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Eficiência Energética em Edifícios

1 - INTRODUÇÃO

Muito embora minha área de especialização e atuação seja a microeletrônica, área na


qual atuo como engenheiro do Centro de Condutores e Semicondutores– CCS - da
Unicamp, não foi possível deixar de lado a atual discussão a respeito do consumo de
energia, não só porque sou um cidadão, mas, sobretudo, porque sou um engenheiro
eletricista e físico, o que me confere uma maior responsabilidade quando o assunto a
ser tratado é energia ou eletricidade.

Este curso, portanto, é um apanhado de reflexões e estudos que venho fazendo


durante alguns anos. Meu interesse é o de compartilhar com você esta minha
preocupação com o consumo de energia, mas, sobretudo, deixá-la (o) a par da nova
regulamentação a respeito da eficiência energética em edifícios e da etiquetagem em
prédios públicos e privados comerciais.

Introduzo o tema proposto da seguinte forma:

Segundo dados do Ministério de Minas e Energia de 2007, do total de energia


produzida no Brasil 44% destinam-se a operação e manutenção de edifícios públicos,
privados residências e comerciais. Para se ter uma idéia, o setor comercial é
responsável por 14% deste total e as residências por 22%. Já os edifícios públicos
consomem 8%. Outro dado preocupante diz respeito a aquecimento e refrigeração que
representa 48% do consumo energético de um edifício.

O fato é que na altura do jogo esta realidade está em xeque-mate. Dizendo de um


outro modo: ou ocorre uma mudança ou uma mudança ocorre nos níveis de eficiência
energética em edifícios brasileiros. Não há mais tempo a ser perdido: o planeta
agoniza, nossa matriz energética pede água, já que a demanda é maior do que a
oferta, e estamos à beira de uma regulamentação de avaliação da conformidade para
eficiência energética de edifícios, indicando uma etiquetagem semelhante àquela dos
eletrodomésticos, que inicialmente será voluntária, mas tornar-se-á obrigatória em
2012.

O que significa que arquitetos e engenheiros civis, ou seja, projetistas de modo geral,
deverão elaborar seus projetos priorizando o conforto ambiental para obter uma
etiqueta de nível de eficiência A (mais eficiente) nos aspectos envoltória, iluminação e
condicionamento de ar, exigência não só do governo e futuros clientes de seus
projetos, mas, sobretudo, da natureza.

Portanto, o objetivo deste curso é o de contribuir com a compreensão do conceito de


conforto ambiental e da necessidade de integrar, no início do projeto, ferramentas de
simulação de eficiência energética.

Para atingir estes objetivos, pretendo oferecer elementos que torne possível:

• A construção do conceito de conforto ambiental;

• A compreensão da estreita relação entre conforto ambiental e eficiência


energética;

• A integração de ferramentas de simulação no processo do projeto.


2 - AQUECIMENTO GLOBAL

Comecemos, então, apresentando a problemática do meio ambiente:

Durante estes últimos anos tem sido constante as notícias, seja na televisão ou nos
jornais, a respeito do aquecimento global, efeito estufa, mudança no clima, emissão de
gases, emissão de CO2, razão pela qual já sabemos que nós, seres humanos,
interferimos no funcionamento climático da terra ao utilizarmos enquanto matriz
energética os combustíveis fósseis.

O problema é que no século XX aumentamos em 0,7º C o clima médio da Terra. Isso


já fez com que massas de gelo nos pólos derretessem gerando aumento no nível do
mar comprometendo ilhas, zonas costeiras em todo o mundo. Além disso, furacões,
ciclones ficaram mais intensos e destrutivos e as temperaturas mínimas mais altas
causando enxurradas e secas mais fortes e regiões com escassez de água tornando-
se desertos.

Caso continuemos assim, a vida no planeta Terra está comprometida. Ou pelo menos
a vida que conhecemos até hoje. É imperativo que ocorra uma mudança de hábitos,
de consumo, de modo de produção, enfim, de visão de mundo para barrar o que está
em curso.

As futuras gerações terão que encontrar meios para construir comunidades


sustentáveis e cabe a nós, a geração atual, iniciar o processo de neutralização dos
efeitos nefastos de nosso tão aclamado progresso.

Tópicos abordados:

• Vídeo 1: Mudanças do Clima, Mudanças de Vida:como o aquecimento


global já afeta o Brasil

• Vídeo 2: Uma Verdade Inconveniente

• Anexo 1: Mudanças Climáticas


1ª avaliação:

1) A afirmação abaixo é verdadeira ou falsa?

O efeito estufa é um fenômeno natural e, portanto, benéfico porque aquece a Terra


possibilitando a vida, mas a partir da industrialização tornou-se prejudicial porque tem
aquecido a Terra mais do que devia.

a) Verdadeira. Porque o modo de produção humano emitiu uma quantidade


excessiva de gases na atmosfera ampliando o efeito estufa e não permitindo a
saída da radiação solar. Com isso a Terra está se tornando mais quente,
podendo levar a extinção da vida.

b) Falsa. O efeito estufa não é um fenômeno natural. É um fenômeno criado pelo


modo de produção capitalista que ao fabricar inúmeros bens de consumo
gerou uma enorme quantidade de gases que, lançados na atmosfera, impedem
a saída da radiação solar.

2) O que é eficiência energética?

a) É uma energia mais potente.


b) É o aproveitamento de energia sem desperdício.
c) É uma energia proveniente dos combustíveis fósseis.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
3 – CONFORTO AMBIENTAL = EFICIÊNCIA ENERGÉTICA;

A par do que está ocorrendo com a natureza, nesta aula vamos saber o que ocorre
com o consumo de energia nos edifícios brasileiros e a solução encontrada pelo poder
público da Alemanha.

Segundo o Balanço Energético Nacional – BEN/2006, ano base 2005, O consumo final
de eletricidade atingiu 375,2 TWh, em 2005, montante 4,3% superior ao ano de 2004.
Nesse contexto, o consumo residencial, de 83,3 TWh, apresentou crescimento de
6,0%, o comercial, de 53,7 TWh, cresceu 7,2% e o industrial, de 175,2 TWh, expandiu
apenas 1,8%.

Muito embora nosso foco não seja o setor residencial, já que a etiquetagem nesta
primeira etapa irá regulamentar apenas edifícios públicos e privados comerciais, é
relevante saber alguns dados deste setor:

CONSUMO DE USO FINAL DE ENERGIA

Chuveiro = 24,0%
Ar Condicionado = 20,0%
Geladeira e freezers = 27%
Lâmpadas = 14%

Mas os dados do uso final de energia elétrica do setor comercial, em nível de país, são
os que mais nos interessa:

USO FINAL DE ENERGIA ELÉTRICA

Ar condicionado= 40,3%
Iluminação= 18,9%

Juntos somam 59,2% contra 15,5% das máquinas e equipamentos.


Para ter uma melhor visualização, vejamos:

SETORES DO COMÉRCIO

Setor Hoteleiro = 59% = climatização e iluminação

Setor Bancário = 58% = climatização e iluminação

Hospitais/Clínicas = 54% = climatização e iluminação

Instituições de Ensino = 69% = climatização e iluminação

Shopping Centers = 78%

Supermercados = 89% = refrigeração de alimentos, climatização e iluminação

De modo geral, podemos observar que a climatização e iluminação são os itens que
mais pesam no consumo final de energia.

Em um país tropical, iluminado durante todo o ano, cujos edifícios comerciais e


residenciais consomem a maior porcentagem de energia com iluminação , parece nos
indicar que há um problema a ser equacionado lá na prancheta do projeto de
construção: conforto ambiental = eficiência energética.
4 - POLÍTICA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO E USO RACIONAL DE
ENERGIA.

Com o advento da crise de energia de 2001, o governo federal iniciou um olhar mais
atento à problemática da energia: demanda x oferta. Surgiu, portanto, a necessidade
de criar mecanismos de conservação e uso racional de energia e, em um primeiro
movimento nesta direção, foi criada a Lei No 10.295, de 17 de outubro de 2001 que
dispõe a respeito da política nacional de conservação e uso racional de energia.

Neste momento, então, é instaurada a Política Nacional de Conservação e Uso


Racional de Energia que pretende alocar de modo eficiente os recursos energéticos e
a preservação do meio ambiente.

Além de prescrever que o Poder Executivo deverá estabelecer níveis mínimos de


consumo e máximo de eficiência energética de máquinas e aparelhos elétricos
fabricados ou comercializados no país, a Lei também diz, em seu artigo 4º, que o
Poder Executivo desenvolverá mecanismos que promovam a eficiência energética nas
edificações construídas em território nacional.

A partir disso, o Decreto n°4.059, de 19 de Dezembro de 2001, veio para regulamentar


a Lei n° 10.295/2001 e inúmeras normas técnicas foram promulgadas e publicadas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) a respeito de conforto
ambiental nas áreas de iluminação natural e desempenho térmico de edificações.

Vale destacar também o programa PROCEL EDIFICA (um programa de etiquetagem


de edifício) consoante com a Lei No 10.295/2001, tem por objetivo promover a
conservação e o uso eficiente da energia elétrica em edificações, reduzindo os
desperdícios e impactos sobre o meio ambiente.

Nos tópicos de estudo um pouco mais sobre normas técnicas e sobre o PROCEL
EDIFICA.

Tópicos abordados:

• Anexo 3: Normas Técnicas

• Anexo 4: PROCEL-EDIFICA
5 - ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA- ENCE

O título desta aula é Regulamentação de Avaliação da Conformidade para


Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos, portanto, é
esta regulamentação que discutiremos nesta 5ª aula. Comecemos, então, dizendo
que:

O Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o


Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO
divulgaram para consulta pública a Portaria №77, de 19 de março de 2009 –
Regulamento de Avaliação da Conformidade para Eficiência de Edifícios Comerciais,
de Serviços e Públicos.

Trata-se de apresentar a proposta de texto definitiva para:

• Aprovar o regulamento de Avaliação da Conformidade para Eficiência


Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos.

• Instituir, no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade –


SBAC, a etiquetagem voluntária para a eficiência energética de edifícios
comerciais, de serviços e públicos, a qual deverá ser feita consoante o
estabelecido no Regulamento ora aprovado.

O objetivo é o de estabelecer os critérios para o programa de avaliação da


conformidade do nível de eficiência energética para edifícios comerciais, de serviços e
públicos, através dos mecanismos de etiquetagem e inspeção, para utilização
da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – ENCE, atendendo aos
requisitos do Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE.

Tem por objetivo também atender à Lei №10.295/2001 e estimular o uso eficiente da
energia elétrica nos edifícios comerciais, de serviços e públicos.

E o que são edifícios comerciais, de serviços e públicos?

Edifícios públicos e/ou privados usados com finalidade que não a residencial ou
industrial.
São considerados comerciais, de serviços e públicos:

Instituições de Ensino Básico e Superior;


Clubes;
Clínicas Médicas e Veterinárias;
Hospitais;
Lojas Comerciais;
Postos deSaúde;
Bancos; Cinemas;
Teatros;
Restaurantes;
Bares;
Cafés;
Cabelereiros;
Academias de Ginástica;
Consultórios Médicos;
Edifícios Empresariais;
Sindicatos ou Associações de Classe;
Instituições ou Organizações Públicas;
Sede de Empresas ou Indústrias;
Hotéis;
Motéis;
Resorts;
Pousadas e similares;
Dentre outros.

A etiquetagem em edifícios será obrigatória?

Não. No momento é voluntária. Porém, a partir de 2012 será obrigatória.

A concessão de etiqueta será realizada em duas categorias:

Edifícios Novos

Edifícios Existentes

A ENCE – Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – aplicada a edifícios tem


como finalidade informar a eficiência energética do consumo de energia elétrica de
edifícios comerciais, de serviços e públicos, através de sua classificação que pode ser
de A (mais eficiente) até E (menos eficiente).
Como será a Etiqueta ?

Você encontra o modelo de etiqueta em última versão no Anexo I da


Regulamentação de Avaliação da Conformidade para Eficiência Energética de
Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos.

O que consta na etiqueta?

Na etiqueta consta :

• O nome completo do edifício;

• Endereço completo;

• Validade;

• Grupo tarifário de consumo;

• A classificação do nível de eficiência energética da edificação;

• Classificação dos sistemas individuais: envoltória, iluminação e


condicionamento de ar.

Sendo que :

Envoltória

zona bioclimática em que o edifício está localizado.

Sistema de iluminação

área de piso dos ambientes iluminados.

Sistema de condicionamento de ar

tipo do sistema e relação entre área condicionada e área útil da edificação.

Como será obtida a classificação do edifício ?

A classificação será feita em duas etapas:

Etapa 1) Avaliação do Projeto (etiquetagem)

Etapa 2) Inspeção, in loco, do edifício construído – por amostragem


Quem avalia o edifício?

Inspetores de laboratórios acreditados pelo INMETRO

Quem será o responsável por este programa de avaliação e inspeção?

O INMETRO

Como será o procedimento?

A 1ª etapa diz respeito à etiquetagem feita na fase do projeto solicitada pelo


proprietário e possui uma série de procedimentos todos esclarecidos no RTQ –
Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos.

A 2ª etapa refere-se à inspeção por amostragem do edifício e ocorre quando a obra é


finalizada e o Habite-se é expedido , neste momento, o proprietário deve solicitar a
confirmação da ENCE – Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – do projeto.

Há aumento no custo da obra com esta avaliação e etiquetagem?

Sim. Por volta de 5% a 7% , não mais do que isso.

Quando foi lançada a etiqueta?

Dia 2/07/2009 pela Eletrobrás/Procel e Inmetro.

Já existe no Brasil algum edifício com o ENCE?

Sim. São 5 edifícios :

• Agência da Caixa Econômica Federal (CEF) em Curitiba;

• Projetos da sede administrativa da CEF em Belém (PA);

• Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina


(SATC), em Criciúma;

• Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça (Fatenp), em Nova Palhoça (SC);

• Laboratório da Engenharia Ambiental (Cetragua) da Universidade Federal


de Santa Catarina.
Saiba todos os detalhes acessando o tópico de estudo abaixo:

Tópicos abordados:

• Regulamentação de Avaliação da Conformidade para Eficiência Energética de


Edifícios

• http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC001428.pdf

• Regulamentação para Etiquetagem Voluntária

• http://www.labeee.ufsc.br/eletrobras/Regulamentacao_Comercial_Final_V2.ppt

• Eficiência Energética em Edificações - Procel

• Segue para você o link da Procel específico sobre Eficiência Energética em


Edifícios. Nesta página você encontra:

as etapas da etiquetagem, documentos, os casos de edifícios já com etiqueta,


contatos e tudo mais necessário para você solicitar em sua obra esta
certificação.

Bom Estudo!

• http://www.labeee.ufsc.br/eletrobras/etiquetagem/edificios_comerciais_de_servi
cos_publicos.php
• 2a avaliação

1) O Regulamento de Avaliação da Conformidade para Eficiência de


Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos , tem como objetivo de
estabelecer os critérios para o programa de avaliação da conformidade
do nível de eficiência energética para edifícios comerciais, de serviços e
públicos, através dos mecanismos de etiquetagem e inspeção, para
utilização da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – ENCE,
atendendo aos requisitos do Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE.
Além deste objetivo há outro ?

a) Atender à Lei №10.295/2001 e estimular o uso eficiente da energia elétrica


nos edifícios comerciais, de serviços e públicos.

b) Se relacionar de forma ética e transparente com os diversos públicos , ou


seja, funcionários, proprietários, fornecedores, clientes, governo,
comunidade e meio ambiente, entre outros.

c) Reduzir os índices globais e específicos da quantidade de energia


necessária para a obtenção do mesmo resultado ou produto.

d) Nenhuma das alternativas anteriores.

a)

b)

c)

d)

2) A etiquetagem em edifícios será obrigatória?

a) Sim, a partir de agosto de 2009.

b) Sim, a partir de promulgada a Lei.

c) Não, é voluntária.Será obrigatória só em 2012.

d) Não. Sempre será voluntária.

e) Nenhuma das alternativas anteriores.

3) Como será obtida a classificação do edifício?

a) Em uma etapa:avaliação do projeto


b) Em uma etapa: quando o edifício estiver pronto haverá uma inspeção
no local.
c) Em duas etapas: avaliação da obra e depois avaliação do edifício já
finalizado.
d) Em duas etapas: Avaliação do Projeto (etiquetagem) e Inspeção do
edifício construído.
4) Quem solicita a avaliação em projeto para expedição da ENCE de projeto ?

a) Aquele que assina pelo projeto

b) O proprietário.

c) O INMETRO passa pela obra e faz o pedido.

d) Ninguém. Não há necessidade de solicitar a avaliação em projeto.

e) Nenhuma das alternativas anteriores.

5) Há dois métodos para avaliar o projeto. Quais são eles?

a) Prescritivo e Simulação

b) Simulação e Consultivo.

c) Consultivo e Prescritivo.

d) Descritivo e Prescritivo

e) Simulação e Descritivo

6) As diferentes opções de avaliação do nível de eficiência implicam em custos


distintos para o proprietário.

A afirmativa acima é:

a) Falsa.

b) Verdadeira.


6 – CONSUMO DE ENERGIA DE UM EDIFÍCIO

Um edifício é um produto consumidor de energia e isso se deve a:


Só podemos entendê-lo em sua forma multifacetada, como um sistema contido em um
outro sistema. Somente deste modo é possível saber a respeito de sua capacidade
energética sem desperdiçá-la.

Mas, nesta aula, nos interessa saber a respeito do consumo de energia de um edifício
e, para isso, usaremos a divisão proposta por David Lloyd Jones, em seu
livro Architecture and the environment - bioclimatic building design:

• Energia incorporada

Aquela que está presente nos materiais e componentes da construção;

• Energia induzida

Aquela utilizada na obra;

• Grey Energy

Eu diria que poderíamos chamar de energia esfumaçada ou cinzenta com origem na


queima de combustíveis para deslocamento dos materiais do local de fabricação até a
obra;

• Energia de operação

É a energia que colocará o edifício em operação, portanto, diz respeito a vida útil do
edifício e é a mais estudada;

• Energia para demolição ou reciclagem.


Aquela utilizada quando ocorre uma demolição ou uma reforma no edifício.

Por intermédio do gráfico abaixo é possível notar que a energia de operação atua no
maior período de vida de um edifício, razão pela qual é a mais estudada, no entanto,
as demais não devem ser relegadas ao esquecimento, porque é preciso atuar apoiado
em uma visão sistêmica visando atingir o objetivo pretendido: eficácia energética.

• Energia Incorporada

• Grey Energy

• Energia de Operação

• Estudo para Cálculos em Edifícios Residenciais

3a avaliação

1) Segundo Tavares e Lamberts, em seu estudo Consumo de Energia para


Construção , Operação e Manutenção de Edificações Residenciais no Brasil,
quais são as etapas do ciclo de vida de uma edificação?
a) Pré-operacionais, Operacionais e Pós-Operacionais.

b) Pré-Operacionais e Operacionais.

c) Operacionais e Pós-Operacionais.

d) Operacional.

2) Qual é a conclusão do estudo de Tavares e Lamberts ?

a) Os resultados enfatizam que a energia embutida não é relevante no ciclo de


vida das edificações.

b) Os resultados enfatizam que a energia embutida é relevante no ciclo de vida


das edificações apenas na projeção de 50 anos.

c) Os resultados enfatizam que a energia embutida é relevante no ciclo de vida


das edificações, não apenas na projeção de 50 anos, mas também na condição
de momento.

d) Os resultados enfatizam que a energia embutida é relevante no ciclo de vida


das edificações na condição de momento.

a)

b)

c)

d)

7 - CONFORTO AMBIENTAL

Vimos que no Brasil os edifícios comerciais, públicos ou privados, possuem um


considerável consumo de energia em condicionamento de ar e iluminação. Por outro
lado, pesquisas indicam que poderá haver uma redução deste consumo na ordem de
50% se uma intervenção ocorrer na fase do projeto e de 15% se melhorias forem
feitas em edifícios já construídos. (ROMERO, GONCALVES, GUGLIELMETTI, 2001).
Atualmente existe uma grande preocupação no Brasil em destacar a importância de
um projeto de arquitetura que leve em conta o conforto ambiental visando extrair do
edifício eficiência energética.

É sobre isso que estudaremos nesta aula: o conceito de conforto ambiental.

Mas o que é conforto ambiental?

Ao dizer conforto ambiental, refiro-me àquele ambiente construído que proporciona


conforto para aqueles que dele fazem uso de tal forma que o consumo de energia seja
o mínimo possível.

De modo que as questões envolvendo calor/frio, luz/sombra, ar fresco/ar viciado,


dentre outros, dizem respeito ao conforto ou desconforto de um determinado
ambiente. Como precisamos nos sentir bem, precisamos buscar obter o maior conforto
possível de um ambiente construído e para isso é preciso conhecer todas as variáveis
que o envolve.

Para se construir um ambiente confortável e com vistas à diminuição do consumo de


energia elétrica é preciso considerar as características do local que será construído o
edifício: o clima, o envoltório, a topografia, as condições socioeconômicas. Além disso,
é preciso saber para quem e para quê se destina aquela construção.

Tudo isso requer levantamento de dados, cálculos e dispêndio de tempo impedindo


que muitos projetistas atinjam o objetivo do conforto ambiental visando à eficiência
energética.

Ocorre que isto tem que mudar em função da etiquetagem de edifícios que passa a
ser obrigatória em 2012. Por isso arquitetos, engenheiros civis e projetistas precisam
contar com novas habilidades e competências, como também, com um período maior
para o planejamento do projeto.

Nos tópicos de estudos, abaixo relacionados, iremos estudar com mais profundidade
alguns itens importantes para atingir o conforto ambiental.

Tópicos abordados:

• Homeotermia
Para calcularmos um ambiente confortável para o usuário é preciso considerar uma
zona de conforto térmico. Em caso de humanos as grandezas ambientais
(temperatura, umidade relativa, velocidade do ar e radiação solar), a atividade física
desenvolvida e a vestimenta usada são importante fatores para definir os limites de
conforto, muito embora seja uma tarefa bastante difícil. É sobre isso que trata o estudo
do Prof.Edmundo Rodrigues. Boa Leitura!

• http://ead.sitescola.com.br/arquivo/documento/homeotermia.pdf

• Clima

• http://www.ufrrj.br/institutos/it/dau/profs/edmundo/Cap%EDtulo4-
Climatologia.pdf

• Processos de Transmissão de Calor

• http://www.ufrrj.br/institutos/it/dau/profs/edmundo/Cap%EDtulo2-Transmiss
%E3o%20de%20Calor.pdf

• Normalização do Conforto Ambiental

• http://www.labeee.ufsc.br/conforto/index.html

• 4a avaliação

1) Qual o significado de conforto ambiental discutido na 7ª aula ?

a) Ambiente construído que proporciona conforto para aqueles que dele fazem
uso de tal forma que o consumo de energia seja o mínimo possível.

b) É o conforto que um ambiente gera para aquele que dele faz uso

c) É um ambiente agradável e harmonioso

d) Nenhuma das alternativas anteriores.

a)

b)

c)

d)

2) Segundo o Edmundo Rodrigues em seu estudo de Fisiologia da Homeotermia,


quais são as variáveis na fixação da zona de conforto térmico humano ?
a) As grandezas ambientais (temperatura, umidade relativa, velocidade do ar e
radiação solar) e vestimenta usada.

b) A atividade física desenvolvida e vestimenta usada.

c) As grandezas ambientais (temperatura, umidade relativa, velocidade do ar e


radiação solar), a atividade física desenvolvida e a vestimenta usada .

d) As atividades físicas desenvolvidas e as grandezas ambientais (temperatura,


umidade relativa, velocidade do ar e radiação solar)

a)

b)

c)

d)

3) À luz do estudo sobre Clima do Edmundo Rodrigues diga se a afirmativa


abaixo é falsa ou verdadeira:

Cartas bioclimáticas. são cartas que associam informações sobre a zona de


conforto térmico, o comportamento climático do local e as estratégias de projeto
indicadas para cada período do ano.

a) Falsa.

b) Verdadeira.

4) No site do Projeto de Normalização de Conforto Ambiental da Universidade


Federal de Santa Catarina , bem na área Térmica há o mapa abaixo. Ele
representa:
a) O clima brasileiro.

b) A vegetação brasileira.

c) O zoneamento bioclimática brasileiro.

d) Nenhuma alternativa anterior.

8ª Aula
Nesta 8ª aula, chegamos ao projeto propriamente dito e, diante da Etiqueta Nacional
de Conservação de Energia – ENCE , que avaliará se o edifício é muito eficiente (A)
ou pouco eficiente (E), é recomendável que um planejamento seja realizado para as
primeiras decisões projetuais com vistas ao desempenho energético.

Comecemos a pensar no planejamento do projeto pelo Anexo II do Regulamento de


Avaliação da Conformidade do Nível de Eficiência Energética para Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos pois é nele que encontraremos a lista de
documentos necessários para a classificação no nível de eficiência energética no
projeto.

A partir desta ciência, poderemos utilizar uma metodologia de trabalho que inclua:

Seleção de condicionantes - definição dos recursos de projeto - ante-projeto –


avaliação térmica, luminica e afins – simulações por intermédio de programas -
projeto executivo e detalhamento.(Delbin,2006)

Em definitivo o que é preciso utilizar:

Desempenho térmico relacionado a : orientação das aberturas; possibilidade de


sombreamento;ventilação propiciada pelas aberturas, em relação a sua
localização e dimensionamento; cores e espessura das paredes do envelope de
um edifício;

Avaliação da radiação solar incidente;

Carta Solar;

Carta Bioclimática;

Análise de insolação para horários e datas determinadas;

Método para dimensionar protetores solares;

Previsão de efeito chaminé como estratégia de ventilação;


Análise dos ventos dominantes;

Avaliação térmica; dentre outros.

Vejamos ainda o que nos sugere Alucci (1998) em seu Conforto térmico, conforto
lumínico e conservação de energia :

Nos tópicos abaixo você encontrará a lista de documentos necessários para a


etiquetagem , bem como , o projeto da Casa Eficiente e outros estudos bastante
importantes para o momento do projeto.

Tópicos abordados:
• Documentos para a ENCE - Método Prescritivo

• Documentos para a ENCE - Método de Simulação

• Eficiência Energética na Arquitetura

• Dados Climáticos para Projeto e Avaliação Energética

• Casa Eficiente

• Bank of América Tower

9a aula

Esta é a nossa última aula. Espero que até aqui você tenha compreendido que:

Assumir o conforto ambiental enquanto pressuposto para se obter eficiência


energética é garantia de se obter um projeto classificado em nível A;

O conforto ambiental somente é possível se, desde o início do projeto, cálculos


eficazes forem realizados.

Para atingir estas duas premissas há ferramentas que nos auxiliam: são os
simuladores.

O desempenho de edificações conta com uma significativa melhora na prática de


simulação, porque as informações obtidas potencializam a competitividade, a
qualidade e a eficiência na indústria da construção, bem como, mantém um nível
competitivo no mercado. Em função disso, nos últimos anos, houve um aumento no
número de profissionais usando ferramentas de simulação de conforto ambiental e
eficiência energética.

No entanto, vale destacar que uma grande parte dos projetistas ainda não domina os
programas de simulação e modelagem e, portanto, não utilizam este grande auxílio em
seus projetos.
As barreiras para o uso de simulação são muitas (DELBIN,2006):

Barreiras Culturais e Econômicas

Relacionam-se com os honorários dos serviços prestados e a


compra,manutenção e atualização dos softwares. Se por um lado os
investidores do mercado imobiliário buscam resultados rápidos e abaixo custo,
por outro, os projetistas não disponibilizam tempo para se familiarizarem com
modelagem e simulação. Há uma forte percepção por parte dos projetistas de
que a simulação é um processo de alto custo e que demanda muito tempo, que
requer equipamentos caros e especiais, bem como um conhecimento
especializado, tempo para preparação dos dados de entrada e interpretação
dos resultados que inflaciona os custos do projeto.

Barreiras Tecnológicas

As maiores responsáveis pela não disseminação de simulação entre os


profissionais da área de projeto arquitetônico são as barreiras tecnológicas.
Além da falta de um modelo a ser seguido pelas estações meteorológicas para
se obter dados climáticos, falta de uma base de dados de propriedades
termofísicas de materiais construtivos nacionais e também de outros tantos
relativos a influência da vegetação, as ferramentas de simulação nacionais não
ultrapassam problemas específicos e as estrangeiras possuem a barreira da
língua e de contexto. Somando a isso, ferramenta de simulação diferentes
utilizam diferentes modelos, os quais são incompatíveis entre si. O uso de
múltiplas ferramentas requer a preparação de múltiplos arquivos de entrada de
dados, um para cada ferramenta de simulação.

Apesar disto, a tendência é uma mudança neste quadro, porque a atual geração de
ferramentas é mais acessível a novos usuários e as exigências do mercado
certamente farão com que estas barreiras sejam transpostas.
Em geral programas de simulação de consumo energético apresentam os seguintes
esquema de cálculos:

Segue disponibilizado para o seu estudo, nos tópicos abaixo, algumas indicações de
programas de simulação estrangeiros e nacionais com a descrição, bem como, os
links para que o download seja feito, caso queira conhecê-los melhor. Bom Estudo!

Tópicos abordados:

• Programas de Simulação Estrangeiros

• Programas de Simulação Brasileiros

• ECOTECT - um estudo

• 5a avaliação

10a aula
Término de curso!

Foi um prazer tê-la (o) aqui durante todo este tempo de estudo!

Espero que o curso tenha contribuído com suas reflexões junto ao conceito de
conforto ambiental e eficiência energética.

Para finalizá-lo, basta clicar em Finalizar Curso no final desta página. Mas não deixe
de enviar uma mensagem, por intermédio de sua Caixa de Mensagensavisando a
respeito do término, desse modo você agiliza a expedição de seu certificado.

Abraços e até uma próxima oportunidade!

Bibliografia

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