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MELANOMADECUTÂNEO:
REVISÃO DOENÇA CURÁVEL?... do Canto et al. ARTIGOS DE REVISÃO
mente aos raios ultravioleta tipo A de ulceração ou não, os níveis de Clark relação à espessura máxima da lesão
(UV-A) (2). Este último corresponde (Figura 2) e a espessura da lesão (Bres- maligna, variando entre abaixo de 0,75
a um dos dois principais tipos de ra- low) (Figura 2) (1, 2, 3). mm, entre 0,76 mm a 1,5mm, entre
diação que o sol emite, sendo a outra Os níveis de Clark, propostos em 1,5mm a 3mm, e acima de 3 mm.
principal a ultravioleta tipo B (UV- 1969 por Wallace Clark Jr., levam em
B). consideração o nível de invasão da lesão
melanocítica, iniciando-se na epiderme T RATAMENTO
e estendendo-se até a hipoderme cutâ-
D IAGNÓSTICO nea. O nível I corresponde à epiderme. O tratamento do melanoma cutâneo
O nível II corresponde à invasão parcial continua sendo baseado na cirurgia
O sucesso no tratamento dos pa- da derme papilar (camada mais superfi- (2,3,6). Muito tem se discutido nos úl-
cientes com melanoma cutâneo é ba- cial da derme). O nível III corresponde à timos 25 anos sobre a margem adequa-
seado, principalmente, no reconheci- invasão definitiva da derme papilar, es- da de excisão primária. Vários estudos
mento precoce de lesões com potenci- tendendo-se à interface derme papilar – foram conduzidos nas décadas de 80 e
al maligno (2). Para tal, utiliza-se a derme reticular. O nível IV corresponde 90 analisando as variáveis envolvidas
regra do ABCD, em que A correspon- à invasão definitiva da derme reticular na determinação de margem, sendo a
de à assimetria da lesão, B à irregula- (camada mais profunda e densa da der- espessura da lesão a principal delas (6).
ridade de borda, C à variação de cor e me), e o nível V corresponde à invasão Sendo assim, apesar de ainda
D ao diâmetro da lesão superior a 6 do tecido subcutâneo. existirem dúvidas, o consenso mais
mm2. Quando, adotando-se os critéri- Em relação à espessura de Breslow, aceito é de que para lesões com in-
os acima citados, existe a suspeita clí- proposta na primeira metade da déca- vasão de até 1mm, a margem de 1cm
nica de que se trate de melanoma, esta da de 70 por Alexander Breslow, é é adequada. Para lesões com invasão
lesão deve ser avaliada por dermato- complementar aos níneis de Clark e superior, a margem de 2cm é a mais
logista, visando à realização de exame determina diferentes prognósticos em aceita (2, 3).
chamado dermatoscopia. Esta última
consiste na visualização ampliada da
lesão com aparelhagem especial. A
partir daí, o dermatologista, através de Avaliação clínica
índices específicos, determina se aque-
la lesão melanocítica é, ou não, passí-
vel de biópsia excisional. Mais moder- Com alta suspeição de melanoma Com baixa suspeição de melanoma
namente, o mercado conta com os der-
matoscópios digitais, capazes de faze-
rem o controle de múltiplas lesões cu- Linfocintilografia ambulatorial Biópsia excisional
tâneas ao mesmo tempo, além de, atra-
vés de software específico, auxiliar o
No bloco cirúrgico: Exame anatomopatológico
dermatologista na determinação dos
Injeção de corantes na lesão
índices supracitados. (marcadores) e pesquisa com
Em relação à variação de cor, apro- PROBE na região marcada com Maligno Benigno
ximadamente 5% dos melanomas su- radioisótopos indicadas na
perficiais e até 50% dos melanomas linfocintilografia.
nodulares, são não pigmentados (2). Alta
Quando as características da lesão Biópsia do linfonodo-sentinela (LNS)
não são claras, deve-se recorrer à bi-
ópsia excisional diagnóstica, que, ide-
almente, deve conter uma margem mí- Exame anatomo-patológico transoperatório
nima de 2 mm (2).
Positivo
E STADIAMENTO Negativo
Esvaziamento
O melanoma cutâneo teve seu es- ganglionar
tadiamento revisado em 2002 pelo Acompanhamento
American Joint Commitee of Cancer Acompanhamento
(AJCC) (Figura 1), sendo levado em
Figura 1 – Pacientes com lesões cutâneas.
consideração, atualmente, a presença
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