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DIRETORES PARTICIPATIVOS
Nome do pesquisador: Francisco Filomeno de Abreu Neto.
Email e telefone de contato: filomenoabreu@yahoo.com.br e 85 87221608.
Município: Tabuleiro do Norte
Número da lei: 882.
Data da aprovação do Plano Diretor: 10 de outubro de 2006.
Estado: Ceará.
A. Informações gerais do município.
1. Caracterização sociodemográfica e econômica do município. Para essa caracterização podem
ser utilizadas fontes secundárias (dados IBGE) e o próprio diagnóstico utilizado no Plano Diretor.
Além disso, se possível, buscar situar o contexto sóciopolítico no qual o Plano Diretor foi
elaborado.
a) população urbana e rural (Contagem 2007 – IBGE) e sua evolução nos últimos 20 anos.
Municípi População recenseada, por situação do domicílio e sexo
os Total Urbana Rural
Total( Homen Mulhere Total( Homen Mulhere Total( Homen Mulhere
1) s s 1) s s 1) s s
Tabuleiro 28 13
14 390 17 365 8 160 9145 10 926 5 654 5245
do Norte 291 814
1
Tabela 202 População r esidente, por sexo e situação do domicílio
Município = Tabuleiro do Nor te CE
Var iável = População residente (Pessoas)
Sexo = Total
Ano
Situação do domicílio
1970 1980 1991 2000
Nota:
Para os anos de 1970, 1980 e 1991:
1 Dados da Amostra
Para o ano de 2000:
1 Para os níveis territoriais Bairro, Subdistrito, Região Metropolitana e Região Metropolitana e
Subdivisão só existem dados carregados para o ano de 2000.
2 Nem todos os municípios possuem subdistritos e bairros.
3 A RIDE (Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno) é composta por
municípios das unidades da federação Minas Ger ais, Goiás e Distr ito Feder al.
4 De acordo com a legislação vigente, alguns subdistritos estão contidos em mais de um distrito,
conforme listado abaixo:
Município de Fortaleza:
Subdistrito Antonio Bezer ra faz parte dos distritos For taleza e Antonio Bezer r a
Subdistrito Conjunto Ceará faz parte dos distritos Antonio Bezer ra e Mondubim
Município de Cuiabá:
Subdistritos Administr ação Regional CentroLeste e Administração Regional do
Norte fazem parte dos distritos Cuiabá e Coxipó da Ponte
Município de Belo Horizonte:
Subdistrito Oeste faz parte dos distritos Belo Hor izonte e Bar reir o
Subdistritos Nor deste, Pampulha e Venda Nova fazem parte dos distritos
Belo Horizonte e Venda Nova
5 Dados do Universo
2
6 Para 1996: dados análogos podem ser obtidos na tabela 475 da Contagem da População.
Fonte: IBGE Censo Demográfico 2000
b) evolução da PEA por setor nos últimos 10 anos.
Município = Tabuleiro do Nor te CE
Var iável = Pessoas de 10 anos ou mais de idade (Pessoas)
Gr upos de idade = Total
Ano
Condição de atividade Sexo Situação do domicílio
1991 2000
3
Rur al 981 1.410
Nota:
Para 1991:
1 Os dados são da Amostra
Para 2000:
1 Os dados são dos Primeiros resultados da Amostra
Fonte: IBGE Censo Demográfico
c) estratificação da população por renda e sua evolução nos últimos 10 anos.
Município = Tabuleiro do Nor te – CE
Var iável = Pessoas de 10 anos ou mais de idade (Pessoas)
Grupos de anos de estudo = Total
Ano = 2000
4
Mais de 1/4 a 1/2 salár io mínimo 1.210
Mais de 1 a 2 salários mínimos 2.685
Mais de 2 a 3 salários mínimos 830
Mais de 3 a 5 salários mínimos 587
Mais de 10 a 15 salários mínimos 130
Mais de 20 a 30 salários mínimos 51
Mais de 30 salários mínimos 18
Total 10.558
Mais de 1 a 2 salários mínimos 1.712
Mais de 2 a 3 salários mínimos 544
Homens Mais de 3 a 5 salários mínimos 463
Mais de 10 a 15 salários mínimos 91
Mais de 15 a 20 salários mínimos 52
Mais de 20 a 30 salários mínimos 38
Mais de 30 salários mínimos 18
5
Mais de 1 a 2 salários mínimos 973
Mais de 2 a 3 salários mínimos 286
Mais de 3 a 5 salários mínimos 124
Mais de 10 a 15 salários mínimos 39
Mais de 15 a 20 salários mínimos
Mais de 20 a 30 salários mínimos 14
Mais de 30 salários mínimos
Nota:
1 Dados da Amostra
2 Salário mínimo utilizado: R$ 151,00.
3 A categoria Sem r endimentos inclui as pessoas que receberam somente em benefícios.
Fonte: IBGE Censo Demográfico
d) déficit habitacional e déficit de acesso aos serviços de saneamento ambiental.
Não foram disponibilizadas pelo município informações neste sentido.
2. Localização do município em tipologia a ser utilizada na metodologia de avaliação.
Utilizaremos (i) a tipologia municipal produzida pelo Observatório das Metrópoles (trabalho
coordenado pela Tânia Bacelar) e reformulada pela Ermínia Maricato para o Planab, e (ii) a
tipologia produzida pelo Observatório sobre o grau de integração dos municípios às metrópoles,
especificamente para os municípios situados em regiões metropolitanas.
TABULEIRO H Centros urbanos em espaços rurais
2313104 CE H
DO NORTE com elevada desigualdade e pobreza
3. Solicitar a prefeitura/câmara os diagnóstico/estudos que subsidiaram a elaboração do Plano
Diretor, caso estes estejam disponíveis.
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Os dados foram solicitados à Prefeitura de Tabuleiro do Norte mas não foram
fornecidos até a data de elaboração deste relatório.
4. Verificar se o município já possuía Plano Diretor antes da elaboração deste.
Não foram disponibilizadas informações neste sentido.
5. Ao final da leitura do Plano Diretor, com foco nos aspectos elencados nesse roteiro, solicitase
uma avaliação sintética, buscando refletir sobre o sentido geral do Plano, procurando responder às
seguintes questões:
(i) Conteúdo: O Plano apresenta uma estratégia econômica/sócioterritorial para o desenvolvimento
do município? Quais são os elementos centrais desta estratégia? Caso não apresente uma estratégia
de desenvolvimento econômico/sócio/territorial, qual é o sentido do plano?
O plano traz em seu artigo 6º três estratégias:
I – Linha Estratégica 1: Tabuleiro do Norte deverá ser um município de
comércio e serviços locais de qualidade;
II – Linha Estratégica 2: Tabuleiro do Norte deverá ter uma economia
industrial forte e descentralizada, com produtos de valor agregado cada vez
maior;
III – Linha Estratégica 3: Tabuleiro do Norte deverá ser um município
atraente e equilibrado física, ecológica e socialmente.
Os artigos 7, 8 e 9 trazem as ações para cumprir as três estratégias. Apesar das
estratégias, o resto do plano não está relacionado diretamente com estas três estratégias.
Outra estratégia trazida pelo plano é pensar a cidade através de Unidades de Vizinhança,
sendo estas o ponto de partida de planejamento das várias políticas urbanas. Apesar da importância
da Unidade de Vizinhança para o Plano, em momento algum é dada uma definição, mas nos leva a
crer que seriam áreas residenciais com um raio de 400 metros, tendo em seu centro uma área de
convivência onde seria instalado um ponto de partida do transporte coletivo.
O Plano Diretor ainda faz menção a um Plano Estratégico do Município que faz parte da
lei mas não está transcrito nos artigos do Plano Diretor.
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(ii) Linguagem: Verificar se o plano traz um glossário ou um documento explicativo. Verificar se a
linguagem predominante no plano, é excessivamente técnica, dificultando sua compreensão pela
população, ou se procura uma linguagem mais acessível.
O plano traz uma linguagem bastante acessível e traz algumas definições no artigo 69.
(iii) Relação do Plano Diretor com o Orçamento Municipal. Verificar se o plano define prioridades
de investimentos, relacionandoas ao ciclo de elaboração orçamentária subseqüente.
Há dispositivos relacionados a um Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano (art.
41 a 44) e traz alguns investimentos objetivos dentre os seus dispositivos. Exemplo art.11, §5º:
XXVII – o Poder Público Municipal consignará sistematicamente no
Orçamento do Município, recursos para a aplicação nas obras de
esgotamento sanitário na sede do Município, até a sua conclusão definitiva.
(iv) Relação entre o Plano Diretor e o PAC ou outros grandes investimentos. Caso o município seja
atingido por algum investimento importante em infraestrutura de logística/energia, avaliar se o
Plano diretor leva em consideração estes investimentos e seus impactos.
O plano não dialoga com grandes projetos.
B. Acesso à ter r a urbanizada
Os objetivos da avaliação estarão centrados nos seguintes aspectos:
a) detectar que diretrizes do Estatuto da Cidade foram reproduzidas nos textos do PD.
Não foram reproduzidas diretrizes do Estatuto da Cidade para o Plano.
b) apontar diretrizes que, embora não reproduzam o texto do Estatuto, se refiram como objetivos ou
diretrizes do plano aos seguintes temas:
- Garantia do direito à terra urbana e moradia.
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O artigo 4º traz como objetivo do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Rural de
Tabuleiro do Norte:
III – propiciar melhores condições de acesso a mor adia, ao trabalho, à
educação, à saúde, ao lazer, aos transportes e aos equipamentos e serviços
urbanos à população.
- Gestão democrática por meio da participação popular.
O artigo 4º traz como objetivo do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Rural de
Tabuleiro do Norte:
VI – estabelecer mecanismos de participação da comunidade no
planejamento urbano e rural e na fiscalização de sua execução.
O artigo 11 traz como diretriz básica para a consolidação e integração da rede de
distritos:
VI – implantar equipamentos comunitários de caráter multifuncional e
estimuladores da organização comunitária.
O artigo 12 traz como objetivo específico do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
e Rural de Tabuleiro do Norte:
IX – garantir a participação de deficientes, através de seus movimentos e
entidades representativas, nas atividades pertinentes ao acompanhamento e
implementação do plano.
- Ordenação e controle do uso e ocupação do solo de modo a evitar a retenção especulativa de
terrenos.
Art. 11, §1º:
X – evitar a expansão dos limites urbanizados da cidade e controlar seu
crescimento através da ocupação dos vazios urbanos disponíveis e do
incremento da densidade.
Art. 11, §1º:
VI – permitir a verticalização máxima das edificações em quatro
pavimentos, em zonas especificamente selecionadas, para preenchimento de
vazios urbanos e incremento de densidade.
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- Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização.
Não há diretrizes neste sentido.
- Recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de
imóveis urbanos.
Não há dispositivo neste sentido.
- Regularização Fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda.
Não há dispositivo neste sentido.
Questões centrais:
1. O Plano estabelece como objetivo ou diretriz o cumprimento da função social da
propriedade? De que forma?
II. Controle do Uso e Ocupação do Solo
1. O Plano estabelece macrozoneamento? Da zona urbana e rural?
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2. Estão definidos os objetivos do macrozoneamento? Quais?
Não são estabelecidos objetivos mas princípios, alguns com conteúdo de objetivos, nos
artigos 46 e 47, sendo eles:
Art. 46.
I – atendimento da função social da propriedade e da cidade, assim
entendidas como o uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado do
espaço urbano e rural;
II – do direito à cidadania, entendido côo aquele garantidor da participação
dos habitantes da cidade e do campo na ordenação do seu território, assim
como o direito de acesso às condições de vida urbana digna e ao usufruto de
um espaço culturalmente rico e diversificado;
Art. 47.
I – proteger o meio ambiente e o patrimônio cultural como condicionamento
da ocupação do solo;
II – incrementar a acessibilidade da população em suas atividades
quotidianas com relação ao trabalho, aos serviços sociais, às infra
estruturas, ao lazer e ao comércio;
III – preservar e realçar o patrimônio arquitetônico de importância histórica,
articulado com o processo de tombamento, com o redesenho dos espaços
públicos circundantes;
IV – reordenar os espaços públicos naturais e urbanizados, com vários raios
de alcance, no sentido de favorecer a convivência da população, desde as
Unidades de Vizinhança periféricas até os espaços centrais;
V – preservar os espaços de natureza sensível e drenagens naturais;
VI – favorecer a circulação de pedestres e ciclistas, satisfazendo as
necessidades de circulação da maioria da população, e ao mesmo tempo
ajudando a configurar o perfil da cidade saudável;
VII – criar uma forma de desenvolvimento urbano para a cidade, no sentido
de controlar o seu crescimento, baseado numa espacialidade orgânica,
através de um sistema articulado e gradativo de Unidade de Vizinhança que
poderão acomodar comunidades de até 3.000 (três mil) habitantes.
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3. O macrozoneamento está demarcado em mapas? Delimitado por perímetros?
4. Além do Macrozoneamento o plano estabelece alguma outra forma de regulação do uso e
ocupação do solo ou remete a uma revisão/elaboração de lei de uso e ocupação do solo?
O Plano remete muitas matérias a serem regulamentadas na Lei de Parcelamento, Uso e
Ocupação do Solo que deveria ser editada, segundo a regra geral do artigo 75, no prazo de noventa
dias da publicação do plano, não havendo dados se a lei foi editada ou não.
1. O Plano estendeu (ou diminuiu) o perímetro urbano? Criou alguma regra para a extensão do
perímetro? Qual?
Não há dados que mostrem se houve alteração do perímetro urbano, mas o artigo 11,
§7º, coloca como diretriz apoiar a configuração dos limites físicos da área urbana para que o raio de
caminhabilidade seja de no máximo 2.000m a partir de seu centro, respeitado o limite urbano
tratado na legislação municipal.
2. O plano incluiu regras para o parcelamento do solo urbano ou remeteu para legislação
específica? Criou regras específicas para parcelamento de interesse social?
O Plano trouxe algumas regras nos artigos 48 e 59 mas deixou grande parte da
regulamentação para a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo. Quanto às normas
específicas para parcelamento de interesse social o artigo 54 disciplina que os projetos devem ser
previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes e serão enquadrados como unidades
planejadas de acordo com a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, não havendo menção no
plano a índices urbanísticos e procedimentos especiais para estes projetos.
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O plano não identifica uma zona de expansão urbana.
4. Verificar se o plano estabelece que os novos loteamentos devem prever percentuais para
área de habitação de interesses social.
O Plano não traz percentuais para habitação de interesse social.
IV. Coeficientes e Macrozonas:
1. Verificar quais são os tipos de zona e/ou macrozonas definidos no Plano.
O plano não traz macrozoneamento nem zonas.
2. Definição de coeficientes de aproveitamento básico e máximo (se não forem definidos esses
coeficientes, verificar quais são os parâmetros utilizados para o controle do uso e ocupação
do solo).
Não há regulamentação neste sentido.
3. Definição do que é subutilização, não utilização e terreno vazio.
Não há regulamentação neste sentido.
4. Definição de como se calculam os coeficientes de aproveitamento.
Não há regulamentação neste sentido.
5. Definição das macrozonas e/ou zonas e seus coeficientes e/ou parâmetros de utilização.
Não há regulamentação neste sentido.
6. Identificar o estabelecimento de zoneamento e políticas específicas para as áreas centrais e
sítios históricos.
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O texto da lei traz diretrizes, objetivos e ações relacionadas à proteção do patrimônio
mas de maneira dispersa ao decorrer do Plano. Apesar de não haver uma política o tombamento é
um dos poucos instrumentos regulamentados (arts. 30 a 34).
Quanto às áreas centrais, não há zoneamento nem políticas, há somente uma diretriz no
artigo 11, §1º que diz que o município deve, quanto ao uso do solo, remanejar funções dentro da
área central que não sejam compatíveis com a qualidade de vida desejada, mesclando, sempre que
possível, atividades diferentes dentro de uma mesma área.
7. Identificar o estabelecimento de zoneamento específico para áreas de proteção ambiental.
Há somente a delimitação de uma área de preservação ambiental no artigo 11, §5º, não
havendo macrozoneamento, muito menos zoneamento ambiental específico.
XXVI – a área localizada na margem esquerda da CE 377, que dá acesso à
BR 116, no trecho compreendido a partir de 500 metros da rua Pio Alfonso
Chaves até o lago onde se encontra instalado a unidade de produção de
mudas da Fundação FEMAJE (ONG), é considerada área de preservação
ambiental, para fins de reflorestamento e implantação do projeto
comunitário de horticultura e floricultura, sendo vedado nesta área o
loteamento para qualquer tipo de construção, devendo ser destinada ao fim
social e ecológico especificado na Lei Orgânica do Município;
V. ZEIS
1. Definição de tipos de ZEIS.
Não há dispositivos neste sentido. As ZEIS só são trazidas no art. 28, §2º, III, como área
que terá maior atenção do município.
2. Definição da localização em mapa, ou coordenadas ou descrição de perímetro
Não há regulamentação neste sentido.
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3. Definição da população que acessa os projetos habitacionais nas ZEIS.
Não há regulamentação neste sentido.
4. Definição de tipologias habitacionais em ZEIS.
Não há regulamentação neste sentido.
5. A remissão para lei específica.
Não há regulamentação neste sentido.
6. Caso as ZEIS já estejam demarcadas em mapas, identificar qual é o percentual da zona
definido no plano.
Não há mapas, impossibilitando a análise.
7. Verificar se existem definições de investimentos em equipamentos sociais nas ZEIS, tais
como investimentos em educação, saúde, cultura, saneamento, mobilidade, etc.
Não há regulamentação neste sentido.
1. Qual o significado do zoneamento proposto sob o ponto de vista do acesso à terra
urbanizada? (ou seja, procure avaliar o zoneamento, buscando identificar em que porções do
território, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo zoneamento se favorece o acesso
à terra urbanizada pelas classes populares ou, pelo contrário, se favorece a utilização das s
áreas pelos empreendimentos imobiliários voltados para classes médias e altas). Para fazer
esta leitura, atentar para as seguintes características: tamanhos mínimos de lote, usos
permitidos (incluindo possibilidades de usos mistos na edificação) e possibilidade de
existência de mais de uma unidade residencial no lote.
A análise fica impossibilitada pela ausência de zoneamento.
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2. Avaliar este zoneamento do ponto de vista quantitativo ( percentual do território urbanizável
destinado ao território popular frente ao percentual de população de baixa renda no
município) e qualitativo ( localização deste território no município)
Fica prejudicada esta análise pelos motivos expostos no ponto anterior.
Atenção: incluir as ZEIS nesta análise, porém não restringir a avaliação apenas às ZEIS, caso
existam zonas do macrozoneamento que permitam, pelas características e parâmetros de uso e
ocupação do solo, a produção de moradia popular. Caso estes parâmetros não sejam estabelecidos
no próprio plano e sim na lei de uso e ocupação do solo, buscar a lei de uso e ocupação do solo ou
lei de zoneamento em vigor.
VII. Instr umentos de Política Fundiária
1. Para cada um dos instrumentos de políticas de solo listados abaixo, é necessário verificar:
- Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua
forma de aplicação específica no município está prevista.
O Plano praticamente lista o instrumento, trazendo uma pequena regulamentação no que
toca aos artigos 36 a 40.
- Caso esteja especificada sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação
complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.
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O instrumento não é autoaplicável, sendo remetido a legislação específica no art. 38.
- Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua
edição/regulamentação e qual é este prazo.
O que foi remetido para lei municipal específica não tem prazo.
- Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta
definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perimetro).
Não há definição de perímetros.
- Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia
do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?
O plano trabalha em todo o seu texto com o conceito de Unidade de Vizinhança como
núcleos residenciais que devem ser estimulados e consolidados. O instrumento em questão surge
como ferramenta de consolidação dessas vizinhanças quando estimula a ocupação dos vazios nestes
espaços.
- Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual
vigente e o novo plano.
Não há norma de transição.
- Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;
Não há monitoramento e prazos.
- Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.
Não há prazo de revisão do instrumento.
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- Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.
Não há regulamentação neste sentido.
- Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.
O único procedimento é o prazo de utilização de 2 anos após a notificação, não sendo
cumprido o prazo é aplicado o IPTU progressivo no tempo (art. 39).
- No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de
isenção.
Não incidirá o IPTU progressivo no tempo quando se tratar de imóvel de área até 250m²
quando o proprietário não possuir outro imóvel (art. 37).
- Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.
Não há disposições nesse sentido.
- Identificar para onde vão os recursos.
Não há uma determinação de para onde vão os recursos.
- Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades
Não há destinação e finalidades para os recursos.
- Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.
Não há responsável pela gestão dos recursos.
- Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.
Prevê uma lei mas não é específica (art. 38).
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- Identificar se estão definidos prazos.
Somente o de dois anos depois da notificação como explicitado no item anterior (art.
39).
Não há a previsão deste instrumento no plano.
Operação Inter ligada
Não há a previsão deste instrumento no plano.
Zonas Especiais de Interesse Social
Não há regulamentação de ZEIS como instrumento.
Operações Ur banas Consorciadas
Não há a previsão deste instrumento no plano.
Não há a previsão deste instrumento no plano.
Estudo de Impacto de Vizinhança
Não há a previsão deste instrumento no plano.
Concessão de uso especial para fins de moradia
Não há a previsão deste instrumento no plano.
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Dir eito de Super fície
Não há a previsão deste instrumento no plano.
Dir eito de Preempção
Não há a previsão deste instrumento no plano.
onde se quando se
Como se aplica¹
aplica² aplica³
Incide sobre terrenos não edificados,
Lei de
subutilizados ou não utilizados da zona
iniciativa do
urbana. Não incidindo em casos em
Poder
Edificação/Parcelamento que o terreno tem até 250m² e o Quando lei
Executivo irá
Compulsórios proprietário não possua outro imóvel. regulamentar o
identificar os
IPTU progressivo no tempo Depois da notificação o proprietário instrumento.
terrenos nas
terá dois anos para cumprir a
Unidades de
obrigação, caso contrário começa a
Vizinhança.
incidir o IPTU progressivo no tempo.
Outorga Onerosa ( de
direitos de construção ou
alteração de usos)
Operação Interligada
ZEIS – Zonas de Especial
Interesse Social
Operação Urbana
Transferência do Direito de
Construir
EIV – Estudos de Impacto
20
de Vizinhança
Concessão de uso especial
para moradia
Direito de superfície
Direito de preempção
Observações:
(1) Como se aplica – fazer uma descrição sucinta do funcionamento do instrumento.
(2) Onde se aplica – identificar a relação com o zoneamento ou macrozoneamento.
(3) Quando se aplica – verificar se a aplicação ocorre a partir da data de aprovação do plano; se há
prazo para regulamenteação; ou se há outras definições.
C. Acesso aos serviços e equipamentos ur banos, com ênfase no acesso à habitação, ao
saneamento ambiental e ao tr ansporte e à mobilidade.
O Estatuto das Cidades estabelece que o plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento
básico da política de desenvolvimento e expansão urbana (art. 40). Nesse sentido é fundamental
avaliar em que medida o Plano Diretor aprovado pelos municípios incorporam diretrizes,
instrumentos e programas visando o acesso aos serviços e equipamentos urbanos e a
sustentabilidade ambiental, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental, ao
transporte e mobilidade e ao meio ambiente urbano sustentável.
Questões centrais:
I – O Plano Dir etor e a Integração das Políticas Urbanas
Buscarseá avaliar a existência de uma abordagem integrada das políticas urbanas através dos
seguintes aspectos:
1. Definições, diretrizes e políticas que expressem essa abordagem integrada.
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Apesar de não haver diretrizes e políticas que tragam expressamente uma abordagem
integrada, o plano traz uma visão integrada do desenvolvimento urbano ao colocar a existência de
um Plano Estratégico e de um Plano de Estruturação Urbana e Rural, tendo eles diretrizes básicas
definidas no artigo 11, sendo elas relacionadas ao:
· Uso e ocupação do solo;
· Sistema de transporte e acessibilidade;
· Desenho urbano;
· Habitação e desenvolvimento da comunidade;
· Natureza ambiental;
· Infraestrutura e serviços públicos;
· Consolidação e integração de rede de Distritos.
2. A criação de programas e a instituição de instrumentos visando a integração da políticas
urbanas.
A previsão do Conselho Municipal do Plano Diretor possibilita o controle social
integrado das políticas urbanas.
O Plano regulamenta políticas que não são propriamente urbanas, sendo elas: a
agropecuária, de cultura e empreendedorismo, desenvolvimento social e cidadania e saúde.
Buscarseá identificar:
1. A existência de diagnóstico identificando a situação habitacional do município, com ênfase
nas desigualdades sociais nas condições de moradia e no déficit habitacional. Identificar se
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essa avaliação incluiu levantamentos específicos ou se o plano prevê a elaboração de
cadastros de moradias precárias.
Não foi fornecido diagnóstico e não foi identificado nos bancos de dados existentes.
2. As diretrizes estabelecidas para a política de habitação.
O Plano Diretor não traz a configuração de uma política habitacional. O artigo 11, §4º
disciplina diretrizes básicas para habitação e desenvolvimento da comunidade mas não tem nenhum
inciso que se refira diretamente a promoção de habitação de interesse social, é mais relacionado a
disciplinar o uso habitacional. O único tópico que chama a atenção é o que fala em estimular a
ocupação dos vazios urbanos centrais e áreas dotadas de infraestrutura.
O artigo 67 traz como ação da Política de Desenvolvimento Social e Cidadania a
implementação de programa de habitação popular.
3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento
de metas concretas.
Não há regulamentação neste sentido.
4. A definição de uma estratégia de aumento da oferta de moradias na cidade pela intervenção
regulatória , urbanística e fiscal na dinâmica de uso e ocupação do solo urbano.
Não há uma estratégia clara para o aumento da oferta de moradia.
O plano traz o Programa de Formação de Estoque de Terras (art. 25 e 26) que objetiva a
aquisição progressiva de áreas do município (permuta, transferência, compra, desapropriação),
tendo como destinação preferencial:
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I – a implementação da política municipal de desenvolvimento urbano e
rural, principalmente à implantação de programas habitacionais e
equipamentos de caráter social;
II – a implementação de projetos referentes ao programa de municipalização
de terras;
III – a outros programas e projetos que atendam à função social do
Município, a exemplo de assentamentos populares (art. 27).
O artigo 29 disciplina que o Poder Público Municipal poderá ceder áreas para fins
específicos de projetos de habitação coletiva para:
I – cooperativas habitacionais;
II – sindicatos de trabalhadores;
III – associações comunitárias.
6. A criação de programas específicos (urbanização de favelas, regularização de loteamentos,
etc.)
Não há programas específicos, com exceção do exposto no item anterior. Há
somente no artigo 67, como ação da Política de Desenvolvimento Social e Cidadania, a
implementação de programa de habitação popular.
São trazidas as ZEIS no artigo 28, §2º, mas o instrumento não é regulamentado.
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8. O uso de outros instrumentos voltados para a política habitacional tais como consórcios
imobiliários, operações interligadas com destinação de recursos para o Fundo de Habitação,
etc.
Não há regulamentação neste sentido.
9. O estabelecimento de plano municipal de habitação, a definição de objetivos, diretrizes e o
estabelecimento de prazos.
Não há regulamentação neste sentido.
10. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo
estadual e federal.
Não há regulamentação neste sentido.
11. A instituição de fundo específico de habitação de interesse social, ou de fundo de
desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado à habitação), e suas fontes de
recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem
gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação
específica; (v) prazos estabelecidos.
O artigo 41 traz o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano. O artigo 42 traz que
os recursos do fundo estão destinados prioritariamente à execução de programas de urbanização e
de obras de infraestrutura básica nos Centros de Vizinhança com maior carência desses serviços.
Não há normas sobre a gestão do fundo mas o art. 41 diz que o fundo é vinculado às Secretarias de
Obras e Serviços Públicos, de Planejamento e Desenvolvimento Econômico e de Meio Ambiente e
Turismo.
Quanto às receitas do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano não há a
vinculação de recursos. O artigo 44 traz o prazo de 30 dias para a regulamentação do fundo por
meio de lei.
12. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como
tornar obrigatório a existência de um Programa de Habitação a ser contemplado nos
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instrumentos orçamentários PPA,LDO e LOA ou a determinação de prioridades de
investimentos, a definição de obras e investimentos concretos na área habitacional, por
exemplo.
Não há regulamentação neste sentido.
13. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.
Não há regulamentação neste sentido.
14. O grau de autoaplicabilidade das definições estabelecidas na política habitacional.
O instrumento de Formação de Estoque de Terras é autoaplicável.
15. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de habitação.
Há somente o Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo.
Buscarseá identificar:
1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área do saneamento
ambiental, com ênfase nas desigualdades sociais no acesso ao abastecimento de água, à rede
de esgotos e à coleta de resíduos sólidos, bem como a situação social relativa à gestão de
recursos hídricos, em especial à drenagem urbana e seus impactos sobre as áreas sujeitas às
enchentes.
Não foi fornecido nenhum diagnóstico pelo município nem identificado nos bancos de
dados.
2. As diretrizes estabelecidas para a política de saneamento ambiental, identificando se o PD
apresenta uma visão integrada de saneamento ambiental. Aqui também é fundamental
26
verificar se na política de uso do solo há definições relativas à disponibilidade de infra
estrutura de saneamento.
Não há uma visão integrada do saneamento básico. Algumas ações ligadas a
saneamento básico estão dispersas no plano, estando a maioria no artigo 11. O plano diretor não
estabelece uma política de saneamento básico.
Há alguns dispositivos no plano que estimulam a ocupação de vazios urbanos e áreas
dotadas de infraestrutura.
Por fim, é importante mencionar que uma das diretrizes do artigo 11, §6º, fala em
fomentar a integração das políticas de drenagem urbana e meio ambiente.
3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento
de metas concretas. Verificar se o PD apresenta alguma definição sobre a titularidade
municipal do serviço ou sobre o papel do município na gestão dos serviços, se traz alguma
indicação de privatização dos mesmos, ou ainda se traz alguma informação relativa ao
contrato com a prestadora de serviços.
Alguns dispositivos trazem obras concretas a serem executadas pelo Município mas não
há o estabelecimento sistematizado de objetivos e metas concretas.
4. A definição de instrumentos específicos visando a universalização do acesso aos serviços de
saneamento ambiental.
Não há regulamentação neste sentido.
27
Não há regulamentação neste sentido.
6. A utilização de outros instrumentos para viabilizar a política de saneamento ambiental , tais
como direito de preempção sobre áreas destinadas a implementação de estação de
tratamento de efluentes; transferência de direito de construir sobre perímetros a serem
atingidos por obras de implementação de infraestrutura de saneamento, etc.
Não há a utilização de outros instrumentos para viabilizar a política de saneamento
ambiental.
Não há regulamentação neste sentido.
8. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo
estaduais e federal.
Não há regulamentação neste sentido.
9. A instituição de fundo específico de saneamento ambiental, ou de fundo de desenvolvimento
urbano (desde que também seja destinado ao saneamento ambiental), e suas fontes de
recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem
gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação
específica; (v) prazos estabelecidos.
O artigo 41 traz o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano. O artigo 42 traz que
os recursos do fundo estão destinados prioritariamente a execução de programas de urbanização e
de obras de infraestrutura básica nos Centros de Vizinhança com maior carência desses serviços.
Não há normas sobre a gestão do fundo mas o art. 41 diz que o fundo é vinculado às Secretarias de
Obras e Serviços Públicos, de Planejamento e Desenvolvimento Econômico e de Meio Ambiente e
Turismo.
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Quanto às receitas do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano não há a
vinculação de recursos. O artigo 44 traz o prazo de 30 dias para a regulamentação do fundo por
meio de lei.
O artigo 11, §5º, estabelece em dois de seus incisos a vinculação de verba orçamentária
para ações na área de saneamento básico:
XXV – o Poder Público Municipal destinará parte da verba orçamentária da
Secretaria do Meio Ambiente, para ser aplicada na Unidade de Tratamento
de Lixo e no Aterro Sanitário Controlado, já instalado na localidade do Sítio
Boa Vista, neste Município;
XXVII – o Poder Público Municipal consignará sistematicamente no
Orçamento do Município, recursos para aplicação nas obras de esgotamento
sanitário na sede do Município, até a sua conclusão definitiva.
11. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.
Não há regulamentação neste sentido.
12. O grau de autoaplicabilidade das definições estabelecidas na política de saneamento
ambiental.
As ações previstas podem ser de pronto aplicadas.
13. A definição de uma política de extensão da rede de serviços de saneamento ambiental na
expansão urbana.
Não há regulamentação neste sentido.
14. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de saneamento
ambiental.
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Há somente o Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo.
Buscarseá identificar:
1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área da mobilidade e
do transporte, com ênfase nas desigualdades sociais no acesso as áreas centrais (trabalho,
escola e lazer).
Não foi fornecido nenhum diagnóstico pelo município nem identificado nos bancos de
dados.
2. As diretrizes estabelecidas para a política de mobilidade e transporte, com ênfase na
inclusão social. Identificarseá a existência de alguma política ou diretrizes relativa às
tarifas.
O artigo 11, §2º, traz diretrizes básicas quanto ao sistema de transporte e acessibilidade:
I – criar, junto ao sistema viário troncal uma trilha de ciclovias e caminhos
para pedestres, conectando as vizinhanças entre si e essas aos espaços
centrais da Cidade e seus equipamentos;
II – criar um circuito de transporte público de alta acessibilidade, ligando as
vizinhanças entre si e essas aos equipamentos centrais de uso comum;
III – criar uma malha de caminhos para pedestres, na Zona Central, a partir
da redução de tráfego de veículos e o conseqüente alargamento de alguns
passeios e arborização desses espaços.
O plano ainda traz em seu artigo 60 algumas diretrizes referentes ao sistema viário e de
circulação de veículos:
I – considerar o uso e ocupação do solo estabelecido para a região;
II – priorizar a segurança e o conforto da população e a defesa do meio
ambiente;
III – estabelecer critérios de hierarquização da rede viária básica priorizando
sua utilização pelo transporte público de passageiros;
30
IV – criar um sistema de comunicação visual, através de comunicação
gráfica e semafórica, de forma a atender as necessidades do sistema viário,
considerando o interesse paisagístico;
V – criar um circuito de transporte público de alta acessibilidade, ligando as
Unidades de Vizinhança entre si e estas aos equipamentos centrais de uso
comum;
VI – criar, junto ao sistema viário troncal uma trilha de ciclovias e caminhos
para pedestres, conectando as vizinhanças entre si e essas aos espaços
centrais da Cidade e seus equipamentos;
VII – criar uma malha de caminhos para pedestres, na Zona Central, a partir
da redução de tráfego de veículos e o conseqüente alargamento de alguns
passeios e arborização desses espaços;
VIII – criar uma via paisagística às margens do Riacho Quixeré e do Açude
Tabuleiro, em toda a sua extensão, respeitando as exigências ambientais;
IX – adequar um local para o estabelecimento do ônibus e outros veículos
que transportam cargas e pessoas, oriundas da zona rural e outros
municípios;
X – estabelecer critérios de horários de permanência de veículos para cargas
e descargas de bens de consumo, nos principais logradouros da cidade.
O plano não trabalha com as tarifas.
3. Deve ser avaliado se as diretrizes e os objetivos de intervenção visam:
a) conformar o sistema de transportes pela definição de modais com funções diferentes;
O plano não trabalha explicitamente o sistema de transportes pela definição de modais
com funções diferentes.
b) definição do modal prioritário a ser estimulado pelo poder público;
O plano traz em vários dispositivos políticas mais voltadas para o pedestre e para o
ciclista.
c) a existência de princípios regulatórios;
31
Não há regulamentação neste sentido.
d) a existência de diretrizes para integração de modais;
Não há regulamentação neste sentido.
e) a definição de uma hierarquização do sistema viário.
Não há regulamentação neste sentido.
4. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento
de metas concretas.
Dentro das chamadas diretrizes temos objetivos e metas concretas a serem perseguidos
pelo Poder Público.
5. A definição de instrumentos específicos visando a ampliação da mobilidade da população e
promoção de serviços de transporte público de qualidade (identificando a existência de
política de promoção de ciclovias e transportes nãopoluentes e/ou nãomotorizados).
O plano de Tabuleiro do Norte traz um planejamento em torno das Unidades de
Vizinhança que traz a perspectiva de se ter um centro com ponto de transporte público e um raio de
residências de no máximo 400 metros de maneira que este seja o deslocamento máximo do
pedestre. O plano prioriza o transporte de pedestre, do ciclista e o transporte público, trazendo
diretrizes neste sentido.
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mobilidade e transportes definida no plano diretor, observando a aplicação desses
instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.
Não há a utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade em relação à
política de mobilidade e transportes.
7. A utilização de outros instrumentos vinculados à política de transporte/mobilidade, tais
como: operações urbanas consorciadas para viabilizar intervenções no sistema viário e/ou
sistemas de transporte coletivo, transferência de potencial construtivo de perímetros a serem
atingidos por obras de implementação de infraestrutura, outorga onerosa de potencial
construtivo etc.
Não há esta previsão de utilização destes instrumentos.
8. O estabelecimento de plano municipal de mobilidade e/ou de plano viário da cidade, seus
objetivos, suas diretrizes e o estabelecimento de prazos.
Não há regulamentação neste sentido.
9. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo
estaduais e federal. No caso de municípios integrantes de RM, verificar a existência de
propostas referentes à integração do sistema, integração tarifária, etc
Não há regulamentação neste sentido.
10. A instituição de fundo específico de mobilidade e transportes, ou de fundo de
desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado a área de transporte e
mobilidade), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos
recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a
necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.
O artigo 41 traz o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano. O artigo 42 traz que
os recursos do fundo estão destinados prioritariamente a execução de programas de urbanização e
de obras de infraestrutura básica nos Centros de Vizinhança com maior carência desses serviços.
33
Não há normas sobre a gestão do fundo mas o art. 41 diz que o fundo é vinculado às Secretarias de
Obras e Serviços Públicos, de Planejamento e Desenvolvimento Econômico e de Meio Ambiente e
Turismo.
Quanto às receitas do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano não há a
vinculação de recursos. O artigo 44 traz o prazo de 30 dias para a regulamentação do fundo por
meio de lei.
12. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.
O artigo 72 coloca que as vias devem ser atraentes e funcionais para portadores de
deficiência física.
13. O grau de autoaplicabilidade das definições estabelecidas na política de mobilidade e
transportes.
São autoaplicáveis mas o Sistema Viário Básico ainda será estabelecido, não havendo
previsão de lei específica (art. 61).
14. A definição de uma política de extensão da rede de serviços de transportes públicos na
expansão urbana.
Não há regulamentação de uma política de extensão da rede de transportes públicos mas
há alguns dispositivos relacionados à expansão de infraestrutura básica.
15. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de transporte e
mobilidade.
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Há somente o Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo.
Buscarseá identificar:
1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área do meio ambiente,
com ênfase nas desigualdades sociais relacionadas aos impactos da degradação do meio
ambiente sobre as diferentes áreas da cidade (localização de depósitos de lixo ou de resíduos
tóxicos, disponibilidade de áreas verdes, por exemplo), na perspectiva da justiça sócio
ambiental.
Não foi fornecido nenhum diagnóstico pelo município nem identificado nos bancos de
dados.
2. As diretrizes estabelecidas para a política de meio ambiente. Verificar particularmente se
existem dispositivos restritivos à moradia de interesse social (por exemplo, remoções de
moradias em áreas de preservação).
O plano não regulamenta uma política ambiental, mas artigo 11, §5º traz diretrizes
básicas de natureza ambiental:
I – fomentar a racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e de ar;
II – implementar o planejamento e fiscalização do uso dos recursos
ambientais;
III – proteger os ecossistemas, com a preservação de áreas representativas,
através da criação de novas unidades de preservação ou conservação;
VI – controlar e zonear as atividades potenciais ou efetivamente poluidoras;
V – incentivar o estudo e a pesquisa de tecnologias orientadas para o uso
racional e a proteção dos recursos ambientais;
VI – proteger áreas ameaçadas de degradação e recuperar áreas degradadas;
VII – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino,
inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitala para a
participação ativa na defesa do meio ambiente, em consonância com as
35
diretrizes traçadas na Política Nacional de Educação Ambiental definida
pela Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999;
VIII – exigir a realização de estudo de impacto ambiental das atividades,
obras ou empreendimentos causadores de significativa degradação ou
poluição ambiental;
IX – estabelecer padrões de qualidade ambiental;
X – criar instrumentos de autosustentabilidade das unidades de preservação
e conservação ambiental instituídas pelo Poder Público;
XI – oferecer o necessário suporte ao pleno funcionamento do Conselho
Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA;
XII – preservação das lagoas existentes no município, através de drenagens,
desassoreamentos e plantio de mata ciliar (arborização);
XIII – direcionar para os proprietários de imóveis rurais no Município,
projetos e palestras voltados para a conscientização da população local, do
compromisso de reflorestamento das áreas desmatadas. Que o
reflorestamento seja feito de forma diversificadas, procurando introduzir
mata nativa;
XIV – qualquer empreendimento instalado ou que venha a ser instalado na
área da Chapada do Apodi ou noutras regiões do Município, deverá atender
aos princípios e requisitos legais que regem a legislação ambiental;
XV – criar o Fundo Municipal de Meio Ambiente;
XVI – revitalização e preservação do Riacho Quixeré e do Açude Tabuleiro,
adequando projetos para a área de lazer e urbanização das áreas vizinhas;
XVII – o atual Sistema de Saneamento Básico utilizado no Município,
deverá seguir as normas previstas no licenciamento ambiental e legislação
pertinente, devendo os prestadores de serviço utilizar a nova tecnologia de
reator de manta de lodo ou outra tecnologia mais avançada, possibilitando o
reuso da água, para irrigação e outras atividades produtivas, e
consequentemente a desativação da lagoa de tratamento existente;
XVIII – capacitar funcionários para os serviços de arborização, plantio e
poda das árvores existentes na zona urbana;
XIX – deverá ser adquirido pelo Poder Público Municipal uma área
destinada ao Distrito Industrial preferencialmente no sentido oeste/sul da
36
cidade em virtude da infraestrutura já existente, sendo necessário contudo
uma complementação para novas atividades econômicas;
XX – as instalação industriais e comerciais existentes na zona urbana
deverão encontrarse devidamente enquadradas, na legislação ambiental em
todos os seus níveis. (Federal, Estadual e Municipal);
XXI – caso as empresas não estejam cumprindo as exigências pré
estabelecidas pelas leis ambientais, deverão de adequar no prazo legal;
XXII – posteriormente a publicação do Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano e Rural de Tabuleiro do Norte – PDPDUR e após adequação de área
destinada ao Distrito Industrial, com toda infraestrutura necessária, não será
permitida a instalação de novas industrias e outras atividades poluidoras na
zona urbana;
XXIII – distribuição de coletores de lixo de forma seletiva, em todos os
logradouros públicos, praças e nas unidades de ensino instaladas no
Município e desenvolver um trabalho de conscientização para a manutenção
da limpeza do Município;
XXIV – o Município deverá cumprir o estabelecido na Lei Municipal nº
428/93, que trata da criação do Cinturão verde;
XXV – o Poder Público Municipal destinará parte da verba orçamentária da
Secretaria do Meio Ambiente, para ser aplicada na Unidade de Tratamento
de Lixo e no Aterro Sanitário Controlado, já instalado na localidade do Sítio
Boa Vista, neste Município;
XXVI – a área localizada na margem esquerda da CE 377, que dá acesso à
BR 116, no trecho compreendido a partir de 500 metros da rua Pio Alfonso
Chaves até o lago onde se encontra instalado a unidade de produção de
mudas da Fundação FEMAJE (ONG), é considerada área de preservação
ambiental, para fins de reflorestamento e implantação do projeto
comunitário de horticultura e floricultura, sendo vedado nesta área o
loteamento para qualquer tipo de construção, devendo ser destinada ao fim
social e ecológico especificado na Lei Orgânica do Município;
XXVII – o Poder Público Municipal consignará sistematicamente no
Orçamento do Município, recursos para aplicação nas obras de esgotamento
sanitário na sede do Município, até a sua conclusão definitiva.
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3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento
de metas concretas.
No que tange a política de meio ambiente temos dentre as diretrizes colocadas no artigo
11, §5º algumas ações concretas a serem executadas mas não há o estabelecimento sistematizado de
uma política ambiental, muito menos objetivos e metas.
4. A definição de instrumentos específicos visando a sustentabilidade ambiental (zoneamento
ambiental e instrumentos jurídicos e fiscais). Verificar se o plano tem definições – e quais –
e relativas aos seguintes pontos:
(i) Delimitação de Áreas de restrição ambiental.
(ii) Delimitação de Áreas de utilização e conservação dos recursos naturais.
(iii) Delimitação de Áreas de preservação permanente em função de situações críticas
existentes.
(iv) Delimitação de Áreas a serem revitalizadas.
(v) Delimitação de Áreas a serem recuperadas ambientalmente.
(vi) Delimitação de unidades de conservação.
(vii) Delimitação de zonas de transição entre as Áreas a serem preservadas, conservadas e
ocupadas.
(viii) Delimitação de Áreas de recuperação e proteção da Fauna e Flora.
(ix) Delimitação de Áreas de recuperação e proteção de Recursos Hídricos.
No artigo 11, §5º, inciso XXVI, temos a demarcação de uma área de preservação
ambiental para fins de reflorestamento e implantação do projeto comunitário de horticultura e
floricultura, sendo vedado nesta área o loteamento para qualquer tipo de construção (área localizada
na margem esquerda da CE 377, que dá acesso à BR 116, no trecho compreendido a partir de 500
metros da rua Pio Alfonso Chaves até o lago onde se encontra instalado a unidade de produção de
mudas da Fundação FEMAJE).
O plano traz o Estudo de Impacto Ambiental para a implantação de atividades, obras ou
empreendimentos, públicos ou privados, que possam vir a representar uma excepcional sobrecarga
na capacidade de infraestrutura urbana e rural a nível dos Centros de Vizinhança, ou ainda possam
vir a causar danos ao ambiente natural ou construído (art. 22). O artigo 24 traz que o EIA deve ser
analisado e aprovado pelo Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo e pelo COMDEMA.
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5. A compatibilização do planejamento territorial com o diagnóstico ambiental, através das
seguintes definições:
(i) Delimitação de Áreas de Risco de Inundação.
(ii) Delimitação de Áreas de Risco Geológico.
(iii) Mapeamento da geomorfologia dos solos e aptidões.
(iv) Mapeamento de declividades.
(v) Delimitação de Áreas com restrição de impermeabilização dos solos.
(vi) Delimitação de Áreas de ocupação e de expansão urbana, considerando as condições
dos ecossistemas locais e a capacidade de suporte da infraestrutura.
(vii) Delimitação de Áreas de risco à ocupação humana.
(viii) Delimitação de Áreas de atividades agrícolas.
(ix) Delimitação de Áreas de atividades de exploração.
(x) Localização preferencial de comércio, indústria e serviços.
(xi) Áreas especiais instituídas em correspondência com as atividades econômicas geradoras
de impacto nos ecossistemas locais.
(xii) Áreas especiais instituídas em correspondência com as atividades de infraestrutura
urbana geradoras de impacto nos ecossistemas locais
Não foi fornecido diagnóstico ambiental, impossibilitando esta análise, além disso o
plano não traz concretamente um zoneamento para análise.
6. O estabelecimento de plano municipal de meio ambiente, seus objetivos, suas diretrizes e o
estabelecimento de prazos.
Não há o estabelecimento de plano municipal para esta política.
7. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo
estaduais e federal.
Não há regulamentação neste sentido, mas no artigo 53 o plano estabelece que os
loteamentos ficam sujeitos ao prévio licenciamento do Órgão Ambiental do Estado do Ceará.
8. A instituição de fundo específico de meio ambiente e suas fontes de recursos, observando:
(i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii)
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quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos
estabelecidos.
Há a previsão de criação do Fundo Municipal de Meio Ambiente (art. 11, §5º, XV), não
estando em nada regulamentado.
No artigo 11, §5º, existem algumas ações concretas mas muitas delas são relacionadas a
política de saneamento ambiental.
10. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.
Não há este tipo de previsão.
11. O grau de autoaplicabilidade das definições estabelecidas na política de meio ambiente.
As normas trazidas pela lei podem ser de pronto aplicadas pelo Poder Público, com
exceção das normas relativas ao fundo e ao COMDEMA.
12. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de meio ambiente.
Há somente o Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente.
VI – O Plano Dir etor e a Política Metropolitana (apenas para os municípios situados em
r egiões metr opolitanas).
A idéia é situar os municípios segundo o grau de integração metropolitana e o grau de autonomia
fiscal dos municípios (utilizando a tipologia e os estudos do Observatório das Metrópoles)
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Para os municípios situados em regiões metropolitanas, buscarseá avaliar em que medida os
planos diretores incorporaram instrumentos de gestão compartilhada em torno das políticas urbanas.
Buscarseá identificar:
1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município no contexto
metropolitano, com ênfase nos problemas de coordenação e cooperação entre os municípios
e nas desigualdades sociais existentes na metrópole.
2. As diretrizes estabelecidas na perspectiva da integração do município à metrópole.
3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento
de metas concretas visando uma política metropolitana.
4. A definição de instrumentos específicos visando a gestão compartilhada e cooperativa com
outros municípios metropolitanos (por exemplo, a definição de consórcios municipais) e se
envolve outros âmbitos federativos (estados e união).
5. O grau de autoaplicabilidade das definições estabelecidas na política metropolitana.
D – Sistema de Gestão e Participação Democrática
Nesse item, a avaliação está centrada nos seguintes objetivos:
(i) Identificar os elementos presentes nos planos diretores que garantam a implementação do
estatuto das cidades nos itens referentes à participação social no planejamento e gestão das
cidades.
(ii) Identificar se o plano regulamenta ou prevê a criação de Conselhos das Cidades e outros
mecanismos de participação.
(iii) Identificar a relação entre as ações do PD e o processo orçamentário (PPA, LDO e LOA).
(iv) Identificar as referências e definições relativas à estrutura de gestão da Prefeitura e as
condições para o planejamento das ações e seu monitoramento.
Questões centrais:
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1. A existência de previsão de audiências públicas obrigatórias. Se sim, em que casos?
Não há regulamentação neste sentido.
2. As definições relativas às consultas públicas (plebiscito; referendo popular ou outras).
Não há regulamentação neste sentido.
3. As definições relativas às Conferências (identificar quais) e sua periodicidade.
Não há regulamentação neste sentido.
4. A instituição de Conselho das Cidades e outros Conselhos ligados à política urbana
(Conselho Gestor do Fundo de Habitação de Interesse Social, Conselho de Transporte,
Conselho de Saneamento, de Desenvolvimento Urbano, etc.) e se existem conexões ou
mecanismos de articulação entre estes.
Há o estabelecimento do Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo e a citação
do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA. Quanto à conexão entre eles
só têm alguns dispositivos que trazem algumas ações conjuntas, como quando há a análise de
projeto de grande impacto ambiental.
5. Identificar para cada Conselho:
a) Composição por Segmento (identificar os seguintes segmentos: (i) governo, (ii) empresários,
(iii) trabalhadores e entidades de ensino e pesquisa, (iv) movimento popular, (v) ONGs, (vi) outros
– especificar, (vii) total. Anotar o número de representantes por segmento e o percentual sobre o
total de conselheiros(as). Observação: Estão sendo considerados os mesmos segmentos que
orientam a composição do Conselho Nacional das Cidades
O Plano só diz que o Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo está criado
(arts. 14 e 15), tendo sua regulamentação em lei própria no prazo de 30 dias a contar da edição do
plano (a lei do conselho não foi fornecida pela Prefeitura de Tabuleiro do Norte). Quanto ao
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Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA, não há informações quanto a sua
regulamentação.
b) Composição do poder público e sociedade
O plano não traz a composição dos conselhos, só diz que é paritária. Quanto ao
Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo o plano traz o que seriam organizações não
governamentais para efeitos desta lei (art.15, §2º):
I – as associações de bairro ou moradores que tenham por finalidade
estatutária promover ou defender os interesses comunitários locais;
II – as entidades que tenham sido declaradas de utilidade pública municipal;
III – as entidades cujos estatutos estejam devidamente registrados na forma
da lei civil e com atas de eleição das diretorias devidamente autenticadas.
c) Caráter (consultivo ou deliberativo ou ambos)
d) Atribuições (verificar se está prevista como uma das atribuições a iniciativa de revisão dos
43
planos diretores)
O artigo 14 traz como atribuição básica do Conselho Municipal do Plano Diretor
Participativo analisar e propor medidas de efetivação da política urbana, bem como verificar o
cumprimento das diretrizes expressas no Plano. O artigo 16 traz as competências:
I – promover a aplicação e fiscalizar o cumprimento da legislação municipal
referente ao Plano Diretor Participativo, estabelecendo a interpretação
uniforme e adequada dos dispositivos legais pertinentes;
II – emitir parecer sobre minuta de projeto de lei, decreto e demais atos
regulamentares necessários à utilização e complementação da presente lei,
sem prejuízo do competente processo deliberativo;
III – deliberar sobre propostas de alterações dos padrões urbanísticos;
IV – opinar sobre a programação anual e plurianual de investimentos das
ações voltadas para o desenvolvimento urbano e rural;
V – promover a integração das atividades de planejamento municipal
atinentes ao desenvolvimento estadual e regional;
VI – promover atividades de planejamento, acompanhando a sua execução,
em especial quando do estabelecimento, atualização permanente e revisão
periódica:
a) da ordenação do parcelamento, do uso e da ocupação do solo;
b) de definição das prioridades governamentais;
VII – promover um canal de comunicação efetivo entre o Poder Executivo e
os cidadãos tabuleirenses, no que tange a execução das políticas urbana e
rural;
VIII – baixar normas de sua competência, necessárias à execução e
implementação das políticas urbana e rural do Município;
IX – sugerir, quando achar necessária, a realização de estudos sobre
alternativas e possíveis conseqüências urbanístico/ambientais, de projetos
públicos ou privados, com vistas à adequação dos mesmos às diretrizes
constantes nesta lei;
X – submeter, através das Secretarias de Obras e Serviços Públicos,
Planejamento e Desenvolvimento Econômico e de Meio Ambiente e
Turismo, à apreciação do Chefe do Poder Executivo, as propostas referentes
44
à concessão de incentivos e benefícios fiscais e financeiros, visando a
melhoria da qualidade urbana e rural;
XI – apreciar os projetos de urbanização e de equipamentos urbanos que
venham a causar significativo impacto ambiental em estreita articulação
com o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA, e
respectivos órgãos executivos da gestão ambiental e urbana, à nível do
Município, oferecendo pareceres à homologação do Poder Executivo
Municipal;
XII – exercer outras atividades que lhe venham a ser conferidas por lei;
Quanto ao COMDEMA, o plano traz o no artigo 17 as suas competências, relacionadas
à política municipal de meio ambiente:
I – propor diretrizes para a política municipal de meio ambiente;
II – estimular e acompanhar o inventário dos bens que deverão constituir
patrimônio ambiental (natural, étnico, e cultural) do Município;
III – propor o mapeamento das áreas críticas e a identificação de onde se
encontram obras ou atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras;
IV – estudar, definir e estabelecer, mediante resoluções, padrões de
qualidade ambiental;
V – promover e colaborar na execução de programas intersetoriais de
proteção ambiental do Município;
VI – propor e acompanhar os programas de educação ambiental;
VII – manter intercâmbio entre as entidades públicas e privadas de pesquisa
com atuação não área ambiental;
VIII – identificar e representar junto aos órgãos competentes as agressões
ambientais ocorridas no Município;
IX – convocar audiências públicas quando necessário;
X – exigir, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora
de significativa degradação do meio ambiente, o Estudo de Impacto
Ambiental, a que se dará publicidade;
XI – o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA
poderá sugerir a criação de comissão fiscalizadora das industrias e outras
atividades poluentes, constituída de funcionários integrantes das Secretariais
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de Meio Ambiente e Saúde, objetivando orientar, detectar, instruir e
enquadrar os meios de produção, em conformidade com as leis ambientais
vigentes.
O art. 32, §1º, ainda traz como atribuição do conselho a identificação dos bens a serem
objeto de tombamento. O artigo 34 coloca que as obras de restauração também terão que passar
pelo conselho.
O artigo 71 traz que o Plano Diretor pode ser revisado por iniciativa do Conselho
Municipal do Plano Diretor.
e) A definição da forma de eleição dos conselheiros.
Não há regulamentação neste sentido.
f) A definição de critérios de gênero na composição do conselho.
Não há disposição sobre questões de gênero.
6. Previsão de participação da população e de entidades representativas dos vários segmentos
da sociedade na formulação, execução e acompanhamento dos planos, programas e projetos
de desenvolvimento urbano.
Dentro das competências do Conselho Municipal do Plano Diretor Participativo.
7. A definição de criação de Fóruns entre governo e sociedade para debate de políticas
urbanas.
Não há previsão de fórum no plano.
8. A definição de criação de instâncias de participação social no orçamento público municipal
(definir quais instâncias estão previstas: debates, reuniões periódicas, audiências, consultas
públicas, etc. e se são condição obrigatória para o encaminhamento das propostas do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentária e do orçamento anual).
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Não há a criação de instâncias mas dentro das competências do Conselho temos a de
opinar sobre a programação anual e plurianual de investimentos das ações voltadas para o
desenvolvimento urbano e rural.
9. Verificar no plano diretor a relação que existe entre a definição de obras e investimentos
propostos com a capacidade financeira do município (se existem definições relativas a essa
relação e quais).
Não há disposições neste sentido.
10. A definição de outras instâncias de participação
Não há a previsão de outras instâncias.
11. Identificar a existência no plano da instituição de sistema de gestão, estrutura, composição e
atribuições de cada órgão; as formas de articulação das ações dos diferentes órgãos
municipais.
Há o estabelecimento do Sistema Integrado de Planejamento Municipal nos artigos 18 a
21. O Sistema traz a seguinte estrutura:
I – Órgão Superior – o Conselho Municipal do Plano Diretor;
II – Órgãos Centrais – as Secretarias de Obras e Serviços, Planejamento e
desenvolvimento Econômico e de Meio Ambiente e Turismo;
III – Órgãos / Entidades Seccionais – os órgãos, entidades ou comissões
específicas instituídas no âmbito da Administração Pública Municipal,
cujas atividades sejam associadas, direta ou indiretamente, à
implementação da política urbana e das diretrizes expressas do Plano
Diretor Participativo.
Não há mais informações no plano relacionadas ao questionado neste item.
12. Identificar no plano diretor as formas de planejamento e execução das ações; se existem
definições relacionadas às formas regionalizadas e centralizadas de gestão; Como está
previsto a participação da sociedade neste processo?
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Não há dispositivos neste sentido.
13. Identificar, no plano, as formas de monitoramento das ações no território municipal; Está
previsto a participação da sociedade?
Quanto ao monitoramento temos a previsão no artigo 21 de um sistema de informações
que todos os órgãos devem alimentar e para servir como instrumento de transparência pública.
Não há regulamentação neste sentido, com exceção do IPTU progressivo no tempo.
15. Identificar a previsão no plano, de revisão do código tributário.
Não há regulamentação neste sentido.
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