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HISTÓRIA DO CONCEITO DE DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS

Dr.Wagner Paulon
2008
Medicina psicossomática é um novo termo, mas descreve uma concepção da
medicina tão velha como a própria arte de curar. Os médicos sempre souberam
que a vida emocional tinha algo a ver com a doença, mas os conceitos
estruturais introduzidos por Virchow levaram a separar a doença da psique
humana e a considerá-la como sendo apenas uma perturbação de órgãos e
células. Com esta separação das doenças em mui diversas moléstias, veio a
formação dos especialistas para atenderem às diversas enfermidades. Com os
especialistas surgiu o emprego dos instrumentos de precisão e teve início a
mecanização da medicina.

A medicina atual limita-se ao estudo do organismo como um mecanismo


fisiológico, evidenciado pela química do sangue, pela eletrocardiografia e
outros métodos de investigação, mas não revelando e, em verdade,
freqüentemente conservando pouco significativo, o fundo psicológico do
paciente, o qual não foi considerado tão científico como os resultados dos
estudos de laboratório. Este período pode, em verdade, ser referido como a
"idade da máquina da medicina". Não se pode negar que notáveis
desenvolvimentos ocorreram durante este período de ascendência do
laboratório, mas deve ser admitido também que o lado emocional da doença foi
quase inteiramente negligenciado.

No estudo das doenças psicossomáticas (menos de um século) o conceito de


uma única causa específica, foi gradativamente dando lugar ao ponto de vista
moderno de fatores variados atuantes. Os primeiros trabalhos não faziam
distinção entre conversão histérica e reações psicossomáticas.

As figuras centrais no campo da medicina psicossomática foram Cannon,


Deutsch, Selye, Dunbar, Alexander, Mirsky, e Wolf. Cannon apresentou
excelentes evidências fisiológicas de sua hipótese da "luta ou fuga", expondo o
papel da secreção de epinefrina. Deutsch pensou que um órgão específico era
sensibilizado no início da vida por um trauma, e por isto, acompanhado de
reação emocional (organo-neurose). A "unidade psicossomática" então criada,
achava-se posteriormente disponível para responder a vários conflitos.

O conceito de "doenças de adaptação" de Selye enfatizou o papel do sistema


hipófise-suprarenal em sua reação ao stress como sendo responsável por
várias doenças. O perfil específico de personalidade de Dunbar ("caráter
hipertensivo", "personalidade ulcerosa") exprimia correlações estatísticas entre
doenças e tipos de personalidade, por exemplo: trombose das coronárias e
tipos competitivos, autoconfiantes e agressivos. Estudos posteriores,
entretanto, não confirmaram os trabalhos de Dunbar.

Franz Alexander introduziu o conceito fundamental de "conflito psicodinâmico"


subjacente (especificidade do conflito): haveria relações específicas entre
certas constelações emocionais e certas respostas fisiológicas, por exemplo: o
desejo de receber afeto (conflito de dependência) e ulcera péptica ou o medo
da separação materna e asma. Os conflitos podem mudar em um paciente no
decorrer dos anos. Deste modo, pode-se explicar duas desordens
psicofisiológicas em um mesmo paciente (artrite reumatóide e ulcera péptica,
asma brônquica e doença coronariana).
Além do trauma emocional, do perfil da personalidade e do conflito emocional,
também fatores constitucionais foram valorizados. Os estudos de Mirsky sobre
a variabilidade individual da secreção cloridropéptica, constituem importantes
contribuições nesta área.

Sterwart Wolf, foi responsável por um novo enfoque: múltiplas forças


convergindo no “paciente, agora" - incluindo forças biológicas, psicológicas,
sociais, econômicas, hereditárias, familiares, ambientais etc. Esta corrente
enfatiza Componentes etiológicos multifatoriais que interagem e produzem
alterações através de complexos mecanismos fisiológicos e tieuroquímicos.

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