito desde os tempos em que você e eu
éramos crianças? Mulheres estão ganhando a vida como repórteres, e homens fazem papel de mães.
Os tempos mudaram.
– Com certeza. Meu pai jamais entrou em um mercado.

– Ele não fazia o gênero caseiro, suponho.

– Não mesmo.

Algo no tom de voz de Bella indicou à mim que havia uma certa mágoa naquelas palavras.

– Ela também é repórter?

– Você não vai acreditar: ele é um pesquisador genético. Meticuloso, metódico, dedicado.
Nunca consegue se lembrar de um aniversario, mas pode falar horas seguidas a respeito de uma
sequência de DNA.

Eu fiquei surpreso.

– Isso deve ter sido muito difícil para sua mãe.

– Não creio.- respondeu ela secamente.- Ela também é cientista genética e se dedica ao
trabalho tanto quanto meu pai. Eu os amo muito, mas reconheço que são uns fanáticos no que diz
respeito ao trabalho.

Eu fiquei em silêncio. Isso significava que ela teve uma infância muito solitária.

– Então quem cuidou de você?

– Empregadas, babás, professores. Às vezes, os amigos de meus pais. Mas já na


adolescência passei a cuidar de mim mesma.

– Nenhum irmão ou irmã?

– Não.- Bella assumiu um ar melancólico.- Deve se por isso que gosto tanto de Benjamin,
Mike e Erik. Eles brigam, mas sempre estão prontos para defender uns ou outros. É lindo observar
isso.- ela olhou em volta.- Afinal, onde eles estão?

Eu apontei para a seção de frutos do mar.

– Estão lá, olhando as lagostas.

– Sozinhos?

– Sim, sozinhos. E antes que você diga alguma coisa, estou de olho neles, portanto estão
perfeitamente seguros. E não estão tocando em nada. Está vendo? Lá está Mike, ao lado do tanque.
E Ben está ao lado dele, conversando com Erik..., ei, o que diabos Erik está fazendo?

– Ora, parece que ele está... ah meu Deus! Parece que ele está soltando a tampa do
dreno!- Bella disse correndo em sua direção.

Eu fiquei paralisado por segundos, antes de reagir e correr atrás dela. Com as pernas mais
longas, rapidamente a ultrapassei.

– Erik!- eu berrei.- Não toque...


Advertência chegou tarde demais. Com um barulho terrível, a água começou a escapar pelo
dreno aberto. Eu tentei parar, mas derrapei no chão escorregando e deslizei na direção do tanque.
Cheguei a tempo de receber o impacto da água bem em meu rosto.

Ninguém abriu a boca no caminho de volta, pois todos sabiam que era melhor não desafiar
a minha ira.

Não que eu não tivesse razão. Além de estar molhado dos pés à cabeça e cheirando a
peixe, tive que pagar quatrocentos dólares pelo prejuízo.

Para aumentar minha ira, ao perguntar ao meu filho de seis anos por que ele tinha feito
aquilo, ele respondeu:

– Sei lá, papai! Foi Ben que me disse para fazer.

Quando eu me voltei para meu primogênito, ele tentou explicar.

– Bem... é que eu fiquei imaginando se toda aquela água escaparia por um buraco tão
pequeno.

Mas o pior ainda estava por vir. Na hora de pagar tudo, eu percebi que tinha deixado o
talão de cheques em casa. Então, apesar de ter dinheiro o suficiente para pagar minhas compras,
precisei aceitar a ajuda de Bella.

Ao acionar o controle remoto para abrir o portão, eu já conseguia ver a situação com algum
humor, mas continuei com o cenho fechado, para manter os garotos sob controle.

– Se ninguém se importar.- eu disse friamente.- Gostaria de me livrar destas roupas


molhadas.

– E as compras?- Bella perguntou.

– Por que não espera um minuto até eu voltar?

– Boa ideia. Vou ficar no carro, tomando conta dos garotos.

– Boa sorte.- resmunguei entre os dentes.

PV Bella

Enquanto Edward se dirigia à porta de trás da casa, eu tinha vontade de rir, vendo-o
caminhar ruidosamente com os sapatos ensopados. Mas, ao me lembrar de como ele agiu
dignamente no mercado, me contive.

– Bella?

Eu me voltei na direção de Ben e dos irmãos.

– Sim?

– Você acha que papai vai nos perdoar algum dia?

– Claro que sim, apesar da tolice que vocês fizeram.- eu procurei manter o olhar grave.-
Tolice de Erik ao abrir o dreno e tolice sua ao encoraja-lo a fazer isso. Alguém poderia ter se ferido.

Ben meneou a cabeça.

– Meu pai quase se machucou.

Apesar do olhar solene do garoto, eu senti que algo estranho passava naquela cabecinha.

– Ele está dando tudo de si para cuidar de nós, mas não é fácil porque é sozinho. Acho que
é por isso que estava tão triste quando saímos da piscina ontem.

– Ele estava triste?- eu indaguei surpresa.

– Ela estava triste?- Erik repetiu.

Ben olhou sugestivamente para o irmão, forçando-o a corrigir o que disse:

– Ah, é...- ele meneou a cabeça vigorosamente.- Ele estava sim.

– É verdade.- Ben prosseguiu.- Muito triste. O tio Emmett diz que, desde que a mamãe foi
para o céu, papai tem estado muito sozinho e por isso precisa de alguém para...

– Benjamin!

Todos os quatros, eu e os garotos nos assustamos quando a voz de Edward reverberou


dentro do carro.

– O-Oh!- disse Ben, apreensivo.- O que eu fiz dessa vez?

– Vocês fiquem aqui dentro.- eu ordenei aos três.

Saltando do carro, corri na direção da cozinha.

– Edward, o que aconteceu?- eu perguntei, para em seguida perceber que a cozinha estava
coberta de espuma.

Mas o que me deixou sem ação foi perceber que Edward já tinha tirado quase todas as
roupas.

– O que diabos você está fazendo aqui?

– Eu vim... ajudar.

– É mesmo?- ele vociferou.- Ora, eu não preciso de ajuda.

– Eu... percebi.

Ele ergueu uma das sobrancelhas escuras.

– O que está querendo dizer com isso?- ele inquiriu.

– Nada. Eu só... bem... quando eu vi...


– Que inferno! Isso não pode estar acontecendo comigo!

Para minha surpresa total, Edward me encarou longamente e atirou a calça ao chão, com
um gemido frutado.

– Você quer olhar? Pois bem, então sinta-se a vontade. E se gostou tanto do que viu, que
tal isto?

Com dois passos ele se aproximou me tomou nos braços. Em seguida, antes que eu
pudesse tomar fôlego, me beijou sofregamente na boca.

Foi divino. Gemendo de satisfação, eu me ergui nos pés, abraçando-o e colei meu corpo ao
dele.

A sensação foi a mais erótica que eu já experimentei. Era deliciosa. Era incomparável...
era...

Edward repentinamente estremeceu e se afastou, como se eu estivesse dando choques.

Despreparada, eu me senti estonteada, com os joelhos frouxos.

Ele se aproximou e segurou meu cotovelo.

– Droga!- disse ele rispidamente.- Isto é... eu não quis dizer isto... oh droga! Não sei o que
aconteceu comigo! Acho que foi... isso tudo.- virou-se, fazendo um gesto em direção do mar de
espuma em sua cozinha.- Que inferno! Olhe para isso!

– Bem, tente ver o lado bom da coisa. Pelo menos agora você não vai precisar usar
sabonete em seu banho.

PV Edward

Respirando fundo para apagar da memória as sensações suscitadas ao me lembrar de Bella


em meus braços, eu tomei coragem e desci, depois de um banho demorado.

Eu não sabia exatamente o que esperar ao entrar na cozinha, mas certamente tive uma
surpresa. O chão estava impecável, as compras guardadas e a lava-louça vazia. Os garotos estavam
sentados e quietos ao balcão, colorindo figuras. Completamente sós.

– Onde está Bella?- eu perguntei, depois de ter vasculhado casualmente a sala de refeição e
a sala de jantar.

Ben ergueu o rosto.

– Ela já foi para casa.

– Já foi?

– Foi. E deixou um bilhete para você.

O garoto apontou para uma folha de papel sobre o balcão. Eu me aproximei e peguei o
papel.
“ Edward,

Obrigada pela carona. Como os garotos estavam com fome, já descongelei alguma comida
e coloquei no microondas. É só ligar. Espero que goste.

Bella.”

Ora, ora... a mulher maravilha ataca novamente e nem me deu a oportunidade de mostrar
como eu estava despreocupado com o que aconteceu havia pouco.

– Ela disse o que descongelou para o jantar?

– Sim.- Ben pegou o lápis e voltou ao trabalho.- Ensopado de peixe.

Eu perdi o apetite.

Notas finais do capítulo


espero que gostem. recomendem por favor.

(Cap. 10) CHAMADAS

Notas do capítulo
gente foi mal a demora mais ai esta um novo capitulo para v6 espero que gostem.

22 de julho

Para: Emmett Cullen

Correspondência da revista Wold News International

A/C Agência de Noticias de Casablanca

Minicassete nº 3

Ei, tio Emmett! Desculpa por ter passado tanto tempo sem enviar uma fita, mas é que tenho
andado muuuuuuito ocupado. Conseguir uma mãe é uma tarefa trabalhosa que requer muito, muito
planejamento. Mas não reclamo porque o papai realmente está apreciando minha ajuda. Ele diz que,
se não fosse por mim, a vida dele seria um marasmo total.

Sei que vai ficar feliz em saber que a operação mamãe está indo muito bem. Com minha
ajuda, papai e Bella têm estado juntos todos os dias e estou certo de que gostam um do outro pelas
coisas legais que eles dizem. Ontem o papai disse a Bella que, para uma mulher sem filhos, ela sabia
dar muitos palpites! E Bella disse a papai que ele não precisava gastar energia fazendo-se de
perfeito o tempo todo.

Espero que eles decidam casar-se logo, porque papai não está se saindo muito bem como
babá. E quando ficamos sem roupas limpas, diz que tudo bem se nós usarmos nossas cuecas pelo
avesso, porque, afinal, ninguém iria ficar sabendo! Ele até mesmo esqueceu o Mike na farmácia
ontem. Nós já estávamos chegando à lanchonete quando papai percebeu que ele não estava no
carro.

Mas no final nós saímos lucrando porque ele deu cinco mangos para mim e para Erik, para
não contarmos a Bella. Portanto, já dá para pagar um daqueles enormes, com cascata e tudo?
Espero que sim.

O-Oh! Tenho que desligar. Estou ouvindo papai no corredor. Já deveria estar deitado,
apesar de estar sem sono. Por que é que quando os adultos estão cansados as crianças é que têm
que ir para a cama? Preciso perguntar a Bella. Ela certamente deve saber. Ela sabe de tudo! Tchau,
então. Benjamin.

P.S.: Não se esqueça! O grande dia é daqui a dez dias!

PV Bella

O telefone da cabana estava tocando.

Eu ouvi a campainha insistente assim que cheguei de meu jogging. Apressando-me, abri a
porta e corre para o aparelho.

– Alô?- eu atendi, ofegando.

A voz de Ben encheu meus ouvidos.

– Bella? Onde você andou? Estou ligando há hooooras. Pensei que não fosse atender
nunca.- ele falava rápido que eu precisei de alguns segundos para entende-lo.

– Fui correr um pouco.- uma gota de suor escorreu pela testa. Olhei em volta, peguei o
aparelho e sentei no sofá, enxugando a testa com a barra da camisa.

– Você pode vir até aqui?

– O que é, desta vez?

– É Mike. Papai o fez tirar uma sonequinha e parece que ele também levou tic e tac para a
cama, e agora eles não querem acordar.

Isso não era surpresa nenhuma, já que tic e tac eram ou foram, peixinhos dourados.

– Ben, meu doce, sinto muito. Eu não creio que seria...

– Por favor...- ele implorou.- Venha pelo pobre Mike. Ele realmente adora tic e tac e,
agora, que Brutus sumiu...- Ben calou-se novamente, dando a mim bastante tempo para visualizar os
pobres defuntos dourados.- Por favor! Nós precisamos muuuito de você.
Eu suspirei. Como posso dizer não?

– Está bem. Já estou indo.

– Ótimo.

O garoto desligou antes que eu tivesse tempo de reconsiderar minha decisão.

Me lembrei do que ocorreu havia poucos dias, decidi me apressar. Recebi uma ligação de
Erik, me convidando a presenciar o voo pilotado do balão de ar quente dos garotos. Eu corri para a
casa alertei Edward, que correu escada acima a tempo de garantir a segurança antes do balão ser
jogado da balaustrada, no alto da escada, por Erik e Ben.

Uma inspeção mais detalhada da engenhoca mostrava que se tratava de um lençol de casal
atado a uma caixa plástica, movido por um ventilador operado a pilha. Edward e eu olhamos para a
engenhoca, para os garotos, nos olhamos e nesse momento entendemos do que era capaz o gênio
de um pré-adolescente.

E aquilo foi um principio de algo.

Algo que poderia começar a ser descrito como cumplicidade, como na ocasião em que
tivemos que lidar com uma nova visita dos bombeiros, que vieram apagar o resultado de uma
malsucedida experiência dos garotos com mato seco, sol e verão e uma grande lente.

Com todas essas lembranças, eu sorri. Provavelmente a nova crise não seria pior do que as
demais. Mas não seria menos perigosa, porque me colocaria novamente lado a lado som aquele
viúvo ranzinza, porque atiçou ainda mais aquela tensão sensual que crescia entre nos dois.

Ao chegar a casa, Ben já estava esperando impaciente na porta.

– Entre.- ele disse, sussurrando alto e gesticulando para que eu me apressasse.

No momento em que eu me aproximei mais, ele me agarrou pela mão e me levou pelo
vestíbulo ensombreado.

– Ben?

– O que foi?- ele subiu as escadas, na minha frente.

– Porque você está sussurrando?

– Porque Mike e Erik estão dormindo.

– Mas pensei que você quisesse que eu conversasse com Mike, que tentasse consola-lo.

– Nããão.- ele balançou a cabeça e pegou novamente a minha mão.

Eu o segui obediente.

– Então o que você quer?

– Eu quero que converse com papai.


Eu fiquei parada e puxei o garoto, fazendo ele se virar para mim.

– Quer repetir, por favor?

– Shhhh!- ele fez, erguendo o dedo na frente dos lábios.

Eu franzi as sobrancelhas, mas baixei a voz.

– Do que você está falando?

– Papai vai contar a Mike que tic e tac morreram. Você tem que impedir.

– Ben, não posso fazer isso.

– Por que não?

– Porque não posso ficar dizendo a seu pai o que ele deve fazer, ora!

– Mas você precisa fazer isso! De outra forma, Mike vai pensar que ele é um assassino!

– Vá com calma, Ben. Você não acha que está exagerando um pouco? Seu pai jamais...

– Jamais...- era Edward, que assomava no alto da escada.

Eu senti o pulso acelerar e uma sensação gelada no estômago.

– Oi!- eu disse, com um sorriso amarelo.

– Oi para você também.

Ele estava magnifico como sempre, com uma camiseta polo verde e short branco. Os
cabelos impecáveis estavam um pouco mais longos, mas os olhos cor de âmbar continuavam
hipnóticos. E o rosto estava bem barbeado como sempre. Até mesmo o perfume era inebriante, um
misto da xampu e suave loção pós-barba.

– Quer me dizer o que esta acontecendo?

– Nada em especial.- eu responde, não querendo ferir seus sentimentos com os planos de
Ben.

– Convenhamos que “nada em especial” não é uma resposta aceitável.

– Foi Ben que me chamou.

– Ora, por que não estou surpreso?- ele conduziu nos dois escada abaixo.- Podemos
conversar em meu escritório? Lá vocês poderão me contar o que está acontecendo.

A voz de Edward tinha aquele tom polido que me deixava preocupada.

– Ben não fez nada de errado, Edward. Ele só está preocupado com Mike.

– Então quer me contar por que você está aqui?


– É verdade que os peixinhos de Mike... faleceram?

– Sim é verdade.

– Bem, sabe, Ben pensou que talvez... isto é... o que você está planejando fazer a respeito.

– É simples.- ele não fez questão de disfarçar sua impaciência.- Vou dizer a ele que sinto
muito, mas por um lamentável acidente os peixinhos dourados morreram.

Ben olhou triunfante para mim.

– Eu não disse?

Eu me mostrei fracamente decepcionada.

– Mas, Edward, você não pode fazer isso!

– Por que não?- Edward inquiriu, visivelmente contrariado.- Estarei contando a verdade.

– Mas... mas...- eu gaguejei, incapaz de lidar com aquele tipo de lógica.- Mas ele ainda é
um garotinho.

– Nada dura para sempre.- ele respondeu secamente.- Quanto mais cedo os garotos
aprenderem isso, mais cedo perceberão por que é melhor não se apegar a nada.

O impacto daquelas palavras duras foi forte demais para a minha sensibilidade. Elas não
pareciam combinar com o homem que eu vinha conhecendo nos últimos dias. No entanto, eu senti
como uma mensagem indireta. Edward, por sua vez, percebeu e me senti corar ante seu olhar
especulativo.

– O que você esperava que eu dissesse?- ele perguntou, seguindo na frente no corredor.-
Que eu mentisse? Que dissesse que os peixinhos acordaram mais cedo e foram passar as férias no
Sea World?

Ora, isso significava que ele não desejava dizer a verdade dolorosa para o filho. O
problema era que ele não tinha alternativa. Bem, desse assunto eu podia tomar conta.

– Se houvesse uma solução que eliminasse a necessidade de dizê-lo, você a aceitaria?

Ele se voltou para mim. E eu precisei conter o impulso louco de o abraçar ali mesmo.

– O que mais pode ser feito?- Edward retrucou.- Só faltou eu fazer respiração boca a boca
para ressuscitar os bichinhos.

– Eu não vou tentar ressuscita-los.- eu argumentei.- Só vou substitui-los. Isto é, se você me


emprestar Ben e seu carro. Se eu sair agora, poderei correr até a loja de animaizinhos de estimação
e voltar antes que Mike acorde.

Ele me fitou, estreitando os olhos. Por um milésimo de segundo eu poderia jurar ter visto
algo quente e intenso queimando naquelas profundezas douradas. E algo mais: uma ponta de
admiração, um toque de afeto talvez.
– Droga!- ele respondeu, balançando a cabeça.- Por que não pensei nisso antes?

– Está vendo, papai?- Ben interveio, olhando orgulhosamente para mim.- É por isso que
precisamos ter Bella sempre perto de nós.

Era o telefone da cabana, tocando novamente.

Eu resmunguei, abri um olho e pisquei às primeiras luzes da manhã que entravam pela
grande janela. Em seguida, senti um frio no estômago ao imaginar qual nova catástrofe mundial terei
que cobrir nesse dia. Porém, respirei aliviada, lembrei de que aquela etapa maluca de minha vida já
se encerrou.

Já era manhã, porém ainda cedo demais para eu sair da cama, principalmente depois de ter
passado boa parte da noite em claro, pensando, pensando, até finalmente atinar que Ben estava
fazendo as vezes de casamenteiro.

Era tão claro, tão óbvio, tão gritante que não consegui entender como eu ainda não tinha
percebido.

Ora, é claro que senti o tempo todo que ele, Erik e Mike gostavam muito de mim, e o
sentimento era recíproco. E também soube, pelas longas conversas que tive com os garotos na
ausência da Sra. Kent, que os três estavam cansados de babás e ficavam infelizes com a ausência
quase permanente do pai. Mas não suspeitei que era mais do que coincidência o fato de que toda
vez que os garotos me chamavam por algum motivo, eu sempre acabava frente a frente com
Edward.

Sim. Mas por que levei tanto tempo para juntar as peças?

Me espreguiçando na cama, tive pena dos garotos por estarem fazendo tanto esforço por
nada. A não ser por alguns momentos em que imaginei ver um brilho diferente nos olhos de Edward,
o pai dos garotos parecia não se abalar ao me ver. Matinha sempre uma atitude cordial, mas nada
que recordasse aquele episódio tórrido na cozinha.

Quanto à mim, já não posso mais esconder de mim que desejei muito que ele começasse a
me ver com outros olhos. Quero ser vista como mulher. Não só pela questão sexual, o que, não
tiraria nenhum pedaço, para começar. Mas que queria que ele olhasse para dentro de mim, que se
interessasse por eu como um todo. Céus, a coisa esta ficando séria. Mas para que alimentar fantasia
Swan? O homem parece inacessível.

O telefone voltou a tocar. Bocejando, sentei na cama e passei a mão pelos cabelos.

– Já vai! Já estou indo!- eu murmurei.

Ignorando o degrau da cama, eu tropecei e quase rolei no chão. Me aprumando ajeitei a


camiseta curta e corre para o aparelho.

– Alô?

– Bella?

Eu estreitei os olhos na direção do relógio do videocassete.


– Faltam dez para as sete, Ben.- eu precisava desesperadamente de um gole de café.

– Eu sei, mas... dá para você vir até aqui?

Tomada de coragem, falei com firmeza:

– Não, eu não posso. Desta vez você foi longe demais, garoto.

– Mas você tem que vir até aqui!

Eu me empertiguei ao notar que havia algo de diferente na voz de Ben. Ele estava agitado,
ofegante.

– O que está acontecendo? Algum problema com os peixinhos do Mike, outra vez?

– Não, é o papai! Você pode vir! Agora!

– Ben...

– Por favor, Bella! Não consigo faze-lo acordar!

Eu senti um aperto no coração.

– Ah, meu Deus!... Ben, ouça: ligue para novecentos e onze, meu bem; então desça e
destranque a porta da frente para mim, está bem? Já estou indo.

Eu desliguei o telefone e olhei em volta, desesperada. Assim que vi o tênis de corrida, enfiei-
os abri a porta e sai correndo pelo gramado, imaginando o que pode ter ocorrido.

Teria sido um ataque cardíaco? Um derrame? Mas como era possível? Ele parecia tão
sadio. Sadio demais, alias, eu pensei, me lembrando daquele corpo perfeito.

Apressando a corrida, eu subi pela escada e ganhei a porta, que já estava destrancada. Sem
diminuir o passo, entrei e subi as escadas, meus pés mal tocando os degraus.

Em seguida, eu estava na balaustrada , já ultrapassando a ala dos garotos. Onde esta Ben?
E os menores?

Parei na soleira da porta do quarto escurecido de Edward. A ama estava bem à frente de
mim. Era larga e baixa, coberta com um edredom azul-marinho. Uma silhueta grande e imóvel
ocupava o centro.

Por favor, Deus, faça com que ele não esteja morto. Orei baixinho.

Eu respirei fundo e me aproximei. Edward estava deitado de costas, os braços ligeiramente


flexionados, as cobertas o cobrindo até a cintura. Como eu já tive oportunidade de reparar, o peito
era largo e bem definido. Um suave emaranhado de pelos escuros estendiam-se de mamilo a
mamilo, para então apontar para baixo como uma linha estreita que desaparecia sob as cobertas.

Os ombros e o torso movam-se suavemente. Com um suspiro aliviado eu percebi que


Edward estava respirando.

Mas isso não queria dizer muita coisa. Ele poderia estar inconsciente. Poderia estar em
coma.

Me aproximei e toquei timidamente seu ombro.

– Edward?- sussurrei.

Tocar aquela pele quente gerou uma sensação elétrica que percorreu a minha espinha.
Tentando ignorar a reação o chacoalhei levemente.

– Edward?

Um canto dos lábios dele moveu-se com um sorriso malicioso.

– Bella?- ele murmurou com a voz enrouquecida.

Meu coração deu um pulo. Era porque ele esta reagindo, tentei me convencer. Não é pelo
modo como ele disse meu nome. Eu o toquei novamente no ombro.

– Acorde, Edward, por favor.

Por um segundo, nada aconteceu. Mas em seguida ele arregalou os olhos e me fitou
completamente espantado, para então puxar as cobertas e se cobri até o pescoço.

– Que inferno! O que você está fazendo aqui?- ele vociferou.

Eu me assustei e sufoquei um grito.

– Surpresa!!!- os garotos gritaram da porta.

Sorrindo de orelha a orelha, eles estraram no quarto, aproximando-se de nos dois.

– Nós fizemos café da manhã para vocês tomarem na cama.- Ben anunciou, indiferente à
tensão que pairava no ar. Uma bandeja sobrecarregada oscilava perigosamente em suas mãos.

– Para os nossos adultos favoritos!- Erik disse com orgulho.

– Por que papai é o nosso papai e Bella é nossa amiga mais querida.- acrescentou
timidamente o pequeno Mike.

– Aposto como vocês estão surpresos, não estão?- perguntou Erik, gargalhando.- Aposto
como nunca imaginou que faríamos algo tão legal.

– É isso aí.- Ben concordou alegremente.- Mas nós fizemos. Assim, todos nós ficaremos.-
ele depositou a bandeja sobre a cama.- Como uma verdadeira família.

Edward fitou Ben. O sangue subiu por seu rosto, fazendo eu temer por um ataque cardíaco
de verdade.

– Eu não posso... eu não...- ele não conseguiu dizer mais nada, perplexo demais para
elaborar um pensamento completo imaginei.

– Tudo bem, papai- disse Ben. Sorrindo, ele aproximou-se e deu um tapinha amigável nas
costas do pai. – Você não precisa agradecer. É para coisas legais como estas que as crianças
servem.

Notas finais do capítulo


recomendem por favor. amo v6

(Cap. 11) NO ESCURINHO DO PORÃO!

Notas do capítulo
gente desculpa a demora mais to postando dois capitulos pra compensar ta bjus.

– Todos entenderam o que falei?- eu coloquei o filme de aventuras no DVD e comtemplei


os meninos.

O trio estava espalhado na frente da TV: Erik estendido no sofá, Ben sentado de lado em
uma poltrona e Mike deitado no chão, usando uma almofada como travesseiro. Ben revirou os
olhos.

– Sim, papai.

– Então repitam para eu ter certeza de que entenderam.

Os dois mais velhos torceram o nariz, mas recitaram antes que eu pudesse tomar outra
providencia:

– Temos que ficar aqui, assistindo ao filme. Não podemos tocar em nada mais exceto no
controle remoto. Não podemos sair da sala, exceto para ir ao banheiro. Não podemos tocar no
Mike, nem fazer nada com ele. Dentro de um hora, você vai interromper seu trabalho para trazer um
lanche.

Eu meneei a cabeça confirmando:

– Estou vendo que entenderam.

Ben suspirou, com a expressão amuada.

– Eu não quero assistir a essa droga de filme velho. É muito chato. Quero ir lá para fora.

– É isso aí – choramingou Erik.- Por que não podemos ir lá pra fora?

Eu olhei pela janela. A tarde estava cinzenta e úmida.

– Porque está chovendo.


– Mas nós gostamos de brincar na chuva.- teimou Ben.

– É mesmo. Nós nunca temos nada o que fazer.- reclamou Erik.

Eu cheguei ao meu limite no dia anterior aquela história de café da manhã na cama. Fiquei
furioso e frustrado ainda mais ao perceber que , na verdade, o que eu desejei foi enxotar a
criançada para fora do meu quarto e agarrar Bella em minha cama. Fiquei tão perturbado pelo meu
desejo frustrado, além da suspeita constante de que ela não estava usando nada sob a camisola
curta, que comi uma torrada inteira com pasta de amendoim sem perceber que os garotos haviam
passado manteiga em ambos os lados do pão. Conclusão. Lambuzei os dedos.

Aquilo foi o que bastou. Saltei da cama como um tigre, mandei Bella embora de minha casa
e passei um sermão exemplar nos meninos. Depois, para evitar o perigo de que os garotos
trouxessem sua amiguinha de volta, eu os coloquei dentro do carro e parti para Seattle, onde
passamos o dia no porto.

Passeamos de bonde, alimentamos gaivotas, observamos os barcos atracar e partir,


visitamos o aquário e assistimos a um show de raio laser.

Deveria ter sido divertido ou educativo. Deveria ter sido um dia inesquecível. Porém, eu
estive tenso o tempo todo, e os garotos, desanimados. Não conseguiam dizer nada sem incluir Bella.

– Aposto como Bella gostaria disto...

– Bella uma vez me contou um história...

– Se Bella estivesse aqui...

– Bella disse que...

O pior era que eu próprio senti falta dela. Bem, não que eu não conseguisse cuidar de tudo
sem a sua ajuda, mas é que sei que ela teria gostado muito do passeio. Teria rido muito no show das
focas e apreciado alimentar as gaivotas. Aqueles olhos escuros ficariam arregalados no espetáculo
de raio laser, e ela teria que se segurar para não rir do banho que Ben levou quando o leão marinho
deu uma rabada na água.

De alguma forma, quando Bella estava se divertindo, o dia parecia mais bonito, e o mundo,
um pouco melhor.

– Mas, papai.- Ben não conseguia ficar parado na poltrona.- Ainda não entendo por que
não podemos ir lá para fora.

– Porque eu não quero e pronto.- eu respondi rispidamente.- Tenho que examinar os


relatórios mensais de meus gerentes e preciso de um pouco de paz. Vocês vão ter que cooperar.

Com isso, liguei o aparelho, sai e caminhei pelo corredor até meu escritório. Tomando a
precaução de deixar a porta aberta, sentei na escrivaninha, liguei o computador e me pus a
trabalhar.

Ao ligar a impressora, quarenta e cinco minutos mais tarde, a campainha tocou. Esperei um
momento para ver se os relatórios estavam sendo impressos corretamente e depois sai pra abrir a
porta da frente.
– Oi!

Era Bella, com gotas de chuva nos cabelos negros e o rosto levemente corado. Estava de
tênis, short e uma camiseta sem mangas sob o agasalho de zíper. Será que ela nunca usava roupas
normais? Eu pensei.

– Oi.

– Estou interrompendo?- ela sorriu timidamente.

– Não, é claro que não.- eu responde, imaginando por que aqueles dentes precisavam ser
tão brancos, e aquela boca, tão exótica.- Posso ajuda-la.

– Você tem um minuto? Gostaria conversar.

– Claro, entre.

– Obrigada.

Ouvimos um som nos fundos da casa. Eu franzi o rosto.

– Quer me dar um momento?

Eu sai na direção do corredor, com Bella no meu encalço. Eu abri a porta da cozinha,
falando por sobre o ombro.

– Os garotos estão na sala da TV...

Só que eles não estavam lá, e sim na cozinha, movando-se como pequenos tornados.

– Já passou uma hora!- Erik apressou-se em explicar ao me ver.

– É isso aí.- concordou Ben.

Ele abriu o freezer e jogou uma embalagem de sorvete para Mike, para depois vasculhar o
refrigerador à procura de leite e soda. Deixando a porta aberta, correu para o balcão, trouxe o
liquidificador para perto de si e misturou os ingredientes com ímpeto de um cientista maluco.

– Queremos milk-shake, mas você não precisava se preocupar, pois podemos fazer tudo
sozinhos.

– Alto lá mocinhos...

– Também queremos pipoca, está bem?- No lado oposto da cozinha, Erik colocava um
pacote de pipocas no micro-ondas.

– Ei! Bella está aqui!- gritou Mike alegremente ao vê-la por detrás do meu ombro.

O rosto de Erik se iluminou.

– Oi! Bella você não sabe da ultima. Estou com uma erupção na pele. Quer ver?
– É nojenta.- Ben alertou.- Mas aposto como você vai gostar do filme que estamos vendo.
É o maior barato! Quer assistir conosco?

– Acho que não rapazes. Vim conversar com o pai de vocês.

– Por favor...

Ela riu e balançou a cabeça me distraindo por um preciso segundo.

Nesse momento, Erik acionou o micro-ondas, Ben ligou o liquidificador na potência mais
forte e o refrigerador aberto retomou o ciclo. Todos ao mesmo tempo. Em seguida as luzes
piscaram e os aparelhos pararam de funcionar.

– Só me faltava essa.- resmunguei. Para piorar a situação, agora eu tinha um problema


elétrico.

– Está muito escuro aqui embaixo.- disse Bella. Em quanto eu e ela descíamos a escada que
levava ao porão.

– O que esperava? Eu não disse que o porão e a cozinha estavam no mesmo circuito? É
para isso que trouxe a lanterna.

– Foi só um comentário Edward.- ela disse humildemente.- Não precisa me crucificar por
causa disso. Não foi ideia minha descer até aqui. Estaria muito feliz lá em cima com os garotos...

– Ah, sim, para você limpar toda a bagunça que eles fizeram? Sem chance. Eles precisam
entender as consequências de suas atitudes.

– Sim, é claro que sim, mas ainda são garotinhos. Qualquer um pode esquecer de colocar a
tampa no liquidificador. Eu mesma já fiz isso. Não acha que está sendo duro demais com eles?

– Não.

Depois de ficar calada por alguns segundos Bella falou.

– Edward?

– Sim?

– Você ainda está chateado porque lhe emprestei aquele dinheiro no mercado?

– Eu não fiquei chateado.

– Está irritado porque interferi no caso dos peixinhos de Mike, então?

– Não seja ridícula.

– E então? Não vai dizer qual é o problema?

Eu retesei meu maxilar. O problema era que ela estava próxima demais e estava escuro
demais. Um homem pode ter ideias perigosas, nessas condições. Eu poderia começar a pensar nas
coisas que eu tinha vontade de fazer. Com ela. Para ela. E em coisas que ela poderia fazer por mim
se estivesse disposta a...
– Bem?

– Ouça.- eu vociferei.- Você disse que queria falar comigo, então por que não vai direto ao
assunto?

– Sabe, não é a primeira vez que tento falar com você a respeito. Vim aqui ontem, mas
vocês não estavam.

Ótimo. Agora ela é que estava parecendo emburrada. Pior: parecia estar controlando a
minha vida.

– Levei os garotos até Seattle, para ver o porto.

– Oh...

PV Bella

Eu sabia que era ridículo. Mas me senti ferida por ter sido excluída do passeio.

– Vocês se divertiram?

– Muito. Foi fantástico. Bem, mas você veio aqui para me contar algo...

– Ben está dando uma de casamenteiro.

Pronto. Eu consegui falar. Mas como ele vai reagir? Vai ficar chocado? Ofendido? Será que
vai acreditar em mim?

– Eu sei.

– Sabe?

Era a única possibilidade com a qual eu não contava.

– Sei.

– Ah... quando descobriu?

– Percebi que havia algum tipo de armação naquele dia no mercado. Depois, foi só juntar
dois mais dois.

– Mas... por que você não falou nada?

– Não vi nenhum motivo. Nós dois somos adultos e maduros o suficiente para sabermos
que porque Ben quer uma coisa, não significa que vá necessariamente consegui-la.

– Bem... está certo.

– Agora, poderia ficar quieta enquanto tento me equilibrar.

Eu fiquei furiosa. Se eu já não estivesse ao pé da escada eu teria feito Edward rolar degraus
abaixo.
Finalmente paramos perto de um amontoado de caixas e moveis, que incluía uma cama
antiga.

– O que são todas essas coisas?- eu quis saber.

Ele apontou o facho da lanterna na parede, emitindo um som de aprovação ao localizar a


caixa dos disjuntores.

– Esta é a velha mobília de quarto da cabana.- ele explicou distraidamente enquanto tentava
abrir a caixa.- Por favor, segure a lanterna. O fecho parece estar emperrado.

Eu me aproximei para pega-la e apoiei minha mão em um velha cômoda para manter meu
equilíbrio. Algo pequeno e peludo passou rapidamente pelas costa da minha mão. Com um grito
sufocado, afastei a mão e me precipitei na direção de Edward. Nossas pernas se entrelaçaram, nos
forçando a cair sobre a cama. A lanterna voou para o alto e caiu com um som de vidro estilhaçado.
O salão ficou em total escuridão, seguida por um silencio pesado.

– Mas que inferno!.- Edward disse por fim, com a respiração quente aquecendo meu
peito.- O que aconteceu?

O calor subiu pelo meu corpo. Edward havia caído sobre mim, entre as minhas pernas, com
o rosto aninhado intimamente entre meus seios. Eu mal podia respirar.

– F...foi Brutus, eu acho. Ele correu pelo meu braço.

Edward respirou fundo.

– Eu já devia ter adivinhado... devo estar no meio de alguma conjunção de planetas. Todo
dia tenho que enfrentar alguma catástrofe doméstica.

Parecia cansado. Não só isso, mas desanimado, sem esperanças. Eu me enternece.

– Mas você tem estado o tempo todo ao lado dos garotos.- como se minha mão tivesse
vida própria, eu acariciei a cabeça de Edward.- Isso é o que importa.

Ele estremeceu ao meu toque.

– Mas tenho feito tudo errado. Lembra o que eu falei a respeito do passeio à Seattle? Eu
disse que foi tudo bem, mas menti. Foi um desastre. Perdi Mike no aquário. Tive que pedir auxílio à
segurança, e os trinta minutos que levamos para encontra-lo foram os piores da minha vida. Depois
deixei Erik tomar sorvete de morango e só então fui me lembrar de que ele é alérgico à fruta. Em um
hora já estava coberto de vergões. Fomos ao posto medico e ficamos lá tanto tempo que meu carro
foi guinchado. O que paguei para liberar o automóvel dava para pagar a faculdade de Benjamin.

Eu não sabia se ria ou se chorava.

– Oh, Edward...

– Eu ainda não terminei. Demoramos o dobro para voltar para casa por causa de um
congestionamento gigantesco na estrada. Quando finalmente chegamos aqui, os garotos insistiram
em dormir comigo por causa da tempestade. Quando acordei, estava dormindo no chão. Então
pensei em relaxar da tensão correndo um pouco. Foi quando descobri que o maldito furão havia
estraçalhado os meus tênis.

– Pobre Edward.- eu disse, tentando sufocar o riso.- Sinto muito.

– Sente? Bem, mas esta não é a pior parte.

– Qual é, então?

– Você continua sendo gentil e tenho sido um idiota, eu deveria estar é me desculpando.

– Oh, Edward...

Sem eu me dar exatamente conta do que eu estava fazendo, comecei a acariciar o rosto
dele, na linda do queixo.

Ele enrijeceu. Em seguida, com um gemido torturado, virou o rosto e abocanhou o meu
mamilo túrgido.

Foi a coisa mais sensual e provocante que eu já senti e era exatamente aquilo que eu estava
querendo.

– Ah, Edward.- eu ofeguei, arqueando o meu corpo.

Ele só estava esperando esse meu encorajamento. As mãos grandes subiram. Uma amoldou
firmemente o meu seio que não estava sendo mordiscado. A outra amoldou o que estava entre seus
lábios, firmando-o para seus carinhos exigentes.

Era mais do que eu podia aguentar, mas ainda não era o suficiente. O agarrei pelos cabelos
e interrompe o carinho torturante.

– O que houve?- ele perguntou ofegante.- Você quer que eu pare?

– Nem ouse parar! Quero que você me beije.

Com um som estrangulado na garganta, ele deslizou entre as minhas pernas como um
enorme réptil sinuoso, deixando um rastro de chamas na sua passagem.

Levantei a cabeça, louca para que os lábios de Edward alcançasse os meus.

Nunca tinha me sentido assim: ardendo de desejo, completamente fora de controle, como
se seu fosse morrer se ele não me possuísse.

Nos dois gememos quando os dedos dele ergueram-se sobre meu sutiã, tocando
diretamente a pele dos meus seios.

– Você está me enlouquecendo... você é tão...

Em som indefinido quebrou o silêncio, seguido de vozes agitadas.

– Ooooi! Papai? Bella? Já terminamos de limpar a cozinha. Vocês estão aí embaixo.

– Ai, meu Deus! Os garotos!- eu me agarrei em Edward.- O que vamos fazer?


– Não se mexa.- ele ordenou sussurrando.- Talvez... talvez eles desistam.

Eu senti uma compulsão histérica de rir. Ele não estava falando sério, estava?

Durante os segundos seguintes, os garotos pareceram cochichar. A sombra de suas


silhuetas alongava-se pela escada. Eu contive minha respiração ao ouvir Ben exclamar.

– Achei!

Em seguida um facho de luz entrou pela escada e circulou por todos os cantos.

– Droga, onde eles conseguiram a lanterna?

Edward saltou da cama como um gato escaldado, me puxando com ele. Não mais do que
cinco segundos depois, o facho iluminou a cama e, no segundo seguinte, incidiu sobre nos dois.

– Aí estão vocês!- exclamou Ben, triunfante. Ele e os dois irmãos vieram pela escada até
onde nos dois nos encontrávamos.- Pensei que estivessem perdidos. Não estão felizes porque
viemos?

Edward ergueu uma das mãos para proteger os olhos da luz ofuscante.

– Ah, sim... muito felizes.

– Sabem?- observou Erik atentamente.- Vocês estão com uma aparência estranha. Seus
cabelos estão especados.

– É, ele tem razão.- concordou Ben, satisfeito.- Suas roupas também estão amarrotadas.

Eu olhei para baixo. Minha blusa de malha deixou o meu ombro exposto. Uma meia estava
quase fora do meu pé e, para falar a verdade, só Deus sabe onde esta meu par de tênis.

– O quê vocês estavam fazendo?- inquiriu Ben com um tom sugestivo.

Erik balançou a cabeça.

– Ih Ben, será que você não percebeu? Eles estavam fazendo aquela coisa que se faz nas
novelas.

– Nós não estávamos fazendo isso.- Edward protestou.- Estávamos procurando a lanterna,
que caiu.

Eu ergue meu queixo.

– É isso aí.

– Eu não acho.- disse Ben com um olhar endiabrado.- Acho que...

– Uau. Olhem!- era Erik, brandindo o dedo indicador, entusiasmado.- É o Brutus!

– Onde?- gritou Mike.

– Bem ali!- disse Erik.


– Estou vendo!- Exclamou Ben.

– Onde?

– Ali! Vamos pega-lo!

Os garotos saíram correndo atrás do bichinho que escolheu a fuga pelas escadas. No pé
dos degraus, os garotos se atrapalharam. De repente, a lanterna também voou para o alto e em
seguida se ouviu um som parecido com o de uma bola de boliche fazendo um strike. No momento
seguinte, não se ouviu mas nada.

Notas finais do capítulo


espero que gostem ta bjus. e ah recomendem ta.

(Cap. 12) NOITE INCRÍVEL!

Notas do capítulo
GENTE AGORA É QUE VAI PEGAR FOGO.KKKKKKKKKKK

– Eu deveria tê-lo levado a Seattle, para fazermos um exame mais rigoroso.- ponderou
Edward para mim enquanto descíamos a escada, após termos atendido Ben pela enésima vez
naquela noite.

– Edward ele está ótimo.- eu assegurei.- Ninguém jamais morreu de contusão na canela.
Mas, se eu bem conheço Ben, ele vai dar um jeito de ficar na cama durante meses.

Somente na ultima hora ele pediu um copo d’ água, uma dose de analgésico infantil, um
travesseiro extra para sua perna, uma massagem nas costas, um cobertor mais leve e uma massagem
no pescoço. Isso sem contar que tivemos que ler sua historia favorita duas vezes.

PV Edward

Racionalmente, eu sabia que Bella tinha razão. Contudo, por algum motivo, não consegui
deixar de me preocupar.

– Talvez o dr. Ranter tenha se esquecido de algum detalhe.

– Não se ele morrer de alguma coisa, vai ser de excesso de exposição aos raios-x. ele tirou
radiografia de todos os ângulos possíveis!

Eu corri as mãos pelos cabelos, desconcertado.


– Tem razão, estou exagerando. Não sei o que há de errado comigo.

– Talvez seja uma sobrecarga de hormônios.- ela procurou explicar.- A adrenalina é ótima
quando se precisa dela. Mas quando passa o efeito, deixa-nos como um trapo.

Eu olhei para Bella, irresistível naquele short.

– Não acho que seja isso.- eu murmurei, consciente de que me problema era mais com a
testosterona.

– Bem.- ela disse, chegando ao vestíbulo.- Talvez seja somente cansaço. Foi um dia longo,
e provavelmente você não descansou o suficiente na noite passada. Só precisa de uma boa noite de
sono.

“ Está brincando” eu pensei. Depois que descobri como Bella é deliciosa, certamente jamais
poderei voltar a dormir tranquilo, imagine então ir para a cama sozinho...

Eu ainda tentei entender o que aconteceu no porão. Não no tocante ao sexo. Esta mais que
claro que a nossa atração começou a pegar fogo. O que mais me intriga é a maneira como abri meu
coração para Bella, contei o infortúnio do passeio até Seattle. Somente quatro anos atrás me senti
tão a vontade, tão próximo de uma mulher. Somente com Tania...

Bella consultou o relógio.

– Eu realmente preciso ir para você poder descansar.- ela disse, caminhado em direção da
porta.

– Não.- eu responde sem pensar. Por qualquer que fosse o motivo, não quero abrir mão da
companhia dela.

Ela me fitou, espantada.

– Como?

– Levarei você até sua casa.

– Não se preocupe, você não precisa...

Eu a interrompe.

– Estou necessitando de um pouco de ar fresco e de exercício. Além, disso encontrar a Sra.


Rosencray aqui, depois que voltamos do hospital, foi uma das poucas boas surpresas que tive
ultimamente. Tenho certeza de que ela não vai se importar de tomar conta dos garotos.

Pelo menos, ela não devia se importar. Não após ter ganho um aumento de quinze por
cento e depois de eu ter prometido contratar uma empresa de limpeza para cuidar da casa, além de
mandar toda a roupa para uma lavanderia.

– Vou conversar com ela e já volto.

Eu dei as costas antes que Bella pudesse protestar.


Como eu suspeitei, a governanta estava bastante acessível com as novas mudanças em seu
esquema de trabalho. Ela até mesmo sugeriu que eu demorasse o tempo que fosse necessário.

Eu encontrei Bella me esperando.

– Tudo resolvido.- eu informei.

Parei para permite que meus olhos se acostumassem à escuridão e então a segui através do
gramado. A noite estava esplêndida.

Uma brisa suave soprou as nuvens para longe, revelando uma lua crescente em um céu
lotado de estrelas. O aroma suave das flores e da grama lavada pela chuva pairava no ar. As luzes
do caminho, acionadas pelo sistema solar, em prestava um ar festivo à paisagem.

PV Bella

Eu tentei me concentrar no sibilar da brisa entre as folhas, no barulho dos sapos e dos
grilos, mas foi inútil. Só consegui pensar em Edward, na atenção que ele dispensara para os filhos.
Vi seu desespero até ele ter certeza de que Ben estava bem.

Isso tudo só contribuiu para reforçar o meu pressentimento que tive poucas horas atrás.
Amo Edward, mas sei que isso será uma grande complicação dali em diante.

Ele limpou a garganta.

– Acho que ainda não lhe agradeci.

– Por quê?

– Por estar perto e ajudar quando Ben caiu. Por manter-se tão calma e controlada. Você
reage muito bem em meio e uma crise.

– Tenho alguma prática.- responde, meneando os ombros.

Ele ficou calado por alguns segundos.

– Você não sente falta?

– Do quê?

– De seu trabalho. Do perigo e da excitação, de estar no centro dos acontecimentos.

– Ora, eu não posso reclamar de monotonia, nestas últimas semanas.- eu lembrei.

– Você sabe do que estou falando.

– Sim, eu sei. E a resposta é não. Eu adorava o que fazia, mas sempre sentia que algo
estava faltando, só não conseguia admitir isso.

– Então o que mudou?

– Ganhei aquele prêmio Pulitzer.


– E isso foi ruim?

Eu ri de leve.

– Não, foi muito bom. Mas ele me fez refletir muito sobre o que estava fazendo, sobre
como estava levando minha vida. Comecei a perceber coisas que não me deixaram feliz.

– Por exemplo?

– Bem, comecei a perceber que estava agindo como meus pais, jogando todas as minhas
energias no trabalho. Vi que todos os meus relacionamentos estavam ligados a ele e que já não tinha
mais vida particular. Um dia acordei e notei que estava cansada de não ter raízes, de estar sempre
só.

Edward aquiesceu e até arriscou um comentário intimo.

– Depois da morte de Tania, era a solidão que me incomodava mais.- ele balançou a
cabeça.- Todas as coisas intimas com as quais eu estava acostumado havia anos, comentar alguém
especial para fazer um comentário engraçado, ou coçar um ponto no meio das costas, ou saber que
eu gostava de dormir no lado esquerdo da cama, tudo isso sumiu instante para o outro.

– Deve ter sido muito duro para você.

– Emmett contou como aconteceu?

– Ele mencionou um aneurisma.

Ele suspirou.

– Numa tarde, depois de colocar os garotos para dormir, ela própria deitou-se e jamais se
levantou. Cheguei cedo do trabalho e a encontrei... ela sofreu uma hemorragia cerebral durante o
sono.

– Sinto muito.- eu apertei sua mão entre as minhas oferecendo um conforto deslocado no
tempo.

Ele olhou para nossos dedos entrelaçados.

– Ela vinha reclamando de uma dor de cabeça constante. Eu pedi que fosse ao medico, mas
ela nunca foi. Acabávamos de assinar o contrato para a compra do segundo hotel e ainda estávamos
endividados com o nascimento de Mike. Ela queria economizar. Num minuto, eu tinha uma vida
perfeita. No seguinte, não tinha mais nada.

Eu apertei a mão grande.

– Sinto muito.- repeti.

Antes que eu dissesse algo mais, Edward disse calmamente como se quisesse mudar de
assunto:

– Quatro anos é muito tempo. Já é passado.


Ele não voltou a falar até chegarmos à cabana.

– Bem, boa noite.- eu voltei para fita-lo.- Obrigada por me acompanhar. Foi muito...
interessante.

– Bella...- ele hesitou, obviamente desconcertado.- Sobre o que aconteceu lá no porão...


bem, eu não costumo atacar mulheres daquela forma. Não sei o que me aconteceu.

– Tudo bem.

A ultima coisa que eu queria era ouvi-lo desculpar-se por algo tão maravilhoso.

– Não, nem tudo esta bem.- a brisa da noite brincou com os cabelos na testa de Edward.-
Num minuto estávamos conversando. No outro, sei lá... eu perdi o controle.

– Edward, por favor.- eu levei o meu dedo aos seus lábios, fazendo ele se cala.- Isso
também nunca aconteceu comigo.

Ele se aproximou e segurou minha mão, encostando-a contra seu rosto.

– O que está tentando dizer?

– Jamais me senti daquela forma. Tão carente. Tão... ardente. Jamais desejei alguém como
desejei você.

A minha confissão o deixou desarmado.

– De verdade?

– De verdade.

Depois de um silêncio pesado, ele suspirou.

– Droga. Queria que você não tivesse dito isso.

Ele me puxou contra si, afundando os dedos na minha nuca, trazendo meu rosto para perto
do seu.

Seus lábios encontraram os meus facilmente. Assim como no porão, nos encaixamos como
se fossemos feito um para o outro. Não houve gestos inseguros ou tímidos. Somente nos beijamos
com ardor e sede. Nossos lábios se buscaram sofregamente, nossas línguas se tocavam se atiçavam.

Eu gemi, assaltada pelas sensações deliciosas. A cada toque, eu queria mais. Os lábios de
Edward eram quentes e seguros; seu corpo, ardente e rijo. Eu cruzei os braços ao redor de seu
pescoço, me deliciando com a sensação do queixo ligueiramente áspero contra meu rosto, daquele
peito poderoso pressionando meus seios.

No instante em que paramos para tomar ar, nós tremíamos como adolescentes
inexperientes.

– Ora...- Edward soltou um riso trêmulo e encostou a testa contra a minha.- Não me sinto
assim desde que Alisson Jane Fenster me deixou beija-la atrás da arquibancada no ginásio.
– Garota de sorte essa Alisson. Ninguém se sentiu assim.- eu roçei os meus quadris contra
os dele.- Quando eu estava na escola.

Ele gemeu.

– Bella...

– Edward...

Eu imitei perfeitamente o tom de voz e, ao ouvi-lo rir gostosamente. Beijei-o nos lábios.

– Isso é muito bom.- eu sussurrei.

–O quê?- suas mãos afagavam minhas costas.

– Ouvi-lo rir.

Sentindo-me completamente lânguida eu deslizei meus lábios sedosos até beija-lo atrás da
orelha.

Ele estremeceu.

– Bella...

– Shhh. Por favor, Edward. Eu quero você.

PV Edward

Ao ouvir a voz deliciosamente rouca, eu senti a ignição em meu corpo. Eu a arrebatei nos
braços e a levei para dentro da cabana, fechando a porta atrás de mim.

O interior estava iluminado apenas pelo luar, que, refletido no canal, transformava a
paisagem descortinada pela ampla janela em algo inesquecível.

Eu me dirigi à cama, com os lábios colados aos de Bella. Ao chegar à plataforma, eu parei.

– Será que meu irmão não consegue ter uma cama normal?

Ela riu, observando as roupas que foram se espalhando pelo chão.

PV Bella

Quando chegamos ao colchão, já estávamos totalmente nus, Edward e eu. Eu parei de rir
ao perceber o desejo queimando na expressão dele. Pela primeira vez senti um ar selvagem e
desatinado naquelas feições elegantes.

– Tentarei ir devagar.- ele explicou, com a voz enrouquecida de paixão, ajoelhando-se


diante das minhas pernas abertas.- Mas não posso prometer nada, pelo menos desta primeira vez.
Depois, veremos...

Ele deslizou a ponta dos dedos no interior das minhas coxas para, em seguida, inclinar-se e
beijar suavemente meu umbiguinho redondo. Foi quando o comportado Edward tornou-se mais
ousado, beijando-me de forma provocativa pelo meu ventre todo, para então se aventurar até meu
ponto sensível, já úmido e quente, demostrando que meu desejo é tão grande quanto o dele.

Eu ergue meus quadris para aprofundar o contato, para sentir a língua de Edward
explorando intimamente o centro da minha feminilidade.

– Edward?

– Sim?

– Não precisa ir com calma... eu o quero agora!

– Puxa!

PV Edward

Segurando-a pela cintura, eu subi meu corpo entre as coxas mornas e macias, para, no meio
do caminho, torturar deliciosamente, com a ponta da língua, os mamilos róseos que reclamaram
minha atenção. Bella se contorcia abandonando-se às chamas de prazer que nos consumiam. Em
seguida, eu a beijei no pescoço e mordisquei o lóbulo de sua orelha, sussurrando coisas íntimas e
sensuais em seus ouvidos.

Mas foi o beijo que provocou a fusão total.

PV Bella

Edward afastou os seus lábios e me fitou com o olhar ardente e brilhante como a noite.

– Você tem certeza?- ele perguntou, com a voz rouca.

Eu ergui o meu torso e o puxei pela nuca, para perto de meus lábios.

– Está brincando? É claro que sim.- eu reponde, mordiscando-lhe o lábio inferior para
mostrar que eu estava falando serio.

Ele flexionou os quadris, e eu sufoquei um grito de satisfação ao ser penetrada pela primeira
vez, com incrível doçura. Ele flexionou-os novamente, desta vez me preechendo profundamente com
todo o seu desejo.

Eu enlacei as pernas ao redor da cintura de Edward e arqueie para recebe-lo mais


profundamente.

PV Edward

Eu à penetrei novamente ainda mais fundo, e me move cerrando os dentes para suportar o
desejo que se aponderou de mim. Bella estava me enlouquecendo. Cada gemido ou grito sufocado
me levava cada vez mais perto do clímax que eu estava determinado a conter para compartilhar com
ela.

– Ouça.- eu ofeguei.- Quero que isto seja bom para você.

– Se isso ficar melhor.- ela respondeu não menos ofegante.- Acho que vou ter um ataque
cardíaco.
Foi o que bastou. Com um enorme estremecimento, eu cedi à batalha pelo autocontrole e
me soltei. Cada vez mais rápido. Cada vez mais fundo. Meu coração latejava quando Bella juntou-
se à mim no auge, erguendo-se para me receber a cada investida. Ela era a minha metade perfeita, a
parceira à altura da potência meu desejo. Ambos tínhamos o mesmo ritmo, a mesma fome de
prazer.

Repentinamente, Bella se agarrou com violência aos meus ombros, e me senti intimamente
capturado pelos espasmos dos músculos internos, macios e úmidos. Senti o calor irradiar pela
profundeza aveludada antes dela se arquear mais contra mim e gritar. Era um som profundo, que
acompanhou as ondas de desejo a que ela se abandonou.

O prazer de Bella contagiou o meu. Com um grito agoniado eu me ergue, abracei o corpo
dela e investi uma vez mais, sentindo meu próprio clímax inundar aquele corpo estonteante. Foi um
êxtase tão violento que senti o meu corpo inteiro tremer, descontrolado.

Quando tudo terminou, eu desfaleci sobre Bella, fraco demais para suportar meu próprio
peso. Em seguida, rolei para o lado, a abraçando. Estava exausto e saciado demais para falar.
Aparentemente, Bella devia se sentir da mesma forma, porque passou um longo instante colada ao
meu corpo, sem dizer nada.

Finalmente ela ergueu o corpo, segurou meu rosto e me beijou longamente.

– Foi... muito bom.

– Muito bom.- eu mordiquei sua orelha.- Foi simplesmente incrível!

Eu a puxei contra mim, acariciando as suas costas com a ponta dos dedos, traçando
extasiado o contorno daquele bumbum redondo e firme. Senti que eu precisava me recuperar de
uma sensação tão forte.

No entanto, Bella roçou provocativamente o corpo contra o meu, me tocando com


intimidade e segurança.

– Então? Quanto tempo vai demorar para tentarmos o estilo lento?

Aparentemente, muito mais cedo do que eu havia imaginado.

PV Bella

Eu estava deitada entre os braços de Edward, brincando distraidamente com os pelos


sedosos do peito largo. Meus olhos contemplava o luar, que entrava pela grande janela.

Nas ultimas horas, eu aprende que o devagar e o rápido eram completamente diferentes,
mas igualmente poderosos. Aprender que o sexo compartilhado não tinha regras, e sim um sem-
número de possibilidades. Porém, acima de tudo, aprendi que fazer amor com o ser amado é um
momento de júbilo que jamais havia experimentei antes.

Sente estar começando a entender Edward, seu medo de sofrer e o aparente


distanciamento afetivo que matinha com os filhos. Ele simplesmente não queria arriscar-se ao
sofrimento de uma nova perda, como a de Tania.

No entanto, isso significava que minhas chances de entrar na vida desse homem fechado
eram de mínimas a nulas. E então? O que fazer?

Certamente seguir em frente e ver aonde a estrada iria dar, eu reponde a mim mesma, me
lembrando de que minha vida toda jamais recusei um desafio.

Ao meu lado Edward se remexeu.

– Bella?- ele estendeu a mão e cobriu o meu seio macio.- Esta acordada?

Eu voltei, procurando aquele rosto magnifico algum sinal de sentimento por mim. No
entanto, a luz fraca impedia uma leitura mais profunda naqueles olhos dourados, o que não foi
suficiente para aplacar a onda de ternura que engolfou meu coração. Um sorriso suave iluminou meu
rosto.

– Se ainda não estivesse acordada, estaria agora.- eu responde com a voz quente.

Me abandonei ao abraço de Edward, erguendo meu rosto para receber o beijo.

Ele tinha lábios exigentes ardentes e possessivos.

Era somente disso que eu precisava naquele momento.

Notas finais do capítulo


hahay gente vou postar o proximo em breve ta.

(Cap. 13) Empertigado eu?

Notas do capítulo
gente mil desculpas pela demora mais ai estar mais dois capitulos para vocês.

– Olhem para aquela.- mostrou Erik, entusiasmado- Parece com Belly!

Eu estreitei os olhos na direção indicada pelo garoto.

– Ah, estou vendo, sim. Tem razão, Erik. Parece mesmo com um morcego.

Amontoados sobre um colchão de ar tamanho casal, eu e os garotos estávamos deitados de


costa no meio da piscina, observando o passar das nuvens e procurando nelas algumas formas
familiares.

Passamos a tarde desfrutando o tempo bom que retornou, dourado e quente. Já tínhamos
empinado papagaios perto do canal, fizemos um piquenique na casa da árvore e passamos as
ultimas poucas horas brincando na piscina.

– Onde está a nuvem de Belly?- Mike insistiu em saber.- Não consigo vê-la.

– Bem ali, meu bem.- cuidando para não molhar ninguém, eu estende as mãos e move a
cabeça da criança na direção correta.- Está vendo?

O menino franziu as sobrancelhas e então seus olhos se arregalaram.

– É sim. Estou vendo.- ele sorriu de orelha a orelha.- Queria que papai estivesse aqui para
ver.

Eu também. A ausência de Edward era o único senão naquele dia esplêndido. Sem precisar
me preocupar com casa e alimentação, com a volta da Sra. Rosenclay, ele devotara seus dias,
desde o acidente de Ben, aos filhos e a mim. Jogava frescobol na beira do canal, velejamos e
nadamos. Comemos churrasco, formos ao cinema e fizemos uma viagem de um dia, de balsa, até o
Canadá.

Nesse dia, no entanto, houve um problema com um contrato, e ele teve que ir até o
escritório para deixar tudo resolvido.

Eu olhei o relógio na porta da casa de máquinas, em que se via que faltavam quinze para as
cinco.

– Ele já deve estar chegando.

– Legal!- festejou Erik.- Quero mostrar a ele como sei mergulhar na piscina como um
torpedo, assim como você me ensinou.

– E eu quero que ele fique olhando as nuvens conosco.- disse Mike.- Estão vendo aquela?-
ele apontou para uma forma indefinida à esquerda da nuvem de Belly.- Parece um pedaço de Pizza.

Erik bufou, com ar superior.

– Sem chance!

– Parece sim!- teimou.

A fim de terminar a discussão sem tomar partido, eu sugeri.

– Estou morrendo de sede. E vocês?

– É isso aí.- animou-se Erik.- Estou com muita, muita, muita sede.

– Eu também.- apoiou Mike.

– Podemos tomar um refrigerante?- Erik pediu, com um olhar de súplica.

– Não... mas podemos tomar uma limonada.

– Uau! Grande!

Depois de refrigerante, esta era a bebida favorita de Erik. Sem precisar de maior incentivo,
os dois mais novos desceram do colchão, que já estava na parte rasa da piscina e nadaram até a
escada.

– Não corram!- eu pedi depois de vê-los sair em disparada na direção do quiosque.

Atendendo-me, os dois diminuíram o passo.

Eu então me voltei para Ben, deitado ao meu lado, e me diverte muito com o que vi. Ele
estava com os braços cruzados sob a cabeça, tinha os olhos fechados e sorria de satisfação.
Andava muito quieto nos últimos dias, e eu ficaria muito preocupada se ele não parecesse tão feliz.
Me acomodei e o cutuquei.

– Você está legal?

Ele abriu os olhos, e me fitou e sorriu ainda mais.

– Ótimo.

Uma brisa forte e morna soprou o colchão para o meio da piscina. Ele se aproximou ainda
mais de mim, adorando estar deslizando sobre a água.

– Bella?

– Hum?

– Eu estava pensando. Será que vou ficar com uma cicatriz na perna?

– Ih, Ben, não sei. Você teria que ter se ferido mais para ficar com uma cicatriz.

Embora o acidente já tivesse acontecido havia dias, e no momento houvesse só uma


pequena marca na perna, ele ainda estava fazendo o episódio render.

– Então isso quer dizer que não vou precisar de uma operação, vou?

– É o que me parece.- eu o fitei intrigada.- Tem algum motivo para querer ser operado?

Ele entrelaçou seus dedos nos meus.

– Bem, na TV sempre dão um monte de sorvete para as crianças.

Eu precisei morder o lábio para não rir.

– Ora, sorvetes são para crianças que operam as amídalas. Não servem para pernas
operadas.

Ele meneou a cabeça, satisfeito, como se eu tivesse dito algo profundo.

– Que coisa mais legal!

– O quê?

– Todas essas coisas que você sabe. É simplesmente... perfeito.


– Ora, obrigada!

Eu só imaginei aonde aquela conversa iria parar e não demorou muito para eu saber. Ben
cruzou as pernas e perguntou casualmente:

– Então, quando é que você e papai vão se casar?

Eu o fitei aturdida. Mas, afinal, por que eu estava tão surpresa? Já sabia quais eram as
intenções do garoto?

– Eu nem sei se vamos nos casar, meu bem.

– Como?- ele protestou, fazendo o colchão agitar-se.- Porque não? Você não gosta mais
do papai?

– É claro que gosto dele!

– E eu sei que ele gosta de você. Só pode ser. Se não fosse assim, ele não ficaria
beijocando você como ontem na balsa, quando pensaram que ninguém estava olhando.

Eu senti o rubor subir pelo meu rosto, mas procurei manter o raciocínio claro.

– Só porque dois adultos se gostam, isso não significa que necessariamente irão se casar,
Ben.

– Eu sei. Mas vocês não são somente adultos, você é você e papai é papai. E nós
precisamos de vocês.

Ele fez a declaração como algo que fosse encerrar a questão. Eu apertei a mãos pequena,
mas forte.

– Ouça, Ben. Acho que você está fazendo um grande trabalho com seu pai. Veja quanta
coisa boa vocês têm feito juntos. Ele o adora. E eu espero que saiba que, não importa o que
aconteça comigo e seu pai, você e eu seremos sempre amigos.

Ele balançou a cabeça.

– Não quero ser somente seu amigo.- ele persistiu, com o olhar excepcionalmente sério.-
Quero que você seja minha mãe.

– Ah, Ben... essa foi a coisa mais linda que alguém já me disse. E acredite, se eu pudesse
me casar somente com você, Erik e Mike, eu faria sem piscar. Mas, com adultos, as coisas são
muito diferentes, meu bem.

– Em que sentido?

– Bem... eles têm que ser compatíveis.

– Como assim?

– Eles precisam se dar bem e gostar mais ou menos das mesmas coisas.

– Bem, você e papai gostam do Erik, do Mike e de mim. E gostam um do outro. Isso è o
que importa.

Eu franzi o semblante. É difícil argumentar com a logica infantil.

– Bem... nós temos estilos diversos, diferentes modos de fazer as coisas.- eu tentei explicar.

– Por exemplo?

– Ora... seu pai adora estar sempre bem vestido, e eu prefiro roupas informais. E ele é
muito sério, coisa que eu não sou. É muito empertigado a maior parte das vezes, enquanto costumo
ficar mais relaxada.- eu meneei o ombro.- Além disso, ainda não nos conhecemos direito. Essas
coisas levam tempo.

Finalmente os gritos de alegria de Mike e Erik deram um fim no assunto. Eu olhei para trás e
vi que Edward finalmente chegou e se encontrava para sob o quiosque.

Estava magnífico, como sempre. Afrouxara a gravata e tirou o paletó de seu elegante terno
azul-marinho. Quando eu o fitei, ele se aproximou com seus mocassins italianos e aparou Mike, que
se atirou em seu colo. Enquanto Erik pulava, reclamando sua atenção, Edward atirou a garotinho no
ar, para em seguida dar-lhe um forte abraço, apesar da roupa de banho molhada do garoto.

Eu senti meu coração aquecido, apesar da ansiedade causada pelas perguntas de Ben. Não
sei exatamente em que pé ando com Edward, mas pelo menos o relacionamento dele com os
garotos mudou muito, e para melhor, nos últimos dias. Parecia que a paixão que estávamos
compartilhando liberou um novo Edward, alguém aberto e acessível para as pessoas de quem ele
gostava. Não tenho mais reservas em demostrar todo o carinho e afeição pelos garotos.

Eu fiquei encantada contemplando a cena, observando como ele colocava Mike no chão e
pegava Erik no colo, para então abraça-lo.

Ambos os garotos imediatamente pediram mais. Ele riu a balançou a cabeça.

– Sem chance rapazes. Vocês estão deixando minha camisa toda molhada.

Sorrindo olhou para a piscina, na minha direção.

– Está tudo bem?

– Estamos ótimos,- Ben respondeu por mim.

Edward ergueu a sobrancelha.

– Isso é verdade?- ele perguntou à mim.

Com uma silhueta perfeita envolvida num traje feito sob medida, Edward estava perfeito. O
desejo juntou-se as demais sensações que aqueciam meu coração.

– Verdade.

Ele pareceu sentir também sentir o calor subir ao ouvir minha voz enrouquecida.

– Ótimo. Nosso compromisso para jantar ainda está de pé?


Eu tentei ignorar um repentino surto de nervosismo. Graças à Sra. Rosenclay, eu e Edward
saímos pela primeira vez sem as crianças nessa noite. Sei que é ridículo, mas me senti excitada e
insegura como uma adolescente.

– Bella, você não vai me decepcionar vai?

Eu afastei a insegurança injustificada e sorri.

– Não perderei isso por nada neste mundo.

– Graças a Deus!

Ele fingiu um olhar desesperado quando Erik o puxou pela camisa.

– Faz de novo, papai, por favor!

– Porque... – ele suspirou, pegou o garoto no colo, girou e o atirou na piscina.- Depois de
passar o dia no escritório e de satisfazer os desejos dos meus filhos, estou louco por uma conversa
civilizada!

– Ei! Isso parece divertido!- Exclamou Ben.- Faça comigo, papai!

Determinado a não ser deixado para trás, ele saltou do colchão e nadou para a borda. O
colchão desequilibrou e eu tentei, estabiliza-lo inutilmente. Meu corpo escorregou e afundei na
piscina, enquanto ouvia a gostosa gargalhada de Edward.

PV Edward

– Papai?

Eu parei no meio de uma escanhoada para encarar meu filho mais velho. Ben estava sentado
sobre o balcão da pia do banheiro, balançando as pernas. Fazia companhia a mim enquanto eu me
preparava para meu encontro.

– Sim, Ben?

– Você gosta de Bella?

Mas será que já não tínhamos conversado a respeito?

– Sim.- eu enxuguei o aparelho, ergue o queixo e comecei a fazer a parte de baixo do meu
maxilar.

– Ela também gosta de você.

Eu virei a cabeça para o lado, para ter um ângulo melhor.

– Isso é muito bom.

– Só que... você tem que ser tão serio? Bella disse que preferia que não fosse tanto.

Eu congelei meu gesto.


– Como ficou sabendo disso?

– Ela me contou.

Eu franzi o cenho.

– Verdade?

– Sim. Sabe, estávamos conversando, antes de você chegar, e quando perguntei quando
iriam se casar, ela disse...

Eu afastei imediatamente a lâmina do meu pescoço, dando graças a Deus por eu não ter se
cortado. Em seguida, o fulminei com os olhar.

– Você perguntou a ela se iremos nos casar?

– Sim.

Eu o fitei com uma expressão grave.

– Dessa vez, você saiu da linha, rapaz.

– Eu só estava tentando ajudar.- Ben protestou.- Pensei...

– Não pense!- asseverei.- Toda vez que você pensa, algo dá errado. Se decidir me casar,
eu vou fazer o pedido, entendeu?

– Mas...- Ben começou a argumentar, mas desistiu ao perceber meu olhar implacável.-
Entendi. Desculpe.

– Eu desculpo, contanto que você não faça isso novamente.

Eu voltei a me barbear, sentindo que fiz bem em cortar a conversa naquele ponto. Porém,
com o silêncio pesado e a expressão contida de Ben, decidi que manter o canal aberto era a melhor
política. Suspirei.

– Então, o que mais Bella disse?

Ben continuou olhando para os pés.

– Sobre o quê?

Eu franzi as sobrancelhas.

– Sobre... casar-se.

– Bem, ela disse que queria casar-se comigo, com Erik e com Mike.

– E comigo?

– Sem chance.- o garoto respondeu, balançando a cabeça.

Sem chance?
– Por que não?- eu perguntei fleumaticamente.

– Não sei.

– Ela deve ter dito alguma coisa.- eu murmurei.

– Disse que você é muito serio.

– Você já mencionou isso.

– Bem... eu acho que ela não gosta de suas roupas.

– Não gosta?

– Sim.- ele confirmou, meneando a cabeça.

– Ela disse do que não gosta?

O garoto pegou a loção pós-barba, cheirou-a e fez uma careta.

– Bella acha você almofadinha.

– Ah...- eu contemplei amorosamente o meu terno Armani pendurado na porta, imaginando


como alguém poderia não gostar de algo tão perfeito.- Ela disse algo mais?

– Nada. Ah... exceto aquela coisa de ela ser mais descontraída, enquanto você é mais...
como foi mesmo que ela disse?... Ah, empertigado.

Eu o olhei surpreso.

– Ela disse isso?

– Sim.

– Isso é ridículo. Eu não sou empertigado. Você acha que sou empertigado?

– Que nada. Se eu fosse mulher, casaria com você, papai.- ele acrescentou, com um toque
de lealdade.

– É isso aí. Eu também.- eu resmunguei. Com a expressão preocupada, escanhoei o rosto


mais uma vez, levei o aparelho, tirei a toalha e fui tomar uma ducha.- Posso ser um monte de coisas,
mas não sou empertigado.

PV Benjamin

Aguardei ouvir o barulho da água caindo para me voltar para o espelho. Com um olhar
sóbrio, eu peguei a espuma de barba e passei pelo meu rosto. Em seguida, tirei a lâmina do aparelho
e comecei a me barbear.

Enquanto isso, ouvia papai resmungar debaixo do chuveiro.

– Conservador? Talvez. Mas empertigado? Ora, faça-me o favor...


Notas finais do capítulo
bom espero que gostem ah recomedem tah. bjus

(Cap. 14) Onde é o incêndio?

Notas do capítulo
GENTE UMA NOVA HISTORIA VEM POR AI CHEIA DE DRAMA SUSPENSE AMOR E
MUITA COISA DE OUTRO MUNDO.

– Edward?

Eu parei à porta da cabana e segurei o queixo ao ver o homem que veio me buscar para o
jantar. Pela primeira vez, desde que o conhece, Edward cullen estava usando jeans. Como se não
bastasse, estava usando mocassins sem meias, uma camisa branca de gola careca, aberta no
pescoço, e um paletó esportivo branco. Para completar, óculos ray-ban com aros dourados.

O traje servia nele como uma luva, mas qual roupa não ficaria bem naquele homem sexy e
de físico estonteante?

No entanto, ele também parecia impressionado.

– Bella?- apesar dos óculos escuros, o tom da voz revelava inegável surpresa.- Você está...
fantástica.

Eu o fitei com um sorriso maroto, alisando com as mãos o vestido colante negro, de renda,
que eu estava usando com meias e sapatos pretos de salto alto. Escolhe os brincos pingentes de
diamantes para aquela noite e, para completar, penteei os cabelos para trás. Ora, até passei
maquiagem!

– Puxa, não precisa parecer tão surpreso.

– É, bem... desculpe. Não foi minha intensão...- ele passou a mão pelos cabelos, deixando-
os deliciosamente desalinhados.- É que... pensei que você gostaria de fazer um programa mais
informal. Talvez jantar no píer e sair para caminhar ao longo do canal, pelas arcadas. Nunca fiz isso,
mas deve ser muito interessante.

O olhar de Edward passeou pelo meu corpo, demorando seu olhar na minha perna.

– Mas posso trocar de roupa num minuto e...

– O programa parece ótima.- eu o interrompe. Dei um passo para trás o convidando a


entrar.- Para sua sorte, ainda não terminei de me arrumar. Entre e fique à vontade.
Antes que ele tivesse tempo de protestar. Eu entrei rapidamente no banheiro. Sorrindo ante
à ironia da situação, pois pelo menos desta vez eu estava bem vestida demais para Edward, me olhei
no espelho e avaliei meu traje.

Ele estava certo: eu estava ótima, mas obviamente formal demais para o que Edward tinha
em mente. No entanto, eu paguei uma fortuna pelo vestido e é a única peça realmente elegante que
possuo. Quem sabe? Com algumas pequenas mudanças...

Voltei para a sala menos de cinco minutos mais tarde. Tirei o pingente e as meias pretas e
troquei os saltos altos por uma sapatilha. Depois, com umas poucas escovadas, transformei o
penteado em algo bem mais descontraído.

Para minha satisfação, o olhar de Edward denotava uma combinação de admiração e


aprovação ao me ver.

– Não sei exatamente o que você fez, mas ficou ótimo.

– Obrigada, assim como você.

Ao ouvir o elogio, ele sorriu com um certo ar de malícia.

– Está pronto?- eu perguntei, radiante, ao pegar minha pequena bolsa de alça comprida.

– Se não sairmos daqui imediatamente, vou ficar mais do que pronto.- murmurou, enquanto
eu fechava a cabana.

As horas seguintes foram as mais agradáveis que eu passei em toda a minha vida. Jantamos
em um pequeno bistrô no píer. Entre frutos do mar e um vinho delicioso, Edward contou como foi
seu dia. De alguma forma, isso levou a contar a respeito de sua infância, sobre como cresceu
tomando conta de Emmett e Jasper no hotel que os pais mantinham na costa sudoeste de
Washington. Falou também como transformou a pequena fortuna que recebeu de herança do pai em
um valor suficiente para comprar seu próprio primeiro hotel-estancia. E depois de se certificar de
que eu estava realmente interessada, contou as aventuras dos nascimentos de seus filhos,
demonstrando um humor delicioso ao descrever sua própria falta de jeito para lidar com os recém-
nascidos.

A noite nos encontrou ainda conversando. Foi esse o momento que eu escolhe para dar a
grande notícia:

– Recebi uma proposta para escrever um livro.- eu anunciei, quando senti que o momento
era oportuno.

Edward ficou paralisado.

– Como?

Eu não fiz nenhum esforço para esconder o meu entusiasmo e a apreensão que eu estava
sentido.

– Essa editora quer que eu reedite todas as reportagens que fiz em lugares críticos como a
Bósnia, Ruanda, Haiti e Rússia, tecendo comentários sobre o que estava acontecendo nos
bastidores: os rumores, o moral das pessoas envolvidas, o que se seguiu, etc. É um tipo de história
por trás da história. E eu disse... sim!

Durante alguns segundos Edward simplesmente ficou me olhando. Porém, em seguida, abriu
um sorriso capaz de tirar qualquer mulher do sério.

– Mas isso é incrível!

– Eu também acho.

– Venha. Quero lhe oferecer um sorvete em comemoração.

E foi isso que fizemos. Cada um com duas enormes bolas em nossas casquinhas, nos
pusemos a caminhar pelas arcadas.

– E então, o que acha?- perguntou Edward, enquanto caminhávamos entre as pessoas,


observando as vitrines coloridas.- Está se divertindo?

– Muito.- eu disse com genuína alegria. Ambos paramos para admirar uma vitrine de
cerâmica americana nativa.- Mas tenho que admitir que estou curiosa. Você não vai me contar o
que inspirou tudo isso?

Ele comtemplou meu rosto.

– Do que você está falando?

– Ora, não sei. É que se estava aguardando que você me convidasse para um restaurante
exclusivo, como o Harbor House. Em desses em que só se entrar de terno.

Ele mordeu o lábio e, por um instante, eu senti que tinha dito algo que o ofendeu. No
entanto, a expressão indevassável se transformou em um sorriso caloroso.

– Você já me conhece bem, não é?- ele murmurou pegando minha mão.

Eu senti eletricidade pura percorrendo minha coluna quando, ao retornar a caminhada entre
as pessoas, Edward me segurou pela cintura.

– E então, vai me contar ou não?

– Foi Ben.

– Ora, por que não estou surpresa?

– Ele achou que você me apreciaria mais se eu descontraísse um pouco. Então, passei o
meu velho jeans...

Eu fiquei boquiaberta.

– Oh, Edward. Você passou seu jeans?

Ele seu de ombros.

– O que mais eu poderia fazer? A Sra. Rosenclay se recusou. Bem, como eu estava
falando, passei meu jeans, cancelei nossa reserva, justamente no Harbor House, e que estamos nós.
– Nós íamos jantar no Harbor House? Ah não!

– Está vendo? Isso é para você não ficar dizendo ao Ben que eu sou sério e almofadinha.

– Não foi isso o que falei.- protestei.

Ele ergueu uma sobrancelha.

– Tem certeza?

– Bem... não exatamente.

Os olhos cor de âmbar coruscaram.

– Mas confesso que estou curioso. Não vai me contar exatamente o que vocês
conversaram?

Eu procurei me manter natural ao explicar:

– Eu estava tentando salvar sua pele, Cullen. Seu primogênito está tramando para
desencalhar você, e simplesmente contei a ele por que não sou a candidata ideal. Fiz apenas
algumas comparações, nada mais do que isso. Não tenho culpa se ele está mais preocupado com os
seus defeitos do que com os meus.

– Isso seria verdade... se eu tivesse algum defeito.

Eu fingi que ia desmaiar.

– Por favor, meus sais! Além de perfeito, ele é modesto. Esse tipo de ego merece um
prêmio. Venha, vou ganhar um ursinho de pelúcia para você.

Mostrei um estande onde um jovem que falava muito rápido demostrava usando um rifle
que atirava rolhas, como era “fácil” abater os patinhos que passavam pelo mostrador.

– Para uma repórter, você é muito ingênua. Os alvos estão fixos.

Eu coloquei as mãos na cintura e o olhei com o canto dos olhos.

– Você acha que eu não sei? Mas é isso o que faz o desafio. É só uma questão de
descobrir como solta-los. Observe.

Eu ajeitei os cabelos, umedece os lábios, ergue um pouco o vestido e sai meneando os


quadris na direção do estande, olhei para o atendente com uma admiração proposital.

– Puxa, como você entende disso.- eu o bajulei, tirando da minha bolsinha uma nota de dez
dólares, com um ar de quem tinha um QI de ostra em coma.- Será que você pode me mostrar como
se faz?

O atendente me contemplou com uma expressão de gato faminto que viu um passarinho.

– Terei o maior prazer em lhe mostrar todos os meus truques.- ele ronronou, me comendo
com os olhos.
PV Edward

Eu continuei onde eu estava, observado. Por um lado, me diverti com a audácia de Bella.
Por outro lado, tentei conter o impulso de quebrar todos os dentes daquele fedelho metido a
homem.

As sensações conflituosas aumentaram quando ela se apoiou no balcão para atirar, fazendo
o vestido subir perigosamente. Eu engoli em seco, sentindo o calor subir pelo meu corpo ao
contemplar o bumbum lindamente envolvido pelo tecido, como se ela não estivesse usando nada por
baixo...

A onda de calor se transformou em uma labareda que ameaçou escapar ao meu controle,
provocando reações sem duvida alguma primitivas. Sem que eu pudesse me dar conta, quando
percebe já estava ao lado de Bella, justamente no momento em que o atendente lhe entregava o
ursinho de pelúcia cor-de-rosa que ela ganhou sem esforço algum.

– Com licença.- eu arranquei o bichinho das mãos do rapaz.- Isso me pertence.

O olhar que eu lancei na direção de Bella e o modo como a peguei pela mão deixei claro
que eu não estava falando exatamente do bichinho.

– Edward! O que você está fazendo?- ela indagou, rindo.- Eu só estava me aquecendo.
Mais dez minutos e eu levava um ursinho para cada um dos garotos.

– Deixe os ursinhos para depois.- eu disse rispidamente, a puxando na direção do


Mercedes, com um andar de predador.

– Pelo amor de Deus!- ela exclamou, estancando no meio do caminho.- Onde é o incêndio?

Eu parei e fiz algo que jamais fiz em toda a minha vida. Indiferente aos olhares espantados e
divertidos, joguei o ursinho no chão e a tomei nos braços.

– Adivinhe.- eu falei entre os dentes, para então, na frente de todos em Port Sandy, beija-la
tórrida e apaixonadamente, colando meu corpo ao dela. No momento em que finalmente parei para
tomar fôlego, ela estava tremendo como um lustre em um terremoto.

Bella me contemplou com os olhos enevoados de desejo, brilhando como duas chamas
escuras.

– Bem.- ela disse debilmente.- Acho que isto responde à minha pergunta. É melhor
voltarmos para casa antes de incendiarmos a cidade.

Bella não precisou sugere duas vezes.

Notas finais do capítulo


gente ele tá pegando fogo. alguma bombeira voluntaria para apagar o fogo dele?
(Cap. 15) O garotinho na perua

Notas do capítulo
espero que gostem galera muitas emoções.

– Você me deixa louco.- ele murmurou, beijando meu pescoço.

Foram as primeiras palavras que ele falou desde aquele beijo incrível nas arcadas. Nesse
momento, estávamos abraçados e encostados à porta da cabana, depois de uma viagem silenciosa e
tensa.

– A sensação é mútua.- eu disse ofegando, enquanto ele passava as mãos por minhas
pernas, subindo dos meus joelhos para as coxas e levantando a barra do meu vestido.

– Eu já tinha imaginado!- ele apertou meu bumbum nu e respirou entrecortado.

– Imaginado quê?

– Que você já estava prontinha pra mim.- ele respondeu com a respiração curta, lambendo
meu ouvido.- Será que não conhece roupa de baixo?

– Claro que sim. Se não estou usando nada, foi por sua culpa.

Ele gemeu.

– Minha culpa? Por Deus. Eu não pedi....

– Culpa sua, sim.- eu insistir.- Estava de meia calça quando você chegou lembra? Então,
quando fui me trocar... bem, acho que me esqueci, para não faze-lo esperar.

– Esqueceu-se? Deus me ajude.

– Foi só um esquecimento...

– Pois não se esqueça mais, está bem? Acho que meu coração não aguenta, sem mencionar
outra parte do meu corpo.

– Essa outra parte do seu corpo não parece estar sofrendo por minha causa. Na verdade.-
eu lentamente meneei meus quadris, perguntando a mim mesma como de repente me tornei tão
fisicamente ousada.- Ele parece estar ótimo. Exceto...

– Exceto o quê?

– Você estar vestido demais. Como sempre, aliás.

– Moça, hoje é a sua noite de sorte. Vou cuidar disso imediatamente.

Com gestos seguros e rápidos, ele afastou-se o suficiente para tirar os sapatos,
desabotoando e descendo o zíper do jeans, para tira-lo juntamente com a cueca de seda. Vestido
apenas com a camisa branca, Edward aproximou-se e me beijou os meus lábios sofregamente.

Eu retribui com igual intensidade. Entreabri os lábios, mordisquei o lábio inferior de Edward
e inclinei a cabeça para aprofundar o beijo. E o tempo todo explorei com as mãos o corpo rijo e
quente, acariciando-o nas costas, deslizando os dedos pelos quadris estreitos e ventre. Então, num
gesto mais ousado, envolve a masculinidade dele em minha mão.

– Oh sim... está ficando... melhor.- eu murmurei.

Ele inspirou ruidosamente. Agarrando meus pulsos, pressionando minhas mãos contra seu
peito.

– Você é um perigo. Com mais um pouco dessas suas carícias, não vou resistir muito
tempo.

Ao sentir que Edward tremia, eu fui invadida por uma vontade ainda maior de toca-lo.
Afastando as mãos de Edward de meus pulsos, acariciei –o por cima da camisa. A pele dele estava
quente. Eu explorei cada musculo, cada detalhe desse corpo másculo.

Ele estremeceu.

– Bella...

Ele amoldou meus seios cobertos de renda em suas mãos, torturando os mamilos com a
ponta dos dedos.

– São tão macios...

Eu arqueei o meu corpo, gemendo de vontade de tê-lo dentro de mim.

– Agora, Edward. Agora.

Ele não precisou mais de incentivo. Com um som gutural, Edward arrancou meu vestido e
me envolveu em seus braços.

– Segure-se em meu pescoço.- ele começou a dizer, mas eu já havia me antecipado.

Ele me ergueu e, com uma investida poderosa, me penetrou.

Ambos gritamos ao nos sentirmos conectados.

– Como você é gostosa.- ele murmurou enquanto eu prendia minhas pernas ao redor de sua
cintura. Lentamente ele ergueu os ombros e flexionou os quadris. Iniciando um ritmo poderoso que
tirou minha respiração.

– Oh, Edward, assim... desse jeito.

Eu passei os dedos pelos cabelos dele, apoiando meus ombros na porta.

– Não pare. Não pare.

– Não dá mais para parar.


Eu queria, precisava vê-lo. Com os olhos abertos, me senti hipnotizada pela força da beleza
daquele rosto masculino. Ele mantinha os dentes cerrados, enquanto aumentava o ritmo e a
profundidade de cada investida.

Ao observar Edward à luz fraca, sua pele branquinha, seus dentes brancos, seus cabelos
bronze, meu desejo se tornou quase insuportável. Era como um fluxo, como uma correnteza
ganhando força. Me abandonei à sensação, me deixando engolfar onda após onda.

E o tempo todo eu não deixei de olhar Edward. O observei crispar o rosto de desejo.
Observei a transpiração brilhando em sua pele, e como aquelas feições elegantes tornaram-se
repentinamente selvagens enquanto seu corpo forte estremecia ao atingir o clímax.

A visão foi tão avassaladora que o prazer de Edward tornou-se o meu próprio, a ponto de
eu não saber mais onde ele terminava e onde eu comecei. O amor, o fogo e o desejo explodiram em
meu ventre.

Quanto eu voltei à mim, Edward estava sentado no chão, com as costas na porta, e eu
estava deitada sobre seu peito, sentindo as fortes pulsações em meu ouvido.

– Você está bem?- ele me perguntou, com a voz rouca, afagando ternamente meus cabelos.

Eu me senti no paraíso, e suspirei satisfeita.

– Estou ótima.

– Tem certeza?

Eu o beijei no pescoço. A camisa de Edward estava aberta. Que coisa mais curiosa, eu
pensei. Não me lembro de tê-la desabotoado. Ao observar mais atentamente, percebi que todos os
botões menos um que estava por fio, foram arrancados. Sorri.

– Quer ir até o zoológico amanhã?- ele perguntou repentinamente.

Eu ergue o rosto, surpresa.

– Isso é um convite ou a chamada de um guia turístico?

– É um convite. Esqueci de convidar antes. Amanhã terei que ir até o escritório para assinar
alguns papéis. Vou levar somente alguns minutos, por isso pensei em aproveitar e levar os garotos.-
ele se calou e olhou para mim com um riso malicioso.- No entanto, estou pensando se é sensato
deixar uma criatura tão selvagem à solta em um zoológico.

Eu o fulminei com o olhar.

– Ei, calma! Eu só ia dizer que você é o que chamávamos de pantera na escola.

Eu comecei a rir.

– Pantera? Ok, Edward, que coisa mais gentil, mas... ninguém mais diz pantera. Hoje só se
diz, maneiro, legal, animal... quando muito, gatinha.
Ele suspirou.

– Ok. Se é assim... ei, gatinha maneira e legal, quer ir ao zoológico ou não?

– Oh, meu bem. Como posso recusar quando você fala desse jaito?- e gargalhei
gostosamente.

PV Edward

Eu respirei fundo, estava claro que eu não tinha escolha. Tenho que me sacrificar e ama-la
novamente para faze-la parar de rir. Só que dessa vez irei cuidar para que cheguemos até a cama
antes que tudo fuga do controle.

– Queria que você passasse a noite toda comigo.- disse Bella, bocejando e se
aconchegando no meu ombro.

Eu estava deitado de costas, e ela deitada por cima. Era o máximo que podíamos fazer no
sofá estreito, que foi aonde conseguimos chegar antes de fazermos amor pela segunda vez.

Com um suspiro satisfeito ela se acomodou-se mais confortavelmente no meu pescoço,


brincando com os pelos de meu peito.

– Eu também.- eu concordei.- Eu também.

O surpreendente é que eu desejava isso do fundo do meu coração.

Eu estou cansado de dormi sozinho, de acordar sem tê-la em meus braços, de sempre
fazermos amor no escuro, de eu não poder tê-la em minha cama à luz do dia... com a porta
trancada, lógico.

Mas não é só isso. Estou cansado de viver sozinho. Droga, a quem estou tentando enganar?
Por mais que o sexo com Bella seja a melhor coisa que já fiz na vida, sentia sua falta sempre que eu
tinha que voltar para casa sem ela.

Sentia falta do riso dela, de conversar com ela a respeito dos meninos, sobre o trabalho e
coisas simples. Sentia falta de vê-la com os garotos, de ver aqueles olhos castanhos arregalados
sempre que algo a divertia.

Não havia mais como eu negar, eu pensei, abraçando-a ternamente. Além de ser a melhor
amante que eu já tive, estava se tornando minha melhor amiga.

“ Então, o que diabos estar esperando? Por que não acaba com sua infelicidade, casando-
se com ela?”

O casamento seria a solução perfeita para minha vida. Eu teria uma companheira sexy e
independente que nunca me aborreceria. Os garotos ganhariam uma mãe. E Bella ganharia raízes, a
vida em família de que tanto sentia falta enquanto era criança.

Eu saboreei a ideia. Eu vou ser um bom marido, prometi a mim mesmo. Eu não a amo,
exatamente, mas gosto muito dela. Muito. Talvez poderemos até ter um bebê. Uma garotinha de
olhos castanhos, com o sorriso maroto da mãe.
Eu farei o pedido amanhã, depois de voltarmos do zoológico. Talvez devêssemos esperar
alguns dias até contar aos garotos. Seria o presente perfeito para o aniversário de Ben.

Repentinamente ansioso para voltar para casa e dormir para a manhã chegasse rápido, eu
me ergue cuidadosamente, segurando Bella, para então acomoda-la na cama.

– Humm....- Bella abriu os olhos sonolentos.- Edward?

– Shhh!- eu sussurrei.- volte a dormir. Está tudo bem.

Está tudo perfeito.

PV Bella

Eu suspirei de prazer e me recostei no banco de couro macio do Mercedes. Sorri ou ouvir


o trio ressonando no banco de trás, amontoados como uma ninhada, ainda usando o cinto de
segurança.

Foi um dia longo. Andamos muitos quilômetros dentro do parque Zoológico de Woodland
e adoramos tudo que vimos.

Para falar a verdade, meus pés doíam, meu nariz estava queimado do sol, minha camiseta
manchada de mostarda. Mas isso não é nada comparado o quanto nos divertimos. Não consegui
para de rir com Ben, Erik, Mike e Edward imitando os macacos. Na ala dos felinos, me
impressionei ao ver como conseguiram reproduzir o ambiente de uma savana africana. Depois,
todos passamos quase meia hora observando os hipopótamos nadar em sua piscina com
movimentos surpreendentemente elegantes.

Os garotos estavam muito alegres e obedientes. Houve somente um momento tenso quando
eu e Edward esquecemos de Mike na ala dos animais noturnos, mas conseguimos encontra-lo
rapidamente, encantado com os gambás. Edward até mesmo trouxe a máquina fotográfica e, para o
meu encanto, me fotografou com os garotos como se fossemos uma família.

Eu lancei um olhar intrigado na direção de Edward.

Ele desviou o olhar da estrada o suficiente para me fitar, erguendo uma sobrancelha.

– Algum problema?

– Eu só estava pensando que você é a única pessoa que conheço que faz um passeio desses
com calça branca e um camisão azul-claro e termina o dia como se não tivesse feito nada.

Ele sorriu, levemente surpreso.

– Isso deixava Emmett maluco quando éramos crianças. Ele até hoje ainda diz que esse é
um dos grandes mistérios da vida, como o Triângulo das Bermudas ou por que só os dedos ficam
enrugados na água.

– Quanto ao Triângulo das Bermudas não sei, mas os dedos ficam enrugados porque têm
uma camada extra de pele que o resto do corpo não tem.- eu disse casualmente.- Quando você fica
muito tempo na água, o dedo absorve o líquido, que se expande, só que não há espaço para a pele
se expandir, portanto ela enruga, entendeu?
Ele me fitou novamente surpreso.

– Está brincando! É assim tão simples? Você sabe coisas incríveis!

Eu ri, sentindo-me ridiculamente feliz. Nesse momento, em que ele estava relaxado e aberto,
eu o amava mais do que nunca. Era como se algo tivesse mudado nas últimas vinte e quatro horas.
Não consigo definir exatamente o que é. Ele estava com o mesmo ar de Ben, quando estava
tramando algo. Mas, por precaução, achei melhor não perguntar.

– Falando a respeito de Emmett, ele telefonou hoje cedo.- disse Edward.

Eu fiquei surpresa.

– Verdade?

– Sim.- ele olhou pelo retrovisor para se certificar de que todos os garotos ainda estavam
dormindo. Prosseguiu com a voz baixa.- Ele virá para o aniversário de Ben. A ligação estava
horrível, mas disse que está trazendo um presente especial, algo que Ben está querendo muito. E me
pediu para dizer a você que está com saudades.

Algo no olhar de Edward sugeriu que Emmett disse mais do que isso, mas novamente eu
preferi não investigar. Além do mais, agora tinha um problema pela frente.

– Ah, meu Deus! Então ele vai querer a cabana de volta.

Edward passou a mão em meu joelho.

– Não se preocupe. Ou ele fica na minha casa ou... você fica.

– Mas...

– Já estamos chegando?- era a voz sonolenta de Ben.- Estou com sede.

Eu me virei e o vi bocejar.

Também Erik piscou os olhos com cílios escuros.

– Eu também. Estou com fome. Muita fome. Podemos parar em algum lugar?

Edward balançou a cabeça.

– Como você pode estar com fome? Comeu duas panquecas no café da manhã. Depois
foram dois cachorros quentes, um sorvete de casquinha, algodão doce, um saco de pipoca e dois
refrigerantes no Zoológico.

– Não sei. Mas estou com fome.

Porem foi Mike que resolveu e questão.

– Papai?

– O que foi, meu filho?


– Eu tomei só um refrigerante.- argumentou o caçula.- Mas mesmo assim eu preciso... você
sabe.

Sorrindo Edward consentiu.

– Está bem. Então vemos parar no Mini-Mart.

– Puxa!- Erik e Ben festejaram ao ver o luminoso alguns metros adiante.- Podemos tomar
sorvete, papai? Por favor?

Edward concordou e diminuiu a marcha para entrar no pequeno estacionamento. Parou na


frente da loja e acionou o breque de mão por causa da inclinação do terreno.

Todos os garotos já estavam fora do carro e correndo na direção da loja antes que Edward
tirasse o cinto de segurança. Se voltou pra mim.

– Não vem junto?

Eu recostei minha cabeça no banco e fechei os olhos.

– Essa eu passo.

– Covarde.- ele brincou.

Eu sorri, ouvindo-o sair do carro. Depois de alguns segundos, abri os olhos para observa-lo
de longe, levando sua tropinha ao toalete.

Eu bocejei e olhei ao redor.

O único carro no estacionamento, além do nosso, era uma velha perua estacionada à minha
direita. Eu franzi o rosto. Não somente as janelas estavam abertas, como algum idiota deixou uma
criança solta no banco de trás.

Para falar a verdade, o garotinho, que não teria mais do que três anos, estava preso com o
sinto de segurança, mas... qualquer um poderia vir e leva-lo. Ou então o menino poderia soltar-se e
queimar-se com o acendedor de cigarros. Eu olhei na direção da loja, tentada a entrar para
descobrir quem era o responsável e alertar para o risco que a criança estava correndo.

Voltei a olhar para a criança, que tinha um halo de cabelos encaracolados e enormes olhos
castanhos. A criança sorriu e acenou. Eu acenei de volta e novamente olhei para a loja, torcendo a
boca em reprovação ao perceber uma adolescente mascando chiclete fazendo charme para o jovem
balconista da loja.

Passaram-se dois minutos e eu ainda estava observando a garota na loja e o garotinho no


carro, quando Edward e os meninos apareceram, estes correndo para a maquina de sorvete.

Ao vê-los, fiquei menos tensa. Talvez eu pudesse ficar sem passar um sermão na garota
negligente. Afinal, nada de errado ocorreu.

Mas, naquele momento, percebe um movimento com o canto dos olhos. Era a perua que
estava com o breque solto e começava a deslizar para baixo. Já sem o cinto de segurança, o
menininho estava no volante, olhando assustado.
Eu não parei para pensar. Abri a porta e sai correndo em direção da perua.

Notas finais do capítulo


bom esta ai mais um capitulo e sobre o capitulo 14 que saiu repetido mil desculpas não minha
intenção repeti-lo sempre faço o melhor pelo meus leitores. ah recomendem por favor.

(Cap. 16) Retirando o pedido

Notas do capítulo
gente espero que gostem.

– Ok, Mike. Aperte o botão.- com o lábio inferior entre os dentes, em visível concentração,
Mike inclinou-se para a frente, no meu colo e acionou o botão da máquina de sorvete.

Uma massa verde-limão saiu e caiu no copo que eu estava segurando. Nem quis pensar no
que ia naquela massa para ficar daquela cor; às vezes a ignorância era uma bênção.

– Ok, chega.

Mike olhou para mim.

– O que você disse, papai?

Eu fiz uma careta quando a massa gelada extrapolou o copinho e sujou meus dedos.

– Pare!

– Ok.

Mike soltou o botão e se aprumou.

Eu o desci de meu colo, peguei alguns guardanapos, limpei e copo e o entreguei a ele, que
sorriu abertamente.

– Eu fiz direitinho?

Eu retribui o sorriso.

– Você foi incrível.

Eu movi os dedos e suspirei ao contemplar minha mão lambuzada. Em seguida, procurei por
Ben e Erik, que estavam olhando revistinhas enquanto sorviam sorvetes com cor de uma hecatombe
nuclear.
– Fiquem olhando Mike.- eu pedi aos dois mais velhos.- Não saiam daqui, vou lavar as
mãos.

– Claro.- ambos concordaram.

Quando voltei, não havia mais ninguém por ali: nem os garotos, nem o balconista, nem a
cliente.

Eu corri apavorado em direção ao carro, imaginando o pior. Sequestro? Roubo? Mas se


eles somente estivessem escondidos, levariam um sermão exemplar ao chegarem em casa. Mesmo
que já estivessem no carro, iriam ouvir. Afinal, o que custava ficarem três minutos parados? Já não
estava fazendo tudo o que eles queriam? Até mesmo queria casar com a mãe que eles escolheram!
Está certo que isso seria muito mais fácil se...

Se a futura mãe em questão não estivesse pendurada na porta de uma perua velha, que por
acaso se precipitava na direção de uma estrada movimentada.

Eu empalidece.

– O que diabos...

– Olha só que legal, papai!- gritou Ben.

Ele e os irmãos estavam na calçada, perto de onde o balconista tentava consolar uma jovem
histérica que mascava um chiclete enorme, chorando.

– Bella vai salvar o irmãozinho daquela garota.

“ Ah, claro. Isso se ela não morrer antes”, eu pensei.

– Fiquem aqui!- eu gritei para meus filhos em um tom que não deixava dúvidas quanto aos
riscos de uma desobediência.

Com isso, sai colina abaixo, com o balconista e a garota em meu encalço.

Embora eu tivesse chegado perto o suficiente para ver o que ocorria, eu estava longe
demais para fazer o que quer que fosse.

Bella se remexia, tentando entrar no carro. Finalmente, ela conseguiu apoiar o joelho,
empurrar o garotinho para o lado e pegar na direção. Deu um puxão violento, e o carro começou a
andar paralelamente à estrada. Para mim, demorou muito tempo até que os pneus finalmente
derrapassem no acostamento.

A perua ainda andou alguns metros antes de parar, sem o risco de ser atingida por outros
carros. Eu quase escorreguei no cascalho perto da janela do motorista. Ofegando, abaixei a cabeça,
tomei fôlego e me aproximei para puxar Bella pela janela. Ela já estava fora do carro quando o
balconista e a garota chegaram. Soluçando aliviada, a moça abriu porta do carro e pegou o menino
no colo, abraçando-o fortemente.

Eu segurei Bella pelos ombros, dando-lhe uma leve sacudida.

– Você está bem?- perguntei desesperado.


Ela me fitou, estonteada e pálida.

– Edward?

– Você está ferida?

Ela tentou rir.

– Não. Não, é claro que não.- ela ergueu ambas as mãos, indiferente ao fato de elas
estarem tremendo.- Está vendo? Nenhum arranhão.

Nesse momento, a garota cuja negligência quase se transformou em tragédia aproximou-se,


com o garoto agarrado a seu colo.

– Obrigada.- ela disse nervosamente, apertando a mão de Bella.- Se algo tivesse


acontecido com o Léo, não sei o que seria da minha vida.

A voz lhe faltou e ela começou a soluçar copiosamente.

– Venha Leila. É melhor ligar para seus pais. Acho que você não deve dirigir.

Leila mal podia falar de tanto que soluçava. O balconista se aproximou, pôs a mão em seu
ombro e a levou.

Visivelmente impaciente eu disse a Bella:

– Tem certeza de que está bem?

– Estou ótima.

– Graças a Deus.

Eu a ergue nos braços e a abracei, com tal força que por um milagre não lhe parti nenhuma
costela.

– Droga, eu envelheci dez anos nos últimos cinco minutos.- eu afundei meu rosto nos
cabelos negros, beijando-a repentinamente.- Será que não percebe que eu... – eu respirei fundo e
engoli em seco.- Que eu...

– O quê?- ela perguntou, com o coração na garganta.

– Que eu acho que esta foi a coisa mais absolutamente estúpida e irresponsável que eu já
vi?- eu disse, furioso, afastando-a rapidamente de mim.

PV Bella

Eu fiquei completamente confusa. Por um instante, eu poderia jurar que ele estava por se
declarar que me amava

– O que você está dizendo?

– Tem muita sorte por não haver morrido! Quem diabos você pensa que é?
Eu precisei segurar o queixo.

– Quer repetir, por favor?!

– Você ouviu muito bem!- ele urrou.

– A cidade inteira deve estar ouvindo você gritar!

– Não mude de assunto e responda! O que diabos pensou que estava fazendo?

Eu respirei fundo.

– Exatamente o que você viu. Tentando impedir que um carro descontrolado atravessasse a
estrada com uma criança dentro.

– Muito bonito!- ele ralhou, como se eu tivesse confessando que tinha corrido nua pelas
ruas de Port Sandy.

– Foi isso mesmo.

– Bem, e se algo tivesse saído errado? E se aquele carro estivesse com a direção travada e
atravessasse a estrada com você dentro? E se um caminhão pegasse vocês?

– Mas deu tudo certo!

– E se sua mão escorregasse da direção e você caísse? Já pensou nisso?

– Mas não foi o que aconteceu!

– Será que não passa por essa sua linda cabecinha que poderia ter morrido? Mas você se
importou? Não, diabos! Só saiu correndo como uma louca, sem pensar nas consequências...

Eu pisquei pasma.

– Ora, pelo amor de Deus! O que eu deveria ter feito? Ficar olhando o garotinho virar
papinha debaixo de um caminhão?- exasperada, eu balancei a cabeça.- Essa foi a coisa mais
estúpida que eu já ouvi.

Os olhos de Edward transformaram-se em dois dardos dourados.

– Ora, então me desculpe! Estou incomodando a mocinha som minhas preocupações


descabidas? Ah, esqueci que esse tipo de aventura é muito natural em sua vida. Quando você disse
que iria fazer um livro, cheguei a pensar que poderia haver um futuro para nós, mas agora...

– Como?

– Agora eu percebo eu estava errado! Mas foi melhor perceber agora, antes de ter feito o
pedido, porque um leopardo perde as listras, mas jamais a pose!

– São pintas.- eu disse automaticamente.

Ele me fitou com um olhar incrédulo.


– Que seja! Está tudo acabado. Para mim, chega!

Edward me deu as costas e saiu como um raio.

Completamente aturdida, eu fiquei observando, tentando entender o que acabou de


acontecer. Era óbvio eu ele tinha ficado assustado, quase tanto quanto eu. Mas se eu não estivesse
louca, ele acabou de retirar um pedido de casamento que nem sequer fez!

Eu respirei fundo, balancei a cabeça e sai atrás dele. Antes que eu o alcançasse, os garotos
se aproximaram correndo, falando todos ao mesmo tempo.

– Foi tão legal!

– Puxa, foi como nos filmes!

– Você tinha que ser estrela de cinema!

Agarram-se a mim enquanto nos dirigíamos ao carro, eles me tocavam e me alisavam, para
se certificar de que eu não estava ferida.

– Você foi muito corajosa, Bella!

– Você ficou com medo?

– Aposto como o carro ia a cem quilômetros por hora!

– Que nada! Aposto como ia a duzentos!

– Você é nossa heroína!

– Chega, rapazes.- disse Edward secamente, abrindo a porta de trás do Mercedes.-


Entrem no carro e ponham os cintos.

Todos nós nos voltamos para encara-lo.

– Bem? O que estão esperando? Entrem no carro!

– Mas, papai...

– Agora!

Os garotos arregalaram os olhos. Por alguns instantes, nem se moveram. Mas avaliaram a
expressão do pai e obedeceram.

Sem mesmo me olhar, Edward bateu a porta de trás, abriu a porta do motorista, entrou e
deu a partida.

Eu entrei no carro fingindo uma calma que eu estava longe de sentir.

– Não sei porque você esta tão zangado.- disse Ben depois que ele entrou.

Edward respondeu friamente.


– Fique quieto.

– Mas, papai. Foi tão legal! Vi um cara na TV fazer a mesma coisa, só que não deu muito
certo.

Edward me lançou um olhar significativo.

– Isso não me surpreende.

– Escute aqui...- eu comecei.

– Ih, papai...- Ben disse ao mesmo tempo.

– Não quero ouvir mais nada. De ninguém.- Edward vociferou.

Eu cruzei os braços. Só consegui ficar de boca fechada porque o que eu tinha a dizer não
podia ser na frente dos garotos.

Com isso, a volta para casa foi silenciosa. Edward estacionou nos fundos da casa e todos
saímos.

– Vão procurar a Sra Rosenclay.- eu pedi aos garotos.

– Ok.- Mike e Erik correram para a cozinha.

Ben bateu o pé.

– Mas...

– Por favor.

Ele olhou para o pai, para mim, e deu de ombros.

– Está bem.- concordou, com relutância, saindo em seguida.

Edward me olhou cinicamente.

– Obrigado, Srta. Swan, por se meter nos meus assuntos. Como sempre.

Ele se afastou na direção do pátio, atravessou-o, ganhou o quiosque e desapareceu.

Eu fui atrás dele.

No momento em que cheguei à piscina, ele estava tirando da água folhas e insetos com uma
rede apropriada.

Eu pus as mãos na cintura.

– Sabe, apesar de seu bumbum ser encantador, não vejo a hora de chuta-lo.

Ele ergueu os olhos.

– Acredite, o sentimento é recíproco.


Pescou um enorme gafanhoto morto e depositou-o bem perto do meu pé.

– E então? Não vai me contar o que está acontecendo?- eu indaguei.- Por que está tão
zangado? Que coisas você estava por dizer sobre... nós.

– Esqueça.

– Edward...- eu ameacei.

Ele ergueu os olhos inexpressivamente.

– Já disse: esqueça! Eu me descontrolei e disse coisas que não devia. Peço desculpas.
Pronto.

– Ah, não, senhor!

– Bem, então você quer ouvir, não quer?- ele deu de ombros com exagerada paciência.-
Prepare-se, então. Eu ia pedir que você se casasse comigo. Agora não vou mais.

Nesse momento, ele parecia tão teimoso como qualquer um dos pequenos Cullens. Mas eu
não estava disposta a aceitar teimosias.

– Por que não?

– Por que não? Porque os garotos merecem uma mãe que não morra de um instante para o
outro, eis por quê! Alguém que não corra atrás do perigo. Eles já perderam uma mãe e eu não
posso faze-los passar por uma nova perda.

– Ah, agora estou entendendo. Está fazendo por eles. Era por isso que ia se casar comigo?-
eu perguntei pausadamente.- Pelos garotos?

Edward assumiu um tom levemente defensivo.

– Bem, você é ótima para eles, e eles são loucos por você.

– E?

Ele deliberadamente preferia fazer-se de desentendido.

– Também gostam de mim, mas você aqui eu não teria que me preocupar quando estivesse
viajando.

– E?

Ele titubeou.

– Bem, acho que nos damos melhor que a maioria dos casais. E você não pode negar que o
sexo entre nós é fantástico.

– Ah, nada além de sexo?

Ele começou a ficar desconfortável com a minha postura firme.


– Também faz parte, por que não? Além do mais, você teria a família que nunca teve
enquanto criança. Sem falar que também ficaria com tudo isto.- ele fez um gesto abrangendo a
piscina, a casa e o terreno.- Não precisaria se preocupar com dinheiro.- ele disse, baixando a voz
ao me fitar.- Nem precisaria trabalhar. Eu tomaria conta de você.

– Mas... quanta gentileza, quanta bondade!- eu comecei a bater o pé no chão.- Deixe-me


ver se entendi direito: você iria me dar dinheiro e um teto para eu passar a limpo minha infância com
seus garotos. E, como benefício, você me levaria para a cama sempre que aparecesse. E em
retribuição eu só teria que ficar em casa devotando-me a você e a seus filhos. Mas então eu
estraguei tudo me arriscando para salvar a vida de uma criança estranha, provando que não sou
capaz de me manter viva para você e para os garotos.

Ele corou ao perceber como soava a situação colocada naquela forma, mas ainda assim ele
se recusou a ceder.

– A situação não é tão simples como você está colocando, mas acho que entendeu.

– Ora, você sabe o que eu estou pensando Edward? Isso não tem nada a ver com os
garotos. Não foram eles que ficaram chocados no Mini-Mart.

– O que os garotos entendem da vida? Eles não têm juízo para ter medo quando deveriam.

– Exatamente. Mas o mesmo não se aplica aos adultos, correto?

Ele titubeou.

– Aonde está tentando chegar?

– Acho que ficou assustado por você mesmo. Quando Tania morreu, você saiu de uma vida
“perfeita” para um nada, em que só havia solidão. E tem trabalhado duro para manter as coisas
dessa forma. Deus sabe que muitas pessoas se ajoelhariam para agradecer por terem dinheiro,
poder, uma boa aparência e três garotos maravilhosos e sadios. Mas não você. Você passou quatro
anos de sua vida mantendo as pessoas afastadas, porque isso o mantem seguro. Porque você não
pode perder o que não tem, pode, Edward?

– Você não sabe do que está falando!

– Talvez não. Mas ainda acho que ficou zangado por perceber que gosta de mim mais do
que planejou e agora está morrendo de medo!

– Ah, essa é boa!- ele zombou, furioso.- Pensei que uma boa repórter como você lidasse
com fatos, e não com ficção.

Eu finalmente perde a paciência.

– Você quer fatos? Pois eu vou lhe dar fatos. Fato um: não tenho medo de admitir quando
gosto muito de alguém! Fato dois: eu não tenho vergonha de admitir que cometi um erro, como o de
me apaixonar por você! E fato três, o ultimo, mas não menos importante: eu só me casaria com você
se se ajoelhasse, declarasse os eu amor incondicional por mim e beijasse os meus pés, seu
chauvinista!

– Já terminou.- ele replicou.


– Não completamente.- sem pestanejar, eu o atirei na piscina.- Agora eu terminei.

Lhe dei as costas e fui para a cabana.

Notas finais do capítulo


bom ta ai mais um capitulo bjs.

(Cap. 17) Fazendo as pazes.

Notas do capítulo
gente essa historia tá chegando ao fim espero que gostem.

“ Mulheres!” eu estava furioso, atravessei o pátio com os meus sapatos ensopados. “ Não
se pode confiar nelas! É descuidar um minuto para se sujeitar-se às coisas mais terríveis!”

Praguejando intimamente, parei na porta da cozinha. Não havia sinal da governanta, mas os
garotos estavam sentados ao balcão, comendo. Outra vez.

– Vocês nunca estão satisfeitos?- resmunguei.

Eles ergueram os rostinhos inocentes, e Ben arqueou a sobrancelhas.

– O quê?

– Ora, não finjam que não viram nada.- eu disse sem paciência.- Eu os vi escondidos no
quiosque, espionado. Deveria deixa-los de castigo no quarto por um mês, sem comida.

– Ih, papai...- começou Ben.

– Esqueça.- eu estava irritado.- Onde está a Sra Rosenclay?

– Hoje é a noite de folga?- Erik lembrou.

Sem parecer abalado, Ben voltou-se para mim.

– E então? Vocês se beijaram e fizeram as pazes?

Eu tirei a camiseta e a joguei no chão.

– Não.

– Mas quando vão fazer?


– Nem sei se vamos fazer as pazes.

Eu tirei os sapatos, já percebendo que o cloro fez ao calçado de couro italiano.

– Ah, isso não!- Ben saltou do balcão tão rapidamente que quase caiu.

Eu tirei as calças. Vestido apenas com uma cueca samba canção, tirei uma toalha limpa do
armário e enxuguei os cabelos.

– Mas vocês precisam fazer as pazes!- insistiu Ben.- Como Bella vai ser nossa mãe se
vocês não se casarem?

– Eu não sei.- eu responde sarcasticamente. Inclinei e recolhe as roupas molhadas. – Acho


que vocês terão que passar sem ela.

Entrei no corredor, com os meninos atrás de mim, como patinhos.

– Mas você não pode fazer isso!

– Ah, sim eu posso.

– Mas... mas... o que vamos fazer?- choramingou Ben enquanto chegávamos à porta que
dava ao porão. – Nós precisamos dela!

– Quanto a vocês, eu não sei, mas eu vou colocar minhas roupas para lavar.- responde,
fazendo-me de desentendido. Acendi a luz e me voltei para os meninos, inconformados. Suspirando,
eu disse.- Ouçam, não se preocupem, ok? Mais tarde conversaremos a respeito.

– Quando?- Ben quis saber.

– Amanhã.- eu concede.

– Mas, papai...

– Não quero mais falar sobre isso hoje.

Dei as costas de desce as escadas, indiferente aos protestos.

Ben, no entanto, estava determinado.

– É o que veremos!

“ Essa é boa”, pensei, caminhando na direção da lava-roupas. Não queria mais saber de
gente me dizendo o que eu deveria fazer, senti ou pensar.

Enquanto colocava as roupas na máquina e despejava um copo de sabão em pó, não


conseguia parar de pensar em Bella.

Que mulherzinha mais petulante, fazendo-me sentir-me um canalha por tê-la pedido em
casamento. Como se querer compartilhar com ela todas as minhas posses fosse um insulto! No
mínimo ela gostaria de fazer um pacto pré-nupcial...

E quanto à questão de sentimento, que mal havia em simplesmente... gostar? Talvez não
fosse amor, mas que eu sentia ao vê-la pendurada naquela janela daquele carro foi bastante
significativo. Droga, não me sentia assim tão indefeso desde... desde que Tania morrera.

O pensamento me deixou aturdido.

O que eu sentia pela minha mulher não tinha nada a ver com o que eu sentia por Bella. O
que sentia por ela era profundo e complexo. Era brilhante como seu sorriso e intenso como a paixão
que ele provocava; era tão vibrante, dinâmico e multifacetado como a personalidade de Bella.

Mas não era amor.

Ou era?

Respirando fundo, reconhece que a vida me tornou um homem muito duro. Apenas no
ultimo mês, fui uma criatura difícil e ingrata, provavelmente porque eu estava ocupado demais
cuidando do meu próprio umbigo.

E Bella me amou mesmo assim. Ela me deu seu calor, seu riso, seu coração. E o que eu lhe
oferece em troca? A chance de compartilhar minha cama e de ser uma babá não remunerada.

Eu me admirei por ela não ter me jogado na piscina há mais tempo.

Nesse momento eu ouvi passos e fiquei imaginado o que os meninos estariam aprontando.

– Edward? – uma voz feminina gostosa e conhecida ecoou nas escadas, aumentando à
medida que os passos se aproximavam.- Oh, garotos, graças a Deus! Onde ele está?

Era Bella! Eu abaixei a tampa da lava-roupas e a liguei justamente quando Ben gritou no
alto da escada.

– Papai está lá embaixo!

– Ele está muito mal.- acrescentou Erik.

– Corra!- pediu Mike.

Como resposta às minhas preces, ela apareceu no topo da escada? Com e expressão
preocupada.

– Onde?- ela perguntou olhando ao redor.

Eu me encostei na maquina, cruzei os braços e tentei aparentar calma.

Os garotos se entreolharam e saíram como um raio, trancando a porta por fora.

– Mas que...- Bella virou-se para a porta.- Benjamin? Erik? Mike? O que está
acontecendo?

– Acho que esta foi mais uma armação.- eu disse, me aproximando.

Ela se voltou na minha direção.

– Edward! Oh, Edward! Você está bem? Eu pensei... os garotos disseram... mas você
parece...- ela parou embasbacada ao perceber que eu estava seminu.- Você está... ótimo.

– Obrigado. Você também.

Ela estava descalça, de short e camiseta, como sempre.

– Mas Ben telefonou e disse... oh, não!- ela enrubesceu imediatamente.- Aquele pequeno
mentiroso!

Ela subiu novamente na direção da porta e forçou a maçaneta.

A porta não se moveu.

Ela bateu na madeira com a palma aberta.

– Benjamin! Abra esta porta! Você está me ouvindo?

Depois de um instante de silêncio, o meu primogênito se manifestou:

– Não. Nós decidimos que não vamos abrir a porta até vocês fazerem as pazes.

PV Bella

Eu contou até dez e respirou fundo.

– Parece que ele está falando sério.- Edward observei.

Eu prometi a mim mesma que não irei me voltar na direção dele; não posso vê-lo daquela
forma, com os cabelos desalinhados e as roupas Deus sabe onde. Não depois de eu tê-lo jogado na
piscina e confessado que o amava.

Eu bate na porta novamente.

– Benjamin!

– Eu nem imagino de quem ele herdou tanta teimosia.- Edward prosseguiu.- Deve ser da
família da mãe dele, claro. Emmett às vezes é um pouco obstinado, e Jasper quando cisma que não
quer fazer algo...

Eu me voltei. Ela já estava ao pé da escada. O fitei.

– Não fique ai babando, Cullen. Faça alguma coisa.

Ele ergueu os olhos para mim, com uma expressão indefinida.

– Primeiro eu tenho uma pergunta.- ele disse calmamente.

– Será que você não pode vestir alguma coisa?

– Por que você está aqui?

Eu senti um arrepio.
– Bem, porque seus filhos telefonaram e disseram que você havia caído e estava precisando
de mim. Não que eu ligue para o que acontece com você.- eu acrescentei rispidamente.- Vim
porque pensei que eles precisavam de mim.

Ambos sabíamos que eu estava mentindo.

Ele subiu lentamente as escadas e me deixou completamente confusa ao se ajoelhar. Então,


ele se inclinou, tomou um tornozelo meu em suas mãos e beijou sonoramente meu pé nu.

– Edward! Você ficou maluco? O que está fazendo?- eu perguntei, agarrando o corrimão
para eu não perder o equilíbrio.

– Estou beijando seus pés.- ele explicou.

– Por que diabos?

– Porque meus filhos estão certos. Eu preciso muito de você. E já que disse que só se
casaria comigo se eu me ajoelhasse, declarasse meu amor incondicional e beijasse seus pés, pensei
em começar pela parte difícil.- ele beijou minha canela.- Para então ir subindo...

– Edward...

Ele soltou meu pé e se ergueu.

– Você tinha razão.- ele continuou, com a voz suave.- Sobre tudo. Eu sou um idiota, mas a
amo, Bella. Como nunca amei na vida. Vou fazer tudo o que você pedir: abandonar os negócios,
ficar o tempo todo em casa para você trabalhar, qualquer coisa. Só me diga que vai passar o resto
de sua vida comigo. Case-se comigo. Por favor.

– Oh, Edward... sim!

Ele me trouxe para mais perto e me apertou contra o seu peito. Pela segunda vez, naquele
dia, me senti tremer. Depois de um momento, ele ergueu a cabeça.

– Benjamin? Erik? Mike?

– O que você quer papai?- Ben respondeu.

Edward piscou pra mim.

– Decidimos nos beijar e fazer as pazes. Mas com uma condição.

– Qual?

– Vocês precisam nos deixar dez minutos a sós.

Depois de consultarem entre si, eles responderam.

– Tudo bem. Mas vocês precisam conversar sobre o nosso casamento.

Eu e Edward rimos um para o outro.

– Feito!
Depois de um instante de silêncio, Ben exclamou:

– Legal!

Em seguida, todos começaram a pular de alegria.

Eu soltei um grito de surpresa quando Edward me segurou nos braços e me levou escada
abaixo.

– Para onde está me levando?- eu indaguei, beijando-o no pescoço.

– Há uma cama aqui embaixo.- ele murmurou, mordiscando minha orelha.

Eu registrei um sutil movimento e olhei por sobre o ombro.

Brutus estava acomodado sobre a lava-roupas, que soltava muitas bolhas.

Eu sorri e decidi que só voltaria a falar dez minutos mais tarde, porque, no momento, só
precisei fechar os olhos para sentir os lábios sedentos de Edward sobre os meus, ao deitarmos
sobre a cama.

No momento, parecia que nada poderia ser melhor do que aquilo.

Notas finais do capítulo


haaa que pena néh gente?

(Cap. 18) Epilogo

Notas do capítulo
olha o que aconteceu no casamento.

5 de agosto

Para: Emmett Cullen

Correspondência da revista World News international

A/C: Agência de noticias de moscou

Minicassete nº 4

Ei, tio Emmett, o casamento foi perfeito, não foi? A piscina estava um barato com todas
aquelas flores e velas flutuando, eu curti de montão o bolo de cascata e acho que ninguém chora
melhor do que a vovó. Você e o tio Jasper estavam um arraso, e eu gostei muito porque o meu
traje, o do Erik e o do Mike eram iguais ao do papai. Mas a parte melhor foi quando o Brutus fugiu,
e a cantora do conjunto desmaiou e caiu na piscina, e os bombeiros tiveram que vir para reanima-la.
Cara, isso é que é casamento.

Foi muito legal ver você. E eu e meus irmãos gostamos de verdade dos tambores africanos
que você nos trouxe. O papai disse que algum dia vai retribui o favor. Ele também pede para eu
agradecer uma vez mais pelo anel. Ele ainda não conseguiu acreditar que custou somente nove
dólares e quarenta e dois centavos!

Opa! Preciso ir, tio Emmett. A limusine está aqui para nos levar ao aeroporto para
começarmos nossa lua-de-mel, e minha mãe está chamando!

FIM!!!

ESSA É UMA PREVIA DA MINHA NOVA HISTÓRIA CHAMADA “Além da


Morte”

Previa do primeiro capitulo.

O gato preto.

O gato preto entrou de mansinho em minha vida como uma sombra e foi por isso mesmo
que eu lhe dei esse nome: sombra. Abri a porta da frente numa manhã fria e ali estava ele, um
bichano grande, elegante e de lindos olhos verdes.

Entrou na casa com tanto desembaraço, que era como se fosse seu destino estar ali. Não
miou, nem emitiu qualquer outro som.

Eu tentei encontrar seu dono. Coloquei anúncios no jornal e avisei todos os veterinários da
região. Como ninguém deu resposta alguma, presumi que o gato havia sido abandonado.

– Eu achei um gato.- eu contei a Aro, quando ele me levou para jantar na sexta-feira.- O
bichano me adotou.

Aro me deu um sorriso encorajador. Costumava me tratar como se eu estivesse me


recuperando de uma longa doença, como se eu fosse uma mulher tão frágil, que pudesse me
quebrar.

– Que bom. Um animalzinho de estimação sempre nos traz muitas alegrias!

Aro era um homem alto, mais ou menos atraente cujos cabelos estavam começando a cair.
Parecia estar sempre preocupado comigo. Fato que, às vezes, me deixava um pouco irritada.

– Ele não é exatamente um animalzinho de estimação.- expliquei, minha voz soando um


pouco mais agressiva do que eu tinha planejado.- Não é um gato carinhoso. É como se pertencesse
à casa, não a mim.

Aro me lançou um olhar ainda mais meloso. E sorriu.

– Fico feliz que esteja interessada em algo, Bella.


“Ah, meu Deus, o que será que há de errado comigo?” Eu senti vontade de gritar. “ por
que será que sua gentileza me deixa tão louca da vida? Por que tenho tanta raiva dele?”

Continua......

Notas finais do capítulo


gente ainda vou postar essa nova historia mais comentem se já gostaram dessa previa. tá bjus.

Todas as histórias são de responsabilidade de seus respectivos autores. Não nos


responsabilizamos pelo material postado.
História arquivada em http://fanfiction.com.br/historia/417360/A_Mae_Perfeita/

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