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2010
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
2010
ii
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
Profº. Dr. Alessandro Moura Zagatto
Banca
iii
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
Resumo ...........................................................................................................................vi
Abstract...........................................................................................................................vii
Índice de figuras.............................................................................................................viii
Lista de quadros................................................................................................................ix
Epígrafe.............................................................................................................................x
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................1
1.1. Objetivo geral.............................................................................................................3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................4
2.1. O corpo: a privação da sua integridade......................................................................4
2.2. Posturologia: a ciência da postura..............................................................................6
2.3. Educação Postural: o princípio holístico em ação....................................................10
2.4. A Dança do Ventre na perspectiva da pedagogia crítica do movimento..................14
3. METODOLOGIA .....................................................................................................23
3.1. Tipo de pesquisa.......................................................................................................23
3.2. Local e período.........................................................................................................23
3.3. Caracterização do sujeito..........................................................................................23
3.4. Procedimentos..........................................................................................................23
3.5. Instrumentos.............................................................................................................24
3.5.1. Avaliação do alinhamento postural.......................................................................25
3.5.2. Avaliação de amplitude de movimento e flexibilidade.........................................27
3.5.3. Avaliação do alinhamento pélvico........................................................................29
3.5.4. Questionário..........................................................................................................30
3.6. Método de aula.........................................................................................................30
3.7. Análise de dados.......................................................................................................31
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................33
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................51
REFERÊNCIAS ............................................................................................................53
APÊNDICE 1.................................................................................................................57
APÊNDICE 2.................................................................................................................60
ANEXO 1........................................................................................................................59
vi
ANEXO 2........................................................................................................................65
PROCÓPIO, Mayra Soares. Educação postural em praticantes de dança do ventre:
por uma pedagogia crítica do movimento. Pós-graduação Lato sensu em pedagogia
crítica na Educação Física, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2010.
RESUMO
ABSTRACT:
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura-1
Teste de alinhamento postural (desvio cifótica-lordotica). p.25 1
Figura-2
Tipos de desvios de postura. p.26 2
Figura-3
Movimentos de: flexão, extensão, de inclinação lateral e rotação de tronco da região
lombar com uso do goniômetro.p.27 3
Figura-4
Movimentos de: flexão, extensão, de inclinação lateral e rotação de tronco da região
cervical com uso do goniômetro. p.27 4
Figura-5
Índice de Schober. p.28 5
Figura-6
Teste de Stibor. p.28 6
Figura-7
Teste do terceiro dedo ao solo. p.29 7
Figura-8
Avaliação do alinhamento pélvico (Método de Schulthess).p.29 8
Figura-9
Relógio imaginário de Feldenkrais.p.31 9
________________________
1
Retirada da página da internet: http:// www.blogdodalmo.files.wordpress.com/2010/07/a10fig01.
2
Retirada da página da internet: http:// www.blogdodalmo.files.wordpress.com/2010/07/a10fig01.
3
Retirada da página da internet: http://www.karatenews.Altervista.org/albertini/191201_file/Image 008.
4
Retirada da página da internet: http:// www.karatenews .Altervista.org/albertini/191201_file/Image007.
5
Retirada da página da internet: http://www.etudiantpodo.free.fr/articles/sciatique/Schober.gif&imgrefurl
6
Retirada da página da internet: http:// www.etudiantpodo.free.fr/articles/sciatique/Stibor.gif&imgrefur
7
Retirada da página da internet: http:// www.blogdodalmo.files.wordpress.com/2010/07/a10fig01
8
Retirada da página da internet: http://www. karatenews .Altervista.org/albertini/191201_file/Image009
9
Retirada da página da internet: http://www.fiqueinforma.com/wp-content/uploads/2008/03/clockneutral
ix
LISTA DE QUADROS
Quadro-1
Análise da avaliação de alinhamento postural nas vistas anatômicas: anterior e posterior
p.33.
Quadro-2
Análise da avaliação de alinhamento postural nas vistas anatômicas: direita e esquerda
p.34.
Quadro-3
Análise da avaliação de Flexibilidade p.36.
Quadro-4
Análise da avaliação de Amplitude de Movimento p.39.
Quadro-5
Análise da avaliação de Cintura pélvica p.42.
x
A alma do filosofo habita tua mente, a alma do poeta habita teu coração e a alma do
cantor habita tua garganta, mas a alma da dançarina habita teu corpo inteiro.
(Khalil Gibran)
1
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
debilidade, retratando uma vivência corporal reprimida, por não atingir, muitas vezes, o
grau de sucesso profissional ou afetivo.
Neste modo de viver, é acrescentado a metáfora dos “corpos dóceis” por Moreira
(1995) corpos que se alienam e estereotipam com sua ocupação cotidiana, e se molda
em formatos demarcados da formalidade fabril, que por meio da disciplina: do tempo,
da delimitação de espaço e do movimento executado com exatidão, resulta em
indivíduos conformados e dóceis a esta condição. Enfim, corpos comedidos, calculados
e mensurados em prol do progresso.
Ales Bello (2004) retrata que por meio do corpo que são formadas e registradas
as experiências, como sua funcionalidade: moral, social e política. Formando deste
modo, uma corporeidade de interpretar perceptivamente a linguagem corporal, e que na
dança se desenvolve a sensibilidade do corpo num diálogo entre a expressão das
vivências corporais e a rítmica musical, revelando enfim, um ser que faz arte, filosofa e
vive no seu cotidiano a composição dos movimentos na manifestação da cultura
corporal.
O termo postura se refere a uma formato que se ajusta a estrutura corporal que
torna-se relativo pela constituição física do sujeito que o compõe. O alinhamento
corporal ou o arranjo estrutural, na ótica morfológica é diferente de indivíduo para
7
indivíduo, e não há alguém, que possua uma que seja considerada perfeita. De fato, a
postura é muito mais do que um determinado posicionamento corporal, e com certeza
muito mais do que uma mera disposição da coluna vertebral, como descreve Lippert
(2008):
Outro fator, é que a postura corporal possui dois aspectos sendo: a postura
estática que é também conhecida como ato ortostático que é a posição em pé, mas nunca
totalmente parado, pois existem as oscilações posturais que nos adequam o tempo todo
em pé; e a postura dinâmica que é a postura observada durante a dança e em todas as
atividades físicas, possibilitando ampla mobilidade. Neste sentido, a postura ereta é
uma funcionalidade básica do corpo e para sua eficiência, necessita de uma adequada
integração corporal, como faz referência Frye (2007):
[...] à medida que toma consciência de seu corpo e dos seus hábitos de
movimento, poderá descobrir quais hábitos são favoráveis e quais são
deletérios e causam desconforto [...]. Ao poder escolher, você terá
oportunidade de desenvolver uma ampla faixa de mecânica corporal
eficaz, que resultará em uma estratégia de autocuidado segura e
confiável e na longevidade da prática (p.1).
Lippert (2008) descreve a coluna vertebral sendo composta por trinta e três
vértebras, dispostas no plano anatômico coronal as regiões: a cervical, torácica, lombar,
sacral e coccígea, de tal modo constituem quatro curvaturas fisiológicas: duas lordoses
(cervical e lombar) que são curvaturas convexas; e duas cifoses (torácica e sacral) que
são curvaturas côncavas. Assim, estes segmentos da coluna oferecem estabilidade,
8
Por esta razão, a postura é o reflexo do modo como utilizamos nosso corpo que,
ao mesmo tempo, é influenciada diretamente pela cultura do movimento de determinada
sociedade, denominado de técnica corporal, que conforme Mauss (1974) é uma forma
de linguagem corporal de determinados grupos sociais, como exemplo, na especialidade
9
do andar da mulher Maori, sendo uma tribo aborígine da Nova Zelândia, que segundo
Mauss (1974):
Cabe lembrar que na dança, existe uma integração corporal entre a postura física
que se projeta durante o movimento para a mobilidade, e da postura expressiva, sendo
também definida por Laban (1978) como “movimento postural”, pois a dançarina
exprime por gestos a intenção dos movimentos e as emoções na dança. Esta conduta de
atitudes expressivas do movimento postural é algo particular de cada estilo de dança.
regra das "costas direitas", por causar exaustão e tensão muscular, como revela
Feldenkrais (1977):
A partir disso, uma boa postura é o pilar para três princípios da dança: na
qualidade da dança, para a proficiência dos movimentos e para prevenções de futuras
lesões, como já realizados nas escolas posturais que segundo Gomes (1997):
Já, no âmbito da cultura do fitness, a educação postural também passa por várias
denominações como: ginástica postural, ginástica ortopédica, ginástica laboral e
atualmente como ginástica corretiva, sendo todas com o mesmo objetivo citado
anteriormente, só acrescido de modificação do nome como atrativo do público.
Deste modo, a educação postural não se atém no setor do desvio postural e nem
nos músculos envolvidos para tal postura, mas possibilita a verdadeira educação motriz
e psicossocial, no qual esta educação atua na perspectiva da abordagem crítico-
emancipatória, do ser reflexivo do próprio movimento, direcionando numa visão de
corpo na integridade holística do indivíduo, como direciona Davis (2006):
A dança do ventre é uma forma de expressão corporal, que une a arte, a beleza e
a agilidade de movimentos, sendo uma dança, que atravessou diferentes contextos
históricos, desde o continente Africano ao Oriente Médio. Obtendo seu
aperfeiçoamento, no antigo Egito que a tornou enriquecida de simbologias e
especializou este estilo de dança.
Aliás, a dança do ventre deve seguir uma filosofia de expressão corporal que vá
ao encontro com o feminino, como relata Hanna (1999) onde as mulheres destemidas da
época, atuaram através do veículo da dança, recorrendo ao que os pesquisadores
recentemente documentaram como sendo sua sensibilidade superior de comunicação
não-verbal, assim como na sua emoção. Fazendo as mulheres da dança do ventre de tal
maneira, um pulsar do ritmo do coração.
em direção ao coração” assim, a dança do ventre traz gestos como nas batidas de quadril
com ritmos marcantes que se assemelham ao batimento cardíaco, como na publicação
do livro: “Dança do Ventre, Dança do Coração” como esclarece a própria escritora
Vasconcellos (2000):
[...] deve-se ao fato de sentir esta dança de forma tão visceral quanto
meu coração, comparando-a aos sentimentos difusos, profundos, que
possuem um valor rítmico contagiante e determinante. E mais além,
pelo fato de que a maneira mais verdadeira de dançar é quando existe
vivência e entrega; quando amamos verdadeiramente aquilo que
fazemos (p.21-22).
Por sua vez, a dança do ventre além de promover e explicitar as forças culturais
da civilização na linguagem do feminino propõe, ao mesmo tempo, um reajuste postural
adequado mediante a uma linguagem dos movimentos próprios desta dança, para
desenvolver tanto um desempenho da sensibilidade corporal na dança como nas atitudes
e postura da mulher perante a vida.
Mas, caso a praticante possua o vício de exercitar mais o lado direito do que o
esquerdo provocará uma compensação da coluna provocando, segundo Teixeira (2001)
danos em determinas estruturas, com lesões de esforço repetitivo, pela solicitação
apenas unilateral do corpo, repercutindo numa alta incidência de escolioses, ombros
assimétricos e coluna assimétrica. Portanto, esta argumentação pode der um indicativo
para a relevância da educação postural nas aulas, para que estas alterações corporais
sejam minimizadas.
Deste fato, contradiz o mito de que a dança do ventre ocasiona barriga, isto só
ocorrerá para quem dança de maneira incorreta, numa disposição corporal imprópria,
como esclarece Bencardini (2002):
17
Neste sentido, teríamos uma lição da postura da serpente, sendo uma criatura
extraordinariamente flexível, capaz de grandes modificações corpóreas, como exemplo,
a cobra do deserto do Egito, a espécie “Naja” que se posiciona durante o ataque numa
postura de curvatura cifótica e lordótica, para uma projeção vertical, no qual a lordose
sustenta a cifose que faz uma modificação de alargamento corpóreo, como uma
compensação, mas é notadamente que a serpente só possui musculatura posterior.
Nesta ótica, a cadeia muscular anterior constitui algo recente, que falando em
termos filogenéticos, adveio do nosso bipedismo, já a cadeia posterior corresponde a
algo dominante na natureza, sendo o ponto de partida para a funcionalidade do
movimento, como relata Braccialli e Vilarta (2000):
Neste embate pelo condicionamento social, a mulher perde sua identidade, pois
o ventre feminino é considerado como símbolo por excelência da feminilidade, e
também será prejudicada pela punição física, pois o excesso de tensão muscular causado
por exaustivas sessões de abdominais, ou pela flacidez da musculatura abdominal,
causada pelo sedentarismo, conjuntamente, poderá dificultar a obtenção do prazer
sexual pela rigidez, ou afrouxamento da região pélvica, que este último, poderá levar a
um quadro de incontinência urinária (SILVA, 2009).
Por isso, é necessário que o ventre mantenha um tônus muscular flexível que
permita tanto a sua contração quanto o seu relaxamento, num equilíbrio harmônico,
tendo como opção os movimentos da dança do ventre para o alcance desta intervenção
da saúde da mulher, como comenta novamente Silva (2009):
3. METODOLOGIA
3.1.Tipo de pesquisa
3.4. Procedimentos
durante quatro meses de avaliação. Cada aula foi sistematizada em três momentos
citados a seguir:
- Sessão introdutória: alongamento pelo método de Ioga denominado de “asanas” e o
equilíbrio corporal pelo método Meziérès.
- Sessão intermediária: técnica da dança do ventre e consciência corporal método
Feldenkrais;
- Sessão de encerramento: consciência da respiração (nasal, abdominal, torácica e a
integração de toda fase respiratória) pelo método de Ioga denominado de “Prayama”. E
finalizando, com um momento de discussão a respeito da prática e do conceituação da
dança do ventre.
3.5. Instrumentos
Foi utilizado uma ficha para o teste do alinhamento postural por meio do fio de
prumo, intitulado como instrumento de coleta de dados contendo: identificação pessoal,
idade, ocupação e horas de trabalho e os itens de avaliação (Anexo 1) e uma segunda
ficha contendo o teste de amplitude do movimento, flexibilidade e alinhamento pélvico
(Anexo 2).
Já, o teste do terceiro dedo solo, conforme Marques (2003) mede a flexibilidade
global do indivíduo. Mede-se a distância do terceiro dedo em relação ao solo, sem os
joelhos fletidos e com a cabeça relaxada, deste modo pede-se para aluna realizar uma
flexão máxima de tronco. Com a fita métrica mede-se a distância do terceiro dedo ao
solo.
3.5.4. Questionário
imaginário nas seguintes regiões do corpo: a)em cima da cintura pélvica são
correspondente a 12 horas, b) na região púbica correspondente a 6 horas, c) no quadril
esquerdo correspondente a 3 horas, no quadril direito correspondente a 9 horas. A aluna
realizou de forma lenta para a conscientização de toda esta região com movimento de
báscula no ponto correspondente do relógio em 12h e 6h; e movimento de gangorra no
ponto 9h e 3h que corresponde ao lado direito e esquerdo do quadril. Posteriormente,
realizou o movimento continuo do relógio no sentido horário e depois no sentido anti-
horário (CLARO, 1988).
Foi realizado a análise dos dados baseados nas respostas das participantes sobre a
percepção da postura e a perspectiva da dança do ventre e correlacionando ao
32
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A seguir, será apresentados os testes de avaliação física: alinhamento postural;
testes de flexibilidade; amplitude de movimento e alinhamento pélvico. Os dados serão
apresentados e discutidos em seguida para cada análise realizada. Finalizando, com a
análise do questionário da percepção postural.
Neste tipo de avaliação oferece dados importantes, pois utiliza como análise as
quatros vistas anatômicas, possibilitando apontamentos precisos nos segmentos que
compõe a postura, servindo como complemento para um diagnóstico de desvios
posturais.
Nos quadros de análise pela avaliação do alinhamento postural, teve como
amostra de 5 participantes, no qual pela análise observou a melhora nas alunas: 2, 3, 4 e
5, sendo que as alunas 2 e 5 tiveram uma melhora do grau leve para o padrão normal,
sendo um indicativo de mudança de padrão funcional pelos exercícios específicos da
educação postural, como menciona Braccialli e Vilarta (2000:159): “A educação
postural tem como finalidade possibilitar à pessoa ser capaz de proteger ativamente seus
segmentos móveis de lesões dentro da condição da vida diária e profissional, seja no
plano estático ou dinâmico” contribuindo deste modo para um padrão funcional eficaz.
Na aluna 3, ocorreu a melhora do grau leve para padrão normal na vista lateral
direita do segmento da cabeça e pescoço e joelho. No entanto, houve uma mudança do
padrão de normalidade para o grau leve no segmento do ombro, podendo ser um
indicativo de má postura habitual que gera compensação em outros segmentos do corpo.
Acredita-se nisto, pois um aspecto importante a ressaltar refere-se na fala do
questionário desta aluna, quando é perguntado na questão 5, a respeito da correção nas
atividades da vida diária, e ela responde que: “Sim. Tento me policiar sempre,
principalmente meus ombros, pois devido o peso da mochila normalmente tenho a
postura dos meus ombros tortos (um ombro mais alto que o outro)”. Este achado é
relevante para determinar a causa da mudança de padrão, que conforme Gervásio
(2009):
36
*O padrão de ganho final seja =ou > 5 centímetros no índice de Schober e de ganho final = ou
>10 centímetros no índice de Stibor são padrões considerado com uma mobilidade normal
segundo Cruz Filho apud Marques (2003) já, na flexibilidade terceiro dedo não tem referência
padrão pelo motivo de medir a flexibilidade global, conforme Marques (2003).
37
Assim, por meio dos exercícios terapêuticos, foi obtidos nas alunas 1, 2, 4 e 5 um
índice de aumento entre 1 cm à 2cm no índice de Schober e Stibor e no teste do terceiro
dedo as alunas 2, 4 e 5 já possuíam flexibilidade global, mas a aluna 1 conseguiu uma
diminuição de 2cm em relação ao solo, aumentando sua flexibilidade global.
E este resultado, foi perceptível para a aluna 3 quando relacionado a questão seis
do questionário, quando perguntou a respeito das praticas de dança do ventre antes e
depois, e ela respondeu que: “Antes não conseguia imaginar que a dança do ventre
poderia proporcionar tanta coordenação motora, pois cada movimento pede certo
equilíbrio”. Desta forma, a aluna conseguiu sentir qualidade do movimento nas suas
habilidades motoras e a importância do equilíbrio postural para a realização dos
movimentos na dança.
Flexão Lateral 0-40° 32° 40° Flexão Lateral 0-40° 42° 48°
Direita Direita
Flexão Lateral 0-40 35° 40° Flexão Lateral 0-40° 40° 50°
Esquerda Esquerda
Rotação direita 0-35° 30° 35° Rotação direita 0-55° 45° 50°
Rotação esquerda 0-35° 35° 40° Rotação esquerda 0-55° 50° 55°
*Os valores considerados padrão na amplitude normal dos ângulos da coluna são baseados na
proposta da American Academy of North A merican Surgeons(1965) e The Veterans
Administration of United States of North América (1963) apud Marques(2003).
40
Este caso aponta para uma das dificuldades encontradas na dança do ventre, que
atua de maneira ambidestra, no qual as alunas até tem facilidade em realizar a técnica do
movimento da dança do ventre do lado dominante, mas quando o mesmo movimento é
solicitado do lado não-dominante ocorre uma deficiência funcional, interferindo na
aprendizagem, como menciona Braccialli e Vilarta (2000):
Educadores deveriam estar conscientes de como a estruturação da
imagem corporal e a vivência corporal são importantes na aquisição
de hábitos e posturas adequadas e como isto interfere no processo de
aprendizagem dos indivíduos (p.169).
01 20° 15°
02 8° 10°
10-15°
03 10° 15°
04 20° 15°
05 12° 15°
no qual disse: “Antes não tinha domínio sobre encaixe e desencaixe de quadril, como
tenho hoje, tenho mais facilidade em postura para dança, coisa que antes eu não tinha
conhecimento”.
Estas informações são muito úteis para uma intervenção nos estágios iniciais de
uma alteração postural e também como conscientização da aluna não realizar atividades
habituais para desenvolver tal alteração de herança genética.
A segunda questão, foi referente como elas conceituam uma boa postura, e a
resposta mais aproximada do conceito de postura numa pedagogia crítica do
movimento, foi da aluna 3 que disse: “Para mim, uma boa postura não é ficarmos
completamente retos, pois a coluna em si tem suas curvas. Uma boa postura então é o
equilíbrio, nem tortos nem retos demais”.
Nesta mesma questão, foi registrada nas falas das alunas a percepção das
segmentações do corpo de poder mapear o corpo de forma consciente e indicar em qual
local do corpo teve mudanças com a educação postural, sendo respectivamente as mais
mencionadas partes do corpo: quadril, postura e ombros. Umas das falas de percepção
postural esteve com a aluna 5 que descreveu: “Sim. No alinhamento dos ombros e do
quadril principalmente”.
Finalmente, na questão seis foi solicitado à aluna que fizesse uma análise do
antes e depois das aulas de dança do ventre e as respostas foram variadas tendo como
predomínio a visão biológica na dança, citando as melhoras do físico: na flexibilidade,
na postura, coordenação motora, equilíbrio, resistência respiratória, amplitude articular,
fortalecimento muscular, força, bem-estar e disposição sexual pelo fortalecimento do
assoalho pélvico, este último item revelado por Silva (2009):
Um estudo de intervenção sobre os efeitos dos exercícios do assoalho
pélvico na sexualidade feminina avaliou a força perineal, estabeleceu
um protocolo de exercícios e avaliou a satisfação sexual no pré e pós-
teste. Foi observado aumento na força perineal e da propriocepção, da
satisfação sexual com aumento na freqüência dos orgasmos e maior
facilidade para atingi-lo, além de maior desejo sexual. O aumento da
força muscular conseguido com a dança pode ter levado a melhora do
desempenho relatado pelas alunas (p.7-8).
quem somos, o que querem de nós, por que estamos neste mundo e
como devemos nos comportar diante de suas demandas. Conceitos e
regras sobre gênero, raça, etnia, classe social etc. estão/são
incorporados durante nosso processo de ensino-aprendizado sem que
muitas vezes nos demos conta daquilo que estamos construindo ou até
mesmo (re)produzindo. Nossos corpos são „projetos comunitários‟
quanto à forma, peso, postura, saúde etc. e raramente somos
incentivados a arriscar, a tentar o novo, a variar nossos movimentos
ou até mesmo a descobrir nossas próprias vozes neles contidas (p.25).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CALAZANS, Julieta [et al.]. Dança e educação em movimento. São Paulo: Cortez,
2003.
CLARO, Edson. Método Dança – Educação Física: uma reflexão sobre consciência
corporal e profissional. São Paulo: Claro, 1988.
FRYE, Bárbara. Mecânica Corporal: Guia Prático para o auto-cuidado. Tradução: Ivan
Lourenço Gomes, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
http://www.blogdodalmo.files.wordpress.com/2010/07/a10fig01.Acessado: 17/12/2010.
http://www.blogdodalmo.files.wordpress.com/2010/07/a10fig01.Acessado: 17/12/2010.
http://www.etudiantpodo.free.fr/articles/sciatique/Schober.gif&imgrefurl.Acessado:
17/12/2010.
http://www.etudiantpodo.free.fr/articles/sciatique/Stibor.gif&imgrefurl.Acessado:
17/12/2010.
http://www.fiqueinforma.com/wp-content/uploads/2008/03/clockneutralAcessado:
17/12/2010.
http://www.karatenews.Altervista.org/albertini/191201_file/Image008.Acessado:
17/12/2010.
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JORGE, Simões J. Educação crítica e seu método. Coleção Paulo Freire, São Paulo:
Loyola, 1981.
REIS, Alice C. O feminino na dança do ventre: uma análise histórica sob uma
perspectiva de gênero. Rev: eletrônica interdisciplinar, v. 1, n. 1, p. 52-67, jan/mar,
Matinhos - Paraná, 2008.
VIEIRA, Adriane. e SOUZA, Jorge L. Boa Postura: uma preocupação com a estética, a
moral ou a saúde? Rev: Movimento, v. 15, n. 01, p. 145-165, set/dez, Porto Alegre- Rio
Grande do Sul, 2009.
XAVIER, Cínthia N. ...5,6,7,∞...Do oito ao Infinito: por uma dança sem ventre
performática, híbrida, impertinente.130 f. Dissertação de mestrado Artes- Instituto em
Artes,Universidade de Brasília, Brasília ,2006.
57
Apêndice 1
(Termo de consentimento)
58
Garantia de confidencialidade:
____________________________
(Orientador do projeto de pesquisa)
_____________________________
_______________________________ RG:___________________
(aluna analisada no teste)
59
Este presente estudo é conduzido pelo Profº Me. Marcelo Victor da Rosa e pela
Profª Mayra Soares Procópio. A pesquisa tem por finalidade investigar a educação
postural como intervenção nas praticantes da dança do ventre do projeto de extensão:
Núcleo de Estudos Dança e Movimento NEDEM/UFMS e como objetivo específico
constatar qual será a percepção da postura das praticantes de dança do ventre.
Para maiores informações entrar em contato pelo telefone, ou ainda pelo e-mail:
may_procopio @hotmail.com.
Atenciosamente,
_______________________________________________
Apêndice 2
(Questionário de percepção postural)
61
QUESTIONÁRIO:
Nome da entrevistada:
6) Como praticante, faça uma análise da dança do ventre antes e depois da prática
dança?
62
Anexo 1
(Instrumento de coleta de dados pessoais e Avaliação do alinhamento da postura)
63
Nome: idade:
End: e-mail:
Tel:
Profissão:
Posição ocupacional no trabalho: horas/dia:
Observação:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Graduação em Licenciatura Plena do curso de Educação Física pela Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul/UFMS, Pós-graduando lato sensu do curso de especialização em Pedagogia Crítica em
Educação Física/UFMS; Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul/UFMS e Coordenadora pedagógica e ministrante do projeto de extensão da Dança do Ventre/UFMS.
64
Vista anterior:
-Cabeça:
-Pescoço:
-Ombro:
-Região torácica:
-Região lombar:
-Pelve:
-Joelho:
-Pé:
-Cabeça:
-Pescoço:
-Ombro:
-Região torácica:
-Região lombar:
-Pelve:
-Joelho:
-Pé:
Vista posterior:
-Cabeça:
-Pescoço:
-Ombro:
-Região torácica:
-Região lombar:
-Pelve:
-Joelho:
-Pé:
Anexo 2
(Avaliação de Amplitude de movimento, Flexibilidade e Alinhamento pélvico)
66
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS: AMPLITUDE DE MOVIMENTO
Coluna Vertebral:
Flexão
Extensão
Rotação direita
Rotação esquerda
Medidas Flexibilidade:
Flexibilidade Cm
Índice de Schober
Índice de Stibor
Método de Schulthess
Alinhamento pélvico
(Graus)