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A língua como instrumento de comunicação e união para

nós, cristãos

“Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios” Sl. 141.3

Fre i Ru be n s Se vilh a. P á ro co

Qual era a língua falada pelos quatro primeiros interlocutores descritas no Gênesis? Deus falou,
Adão falou, a serpente falou, e, por último, dialogando com a serpente falou também Eva.

No episódio da torre de Babel, originou-se a variedade das línguas. A linguística moderna


acredita que a fala seja uma invenção humana, que nasceu ao mesmo tempo que a razão. Essas
irmãs gêmeas construíram e destruíram civilizações.

Apesar das deficiências, a palavra ainda é o maior e mais importante instrumento de


comunicação que o homem possui. O próprio Deus criou todo o universo com a força da Palavra.
Ele enviou sua Palavra ao mundo: O Verbo se fez carne e habitou entre nós.

Na Bíblia encontramos inúmeros conselhos a respeito do uso da língua. O próprio Jesus afirma
que a boca fala daquilo de que o coração está cheio. A língua revela a alma. Freud só descobriu
isso quase dois milênios mais tarde: a palavra revela o coração. De fato, o homem é
essencialmente feito de palavra e coração. O "fazer" vem depois do "ser".

A fala pode construir ou destruir. Daí a responsabilidade que o cristão tem com as palavras que
diz. O pecado da língua, junto com o mau pensamento, creio, são os pecados mais fáceis de
serem cometidos. São Tiago nos exorta: "Todo homem deve ser pronto para ouvir, porém, tardo
para falar e tardo para se irar. Se alguém pensa ser piedoso, mas não refreia sua língua e engana
seu coração, então é vã sua religião" (Tg 1, 19).

O modo de falar do cristão está unido à virtude da paciência. A fala expressa a razão e a emoção.
O "nervosismo" se expressa e se retroalimenta com a palavra. Por isso, se você quiser gerar mais
paz a seu redor, dou-lhe um conselho prático: Nunca fale quando estiver nervoso. Espere a
poeira das emoções abaixar e, com calma, depois de haver rezado e refletido, fale ... se for o
caso de falar. Tudo o que falamos na hora do nervosismo não vem de Deus, pois não vem do
amor. A verdade deve ser dita na hora certa, no modo certo e para a pessoa certa. Diante de uma
dificuldade, devemos, em primeiro lugar, falar com Deus, desabafar com Ele, pedir sua ajuda e
sua luz. Em seguida, se for conveniente, falar com a pessoa certa. Quando falamos muito e
comentamos nossos problemas com qualquer pessoa que aparece em nossa frente, corremos o
risco de, além de sermos desagradáveis, cairmos na imperfeição da murmuração.

A língua é a vitrine das virtudes. Diz a Palavra de Deus: "Não pode faltar o pecado no muito falar,
quem modera os lábios é um homem prudente. A língua do justo é prata finíssima, o coração dos
maus, porém, para nada serve. Os lábios dos justos nutrem a muitos, mas os néscios perecem
por falta de inteligência" (Prov 10, 19-21 ). E ainda: "O falador fere com golpes de espada, a
língua dos sábios, porém, cura" (Prov 12, 18). "Quem vigia sua boca, guarda sua vida, quem
muito abre seus lábios, se perde" (Prov 13, 3), e, finalmente: "O que mede suas palavras possui a
ciência, quem é calmo de espírito é um homem inteligente. Mesmo o insensato passa por sábio,
quando se cala; por prudente, quando fecha sua boca" (Prov 17, 27).

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