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Artigo Inédito

Estudo da Correlação entre a Idade Cronológica


e a Maturação das Vértebras Cervicais em
Pacientes em Fase de Crescimento Puberal*
Study of the Correlation between Chronological Age and Maturation Cervical
Vertebrae in Patients in the Pubertal Development Stage

Resumo aumento da idade cronológica com o


A determinação do estágio de cres- aumento do Índice de Maturação das
cimento e desenvolvimento ósseo, é Vértebras Cervicais, nos levando a
de suma importância para o correto concluir que dentro de certos parâme-
diagnóstico, planejamento e trata- tros podemos utilizar a observação da
mento dos indivíduos, principalmente idade cronológica para se determinar
Rodrigo
Generoso aqueles que se encontram na fase de em que fase da idade óssea se encon-
crescimento puberal. Ao longo dos tra o indivíduo.
anos muitos métodos têm sido usados,
principalmente a radiografia carpal, INTRODUÇÃO
porém existe uma tendência nos últi- O conhecimento e a capacidade de
mos tempos, de minimizar a exposição estimar o crescimento e desenvolvi-
dos pacientes à radiação ionizante, uti- mento crânio-facial, são cada vez mais
lizando por exemplo a observação das utilizados pelos ortodontistas e orto-
vértebras cervicais para se determinar pedistas faciais, como um importante
a maturidade óssea dos indivíduos, meio auxiliar na prevenção, diag-
através da avaliação de um exame de nóstico, planejamento e tratamento
rotina na Ortodontia que é a radiogra- precoce das anomalias durante a fase
fia cefalométrica lateral. Esse estudo, de crescimento e desenvolvimento
correlaciona a maturação das vérte- do indivíduo, principalmente porque
bras cervicais, através da observação o sucesso ou fracasso do tratamen-
dos índices descritos por Lamparski20 to de aproximadamente dois terços
e modificados por Hassel e Farman16, das más oclusões estão diretamente
com a idade cronológica de 380 in- relacionadas ao crescimento e desen-
divíduos leucodermas, brasileiros, de volvimento esqueletais12. A literatura
ambos os sexos, com idade variando relata inúmeros métodos para avaliar
dos 6 aos 16 anos. Os resultados o crescimento ou o nível de maturação
mostraram uma relação direta entre o óssea de um indivíduo, sendo que os

* Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações - M.G., 2000, como par-
te dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Odontologia, Área de Clínica Odontológica.

Rodrigo Generoso **
Orivaldo Tavano ***
Adair Ribeiro ****
Mário Lúcio Jardim Parreira *****
** Especialista em Ortodontia e Radiologia, Mestre em Clínica Odontológica Área de Ortodontia, Doutor em
Biopatologia Bucal Área de Radiologia, Professor do Curso de Pós Graduação da UNINCOR - Três Corações
Palavras-chave: - M.G.
Crescimento. Vértebras *** Professor Orientador, Titular de Radiologia da FOBUSP (aposentado), Coordenador do Curso de Pós-Gradu-
ação em Odontologia, opção Radiologia (UNICASTELO), Especialista em Radiologia Odontológica.
cervicais. Idade cronológi-
**** Professor Titular de Radiologia e Diagnóstico Bucal da UNINCOR - Três Corações MG , Doutor em Diagnóstico
ca. Telerradiografias late- Bucal FOB USP-Bauru.
rais. ***** Professor Titular de Odontopediatria da UNINCOR - Três Corações MG , Mestre e Doutor em Odontopediatria
pela UFMG.

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mais freqüentes, consistem na de- mento é um processo ordenado, e a menarca nas meninas. Segundo
terminação das idades cronológica9, que vai diminuindo gradativamen- os autores, o osso sesamóide se for-
dentária6,25,27, variações de altura e te, porém mantendo uma proporção ma geralmente 1 ano antes do pico
peso3, manifestação das caracterís- constante com a face. Relatou que de crescimento puberal e a menarca
ticas sexuais secundárias15 e princi- o surto de crescimento puberal, não ocorre antes dessa idade. Já
palmente a determinação da idade caracterizado por um aumento con- quanto ao desenvolvimento den-
óssea8,10,13,14,21,23,33,34,35,38. Contudo, siderável na taxa de crescimento, tário, este mostrou-se ser de pouco
os quatro primeiros métodos têm se se estende em média por 2 anos, valor para determinação do estágio
mostrado pouco eficazes dada à va- sendo que as meninas entram nes- puberal, devido sua grande variabi-
riabilidade de parâmetros tais como: se surto, de 1 a 2 anos antes dos lidade nessa fase.
raça, predisposições genéticas, en- meninos. Eklof e Ringertz7,propuseram
fermidades, condições climáticas e Greulich e Pyle14, publicaram um novo método de determinação
condições sócio-econômicas espe- a segunda edição do atlas para da idade óssea através da radiogra-
cialmente no que diz respeito aos estimar a idade óssea utilizando fia carpal. Esse método, proposto
aspectos nutricionais. Já a avaliação a radiografia carpal. Esse método, para crianças suecas, baseava-se
da idade óssea, que é o registro fiel considerado inspecional, compara nas medidas de comprimento e ou
da idade biológica35, tem sido a li- a radiografia carpal de cada criança largura de determinados centros de
nha de pesquisa mais estudada na com 58 pranchas radiográficas, com ossificação em crianças entre 1 ano
determinação dos diversos estágios padrões separados para cada sexo. a 15 anos de idade.
de crescimento e desenvolvimen- Assim, após a observação e compa- Em 1970, Thurow37 descreveu
to crânio facial, principalmente a ração com o atlas, de 30 centros de um método com o intuito de sim-
utilização da radiografia carpal, ossificação na radiografia da mão plificar a determinação da idade
ou da mão e punho. Preocupados e punho da criança, determina-se esquelética do paciente ortodôn-
com a melhoria da qualidade de uma idade óssea igual àquela do tico, que constituía-se em fazer a
vida dos pacientes, alguns autores padrão ao qual mais se assemelha. tomada radiográfica cefalométrica
têm utilizado métodos alternativos, Porém, é importante ressaltar, que lateral, incluindo os três primeiros
reduzindo a exposição às radiações esse atlas foi feito a partir da obser- dedos da mão direita nessa tomada.
ionizantes, fazendo proveito de vação de radiografias de crianças Assim, o polegar era posicionado
exames de rotina no diagnóstico norte americanas de padrão sócio sob o mento do paciente, enquanto
ortodôntico e ortopédico facial que – econômico médio alto. os dedos indicador e médio, eram
são as radiografias cefalométricas Tanner e Whitehouse33,34, des- colocados à frente do ápice nasal.
laterais, como a inclusão dos três creveram um método de avaliação Dessa forma, era possível em uma
primeiros dedos da mão direita na da idade óssea através da radiogra- única tomada radiográfica de rotina
tomada radiográfica cefalométrica fia carpal, que consistia-se na ava- na Ortodontia, visualizar além das
lateral21,37, observação do desen- liação individual de 20 centros de tendências de crescimento facial do
volvimento do seio frontal29 assim ossificação da mão e do punho e a paciente, determinar sua idade es-
como a visualização e análise das atribuição de uma escore a cada um, quelética, pela observação dos está-
vértebras cervicais2,8,11,16,17,20,28,30,39. que após somados pode-se determi- gios de ossificação desses 3 dedos,
nar a idade óssea correspondente eliminando assim a necessidade de
REVISÃO DA LITERATURA em anos. Este método foi elaborado realizar uma radiografia de mão e
Greulich e Pyle13, publicaram um a partir de uma amostra constituída punho adicional.
atlas contendo as variações médias de crianças de origem britânica, de Segundo Hassel e Farman16,
normais das estruturas ósseas da nível sócio – econômico médio. Lamparski20 em sua Tese de
mão e punho, observadas do nas- Björk e Helm3, num estudo lon- Mestrado, relacionou as mudanças
cimento à idade adulta. Segundo gitudinal em crianças dinamarque- observadas no tamanho e forma
os autores, a utilização das radio- sas, analisou a associação entre o das vértebras cervicais e as com-
grafias carpais constituiriam um crescimento puberal e a possibilida- parou com as modificações ósseas
eficiente parâmetro para se determi- de de predizer em que época ocorre. das estruturas da mão e punho,
nar o desenvolvimento esquelético Para isso, relacionou a época de avaliadas pelo método de Greulich
do indivíduo estimando a época ocorrência do crescimento estatural e Pyle13. Após suas observações,
de ocorrência dos vários eventos máximo, com outros estágios de o autor descreveu seis estágios de
do crescimento esquelético geral, maturação esquelética, tais como: maturação, baseados nas alterações
incluindo-se sua finalização. maturação do sesamóide, dois es- morfológicas das vértebras cervi-
Brodie4, afirmou que o cresci- tágios de desenvolvimento dentário cais, mais precisamente da segunda

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à sexta vértebra. Os resultados de quadamente com sua idade óssea, avaliação do estágio de crescimento
sua pesquisa permitiram chegar às podendo essa última, apresentar-se corporal geral no sexo masculino,
seguintes conclusões: as mudanças avançada ou atrasada em relação à mas que poderia ser satisfatoria-
relativas à maturação, que ocorrem primeira. mente substituída pela utilização
entre a segunda e a sexta vértebra Hagg e Taranger15, determina- da idade cronológica no sexo femi-
cervical, poderiam ser utilizadas ram a época de ocorrência de even- nino, não se justificando portanto
para a avaliação da idade esquelé- tos como a estatura, a ocorrência da sua indicação rotineira para este
tica de um indivíduo; a avaliação menarca nas meninas e a mudança último grupo. Segundo o autor, com
da idade esquelética por este meio de voz nos meninos em 212 crian- relação às radiografias carpais, as
mostrou-se estatisticamente válida ças suecas escolhidas aleatoria- várias partes do esqueleto diferem
e confiável, apresentando o mesmo mente. A proposta era determinar a em seu desenvolvimento e a região
valor clínico que a avaliação da época da ocorrência desses eventos de mão e punho constitui apenas
região da mão e punho; os indica- e sua relação com o crescimento pu- uma parte do mesmo, podendo, em
dores de maturação das vértebras beral, uma vez que, a menarca nas alguns casos, não ser seu represen-
cervicais constituem-se do início do meninas e a mudança de voz nos tante fiel.
desenvolvimento de concavidades meninos, são utilizados como indi- Farman e Escobar8, relataram a
nas bordas inferiores dos corpos cadores de maturação puberal, em possibilidade de detectar anomalias
vertebrais e de aumentos sucessi- especial pelos ortodontistas. Os re- na espinha cervical a partir de ra-
vos na altura vertical total destes sultados mostraram que, a menarca diografias cefalométricas laterais de
corpos, que passam de um formato nas meninas ocorre entre 10,7 e rotina utilizadas por ortodontistas
de cunha, com declive de posterior 16,1 anos com média de 13,1 anos, e cirurgiões ortognatas. Segundo
para anterior na sua superfície sendo que essa fase não ocorreu os autores, muitas anomalias crâ-
superior, para um formato retan- antes do pico máximo de velocida- nio faciais são assintomáticas e os
gular e posteriormente, quadrado, de de crescimento, mas todas elas profissionais que utilizam a radio-
para, ao final do desenvolvimento, tiveram a primeira menstruação grafia cefalométrica lateral como
apresentarem uma altura maior que antes do final do crescimento pube- rotina em suas especialidades, não
sua largura. Esses indicadores mos- ral. A alteração de voz nos meninos precisam ser especialistas em ano-
traram-se os mesmos para ambos observada clinicamente, teve seu malias cervicais, mas necessitam
os sexos, sendo que a diferença início entre 11,5 e 16,5 anos com conhecer a anatomia normal dessa
constitui-se no fato de que o sexo média de 13,9 anos. Essa alteração região afim de poder encaminhar o
feminino alcançou a maturação variou de duração entre menos de 1 paciente nos casos da observação
antes do sexo masculino, como ano a mais de três anos, sendo que de algum desvio do normal.
era previsto. A vantagem inerente a voz com características adultas foi Tavano et al.35, descreveram
ao método seria, como já mencio- observada em média aos 15 anos que o crescimento dos ossos é
nado anteriormente, a eliminação de idade. fundamental no desenvolvimento
da necessidade de uma radiografia Marcondes22, numa revisão em humano e responsável quase que
adicional, além daquelas que fazem Pediatria, afirmou que a idade óssea inteiramente pelo aumento em
parte da documentação ortodôntica é o índice do desenvolvimento do estatura, justificando portanto, o
regular. esqueleto, e que esta maturação crescente uso da idade óssea que
Fishman9, avaliou em um estudo está sob a influência de fatores: é considerada como verdadeiro re-
longitudinal através de radiografias genéticos, hormonais, nutricionais, gistro da idade biológica em todos
cefalométricas laterais e radiogra- sócio econômicos, climáticos e sa- os estudos sobre crescimento e
fias carpais, a relação entre idade zonais além de fatores bioquímicos desenvolvimento. Para os autores,
cronológica e idade óssea. Esse es- - farmacológicos. o processo de crescimento pode ser
tudo de caráter misto, envolveu 60 Smith32, publicou um artigo des- avaliado quantitativamente ou por
meninos e 68 meninas, com idades crevendo sua preocupação com a mudanças na forma dos diferentes
variando entre 7 anos e meio a excessiva exposição dos pacientes ossos e o melhor local para se deter-
15 anos. Semestralmente foram à radiação ionizante, principalmen- minar a idade óssea, seria a análise
obtidos desses pacientes, medidas te, nos casos em que as radiografias da radiografia da mão e punho ao
cefalométricas, análise carpal e carpais poderiam ser dispensadas contrário de antigas tendências, que
registros de desenvolvimento esta- sem que houvesse prejuízo para um utilizavam radiografias do tornoze-
tural. Os resultados mostraram, que diagnóstico ortodôntico apropriado. lo, joelho, cotovelo, bacia e ombro,
nem sempre a idade cronológica de Ressalta ainda, que a idade óssea expondo o paciente a uma quan-
um indivíduo correlacionou-se ade- constitui-se um bom parâmetro de tidade desnecessária de radiação

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ionizante. ções matemáticas. Porém, segundo foi realizada a partir de radiografias
Nanda26, realizou um estudo os autores, existe a necessidade de cefalométricas laterais tomadas
longitudinal com 19 pacientes do uma atenta observação dessas ra- anualmente, de trinta pacientes do
sexo feminino, leucodermas, sau- diografias antes do início da terapia sexo feminino com idades variando
dáveis, de nível sócio econômico ortodôntica, uma vez que elas po- de 9 anos a 15 anos. Os autores
médio - alto da cidade de Denver, dem mostrar importantes achados, utilizaram as medidas do compri-
Colorado. Foram realizadas ra- tais como: alterações na base do mento do corpo e altura do ramo
diografias cefalométricas laterais crânio, suturas, linhas, impressões da mandíbula. As alterações dessas
anualmente dessas pacientes dos e canais do calvarium, forma e medidas, foram comparadas com os
3 anos aos 19 anos de idade, tamanho da sela túrcica, variações estágios de maturação das vértebras
sendo que um mínimo de 10 e um de tamanho dos seios paranasais, cervicais descritos por Lamparski20.
máximo de 15 radiografias foram variações nas dimensões das pas- Analisando os resultados obtidos,
avaliadas para cada paciente. A sagens de ar nas cavidades nasal, os autores concluíram que, como
distância linear Sela–Gnátion foi oral, faringe e laringe, observação existiu um significante aumento no
utilizada com a finalidade de de- das estruturas do complexo ma- comprimento do corpo e altura do
terminar o momento do máximo xilo-facial, além da observação da ramo mandibular durante os está-
crescimento facial durante a adoles- coluna cervical no que diz respeito gios de maturação vertebral, esses
cência, expressos pelo aumento das à sua curvatura normal, dimensões estágios estão relacionados às alte-
dimensões da face nos sentidos ho- do canal espinhal e relação inter- rações de crescimento mandibular
rizontal e vertical. Foram também vertebral. Afirmaram ainda, que durante a puberdade. Assim, esse
observadas as variações da estatura é de fundamental importância o método poderia ser utilizado com
em centímetros, a idade óssea atra- conhecimento da anatomia normal confiança para a avaliação da época
vés da radiografia carpal segundo de toda essa região, além de uma de ocorrência das mudanças mandi-
Greulich e Pyle14, a idade dental correta interpretação das imagens bulares na adolescência.
através da observação dos estágios radiográficas. Hellsing17, correlacionou as alte-
de Nolla27 dos primeiros, segundos Leite et al.21, propuseram um rações de altura e largura das vérte-
e terceiros molares, além da idade método simplificado para determi- bras cervicais observadas e medidas
vertebral baseada no trabalho de nação da idade esquelética. Esse a partir de radiografias cefalométri-
Lamparski20. Após avaliação dos método inspecional, ao contrário cas laterais, com o crescimento es-
resultados, o autor concluiu que, do método tradicional que utiliza a tatural puberal de 107 pacientes de
a idade esqueletal, avaliação da es- radiografia da mão e punho, consis- ambos os sexos, que nunca tinham
tatura e idade vertebral, podem ser te-se na observação das radiogra- sido submetidos a tratamento orto-
usadas para determinar o padrão fias do primeiro, segundo e terceiro dôntico e nem apresentavam altera-
de desenvolvimento da face deter- dedos da mão. Os resultados de- ções na coluna. Foram utilizadas as
minada pela medida Sela–Gnátion, monstraram que, apesar de existir medições da altura total da vértebra
porém a idade dentária apresentou uma diferença entre esse método e cervical C2, das alturas anterior e
amplas variações, principalmente observação da mão e punho como posterior das vértebras C3 a C6,
acima dos 13 anos. As correlações um todo, a utilização da observação assim como sua largura, além do
observadas entre a idade da menar- da radiografia dos primeiros ,segun- registro da altura dos indivíduos. Os
ca e o ano de máximo crescimento dos e terceiros dedos mostrou-se resultados mostraram que, tanto a
foram pouco significantes se com- um método eficiente para fornecer altura como a largura das vértebras
paradas às correlações obtidas utili- informações sobre os estágios de cervicais poderiam ser utilizados
zando a idade cronológica. O autor crescimento e desenvolvimento como indicadores de crescimento
então, enfatiza a necessidade de se esqueletal do indivíduo. Segundo os esquelético. Assim segundo a au-
determinar padrões individuais de autores, a vantagem da utilização tora, as principais vantagens de se
crescimento para cada paciente. desse método, está no fato de poder utilizar o desenvolvimento vertebral
Kantor e Norton19, relataram que incorporar a imagem dos três dedos como alternativa para a avaliação
as radiografias cefalométricas late- numa tomada cefalométrica lateral, da maturidade esquelética, é o fato
rais, são normalmente utilizadas no eliminando assim a necessidade de de não serem necessárias radiogra-
pré-tratamento de pacientes orto- uma radiografia adicional. fias adicionais além das radiografias
dônticos com a finalidade de avaliar O’reilly e Yaniello28, relaciona- cefalométricas laterais, pois essas,
os padrões esqueléticos e dentais ram a maturação das vértebras cer- fazem parte rotineiramente da do-
além das tendências de crescimento vicais com as alterações de cresci- cumentação ortodôntica.
crânio–facial através de mensura- mento da mandíbula. Essa pesquisa Mitani e Sato24, analisaram o

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crescimento mandibular durante capeamento da falange média do melhor planejamento do tratamento
a puberdade, comparando com as terceiro dedo, com o capeamento da ortodôntico.
características de crescimento do falange distal do quinto dedo e com Ruf e Pancherz29, avaliaram a
osso hióide, mão e punho, estatura o aparecimento do osso sesamóide, possibilidade de utilizar o desen-
e as vértebras cervicais. Para esse indicando o pico do crescimento volvimento do seio frontal durante
estudo, a amostra constou de 33 puberal. Os autores salientam, que o período de crescimento puberal,
meninas de origem japonesa, sem essa é uma maneira rápida e sim- como forma de determinar o estágio
má-oclusão ou ligeira má-oclusão ples para se determinar o início e o de maturação somática do indivíduo
Classe I de Angle e com idade pico do crescimento puberal, porém (estatura corporal). Foi analisado
variando de 9 anos a 14 anos. não deve ser considerado como um também, o desenvolvimento epifi-
Nenhuma das pacientes, haviam critério absoluto na determinação sário da falange média do terceiro
feito uso anteriormente de qualquer das fases de crescimento e desen- dedo e o desenvolvimento epifisário
aparelho Ortopédico Funcional. volvimento puberal. do rádio (maturidade esquelética).
Através de radiografias cefalomé- Hassel e Farman16, desenvol- Foram utilizados nesse estudo, 26
tricas laterais das pacientes, foram veram um método de avaliação indivíduos do sexo masculino dos
feitos os traçados e medições da da maturidade esquelética toman- 9 anos aos 22 anos de idade, nos
mandíbula, dos corpos vertebrais do como referência a radiografia quais foi avaliado o desenvolvi-
das vértebras cervicais C1 a C5 e cefalométrica lateral, uma vez mento do seio frontal em relação à
o corno maior do osso hióide. Nas que esta, é um exame de rotina maturidade esquelética e somática,
radiografias carpais, foram obser- na prática ortodôntica baseado no utilizando-se dados longitudinais
vados os metacarpos e falanges método proposto por Lamparski20. obtidos de cefalogramas laterais,
proximais, médias e distais. Além Eles avaliaram a maturação esque- radiografias carpais e curvas de
desses parâmetros acima, foi feita lética da segunda, terceira e quarta crescimento estatural. Os resultados
a medição da estatura anualmen- vértebras cervicais (C2, C3 e C4), mostraram que, enquanto alguns
te. Os resultados mostraram que, a partir da observação do desen- indivíduos exibiam um aumento
o tamanho do osso hióide, não se volvimento das porções anteriores regular no tamanho do seio, ou-
correlacionou com nenhum outro dos seus corpos vertebrais, que tros apresentavam um aumento
parâmetro. Já o aumento da esta- foram divididos em seis fases de mais abrupto. Um pico puberal foi
tura e o crescimento mandibular, maturação com características pró- detectável em todos os indivíduos
apresentaram uma correlação prias, tornando assim possível de- e alcançou uma média de 1,9 mm/
consistente com as alterações ocor- monstrar os diferentes estágios de ano, sendo que, o desenvolvimento
ridas na radiografia carpal e com as crescimento e desenvolvimento de da altura estatural, foi semelhante
alterações de desenvolvimento das um indivíduo. Nessa pesquisa, os ao padrão de aumento do seio
vértebras cervicais. autores correlacionaram esses seis frontal que ocorreu em média 1,4
Coutinho et al.6, apresenta- estágios de desenvolvimento ver- anos após o pico da altura estatural.
ram uma outra alternativa para tebral com o método de Fishman10, Segundo os autores, outros estudos
determinar a maturidade esque- que avalia a maturação esquelética estão em andamento para elucidar
lética. Através da observação das da mão e punho. Foram utilizados se o crescimento do seio frontal
radiografias carpais e radiografias 220 indivíduos de ambos os sexos, fornece uma possibilidade de pre-
panorâmicas de 200 meninos e com idades variando dos 8 aos 18 dição da maturidade esquelética e
215 meninas, os autores correla- anos e que possuíam registros ra- somática.
cionaram os estágios de maturação diográficos anuais da região da mão Vastardis e Evans39, relataram
puberal da mão e punho, com os e punho, assim como radiografias que a radiografia cefalométrica la-
estágios de desenvolvimento dos cefalométricas laterais. Após com- teral é um elemento chave no diag-
caninos inferiores. Após análise paração das radiografias carpais, nóstico ortodôntico, contudo podem
dos resultados, concluíram que, o com os seis estágios de maturação apresentar importantes dados rela-
estágio F de calcificação dos cani- das vértebras cervicais, os autores cionados à coluna cervical, que
nos inferiores (raíz com sua metade concluíram que esse método foi geralmente são negligenciados pelo
ou 2/3 formada), indica o início do confiável para avaliar a maturação ortodontista e omitidos dos traçados
surto de crescimento puberal. Já a esquelética e que a avaliação das cefalométricos. Para os autores, é
calcificação dos caninos inferiores vértebras num cefalograma late- necessário que o ortodontista saiba
no estágio G (a raiz apresenta-se ral permite estimar o período de reconhecer a anatomia normal da
formada mas o ápice ainda aberto), crescimento em que o paciente se coluna cervical, podendo assim dis-
apresentou alta correlação com o encontra, possibilitando assim um tinguir anomalias que por ventura

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possam existir, mesmo não sendo o precocemente possível, objetivan- através da avaliação dentária em
profissional da Ortodontia, um es- do a melhoria da relação entre as radiografias panorâmicas ou peria-
pecialista em vértebras cervicais. bases ósseas, fato esse que só é picais estimar a época do surto de
García-Fernandez et al.11, re- possível enquanto o paciente está crescimento puberal.
lataram que, devido às variações em crescimento, ao contrário do A pesquisa de Santos e
individuais, psicológicas e anatômi- posicionamento dentário, que pode Almeida30, teve como objetivo verifi-
cas, a simples observação da idade, a qualquer época da vida, ser altera- car a confiabilidade da utilização das
não pode determinar a maturidade do. Segundo a autora, o crescimen- alterações das vértebras cervicais
do paciente. Relataram ainda que, to puberal ocorre entre 10 anos e 6 como um método de determinação
em tratamentos ortodônticos sem meses e 15 anos de idade, sendo do estágio de maturação esquelética,
extração, onde existe envolvimento que nas meninas esse crescimento comparando-o com os eventos de
do crescimento, ou ainda, terapias ocorre mais precocemente. Porém, a ossificação que ocorrem na região da
com outros aparelhos ortodônticos idade cronológica não coincide com mão e punho. Foram utilizadas as
e ortopédicos funcionais, tais como: a idade óssea ou esquelética, devido radiografias cefalométricas laterais e
Herbst, Bionator, Fränkel, Twin a diversos fatores como: genéticos radiografias carpais de 77 pacientes
Block, Tração extra bucal e Máscara e raciais, condições climáticas, de ambos os sexos, com faixa etária
facial, dependem fudamentalmente circunstâncias nutricionais e condi- variando dos 8 anos e 5 meses aos
da capacidade de crescimento do ções sócio-econômicas. Assim, para 16 anos e 5 meses. Após análise dos
paciente ou seja de sua capacidade o ortodontista, o mais importante é resultados, os autores concluíram
de responder adequadamente ao a determinação da idade óssea em que, os dois métodos, apresentaram
tratamento. O ortodontista, não ne- detrimento da idade cronológica. fácil aplicação e que as alterações
cessita saber com precisão, a exata Para isso, relatou as diversas fases morfológicas das vértebras cervicais
idade óssea ou o exato momento de uma curva de crescimento obti- observadas nas radiografias cefa-
que se inicia o crescimento puberal, das a partir da radiografia carpal. lométricas laterais, constituem um
mas sim, se o paciente está nessa Moraes et al.25, realizaram um método adicional útil na determina-
fase de crescimento e, aproxima- estudo utilizando radiografias pano- ção da idade esquelética, podendo
damente, por quanto tempo vai râmicas e carpais, com a finalidade circunstancialmente, substituir ou-
permanecer nela. Os autores propu- de correlacionar as fases da curva tros métodos de avaliação. Esse mé-
seram nesse trabalho, determinar se padrão do surto de crescimento pu- todo no entanto, não deve ser usado
a maturação das vértebras cervicais beral com as fases de mineralização isoladamente quando necessita-se
apresentava correlação com a ma- dentária. Foram também correla- de um diagnóstico mais preciso, mas
turação indicada pelas radiografias cionadas, as idades cronológica, sim, complementado com o maior
de mão e punho numa população dentária e óssea quando agrupadas número de informações possíveis do
de 113 jovens mexicanos de ambos de acordo com as fases do surto de paciente.
os sexos, com idade variando dos crescimento puberal. Os resultados Tetradis e Kantor36, ressalta-
9 aos 18 anos. Os resultados mos- confirmaram o desenvolvimento si- ram a importância da observação
traram, não existir diferenças esta- multâneo entre diferentes áreas do radiográfica da coluna cervical.
tisticamente significantes entre os organismo, como os dentes, mão Eles realizaram uma revisão em
dois métodos de avaliação da idade e punho além da estatura, tanto radiografias cefalométricas laterais
esquelética levando à conclusão de para o sexo masculino, como para e periapicais de 325 pacientes or-
que as vértebras cervicais poderiam o feminino. O surto de crescimento todônticos saudáveis, encontrando
ser igualmente utilizadas para de- puberal, teve no sexo masculino, 431 achados notáveis no crânio,
terminar o estágio de crescimento seu início aos 11 anos e 7 meses e espinha cervical e complexo ma-
do paciente. seu fim aos 14 anos e 6 meses. Já xilo-facial, sendo que, a maioria
Mercadante23, descreveu que, para o sexo feminino, teve seu iní- desses achados, consistiam-se
estudos têm mostrado que dois cio aos 9 anos e 5 meses e fim aos em anomalias não patológicas ou
terços dos casos tratados ortodon- 12 anos e 6 meses. No que se refere variações da normalidade. Desses
ticamente, incluem tipos de más à cronologia de mineralização den- achados, 127 encontravam-se na
oclusões onde o crescimento e o tária, os resultados mostraram que, espinha cervical como por exemplo,
desenvolvimento desempenham esta de maneira geral, acompanha anormalidades vertebrais e calcifi-
papel fundamental no êxito ou as fases do surto de crescimento cações ligamentosas. É importante
no fracasso da mecanoterapia. É puberal. Como para o ortodontista o salientar que, essas últimas, podem
uma tendência na ortodontia atu- mais importante é saber se a criança interferir na qualidade de vida do
al, iniciar os tratamentos o mais já cresceu ou vai crescer, ele pode paciente, levando a uma instabili-

24 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 8, n. 4, p. 19-36, jul./ago. 2003


dade da coluna cervical ou em caso parâmetro alternativo, confiável e dos pacientes, sendo que esses, não
de traumas, predispor a coluna a prático na avaliação esquelética, haviam feito uso de nenhum tipo de
severos danos. vindo a complementar a gama de aparelho ortodôntico ou ortopédico
Ursi38, relatou que, a curva de informações que se deve obter do funcional anteriormente.
crescimento geral na espécie hu- paciente em tratamento ortodôntico 2) As radiografias apresentavam
mana inicia-se com altas taxas de e, circunstancialmente, substituir qualidade, permitindo a boa visua-
crescimento na época do nascimen- outros métodos de avaliação. lização das estruturas anatômicas
to, uma fase longa de crescimento principalmente as vértebras cer-
decrescente durante a infância, se- PROPOSIÇÃO vicais. Esse consistiu-se um fator
guida de possivelmente, uma leve Verificar se existe correlação entre fundamental para seleção das ra-
aceleração por volta dos 6 a 7 anos a maturação das vértebras cervicais diografias, uma vez que muitas de-
de idade e de um significante pico através do seu índice de maturação las não mostravam adequadamente
durante a adolescência. Esse pico, (IMVC), proposto por Lamparski20, a região da coluna cervical.
conhecido como surto de crescimen- e modificado por Hassel e Farman16 3) Os pacientes selecionados
to pubescente, caracteriza-se por com a idade cronológica. eram todos leucodermas brasileiros,
um aumento substancial na taxa Determinar a variação e a fre- com idade cronológica, variando de
de crescimento dos tecidos esque- qüência dos 6 índices (IMVC), além 6 a 16 anos, tanto para o sexo mas-
léticos, como o aumento estatural. de observar o seu comportamento culino, como para o sexo feminino.
Segundo ele, a curva de velocidade de acordo com os sexos masculino 4) Cada grupo, com intervalos
de crescimento de um indivíduo e feminino. de 1 ano entre eles, constou de 20
é um instrumento adequado para Determinar a confiabialidade pacientes, tanto para o sexo mas-
avaliar o crescimento facial. na determinação do Índice de culino como para o feminino, com
Armond2, estimou o crescimen- Maturação das Vértebras Cervicais exceção para os grupos de 14 a 15
to e desenvolvimento esqueletal através da Idade Cronológica. anos e 15 a 16 anos, onde foram
observando radiograficamente as observadas 15 radiografias para
alterações morfológicas da primei- MATERIAL E MÉTODOS cada um. Assim, o total da amos-
ra, segunda e terceira vértebras Foram observadas inicialmente tra, constou de 190 radiografias de
cervicais, de acordo com o método para este trabalho, 750 radiografias pacientes do sexo masculino e 190
proposto por Hassel e Farman16 cefalométricas laterais do arquivo radiografias de pacientes do sexo
em pacientes que se encontravam ortodôntico do Centro de Ortodontia feminino.
no surto de crescimento puberal. A S/C Ltda em Varginha - MG. Após 5) Após observação das radio-
inspeção radiográfica das vértebras análise detalhada dessas radiogra- grafias, foram anotados os índices
cervicais foi realizada por meio de fias, decidiu-se utilizar 380 radio- de maturação das vértebras cervi-
telerradiografias laterais e o surto de grafias desse total, seguindo os cais C2, C3 e C4, conforme propos-
crescimento puberal foi identificado critérios abaixo : to por Lamparski20 e modificado
através dos eventos de ossificação 1) As radiografias tomadas, por Hassel e Farman16, segundo a
da mão e punho. Para tanto, foram correspondiam à radiografia inicial figura 1.
selecionadas as telerradiografias la-
terais e radiografias carpais de 110
brasileiros leucodermas de ambos 1 - Iniciação 2 - Aceleração 3 - Transição
os sexos, com idade cronológica
variando dos 8 aos 14,6 anos para
as meninas e dos 9,5 aos 15,4 anos C3 C3
C3
para os meninos. Os resultados
revelaram que houve correlação
estatisticamente significante entre
os indicadores de maturação das
vértebras cervicais (IMVC) e aque-
les pacientes que se encontravam C3
C3 C3
no surto de crescimento puberal.
Concluiu-se que a avaliação radio-
gráfica das alterações morfológicas
das vértebras cervicais, nas teler- 4 - Desaceleração 5 - Maturação 6 - Finalização
radiografias laterais, constitui um FIGURA 1 - Indicadores de maturação das vértebras cervicais (IMVC)

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As características das seis fases distintas em suas bordas inferio- do que em largura (sentido hori-
de maturação das vértebras cervi- res e C4 apresenta-se com início zontal) (Fig. 7).
cais descritas Hassel e Farman16, da concavidade no bordo inferior. Para comparar os grupos de
foram relacionadas abaixo, utili- Os corpos vertebrais de C3 e C4, indivíduos em relação às medidas
zando algumas radiografias que apresentam-se com formato re- do índice IMVC utilizou-se o teste
compõem esta pesquisa. tangular (Fig. 4). de Kruskal-Wallis, que é um teste
Fase 1 - Iniciação : Nesse Fase 4 - Desaceleração: Ocorre similar ao da análise de variância,
estágio, o crescimento e desen- o início de uma dramática desa- porém, não paramétrico e para
volvimento puberal do paciente, celeração do crescimento puberal amostras independentes5,18,31. Este
está no seu início, existindo uma nesse estágio e a expectativa de teste compara as médias dos es-
expectativa de crescimento de crescimento é de 10% a 25%. Os cores (postos) dos grupos com o
80% a 100%. As bordas inferiores bordos inferiores de C2, C3 e C4, objetivo de verificar a existência de
de C2, C3 e C4 estão achatadas apresentam-se com concavidades alguma diferença significativa en-
ou planas. As bordas superiores distintas. Os corpos vertebrais de tre os grupos estudados (grupos de
dessas vértebras, encontram-se C3 e C4, aproximam-se do forma- faixa etária e sexo), isto é, avalia
afuniladas de posterior para ante- to quadrado (Fig. 5). se a distribuição das medidas entre
rior. (Fig. 2) Fase 5 - Maturação: O final da os grupos apresentam comporta-
Fase 2 - Aceleração: O cresci- maturação vertebral ocorre nessa mentos diferentes. A não utilização
mento e desenvolvimento puberal fase e a expectativa de cresci- da análise de variância foi devido
do paciente, já se iniciou, exis- mento é de apenas 5% a 10%. Os ao fato dos índices IMVC serem
tindo uma expectativa de cresci- bordos inferiores de C2, C3 e C4, medidas de classificação, portanto,
mento de 65% a 85%. As bordas encontram-se com concavidades não são medidas escalares e sim
inferiores de C2 e C3, começam mais acentuadas. O formato dos uma ordenação das categorias feita
a apresentar concavidades, po- corpos vertebrais de C3 e C4 apre- por observação relacionadas ao
rém a borda inferior de C4 ainda sentam-se com o formato quadra- Índice IMVC.
apresenta-se plana ou achatada. do (Fig. 6). Todos os resultados foram
Os corpos vertebrais de C3 e C4, Fase 6 - Finalização: O cres- considerados significativos a
apresentam-se com formato apro- cimento é considerado completo um nível de significância de 5%
ximadamente retangular (Fig. 3). nessa fase e a expectativa de cres- (p<0,05), tendo portanto, 95%
Fase 3 - Transição: O cresci- cimento puberal é nula ou mínima. de confiança de que os resultados
mento puberal está diminuindo Os bordos inferiores de C2, C3 e estejam corretos.
sua aceleração, mas ainda apre- C4, apresentam-se com concavida-
senta de 25% a 65% de expec- des bem definidas. Os corpos ver- RESULTADOS
tativa de crescimento. C2 e C3 tebrais de C3 e C4, apresentam-se As tabelas de 1 a 4, demons-
apresentam-se com concavidades maior em altura (sentido vertical), tram a relação entre a idade cro-

C3 C3 C3

FIGURA 2 - Imagem radiográfica e es- FIGURA 3 - Imagem radiográfica e es- FIGURA 4 - Imagem radiográfica e es-
quemática da fase de Iniciação. quemática da fase de Aceleração. quemática da fase de Transição.

C3
C3
C3

FIGURA 5 - Imagem radiográfica e es- FIGURA 6 - Imagem radiográfica e es- FIGURA 7 - Imagem radiográfica e es-
quemática da fase de Desaceleração. quemática da fase de Maturação quemática da fase de Finalização.

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nológica e o índice de maturação ilustradas no gráfico 5. no crescimento e desenvolvimento
das vértebras cervicais. Já as tabelas 7 a 11 mostram crânio faciais, tem sido descrita
As tabelas 5 e 6, mostram a as análises comparativas e descri- na literatura por diversos autores.
correlação existente entre as faixas tivas entre os sexos masculino e Existe um consenso entre eles, de
etárias agrupadas a cada 2 anos feminino nas faixas etárias de 6 a que a fase do surto de crescimento
nos sexos masculino e feminino 8 anos, de 8 a 10 anos, de 10 a puberal, quando ocorrem grandes
respectivamente. As faixas etárias 12 anos, de 12 a 14 anos e de 14 transformações corporais, em espe-
analisadas nessas tabelas, são de 6 a 16 anos. cial na cabeça e pescoço, é a melhor
a 8 anos, de 8 a 10 anos, de 10 a época para realizar um tratamento
12 anos, de 12 a 14 anos e de 14 a DISCUSSÃO ortodôntico e ou ortopédico funcio-
16 anos. As variações das médias A necessidade de se estimar a nal no adolescente, que necessite de
no sexo masculino e feminino, são época em que ocorrem as alterações procedimentos onde o crescimento

TABELA 1
Descrição das faixas etárias avaliadas com relação ao índice (IMVC) dos indivíduos do sexo masculino

Medidas descritivas
Faixa etária N Mínimo Máximo Mediana Média d.p.
6 a 7 anos 20 1,0 3,0 2,0 1,8 0,6
7 a 8 anos 20 1,0 2,0 2,0 1,8 0,4
8 a 9 anos 20 2,0 3,0 2,0 2,4 0,5
9 a 10 anos 20 2,0 3,0 3,0 2,6 0,5
10 a 11 anos 20 2,0 4,0 3,0 2,8 0,6
11 a 12 anos 20 2,0 4,0 3,0 3,1 0,4
12 a 13 anos 20 3,0 5,0 3,0 3,3 0,6
13 a 14 anos 20 2,0 5,0 4,0 3,6 0,7
14 a 15 anos 15 3,0 6,0 5,0 4,5 0,9
15 a 16 anos 15 3,0 6,0 5,0 4,6 0,7
Notas : N = número de indivíduos, d.p. = desvio padrão.

GRÁFICO 1
Médias do Índice de Maturação das Vértebras Cervicais (IMVC) nos indivíduos do sexo masculino.

I
M 3
V
C

0
6a7 7a8 8a9 9 a 10 10 a 11 11 a 12 12 a 13 13 a 14 14 a 15 15 a 16
Idade Cronológica

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TABELA 2
Percentual de indivíduos ocorridas em cada índice IMVC segundo a faixa etária e sexo masculino
Índice IMVC
Faixa etária N 1 2 3 4 5 6
6 a 7 anos 20 30,0 65,0 5,0 0,0 0,0 0,0
7 a 8 anos 20 20,0 80,0 0,0 0,0 0,0 0,0
8 a 9 anos 20 0,0 60,0 40,0 0,0 0,0 0,0
9 a 10 anos 20 0,0 45,0 55,0 0,0 0,0 0,0
10 a 11 anos 20 0,0 30,0 65,0 5,0 0,0 0,0
11 a 12 anos 20 0,0 5,0 85,0 10,0 0,0 0,0
12 a 13 anos 20 0,0 0,0 80,0 15,0 5,0 0,0
13 a 14 anos 20 0,0 5,0 35,0 55,0 5,0 0,0
14 a 15 anos 15 0,0 0,0 20,0 20,0 53,3 6,7
15 a 16 anos 15 0,0 0,0 6,7 33,3 53,3 6,7
Nota: As porcentagens apresentadas na tabela somam 100% em relação ao total da linha.

GRÁFICO 2
Percentual do Índice de Maturação das Vértebras Cervicais (IMVC) nos indivíduos do sexo masculino.

90

80

70

IMVC 1
60
IMVC 2
50 IMVC 3

IMVC 4
% 40
IMVC 5
30
IMVC 6

20

10

0
6a7 7a8 8a9 9 a 10 10 a11 11 a12 12 a13 13 a14 14 a15 15 a16

Idade Cronológica

TABELA 3
Descrição das faixas etárias avaliadas com relação ao índice (IMVC) dos indivíduos do sexo feminino.
Medidas descritivas
Faixa etária N Mínimo Máximo Mediana Média d.p.
6 a 7 anos 20 1,0 2,0 2,0 1,6 0,5
7 a 8 anos 20 1,0 3,0 2,0 1,9 0,8
8 a 9 anos 20 1,0 3,0 2,0 2,2 0,8
9 a 10 anos 20 1,0 4,0 2,5 2,4 0,8
10 a 11 anos 20 2,0 4,0 3,0 2,8 0,6
11 a 12 anos 20 2,0 5,0 3,0 3,5 0,8
12 a 13 anos 20 3,0 5,0 4,0 4,0 0,7
13 a 14 anos 20 3,0 6,0 5,0 4,6 0,8
14 a 15 anos 15 3,0 6,0 5,0 4,9 0,6
15 a 16 anos 15 5,0 6,0 5,0 5,3 0,5
Notas: N = número de indivíduos, d.p. = desvio padrão.

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GRÁFICO 3
Médias do Índice de Maturação das Vértebras Cervicais (IMVC) nos indivíduos do sexo feminino.

I
M
3
V
C

0
6a7 7a8 8a9 9 a 10 10 a 11 11 a 12 12 a 13 13 a 14 14 a 15 15 a 16
Idade cronológica

TABELA 4
Percentual de indivíduos em cada índice IMVC segundo a faixa etária e sexo feminino.
Índice IMVC
Faixa etária N 1 2 3 4 5 6
6 a 7 anos 20 45,0 55,0 0,0 0,0 0,0 0,0
7 a 8 anos 20 35,0 40,0 25,0 0,0 0,0 0,0
8 a 9 anos 20 20,0 40,0 40,0 0,0 0,0 0,0
9 a 10 anos 20 15,0 35,0 45,0 5,0 0,0 0,0
10 a 11 anos 20 0,0 30,0 60,0 10,0 0,0 0,0
11 a 12 anos 20 0,0 5,0 55,0 25,0 15,0 0,0
12 a 13 anos 20 0,0 0,0 25,0 50,0 25,0 0,0
13 a 14 anos 20 0,0 0,0 10,0 30,0 55,0 5,0
14 a 15 anos 15 0,0 0,0 6,7 0,0 86,7 6,7
15 a 16 anos 15 0,0 0,0 0,0 0,0 66,7 33,3
Nota: As porcentagens apresentadas na tabela somam 100% em relação ao total da linha.

GRÁFICO 4
Percentual do índice de Maturação das Vértebras Cervicais (IMVC) para os indivíduos do sexo feminino

100

90

80

70 IMCV 1

60 IMCV 2
IMCV 3
50
IMCV 4
%
40 IMCV 5

30 IMCV 6

20

10

0
6a7 7a8 8a9 9 a 10 10 a 11 11 a 12 12 a 13 13 a 14 14 a 15 15 a 16
Idade cronológica

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TABELA 5
Análises comparativa e descritiva das faixas etárias avaliadas com relação ao índice (IMVC) dos indivíduos do sexo masculino.

Medidas descritivas
Faixa etária N Mínimo Máximo Mediana Média d.p. P
6 a 8 anos 40 1,0 3,0 2,0 1,8 0,5 < 0,001
8 a 10 anos 40 2,0 3,0 2,0 2,5 0,5
10 a 12 anos 40 2,0 4,0 3,0 2,9 0,5
12 a 14 anos 40 2,0 5,0 3,0 3,4 0,6 A< B < C < D
<E
14 a 16 anos 30 3,0 6,0 5,0 4,5 0,8
Nota: O valor de p na tabela refere-se ao teste de Kruskal-Wallis, A). 6 a 8 anos, B). 8 a 10 anos, C). 10 a 12 anos, D). 12 a 14
anos, E). 14 a 16 anos.

GRÁFICO 5
Médias do Índice de Maturação das Vértebras Cervicais (IMVC) nos sexos masculino e feminino para as faixas etárias descritas.
6

Masculino
3
Feminino

6a8 8 a 10 10 a 12 12 a 14 14 a 16

TABELA 6
Análises comparativa e descritiva das faixas etárias avaliadas com relação ao índice (IMVC) dos indivíduos do sexo feminino
Medidas descritivas
Faixa etária N Mínimo Máximo Mediana Média d.p. P
6 a 8 anos 40 1,0 3,0 2,0 1,7 0,7 < 0,001
8 a 10 anos 40 1,0 4,0 2,0 2,3 0,8
10 a 12 anos 40 2,0 5,0 3,0 3,2 0,8
12 a 14 anos 40 3,0 6,0 4,0 4,3 0,8 A< B < C < D < E
14 a 16 anos 30 3,0 6,0 5,0 5,1 0,6
Nota: O valor de p na tabela refere-se ao teste de Kruskal-Wallis. A). 6 a 8 anos, B). 8 a 10 anos, C). 10 a 12 anos, D). 12 a 14
anos, E). 14 a 16 anos.

TABELA 7
Análises comparativa e descritiva entre os sexos com relação ao índice (IMVC) dos indivíduos com idade de 6 a 8 anos
Medidas descritivas
Sexo N Mínimo Máximo Mediana Média d.p. P
Masculino 40 1,0 3,0 2,0 1,8 0,5 0,526
Feminino 40 1,0 3,0 2,0 1,7 0,7 M=F
Notas: O valor de p na tabela refere-se ao teste de Kruskal-Wallis M = Masculino F = Feminino.

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TABELA 8
Análises comparativa e descritiva entre os sexos com relação ao índice (IMVC) dos indivíduos com idade de 8 a 10 anos

Medidas descritivas
Sexo N Mínimo Máximo Mediana Média d.p. P
Masculino 40 2,0 3,0 2,0 2,5 0,5 0,371
Feminino 40 1,0 4,0 2,0 2,3 0,8 M=F
Notas: O valor de p na tabela refere-se ao teste de Kruskal-Wallis. M = Masculino F = Feminino.

TABELA 9
Análises comparativa e descritiva entre os sexos com relação ao índice (IMVC) dos indivíduos com idade de 10 a 12 anos

Medidas descritivas
Sexo N Mínimo Máximo Mediana Média d.p. P
Masculino 40 2,0 4,0 3,0 2,9 0,5 0,168
Feminino 40 2,0 5,0 3,0 3,2 0,8 M=F
Notas: O valor de p na tabela refere-se ao teste de Kruskal-Wallis. M = Masculino F = Feminino.

TABELA 10
Análises comparativa e descritiva entre os sexos com relação ao índice (IMVC) dos indivíduos com idade de 12 a 14 anos
Medidas descritivas
Sexo N Mínimo Máximo Mediana Média d.p. p
Masculino 40 2,0 5,0 3,0 3,4 0,6 < 0,001
Feminino 40 3,0 6,0 4,0 4,3 0,8 M<F
Notas: O valor de p na tabela refere-se ao teste de Kruskal-Wallis. M = Masculino F = Feminino.

TABELA 11
Análises comparativa e descritiva entre os sexos com relação ao índice (IMVC) dos indivíduos com idade de 14 a 16 anos.
Medidas descritivas
Sexo N Mínimo Máximo Mediana Média d.p. p
Masculino 30 3,0 6,0 5,0 4,5 0,8 0,001
Feminino 30 3,0 6,0 5,0 5,1 0,6 M<F

e desenvolvimento são fundamen- C4. Essas estruturas podem ser esse problema.
tais na obtenção de melhores resul- visualizadas em radiografias cefa- Após as considerações acima,
tados2,3,4,6,11,12,15,19,23,29,38. lométricas laterais obtidas de forma discutiremos os resultados obtidos
Dentre os diferentes métodos padronizada1, que são de rotina na estatisticamente.
utilizados para se determinar a ida- prática ortodôntica. A tabela 1 ilustra as varia-
de óssea e as fases do crescimento É importante ressaltar que nos ções do Índice de Maturação das
puberal, a radiografia da mão e aparelhos de raios X cefalométricos Vértebras Cervicais (IMVC) no
punho tem sido a mais utilizada de que utilizam o chassi porta filmes sexo masculino, nas 10 faixas
uma maneira geral, devido à faci- na posição vertical, a coluna cer- etárias inicialmente observadas
lidade da técnica e principalmente vical apresenta uma visualização nessa pesquisa. Essas faixas etá-
pela possibilidade de avaliação de mais limitada, principalmente em rias variaram anualmente dos 6
uma grande quantidade de centros sua região posterior, ao contrário anos aos 16 anos. O Índice de
de ossificação numa única tomada daqueles que utilizam o chassi porta Maturação das Vértebras Cervicais
radiográfica7,9,10,13,14,23,33,34,35. filmes na posição horizontal, a qual (IMVC), variou de 1 a 6 conforme
Esse trabalho, em concordância permite uma melhor visualização Lamparski20 e Hassel e Farman16,
com uma tendência dos últimos das vértebras cervicais. Dessa for- sendo que as médias dessas medi-
tempos, no sentido de melhorar a ma os profissionais da radiologia, das foram representadas no gráfico
qualidade de vida do paciente re- devem estar atentos ao correto 1. As faixas etárias de 6 a 7 anos
duzindo a exposição às radiações posicionamento do paciente, prin- e de 7 a 8 anos apresentaram a
ionizantes2,21,30,32,37, baseia-se na cipalmente quando da utilização mesma média para o sexo mascu-
observação do desenvolvimento de chassi porta filmes na posição lino, sendo que na primeira faixa
das vértebras cervicais C2, C3 e vertical com o intuito de minimizar etária, o IMVC variou de 1 a 3 e
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na segunda, o IMVC variou de 1 a um maior número de indivíduos no escore (IMVC), quando aumenta
2. A média apresentada nas duas IMVC 5, em relação à faixa etária a idade das crianças examinadas.
faixas etárias, foi de 1,8 e a media- anterior, enquanto que a presença Assim temos uma prevalência mais
na 2, o que nos leva a pensar em de indivíduos com IMVC 2, pode do escore 2 com 60% para a faixa
um estágio de maturação vertebral ser considerada como uma va- etária de 8 a 9 anos e apenas 40%
semelhante nessas duas faixas riação individual de crescimento. do escore 3. A faixa etária de 9 a 10
etárias. A presença de indivíduos Na faixa etária de 14 a 15 anos, anos, apresentou uma inversão em
apresentando o IMVC 3, na primei- ocorreu novamente uma grande relação à faixa etária anterior (8 a 9
ra faixa etária, pode ser considera- variação do IMVC, que foi de 3 a anos), com a prevalência do escore
do como uma variação individual 6, a mediana foi de 5 e a média de 3 com 55%, enquanto o escore 2
no crescimento. A partir da terceira 4,5. Pela primeira vez ocorreram apresentou 45%. Na faixa etária
faixa etária analisada, ou seja, de 8 indivíduos com IMVC 6, indicando de 10 a 11 anos, a prevalência
a 9 anos, observamos uma altera- o final do desenvolvimento das continuou sendo do escore 3 com
ção crescente das médias do IMVC vértebras cervicais e o conseqüente 65%, o escore 2 apresentou uma
acompanhando o aumento da faixa final do surto de crescimento pube- redução para 30% e pela primeira
etária, ou seja, à medida que a ida- ral nesses indivíduos. Finalmente vez observamos o escore 4, porém,
de aumenta, o Índice de Maturação a faixa etária de 15 a 16 anos, com apenas 5%. Na faixa etária de
das Vértebras Cervicais também também apresentou variação de 3 11 a 12 anos, a prevalência ainda é
aumenta de forma linear. A faixa a 6, mediana de 5, mas com a mé- do escore 3, mas com um aumento
etária de 8 a 9 anos, apresentou dia de 4,6, indicando um pequeno percentual para 85%, sendo este, o
variação do IMVC de 2 a 3 e me- aumento do número de indivíduos maior percentual do escore 3 para
diana 2, que é a mesma das duas com o Índice de Maturação das os indivíduos do sexo masculino.
faixas etárias anteriores, porém a Vértebras Cervicais maior nessa Observamos ainda uma redução
média foi de 2,4, indicando existir faixa etária em relação à anterior. do escore 2 para apenas 5% e um
uma quase equivalência no que diz É importante enfatizar que, na aumento do escore 4 para 10%. Na
respeito ao IMVC 2 e 3 nessa faixa literatura não existem classificações faixa etária de 12 a 13 anos, obser-
etária. A faixa etária de 9 a 10 para se comparar com os números vamos que a crescente prevalência
anos, também apresentou variação encontrados nas médias apresen- do escore 3 observada nas duas úl-
do IMVC de 2 a 3, entretanto, com tadas, devemos pois interpretar timas faixas etárias descritas (10 a
mediana 3 e média de 2,6, o que esses números apenas como uma 11 anos e 11 a 12 anos), começou
demonstra o aumento do número tendência. a diminuir passando de 85% para
de indivíduos com o IMVC 3 em A tabela 2 e gráfico 2, demons- 80%, enquanto existiu um aumento
relação à faixa etária anterior. Na tram a variação percentual do da ocorrência do escore 4 com 15%
faixa etária de 10 a 11 anos, pela IMVC nas diversas faixas etárias e o aparecimento pela primeira vez
primeira vez apareceram indivídu- para o sexo masculino. Apenas do escore 5 com 5%. Na faixa etária
os com o IMVC 4, sendo que a va- por uma razão didática, denomi- de 13 a 14 anos, observamos que
riação foi de 2 a 4 com mediana de naremos de escore, a variação do o maior percentual é do escore 4
3 e média de 2,8. Na faixa etária de Índice de Maturação das Vértebras com 55%, sendo então, a maior
11 a 12 anos, a variação do IMVC Cervicais (IMVC) nesse gráfico e prevalência desse escore para o
foi também de 2 a 4, e mediana de tabela. A faixa etária de 6 a 7 anos, sexo masculino. Observamos ainda
3, como na faixa etária anterior, apresentou 30% escore (IMVC) 1, a contínua diminuição do escore
porém a média subiu para 3,1, de- 65% escore 2 e apenas 5% escore 3 que passou de 80% para 35%,
monstrando a tendência observada 3, enquanto a faixa etária de 7 a sendo que o escore 5 manteve-se
até agora de aumento do número 8 anos, apresentou 20% escore 1 inalterado com 5%. Na faixa etária
de indivíduos com um maior IMVC. e 80% escore 2. Assim, apesar de de 14 a 15 anos, continuamos ob-
Na faixa etária de 12 a 13 anos, apresentarem médias iguais como servando uma diminuição do escore
começamos a observar indivíduos observamos na tabela 1, a segunda 3 para 20% e também do escore 4
com IMVC 5, sendo que a variação faixa etária (7 a 8 anos), apresen- para 20%, enquanto ocorreu um
do IMVC foi de 3 a 5, a mediana 3 tou um maior número de pacientes aumento do escore 5 para 53,3%
e a média 3,3. A faixa etária de 13 com escore 2, ou seja, num índice além do aparecimento pela primeira
a 14 anos, apresentou uma grande de maturação das vértebras cervi- vez do escore 6 com 6,7%. Já na úl-
variação do IMVC, que foi de 2 a cais mais avançado. Observando tima faixa etária, de 15 a 16 anos,
5, a mediana foi de 4 e a média de as faixas etárias seguintes, nota-se a prevalência do escore 5 permane-
3,6. O aumento da média, sugere o crescente aumento percentual do ceu inalterada com 53,3%, enquan-

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to isso, ocorreu uma diminuição do ósseos. A faixa etária de 10 a 11 tram a variação percentual do IMVC
escore 3 para 6,7% e um aumento anos, apresentou variação do IMVC nas diversas faixas etárias para o
do escore 4 para 33,3%. O escore 6 de 2 a 4, a mediana de 3 e a média sexo feminino. Novamente, utiliza-
manteve-se inalterado com 6,7%. de 2,8 demonstrando uma maior remos a denominação escore para
Já a tabela 3 e gráfico 3, ilustram homogeneidade dos indivíduos no a variação do Índice de Maturação
as variações do Índice de Maturação que se refere à maturação vertebral das Vértebras Cervicais (IMVC),
das Vértebras Cervicais (IMVC) no em relação à faixa etária anterior (9 na discussão desse gráfico e tabe-
sexo feminino, nas 10 faixas etá- a 10 anos). A faixa etária de 11 a la. A faixa etária de 6 a 7 anos,
rias estudadas. Observamos assim 12 anos novamente apresentou apresentou 45% dos indivíduos
como ocorrido no sexo masculino, indivíduos com o IMVC bastante com escore 1 (IMVC 1) e 55% dos
uma variação crescente direta das distintos. A variação foi de 2 a 5, indivíduos com escore 2 (IMVC 2),
médias encontradas para o IMVC a mediana foi de 3 e a média foi de demonstrando existir apenas uma
em relação à idade cronológica. A 3,5, ou seja observamos indivíduos pequena diferença do número de in-
faixa etária de 6 a 7 anos, apresen- com 65% a 85% de expectativa divíduos entre esses dois Índices de
tou variação de 1 a 2, a mediana de crescimento puberal (IMVC 2), Maturação das Vértebras Cervicais.
foi de 2, porém a média foi de 1,6, até indivíduos com 5% a 10% de Observamos também que, apesar
ligeiramente menor do que aquela expectativa de crescimento puberal das faixas etárias de 7 a 8 anos
encontrada no sexo masculino além (IMVC 5)16,20. Na faixa etária de 12 e de 8 a 9 anos apresentarem o
de não terem sido observados indi- a 13 anos, a variação do IMVC, mesmo IMVC mínimo e máximo,
víduos com IMVC 3. Na faixa etária voltou a ser mais homogênea, va- 1 e 3 respectivamente, percentual-
de 7 a 8 anos, a variação do IMVC riando de 3 a 5, a mediana foi de 4 mente, existe um maior número
foi de 1 a 3, a mediana foi de 2 e a e a média foi de 4. A faixa etária de de pacientes com IMVC 3 na faixa
média foi de 1,9. Quando compara- 13 a 14 anos, apresentou mais uma etária de 8 a 9 anos, o que confere
mos com a mesma faixa etária no vez grande variação do IMVC, que a essa faixa etária uma maior média
sexo masculino, observamos a pre- foi de 3 a 6, a mediana foi de 5 e a do que a faixa etária de 7 a 8 anos,
sença de indivíduos com IMVC 3 ao média foi de 4,6. Nessa faixa etá- como vimos na tabela e gráfico 3.
contrário da primeira faixa etária (6 ria, pela primeira vez observamos Os demais percentuais, mostram
a 7 anos), onde observamos apenas indivíduos com IMVC 6, ou seja também uma relação direta do au-
indivíduos com IMVC 1 e 2. A faixa apresentavam o final do surto de mento do IMVC, com o aumento da
etária de 8 a 9 anos, assim como na crescimento puberal, mas também idade cronológica. A faixa etária de
faixa etária anterior (7 a 8 anos), indivíduos com IMVC 3 que apre- 9 a 10 anos, apresentou pela pri-
apresentou variação do IMVC de 1 a sentam expectativa de crescimento meira vez indivíduos com escore 4
3, a mediana foi de 2, porém a mé- puberal de 25% a 65%16,20. A faixa apesar de representarem apenas 5%
dia subiu para 2,2, demonstrando o etária de 14 a 15 anos, a variação da amostra para essa faixa etária.
aumento do número de indivíduos do IMVC, permaneceu de 3 a 6, a Observamos ainda indivíduos com
com a maturação vertebral mais mediana foi de 5 e a média foi de escore 1 (15%), escore 2 (35%) e
avançada. Na faixa etária de 9 a 10 4,9. Finalmente, na faixa etária escore 3 (45%), demonstrando as-
anos, encontramos curiosamente, de 15 a 16 anos, a variação do sim que, nessa faixa etária, existiu
indivíduos com o IMVC bastante IMVC foi de 5 a 6, a mediana foi uma grande variação do IMVC
distintos, a variação foi de 1 a 4, a de 5 e a média foi de 5,3. Essa (1 a 4), porém a grande maioria dos
mediana foi 2,5 e a média 2,4. Essa variação mais homogênea, nos indivíduos (80%) encontravam-se
variação, que apresentou indivíduos leva a concluir, que os indivíduos nos escore 2 e 3, e apenas 20% nos
com IMVC 1 que possuem de 85% a apresentavam-se no final do cres- escore 1 e 4. Na faixa etária de 10
100% de estimativa de crescimen- cimento puberal com 5% a 10% de a 11 anos, a predominância foi do
to puberal e indivíduos com IMVC expectativa de crescimento ou com escore 3 com 60% dos indivíduos,
4, que possuem apenas de 10% a o crescimento puberal completo16,20. ocorrendo uma diminuição do esco-
25% de estimativa de crescimento Ocorreu portanto grande variação re 2 de 35% para 30% em relação à
puberal segundo Lamparski20 e da expectativa de crescimento faixa etária anterior (9 a 10 anos)
Hassel e Farman16, possivelmente puberal a partir da faixa etária de e também um aumento do escore 4
está relacionada às variações indi- 9 a 10 anos até 14 a 15 anos nas para 10%, portanto a maioria dos
viduais no que se refere ao início meninas, possivelmente pelo fato indivíduos (90%), continuaram nos
da fase de crescimento puberal nas de ser o período do início do surto escores 2 e 3. Na faixa etária de 11
meninas, onde ocorre um acentua- de crescimento puberal. a 12 anos, a predominância conti-
do crescimento e desenvolvimento A tabela 4 e gráfico 4, demons- nuou sendo do escore 3 com 55%,

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o escore 2 diminuiu de 30% para a cada dois anos, resultando em aproximadamente de 17% a 18%,
apenas 5%, enquanto o escore 4 5 faixas etárias ou 5 grupos. Os enquanto as meninas, apresenta-
aumentou de 10% para 25%, sendo resultados mostraram que existem ram IMVC de 5,1 em média e uma
que pela primeira vez observamos diferenças significativas (p < 0,05) estimativa de crescimento aproxi-
o escore 5 com 15% da amostra entre os 5 grupos de indivíduos do mado de 5% a 10%. Mais uma vez,
para essa faixa etária. Na faixa sexo masculino e do sexo femi- é importante ressaltar que, nas clas-
etária de 12 a 13 observamos uma nino, respectivamente, no que se sificações existentes na literatura,
maior harmonia da expectativa de refere às faixas etárias avaliadas, não existem correspondentes aos
crescimento puberal, em relação à onde, os indivíduos de 6 a 8 anos números encontrados nas médias
faixa etária anterior (11 a 12 anos), apresentaram o menor índice IMVC observados do IMVC, devemos en-
apresentando a predominância do seguido pelos indivíduos de 8 a 10 tão interpretar esses números como
escore 4 com 50%, a diminuição do anos, de 10 a 12 anos, de 12 a 14 uma tendência para se estimar o
escore 3 para 25% enquanto o es- anos e aqueles com idade entre 14 surto de crescimento puberal.
core 5 aumentou para 25%. A faixa e 16 anos cujo índice foi signifi- As tabelas 7, 8 e 9, mostraram
etária de 13 a 14 anos, apresentou cativamente superior aos demais. não existir diferença estatística-
pela primeira vez o escore 6 com Observou-se também, que nos mente significante quando com-
5%, a predominância foi do escore grupos de faixas etárias de 6 a 8 paramos os dois sexos no que se
5 com 55%, enquanto os escores anos e 8 a 10 anos, as médias do refere as médias do IMVC nas fai-
3 e 4 sofreram uma redução para IMVC obtidas do sexo feminino, são xas etárias de 6 a 8 anos, de 8 a 10
10% e 30% respectivamente, as- ligeiramente menores do que aque- anos e de 10 a 12 anos, o que nos
sim, apesar da grande variação do las do sexo masculino, ao contrário leva a concluir que a maturação das
IMVC (escore) ocorrida nessa faixa das demais faixas etárias onde as vértebras cervicais nessas faixas
etária, a maior parte dos indivídu- médias obtidas do sexo feminino, etárias é equivalente para meninos
os encontravam-se nos escores 4 são sempre maiores do que no e meninas. Observamos ainda, uma
e 5 com 85% da amostra quando sexo masculino. Podemos concluir tendência de maior desenvolvi-
somados para essa faixa etária. então que, na faixa etária de 6 a mento das meninas em relação aos
Na faixa etária de 14 a 15 anos, 8 anos, tanto meninos e meninas meninos a partir da faixa etária dos
observamos que a predominância apresentaram IMVC próximo de 2, 10 a 12 anos.
continuou sendo do escore 5 com apresentando uma expectativa de As tabelas 10 e 11, mostraram o
86,7%, o escore 6 aumentou ligei- crescimento de 65% a 85% 16,20. substancial aumento das médias do
ramente para 6,7%, não ocorrendo Na faixa etária de 8 a 10 anos, IMVC observadas nas meninas em
indivíduos com escore 4, enquanto meninos e meninas apresentaram relação aos meninos. Existe uma di-
6,7% dos indivíduos apresentaram IMVC entre 2 e 3, nos levando a ferença estatisticamente significante
escore 3, sendo que esse dado, estimar uma expectativa de cresci- entre os dois sexos no que se refere
pode ser interpretado como uma mento em torno de 70%. às médias encontradas nas faixas
variação fisiológica de crescimento. Na faixa etária de 10 a 12 anos, etárias de 12 a 14 anos e de 14 a
Já na última faixa etária estudada, meninos e meninas apresentaram 16 anos, sendo que os indivíduos
observamos que a grande maioria IMVC próximo de 3, apresentando do sexo feminino apresentaram o
dos indivíduos permaneceram nos uma expectativa de crescimento de Índice de Maturação das Vértebras
escores 5 e 6, porém com um maior 25% a 65%16,20. Cervicais significativamente superior
percentual no escore 6 (33,3%) e Na faixa etária de 12 a 14 anos, aos indivíduos do sexo masculino.
a predominância do escore 5 com meninos e meninas apresentaram Os dados dessas tabelas concordam
66,7%. Observando os dados aci- IMVC distintos. O IMVC dos me- com a literatura de que há possivel-
ma, concluímos que a grande maio- ninos, foi de 3,4 em média, nos mente um desenvolvimento precoce
ria dos indivíduos nas duas últimas levando a estimar um crescimento das meninas em relação aos meni-
faixas etárias estudadas (14 a 15 em torno de 40%. Já as meninas, nos durante o surto de crescimento
anos e 15 a 16 anos) encontravam- apresentaram IMVC 4,3 nos le- puberal15,20,23,25,38.
se nos escores 5 e 6, ou seja no final vando a estimar um crescimento A seqüência da ocorrência de
do surto de crescimento puberal. aproximado de 18%. eventos nos corpos das vértebras
Nas tabelas 5 e 6, cujas mé- Finalmente na faixa etária de C2, C3 e C4 descritos por Hassel
dias do Índice de Maturação das 14 a 16 anos, os meninos apre- e Farman16, muitas vezes não se
Vértebras Cervicais (IMVC) são sentaram IMVC de 4,5 em média e manifestou, causando incerteza na
ilustradas no gráfico 5, os pacientes uma estimativa de crescimento, nos determinação do IMVC em algumas
foram agrupados em faixas etárias cálculos feitos por esse autor, de radiografias cefalométricas laterais.

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CONCLUSÕES daí, observou-se uma maior acele- Hassel e Farman16, algumas vezes
A idade cronológica, apresen- ração na maturação das vértebras não se aplicavam aos aspectos ob-
ta uma correlação direta com a cervicais no sexo feminino quando servados em algumas radiografias
maturação das vértebras cervi- comparado com o sexo masculino. da amostra inicial, gerando dúvidas
cais. Assim à medida que a idade A idade cronológica, mostrou na determinação do IMVC, o que
aumenta, também de maneira ser um parâmetro medianamen- nos levou a pensar na existência de
similar, o Índice de Maturação das te confiável na determinação do estágios intermediários no Índice de
Vértebras Cervicais fica maior. Índice de Maturação das Vértebras Maturação das Vértebras Cervicais.
As faixas etárias analisadas, Cervicais. Diante disso, sugerimos que novas
não apresentaram diferenças esta- Os aspectos anatômicos dos 6 pesquisas sejam realizadas com a
tísticas entre os sexos masculino e Índices de Maturação das Vértebras finalidade de confirmar ou não esta
feminino até os 12 anos. A partir Cervicais descritos por Lamparski20, hipótese.

Abstract
The importance in determining to ionizing radiation, routine the growing of chronological age
the development stage and bone evaluation in orthodontics, which and the growing of maturation of
development, is very important for is cephalometric radiographs. This vertebrae, allowing us to conclude
the correct diagnosis, planning and study correlates the bone maturity, that using some guidelines we are
treatment of individuals, mainly through observation of the able to observe the chronological
those who are in the pubertal guidelines described by Lamparski20 age to determine which is the bone
development stage. Thoughout and modified by Hassel e Farman16 development stage of one subject.
the years various methods have counting with 380 Brazilian
been used, mainly the wrist x-ray, leucoderms, both sex, from 6 Key words: Development. Cervi-
but in the last few years there to 16 years of age. The results cal vertebrae. Chronological age.
is a tendency to lower patients showed a direct relation between Cephalometric radiographs.

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