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Cinética Química
CONTEÚDO TEÓRICO
AS REAÇÕES: Como, Quando e Por Que Ocorrem

CINÉTICA QUÍMICA
Cinética Química é o estudo da velocidade das Podemos calcular a velocidade média do consumo
reações químicas e dos fatores que nela interferem. da amônia:

VELOCIDADE MÉDIA DE UMA REAÇÃO ∆t ∆[NH3] Vm


1 - 0 = 1h |4 - 8| = 4 mol.L-1 Vm = 4 mol.L-1.h-1
Na física, quando desejamos calcular a velocidade 2 - 1 = 1h |2 - 4| = 2 mol.L-1 Vm = 2 mol.L-1.h-1
de um determinado corpo, medimos o seu deslocamento em 3 - 2 = 1h |1 - 2| = 1 mol.L-1
Vm = 1 mol.L-1.h-1
função do variação do tempo para percorrer a distância Observe que a velocidade da reação
medida. Isto é, v = ∆d . NÃO É CONSTANTE
∆t
Para a medição da velocidade da reação, no
AS COLISÕES EFETIVAS
entanto, não existe deslocamento, mas existe variação da
concentração de reagentes e de produtos. Portanto, para se
medir a velocidade de uma determinada reação precisamos Como sabemos, as moléculas possuem um
saber quanto do reagente que "desaparece" e quanto de movimento de agitação térmica que faz com que estejam
produto se "forma", por unidade de tempo (segundos, minutos, continuamente sofrendo colisões.
horas, etc.). Assim, na reação H2 + I2  2 HI, é necessário
que o impacto entre H2 e I2 provoque o rompimento de
VELOCIDADE DE CONSUMO ligações já existentes, permitindo a formação de novas
ligações que vão dar origem à substância HI. Esses tipos de
∆" quantid . A" choques recebem a denominação de colisões efetivas.
vA = − Uma colisão será efetiva quando:
∆t • As partículas estiverem em posição
∆" quantid .B" favorável à colisão.
vB = − • As partículas tiverem energia suficiente
Reação Genérica ∆t para formar o complexo ativado.

A+ B →C + D
I2
VELOCIDADE DE PRODUÇÃO
Re agentes Pr odutos ∆ " quantid .C " H2
vC = +
∆t
∆ " quantid . D "
vD = +
∆t
O sinal “-“ e “+” indicam consumo e
produção, respectivamente. 2 HI
VELOCIDADE MÉDIA DE REAÇÃO PADRÃO
∆[ A] ∆[ B ] ∆[C ] ∆[ D]
v=− =− =+ =+
a∆t b∆t c∆t d∆t
Complexo
Ativado
Imaginemos 8,0mol de NH3 em um recipiente de
1,0L. Com o passar do tempo, ocorre a decomposição da
amônia em N2 e H2, segundo a reação balanceada:

2 NH3  N2 + 3 H2
Se, por métodos adequados, observarmos a ENERGIA DE ATIVAÇÃO
seguinte variação na concentração da amônia:
Concentração Apenas as moléculas dotadas de energia suficiente
8,0 4,0 2,0 1,0 conseguem sofrer colisões efetivas, portanto, as moléculas
da amônia (mol/L)
devem possuir um valor mínimo de energia para que a reação
Tempo / horas 0 1 2 3
ocorra. Essa energia mínima é denominada "ENERGIA DE
Graficamente, teremos: ATIVAÇÃO".
Podemos representar a reação HI  1/2 H2 + 1/2 I2
[NH3] O símbolo [ ] é usado na físico- através do gráfico abaixo:
química para representar
concentração molar (mol/L) Energia
8 (Entalpia)
KJ.mol -1 Complexo
Ativado
45

A curva decrescente indica que a


4 amônia é consumida com o passar Energia de
do tempo Ativação
1
/2 H2 + 1/ 2 I2
10
2
HI
1 0

1 2 3 tempo / h

Andamento da Reação

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Observando o gráfico verificamos que existe uma barreira de Para efeito de exemplificação, podemos analisar a reação de
energia (energia de ativação) a ser vencida para que ocorra a decomposição da água oxigenada (H2O2) em água e gás
reação e conseqüente formação dos produtos. oxigênio. Esse processo ocorre naturalmente, porém, num
QUANTO MAIOR A ENERGIA DE ATIVAÇÃO, MAIS LENTA tempo muito longo. Para torná-la mais rápida, basta
É A REAÇÃO. acrescentar à água oxigenada uma pitada de bióxido de
Como os reagentes têm energia mais baixa que os produtos, manganês (MnO2). A reação processar-se-á da seguinte
dizemos que a reação é endotérmica, uma vez o ∆H = 10 - 0 = maneira:
10KJ.mol-1. Em outras palavras, a reação absorve calor, ao
invés de liberá-lo para o ambiente. H 2O2 MnO
2 → H 2O + 1 O2
2
ou
Além desse tipo de reação (endotérmica) existe uma
outra, a reação exotérmica, isto é, aquela que absorve calor
H 2O2 + MnO2 
→ H 2O + 1 O2 + MnO2
do ambiente. Observe o gráfico de energia da reação NO2 + 2
CO  NO + CO2: Note que o bióxido de manganês não foi consumido
Energia durante o processo.
(Entalpia)
KJ.mol -1 Complexo
Ativado
A catálise pode ser homogênea ou heterogênea:
555
• Catálise Homogênea: é aquela que ocorre em
Energia de uma única fase. O catalisador tem o mesmo
Ativação
NO2 + CO estado de agregação que os reagentes.
439
• Catálise heterogênea: é aquela que ocorre na
NO + CO2
214 presença de um catalisador com estado de
agregação diferente dos reagentes.

Andamento da Reação Efeito Da Temperatura


Observando o gráfico verificamos que existe uma barreira de O aumento da temperatura aumenta a agitação das
energia (energia de ativação) a ser vencida para que ocorra a moléculas. Assim, aumenta o número de moléculas com
reação e conseqüente formação dos produtos. energia igual ou superior à energia de ativação. A velocidade
QUANTO MAIOR A ENERGIA DE ATIVAÇÃO, MAIS LENTA da reação será maior devido ao aumento do número de
É A REAÇÃO. choques.
Como os reagentes têm energia mais alta que os
produtos, dizemos que a reação é exotérmica, uma vez o ∆H Efeito Da Pressão
= 214 - 439 = -225KJ.mol-1. Em outras palavras, a reação
libera calor, ao invés de absorvê-lo do ambiente. Para reagentes gasosos, o aumento da pressão
favorecerá o aumento da velocidade da reação, pois, com a
Portanto, diminuição do volume, aumenta-se a freqüência dos choques.
A velocidade de uma reação depende do número de
moléculas que possuam energia igual ou maior que a Efeito Da Superfície De Contato
energia de ativação.
Quando algum reagente for sólido, a velocidade da
reação não dependerá da sua concentração no sistema e sim
da sua superfície de contato.
FATORES QUE INFLUEM NA
VELOCIDADE DAS REAÇÕES

Efeito Do Catalisador Sobre A


Velocidade De Uma Reação

Catalisador é uma espécie química ou biológica


(enzima) que aumenta a velocidade de uma reação ao abaixar
a energia de ativação de uma reação, sem ser consumido
durante o processo. Quanto maior a superfície de contato entre os reagentes,
maior é a velocidade da reação, pois ocorre maior
O efeito do catalisador sobre a reação pode ser probabilidade de choques efetivos.
mostrada no gráfico de energia:
Energi a
(Entalpia) Efeito Do Estado Físico
KJ.mol -1 Compl exo
Ati vado Sem uso do Como uma reação pressupõe a colisão entre as
555 catalisador
partículas reagentes, quanto maior a mobilidade destas, mais
veloz é a reação. Um sólido tem mobilidade praticamente
Com uso do nula, um líquido já possui uma mobilidade maior, enquanto um
NO2 + CO catalisador gás possui mobilidade máxima. Portanto, a maior velocidade
439
que podemos encontrar numa determinada reação é quando
os reagentes estão na forma gasosa. Contudo, nem sempre
NO + CO2
214 os reagentes são gasosos, então, precisamos dissolver o
material em um solvente apropriado para que surja a
mobilidade dos reagentes, necessária à colisão efetiva. A este
efeito dá-se o nome de efeito gaiola.
Andamento da Reação

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Efeito Da Concentração Dos Reagentes TERMOS UTILIZADOS NA CINÉTICA


QUÍMICA
Quanto maior o número de colisões, mais rápida
será a reação. Então, • Molecularidade: é o número de moléculas
reagentes (ou átomos livres ou íons) que
Quanto maior for a concentração dos reagentes, maior tomam parte em uma reação elementar.
será a velocidade de uma reação. • Ordem: é a potência com a qual a
concentração de uma substância é elevada na
Para uma reação A + B  produtos, de forma lei de velocidade.
elementar (ocorre em apenas um única etapa), a velocidade
depende da colisão simultânea de uma molécula A com uma
B. Quanto maior for a concentração de A ou de B, maior será
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
a probabilidade de haver as colisões necessárias:
2 COLISÕES 1. A Cinética da reação: 2A (aq) + 3B(aq)  2C(aq) + D(aq) foi
A acompanhada e o resultado é:
B REAÇÃO II
2 A( aq ) + 3B( aq ) → 2C( aq ) + D( aq )
A Experiência [A] [B] Velocidade (mol/ℓ)
1 COLISÃO
Duplicando a 1 05 0,5 2.10-4
concentração
de A 2 0,5 1,0 4.10-4
A B B 3 1,0 1,0 1,6.10-3
Duplicando a Com estes dados, determine:
concentração
REAÇÃO I
de B
A REAÇÃO III a) A equação da velocidade da reação.
Supondo todas as experiências com a mesma
2 COLISÕES B temperatura e mesmas condições gerais, as variações
obtidas nas velocidades de um experimento para outro,
Duplicando o número de moléculas de A ou de B, podem ser atribuídos somente às mudanças das
podemos observar que o número de colisões dobra. Com isso, concentrações dos reagentes. Assim, analisando as
verificamos que a velocidade da reação é diretamente experiências 1 e 2, temos que a concentração de A não
proporcional ao produto das concentrações molares de A e mudou e a concentração de B dobrou, causando a
de B. duplicação também da velocidade, portanto, a ordem de
Para reações elementares, Guldberg e Waage B é “1”. Da mesma forma da experiência 2 para a 3, a
determinaram: a velocidade depende da concentração de duplicação da concentração de A, com concentração de
“A” e de “B”, segundo a potenciação respectiva com seus B constante, causou a quaduplicação da velocidade,
coeficientes estequiométricos. (LEI DA AÇÃO DAS portanto, a ordem de A é “2”. Da experiência 3 podemos
MASSAS) tirar o valor da constante de velocidade (velocidade
Na reação I, A + B  produtos, podemos unitária) de forma direta, portanto, k = 1,6.10-3. Daí:
equacionar a velocidade da reação, segundo Guldberg-
Waage, como: v = 1,6.10 −3.[ A]2 .[ B ]
V = k.[A].[B],
onde k é uma constante de velocidade que leva em conta b) A ordem de cada reagente e a molecularidade da
a característica da reação e a temperatura. reação.
Na reação II, 2A + B  produtos, podemos Conforme dito em “a”, a ordem de A = 2 e a ordem de
equacionar a velocidade da reação como: B = 1. A molecularidade da reação é 3, pois 2 moléculas
A + A + B  produtos de A interagem com 1 de B.
V = k.[A].[A].[B]
V = k.[A]2.[B] c) A velocidade da reação quando as
Na reação III, A + 2B  produtos: concentrações dos reagentes for 1,0mol/ℓ.
A + B + B  produtos v = 1,6.10 . (0,1) . (0,1) = 1,6.10 mol.ℓ .min-1.
-3 2 -6 -1

V = k.[A].[B].[B]
V = k.[A].[B]2

Generalizando:
Para uma reação aA + bB  produtos, a lei cinética é
v = k.[A]a.[B]b

Para reações não-elementares, a reação se


processa segundo uma seqüência de reações elementares,
denominada de mecanismo de reação. Nestas reações, a
etapa determinante da velocidade da reação é aquela que for
mais lenta:

MECANISMO DE REAÇÃO LEI DA AÇÃO DAS MASSAS


HBr + O2 → HOOBr (lenta ) ⇒ v = k[ HBr ][O2 ]
HBr + HOOBr → HOBr + HOBr (rápida ) ⇒ v = k[ HBr ][ HOOBr ]
2 HBr + 2 HOBr → 2 H 2 O + 2 Br2 (rápida ) ⇒ v = k[ HBr ][ HOBr ]
4 HBr + O2 → 2 H 2O + 2 Br2
Na reação acima: 4HBr + O2  2Br2 + 2H2O, a etapa que
determina a velocidade da reação é a primeira, pois é a mais
lenta. Portanto, a velocidade da reação é determinada pela
Lei da Ação das Massas de Guldberg-Waage através da
expressão v = k.[HBr].[O2] e não pela v = k.[HBr]4.[O2].

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