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Jornal Interno de Saúde

(O Jornal Interno de Saúde é um documento interno do SMS desenvolvido com o objetivo de levar aos
colegas de trabalho informações úteis sobre o tema da Saúde. Lembramos que as informações aqui
contidas não se destinam a prescrever medicamentos e nem induzir os colegas a auto-medicação. Quem
deve avaliar o estado clínico e medicar é o Médico Especialista)

Assunto da Semana: MICOSES SUPERFICIAIS

Sinônimo: tinhas.
Micoses superficiais são doenças provocadas por fungos, os quais são limitados à pele, aos
pêlos, as unhas e às mucosas.
Como se desenvolve?
Os organismos causadores podem ser de origem humana, animal ou do solo. Os fungos
contaminantes patogênicos são comuns em nosso ambiente, embora a incidência seja pequena,
devido à resistência do hospedeiro. Comumente, as infecções fúngicas são, em algum grau,
contagiosas.
O que se sente?
Em geral, as lesões são pruriginosas (dão coceira). Conforme a sua localização, podemos
classificar as tinhas em:
Tinha de couro cabeludo (capitis)
Muito freqüente em crianças pré-escolares e escolares. Apresenta-se como uma placa de cabelos
picotados, com descamação no centro ou com reação inflamatória. Quando apresenta muitos
abscessos ou pus, forma o quadro denominado de Kerion celsii, podendo até deixar cicatriz.
Tinha de barba (barbae)
Ocorre na área da barba. Pode ter aspecto inflamatório, semelhante à infecção ou apresentar uma
lesão com bordas bem delimitadas, com microvesículas e um centro descamativo, com
crescimento pelas bordas, como é típico de todas lesões de tinhas.
Tinha do corpo (corporis)
Pode aparecer em qualquer área do corpo, em geral com aspecto bem característico, e
crescimento pelas bordas, com microvesículas, avermelhada.
Tinha de mão (manuum)
Pode se apresentar como uma descamação difusa ou com pequenas bolhas semelhantes a
disidrose.
Tinha de pé (pedis)
Nome popular: "frieira" ou "pé de atleta" - é a micose mais comum. Pode se manifestar no meio
dos dedos com fissuras ou na planta dos pés, também com aspecto descamativo ou com
vesículas (pequenas bolhas) similares à disidrose.
Tinha crural (cruris)
É a tinha localizada entre as coxas, podendo se alastrar para área genital. E mais comum em
homens e no verão (pelo aumento da temperatura local e umidade).
Ptiríase versicolor ("micose de praia")
É causada pela malassezia furfur, que faz parte da constituição normal da pele. Por alguns fatores
desencadeantes locais, como sudorese excessiva, pele muito seborréica ou predisposição
genética, desenvolvem lesões no pescoço, tronco superior e face. Em geral são lesões
arredondadas, escamosas, podendo ser mais claras que a pele normal (mais comum) ou até
avermelhadas ou acastanhadas. Em alguns casos há nítida predileção pelos pêlos - sendo assim

NAVARRO/2003
Jornal Interno de Saúde

comum encontrar lesões no couro cabeludo, axilas e regiões pubianas. Quanto maior a área
afetada, maior a dificuldade de tratamento e possibilidade de recidiva. É muito freqüente em nosso
meio o acometimento de adultos jovens (maior oleosidade na pele) em ambos os sexos. Esse
fungo é encontrado na pele sem manifestações clínicas de infecção, como já foi dito. O paciente
procura o médico pelo aspecto anti-estético das lesões.
Candidíase
A principal espécie patogênica é a Candida albicans, causando uma infecção aguda ou crônica da
pele e mucosas (intestino, mucosa oral e vaginal). A forma saprófita pode tornar-se patogênica
devido a algumas alterações, como: umidade local, calor, maceração da pele, alterações
imunológicas (como algumas doenças imunodebilitantes, uso prolongado de antibióticos e
corticóides). Na criança as localizações mais comuns são: mucosa oral ("sapinho"), pregas de
flexão (axilas, virilhas, pescoço e região das fraldas). Nas mulheres é muito freqüente a
localização vulvovaginal, nas unhas e cantos da boca (perleche).
Como o médico faz o diagnóstico?
O aspecto clínico das lesões é muito sugestivo para o diagnóstico. Mas para confirmação
laboratorial do agente causal o exame micológico direto e cultural é indicado (raspagem de
material da lesão). Para uso de medicações por via oral e em casos onde a clínica pode ser
confundida com outras doenças, o exame micológico pode ser fundamental para diagnóstico e
controle de cura.
Como se trata?
Na maioria das lesões localizadas, o tratamento tópico (no local) é suficiente para a cura. Nas
lesões mais extensas ou recidivantes, muitas vezes é necessário um tratamento com antifúngicos
por via oral para melhor abordagem terapêutica, mas sempre com controle clínico e laboratorial.
Como se previne?
Como em geral, em algum grau são infecções contagiosas, evitar o contato com as lesões. Existe
uma predisposição pessoal para manifestação do quadro, mas fatores desencadeantes como
umidade local, doenças como diabete (imunodebilitantes) devem ser controladas.

NAVARRO/2003

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