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emanuel
dimas de melo
pimenta 2010
TEMPO ZERO
emanuel dimas de melo pimenta
2010
Primeira edição, 2010
www.emanuelpimenta.net
www.asa-art.com
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prévia autorização escrita dos detentores dos direitos autorais. Copyrights das imagens: dos seus autores. Direitos reservados.
TEMPO ZERO
emanuel
dimas de melo
pimenta 2010 para Doru Paul
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6 64
5 81
4 111
3 147
2 184
1 198
ZERO 238
bibliografia 271
nomes 281
breve bio 284
Este livro é o resultado da minha conferência sobre o
Tempo no Instituto Cultural Romeno, na cidade de Nova York
em outubro de 2009.
SETE
E
m e l o
tempo
Grafitte no Pecan Street Café, em Austin, Texas, anotado por John Archibald Wheeler
d e
informação.
natureza dissipativa.
da idéia de eternidade.
1
Z
eternidade.
E
0
princípios de diferenciação.
conhecemos.
questão estética.
conceito que significa tudo ser tomado num único lance. Por
sua vez, a audição é desenhada pela diacronia.
1
Z
fatores de tempo.
m e l o
indicadores.
luminoso induz uma descarga que pode ser mantida por pouco
m e l o
temporais’».
informacional.
sentido do tempo.
inevitavelmente ligados.
sentido do tempo.
E
0
relacionado à visão.
qualidade do sono.
do tempo.
E
0
segundo.
nível lógico.
fenômenos...».
m e l o
século XIX?
tornaria um clássico.
E
0
dois.
1
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de espaço tempo.
E
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espaço-tempo.
em função da escala.
E
0
ele é infinito.
1
Z
predicação.
SEIS
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m e l o
1
Ame uma pessoa com todo o fervor, beije-a na boca: então, o tempo
Z
Erwin Schrödinger
d e
na física.
estivessem ligadas.
coordenadas.
Bruneleschi.
e à música.
Idade Média.
simplificando e uniformizando.
tempo.
exemplo.
1
Z
CINCO
1
Z
escrita – e não por outro motivo, é apenas com ela que temos
aquilo a que chamamos de história.
d i m a s
estrutura lógica.
do universo Mesopotâmico.
1
Z
cuneiforme arcaico.
que reinou entre 2332 e 2283 aC, escrevia que tinha o cuidado
de contar todas as horas de trabalho exigidas pelo Estado,
1
Z
atividades humanas».
do tempo.
universo aristotélico.
m e l o
eternidade.
1
Z
sumério.
partes.
pensamentos».
podemos elaborar.
m e l o
Tudo tem uma identidade definida. Por isso, é a lógica que está
nas raízes da tecnologia da perspectiva plana a responsável
pela emergência do sentido de indivíduo, tão lucidamente
E
fortemente predicativo.
fotográfico.
móveis de Gutenberg.
QUATRO
m e l o
1
Z
Quando você se senta com uma bela garota durante duas horas, você
pensa que apenas um minuto se passou. Mas, quando você se senta
sobre um fogão quente por um minuto, pensará que duas horas se
d e
Albert Einstein
d i m a s
presente.
m e l o
absoluto.
fundamental da audição.
m e l o
A não há tempo».
m e l o
vemos agora que ele é, e o que agora é futuro deve ser apenas
o que nós veremos ser quando se tornar passado. A diferença
sentida de qualidade entre passado e futuro, portanto, não é
I
T
2
O
p i m e n t a 120
R
o tempo emergiram.
enquanto presente.
de relações.
mundos possíveis.
tempo».
m e l o
a coisa em si.
parcial.
resultado.
é o presente.
instante».
Genial.
d e
‘invenções’ da consciência».
m e l o
TRÊS
1
Z
lu cuntu nun metto tempo (numa história o tempo não tem tempo)
Não foi a dominação de um povo por outro que significou
o nascimento daquilo a que chamamos vulgarmente de
d e
as coisas:
m e l o
sucesso.
de perigo.
E
0
depois do carnaval”.
morte.
tempo.
universo egípcio.
m e l o
diagrama de Husserl.
serpente.
cronológico e causal.
agora e depois.
Eu aprendi no passado.
ele “é” e ele “será”, mas a verdade é que apenas o ele é pode
m e l o
presente momento-Agora».
Aristóteles.
ações».
supostos acontecimentos.
relações de contiguidade.
que seja a sua escala. Na escala celeste, tal como a antiga idéia
de tempo profundo, é resultado dos movimentos das esferas;
1
Z
mecânico.
visuais.
DOIS
m e l o
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Z
princípio da causalidade
Étienne Klein
d i m a s
Intelectual».
m e l o
do movimento.
1
Z
substância.
m e l o
que ele cessa de soar, já será passado e não mais será qualquer
coisa que possa ser medida». Ainda assim, continua Agostinho,
«não são as coisas em si mesmas o que eu meço, elas que não
d e
distensão.
E
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transita aquilo que era futuro para se tornar passado. Mais esta
ação avança e avança, mais se abrevia a espera e mais se alonga
a memória, até que a toda a espera seja esgotada, quando toda
d i m a s
representação.
E
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UM
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Z
único contemporâneo.
revolução.
1
Z
ocidente.
Gutenberg.
simultaneamente.
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correspondência.
complementaridade.
ano.
entre 1699 e 1711, durante doze anos, houve uma feroz disputa
entre Newton e Leibniz pela prioridade na invenção do cálculo
infinitesimal – que ficaria conhecida como a controvérsia do
d i m a s
cálculo.
E
0
tal sorte que nem o agora nem a indicação do agora são algo
simples e imediato, mas um movimento que tem em si diversos
E
0
cogito de Descartes.
esquecimento.
1
Z
e desapareces...».
anos antes.
fatores».
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dimensão interativa.
mesmo fenômeno.
dimensão.
ZERO
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m e l o
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Paul Valery
d e
quadro lógico.
E
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século XXI.
m e l o
existência.
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estaria morto.
afirmava Lewis.
m e l o
grandes dimensões.
de David Lewis.
causalidade.
E
0
Supercordas.
conhecemos.
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Z
loop.
E
0
excluído.
1
Z
contradição».
m e l o
e compreendemos, já é passado.
m e l o
Natureza. Você nunca diz para si mesmo, ‘eu posso fazer isto ou
aquilo tanto amanhã como hoje’? (...) Seja verdadeiro ou não
1
Z
ele não age exceto através da sua idéia, isto é, como uma lei
atual; é Necessária ou Possível, as quais são do mesmo modo
pois estando a Negação fora da categoria de Modalidade não
d i m a s
como necessidade.
E
0
palavra fábula.
1
Z
presente».
d i m a s
E
0
M
e m a n u e l
I
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breve bibliografia
- HEIDEGGER, Martin – Sein und Zeit, transl. O Ser o Tempo, Lisboa, 1990
- SACHS, Curt - Rhythm and Tempo: A Study in Music History, Norton, New
York, 1953
Em 2008 ele compôs a primeira ópera sobre a Divina Comédia de Dante Alighieri
na história da música, que teve a primeira audição mundial no Festival Abstracta, em
Roma, Itália. Em 2009, o seu concerto CANTO6409, em parceria com o diretor de cinema
italiano Dino Viani, que foi responsável pelo filme, teve a sua primeira audição mundial
no Festival Internacional de Cinema de Cannes, na França.
Legendários músicos como John Cage, David Tudor, Takehisa Kosugi, John
Tilbury, Christian Wolff, Martha Mooke, John DS Adams, Maurizio Barbetti, Michael
Pugliese, Umberto Petrin, Susie Georgetis, Audrey Riley e o Manhattan Quartet têm
interpretado as suas composições.
Seus concertos têm sido realizados em alguns dos mais prestigiosos teatros de
todo o mundo, como o Lincoln Center e o The Kitchen em Nova York; a Opera Garnier
ou o Theatre de La Ville em Paris; o Shinjuku Bunka Center em Tokyo, o Teatro Municipal
de Montpellier, o Festival de Aix en Provence, o MASP Museu de Arte Moderna de São
Paulo, e o La Fenice em Veneza entre outros.
Tem sido, ainda, curador para diversas instituições, como a Bienal de São Paulo
(arquitetura) no Brasil; a Fundação Calouste Gulbenkian, em Portugal; a Trienal de Milão,
na Itália; e o Centro Cultural Belém em Lisboa, entre outros.
Emanuel Pimenta vive entre Locarno, Suíça, que é a sua residência principal,
Nova York e Lisboa. O seu site na Internet é www.emanuelpimenta.net