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Por que o mundo precisa de professores?

A história da docência no Brasil


Disciplina: Práticas Pedagógicas – Identidade Docente
Profa. Ma. Larissa Estevão
Para início de
conversa...

1. Você tem jeito para ser professor?


2. Docência é vocação?
3. É possível desenvolver habilidades de
docência?
4. Ensinar é simples, basta observar e
reproduzir?
Introdução
• Os primeiros registros conhecidos da profissão
de professor evidenciam a observação e o
empirismo como pré-requisito para o seu
exercício.
• A profissão docente, segundo Tardif (2002), “se
desenvolveu sem ser objeto de maiores
preocupações e sob o paradigma de que ensinar
seria uma tarefa relativamente simples”.
• A regra predominante era o famoso “fazer
fazendo”.
• O tempo passou, as sociedades avançaram, a educação
evoluiu, os modos como os alunos aprendiam se ampliaram
e o que se entendia por professor também sofreu alterações
significativas.

O que se espera de um docente?

• O docente atual, que educa para vida no século XXI, deve


ter, no mínimo, uma formação científica, técnica, política,
ética e, a partir daí, desenvolver competências e
habilidades, isto é, um profissional que busca sua
profissionalidade/profissionalismo (IMBERNÓN, 2011).

Principais problemas dessa questão:


Demanda-se do professor atual que este solucione em sua sala
de aula diversos problemas da contemporaneidade e, no
entanto, não lhes são oferecidas as ferramentas, os recursos e
nem a formação mínima necessários para tal exercício.
É com este olhar que Imbernón (2011), nos alerta
de que “não podemos esquecer as condições em
que ainda se move a profissão de ensinar, que não
favorecem essa profissionalidade desenvolvida
que precisa de um coletivo “mais equilibrado”
profissionalmente”, nem tampouco os “processos
de instabilidade, a falta de gratificações morais e o
isolamento que repercute na prática profissional e
no profissionalismo coletivo: o ambiente de
trabalho do professor, [...] seu incentivo
profissional, a busca de indicadores de
desempenho, [...] a solidão educativa, sua
formação inicial muito padronizada, o baixo
autoconceito profissional [...] e a possível
desvalorização da ação pedagógica por parte das
A verdade é que as condições de trabalho pelo Brasil famílias (e da sociedade, portanto) e do próprio
afora são insalubres e a profissão docente está cada grupo profissional”.
vez mais desvalorizada em nosso país.
1980
Crise Educacional – Profissionalização
Docente

• Os estudos e as discussões no campo da Educação


começaram a se concentrar em temas como formação e
profissionalização de professores, e essas análises passaram
então a apontar para uma redefinição do papel docente e da
prática pedagógica, chamando a atenção para uma
necessária reorientação no posicionamento do professor na
busca pela afirmação de sua identidade.
A profissão docente no Brasil: breve histórico

• Gadotti (2006) afirma que ao perceber a possibilidade de conhecer e aprender por meio do ensino, os homens
iniciaram um processo de reflexão (ainda que sem intenção) que os ajudou a sistematizar e difundir os
conhecimentos produzidos e acumulados.

• A prática da educação é muito anterior ao pensamento pedagógico. O pensamento pedagógico surge com a
reflexão sobre a prática da educação, como necessidade de sistematizá-la e organizá-la em função de
determinados fins e objetivos. (GADOTTI, 2006, p. 21).

• Tardif (2002) lembra que, durante muito tempo, a profissão de professor foi vista como algo meramente
vocacional, um ofício com um viés sacerdotal leigo ou mesmo um dom, razão por que era entendida como uma
tarefa relativamente simples, sem a necessidade de maiores aprimoramentos no que diz respeito à formação e ao
adequado exercício profissional. Aliás, nem mesmo status de profissão o magistério tinha.
Afinal, a docência
é ou não é uma
profissão?
O fato de que qualquer sujeito (como
mínimos conhecimentos) se acha
competente para lecionar.
• Na antiguidade, a propósito, até filhos de
prisioneiros se lançavam ao exercício de ensinar
os filhos de seus senhores.
• Até hoje há no Brasil professores sem qualquer
preparo, sem instruções adequadas e sem
formação superior ensinando nas escolas.
• O resultado direto disso, numa forma simples de
dizer, é que “se ensina o que não se sabe”; e o
indireto, é que situações como essa contribuem
para a falta de identidade profissional do
professor.
• Esses poucos fatores são suficientes para
explicar o porquê da polêmica em questão, isto
é, ela tem razão de ser.
Antiguidade
• Os primeiros professores de que se têm conhecimento dominavam a retórica e possuíam
conhecimentos relativos às artes, à música e à política.
• Esses mestres eram responsáveis pela instrução inicial dos filhos de seus senhores por
meio do ensino da leitura, da escrita e da lógica-matemática.
• Ali surgiam as primeiras “lojas de ensinar”. Nas palavras de Brandão (2003, p.40), eis
como se referiam aos professores: “Ali um humilde mestre-escola, reduzido pela miséria
de ensinar ‟leciona as primeiras letras e contas”
Idade Média
• O ensino foi totalmente regido pela igreja, sendo ministrado
pelos padres e clérigos das paróquias, que também não tinham
formação adequada para tal exercício, razão por que muitas
vezes tinham que aprender a ler para exercer o ofício de
professor.
• Com o advento das Reformas Religiosas ocorridas no século
XVI, os ventos começaram a soprar noutras direções, com a
formação das chamadas “corporações de ofício” e das
primeiras universidades.
• As universidades formadas pelos mestres livres e clérigos
vagantes nasceram sob a proteção da Igreja. Eram organizadas
em torno de três campos de ensino: artes liberais, medicina e
jurisprudência. Ali mestres e estudantes reuniam-se com a
finalidade de aprender. (Romanowski2007, p.29).
Escola Laica – Revolução Francesa
• A ideia da criação de escolas destinadas à formação e preparo específico de professores,
voltada para a formação de docentes efetivamente laicos (posteriormente aos jesuítas) está
intimamente ligada à “[...] institucionalização da instrução pública no mundo moderno, ou
seja, à implantação e difusão das ideias liberais de secularização e extensão do ensino
primário a todas as camadas da população” (TANURI, 2000, p. 62).
• Isso tudo foi fortalecido no século XVII, pelo movimento da Revolução Francesa, que
reiterou a concepção de institucionalização de uma educação como função do estado,
materializando a implementação de uma escola pública voltada para a formação de
professores desvinculados da igreja.
Brasil

• No Brasil, após um longo período de domínio do


ensino por parte dos jesuítas (mais de duzentos
anos), a transferência para o estado da
responsabilidade de ensinar trouxe consigo várias
questões importantes.
• Com a função de instruir e catequizar o povo em
diversos continentes, os jesuítas produziram vasto
material no que se refere à organização de métodos
de ensino e à instrução tanto de alunos quanto de
seus próprios padres e professores.
• A partir do advento da Revolução Industrial, o papel da escola passou a ser ampliado, recebendo
maior destaque principalmente em função de seu caráter de regulação social. Isso se deu, sobretudo,
no que diz respeito à instrução básica, na formação do operariado das fábricas, setor que era de
fundamental importância para o processo de urbanização das cidades.
• A partir daí é que a educação passou a ter papel de maior importância, visto que agora se tornara uma
reivindicação de toda a população, além de atender aos interesses das políticas desenvolvimentistas do
período.
• Esse fato, então, aumentou consideravelmente a necessidade de um maior número de professores para
atender a uma demanda crescente, o que, por sua vez, alterou o trato com a questão educacional e,
conseguintemente, com a profissão docente.

Vale lembrar que, no Brasil, a luta pela institucionalização do magistério é marcada pela
contribuição massiva e constante de professoras. As mulheres brasileiras tiveram papel
fundamental na construção do ofício de ensinar.
Ainda hoje, o que se vê, num tempo em que deveria se educar na vida e para a vida,
como afirma Imbernón (2011), é que o professor não dispõe de tempo para estudar (a
maioria dos municípios e estados não cumpre o tempo mínimo que deveria ser destinado ao
planejamento, avaliação e à formação profissional, a saber, 33% da carga-horária), os
salários são o fator número um de insatisfação entre os professores; a classe é
suficientemente desorganizada, desarticulada, e até as famílias e a sociedade, de modo
geral, abandonaram este profissional solitário, embora, paradoxalmente, esta ainda seja, no
imaginário coletivo, a profissão redentora da humanidade, a única capaz de provocar
profundas e verdadeiras transformações sociais.
Esteves (1999, p.104), por exemplo, chega a observar que “o julgamento dos
professores tem vindo a generalizar-se [...] A falta de apoio e de reconhecimento social do
seu trabalho é cada vez mais evidente”.
Ensinar não se limita apenas em transferir
conhecimentos, senão também no
desenvolvimento da consciência de um ser
humano inacabado em que o ensinar se
torna um compreender a educação como
uma forma de intervir na realidade da
pessoa e do mundo.
Atividade Formativa 1
Dica: Há um tópico intitulado “A pesquisa sobre o conhecimento dos professores”

1. No artigo, ao autor apresenta um estudo síntese das pesquisas que investigaram os conhecimentos dos professores.
Segundo essas pesquisas, o conhecimento dos professores pode corresponder a:
( ) a) Tudo aquilo que ele aprendeu na faculdade.
( ) b) Suas ideias e representações mentais,
( ) c) Representações mentais, crenças, regras tácitas de ação, argumentos práticos, competências, conhecimentos de ação, etc.

2. Na verdade, dizer a um professor “que ele sabe ensinar” é:


( ) a) Fazer um julgamento normativo com base em determinados valores sociais e educativos.
( ) b) Reconhecer que ele prepara boas aulas.
( ) c) Valorizar seu trabalho.
3. Para o autor:
( ) a) São questões do trabalho docente: formação, desenvolvimento profissional, identidade, carreira, condições de trabalho,
tensões e problemas socioeducativos que marcam a profissão, características das instituições escolares onde trabalham os
professores, conteúdos dos programas escolares.
( ) b) São dimensões do trabalho docente: formação, desenvolvimento profissional, identidade, carreira, condições de
trabalho, tensões e problemas socioeducativos que marcam a profissão, características das instituições escolares onde
trabalham os professores, conteúdos dos programas escolares.
( ) c) São conhecimentos do docente: formação, desenvolvimento profissional, identidade, carreira, condições de trabalho,
tensões e problemas socioeducativos que marcam a profissão, características das instituições escolares onde trabalham os
professores, conteúdos dos programas escolares.

4. Os nomes que aparecem em letras maiúsculas entre parênteses ao longo do texto são referências de outros autores ou
pesquisadores que o autor recorreu para se informar e aprofundar seus conhecimentos. Partindo disso, assinale a alternativa
incorreta.
( ) a) SCHON é o autor que entende que o conhecimento dos professores provém de uma epistemologia da prática.
( ) b) DURAND é o autor que afirma que o conhecimento dos professores não tem nada a ver com o conhecimento teórico.
( ) c) BLACKLER é o autor que afirma que é preciso abordar esses conhecimentos a partir do que os professores fazem, ou
seja, a partir de seu trabalho real.
5. Localize a informação no texto, leia com atenção e assinale a alternativa errada. Pense: “o campo internacional da pesquisa sobre o
conhecimento dos professores passa atualmente por certa estagnação científica porque”:
( ) a) Há uma visão comum do conhecimento profissional próprio aos professores.
( ) b) É muito difícil isolar a questão do conhecimento dos professores das outras dimensões do trabalho docente; é impossível separar
completamente as questões normativas das questões epistemológicas.
( ) c) É impossível separar completamente as questões normativas das questões epistemológicas.

6. Podemos entender por “conhecimento dos professores”:


( ) a) Saberes integrados às práticas diárias de ensino que são, em grande parte, determinados por questões normativas, éticas ou políticas.
( ) b) Tudo aquilo que ele aprendeu sobre os conteúdos que pretende ensinar.
( ) c) A soma de “saberes” ou de “competências” que poderiam ser descritos e encerrados num livro ou num catálogo de competências.

7. Leia com atenção o parágrafo e assinale a alternativa correta. O autor afirma que, para os professores, seus conhecimentos estão
profundamente ancorados em sua experiência de vida no trabalho. Isso quer dizer que:
( ) a) Os professores não utilizam conhecimentos externos provenientes de sua formação.
( ) b) Os professores utilizam conhecimentos externos provenientes de sua formação.
( ) c) Além dos conhecimentos provenientes de sua formação, os professores utilizam o que aprenderam na pesquisa, nos programas ou
outras fontes de conhecimento.

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