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Estudo da Araneofauna da Região Neotropical


X Salão de
Iniciação Científica
PUCRS

Adolpho Castilhos Sehbe1,2, Arno Antonio Lise1 (orientador)


1
Faculdade de Biociências, PUCRS – Laboratório de Aracnologia;Museu de Ciências e Tecnologia- Setor
de Arachnida e Myriapod,. 2Bolsista BPA – PUCRS.

Introdução

As aranhas constituem um grupo extremamente diverso distribuído em todos os


continentes, com exceção da Antártica, e exploram com sucesso todos ecossistemas terrestres.
Dentro deste grupo há uma grande diversidade de comportamentos, tais como captura de
presas, estratégias reprodutivas, defesa contra predadores entre outros aspectos biológicos.
Calcula-se que 60 a 70% do material sul-americano depositado em coleções seja constituído
de espécies novas (Coddington & Levi, 1991). Atualmente, estão registradas mundialmente,
40462 espécies em 3694 gêneros e 109 famílias (Platnick, 2008).
A região Neotropical abriga uma vasta biodiversidade a ser estudada. Estima-se que
sejam conhecidas somente 30% das espécies de aranhas brasileiras e apenas 50% das da
região Neotropical, enquanto que no Japão, Canadá, Estados Unidos e países do oeste europeu
são conhecidas mais de 80% das espécies (Platnick, 1999).
Expedições para coleta de aranhas foram realizadas para diversos pontos da região
Neotropical, por elementos do Laboratório de Aracnologia da PUCRS, em anos anteriores,
resultando em abundante material para a coleção. Dentro desta abrangência Neotropical foram
realizadas coletas em diversos municípios do Rio Grande do Sul como São Francisco de
Paula, Itaara e Viamão dentro de dissertações de Mestrado e Tese de Doutorado e em Vicente
Dutra, Cidreira, Uruguaiana e Augusto Pestana, como produto de Trabalho de Conclusão de
Curso de alunos de Universidades do interior do Estado os quais são orientados pelo Prof. Dr.
Arno Antonio Lise. Também foram efetivadas expedições para coleta de aracnídeos em outros
estados do Brasil como Amazônia, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Paraná, Pará, Roraima, Santa Catarina. Material para o qual é solicitada a determinação por
pesquisadores principalmente da EMBRAPA proveio do Tocantins, Pernambuco e Goiás,

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dentre outros. Este material foi devidamente triado separando-o dos demais táxons de
artrópodes, determinado, identificado e estocado, resultando em 12758 lotes. A etapa
subseqüente é a da distribuição dos lotes dentro da coleção por família, gênero e se possível
por espécie. O trabalho realizado entre os meses de abril a junho foi de tombamento de
material aracnológico, aproximadamente 400 lotes, proveniente de coletas realizada no Centro
de Pesquisa e Conservação da Natureza, Pro-Mata, em São Francisco de Paula, RS por
ocasião da realização de uma Dissertação de Mestrado. Nesta coleta foram capturadas 5016
aranhas adultas de 32 famílias. Somente os indivíduos adultos são incluídos na coleção, já que
os jovens não apresentam caracteres morfológicos necessários para correta determinação. A
atividade de fichamento de bibliográfica também foi efetuada. Dentre os objetivos propostos
para o período de vigência da bolsa, pode-se salientar:
- Prioritariamente, dar continuidade à triagem, determinação e tombamento das milhares de
aranhas que se acham estocadas. O tombamento e a integração do material à coleção são
primordiais para que possa ser disponibilizado a pesquisas nacionais e internacionais.
- Participar, na medida do possível, de atividades de campo para o vivenciamento das técnicas
de coleta de material araneológico;
- Manusear chaves dicotômicas, na determinação do material araneológico, ensejando ao
Bolsista a familiarizar-se com os caracteres diagnósticos para determinação ao nível de
família, gênero e se possível espécie;
- Auxiliar em todas as atividades pertinentes à curadoria da coleção de Arachnida do Museu
de Ciências e Tecnologia da PUCRS;
- Apresentar e participar de seminários com enfoque à Araneologia;

Metodologia

O material proveniente de coletas regulares ou de doação pelo público em geral, que


procura o Laboratório de Aracnologia em busca de informações, é inicialmente separado dos
demais táxons de artrópodes. A segunda etapa consiste na determinação ao nível de Família
com o auxílio do microscópio estereoscópico e chaves dicotômicas e acondicionados
temporariamente em tubos de vidro contendo álcool 80% e tapados com bucha de algodão.
Esta etapa é desenvolvida pelo Bolsista, após a determinação dos espécimes, realiza-se
a etiquetagem e catalogação dos mesmos. Cada lote recebe um número, que é escrito com
nanquim em papel vegetal, e uma etiqueta de dados de coleta onde consta a localidade, data e
coletor. Se o espécime for determinado a nível específico receberá uma segunda etiqueta com

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o nome desta, o nome do determinador e o ano. A etiquetagem é feita simultaneamente à


catalogação momento em que são anotados, em um catálogo rascunho, o número do lote,
família, espécie, procedência, coletor, data, determinador, data de determinação, sexo
(quantidade de machos e fêmeas) e observações (estas incluem número de campo, tipo de
ambiente em que foi coletado, método de coleta, entre outros). Posteriormente este catálogo
rascunho é passado a limpo para o livro tombo, após minuciosa verificação feita pelo
responsável pela curadoria da coleção, facilitando uma posterior consulta. Os livros tombo
são encadernados de dois em dois mil lotes.
Cada lote contendo um ou mais espécimes e que já foram previamente etiquetados e
catalogados serão depositados na coleção, devidamente separados por família, gênero e se
possível espécie. Há uma constante revisão do material da coleção por todos os integrantes do
laboratório a fim de preservar as condições ideais de acondicionamento, além de efetuar
eventuais atualizações das nomenclaturas, tendo como base publicações recentes.

Resultados

No momento encontram-se à espera de catalogação mais de 5000 lotes de aranhas


adultas. No período de abril a junho de 2009 foram catalogados mais de 400 lotes.
Paralelamente foi feita a catalogação de artigos científicos recebidos pelo Laboratório.

Conclusão

Pelo que pode-se vivenciar nestes primeiros meses de vigência da BPA, verifica-se a
importância das coleções científicas que ensejem a disponibilidade de material à comunidade
científica, ainda mais em um momento no qual autoridades nacionais e mundiais se engajam
em projetos que visem incentivar o desenvolvimento delas como único meio de conhecer-se a
biodiversidade de nosso planeta.

Referências

1. ADIS, J. (Ed.) Amazonian Arachnida and Myriapoda. Moscow: Pensoft. 2008,


590p.
2. DIPPENAAR-SCHOEMAN, A. S. & JOCQUÉ, R. African Spiders An Identification
Manual. South Africa: Biosystematics Division, Jul. 1997, 391p.
3. JOCQUÉ, R. & DIPPERNAAR-SCHOEMAN. Spider Families of the World.
Belgium: Africa Tervuren, 2006, 336p.
4. UBICK, D.; PAQUIN, P.; CUSHING, P. E. & ROTH, V. (Eds.) Spiders of North
America An Identification Manual. American Arachnological Society, 2005, 377p.

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