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FICHAMENTO

SCHECHNER, Richard. Performers e Espectadores –


Transportados e Transformados

“A realidade teatral é caracterizada por ser “não ordinária”,


uma realidade para casos especiais, tais como: uso de
máscaras, figurinos e ações físicas estabelecidas de certa
maneira ou improvisadas de acordo com regras
conhecidas; performance segundo um roteiro, cenário ou
estrutura organizada; acontecimentos em lugares
considerados especiais ou assim se fazem para a
apresentação; feriados religiosos ou em horas especiais
“depois do trabalho”; momentos de ruptura no ciclo da vida,
como iniciações, casamentos e funerais.” (p. 155)

Para Schechner, o comportamento em performance ou “comportamento


executado duas vezes” ou “comportamento retomado” é aprendido previamente,
ensaiado ou gerado através de regras como no teatro improvisado ou no esporte.
O comportamento em performance não é livre ou fácil e, por este motivo, nunca
“pertence” completamente ao performer. (p. 156)

“O palco – referindo-me não apenas ao espaço físico mas


ao agregado tempo/espaço/espectador/performer – gera
uma força centrípeta que engole tudo o que acontece nele
ou perto dele. Esta absorção para o centro é o principal
paralelo entre o processo da performance e o processo do
ritual” (p. 157)

Schechner dá o exemplo de um ator indiano que, de tanto fazer o mesmo


personagem Narad Muni, passou a ser identificado pelo personagem inclusive
por ele mesmo. O ator não é Narad Muni, mas também não deixa de o ser: ele
atua entre o negativo e o duplo negativo, livre da pessoa (não) e da pessoa
representada (não não). De acordo com Schechner, toda performance eficiente
tem esta qualidade “não - não não” (p. 159)

“O foco da técnica do treinamento do performer não é


transformar uma pessoa em outra, mas em permitir que o
performer atue entre as duas identidades; neste caso atuar
é o paradigma da liminaridade.” (p. 160)
Schechner também fala do “fluxo” (p. 156), um constante movimento subjetivo
entre o consciente e o inconsciente, ou ainda
““a fusão da ação e da consciência. Uma pessoa dentro do
fluxo não tem uma perspectiva dualista: ela está
consciente de suas ações, mas não da consciência
propriamente dita.” (apud Csikszentmihalyi, p. 161)

TRANSPORTE E TRANSFORMAÇÃO

O performer vai do “mundo habitual” ao “mundo performativo”: ele é


transformado. Mas quando a performance acaba ele retorna ao “mundo habitual”
através do “desaquecimento”. Estas são liminares: a preparação e o
aquecimento e o voltar através do desaquecimento. Ele foi TRANSPORTADO
A -> B -> A
(p. 163)

“Portanto, cada performance (deste tipo) separadamente é


um TRANSPORTE, acabando mais ou menos onde
começou, enquanto uma série dessas performances
podem alcançar uma TRANSFORMAÇÃO.” (p. 163)
Existem dois tipos de TRANSPORTE:

Voluntário – Interpretação de um personagem


Involuntário – Transe

Já a TRANSFORMAÇÃO propriamente dita, diz respeito ao status e/ou


identidade (Victor Turner e/ou Richard Schechner) e é evidente em ritos de
iniciação, por exemplo, em que a iniciação “não só marca uma mudança, mas é
ela mesma a maneira pela qual as pessoas alcançam o seu novo eu: sem
performance, sem mudança.” (p. 164).

Schechner cita um rito de passagem cultural da vila Susuruko, Nova Guiné, onde
vive o povo Gahuku, existem muitas peculiaridades sobre este e outros exemplos
posteriormente citado por Schechner. Vou falar de cada um alternadamente. Vou
me referir a este com GAHAKU.

GAHAKU

O rito transforma o meninos Gahuku em homens Gahuku. TRANSFORMANDO,


assim, o seu status social que, independente do significado ou consequência, “é
fundamentalmente social, público e objetivo.” (p. 166)

Ainda assim, na tal performance, os homens Gahuku já iniciados, que também


performam na cerimônia, são TRANSPORTADOS, pois ao final do rito, os já
iniciados retornam aproximadamente onde a deixaram.
“o teatro euro-americano é um exemplo de teatro que
transporta sem transformação. Muitos trabalhadores de
performance, especialmente desde 1960, tentaram
introduzir o processo de transformação nas artes
performativas euro- americanas.” (p. 167)

Performances diferentes tem TRANSPORTES e TRANSFORMAÇÕES


diferentes. Modelos diferentes. E como os ESPECTADORES ficam na história?
GAHUKU

Para a performance do povo GAHUKU é necessária a participação dos


ESPECTADORES, dos já iniciados TRANSPORTADOS e dos meninos que vão
ser TRANSFORMADOS. Mas os protagonistas da ação são os
TRANSFORMADOS e toda a atenção dos ESPECTADORES e dos
TRANSPORTADOS está para com eles. (p. 168)
Schechner fala da tragédia grega, vou me referir como GREGA
GREGA
Na tragédia grega aconteciam as premiações. Diferente do que acontece com
os GAHUKU (menino + homem = homem), na GREGA as pessoas são
transformados em desiguais (um vencedor + perdedores). A resolução em vencedor
e perdedor é comum não só na GREGA mas no teatro euro-americano.

Isto quando os competidores eram apenas os dramaturgos, a GREGA se


importava mais com a competição do que com a estética, assim a a preocupação
com a estética euro-americana ou ocidental surge a partir da competição,
quando os performers também passaram a ser julgados.
“Rara é a performance, especialmente na noite de estréia
quando os críticos estão presentes, em que os performers
sentem que a audiência está lá, em que os performers
sentem a audiência trabalhando com eles, mutuamente
absorvidos com o objetivo de fazer o show acontecer. Ao
contrário, a experiência é de confronto: uma separação
radical da audiência/juízes de um lado e performers,
dramaturgos e as outras pessoas de teatro do outro.” (p.
172)
SER ASSISTIDO

OUTRAS CITAÇÕES:

“antropologia teatral é o estudo do comportamento biológico e cultural do homem


em uma situação teatral, isto é, do homem apresentando e usando a sua
presença mental e corporal segundo regras que diferem daquelas da vida
cotidiana” (apud Barba, p. 184)

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