mergulho

profundo
oração
em

13junho
Dia Mundial de Oração
pela Juventude

www.djcbp.com
Rua Luís Simões, 77
1º Dto./Esq.
2745-035 Queluz
T 961 530 723
E dep.juventude@gmail.com
 Pedidos: 14 | 15

• Pelo curso de “Horizons” que será utilizado por toda a grande família
do EBF que para além de elevar o padrão de liderança dos jovens
A oração precisa de fazer parte do nosso dia-a-dia. Tenho certeza que voluntários também reforce os ministérios dos jovens nas igrejas baptistas.
já ouviste isto em algum lado. Não é algo que devemos tomar como • Que todos aqueles a quem Deus falou poderosamente através da
garantido, mas algo que deve ter trabalhado diariamente. É nutrir a re- conferência “Mergulha profundamente” continuem nos caminho de Deus.
lação que temos com o Pai, o Filho, e o Espírito Santo. É ouvir o Espírito,
perceber quais os teus motivos de oração e aprender a ouvir a Sua voz. Portugal
• A nova direcção do Departamento da Juventude.
“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, • Os acampamentos em Agosto. Orar por todos aqueles que vão estar
e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os san- a participar, que Deus use aquele tempo para transformar vidas.
tos,” Efésios 6:18 • As uniões de jovens das nossas igrejas em especial aquelas que não
encontraram ainda líderes.
Nesta carta aos Efésios, Paulo exorta-nos a orar sempre, mas este
“sempre” está relacionado com uma atitude, um momento e uma opor-
tunidade que precisamos ter para orar. É um momento em que decidi-
mos ouvir Deus e fazer tudo de acordo com a Sua vontade. Não é ape-
nas falar com Deus, mas investir tempo em comunicar com ele, através
de Jesus Cristo, no Espírito, reforçando a nossa relação com o Pai.
Quando cada um de nós ora individualmente, estamos a fazer o que
Jesus nos disse para fazer; estamos a fechar a nossa porta e estamos
a falar com o Pai em privado (Mateus 6:6). Mas quando nos juntamos
em oração, estamos perante o Pai a dizer “nós estamos aqui, nós es-
tamos ligados uns aos outros, nós estamos juntos, e estamos a seguir
a tua vontade – transforma os nossos corações e mentes, permite-nos
ouvir o Espírito e, enquanto fazemos isso, venha a nós o Teu reino
e seja feita a Tua vontade.
Quando decidimos orar juntos, estamos a ligar algo em terra para algo
possa ser feito no céu (Mates 16:18-19). Não é incrível? Nós precisamos
de praticar aquilo em que acreditamos!!

Voltando às palavras de Paulo aos Efésios: “e vigiando nisto com toda

a perseverança e súplica por todos os santos,” – perseverança e sú-
plica: o que é isso? Eis uma definição do dicionário Merriam-Webster’s
(Não que Merriam-Webster’s comande as nossas vidas, mas apenas
ajuda-nos a perceber algumas coisas) que diz:
Perseverança – persistir, empreender, comprometer-se face a influên-
cias contraditórias, oposição ou desencorajamento.
Súplica: pedir com seriedade e humildade
• Pela diminuição da violência e da criminalidade
• Pelo trabalho de Deus na América do Norte, bem como em todo o mundo
• Pela unidade entre os departamentos de jovens na América do Norte
• Por um continente cristão
• Pela sabedoria dos líderes políticos
• Pela diminuição na % de jovens infectados com o HIV / AIDS
E.U.A.
• Sabedoria dos líderes políticos
• Famílias com membros a servir na Guerra do Iraque e Afeganistão
Canadá
• Para a equipa de Jovens batistas Canadinses no Canadá
• Ministérios da Juventude
• Para os não alcançados de língua francesa
• Para os adolescentes (12-18) voltarem para a igreja
• Por aqueles que estão a viajar por todo o canada,
servindo os outros, na missão de Verão.
• Por todos os líderes por todo o mundo
Europa
• Pelo sucesso da Conferência Mundial da Juventude Baptista se reúnem a Seus pés, em humildade e de coração puro?
em Leipzig, na Alemanha.
• Ficamos felizes e abençoados por Deus, depois de adorarmos lado a lado
com mais de 6000 jovens de todo o mundo.
• Para a conclusão e lançamento de “Horizontes” - gratuito online, programa
de formação de jovens voluntários de liderança que é projectado para ser
acedido a partir de toda a Europa, proporcionando uma boa base bíblica
para os voluntários que estão trabalhando com os jovens de toda a família
EBF. Acreditamos que este é um produto único, sem comparação na Europa
(e, possivelmente, no mundo).
• Para o apoio contínuo dos nossos amigos do CBM em fornecer
para o trabalho de Jeff Carter e Vasil Vasilev do nosso Departamento
de Treinamento de Liderança Juvenil.
2|3
Então as instruções de Paulo eram para continuarmos a orar e a ser
vigilantes no Espírito, independentemente do que possa vir a acontecer.
Persiste, e não desistas. Não deixes que a oposição ou o desencora-
jamento te impeçam, persiste! Isto exige um compromisso com Deus,
uma decisão pessoal de dedicar a vida a Ele.
Eu lembro-me constantemente dos momentos especiais que passámos
em Leipzig. Eu consigo fechar os meus olhos e lembrar a nossas 7000
vozes juntas “So here I am, let it be, everything, all of me. Here I am
living for Your glory. In everything I say and do, let my life honor You,
here I am, living for Your glory.” (Estou aqui, deixa ser, tudo o que sou.
Estou aqui, a viver para a Tua glória. Em tudo o que eu digo e sou, que
a minha vida te honre, estou aqui, a viver para a Tua glória)
A mesma multidão que cantou, representado a juventude de todo
o mundo, deve ser a mesma que persevera na oração. Estou a dizer
isto pois espero que na tua vida possas guardar tempo para Deus, na
congregação, com outros santos. E espero também que no dia 13 de
Junho possas fazer o mesmo, orando pela juventude de todo o mundo.
Consegues imaginar o que Deus é capaz de fazer quando os seus filhos
Mergulhar em profundidade na oração significa uma entrega total.
É imergir na Sua realidade, na Sua forma de pensar, no Seu coração…
e no dia 13 de Junho haverá um enorme “splash” por todo o mundo.
Denise de Vasconcelos Araujo
Presidente do Departamento da Juventude da ABM
Ninguém tem dúvidas de que uma vida dedicada à oração é essencial Bangladesh 12 | 13

para a nossa caminhada com Cristo. Como saber que direcção Deus • Conferência Nacional dos Estudantes e Jovens
quer que tomemos se não tiramos tempo para o ouvir? E como o ouvir • Fundos necessários para projectos como:
se não abrirmos o nosso coração em oração? a. Água potável
b. Suprimentos médicos
A oração é uma ferramenta indispensável para cada um de nós.
c. Agricultores afectados pelos furacões.
Não só porque nos ajuda pessoalmente, mas também porque ajuda
outros. São imensos os pedidos de oração que conhecemos e tenho
Caraibas
a certeza que já assistimos ao que Deus é capaz de fazer quando
• A redução da criminalidade e da violência na região.
os irmãos se unem em oração.
• Baptistas em todo o mundo, especialmente aqueles
Foi com este propósito que a Aliança Baptista Mundial desenvolveu que são perseguidos pela sua fé.
esta iniciativa: dedicar o dia 13 de Junho à oração da juventude a nível • Trabalho dos jovens e pela sua liderança
mundial sob o tema “Mergulho Profundo em Oração” (Dive Deeper in • Pelas crianças de todo o mundo
Pray). Os desafios pelos quais os jovens passam diariamente, as tenta-
ções que o mundo nos apresenta, são imensas. E por todo este mundo Jamaica
os jovens passam por dificuldades tremendas em países com situações • Campos de férias do GBU
sociais e políticas muito complicadas. • Crime e Violência
• Desemprego
Eles precisam das nossas orações e nós precisamos de orar. Por isso • A liderança entre os jovens
o Departamento da Juventude adere a esta iniciativa e desafia todos • Países que ainda sofrem com os furacões
nós a juntarmo-nos ao mundo em oração pela juventude. • Abuso de Drogas
• Prostituição na Juventude / Crianças de Rua
E que realmente o mundo todo, unido, possa fazer um mergulho pro-
fundo em oração e assistir ao seu impacto.
América

América Latina
• Ora por Voluntários sem Fronteiras na América Latina
• Ora para que Deus desperte a Juventude na América Latina,
Presidente do Departamento da Juventude da Convenção Baptista Portuguesa para responder à chamada de Deus na Liderança Batista
• Liderança e treino da Juventude, pastores e obreiros de jovens
• Continuar a desenvolver o projecto missionário em conjunto com JUBLA,
trabalho missionário em toda a América Latina

América do Norte
• A situação económica para a Região da América do Norte
• Por aqueles que estão no desemprego
• Ministérios da Juventude e jovens na região da América do Norte
• Por aqueles que estão na liderança de jovens nas igrejas e comunidades
• Pelas instituições educacionais e programas para jovens
Pedidos de Oração Programa 4|5

de todo o Mundo
1. Preludio (1 minuto)
ORe Por...
2. Celebração e Louvor (15 minutos)

África
3. Líder do Louvor - leitura em Tiago 5:13-16
• Ora pela paz em África
• A diminuição do preço elevado dos combustíveis 4. Sessão de Oração I - Intercessão (15 minutos)
e dos preços dos alimentos
• HIV / AIDS Vitimas
5. Pedidos de Oração – O líder deve perguntar à congregação
• Fome crianças a morrer à fome
temas oração centrados nas suas próprias necessidades,
bem como as necessidades dos outros.
Ásia
6. Pede a duas pessoas para orar em nome de todos.
• A protecção de Deus a asiáticos que vivem em áreas onde há conflitos
sócio-políticos (Bangladesh, Orissa, Índia, Paquistão, Sri Lanka, Tailândia,
7. Louvor (10 minutos)
China, sul das Filipinas, Myanmar, partes da Indonésia, etc) - que eles
possam permanecer fiéis no meio de perseguições e calamidades naturais.
Música- O líder deve liderar em coros de oração
• Jovens Líderes (actuais e futuros) em diferentes igrejas batistas
e convenções para serem activos no seu ministério e participantes 8. Estudo da Bíblia / Sermão (30 minutos)
nas actividades regionais e internacionais. O líder deve ter como base o texto em João 4:1-30, 39:4

Japão 9. Louvor Musical (10 minutos)

• Orar para que os jovens cristãos se sintam motivados para fazer
evangelismo e pelos jovens não cristãos para fazer uma primeira
decisão de aceitar Cristo como seu Salvador. 10. Tempo a sós com Deus (3-5 minutos)
• Orar pela visita bem sucedida a “Pang”, a área mais remota da Tailândia, Esta é uma oportunidade para meditação em silêncio
onde há muitas pessoas a viver.
• Orar pelas visitas em aldeias remotas e em campos de refugiados para 11. Hino/Coro (3 minutos)
compartilhar o amor cristão e a Boa Nova ao povo Karen que estão em
condição difícil.
12. Oração final (1 minuto)

Pela Malásia, Camboja, Paquistão e Vietnam

Pelas vítimas do tsunami e pela sua reconstrução.
Estudo Bíblico apesar do modo como todos a tinham tratado. Este é um bom modelo que podemos 10 | 11

seguir – dizer às pessoas o que Jesus fez por nós, e depois pedir-lhes para O consi-
A Justiça de Jesus é mais profunda derarem como exemplo para si mesmas.
João 4.1-30; 39-40
Os habitantes da cidade creram por eles mesmos.

Imagina um gato perseguido por cães. Alguma vez viveste uma experiência pare- Muita gente da cidade foi com a mulher de volta ao poço (no calor do dia!), para se
cida? Isso é o que os judeus poderão ter sentido, nos dias de Jesus, se fizessem encontrarem com Jesus. Foram por causa do que a mulher lhes havia dito mas, tendo
o que Ele fez e viajassem através da província de Samaria. encontrado e ouvido Jesus, diz-nos João que acreditaram por si mesmos. Eles não
confiaram no que a mulher dizia por si só mas, tendo encontrado Jesus, perceberam
Jesus não deveria ter passado por Samaria. por eles mesmos a verdade de que Jesus era realmente o Salvador do Mundo.

A rota mais directa da Judeia para a Galileia passava por Samaria, que é o caminho A mulher não podia fazê-los acreditar. Tudo o que ela podia fazer era falar-lhes
que Jesus tomou. Mas a maioria dos judeus devotos teria feito um percurso muito acerca do que Jesus tinha feito por eles e apresentar-lhes Jesus. Acontece o mesmo
mais longo para evitar passar por Samaria. Isto não era apenas porque os judeus connosco. Tudo o que podemos fazer é dizer às pessoas o que Jesus fez por nós
e samaritanos se odiavam mutuamente, mas também porque os judeus acreditavam e convidá-las a encontrá-lo por si mesmas, através da Bíblia e do Espírito de Deus
que, ao passarem por Samaria, ficariam ritualmente impuros, tendo então de perder a trabalhar nos seus corações.
tempo a purificar-se. Então será que falas a outras pessoas sobre Jesus?

Os judeus e samaritanos não gostavam uns dos outros, por razões históricas que A quem poderias tu falar sobre Ele?
remontam ao século VIII antes de Cristo. Os samaritanos viviam no centro de Is-
rael e a sua terra foi conquistada pelos assírios, por volta de 722 a. C. Os assírios
trouxeram outras gentes para colonizar Samaria, e casarem com os samaritanos.
Os judeus consideravam os samaritanos "impuros" por causa dessa mistura. Os sama-
ritanos seguiam os ensinamentos do Antigo Testamento, a Lei, mas discordavam dos
judeus quanto ao local onde se deveria adorar. Os judeus diziam que era no Templo,
em Jerusalém, que o culto a Deus deveria estar centrado, enquanto que os samari-
tanos acreditavam que deveria ser no monte Gerizim, onde eles haviam construído
um templo. Isso pode ver-se, muito claramente, no diálogo que a mulher samaritana
teve, mais tarde, com Jesus: "Senhor, vejo que és profeta. Nossos pais adoraram
neste monte, mas vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar" (Jo
4.19-20).

Estes desacordos tinham-se agudizado ao longo dos tempos, para se tornarem em

ódio nacional, de parte a parte. Jesus, porém, não parecia preocupado com essas
divergências religiosas e foi pelo caminho mais curto para a Galileia – directamente
através de Samaria.
física e, para a mulher, a ideia de água viva da qual ela poderia beber para saciar A mulher não deveria estar naquele local.
a sua sede para sempre era fascinante. A água viva de Jesus é igualmente essencial
para a vida eterna – sem Ele não podemos conhecer a Deus e não podemos fazer
parte do eterno reino de Deus.
Ela foi dizer na cidade.
A mudança nesta mulher é notável. Às escondidas ela ia ao poço, à hora do meio tinha uma má reputação e, provavelmente, queria evitar os olhares, o falatório e,
do dia, para evitar ser vista e, agora, ela corria de volta à cidade para dizer a todos
que, talvez, ela tivesse encontrado o Messias. A mulher samaritana estava tão em-
polgada com essa possibilidade, que até se esqueceu do que tinha ido fazer ao poço
e deixou ali o seu cântaro! O encontro com Jesus mudou completamente esta mulher.
Ela queria que todos soubessem quem era Jesus e O conhecessem por eles mesmos.
A reacção dos habitantes da cidade.
Eles prestaram atenção ao que a mulher disse.
É surpreendente que o povo de Sicar prestasse atenção ao que a mulher disse. muito surpreendida quando Jesus se lhe dirigiu e pediu um copo de água.
Ela era alguém que eles teriam, normalmente, ignorado. Noutras circunstâncias, cer-
tamente não a teriam ouvido! Todos sabiam que, normalmente, ela tentava evitar ser
notada em público e agora ela estava, deliberadamente, chamando a atenção para si
mesma. Algo de importante deve ter acontecido para provocar essa mudança.
Considera o que ela disse: "Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho
feito" (4.29). Jesus expôs o pecado na vida dessa mulher e, em vez de ficar enver-
gonhada com isso, ela agora serve-se disso mesmo como uma forma de incentivar
outros a ir ao encontro de Jesus. Embora não queiramos dizer às pessoas tudo o que
já fizemos de errado é importante que nós tenhamos a certeza de que as pessoas
percebam que nós não somos perfeitos, apenas perdoados. Podemos precisar de ser
um tanto compreensivos quanto à forma de partilhar a nossa fé.
Não tens que esperar até que sejas perfeito para chegar a Jesus; simplesmente tens
que estar preparado para reconhecer que estás aquém dos padrões de Deus.
A samaritana tinha esta interrogação na sua mente: Poder-se-á dar o caso que Jesus
seja o Messias? Pode ser que ela não estivesse certa disso, mas percebia o suficiente
para saber que o que sabia era bom demais para guardar segredo para si mesma,
6|7
Estava-se a meio do dia. Isso significa que era a hora de mais calor, por isso não
é de surpreender que Jesus estivesse cansado e com sede. O que é surpreendente
é que a mulher, com quem Jesus falou, fosse ao poço buscar água àquela hora. A fim
de evitar o calor, a maioria das pessoas ia buscar água ao poço aproveitando o fresco
da manhã ou da tardinha. Como se vê um pouco mais adiante, no texto, esta mulher
talvez, os insultos que receberia de toda a gente. A mulher samaritana foi ao poço,
àquela hora, porque queria evitar encontrar-se com outras pessoas.
Jesus não deveria ter falado com a mulher.
Talvez não seja surpresa para nós, o facto de Jesus ter falado àquela mulher. No en-
tanto, um judeu não teria falado a um samaritano, se pudesse evitá-lo. Em público,
era pouco provável que um homem judeu falasse com uma mulher, a menos que ela
fosse a sua esposa. Um professor judeu, como Jesus, nunca falaria com uma mulher
em público, muito menos com uma mulher samaritana. É por isso que a mulher ficou
Jesus pediu água.
Jesus quebrou as regras.
Ao pedir água à mulher samaritana, Jesus quebrou as regras religiosas daquele tem-
po. Partilhar o copo com um samaritano, também era proibido aos judeus. Jesus
sabia, exactamente, o que é que estava a fazer. Jesus sempre demonstrou desprezo
para com as regras e costumes religiosos que tornavam a vida das pessoas mais
complicada e a sua relação com Deus mais difícil. Ele quebrou regras sobre o que
poderia ou não fazer-se no sábado, o dia sagrado de descanso. Jesus quebrou, ain-
da, regras sobre aqueles a quem se poderia falar ou com quem comer. Ele quebrou
as regras que proibiam tocar em pessoas que estavam doentes. Todos estes actos
eram deliberados e Cristo fazia-os para mostrar às pessoas que Deus está mais inte-
ressado nos relacionamentos pessoais do que em regras.
Será que as nossas igrejas têm regras ou formas de fazer as coisas que tornam
difícil, aos nossos amigos, conhecer a Deus?
Jesus iniciou a conversa.
Não há dúvida de que Jesus estava com sede e, se Ele não tivesse pedido um copo
de água, é pouco provável que o tivesse recebido. Porém, Jesus também falou com
a samaritana porque ela era alguém a quem Deus amava. Ela havia sido rejeitada
pela sua comunidade por pessoas que se recusaram a mostrar aquele amor para com
ela. Jesus quis oferecer-lhe a oportunidade de ter a sua vida transformada. Às vezes
é preciso ser-se corajoso e começar a conversar com alguém sobre Jesus.
Alguma vez reparaste que Jesus falava tão à-vontade com as pessoas sobre Deus,
como falava sobre os problemas da vida quotidiana? Na Sua mente, Ele não fazia
distinção entre essas duas áreas da vida. Deus era parte da vida diária de Jesus,
assim como o era a água para beber. Sim, ele era (e é) o Filho de Deus e, por isso
mesmo, dá-nos um exemplo que deveríamos tentar seguir – considerar as questões
espirituais tão naturais como as físicas. Eu quereria ser mais como Ele e descobrir
que falar de Jesus torna-se mais natural, à medida que a nossa relação com Ele Porém, também devemos ter a humildade de aceitar que nós podemos ter errado.
se torna mais e mais profunda.
Jesus usou exemplos que a mulher compreendeu.
Ele usou ilustrações do dia-a-dia.
Quando Jesus estava a falar à mulher sobre a vida eterna, Ele não usou a mesma
linguagem de que se serviu quando falou com Nicodemos, tal como João descreve
no capítulo 3. Jesus disse a Nicodemos que ele precisava de "nascer de novo". Aqui,
Jesus falou à mulher acerca de "água viva". Ele usou imagens e exemplos com os
quais a mulher estava familiarizada: água, sede, nascentes.
Que palavras e imagens familiares podes tu usar, com os teus amigos, para os ajudar
a entender como é Deus?
Jesus construiu sobre a fé dela.
Jesus sabia que esta mulher era uma samaritana, e entendia o que ela acreditava
acerca de Deus, e sobre o lugar onde Ele devia ser adorado. Ele sabia que a fé
da mulher também mostrava que ela estava com sede da vida eterna e que havia
uma expectativa de que Deus enviaria alguém especial para cumprir a Lei do Antigo
Testamento, sobre a qual os samaritanos baseavam a sua vida religiosa. Ele começou
a partir daquilo em que aquela mulher acreditava. Isso às vezes é diferente do que
fazemos com o nosso evangelismo, quando começamos com o que sabemos, em
vez de começarmos com o que as pessoas sabem e com as questões que levantam.
Jesus sabia o que esta mulher era. 8|9
“Vai, chama o teu marido e vem cá“.
Jesus fez à mulher, provavelmente, a pergunta que ela mais temia. Ele perguntou-lhe
acerca da sua vida pessoal. Era por isso que ela estava ali, àquela hora do dia – ela
tinha tido cinco maridos e estava a viver com um homem que não era seu marido.
Porque nós temos o Espírito de Deus dentro de nós, também podemos receber o
conhecimento (algum) divino acerca das pessoas. Quando estou em comunhão com
Deus, tenho tido momentos em que eu disse algo que eu pensei ser um comentário
inocente, mas era exactamente o que Deus queria que alguém ouvisse. Relativamen-
te à mulher samaritana, isso ajudou-a a perceber que Jesus era uma pessoa especial.
Deveríamos ter a coragem de dizer o que cremos que Deus quer que nós digamos.
Jesus não fez nenhum julgamento acerca da mulher.
Quando Jesus falou sobre a vida da mulher com tal precisão, ele não a fez sentir-se
culpada. Ela estaria tão habituada a ouvir as pessoas a fazer comentários maldosos
acerca dela, a julgá-la e a falar sobre ela nas suas costas, que talvez ela estivesse
à espera que Jesus fizesse o mesmo. Ao invés disso ela encontrou calor humano
e compreensão.
Será que nós julgamos as pessoas ao invés de as aceitarmos por aquilo que são
e por quem são? Será que as nossas igrejas esperam certos padrões de comporta-
mento e de vestir, antes que as pessoas sejam aceites?
Esse, definitivamente, não é o procedimento de Jesus.
O modo como a mulher respondeu.
Ela foi surpreendida por Jesus.
Lembra-te, um homem judeu não poderia falar com uma mulher samaritana desco-
nhecida em público. A mulher samaritana foi atraída pela "água viva" sobre a qual
Jesus falou. Talvez que a mulher pensasse que Jesus tivesse conhecimento de outra
fonte de água nas proximidades. Ela ainda estava a pensar em termos de água física,
mas Jesus estava a falar sobre o refrigério espiritual. A água é essencial para a vida