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Sumário
5.2.5. Tonfa............................................................. 23
5.2.6. Sai................................................................. 24
5.3. Armas Naturais .......................................................... 24
5.3.1. Shuto............................................................. 25
5.3.2. Seiryuto......................................................... 25
5.3.3. Haishu........................................................... 26
5.3.4. Nukite ........................................................... 26
5.3.5. Seiken ........................................................... 26
5.3.6. Uraken .......................................................... 27
5.3.7. Tetsui ............................................................ 27
5.3.8. Koshi ............................................................ 27
5.3.9. Kakato........................................................... 28
5.3.10. Haisoku....................................................... 28
5.3.11. Sokuto......................................................... 28
Capítulo 6 – Técnicas do Karate.................................................. 29
6.1. Introdução .................................................................. 29
6.2. Bases .......................................................................... 30
6.3. Uke Waza................................................................... 31
6.4. Atemi Waza................................................................ 32
6.5. Geri Waza .................................................................. 33
iv
1.1. INTRODUÇÃO
A maioria das pessoas imagina que as lutas marciais têm por objetivo princi-
pal a defesa pessoal, fisicamente falando. É verdade que normalmente o indivíduo prati-
cante é uma pessoa bastante forte, de personalidade, e com energia e técnicas de defesa
pessoal, fisicamente falando, bastante aprimoradas e cientificamente estudadas e testadas,
em inúmeros combates antigos e em competições modernas. Porém estas qualidades são
apenas uma das conseqüências dos treinamentos marciais, elas são atribuições vindas por
acréscimo dentro de uma meta muito mais profunda, importante e superior.
As lutas marciais, na verdade, têm como seu verdadeiro objetivo, ser um ca-
minho alternativo para as nossas buscas de soluções aos problemas que a vida nos apre-
senta, tentando ser uma solução para nossas dificuldades. Assim, este caminho – o “DO”
– aberto inicialmente pelos hindus e chineses e posteriormente pelos japoneses tem várias
correntes:
¾ AIKIDO;
¾ JUDO;
¾ KARATE DO;
¾ KENDO;
¾ IKEBANA;
¾ KYUDO;
¾ CERIMÔNIA DO CHÁ;
Todos os mestres afirmam que sua arte é fundamentalmente um treinamento para a vida,
uma filosofia, um caminho para se resolver os desequilíbrios vitais e atingir a felicidade.
1.2. AS ORIGENS
As artes marciais atuais têm suas raízes mais remotas por volta do de 5000
anos a.C., quando na Índia surgiu uma luta cujo nome em sânscrito era “Vajramushti”,
cuja tradução literal significa punho real ou punho direto. Era uma arte guerreira da casta
Kshatriya (portanto, praticada por nobres apenas) foi uma arte marcial que se desenvol-
veu simultaneamente com práticas de meditação e estudo dos antigos clássicos hindus
(por ex: os Veda, Gita, os Purana). Esta arte marcial foi incorporada ao budismo, pois seu
criador era um príncipe e, portanto, um conhecedor da mesma (Sidarta Guatama – o Buda
histórico).
Quase mil anos após a morte de Buda, Bodhidarma, que era filho do rei Su-
ghanda, tornou-se o 28o patriarca do budismo e viajou à China a convite do imperador
Ling Wu Ti, mas como tinham opiniões divergentes de como alcançar a iluminação, Bo-
dhidarma (ensinava que a união do corpo com a alma é algo indivisível para chegar à
verdade e a paz) foi ao reinado de Wei, província de Honan, e hospedou-se no templo
Shaolin. A lenda conta que quando Bodhidarma chegou ao templo encontrou os monges
numa condição de saúde tão precária, devido às longas horas que eles passavam imóveis
durante a meditação, que ele imediatamente se preocupou em melhorar-lhes a saúde.
1.3. O OKINAWA TE
A história conta que o rei Hasshi, para evitar as revoltas, proibiu o uso de ar-
mas aos habitantes de Ryu Kyu1. Tal proibição não impediu que o povo da pequena ilha
de Okinawa improvisasse armas de artefatos agrícolas:
¾ NUNCHAKU;
¾ TONFA;
¾ J O;
¾ BO .
Mais tarde Shimazu conquistou a ilha e proibiu mais uma vez o uso de as armas nova-
mente.
Dado que Ryu Kyu pertencia à China, sob a dinastia Ming, havia uma cres-
cente imigração da corte imperial e sem se aperceberem, eles introduziram as técnicas de
lutas chineses na ilha. Com a nova proibição, os treinos se tornaram secretos e os alunos
passaram a ser escolhido com muito cuidado, treinando-se firmemente fazendo com que
as mãos e os pés se tornassem armas eficazes contra espadas, facas e armaduras. O nome
genérico dado às formas de luta na ilha foi “TE”, que significa mão.
Havia três principais núcleos de “Te” em Okinawa, estes eram nas cidades de
Shuri, Naha e Tomari. Conseqüentemente os três estilos básicos tornaram-se conhecidos
como: Shurite; Nahate e Tomarite. E todos eram conhecidos como Okinawa Te.
O Shurite veio a ser ensinado por Sakugawa, que ensinou a Matsumura So-
kon que por sua vez transmitiu esses ensinamentos a Itosu Anko. O Shurite foi o precur-
sor dos estilos japoneses que eventualmente vieram a se chamar:
¾ SHOTOKAN;
¾ SHITO RYU;
¾ ISSHIN RYU.
1
Ryu Kyu – Antiga denominação do arquipélago do qual Okinawa faz parte.
que também estudou na China e mais tarde desenvolveu um estilo conhecido atualmente
como Goju Ryu.
No final do ano 1921 o Príncipe Hirohito convidou Funakoshi para fazer uma
demonstração de Karate em Tóquio, a exibição de Kata (Kanku Dai, o preferido de Funa-
koshi) foi um sucesso total. Após esta demonstração, Funakoshi foi assediado para per-
manecer em Tóquio e ensinar sua arte que tanto maravilhou os japoneses.
Este livro teve grande repercussão e quatro anos depois foi reeditado com o título de
“Renten Goshin Karate Jitsu”.
Ainda sob a luz das mudanças, Funakoshi troca o nome dos Kata, com signi-
ficado chinês, para nomes mais adequados ao momento histórico que passa o Japão
(guerra sino-japonês). O Karate até este momento era praticado apenas através dos Kata e
por volta de 1933 foram introduzidas às técnicas básicas de treinamento com a ajuda de
um colega, surgindo assim:
¾ GOHON KUMITE;
¾ IPPON KUMITE;
¾ JYU KUMITE.
¾ YOKO GERI;
¾ MAWASHI GERI;
¾ FUMIKOMI;
2.1. INTRODUÇÃO
2.2. O DOJO
O lugar onde se pratica Artes Marciais é denominado “Dojo”, esta palavra foi
emprestada do Zen Budismo, significando “Lugar de Iluminação” (onde os monges pra-
ticavam a meditação, a concentração, a respiração, os exercícios físicos e outros mais). A
palavra dojo significa literalmente:
Isto quer dizer que um pintor alcança a felicidade pintando, um médico reali-
zando cirurgias e um karateca praticando karate.
O dojo é limpo através do uso de panos úmidos empurrados sobre o piso pe-
los estudantes, fazendo com que a sujeira seja removida e não esfregada. Isto é importan-
te, pois limpar o chão é um exemplo de humildade (não um castigo) que faz bem para o
desenvolvimento do indivíduo.
1
JO – Mesmo tendo a mesma pronúncia de bastão (jo), seu ideograma japonês é diferente.
A limpeza deve ser executada antes do treinamento e será precedida por uma
boa varrida do piso. Os estudantes limpam o chão, enquanto o professor e alguns alunos
geralmente não participam da limpeza.
2.2.3. O CUMPRIMENTO2
Quem ensina durante a aula é o professor. Um praticante, que não seja desig-
nado pelo professor, não pode instruir ou corrigir ninguém; é considerado falta de respei-
to para com o professor corrigir alguém, se ele não for seu parceiro de treinamento. As
perguntas devem ser dirigidas sempre ao professor ou ao aluno mais graduado que con-
duz o treino, que na ausência do professor, deve receber as mesmas considerações.
2
CUMPRIMENTO – O cumprimento é feito com a cintura e não com o pescoço.
É dever do estudante mostrar uma ética apropriada no dojo e ter respeito pelo
seu professor, isto é feito, geralmente:
A palavra Sensei (SEN - antes e SEI - vida) significa aquele que ensina e refe-
re-se somente ao instrutor e nunca pelo instrutor, ou seja, o professor deve ser chamado
de sensei, mas jamais deverá se referir a ele por sensei. A palavra tem conotação de res-
peito e denota todo o respeito que o aluno tem pelo professor.
2.4.2. SENPAI
O Senpai será o aluno mais graduado de faixa preta (YUDANSHA) e que com o
consentimento do sensei poderá instruir e corrigir os alunos menos graduados (assisten-
te).
2.4.3. KOHAI
2.5. O DOGI
Para se treinar karate, bem como a maioria das artes marciais, é necessário
usar um uniforme especial denominado Dogi (criado por Jigoro Kano para os utilizarem
durante os treinamentos de Judo). O dogi é chamado erroneamente de “quimono3”, GI
quer dizer vestimenta, portanto, dogi significa a vestimenta para a prática do caminho.
Ele deve está sempre limpo e, preferencialmente, sem nenhum detalhe especial que o di-
ferencie dos demais, exceto pelo distintivo da academia. O dogi usado para praticar kara-
te é o karate-gi.
3
QUIMONO – Tipo de vestimenta usada pelos japoneses.
2.6. O OBI
O Obi é um cinturão ou faixa que serve para manter o dogi fechado, embora o
seu significado seja bem maior que um mero cinto. Como o karate gi, o obi tem um signi-
ficado simbólico. Esse aspecto simbólico são as cores. Tradicionalmente, quando alguém
começa a praticar karate, recebe a faixa branca. Após anos de treinamento, a faixa tende a
escurecer assumindo uma coloração marrom. Se continuar praticando, ela vai se tornando
preta. A faixa preta significa que a pessoa esteve treinando karate por muitos anos.
Quando o karateca realmente se dedica ao karate, sua faixa, após a preta, co-
meça a ficar branca novamente, depois de muitos anos. Assim se completa o ciclo (con-
forme ditado Zen, citado anteriormente). A seguir o significado das cores do Obi:
O Dojo Kun é a ética do dojo. São cinco lemas (kun) que têm sido passados
desde os tempos mais remotos até o presente e são atribuídos ao mestre Sakugawa (sécu-
lo XVIII). O propósito do dojo kun é dar justificação ética para os praticantes de karate e
guiar as crianças para a prática correta do karate.
Capítulo 3 – A Respiração
“Aprender é descobrir aquilo que você
já sabe. Fazer é demonstrar que você o
sabe”.
RICHARD BACH
3.1. INTRODUÇÃO
Na prática não oculta, não esotérica, podemos confirmar que um atleta bem
preparado fisicamente tem sua pulsação cardíaca bem abaixo da população normal. En-
quanto se aceita que uma pessoa que não pratique exercícios regularmente tenha 80 bati-
mentos cardíacos por minuto (em repouso), um atleta em repouso, às vezes, não precisa
ter mais do que 60 para sentir-se bem, satisfazendo-se até com menos. O mesmo aparece
em relação às necessidades de respiração. O número de incursões (inspiração – expira-
ção) que um atleta necessita, é bem menor do que o de um executivo, por exemplo.
Quanto melhor preparado estiver, menos precisará aumentar seu ritmo respiratório, além
do que, disporá de uma reserva para quando uma ação ou adversário exigir.
Numerosas práticas orientais têm suas bases estabelecidas sobre o ato de bem
respirar. Como exemplo, poderíamos citar o Yoga (talvez a mais conhecida entre nós), o
Tai Chi Chuan e o Shikun. Em várias artes marciais como, o Karate e o Aikido, a respira-
ção sob controle é requisito básico, mesmo para um faixa branca. Observando-se o kata
executado por um perito, se percebe a harmonia entre os movimentos do corpo e a sua
respiração.
Observe uma criança pequena dormindo. Veja como sua barriquinha sobe e
desce, numa calma de fazer inveja. Essa é a respiração diafragmática ou abdominal. Ago-
ra se lembre dessa mesma criança chorando ou assustada. Essa é a respiração torácica.
Quando você enche o peito de ar, encolhendo a barriga, está usando apenas a
musculatura do tórax. Esse é o tipo de respiração de quem está fazendo um exercício físi-
co intenso ou está sob pressão. Nesse último caso, ocorre uma superficialização dos mo-
vimentos, entrando menos ar, mas com um grande número de inspirações e expirações. O
resultado é acúmulo de ar viciado, pobre em oxigênio, além de tensão muscular. Já a res-
piração diafragmática ocorre em situações de calma e, muito importante, é capaz de di-
minuir a reação de alarme. O diafragma é o músculo que separa o abdômen do tórax e
pode ser controlado com um mínimo de atenção.
Quanto maior for o trabalho muscular, maior será a produção de gás carbôni-
co e maior o ritmo respiratório. A freqüência respiratória está situada em um adulto, em
condições de repouso, por volta de 15 ciclos por minuto e variará com a idade (40 no re-
cém-nascido, de 8 a 10 em pessoas treinadas, etc.).
Capítulo 4 – Energia
“O que se educa não é uma alma nem
um corpo... é um homem”.
MONTAIGNE
4.1. INTRODUÇÃO
¾ CH’I – China;
¾ KI – Japão;
¾ PRANA – Índia.
tende esclarecer essa especial "ânsia de viver", esse "impulso vital" que em circunstâncias
insólitas ou extremas aparece sem raciocínio científico válido.
4.2.1. KIAI
O kiai ou “grito de força” – KI: força e AI: grito – é uma energia que nasce a
partir do baixo ventre (saika tanden – aproximadamente cinco centímetros abaixo do um-
bigo). Todos têm um grito de força, principalmente os grandes felinos. Geralmente, esses
animais paralisam suas presas com o seu kiai antes de atacá-las. O kiai pode ser aplicado
em três momentos:
Tomar precaução ao gritar, pois se o grito for usado fora de ritmo ou de tem-
po ou em ocasiões impróprias poderá surgir como contra-efeito, tornando-se prejudicial.
O karate procura lapidar o espírito de seus praticantes através das agruras so-
fridas pelo corpo durante os rigores de seu treinamento.
5.1. INTRODUÇÃO
Alguns estilos de karate ainda hoje utilizam tais armas em seus treinamentos
e outros não usam. O estilo Shotokan (atribuído a Funakoshi Sensei) não faz uso de ar-
mas como parte de seu treinamento.
Apesar do estilo praticado no Cefet Karate Clube (Henshin Dojo) ser o Sho-
tokan, é de entendimento comum que as armas podem servir de auxiliar no desenvolvi-
mento de habilidades específicas de forma não convencional (noção de espaço e distância
efetiva do companheiro) e em menor tempo de treinamento e favorecendo a lapidação do
espírito marcial de seus praticantes mesmo em um meio influenciado fortemente pela
competição.
¾ Bo;
¾ Jo;
¾ Nunchaku;
¾ Kama;
¾ Tonfa;
¾ Sai.
5.2.1. BO
¾ Shushi No Kon;
¾ Choun No Kon;
¾ Sakugawa No Kon;
¾ Tsuken No Kon;
¾ Shishi No Kon.
5.2.2. JO
5.2.3. NUNCHAKU
Era uma ferramenta usada para bater grãos de arroz. No sistema Matayoshi os
tipos mais comuns de nunchaku são o octogonal (hakkakukei) e o arredondado (maruga-
ta). Suas hastes de madeira de igual tamanho são conectadas por um pedaço de corda ou
corrente.
5.2.4. KAMA
Era usado para cortar o arroz. O kama pode ser empregado para rasgar, cortar
lateralmente, espetar, perfurar e desviar ataques de outras armas.
5.2.5. TONFA
5.2.6. SAI
É uma tonfa com três pontas de metal. É utilizada com duas ou três pontas pa-
ra interceder um ataque do oponente e usando lâminas menores, que causam cortes e um
ataque perfurante. Apesar de sua exata origem ser obscura, tem semelhança com um ins-
trumento utilizado na China, e acredita-se que tenha se derivado de um instrumento agrí-
cola usado para cavar buracos na terra para plantação de sementes. Um terceiro sai era
levado nas costas em um cinto (obi) para reposição do que era atirado.
Muitas partes do corpo podem ser usadas como armas nas artes marciais e
particularmente no karate. As mãos, os cotovelos, os pés e os joelhos são as partes mais
utilizadas e se tornam armas eficientes e potentes quando combinadas com outras e refor-
çadas com exercícios apropriados. Há duas maneiras de usar a mão (1) aberta (kaisho) e
(2) fechada (ken). As principais partes do corpo usadas como armas no karate são listadas
a seguir:
¾ Shuto;
¾ Seiryuto;
¾ Haishu;
¾ Nukite;
¾ Seiken;
¾ Uraken;
¾ Tetsui;
¾ Koshi;
¾ Kakato;
¾ Haisoku;
¾ Sokuto.
No shuto, a energia deve chegar aos dedos, forçando-os para deixá-los resis-
tentes e em tensão. Isto é necessário para que o dedo mínimo não sofre danos desnecessá-
rios quando da utilização de golpes com o shuto.
Usar a borda da mão como uma faca ou uma espada para golpear os braços
ou as pernas do oponente que ataca, sendo também usada para desferir golpes contra a
têmpora, a parte lateral do pescoço ou as costelas flutuantes. Este tipo de golpe deve ser
desferido com muita intensidade e velocidade.
Uma variação do shuto é o seiryuto e a diferença básica entre eles está na po-
sição da mão, isto é, flexionando o pulso de modo que a borda externa da mão e a sua
extensão formem uma curva, como na figura acima.
Usado para atacar o rosto ou a clavícula e, em alguns casos, para dar apoio ao
corpo quando de uma queda.
No nukite a ponta dos três primeiros dedos forma uma superfície bastante
plana com uma leve curvatura do dedo médio. As pontas dos dedos são usadas para gol-
pear o plexo, o ponto central entre os olhos, a axila e outras partes sensíveis.
Quando o nukite é formado com a ponto dos dedos indicador e médio esta-
mos fazendo o chamado nihon nukite (mão em lança a dois dedos). Quando usamos ape-
nas o dedo indicador para golpear e os outros ficam dobrados dando-lhe apoio, temo o
ippon nukite (mão em lança a um dedo).
No uraken a mão é fechada como no seiken, porém a área usada para tocar o
alvo é o dorso da mão (costas), como mostra a figura acima, com particular tensão nos
nós dos dedos indicador e médio.
O calcanhar (kakato) é usado para dar golpes tanto para trás como para frente
de forma circular. É uma arma extremamente eficiente contra um oponente que tente lhe
agarrar por trás ou pelo lado.
Para executar golpes usando haisoku deve-se esticar o pé para baixo com os
dedos apontando para o chão. Usa-se esta arma nos golpes diretos chicoteando a perna na
direção da virilha ou na direção do rosto de forma circular ou ainda no peito e costas do
oponente.
6.1. INTRODUÇÃO
O karate tem uma quantidade muito grande de técnicas e não é o objetivo des-
te trabalho apresentar todas, apresentaremos as mais usuais desde suas bases até as técni-
cas de chute.
A postura no karate é formada pela parte do corpo que vai dos quadris para
baixo, e que deve fornecer uma base sólida à parte superior. As costas devem estar eretas
e perpendiculares ao solo, garantindo o equilíbrio e a estabilidade. As técnicas assim se-
rão aplicadas com potência, velocidade, precisão e eficiência.
6.2. BASES
NOME FORMA DESCRIÇÃO
Manter os pés paralelos e em conta-
to. Os joelhos ficam eretos, mas re-
laxados.
HEISOKU DACHI
O movimento é semelhante ao oi
zuki, diferindo apenas no fato de que
o braço usado é do contrário ao da
GYAKU ZUKI perna que avança.
(SOCO CONTRÁRIO) Outra diferença está no uso da rota-
ção dos quadris.
Capítulo 7 – Treinamento
“Não temas o progresso lento, receais
apenas ficar parado”.
PROVÉRBIO CHINÊS
7.1. INTRODUÇÃO
7.2. KIHON
Os fundamentos técnicos do karate são passados aos alunos através dos trei-
namentos de kihon, porém, no início, tais princípios eram repassados por intermédio dos
kata.
É no kihon que o praticante irá desenvolver todo o seu potencial para a arte
marcial, bem como preparar o seu corpo para as agruras que virão com o passar dos anos
de treino.
7.3. KATA
O kata ou forma no karate é um conjunto de golpes realizados numa seqüên-
cia previamente definida e que durante anos foi à única maneira de se praticar karate.
Cada kata tem uma especificidade e se destina a desenvolver determinadas habilidades.
¾ HEIAN NIDAN;
¾ HEIAN SANDAN;
¾ HEIAN YONDAN;
¾ HEIAN GODAN.
¾ TEKKI SHODAN;
¾ TEKKI NIDAN;
¾ TEKKI SANDAN;
¾ BASSAI DAI.
¾ BASSAI SHO;
¾ KANKU DAI;
¾ KANKU SHO;
¾ JION;
¾ JITTE;
¾ JIIN;
¾ HANGETSU;
¾ GANKAKU;
¾ ENPI;
¾ GOJUSHIHO SHO;
¾ GOJUSHIHO DAI;
¾ NIJUSHIHO;
¾ UNSU;
¾ SOCHIN;
¾ CHINTE;
¾ MEIKYO;
¾ WANKAN.
7.4. KUMITE
Números
8.1. INTRODUÇÃO
Atualmente, para evitar injustiças, foi estabelecida uma nota mínima (forma-
da pela média das notas dos avaliadores) que o praticante deve alcançar para fazer jus à
nova faixa e com ela advêm novas responsabilidades, pois a partir deste momento os er-
ros anteriores, considerados não graves, não poderão ser mais cometidos, além de uma
mudança de comportamento no sentido de servir como modelo para as futuras gerações
de karateca, incorporando os ideais do mestre Funakoshi.
8.2. GRADUAÇÕES
No karate existem sete faixas cada uma associada a uma cor representativa do
kyu. A faixa representa o amadurecimento e conhecimento individual de cada praticante,
e a função do professor é de guiá-lo nesta estrada, indicando os aspectos básicos de cada
etapa. As faixas no karate, em ordem, são:
¾ Branca – 7º kyu;
¾ Amarela – 6º kyu;
¾ Vermelha – 5º kyu;
¾ Laranja – 4º kyu;
¾ Verde – 3º kyu;
¾ Roxa – 2º kyu;
¾ Marrom – 1º kyu.
8.3. EXAMES
¾ Kumite.
Jiyu ippon kumite
1. Atemi waza;
2. Geri waza.
¾ Kata.
Heian Sandan – aplicação;
Heian Yondan – execução.
¾ Kumite.
Katatetore omote e ura
Shomen uchi ude garame omote e ura
Yokomen uchi omote/ ura shiho nage
Jiyu ippon kumite
Shiai kumite
¾ Kata.
Heian Yondan – aplicação;
Heian Godan – execução.
¾ Kumite.
Katatetore omote e ura (dois oponentes);
Shomen uchi ude garame omote e ura (faca);
Yokomen uchi omote/ ura shiho nage (faca);
Shiai kumite;
Jiyu kumite.
¾ Kata.
Heian Godan – aplicação;
Tekki Shodan – execução.
¾ Kumite.
Jyu kumite (um oponente);
Jyu kumite (dois oponentes).
Capítulo 9 – Competições
“Por mais que na batalha se vença um
ou mais inimigos, a vitória sobre si
mesmo é a maior de todas as vitórias”.
BUDA
9.1. INTRODUÇÃO
A vitória sempre é muito difícil, por mais que se fale o contrário, cada vez
mais. O que é fundamental é que o participante de uma competição saiba que aquilo é
uma mera representação e nesse ponto de vista a competição é só um jogo. A competição
deve servir ao homem, portanto, não posso me destruir e nem deixar que ela destrua o ser
humano.
A competição deve ser vista de uma forma humanista e que possibilite a for-
mação integral do homem, dando-lhe a capacidade de interagir consciente e criticamente
com seus pares, com sua comunidade e, se possível, com a sociedade a que pertence,
transformando-a em um mundo melhor.
9.3. KATA
O kata deve ser realizado de forma competente e deve demonstrar uma boa
compreensão dos princípios fundamentais que contém, ou seja, o competidor (es) deve
(m) passar à comissão julgadora a essência primordial do kata executado.
9.3.1. INDIVIDUAL
9.3.2. EQUIPE
9.4. KUMITE
¾ Sanbon – 3 pontos;
¾ Nihon – 2 pontos;
¾ Ippon – 1 ponto.
Nenhum ponto poderá ser assinalado, mesmo que realizado, quando os com-
petidores estiverem fora da área de luta. Após o comando de yame nenhuma técnica po-
derá ser executada por quaisquer competidores e caso isto ocorra, o infrator pode ser pe-
nalizado. Também não devem ser pontuadas técnicas (golpes) eficazes, mas que foram
realizadas simultaneamente por ambos os competidores (denominado aiuchi).
9.4.1. INDIVIDUAL
9.4.2. EQUIPE
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