NOMENCLATURA E DESIGNAÇÃO INTERNACIONAL DOS HORIZONTES

PEDOLÓGICOS

HORIZONTES PRINCIPAIS:
H Horizonte orgânico formado ou em formação a partir de acumulações de material orgânico
depositado à superfície, que está saturado com água durante períodos prolongados (a
menos que drenado artificialmente). Contém 30% ou mais de matéria orgânica, se a fracção
mineral tiver mais de 60% de argila, e 20% ou mais de matéria orgânica se a fracção
mineral não contiver argila, ou proporção intermédia de matéria orgânica para teores
intermédios de argila.

O Horizonte orgânico formado ou em formação a partir de acumulações de materiais

orgânicos depositados à superfície, que não está saturado com água por mais que poucos
dias ao longo do ano, e contém 35% ou mais de matéria orgânica.

A Horizonte mineral formado ou em formação à ou adjacente à superfície, que tanto: (a)

mostra uma acumulação de matéria orgânica humificada intimamente associada com a
fracção mineral, ou (b) tem uma morfologia adquirida pela formação do solo mas não tem
as propriedades do horizonte E e B.

E Horizonte mineral mostrando uma concentração das fracções areia e limo, com teores
elevados de minerais resistentes, resultando da perda de argilas, ferro ou alumínio ou uma
combinação destes.

B Horizonte mineral em que a estrutura da rocha está obliterada ou presente mas pouco
evidente, caracterizado por um ou mais dos seguintes factos: (a) uma concentração iluvial
de argila, ferro alumínio, ou húmus, sózinhos ou em combinações, (b) uma concentração
residual de sesquióxidos relativamente aos materiais fonte, (c) uma alteração do material a
partir da sua condição original, na medida em que se formam minerais de argila, se libertem
óxidos ou ambos, ou se formem estruturas granulares, angulosas ou prismáticas.

C Horizonte mineral (ou camada) de material não consolidado, a partir do qual se presume ter-
se formado o solum e que não mostra propriedades de diagnóstico dos outros horizontes
principais.

R Camada contínua de rocha dura. A rocha das camadas R é suficientemente coerente

quando húmida para tornar impraticável a escavação à mão com uma pá. A rocha pode
apresentar fendas mas estas são pouco numerosas e demasiado pequenas para permitir o
desenvolvimento das raízes. Material cascalhento e pedregoso que permite o
desenvolvimento de raízes é considerado um horizonte C.
SUFIXOS ALFABÉTICOS
Os sufixos são usados para qualificar os horizontes principais.

b Horizonte que foi soterrado.

c Acumulação na forma de concrecções. Este suxixo é geralmente usado em combinação

com outro que indica a natureza do material concrecionado.

g Horizonte manchado reflectindo variações na oxidação e redução.

h Acumulação de matéria orgânica em horizontes minerais (os sufixos p e h são mutuamente

exclusivos).

i Ocurrência de "permafrost".

j Ocurrência de jarosite.

k Acumulação de carbonato de cálcio.

m Cimentação forte, consolidação, endurecimento. Este sufixo é geralmente usado em

combinação com outro indicando a natureza do material cimentante.

n Acumulação de sódio.

o Acumulação residual de sesquióxidos de ferro e/ou alumínio

p Disturbado por lavouras e outras técnicas de mobilização.

r Forte redução como resultado da influência de águas subterrâneas.

s Acumulação de sesquióxidos de ferro e/ou alumínio.

t Acumulação iluvial de argila.

u Não especificado. Este sufixo é usado em conexão com os horizontes A e B que não sejam
qualificados por outros sufixos mas que tenham que ser subdivididos verticalmente por
sufixos numéricos.

w Alteração in situ reflectida pelo teor em argila, cor, estrutura.

x Ocorrência de fragimperme.

y Acumulação de gesso.

z Acumulação de sais mais solúveis que o gesso.

SUFIXOS NUMÉRICOS
Horizontes designados por uma única combinação de símbolos alfabéticos podem ser
subdivididos verticalmente numerando sucessivamente cada subdivisão, começando no topo do
horizonte.

PREFIXOS NUMÉRICOS
Quando é necessário distinguir descontinuidades litológicas, colocam-se os prefixos numéricos
nas respeitantes designações de horizontes.