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REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS 

DIRETORES PARTICIPATIVOS 

Pr oposta de Roteir o para Avaliação dos Planos Dir etor es 

Nome do pesquisador: Francisco Filomeno de Abreu Neto. 
E­mail e telefone de contato: filomenoabreu@yahoo.com.br e 85 87221608. 
Município: Tabuleiro do Norte 
Número da lei: 882. 
Data da aprovação do Plano Diretor: 10 de outubro de 2006. 
Estado: Ceará. 

A. Informações gerais do município. 

1.  Caracterização socio­demográfica e econômica do município. Para essa caracterização podem 
ser utilizadas fontes secundárias (dados IBGE) e o próprio diagnóstico utilizado no Plano Diretor. 
Além  disso,  se  possível,  buscar  situar  o  contexto  sócio­político  no  qual  o  Plano  Diretor  foi 
elaborado. 

a) população urbana e rural (Contagem 2007 – IBGE) e sua evolução nos últimos 20 anos. 

Tabela 1.5.10 ­ População r ecenseada, por  situação do domicilio e sexo, segundo os municípios 


­ Cear á – 2007 

Municípi  População recenseada, por situação do domicílio e sexo 
os  Total  Urbana  Rural 
Total(  Homen  Mulhere  Total(  Homen  Mulhere  Total(  Homen  Mulhere 
1)  s  s  1)  s  s  1)  s  s 
Tabuleiro  28  13 
14 390  17 365  8 160  9145  10 926  5 654  5245
do Norte  291  814 


Tabela 202 ­ População r esidente, por sexo e situação do domicílio 

Município = Tabuleiro do Nor te ­ CE 

Var iável = População residente (Pessoas) 

Sexo = Total 

Ano 
Situação do domicílio 
1970  1980  1991  2000 

Total  19.421  23.243  25.106  27.098 

Urbana  5.507  8.973  12.687  15.852 

Rur al  13.914  14.270  12.419  11.246 

Nota: 
Para os anos de 1970, 1980 e 1991: 
1 ­ Dados da Amostra 
Para o ano de 2000: 
1  ­  Para  os  níveis  territoriais  Bairro,  Subdistrito,  Região  Metropolitana  e Região  Metropolitana  e 
Subdivisão só existem dados carregados para o ano de 2000. 
2 ­ Nem todos os municípios possuem subdistritos e bairros. 
3 ­ A RIDE (Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno) é composta por 
municípios das unidades da federação Minas Ger ais, Goiás e Distr ito Feder al. 
4 ­ De acordo com a legislação vigente, alguns subdistritos estão contidos em mais de um distrito, 
conforme listado abaixo: 
Município de Fortaleza: 
Subdistrito Antonio Bezer ra faz parte dos distritos For taleza e Antonio Bezer r a 
Subdistrito Conjunto Ceará faz parte dos distritos Antonio Bezer ra e Mondubim 
Município de Cuiabá: 
Subdistritos Administr ação Regional Centro­Leste e Administração Regional do 
Norte fazem parte dos distritos Cuiabá e Coxipó da Ponte 
Município de Belo Horizonte: 
Subdistrito Oeste faz parte dos distritos Belo Hor izonte e Bar reir o 
Subdistritos Nor deste, Pampulha e Venda Nova fazem parte dos distritos 
Belo Horizonte e Venda Nova 
5 ­ Dados do Universo


6 ­ Para 1996: dados análogos podem ser obtidos na tabela 475 da Contagem da População. 
Fonte: IBGE ­ Censo Demográfico 2000 

b) evolução da PEA por setor nos últimos 10 anos. 

Tabela 616 ­ Pessoas de 10 anos ou mais de idade por  grupos de idade, condição de atividade 


na semana de r efer ência, sexo e situação do domicílio 

Município = Tabuleiro do Nor te ­ CE 

Var iável = Pessoas de 10 anos ou mais de idade (Pessoas) 

Gr upos de idade = Total 

Ano 
Condição de atividade  Sexo  Situação do domicílio 
1991  2000 

Total  19.168  21.671 


Total  Ur bana  10.014  12.910 

Rur al  9.154  8.761 

Total  9.419  10.558 


Total  Homens  Ur bana  4.671  5.958 

Rur al  4.748  4.600 

Total  9.749  11.113 


Mulheres  Ur bana  5.343  6.953 

Rur al  4.406  4.160 

Economicamente ativa  Total  9.810  11.956 


Total  Ur bana  5.091  7.329 

Rur al  4.719  4.628 

Total  7.058  7.574 


Homens  Ur bana  3.320  4.357 

Rur al  3.738  3.217 

Mulheres  Total  2.752  4.382 

Ur bana  1.771  2.972


Rur al  981  1.410 

Total  9.358  9.715 


Total  Ur bana  4.923  5.582 

Rur al  4.435  4.133 

Total  2.361  2.984 


Não economicamente ativa  Homens  Ur bana  1.351  1.601 

Rur al  1.010  1.383 

Total  6.997  6.731 


Mulheres  Ur bana  3.572  3.981 

Rur al  3.425  2.750 

Nota: 
Para 1991: 
1 ­ Os dados são da Amostra 
Para 2000: 
1 ­ Os dados são dos Primeiros resultados da Amostra 
Fonte: IBGE ­ Censo Demográfico 

c) estratificação da população por renda e sua evolução nos últimos 10 anos. 

Tabela 2903 ­ Pessoas de 10 anos ou mais de idade por  gr upos de anos de estudo, sexo e classes 


de rendimento nominal mensal 

Município = Tabuleiro do Nor te – CE 

Var iável = Pessoas de 10 anos ou mais de idade (Pessoas) 

Grupos de anos de estudo = Total 

Ano = 2000 

Sexo  Classes de r endimento nominal mensal 

Total  Total  21.671 

Até 1/4 de salár io mínimo  433


Mais de 1/4 a 1/2 salár io mínimo  1.210 

Mais de 1/2 a 1 salár io mínimo  5.855 

Mais de 1 a 2 salários mínimos  2.685 

Mais de 2 a 3 salários mínimos  830 

Mais de 3 a 5 salários mínimos  587 

Mais de 5 a 10 salár ios mínimos  367 

Mais de 10 a 15 salários mínimos  130 

Mais de 15 a 20 salários mínimos  52 

Mais de 20 a 30 salários mínimos  51 

Mais de 30 salários mínimos  18 

Sem r endimento  9.453 

Total  10.558 

Até 1/4 de salár io mínimo  258 

Mais de 1/4 a 1/2 salár io mínimo  669 

Mais de 1/2 a 1 salár io mínimo  2.899 

Mais de 1 a 2 salários mínimos  1.712 

Mais de 2 a 3 salários mínimos  544 
Homens  Mais de 3 a 5 salários mínimos  463 

Mais de 5 a 10 salár ios mínimos  269 

Mais de 10 a 15 salários mínimos  91 

Mais de 15 a 20 salários mínimos  52 

Mais de 20 a 30 salários mínimos  38 

Mais de 30 salários mínimos  18 

Sem r endimento  3.544 

Mulheres  Total  11.113 

Até 1/4 de salár io mínimo  174 

Mais de 1/4 a 1/2 salár io mínimo  541 

Mais de 1/2 a 1 salár io mínimo  2.955


Mais de 1 a 2 salários mínimos  973 

Mais de 2 a 3 salários mínimos  286 

Mais de 3 a 5 salários mínimos  124 

Mais de 5 a 10 salár ios mínimos  98 

Mais de 10 a 15 salários mínimos  39 

Mais de 15 a 20 salários mínimos  ­ 

Mais de 20 a 30 salários mínimos  14 

Mais de 30 salários mínimos  ­ 

Sem r endimento  5.909 

Nota: 
1 ­ Dados da Amostra 
2 ­ Salário mínimo utilizado: R$ 151,00. 
3 ­ A categoria Sem r endimentos inclui as pessoas que receberam somente em benefícios. 
Fonte: IBGE ­ Censo Demográfico 

d) déficit habitacional e déficit de acesso aos serviços de saneamento ambiental. 

Não foram disponibilizadas pelo município informações neste sentido. 

2.  Localização  do  município  em  tipologia  a  ser  utilizada  na  metodologia  de  avaliação. 
Utilizaremos  (i)  a  tipologia  municipal  produzida  pelo  Observatório  das  Metrópoles  (trabalho 
coordenado  pela  Tânia  Bacelar)  e  reformulada  pela  Ermínia  Maricato  para  o  Planab,  e  (ii)  a 
tipologia  produzida  pelo  Observatório  sobre  o  grau  de  integração  dos  municípios  às  metrópoles, 
especificamente para os municípios situados em regiões metropolitanas. 

TABULEIRO  H ­ Centros urbanos em espaços rurais 
2313104  CE  H 
DO NORTE  com elevada desigualdade e pobreza

3.  Solicitar  a  prefeitura/câmara  os  diagnóstico/estudos  que  subsidiaram  a  elaboração  do  Plano 
Diretor, caso estes estejam disponíveis. 


Os  dados  foram  solicitados  à  Prefeitura  de  Tabuleiro  do  Norte  mas  não  foram 
fornecidos até a data de elaboração deste relatório. 

4.  Verificar se o município já possuía Plano Diretor antes da elaboração deste. 

Não foram disponibilizadas informações neste sentido. 

5.  Ao final da leitura do Plano Diretor, com foco nos aspectos elencados nesse roteiro, solicita­se 
uma avaliação sintética, buscando refletir sobre o sentido geral do Plano, procurando responder às 
seguintes questões: 
(i) Conteúdo: O  Plano apresenta uma estratégia econômica/sócio­territorial para o desenvolvimento 
do município? Quais são os elementos centrais desta estratégia? Caso não apresente uma estratégia 
de desenvolvimento econômico/sócio/territorial, qual é o sentido do plano? 

O plano traz em seu artigo 6º três estratégias: 
I  –  Linha  Estratégica  1:  Tabuleiro  do  Norte  deverá  ser  um  município  de 
comércio e serviços locais de qualidade; 
II  –  Linha  Estratégica  2:  Tabuleiro  do  Norte  deverá  ter  uma  economia 
industrial forte e descentralizada, com produtos de valor agregado cada vez 
maior; 
III  –  Linha  Estratégica  3:  Tabuleiro  do  Norte  deverá  ser  um  município 
atraente e equilibrado física, ecológica e socialmente. 
Os  artigos  7,  8  e  9  trazem  as  ações  para  cumprir  as  três  estratégias.  Apesar  das 
estratégias, o resto do plano não está relacionado diretamente com estas três estratégias. 
Outra estratégia trazida pelo plano é pensar a cidade através de Unidades de Vizinhança, 
sendo estas o ponto de partida de planejamento das várias políticas urbanas. Apesar da importância 
da Unidade de Vizinhança para o Plano, em momento algum é dada uma definição, mas nos leva a 
crer  que  seriam  áreas residenciais  com  um  raio de  400  metros,  tendo  em  seu  centro uma  área de 
convivência onde seria instalado um ponto de partida do transporte coletivo. 
O Plano Diretor ainda faz menção a um Plano Estratégico do Município que faz parte da 
lei mas não está transcrito nos artigos do Plano Diretor.


(ii) Linguagem: Verificar se o plano traz um glossário ou um documento explicativo. Verificar se a 
linguagem  predominante  no  plano,  é  excessivamente  técnica,  dificultando  sua  compreensão  pela 
população, ou se procura uma linguagem mais acessível. 

O plano traz uma linguagem bastante acessível e traz algumas definições no artigo 69. 

(iii) Relação do Plano Diretor com o Orçamento Municipal. Verificar se o plano define prioridades 
de investimentos, relacionando­as ao ciclo de elaboração orçamentária subseqüente. 

Há dispositivos relacionados a um Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano (art. 
41 a 44) e traz alguns investimentos objetivos dentre os seus dispositivos. Exemplo art.11, §5º: 
XXVII  –  o  Poder  Público  Municipal  consignará  sistematicamente  no 
Orçamento  do  Município,  recursos  para  a  aplicação  nas  obras  de 
esgotamento sanitário na sede do Município, até a sua conclusão definitiva. 

(iv) Relação entre o Plano Diretor e o PAC ou outros grandes investimentos. Caso o município seja 
atingido  por  algum  investimento  importante  em  infraestrutura  de  logística/energia,  avaliar  se  o 
Plano diretor leva em consideração estes investimentos e seus impactos. 

O plano não dialoga com grandes projetos. 

B. Acesso à ter r a urbanizada 

Os objetivos da avaliação estarão centrados nos seguintes aspectos: 

a) detectar que diretrizes do Estatuto da Cidade foram reproduzidas nos textos do PD. 

Não foram reproduzidas diretrizes do Estatuto da Cidade para o Plano. 

b) apontar diretrizes que, embora não reproduzam o texto do Estatuto, se refiram como objetivos ou 
diretrizes do plano aos seguintes temas:

-  Garantia do direito à terra urbana e moradia.


O artigo 4º traz como objetivo do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Rural de 
Tabuleiro do Norte: 
III  –  propiciar  melhores  condições  de  acesso  a  mor adia,  ao  trabalho,  à 
educação,  à  saúde, ao  lazer,  aos transportes  e  aos  equipamentos  e  serviços 
urbanos à população.

-  Gestão democrática por meio da participação popular. 

O artigo 4º traz como objetivo do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Rural de 
Tabuleiro do Norte: 
VI  –  estabelecer  mecanismos  de  participação  da  comunidade  no 
planejamento urbano e rural e na fiscalização de sua execução. 
O  artigo  11  traz  como  diretriz  básica  para  a  consolidação  e  integração  da  rede  de 
distritos: 
VI  –  implantar  equipamentos  comunitários  de  caráter  multifuncional  e 
estimuladores da organização comunitária. 
O artigo 12 traz como objetivo específico do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano 
e Rural de Tabuleiro do Norte: 
IX  –  garantir  a  participação  de  deficientes,  através  de  seus  movimentos  e 
entidades  representativas,  nas  atividades  pertinentes  ao  acompanhamento  e 
implementação do plano.

-  Ordenação e controle do uso e ocupação do solo de modo a evitar a retenção especulativa de 
terrenos. 

Art. 11, §1º: 
X  –  evitar  a  expansão  dos  limites  urbanizados  da  cidade  e  controlar  seu 
crescimento  através  da  ocupação  dos  vazios  urbanos  disponíveis  e  do 
incremento da densidade. 
Art. 11, §1º: 
VI  –  permitir  a  verticalização  máxima  das  edificações  em  quatro 
pavimentos, em zonas especificamente selecionadas, para preenchimento de 
vazios urbanos e incremento de densidade.


-  Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização. 

Não há diretrizes neste sentido.

-  Recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de 
imóveis urbanos. 

Não há dispositivo neste sentido.

-  Regularização Fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda. 

Não há dispositivo neste sentido. 

Questões centrais: 

I. A Função Social da Pr opr iedade 

1.  O Plano estabelece como objetivo ou diretriz o cumprimento da função social da 
propriedade? De que forma? 

O Plano  cita  como objetivo  do Plano  Diretor  de Desenvolvimento  Urbano  e  Rural no 


artigo 4º: realizar o pleno desenvolvimento das funções sociais do Município e da propriedade e o 
uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado de seu território, de forma a assegurar o bem­ 
estar de seus habitantes. 

II. Controle do Uso e Ocupação do Solo 

1.  O Plano estabelece macrozoneamento? Da zona urbana e rural? 

O  plano  não  estabelece  macrozoneamento,  segundo  o  artigo  45  o  macrozoneamento 


será  estabelecido  na  Lei  de  Parcelamento,  Uso  e  Ocupação do  Solo.  O  plano  é  destinado  tanto  à 
área urbana como à área rural.

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2.  Estão definidos os objetivos do macrozoneamento? Quais? 

Não são estabelecidos objetivos mas princípios, alguns com conteúdo de objetivos, nos 
artigos 46 e 47, sendo eles: 
Art. 46. 
I  –  atendimento  da  função  social  da  propriedade  e  da  cidade,  assim 
entendidas  como  o uso  socialmente  justo  e  ecologicamente  equilibrado do 
espaço urbano e rural; 
II – do direito à cidadania, entendido côo aquele garantidor da participação 
dos habitantes da cidade e do campo na ordenação do seu território, assim 
como o direito de acesso às condições de vida urbana digna e ao usufruto de 
um espaço culturalmente rico e diversificado; 
Art. 47. 
I – proteger o meio ambiente e o patrimônio cultural como condicionamento 
da ocupação do solo; 
II  –  incrementar  a  acessibilidade  da  população  em  suas  atividades 
quotidianas  com  relação  ao  trabalho,  aos  serviços  sociais,  às  infra­ 
estruturas, ao lazer e ao comércio; 
III – preservar e realçar o patrimônio arquitetônico de importância histórica, 
articulado  com  o  processo  de  tombamento,  com  o  redesenho  dos  espaços 
públicos circundantes; 
IV – reordenar os espaços públicos naturais e urbanizados, com vários raios 
de  alcance,  no  sentido  de  favorecer  a  convivência  da  população,  desde  as 
Unidades de Vizinhança periféricas até os espaços centrais; 
V – preservar os espaços de natureza sensível e drenagens naturais; 
VI  –  favorecer  a  circulação  de  pedestres  e  ciclistas,  satisfazendo  as 
necessidades  de  circulação  da  maioria  da  população,  e  ao  mesmo  tempo 
ajudando a configurar o perfil da cidade saudável; 
VII – criar uma forma de desenvolvimento urbano para a cidade, no sentido 
de  controlar  o  seu  crescimento,  baseado  numa  espacialidade  orgânica, 
através de um sistema articulado e gradativo de Unidade de Vizinhança que 
poderão acomodar comunidades de até 3.000 (três mil) habitantes.

11 
3.  O macrozoneamento está demarcado em mapas? Delimitado por perímetros? 

O material  disponibilizado pela  Prefeitura  de Tabuleiro  do  Norte  não  traz mapas  nem 


perímetros, disciplinando o artigo 45 que será demarcado na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação 
do Solo. 

4.  Além do Macrozoneamento o plano estabelece alguma outra forma de regulação do uso e 
ocupação do solo ou remete a uma revisão/elaboração de lei de uso e ocupação do solo? 

O Plano remete muitas matérias a serem regulamentadas na Lei de Parcelamento, Uso e 
Ocupação do Solo que deveria ser editada, segundo a regra geral do artigo 75, no prazo de noventa 
dias da publicação do plano, não havendo dados se a lei foi editada ou não. 

III. Perímetro Ur bano e Par celamento do Solo 

1.  O Plano estendeu (ou diminuiu) o perímetro urbano? Criou alguma regra para a extensão do 
perímetro? Qual? 

Não  há  dados que  mostrem  se  houve  alteração  do perímetro urbano,  mas o  artigo  11, 
§7º, coloca como diretriz apoiar a configuração dos limites físicos da área urbana para que o raio de 
caminhabilidade  seja  de  no  máximo  2.000m  a  partir  de  seu  centro,  respeitado  o  limite  urbano 
tratado na legislação municipal. 

2.  O plano incluiu regras para o parcelamento do solo urbano ou remeteu para legislação 
específica? Criou regras específicas para parcelamento de interesse social? 

O  Plano  trouxe  algumas  regras  nos  artigos  48  e  59  mas  deixou  grande  parte  da 
regulamentação  para  a  Lei  de  Parcelamento,  Uso  e  Ocupação  do  Solo.  Quanto  às  normas 
específicas para parcelamento de interesse social o artigo 54 disciplina que os projetos devem ser 
previamente  aprovados  pelos  órgãos  públicos  competentes  e  serão  enquadrados  como  unidades 
planejadas de acordo com a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, não havendo menção no 
plano a índices urbanísticos e procedimentos especiais para estes projetos. 

3.  Identificar a previsão de área de expansão urbana e sua definição.

12 
O plano não identifica uma zona de expansão urbana. 

4.  Verificar  se  o  plano  estabelece  que  os  novos  loteamentos  devem  prever  percentuais  para 
área de habitação de interesses social. 

O Plano não traz percentuais para habitação de interesse social. 

IV. Coeficientes e Macrozonas: 

1.  Verificar quais são os tipos de zona e/ou macrozonas definidos no Plano. 

O plano não traz macrozoneamento nem zonas. 

2.  Definição de coeficientes de aproveitamento básico e máximo (se não forem definidos esses 
coeficientes, verificar quais são os parâmetros utilizados para o controle do uso e ocupação 
do solo). 

Não há regulamentação neste sentido. 

3.  Definição do que é subutilização, não utilização e terreno vazio. 

Não há regulamentação neste sentido. 

4.  Definição de como se calculam os coeficientes de aproveitamento. 

Não há regulamentação neste sentido. 

5.  Definição das macrozonas e/ou zonas e seus coeficientes e/ou parâmetros de utilização. 

Não há regulamentação neste sentido. 

6.  Identificar o estabelecimento de zoneamento e políticas específicas para as áreas centrais e 
sítios históricos.

13 
O texto  da lei traz  diretrizes,  objetivos  e  ações  relacionadas  à  proteção do patrimônio 
mas de maneira dispersa ao decorrer do Plano. Apesar de não haver uma política o tombamento é 
um dos poucos instrumentos regulamentados (arts. 30 a 34). 
Quanto às áreas centrais, não há zoneamento nem políticas, há somente uma diretriz no 
artigo 11, §1º que diz que o município deve, quanto ao uso do solo, remanejar  funções dentro da 
área central que não sejam compatíveis com a qualidade de vida desejada, mesclando, sempre que 
possível, atividades diferentes dentro de uma mesma área. 

7.  Identificar o estabelecimento de zoneamento específico para áreas de proteção ambiental. 

Há somente a delimitação de uma área de preservação ambiental no artigo 11, §5º, não 
havendo macrozoneamento, muito menos zoneamento ambiental específico. 
XXVI – a área localizada na margem esquerda da CE 377, que dá acesso à 
BR 116, no trecho compreendido a partir de 500 metros da rua Pio Alfonso 
Chaves  até  o  lago  onde  se  encontra  instalado  a  unidade  de  produção  de 
mudas  da  Fundação  FEMAJE  (ONG),  é  considerada  área  de  preservação 
ambiental,  para  fins  de  reflorestamento  e  implantação  do  projeto 
comunitário  de  horticultura  e  floricultura,  sendo  vedado  nesta  área  o 
loteamento para qualquer tipo de construção, devendo ser destinada ao fim 
social e ecológico especificado na Lei Orgânica do Município; 

V. ZEIS 

1.  Definição de tipos de ZEIS. 

Não há dispositivos neste sentido. As ZEIS só são trazidas no art. 28, §2º, III, como área 
que terá maior atenção do município. 

2.  Definição da localização em mapa, ou coordenadas ou descrição de perímetro 

Não há regulamentação neste sentido.

14 
3.  Definição da população que acessa os projetos habitacionais nas ZEIS. 

Não há regulamentação neste sentido. 

4.  Definição de tipologias habitacionais em ZEIS. 

Não há regulamentação neste sentido. 

5.  A remissão para lei específica. 

Não há regulamentação neste sentido. 

6.  Caso as ZEIS já estejam demarcadas em mapas, identificar qual é o percentual da zona 
definido no plano. 

Não há mapas, impossibilitando a análise. 

7.  Verificar se existem definições de investimentos em equipamentos sociais nas ZEIS, tais 
como investimentos em educação, saúde, cultura, saneamento, mobilidade, etc. 

Não há regulamentação neste sentido. 

VI. Avaliação geral do zoneamento em relação ao acesso à terr a ur banizada. 

1.  Qual  o  significado  do  zoneamento  proposto  sob  o  ponto  de  vista  do  acesso  à  terra 
urbanizada? (ou seja, procure avaliar o zoneamento, buscando identificar em que porções do 
território, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo zoneamento se favorece o acesso 
à terra urbanizada pelas classes populares ou, pelo contrário, se favorece a utilização das s 
áreas pelos empreendimentos imobiliários voltados para classes médias e altas). Para fazer 
esta  leitura,  atentar  para  as  seguintes  características:  tamanhos  mínimos  de  lote,  usos 
permitidos  (incluindo  possibilidades  de  usos  mistos  na  edificação)  e  possibilidade  de 
existência de mais de uma unidade residencial no lote. 

A análise fica impossibilitada pela ausência de zoneamento.

15 
2.  Avaliar este zoneamento do ponto de vista quantitativo ( percentual do território urbanizável 
destinado  ao  território  popular  frente  ao  percentual  de  população  de  baixa  renda  no 
município) e qualitativo ( localização deste território no município) 

Fica prejudicada esta análise pelos motivos expostos no ponto anterior. 

Atenção:  incluir  as  ZEIS  nesta  análise,  porém  não  restringir  a  avaliação  apenas  às  ZEIS,  caso 
existam  zonas  do  macrozoneamento  que  permitam,  pelas  características  e  parâmetros  de  uso  e 
ocupação do solo, a produção de moradia popular. Caso estes parâmetros não sejam estabelecidos 
no próprio plano e sim na lei de uso e ocupação do solo, buscar a lei de uso e ocupação do solo ou 
lei de zoneamento em vigor. 

VII. Instr umentos de Política Fundiária 

1.  Para cada um dos instrumentos de políticas de solo listados abaixo, é necessário verificar: 

Par celamento, Edificação ou Utilização Compulsór ios / Imposto Predial e Ter ritor ial Urbano 


Pr ogressivo no tempo / Desapr opr iação com pagamento mediante Títulos da Dívida Pública 

O plano  em  questão  trouxe  um  instrumento que denominou de  Imposto  Progressivo  e 


este é que serviu de base para as respostas deste tópico. Há de se ressaltar que em momento algum o 
plano se referiu à desapropriação do Estatuto da Cidade.

-  Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua 
forma de aplicação específica no município está prevista. 

O Plano praticamente lista o instrumento, trazendo uma pequena regulamentação no que 
toca aos artigos 36 a 40.

-  Caso  esteja  especificada  sua  forma  de  aplicação,  identificar  se  esta  é  remetida  à  legislação 
complementar específica ou se é auto­aplicável através do próprio plano.

16 
O instrumento não é auto­aplicável, sendo remetido a legislação específica no art. 38.

-  Se  foi  remetido  para  uma  lei  específica,  se  foi  ou  não  definido  um  prazo  para  sua 
edição/regulamentação e qual é este prazo. 

O que foi remetido para lei municipal específica não tem prazo.

-  Se  é  autoaplicável,  identificar  se  está  definido  o  perímetro  aonde  a  lei  se  aplica  (se    esta 
definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perimetro). 

Não há definição de perímetros.

-  Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia 
do plano ou a seu macrozoneamento. Qual? 

O plano trabalha em todo o seu texto com o conceito de Unidade de Vizinhança como 
núcleos  residenciais  que  devem  ser  estimulados  e  consolidados.  O  instrumento  em  questão  surge 
como ferramenta de consolidação dessas vizinhanças quando estimula a ocupação dos vazios nestes 
espaços.

-  Caso  auto­aplicável,  identificar  se  está  previsto  um  prazo  de  transição  entre  a  norma  atual 
vigente e o novo plano. 

Não há norma de transição.

-  Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento; 

Não há monitoramento e prazos.

-  Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos. 

Não há prazo de revisão do instrumento.

17 
-  Identificar se está definido quem aprova a sua utilização. 

Não há regulamentação neste sentido.

-  Identificar se está definido o procedimento para sua utilização. 

O único procedimento é o prazo de utilização de 2 anos após a notificação, não sendo 
cumprido o prazo é aplicado o IPTU progressivo no tempo (art. 39).

-  No  caso  de  envolver  pagamentos  de  contrapartida,  identificar  se  estão  definidos  critérios  de 
isenção. 

Não incidirá o IPTU progressivo no tempo quando se tratar de imóvel de área até 250m² 
quando o proprietário não possuir outro imóvel (art. 37).

-  Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida. 

Não há disposições nesse sentido.

-  Identificar para onde vão os recursos. 

Não há uma determinação de para onde vão os recursos.

-  Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades 

Não há destinação e finalidades para os recursos.

-  Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos. 

Não há responsável pela gestão dos recursos.

-  Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão. 

Prevê uma lei mas não é específica (art. 38).

18
-  Identificar se estão definidos prazos. 

Somente  o de  dois anos  depois  da  notificação  como  explicitado  no  item  anterior  (art. 
39). 

Outor ga Onerosa do Direito de Construir  / Mudança de Uso 

Não há a previsão deste instrumento no plano. 

Operação Inter ligada 

Não há a previsão deste instrumento no plano. 

Zonas Especiais de Interesse Social 

Não há regulamentação de ZEIS como instrumento. 

Operações Ur banas Consorciadas 

Não há a previsão deste instrumento no plano. 

Tr ansfer ência do Dir eito de Constr uir  

Não há a previsão deste instrumento no plano. 

Estudo de Impacto de Vizinhança 

Não há a previsão deste instrumento no plano. 

Concessão de uso especial para fins de moradia 

Não há a previsão deste instrumento no plano.

19
Dir eito de Super fície 

Não há a previsão deste instrumento no plano. 

Dir eito de Preempção 

Não há a previsão deste instrumento no plano. 

onde se  quando se 
Como se aplica¹ 
aplica²  aplica³ 

Incide sobre terrenos não edificados, 
Lei de 
subutilizados ou não utilizados da zona 
iniciativa do 
urbana. Não incidindo em casos em 
Poder 
Edificação/Parcelamento  que o terreno tem até 250m² e o  Quando lei 
Executivo irá 
Compulsórios  proprietário não possua outro imóvel.  regulamentar o 
identificar os 
IPTU progressivo no tempo  Depois da notificação o proprietário  instrumento. 
terrenos nas 
terá dois anos para cumprir a 
Unidades de 
obrigação, caso contrário começa a 
Vizinhança. 
incidir o IPTU progressivo no tempo. 

Outorga Onerosa ( de 
direitos de construção ou  ­  ­  ­ 
alteração de usos) 

Operação Interligada  ­  ­  ­ 

ZEIS – Zonas de Especial 
­  ­  ­ 
Interesse Social 

Operação Urbana  ­  ­  ­ 

Transferência do Direito de 
­  ­  ­ 
Construir 

EIV – Estudos de Impacto  ­  ­  ­

20 
de Vizinhança 

Concessão de uso especial 
­  ­  ­ 
para moradia 

Direito de superfície  ­  ­  ­ 

Direito de preempção  ­  ­  ­ 

Observações: 
(1) Como se aplica – fazer uma descrição sucinta do funcionamento do instrumento. 
(2) Onde se aplica – identificar a relação com o zoneamento ou macrozoneamento. 
(3) Quando se aplica – verificar se a aplicação ocorre a partir da data de aprovação do plano; se há 
prazo para regulamenteação; ou se há outras definições. 

C.  Acesso  aos  serviços  e  equipamentos  ur banos,  com  ênfase  no  acesso  à  habitação,  ao 
saneamento ambiental e ao tr ansporte e à mobilidade. 

O Estatuto das Cidades estabelece que o plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento 
básico  da  política  de  desenvolvimento  e  expansão urbana  (art.  40).  Nesse  sentido  é  fundamental 
avaliar  em  que  medida  o  Plano  Diretor  aprovado  pelos  municípios  incorporam  diretrizes, 
instrumentos  e  programas  visando  o  acesso  aos  serviços  e  equipamentos  urbanos  e  a 
sustentabilidade  ambiental,  com  ênfase  no  acesso  à  habitação,  ao  saneamento  ambiental,  ao 
transporte e mobilidade e ao meio ambiente urbano sustentável. 

Questões centrais: 

I – O Plano Dir etor e a Integração das Políticas Urbanas 

Buscar­se­á  avaliar  a  existência  de  uma  abordagem  integrada  das  políticas  urbanas  através  dos 
seguintes aspectos: 

1.  Definições, diretrizes e políticas que expressem essa abordagem integrada.

21 
Apesar  de  não  haver  diretrizes  e  políticas  que  tragam  expressamente  uma  abordagem 
integrada, o plano traz uma visão integrada do desenvolvimento urbano ao colocar a existência de 
um Plano Estratégico e de um Plano de Estruturação Urbana e Rural, tendo eles diretrizes básicas 
definidas no artigo 11, sendo elas relacionadas ao:
·  Uso e ocupação do solo;
·  Sistema de transporte e acessibilidade;
·  Desenho urbano;
·  Habitação e desenvolvimento da comunidade;
·  Natureza ambiental;
·  Infra­estrutura e serviços públicos;
·  Consolidação e integração de rede de Distritos. 

2.  A  criação  de  programas  e  a  instituição  de  instrumentos  visando  a  integração  da  políticas 
urbanas. 

A  previsão  do  Conselho  Municipal  do  Plano  Diretor  possibilita  o  controle  social 
integrado das políticas urbanas. 

3.  Identificar eventuais contradições e dicotomias entre as definições e  instrumentos relativos 


às políticas setoriais previstas no Plano. 

O  Plano  regulamenta  políticas  que  não  são  propriamente  urbanas,  sendo  elas:  a 
agropecuária, de cultura e empreendedorismo, desenvolvimento social e cidadania e saúde. 

II – O Plano Dir etor  e a Política de Habitação. 

Buscar­se­á identificar: 

1.  A existência de diagnóstico identificando a situação habitacional do município, com ênfase 
nas desigualdades sociais nas condições de moradia e no déficit habitacional. Identificar se

22 
essa  avaliação  incluiu  levantamentos  específicos  ou  se  o  plano  prevê  a  elaboração  de 
cadastros de moradias precárias. 

Não foi fornecido diagnóstico e não foi identificado nos bancos de dados existentes. 

2.  As diretrizes estabelecidas para a política de habitação. 

O Plano Diretor não traz a configuração de uma política habitacional. O artigo 11, §4º 
disciplina diretrizes básicas para habitação e desenvolvimento da comunidade mas não tem nenhum 
inciso que se refira diretamente a promoção de habitação de interesse social, é mais relacionado a 
disciplinar  o  uso  habitacional.  O  único  tópico  que  chama  a  atenção  é  o  que  fala  em  estimular  a 
ocupação dos vazios urbanos centrais e áreas dotadas de infra­estrutura. 
O  artigo  67  traz  como  ação  da  Política  de  Desenvolvimento  Social  e  Cidadania  a 
implementação de programa de habitação popular. 

3.  A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento 
de metas concretas. 

Não há regulamentação neste sentido. 

4.  A definição de uma estratégia de aumento da oferta de moradias na cidade pela intervenção 
regulatória , urbanística e fiscal  na dinâmica de uso e  ocupação do solo urbano. 

Não há uma estratégia clara para o aumento da oferta de moradia. 

5.  A definição de instrumentos específicos  visando a produção de moradia popular. Verificar 


se o plano define instrumentos específico voltado para cooperativas populares. 

O plano traz o Programa de Formação de Estoque de Terras (art. 25 e 26) que objetiva a 
aquisição  progressiva  de  áreas  do  município  (permuta,  transferência,  compra,  desapropriação), 
tendo como destinação preferencial:

23 
I  –  a  implementação  da  política  municipal  de  desenvolvimento  urbano  e 
rural,  principalmente  à  implantação  de  programas  habitacionais  e 
equipamentos de caráter social; 
II – a implementação de projetos referentes ao programa de municipalização 
de terras; 
III  –  a  outros  programas  e  projetos  que  atendam  à  função  social  do 
Município, a exemplo de assentamentos populares (art. 27). 
O  artigo  29  disciplina  que  o  Poder  Público  Municipal  poderá  ceder  áreas  para  fins 
específicos de projetos de habitação coletiva para: 
I – cooperativas habitacionais; 
II – sindicatos de trabalhadores; 
III – associações comunitárias. 

6.  A criação de programas específicos (urbanização de favelas, regularização de loteamentos, 
etc.) 

Não  há  programas  específicos,  com  exceção  do  exposto  no  item  anterior.  Há 
somente  no  artigo  67,  como  ação  da  Política  de  Desenvolvimento  Social  e  Cidadania,  a 
implementação de programa de habitação popular. 

7.  A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a instituição 


de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias; (ii) a demarcação 
de  áreas  dotadas  de  infra­estrutura,  inclusive  em  centrais,  para  fins  de  habitação  popular; 
(iii)  o  estabelecimento  de  parâmetros  de  uso  e  ocupação  do  solo  condizentes  com  os 
princípios da função social da propriedade; (iv) a outorga onerosa do direito de construir; (v) 
o  parcelamento  compulsório  e  o    IPTU  progressivo  –  e  sua  relação  com  a  política  de 
habitação  definida  no  plano  diretor,  observando  a  aplicação  desses  instrumentos  em  áreas 
definidas, seus  objetivos e o estabelecimento de prazos. 

São trazidas as ZEIS no artigo 28, §2º, mas o instrumento não é regulamentado.

24 
8.  O  uso  de  outros  instrumentos  voltados  para  a  política  habitacional  tais  como  consórcios 
imobiliários, operações interligadas com destinação de recursos para o Fundo de Habitação, 
etc. 

Não há regulamentação neste sentido. 

9.  O estabelecimento de plano municipal de habitação, a definição de objetivos, diretrizes e o 
estabelecimento de prazos. 

Não há regulamentação neste sentido. 

10. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo 
estadual e federal. 

Não há regulamentação neste sentido. 

11. A  instituição  de  fundo  específico  de  habitação  de  interesse  social,  ou  de  fundo  de 
desenvolvimento  urbano  (desde  que  também  seja  destinado  à  habitação),  e  suas  fontes  de 
recursos,  observando:  (i)  o  detalhamento  da  destinação  dos  recursos  do  Fundo;  (ii)  quem 
gere  o  Fundo  criado; (iii)  quais  são  as  receitas  do  Fundo; (iv)  a  necessidade  de  legislação 
específica; (v) prazos estabelecidos. 

O artigo 41 traz o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano. O artigo 42 traz que 
os recursos do fundo estão destinados prioritariamente à execução de programas de urbanização  e 
de obras de infra­estrutura básica nos Centros de Vizinhança com maior carência desses  serviços. 
Não há normas sobre a gestão do fundo mas o art. 41 diz que o fundo é vinculado às Secretarias de 
Obras e Serviços Públicos, de Planejamento e Desenvolvimento Econômico e de Meio Ambiente e 
Turismo. 
Quanto  às  receitas  do  Fundo  Municipal  de  Desenvolvimento  Urbano  não  há  a 
vinculação  de  recursos.  O  artigo  44  traz  o  prazo de  30 dias  para  a  regulamentação  do  fundo por 
meio de lei. 

12. A  existência  de  definições  relativas  ao  orçamento  municipal  (PPA,  LDO  e  LOA),  como 
tornar  obrigatório  a  existência  de  um  Programa  de  Habitação  a  ser  contemplado  nos

25 
instrumentos  orçamentários  PPA,LDO  e  LOA  ou  a  determinação  de  prioridades  de 
investimentos,  a  definição  de  obras  e  investimentos  concretos  na  área  habitacional,  por 
exemplo. 

Não há regulamentação neste sentido. 

13. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas. 

Não há regulamentação neste sentido. 

14. O grau de auto­aplicabilidade das definições estabelecidas na política habitacional. 

O instrumento de Formação de Estoque de Terras é auto­aplicável. 

15. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de habitação. 

Há somente o Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo. 

III – O Plano Dir etor  e a Política de Saneamento Ambiental. 

Buscar­se­á identificar: 

1.  A  existência  de  diagnóstico  identificando  a  situação  do  município  na  área  do  saneamento 
ambiental, com ênfase nas desigualdades sociais no acesso ao abastecimento de água, à rede 
de  esgotos  e à  coleta  de resíduos  sólidos, bem como  a  situação  social relativa  à  gestão  de 
recursos hídricos, em especial à drenagem urbana e seus impactos sobre as áreas sujeitas às 
enchentes. 

Não foi fornecido nenhum diagnóstico pelo município nem identificado nos bancos de 
dados. 

2.  As diretrizes estabelecidas para a política de saneamento ambiental, identificando se o PD 
apresenta  uma  visão  integrada  de  saneamento  ambiental.  Aqui  também  é  fundamental

26 
verificar  se  na  política  de  uso  do  solo  há  definições  relativas  à  disponibilidade  de  infra­ 
estrutura de saneamento. 

Não  há  uma  visão  integrada  do  saneamento  básico.  Algumas  ações  ligadas  a 
saneamento  básico  estão  dispersas  no  plano,  estando  a  maioria  no  artigo  11.  O plano  diretor  não 
estabelece uma política de saneamento básico. 
Há  alguns  dispositivos  no  plano  que  estimulam  a  ocupação de  vazios  urbanos  e  áreas 
dotadas de infra­estrutura. 
Por  fim,  é  importante  mencionar  que  uma  das  diretrizes  do  artigo  11,  §6º,  fala  em 
fomentar a integração das políticas de drenagem urbana e meio ambiente. 

3.  A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento 
de  metas  concretas.  Verificar  se  o  PD  apresenta  alguma  definição  sobre  a  titularidade 
municipal do serviço ou sobre o papel do município na gestão dos serviços, se traz alguma 
indicação  de  privatização  dos  mesmos,  ou  ainda  se  traz  alguma  informação  relativa  ao 
contrato com a prestadora de serviços. 

Alguns dispositivos trazem obras concretas a serem executadas pelo Município mas não 
há o estabelecimento sistematizado de objetivos e metas concretas. 

4.  A definição de instrumentos específicos visando a universalização do acesso aos serviços de 
saneamento ambiental. 

Não há regulamentação neste sentido. 

5.  A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a instituição 


de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias; (ii) a demarcação 
de  áreas  dotadas  de  infra­estrutura,  inclusive  em  centrais,  para  fins  de  habitação  popular; 
(iii)  o  estabelecimento  de  parâmetros  de  uso  e  ocupação  do  solo  condizentes  com  os 
princípios da função social da propriedade; (iv) a outorga onerosa do direito de construir; (v) 
o  parcelamento  compulsório  e  o    IPTU  progressivo  –  e  sua  relação  com  a  política  de 
saneamento ambiental definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos 
em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

27 
Não há regulamentação neste sentido. 

6.  A utilização de outros instrumentos para viabilizar a política de saneamento ambiental , tais 
como    direito  de  preempção  sobre  áreas  destinadas  a  implementação  de  estação  de 
tratamento  de  efluentes;  transferência  de  direito  de  construir  sobre  perímetros  a  serem 
atingidos por obras de implementação de infraestrutura de saneamento, etc. 

Não  há  a  utilização  de  outros  instrumentos  para  viabilizar  a  política  de  saneamento 
ambiental. 

7.  O  estabelecimento  de plano  municipal  de  saneamento  ambiental,  a  definição  de objetivos, 


diretrizes e o estabelecimento de prazos. 

Não há regulamentação neste sentido. 

8.  A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo 
estaduais e federal. 

Não há regulamentação neste sentido. 

9.  A instituição de fundo específico de saneamento ambiental, ou de fundo de desenvolvimento 
urbano  (desde  que  também  seja  destinado  ao  saneamento  ambiental),  e  suas  fontes  de 
recursos,  observando:  (i)  o  detalhamento  da  destinação  dos  recursos  do  Fundo;  (ii)  quem 
gere  o  Fundo  criado; (iii)  quais  são  as  receitas  do  Fundo; (iv)  a  necessidade  de legislação 
específica; (v) prazos estabelecidos. 

O artigo 41 traz o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano. O artigo 42 traz que 
os recursos do fundo estão destinados prioritariamente a execução de programas de urbanização  e 
de obras de infra­estrutura básica nos Centros de Vizinhança com maior carência desses  serviços. 
Não há normas sobre a gestão do fundo mas o art. 41 diz que o fundo é vinculado às Secretarias de 
Obras e Serviços Públicos, de Planejamento e Desenvolvimento Econômico e de Meio Ambiente e 
Turismo.

28 
Quanto  às  receitas  do  Fundo  Municipal  de  Desenvolvimento  Urbano  não  há  a 
vinculação  de  recursos.  O  artigo  44  traz  o  prazo de  30 dias  para  a  regulamentação  do  fundo por 
meio de lei. 

10. A  existência  de definições  relativas  ao orçamento municipal (PPA,  LDO  e LOA), como  a 


determinação  de  prioridades  de  investimentos,  ou  a  definição  de  obras  e  investimentos 
concretos na área de saneamento ambiental, por exemplo. 

O artigo 11, §5º, estabelece em dois de seus incisos a vinculação de verba orçamentária 
para ações na área de saneamento básico: 
XXV – o Poder Público Municipal destinará parte da verba orçamentária da 
Secretaria do Meio Ambiente, para ser aplicada na Unidade de Tratamento 
de Lixo e no Aterro Sanitário Controlado, já instalado na localidade do Sítio 
Boa Vista, neste Município; 
XXVII  –  o  Poder  Público  Municipal  consignará  sistematicamente  no 
Orçamento do Município, recursos para aplicação nas obras de esgotamento 
sanitário na sede do Município, até a sua conclusão definitiva. 

11. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas. 

Não há regulamentação neste sentido. 

12. O  grau  de  auto­aplicabilidade  das  definições  estabelecidas  na  política  de  saneamento 
ambiental. 

As ações previstas podem ser de pronto aplicadas. 

13. A  definição  de  uma política  de  extensão  da  rede  de  serviços  de  saneamento  ambiental  na 
expansão urbana. 

Não há regulamentação neste sentido. 

14. A  definição  dos  instrumentos  e  mecanismos  de  controle  social  na  política  de  saneamento 
ambiental.

29 
Há somente o Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo. 

IV – O Plano Dir etor e a Política de Mobilidade e Tr anspor te. 

Buscar­se­á identificar: 

1.  A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área da mobilidade e 
do  transporte,  com  ênfase  nas  desigualdades  sociais  no  acesso  as  áreas  centrais  (trabalho, 
escola e lazer). 

Não foi fornecido nenhum diagnóstico pelo município nem identificado nos bancos de 
dados. 

2.  As  diretrizes  estabelecidas  para  a  política  de  mobilidade  e  transporte,  com  ênfase  na 
inclusão  social.  Identificar­se­á  a  existência  de  alguma  política  ou  diretrizes  relativa  às 
tarifas.

O artigo 11, §2º, traz diretrizes básicas quanto ao sistema de transporte e acessibilidade: 
I – criar, junto ao sistema viário troncal uma trilha de ciclovias e caminhos 
para  pedestres,  conectando  as  vizinhanças  entre  si  e  essas  aos  espaços 
centrais da Cidade e seus equipamentos; 
II – criar um circuito de transporte público de alta acessibilidade, ligando as 
vizinhanças entre si e essas aos equipamentos centrais de uso comum; 
III – criar uma malha de caminhos para pedestres, na Zona Central, a partir 
da  redução  de  tráfego  de  veículos  e  o  conseqüente  alargamento  de  alguns 
passeios e arborização desses espaços. 
O plano ainda traz em seu artigo 60 algumas diretrizes referentes ao sistema viário e de 
circulação de veículos: 
I – considerar o uso e ocupação do solo estabelecido para a região; 
II  –  priorizar  a  segurança  e  o  conforto  da  população  e  a  defesa  do  meio 
ambiente; 
III – estabelecer critérios de hierarquização da rede viária básica priorizando 
sua utilização pelo transporte público de passageiros;

30 
IV  –  criar  um  sistema  de  comunicação  visual,  através  de  comunicação 
gráfica e semafórica, de forma a atender as necessidades do sistema viário, 
considerando o interesse paisagístico; 
V – criar um circuito de transporte público de alta acessibilidade, ligando as 
Unidades  de  Vizinhança entre  si  e  estas  aos  equipamentos  centrais  de  uso 
comum; 
VI – criar, junto ao sistema viário troncal uma trilha de ciclovias e caminhos 
para  pedestres,  conectando  as  vizinhanças  entre  si  e  essas  aos  espaços 
centrais da Cidade e seus equipamentos; 
VII – criar uma malha de caminhos para pedestres, na Zona Central, a partir 
da  redução  de  tráfego  de  veículos  e  o  conseqüente  alargamento  de  alguns 
passeios e arborização desses espaços; 
VIII – criar uma via paisagística às margens do Riacho Quixeré e do Açude 
Tabuleiro, em toda a sua extensão, respeitando as exigências ambientais; 
IX –  adequar um local para o estabelecimento do ônibus e outros veículos 
que  transportam  cargas  e  pessoas,  oriundas  da  zona  rural  e  outros 
municípios; 
X – estabelecer critérios de horários de permanência de veículos para cargas 
e descargas de bens de consumo, nos principais logradouros da cidade. 
O plano não trabalha com as tarifas. 

3.  Deve ser avaliado se as diretrizes e os objetivos de intervenção visam: 

a) conformar o sistema de transportes pela definição de modais com funções diferentes; 

O plano não trabalha explicitamente o sistema de transportes pela definição de modais 
com funções diferentes. 

b) definição do modal prioritário a ser estimulado pelo poder público; 

O  plano  traz  em  vários  dispositivos  políticas  mais  voltadas  para  o  pedestre    e  para  o 
ciclista. 

c) a existência de princípios regulatórios;

31 
Não há regulamentação neste sentido. 

d) a existência de diretrizes para integração de modais; 

Não há regulamentação neste sentido. 

e) a definição de uma hierarquização do sistema viário. 

Não há regulamentação neste sentido. 

4.  A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento 
de metas concretas. 

Dentro das chamadas diretrizes temos objetivos e metas concretas a serem perseguidos 
pelo Poder Público. 

5.  A definição de instrumentos específicos visando a ampliação da mobilidade da população e 
promoção  de  serviços  de  transporte  público  de  qualidade  (identificando  a  existência  de 
política de promoção de ciclovias e transportes não­poluentes e/ou não­motorizados). 

O  plano  de  Tabuleiro  do  Norte  traz  um  planejamento  em  torno  das  Unidades  de 
Vizinhança que traz a perspectiva de se ter um centro com ponto de transporte público e um raio de 
residências  de  no  máximo  400  metros  de  maneira  que  este  seja  o  deslocamento  máximo  do 
pedestre.  O  plano  prioriza  o  transporte  de  pedestre,  do  ciclista  e  o  transporte  público,  trazendo 
diretrizes neste sentido. 

6.  A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a instituição 


de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias; (ii) a demarcação 
de  áreas  dotadas  de  infra­estrutura,  inclusive  em  centrais,  para  fins  de  habitação  popular; 
(iii)  o  estabelecimento  de  parâmetros  de  uso  e  ocupação  do  solo  condizentes  com  os 
princípios da função social da propriedade; (iv) a outorga onerosa do direito de construir; (v) 
o  parcelamento  compulsório  e  o    IPTU  progressivo  –  e  sua  relação  com  a  política  de

32 
mobilidade  e  transportes  definida  no  plano  diretor,  observando  a  aplicação  desses 
instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos. 

Não  há  a  utilização  dos  instrumentos  previstos  no  Estatuto  da  Cidade  em  relação  à 
política de mobilidade e transportes. 

7.  A  utilização  de  outros  instrumentos  vinculados  à  política  de  transporte/mobilidade,  tais 
como:  operações  urbanas  consorciadas  para  viabilizar  intervenções  no  sistema  viário  e/ou 
sistemas de transporte coletivo, transferência de potencial construtivo de perímetros a serem 
atingidos  por  obras  de  implementação  de  infraestrutura,  outorga  onerosa  de  potencial 
construtivo etc. 

Não há esta previsão de utilização destes instrumentos. 

8.  O  estabelecimento  de plano  municipal  de  mobilidade  e/ou de plano  viário da  cidade,  seus 
objetivos, suas diretrizes e o estabelecimento de prazos. 

Não há regulamentação neste sentido. 

9.  A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo 
estaduais  e  federal.  No  caso  de  municípios  integrantes  de  RM,  verificar  a  existência  de 
propostas referentes à integração do sistema, integração tarifária, etc 

Não há regulamentação neste sentido. 

10. A  instituição  de  fundo  específico  de  mobilidade  e  transportes,  ou  de  fundo  de 
desenvolvimento  urbano  (desde  que  também  seja  destinado  a  área  de  transporte  e 
mobilidade),  e  suas  fontes  de  recursos,  observando:  (i)  o  detalhamento  da  destinação  dos 
recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a 
necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos. 

O artigo 41 traz o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano. O artigo 42 traz que 
os recursos do fundo estão destinados prioritariamente a execução de programas de urbanização  e 
de obras de infra­estrutura básica nos Centros de Vizinhança com maior carência desses  serviços.

33 
Não há normas sobre a gestão do fundo mas o art. 41 diz que o fundo é vinculado às Secretarias de 
Obras e Serviços Públicos, de Planejamento e Desenvolvimento Econômico e de Meio Ambiente e 
Turismo. 
Quanto  às  receitas  do  Fundo  Municipal  de  Desenvolvimento  Urbano  não  há  a 
vinculação  de  recursos.  O  artigo  44  traz  o  prazo  de  30 dias  para  a  regulamentação  do  fundo por 
meio de lei. 

11. A  existência  de definições  relativas  ao orçamento municipal (PPA,  LDO  e LOA), como  a 


determinação  de  prioridades  de  investimentos,  ou  a  definição  de  obras  e  investimentos 
concretos na área de mobilidade e transportes, por exemplo. 

Como  dito  anteriormente,  há  normas  relacionadas  a  investimentos  concretos  como  a 


criação de uma via paisagística (art. 60, VIII). 

12. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas. 

O  artigo  72  coloca  que  as  vias  devem  ser  atraentes  e  funcionais  para  portadores  de 
deficiência física. 

13. O  grau  de  auto­aplicabilidade  das  definições  estabelecidas  na  política  de  mobilidade  e 
transportes. 

São auto­aplicáveis mas o Sistema Viário Básico ainda será estabelecido, não havendo 
previsão de lei específica (art. 61). 

14. A  definição  de  uma  política  de  extensão  da  rede  de  serviços  de  transportes  públicos  na 
expansão urbana. 

Não há regulamentação de uma política de extensão da rede de transportes públicos mas 
há alguns dispositivos relacionados à expansão de infra­estrutura básica. 

15. A  definição  dos  instrumentos  e  mecanismos  de  controle  social  na  política  de  transporte  e 
mobilidade.

34 
Há somente o Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo. 

V – O Plano Dir etor  e a Política de Meio Ambiente. 

Buscar­se­á identificar: 

1.  A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área do meio ambiente, 
com  ênfase  nas  desigualdades  sociais  relacionadas  aos  impactos  da  degradação  do  meio 
ambiente sobre as diferentes áreas da cidade (localização de depósitos de lixo ou de resíduos 
tóxicos,  disponibilidade  de  áreas  verdes,  por  exemplo),  na  perspectiva  da  justiça  sócio­ 
ambiental. 

Não foi fornecido nenhum diagnóstico pelo município nem identificado nos bancos de 
dados. 

2.  As  diretrizes  estabelecidas  para  a  política  de  meio  ambiente.  Verificar  particularmente  se 
existem  dispositivos  restritivos  à  moradia  de  interesse  social  (por  exemplo,  remoções  de 
moradias em áreas de preservação). 

O  plano  não  regulamenta  uma  política  ambiental,  mas  artigo  11,  §5º  traz  diretrizes 
básicas de natureza ambiental: 
I – fomentar a racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e de ar; 
II  –  implementar  o  planejamento  e  fiscalização  do  uso  dos  recursos 
ambientais; 
III – proteger os ecossistemas, com a preservação de áreas representativas, 
através da criação de novas unidades de preservação ou conservação; 
VI – controlar e zonear as atividades potenciais ou efetivamente poluidoras; 
V –  incentivar  o  estudo  e  a  pesquisa  de  tecnologias  orientadas  para  o  uso 
racional e a proteção dos recursos ambientais; 
VI – proteger áreas ameaçadas de degradação e recuperar áreas degradadas; 
VII  –  promover  a  educação  ambiental  em  todos  os  níveis  de  ensino, 
inclusive  a  educação  da  comunidade,  objetivando  capacita­la  para  a 
participação  ativa  na  defesa  do  meio  ambiente,  em  consonância  com  as

35 
diretrizes  traçadas  na  Política  Nacional  de  Educação  Ambiental  definida 
pela Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999; 
VIII  –  exigir  a  realização  de  estudo  de  impacto  ambiental  das  atividades, 
obras  ou  empreendimentos  causadores  de  significativa  degradação  ou 
poluição ambiental; 
IX – estabelecer padrões de qualidade ambiental; 
X – criar instrumentos de autosustentabilidade das unidades de preservação 
e conservação ambiental instituídas pelo Poder Público; 
XI  –  oferecer  o  necessário  suporte  ao  pleno  funcionamento  do  Conselho 
Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA; 
XII – preservação das lagoas existentes no município, através de drenagens, 
desassoreamentos e plantio de mata ciliar (arborização); 
XIII  –  direcionar  para  os  proprietários  de  imóveis  rurais  no  Município, 
projetos e palestras  voltados para a conscientização da população local, do 
compromisso  de  reflorestamento  das  áreas  desmatadas.  Que  o 
reflorestamento  seja  feito  de  forma  diversificadas,  procurando  introduzir 
mata nativa; 
XIV – qualquer empreendimento instalado ou que venha a ser instalado na 
área da Chapada do Apodi ou noutras regiões do Município, deverá atender 
aos princípios e requisitos legais que regem a legislação ambiental; 
XV – criar o Fundo Municipal de Meio Ambiente; 
XVI – revitalização e preservação do Riacho Quixeré e do Açude Tabuleiro, 
adequando projetos para a área de lazer e urbanização das áreas vizinhas; 
XVII  –  o  atual  Sistema  de  Saneamento  Básico  utilizado  no  Município, 
deverá seguir  as  normas  previstas  no  licenciamento  ambiental  e  legislação 
pertinente, devendo os prestadores de serviço utilizar a  nova tecnologia de 
reator de manta de lodo ou outra tecnologia mais avançada, possibilitando o 
reuso  da  água,  para  irrigação  e  outras  atividades  produtivas,  e 
consequentemente a desativação da lagoa de tratamento existente; 
XVIII  –  capacitar  funcionários  para  os  serviços  de  arborização,  plantio  e 
poda das árvores existentes na zona urbana; 
XIX  –  deverá  ser  adquirido  pelo  Poder  Público  Municipal  uma  área 
destinada  ao  Distrito  Industrial  preferencialmente  no  sentido  oeste/sul  da

36 
cidade em virtude da infra­estrutura já existente,  sendo necessário contudo 
uma complementação para novas atividades econômicas; 
XX  –  as  instalação  industriais  e  comerciais  existentes  na  zona  urbana 
deverão encontrar­se devidamente enquadradas, na legislação ambiental em 
todos os seus níveis. (Federal,  Estadual e Municipal); 
XXI  –  caso  as  empresas  não  estejam  cumprindo  as  exigências  pré­ 
estabelecidas pelas leis ambientais, deverão de adequar no prazo legal; 
XXII –  posteriormente  a  publicação  do Plano  Diretor de  Desenvolvimento 
Urbano e Rural de Tabuleiro do Norte – PDPDUR e após adequação de área 
destinada ao Distrito Industrial, com toda infra­estrutura necessária, não será 
permitida a instalação de novas industrias e outras atividades poluidoras na 
zona urbana; 
XXIII  –  distribuição  de  coletores  de  lixo  de  forma  seletiva,  em  todos  os 
logradouros  públicos,  praças  e  nas  unidades  de  ensino  instaladas  no 
Município e desenvolver um trabalho de conscientização para a manutenção 
da limpeza do Município; 
XXIV  –  o  Município  deverá  cumprir  o  estabelecido  na  Lei  Municipal  nº 
428/93, que trata da criação do Cinturão verde; 
XXV – o Poder Público Municipal destinará parte da verba orçamentária da 
Secretaria do Meio Ambiente, para ser aplicada na Unidade de Tratamento 
de Lixo e no Aterro Sanitário Controlado, já instalado na localidade do Sítio 
Boa Vista, neste Município; 
XXVI – a área localizada na margem esquerda da CE 377, que dá acesso à 
BR 116, no trecho compreendido a partir de 500 metros da rua Pio Alfonso 
Chaves  até  o  lago  onde  se  encontra  instalado  a  unidade  de  produção  de 
mudas  da  Fundação  FEMAJE  (ONG),  é  considerada  área  de  preservação 
ambiental,  para  fins  de  reflorestamento  e  implantação  do  projeto 
comunitário  de  horticultura  e  floricultura,  sendo  vedado  nesta  área  o 
loteamento para qualquer tipo de construção, devendo ser destinada ao fim 
social e ecológico especificado na Lei Orgânica do Município; 
XXVII  –  o  Poder  Público  Municipal  consignará  sistematicamente  no 
Orçamento do Município, recursos para aplicação nas obras de esgotamento 
sanitário na sede do Município, até a sua conclusão definitiva.

37 
3.  A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento 
de metas concretas. 

No que tange a política de meio ambiente temos dentre as diretrizes colocadas no artigo 
11, §5º algumas ações concretas a serem executadas mas não há o estabelecimento sistematizado de 
uma política ambiental, muito menos objetivos e metas. 

4.  A definição de instrumentos específicos visando a sustentabilidade ambiental (zoneamento 
ambiental e instrumentos jurídicos e fiscais). Verificar se o plano tem definições – e quais – 
e relativas aos seguintes pontos: 
(i) Delimitação de Áreas de restrição ambiental. 
(ii) Delimitação de Áreas de utilização e conservação dos recursos naturais. 
(iii)  Delimitação  de  Áreas  de  preservação  permanente  em  função  de  situações  críticas 
existentes. 
(iv) Delimitação de Áreas a serem revitalizadas. 
(v) Delimitação de Áreas a serem recuperadas ambientalmente. 
(vi) Delimitação de unidades de conservação. 
(vii) Delimitação de zonas de transição entre  as  Áreas a  serem preservadas, conservadas  e 
ocupadas. 
(viii) Delimitação de Áreas de recuperação e proteção da Fauna e Flora. 
(ix) Delimitação de Áreas de recuperação e proteção de Recursos Hídricos. 

No  artigo  11,  §5º,  inciso  XXVI,  temos  a  demarcação  de  uma  área  de  preservação 
ambiental  para  fins  de  reflorestamento  e  implantação  do  projeto  comunitário  de  horticultura  e 
floricultura, sendo vedado nesta área o loteamento para qualquer tipo de construção (área localizada 
na margem esquerda da CE 377, que dá acesso à BR 116, no trecho compreendido a partir de 500 
metros da rua Pio Alfonso Chaves até o lago onde se encontra instalado a unidade de produção de 
mudas da Fundação FEMAJE). 
O plano traz o Estudo de Impacto Ambiental para a implantação de atividades, obras ou 
empreendimentos, públicos ou privados, que possam vir a representar uma excepcional sobrecarga 
na capacidade de infra­estrutura urbana e rural a nível dos Centros de Vizinhança, ou ainda possam 
vir a causar danos ao ambiente natural ou construído (art. 22). O artigo 24 traz que o EIA deve ser 
analisado e aprovado pelo Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo e pelo COMDEMA.

38 
5.  A  compatibilização  do  planejamento  territorial  com  o  diagnóstico  ambiental,  através  das 
seguintes definições: 
(i) Delimitação de Áreas de Risco de Inundação. 
(ii) Delimitação de Áreas de Risco Geológico. 
(iii) Mapeamento da geomorfologia dos solos e aptidões. 
(iv) Mapeamento de declividades. 
(v) Delimitação de Áreas com restrição de impermeabilização dos solos. 
(vi)  Delimitação  de  Áreas  de ocupação  e  de  expansão  urbana,  considerando  as  condições 
dos ecossistemas locais e a capacidade de suporte da infra­estrutura. 
(vii) Delimitação de Áreas de risco à ocupação humana. 
(viii) Delimitação de Áreas de atividades agrícolas. 
(ix) Delimitação de Áreas de atividades de exploração. 
(x) Localização preferencial de comércio, indústria e serviços. 
(xi) Áreas especiais instituídas em correspondência com as atividades econômicas geradoras 
de impacto nos ecossistemas locais. 
(xii)  Áreas  especiais  instituídas  em  correspondência  com  as  atividades  de  infra­estrutura 
urbana geradoras de impacto nos ecossistemas locais 

Não  foi  fornecido  diagnóstico  ambiental,  impossibilitando  esta  análise,  além  disso  o 
plano não traz concretamente um zoneamento para análise. 

6.  O estabelecimento de plano municipal de meio ambiente, seus objetivos, suas diretrizes e o 
estabelecimento de prazos. 

Não há o estabelecimento de plano municipal para esta política. 

7.  A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo 
estaduais e federal. 

Não  há  regulamentação  neste  sentido,  mas  no  artigo  53  o  plano  estabelece  que  os 
loteamentos ficam sujeitos ao prévio licenciamento do Órgão Ambiental do Estado do Ceará. 

8.  A instituição de fundo específico de meio ambiente e suas fontes de recursos, observando: 
(i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii)

39 
quais  são  as  receitas  do  Fundo;  (iv)  a  necessidade  de  legislação  específica;  (v)  prazos 
estabelecidos. 

Há a previsão de criação do Fundo Municipal de Meio Ambiente (art. 11, §5º, XV), não 
estando em nada regulamentado. 

9.  A  existência  de definições  relativas  ao orçamento municipal (PPA,  LDO  e LOA), como  a 


determinação  de  prioridades  de  investimentos,  ou  a  definição  de  obras  e  investimentos 
concretos na área ambiental, por exemplo. 

No artigo 11, §5º, existem algumas ações concretas mas muitas delas são relacionadas a 
política de saneamento ambiental. 

10. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas. 

Não há este tipo de previsão. 

11. O grau de auto­aplicabilidade das definições estabelecidas na política de meio ambiente. 

As  normas  trazidas  pela  lei  podem  ser  de  pronto  aplicadas  pelo  Poder  Público,  com 
exceção das normas relativas ao fundo e ao COMDEMA. 

12. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de meio ambiente. 

Há somente o Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente. 

VI  –  O  Plano  Dir etor   e  a  Política  Metropolitana  (apenas  para  os  municípios  situados  em 
r egiões metr opolitanas). 

A idéia é situar os municípios segundo o grau de integração metropolitana e o grau de autonomia 
fiscal dos municípios (utilizando a tipologia e os estudos do Observatório das Metrópoles)

40 
Para  os  municípios  situados  em  regiões  metropolitanas,  buscar­se­á  avaliar  em  que  medida  os 
planos diretores incorporaram instrumentos de gestão compartilhada em torno das políticas urbanas. 
Buscar­se­á identificar: 

1.  A  existência  de  diagnóstico  identificando  a  situação  do  município  no  contexto 
metropolitano, com ênfase nos problemas de coordenação e cooperação entre os municípios 
e nas desigualdades sociais existentes na metrópole. 

2.  As diretrizes estabelecidas na perspectiva da integração do município à metrópole. 

3.  A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento 
de metas concretas visando uma política metropolitana. 

4.  A definição de instrumentos específicos visando a gestão compartilhada e cooperativa com 
outros municípios metropolitanos (por exemplo, a definição de consórcios municipais) e se 
envolve outros âmbitos federativos (estados e união). 

5.  O grau de auto­aplicabilidade das definições estabelecidas na política metropolitana. 

D – Sistema de Gestão e Participação Democrática 

Nesse item, a avaliação está centrada nos seguintes objetivos: 

(i)  Identificar  os  elementos  presentes  nos  planos  diretores  que  garantam  a  implementação  do 
estatuto das cidades nos itens referentes à participação social no planejamento e gestão das 
cidades. 
(ii)  Identificar  se  o  plano  regulamenta  ou prevê  a criação  de  Conselhos  das  Cidades  e  outros 
mecanismos de participação. 
(iii) Identificar a relação entre as ações do PD e o processo orçamentário (PPA, LDO e LOA). 
(iv) Identificar  as  referências  e  definições  relativas  à  estrutura  de  gestão  da  Prefeitura  e  as 
condições para o planejamento das ações e seu monitoramento. 

Questões centrais:

41 
1.  A existência de previsão de audiências públicas obrigatórias. Se sim, em que casos? 

Não há regulamentação neste sentido. 

2.  As definições relativas às consultas públicas (plebiscito; referendo popular ou outras). 

Não há regulamentação neste sentido. 

3.  As definições relativas às Conferências (identificar quais) e sua periodicidade. 

Não há regulamentação neste sentido. 

4.  A  instituição  de  Conselho  das  Cidades  e  outros  Conselhos  ligados  à  política  urbana 
(Conselho  Gestor  do  Fundo  de  Habitação  de  Interesse  Social,  Conselho  de  Transporte, 
Conselho  de  Saneamento,  de  Desenvolvimento  Urbano,  etc.)  e  se  existem  conexões  ou 
mecanismos de articulação entre estes. 

Há o estabelecimento do Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo e a citação 
do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA. Quanto à conexão entre eles 
só  têm  alguns  dispositivos  que  trazem  algumas  ações  conjuntas,  como  quando  há  a  análise  de 
projeto de grande impacto ambiental. 

5.  Identificar para cada Conselho: 

a)  Composição  por  Segmento  (identificar  os  seguintes  segmentos:  (i)  governo,  (ii)    empresários, 
(iii) trabalhadores e entidades de ensino e pesquisa, (iv) movimento popular, (v) ONGs, (vi) outros 
–  especificar, (vii)  total.  Anotar  o  número de representantes  por  segmento  e  o percentual  sobre o 
total  de  conselheiros(as).  Observação:  Estão  sendo  considerados  os  mesmos  segmentos  que 
orientam a composição do Conselho Nacional das Cidades 

O  Plano  só  diz  que  o  Conselho  Municipal  do  Plano  Diretor  Participativo  está  criado 
(arts. 14 e 15), tendo sua regulamentação em lei própria no prazo de 30 dias a contar da edição do 
plano  (a  lei  do  conselho  não  foi  fornecida  pela  Prefeitura  de  Tabuleiro  do  Norte).  Quanto  ao

42 
Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA, não há informações quanto a sua 
regulamentação. 

b) Composição do poder público e sociedade 

O  plano  não  traz  a  composição  dos  conselhos,  só  diz  que  é  paritária.  Quanto  ao 
Conselho  Municipal  do  Plano  Diretor  Participativo  o  plano  traz  o  que  seriam  organizações  não­ 
governamentais para efeitos desta lei (art.15, §2º): 
I  –  as  associações  de  bairro  ou  moradores  que  tenham  por  finalidade 
estatutária promover ou defender os interesses comunitários locais; 
II – as entidades que tenham sido declaradas de utilidade pública municipal; 
III – as entidades cujos estatutos estejam devidamente registrados na forma 
da lei civil e com atas de eleição das diretorias devidamente autenticadas. 

Tabela – Composição poder  público e sociedade 


Composição  (Poder  Participação  do 
Município  Público  e  Sociedade  Segmentos sociais representados  Movimento 
Civil)  Popular (%) 
Tabuleiro  do  50% Poder Público 
­  ­ 
Norte  50% Soc. Civil 
Observações:  (i)  Composição:  anotar  a  composição  percentual  entre  o  poder  público  e  a 
sociedade;  (ii)  Segmentos  sociais  representados:  levar  em  consideração  dos  seguintes 
segmentos:  poder  público  federal;  poder  público  estadual;  poder  público  municipal; 
movimentos populares; entidades da área empresarial; entidades dos trabalhadores; entidades da 
área profissional, acadêmica e de pesquisa; organizações não­governamentais; (iii) Participação 
do  movimento  popular:  indicar  o  peso  relativo  (%)  do  segmento  do  movimento  popular  na 
composição total do Conselho das Cidades. 

c) Caráter (consultivo ou deliberativo ou ambos) 

O  Conselho  Municipal  do  Plano  Diretor  Participativo  é  deliberativo  (art.15,  §1º),  o 


COMDEMA consultivo e deliberativo (art.17). 

d)  Atribuições  (verificar  se  está  prevista  como  uma  das  atribuições  a  iniciativa  de  revisão  dos

43 
planos diretores) 

O  artigo  14  traz  como  atribuição  básica  do  Conselho  Municipal  do  Plano  Diretor 
Participativo  analisar  e  propor  medidas  de  efetivação  da  política  urbana,  bem  como  verificar  o 
cumprimento das diretrizes expressas no Plano. O artigo 16 traz as competências: 
I – promover a aplicação e fiscalizar o cumprimento da legislação municipal 
referente  ao  Plano  Diretor  Participativo,  estabelecendo  a  interpretação 
uniforme e adequada dos dispositivos legais pertinentes; 
II  –  emitir  parecer  sobre  minuta  de  projeto  de  lei,  decreto  e  demais  atos 
regulamentares  necessários  à  utilização  e  complementação  da  presente  lei, 
sem prejuízo do competente processo deliberativo; 
III – deliberar sobre propostas de alterações dos padrões urbanísticos; 
IV –  opinar  sobre  a  programação  anual  e  plurianual  de  investimentos  das 
ações voltadas para o desenvolvimento urbano e rural; 
V  –  promover  a  integração  das  atividades  de  planejamento  municipal 
atinentes ao desenvolvimento estadual e regional; 
VI – promover atividades de planejamento, acompanhando a sua execução, 
em  especial  quando  do  estabelecimento,  atualização  permanente  e  revisão 
periódica: 
a) da ordenação do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; 
b) de definição das prioridades governamentais; 
VII – promover um canal de comunicação efetivo entre o Poder Executivo e 
os  cidadãos  tabuleirenses,  no  que  tange  a  execução  das  políticas  urbana  e 
rural; 
VIII  –  baixar  normas  de  sua  competência,  necessárias  à  execução  e 
implementação das políticas urbana e rural do Município; 
IX  –  sugerir,  quando  achar  necessária,  a  realização  de  estudos  sobre 
alternativas  e  possíveis  conseqüências  urbanístico/ambientais,  de  projetos 
públicos  ou  privados,  com  vistas  à  adequação  dos  mesmos  às  diretrizes 
constantes nesta lei; 
X  –  submeter,  através  das  Secretarias  de  Obras  e  Serviços  Públicos, 
Planejamento  e  Desenvolvimento  Econômico  e  de  Meio  Ambiente  e 
Turismo, à apreciação do Chefe do Poder Executivo, as propostas referentes

44 
à  concessão  de  incentivos  e  benefícios  fiscais  e  financeiros,  visando  a 
melhoria da qualidade urbana e rural; 
XI  –  apreciar  os  projetos  de  urbanização  e  de  equipamentos  urbanos  que 
venham  a  causar  significativo  impacto  ambiental  em  estreita  articulação 
com o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA, e 
respectivos  órgãos  executivos  da  gestão  ambiental  e  urbana,  à  nível  do 
Município,  oferecendo  pareceres  à  homologação  do  Poder  Executivo 
Municipal; 
XII – exercer outras atividades que lhe venham a ser conferidas por lei; 

Quanto ao COMDEMA, o plano traz o no artigo 17 as suas competências, relacionadas 
à política municipal de meio ambiente: 
I – propor diretrizes para a política municipal de meio ambiente; 
II  –  estimular  e  acompanhar  o  inventário  dos  bens  que  deverão  constituir 
patrimônio ambiental (natural, étnico, e cultural) do Município; 
III –  propor  o  mapeamento  das  áreas  críticas  e  a  identificação  de  onde  se 
encontram  obras  ou  atividades  utilizadoras  de  recursos  ambientais, 
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras; 
IV  –  estudar,  definir  e  estabelecer,  mediante  resoluções,  padrões  de 
qualidade ambiental; 
V  –  promover  e  colaborar  na  execução  de  programas  intersetoriais  de 
proteção ambiental do Município; 
VI – propor e acompanhar os programas de educação ambiental; 
VII – manter intercâmbio entre as entidades públicas e privadas de pesquisa 
com atuação não área ambiental; 
VIII  –  identificar  e  representar  junto  aos  órgãos  competentes  as  agressões 
ambientais ocorridas no Município; 
IX – convocar audiências públicas quando necessário; 
X –  exigir,  para  instalação de obra ou  atividade  potencialmente causadora 
de  significativa  degradação  do  meio  ambiente,  o  Estudo  de  Impacto 
Ambiental, a que se dará publicidade; 
XI  –  o  Conselho  Municipal  de  Defesa  do  Meio  Ambiente  –  COMDEMA 
poderá  sugerir  a  criação  de  comissão  fiscalizadora  das  industrias  e  outras 
atividades poluentes, constituída de funcionários integrantes das Secretariais

45 
de  Meio  Ambiente  e  Saúde,  objetivando  orientar,  detectar,  instruir  e 
enquadrar os meios de produção, em conformidade com as leis ambientais 
vigentes. 
O art. 32, §1º, ainda traz como atribuição do conselho a identificação dos bens a serem 
objeto  de  tombamento.  O  artigo  34  coloca  que  as  obras  de  restauração  também  terão  que  passar 
pelo conselho.
O  artigo  71  traz  que  o  Plano  Diretor  pode  ser  revisado  por  iniciativa  do  Conselho 
Municipal do Plano Diretor. 

e) A definição da forma de eleição dos conselheiros. 

Não há regulamentação neste sentido. 

f) A definição de critérios de gênero na composição do conselho. 

Não há disposição sobre questões de gênero. 

6.  Previsão de participação da população e de entidades representativas dos vários segmentos 
da sociedade na formulação, execução e acompanhamento dos planos, programas e projetos 
de desenvolvimento urbano. 

Dentro das competências do Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo. 

7.  A  definição  de  criação  de  Fóruns  entre  governo  e  sociedade  para  debate  de  políticas 
urbanas. 

Não há previsão de fórum no plano. 

8.  A definição de criação de instâncias de participação social no orçamento público municipal 
(definir quais instâncias estão previstas: debates, reuniões periódicas, audiências, consultas 
públicas, etc. e se são condição obrigatória para o encaminhamento das propostas do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentária e do orçamento anual).

46 
Não  há  a  criação de  instâncias  mas  dentro das  competências  do  Conselho  temos  a  de 
opinar  sobre  a  programação  anual  e  plurianual  de  investimentos  das  ações  voltadas  para  o 
desenvolvimento urbano e rural. 

9.  Verificar  no  plano  diretor  a  relação  que  existe  entre  a  definição  de  obras  e  investimentos 
propostos com a capacidade financeira do município (se existem definições relativas a essa 
relação e quais). 

Não há disposições neste sentido. 

10. A definição de outras instâncias de participação 

Não há a previsão de outras instâncias. 

11. Identificar a existência no plano da instituição de sistema de gestão, estrutura, composição e 
atribuições  de  cada  órgão;  as  formas  de  articulação  das  ações  dos  diferentes  órgãos 
municipais. 

Há o estabelecimento do Sistema Integrado de Planejamento Municipal nos artigos 18 a 
21. O Sistema traz a seguinte estrutura: 
I – Órgão Superior – o Conselho Municipal do Plano Diretor; 
II – Órgãos Centrais – as Secretarias de Obras e Serviços, Planejamento e 
desenvolvimento Econômico e de Meio Ambiente e Turismo; 
III –  Órgãos  /  Entidades  Seccionais  –  os  órgãos,  entidades  ou  comissões 
específicas  instituídas  no  âmbito  da  Administração  Pública  Municipal, 
cujas  atividades  sejam  associadas,  direta  ou  indiretamente,  à 
implementação  da  política  urbana  e  das  diretrizes  expressas  do  Plano 
Diretor Participativo. 
Não há mais informações no plano relacionadas ao questionado neste item. 

12. Identificar  no  plano  diretor  as  formas  de  planejamento  e  execução  das  ações;  se  existem 
definições  relacionadas  às  formas  regionalizadas  e  centralizadas  de  gestão;  Como  está 
previsto a participação da sociedade neste processo?

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Não há dispositivos neste sentido. 

13. Identificar,  no  plano,  as  formas  de  monitoramento  das  ações  no  território  municipal;  Está 
previsto a participação da sociedade? 

Quanto ao monitoramento temos a previsão no artigo 21 de um sistema de informações 
que todos os órgãos devem alimentar e para servir como instrumento de transparência pública. 

14. Identificar,  no  plano,  a  referência  a  existência  de  cadastros  (imobiliário,  multifinalitário, 


georeferenciados, planta de valores genéricos e as formas de atualização) e a implementação 
dos impostos territoriais (IPTU, ITR e ITBI). Observação: O ITR pode não aparecer porque 
o plano pode ter sido aprovado antes do ITR ser passado para o município. 

Não há regulamentação neste sentido, com exceção do IPTU progressivo no tempo. 

15. Identificar a previsão no plano, de revisão do código tributário. 

Não há regulamentação neste sentido.

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