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AGRADECIMENTOS
Pelo trabalho de lapidação do ser humano que é árduo e exige dedicação, abnegação e
experiência.
Agradeço aqueles que compartilham e compartilharam comigo seus conhecimentos e
me auxiliou na busca da realização plena de minhas idéias profissionais e humanas.
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(Gabriel Chalita)
RESUMO
O trabalho tem como objetivo abordar a formação da auto-estima do educando, sendo visto por alguns
profissionais da educação como procedimento em busca de bons resultados escolares e conseqüentemente na
vida de cada educando futuramente. São apontadas estratégicas utilizadas nas escolas, na companhia do
educador como: atitudes, que confia nas viáveis resoluções de problemas educacionais. Em outro momento,
sugestões para a relação do sujeito da prática educacional com o educando, contribuindo para o aprendizado e
para a conquista da auto-estima, por meio do relacionamento afetivo pautado em respeito, autonomia e
compreensão recíproco. Nesta pesquisa bibliográfica, reflete sobre a afetividade com um fator indispensável no
relacionamento entre educador e educando, desenvolvendo e analisando sobre a interligação entre a
aprendizagem e a afetividade, analisando as ações pedagógicas favorecendo a afetividade no trabalho e nas
dificuldades do educador, diante da postura como educado e educando. Por meio da pesquisa, observa-se que a
afetividade e a educação é um desafio à aprendizagem significativa consistente a vida futuramente, envolvendo
assim educando, educador, família e sociedade. Neste sentido, a afetividade perpassa o funcionamento
psíquico, assumindo papel organizativo nas ações e reações.
ABSTRACT
The work aims to discuss the formation of self-esteem of educating, being seen by some as education
professionals in search of good school results and consequently in the lives of each student in the future.
Strategic used are pointed in schools, in the company of the educator as: attitudes, which relies on feasible
resolutions of educational problems. In another moment, suggestions for the relationship of the subject of
educational practice with educating, learning and contributing to the conquest of self-esteem through affective
relationship based on respect, autonomy and mutual understanding. This bibliographic search, reflects on the
affection with an indispensable factor in the relationship between teacher and learner, developing and analyzing
on linking learning and affection, analyzing the pedagogical actions favoring affection at work and the
difficulties of educator, forward posture as polite and educating. Through research, affection and education is a
significant challenge to learning consistent future life, involving just educating, educator, family and society. In
this sense, the affection permeates the psychic functioning, assuming organizational role in actions and reactions.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 09
CAPÍTULO- I .................................................................................................................... 11
1. HISTÓRIAS DA QUALIDADE DE EDUCAÇÃO NO BRASIL ............................. 11
1.1 QUAIS AS IMPORTÂNCIAS DE INTEGRAR A AFETIVIDADE E A AUTO-
ESTIMA À PRÁTICA PEDAGÓGICA? ..................................................................... 12
1.2 APRENDIZAGENS POR AUTO-ESTIMA............................................................ 14
1.3 O VALOR DO SER HUMANO.............................................................................. 15
1.4 A ESCOLA NA FORMAÇÃO DO AUTO-CONCEITO....................................... 17
CAPÍTULO – II................................................................................................................ 21
2. AÇÕES PEDAGÓGICAS E AFETIVIDADE NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM ........................................................................................................... 21
2.1. RECIPROCABILIDADE INFANTIL E ADULTA.............................................. 22
2.2. PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DE FORMA AFETIVA............................ 24
2.3. VYGOTSKY: AFETIVIDADE NO PROCESSO DE FORMAÇÃO
COGNITIVO................................................................................................................. 26
2.4. TEORIAS DA EMOÇÃO DE WALLON.............................................................. 27
2.5. MOTIVAÇÕES DESENROLAR DA PRÁTICA PEDAGÓGICA....................... 28
2.6. COTIDIANO ESCOLAR / AFETO....................................................................... 29
2.7. MOTIVOS PARA O FRACASSO ESCOLAR...................................................... 30
CAPÍTULO – III................................................................................................................ 33
3. RELAÇÕES PROFESSOR/ALUNO: PERSPECTIVAS E IMPASSES................. 33
3.1. FAMÍLIA E ESCOLA: IMPASSES E PERSPECTIVAS...................................... 34
3.2. CAUSAS DA INDISCIPLINADA E DA AGRESSIVIDADE.............................. 35
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CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................... 39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................41
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO - I
Diante da qualidade de educação, surge o desejo do povo, pelo nosso próprio modelo,
baseado em nossas particularidades, em que este possa trazer bons resultados, e é isto o que
desafia os estudiosos que buscam, de fato, a chamada educação de qualidade para o Brasil.
Esta tarefa não se resume somente a escola, mas a sociedade como um todo, pois o
investimento na educação traz frutos que proporcionam retornos positivos para o exercício da
cidadania.
Ser livre é não ser escravo das culpas do passado nem das preocupações do
amanhã. Ser livre é ter tempo para as coisas que se ama. É abraçar, se
entregar, sonhar, recomeçar tudo de novo. É desenvolver a arte de pensar e
proteger a emoção. Mas, acima de tudo, ser livre é ter um caso de amor com a
própria existência e desvendar seus mistérios. ( CURY, 2003, p.38).
Relata Cury (2005), “O maior líder é aquele que reconhece sua pequenez, extrai força
de sua humildade e experiência da sua fragilidade”.
Aprender o valor do autocontrole na infância não significa apenas ser passivo, ao
contrário, é ter capacidade de discriminar os contextos apropriados para falar, brincar, rir... É
preciso aproveitar as possibilidades quando pequenos nas diferentes situações, de maneira a
beneficiar-se, fazendo com que podem proporcionar ao seu desenvolvimento. Crianças não
aprendem sozinhas, precisam de apoio para manter seu comportamento direcionado a uma
meta, com aprendizagem consistente de valores que as guiem.
Relata Briggs (2000, p. 78), “A auto-estima das crianças não é formada unicamente
em uma fase, mas eternamente construída e sujeita a mudanças, por isso a base familiar e
escolar desta criança deve ser segura e confiante para que possa superar as dificuldades da
vida com mais facilidade”.
A escola, a todo o momento está em busca de mudanças para que possa melhorar a
qualidade de ensino. O educador em sua formação continuada, tendo contato com as novas
metodologias que sugerem o respeito pela produção do educando, valorizando e incentivando
o que pode vir a fazer. Neste relacionamento educando-educado, o vínculo afetivo será um
grande facilitador no processo de ensino-aprendizagem, pois a criança não se sentirá sozinha,
facilitando assim, seu aprendizado.
Saber ouvir alguém, pensar a respeito do que foi falado por essa pessoa é uma forma
de valorizar que ela diz, é a melhor forma de iniciar um relacionamento, pois todas as pessoas
têm a necessidade de ser ouvidas.
O estudo de Goldman abordado por Briggs (2000, p. 29) mostra que o maior fator para
motivar a criança a aprender é a imagem que tem de si, é o sentimento de que: “Eu tenho
certo controle do meu destino”.
Verificou-se nesse estudo também que a criança que apresentavam facilidade em
aprender, tinha sua autoconfiança intensificada à medida que essa facilidade aumentava.
Tinham confiança de serem amadas, estavam â vontade com os outros, pensavam de maneira
mais original, desta forma apresentavam as características de uma elevada auto-estima.
Entretanto, eram dependentes, menos seguras, menos capazes de participar de projetos
próprios, e precisavam de muita atenção, apresentavam dificuldade em aprender. Diante do
estudo, analisou-se que uma auto-estima elevada, afeta o modo pela qual a criança utiliza as
habilidades de que dispõe. É concretizado que outro obstáculo ao aprendizado aparece quando
os meios de comunicação estão obstruídos, ou fechados. Elas se saem bem em suas atividades
escolares, vem geralmente de famílias onde há muita comunicação. Quando pais e filhos
interessam-se atenciosamente, carinhosamente pelas atividades mútuas e quando os filhos se
sentem seguros em partilhar suas idéias e seus sentimentos, o crescimento cognitivo e
emocional é estimulado. Ao examinar os obstáculos do aprendizado não se pode desconhecer
a importância das boas escolas, dos educadores influentes e dos currículos flexivos, ligados
aos interesses dos educando. As crianças educandas autoconfiantes e motivadas podem perder
o estímulo de aprender com uma sala super lotadas, com educadores incompetentes e que
usam estratégias ultrapassadas. Além disso, com metodologias inovadoras, participação se
torna ativa, deixando de ser tratadas como simples recipientes vazios, onde se despeja o
conhecimento velho dos manuais. A compreensão é atingida proporciona um instrumento
para verificar o clima que lhe é oferecido, detectar áreas que precisam ser mudadas, e o mais
importante, contribui para poupar os educadores e as crianças dos resultados de uma atitude
baseada na tentativa e erro, na experimentação.
Briggs (2000) afirma que a importância da afetividade na vida de uma criança é como:
“Ajudar as crianças a desenvolver sua auto-estima é a chave de uma aprendizagem bem
sucedida”.
Não se pode desconhecer, ou ignorar, a característica mais importante da criança, seu
grau de auto-respeito. Normalmente pais e educadores querem evitar o mau comportamento,
pois a vida de ambos se torna mais agradável. A disciplina é muito importante, pois o seu
comportamento corresponde â auto-imagem, e a causa do mau comportamento é um auto
conceito negativo. Geralmente, quando pior o comportamento da criança, mais ela é punida,
rejeitada ou censurada, e conseqüentemente mais profunda se torna a sua convicção íntima de
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que é “má”. O mau comportamento crônico pode basear-se numa visão deformada do ID,
embora uma auto-estima precária não seja a única causa da má conduta.
Se um professor assume aulas para uma classe e crê que ela não aprenderá,
então está certo e ela terá imensas dificuldades. Se ao invés disso, ele crê no
desempenho da classe, ele conseguirá uma mudança, porque o cérebro
humano é muito sensível a essa expectativa sobre o desempenho.
Como se pode ver a escola, como parte integrante e fundamental em uma sociedade
como Wallon, Piaget e Vygotsky, para basear suas ações pedagógicas e transformar a relação
de ambos, em um momento mais rico no processo ensino-aprendizagem. Tais conhecimentos
perdem sua validade quando educadores e técnicos não estão comprometidos com mudanças
em suas idéias tradicionais ou posturas, que trazem traços de práticas escolares que apenas
depositam informações, desconsiderando assim, a afetividade no processo ensino-
aprendizagem.
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Cuidar é mais que um ato, é uma atitude, portanto abrange mais que um
momento de atenção, de zelo e vigilância. Representa uma atitude de
ocupação, preocupação, responsabilização e envolvimento afetivo, por isto, é
preciso cuidar da terra antes e depois da semente ser lançada, para que a
planta possa crescer florescer e dar bons frutos. (TIBA p. 45 1999).
Ao ser produzido, o conhecimento novo supera outro que antes foi novo s se
fez velho e se ‘’dispõe’’ a ser ultrapassado por outro amanhã. Dê que seja
tão fundamental conhecer o conhecimento existente quanto saber que
estamos abertas e aptas á produção do conhecimento ainda não existente.
( FREIRE, 2007, p. 95).
CAPÍTULO II
Para Mello, (2004) “Não dá para ensinar pensando apenas na cabeça do aluno, pois o
coração também é importante”.
Educação tem como objetivo a preparação do sujeito da aprendizagem para o
exercício da cidadania, diz-nos a atual lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN 9394/96). Todavia, a maneira como vêm sendo conduzidas as relações interpessoais
no âmbito educacional, tem produzido indivíduos com auto-estima fragilizada, sem
consciência de si mesmas e de suas capacidades. Por isso, é necessário que se reconsiderem
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Numa perspectiva nova para que a escola possa cumprir seu papel social e educativo,
o educador deve contextualizar a prática pedagógica de forma a ensinar o seu educando a
compreender o significado do seu aprender, por meio de experiências inovadoras, entendendo
assim, como tirar das tantas informações o seu saber. Violar e mudar a visão da escola, dentro
de realidades socialmente determinadas, buscando despertar uma nova conquista pedagógica,
sem julgar desfavoravelmente ou tornar elementar as trocas aleatórias que a sala da aula
representa. Ao pensarmos na Educação Infantil, perde-se a importância de uma concepção
onde a criança possa ser percebida como um sujeito em plena construção pessoal e social, e
que precisa ser respeitada em cada época de sua existência.
Para Marchand (1985, p. 32) “O poder do professor é maior que o do livro, e a
qualidade do diálogo estabelecido entre professor e aluno são importantes para uni-los,
criando um laço especial, ou para separá-los, criando obstáculos intransponíveis”.
A relação de educador e educando que não abordam a afetividade, traz conseqüência
para a ação pedagógica, atingindo ambos. E se o sujeito educacional não souber lidar com
crises emocionais, poderá provocar desgastes físico e psicológico. A afetividade como
processo de ensino e aprendizagem, o educador desenvolverá ação adequada para as reais
necessidades dos seus educadores sobre o desenvolvimento da criança através da interação de
ambos.
Como professor... preciso estar aberto ao gosto de querer bem aos educando
e a prática educativa de que particípio. Esta abertura ao querer bem não
significa, na verdade, que, porque professor me obriga a querer bem a todos
os alunos de maneira igual. Significa, de fato, que a afetividade não me
assusta que tenho de autenticamente selar o meu compromisso com os
educando, numa prática específica do ser humano. “Na “verdade, preciso
descartar como falsa a separação radical entre “seriedade docente” e”
afetividade”. Não é certo, sobretudo do ponto de vista democrático, que serei
tão melhor professor quanto mais severo, mais frio mais distante e
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“cinzento” me ponha nas minhas relações com os alunos, n trato dos objetos
cognoscíveis que devo ensinar. (FREIRE, 1999, p. 39).
As pessoas passam por mudanças e é óbvia durante toda a vida desde a infância a vida
adulta. A fase da infância é tomada de perspectivas e de experiências vividas. Através de
novos vínculos sociais, passam a se interagir com novos paradigmas de comportamento,
conteúdos e valores sociais, o conhecimento do real para o mental.
Adultos e crianças não se misturam, os pais com seus afazeres profissionais deixam-
nas, preenchendo-as com televisão, videogame para que não sinta a sua ausência. A falta de
diálogo faz com que elas, muitas vezes, cresçam rejeitadas, desobedientes e agressivas. Em
uma sociedade familiar, suas habilidades, capacidades de aprendizagem são limitadas, ou seja,
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A criança não era preparada para a vida, cabendo aos pais a responsabilidade
pela formação moral e espiritual dos filhos, o que levou ao aparecimento de
sentimentos novos nas relações entre os membros familiares: o sentimento
moderno de família. Já escola deverá garantir a aprendizagem de certos
conteúdos essenciais como: leitura e escrita etc., fazendo com que desperte
aluno crítico, interessado e participativo dentro da sociedade. As funções da
escola são: facilitar a adaptação de características sociais, formarem
cidadãos reflexivos, críticos e participativos; cenário de criação-educação;
socialização e individualização. (MIRANDA, 1994, p. 85)
Bossa (2000, p. 64) relata que: “Sabemos que o sentido das aprendizagens é único e
particular na vida de cada um, e que inúmeros são os fatores afetivos emocionais que podem
impedir o investimento energético necessário às aquisições escolares.”
Notas boas não significam que a aprendizagem aconteceu de maneira afetiva, quando
o educando é realmente afetado pela escola, leva-o à transformação pessoal, capaz de
participar e evoluir como ser humano. A inclusão ou exclusão do feto educativo definirá se a
sala de aula funcionará como espaço de aprendizagem ou passa tempo.
Tratar o educando com afeto, não significa tratá-lo com beijos, abraços ou agrados,
significa que devemos acordar e tomar atitudes que nos leve a sair da nossa indiferença, a
falta de afetividade educacional, capaz de sentir-nos seres sensíveis e capazes de transformar
os que nos rodeia. Numa sala onde o ponto referencial é a afetividade, formará indivíduos
com condições para lidar com seus sentimentos e que contribuirá para um mundo menos
violento, por essa razão, é preciso que haja uma relação de respeito e cumplicidade entre
ambos.
Como Strocchi (2003) afirma que, “A postura que cada pessoa tem em relação a si
mesma”.
Piaget, Vygotsky e Wallon idêntica que a afetividade o seu caráter social, dinâmico e
construtor da personalidade humana, além de estabelecer o elo entre o individuo e a busca do
saber.
Ferreira (2001, p. 29) pressupõe que, “De uma forma de pensar assim simplificada
remonta esta visão da Escola como algo para além das fronteiras da vida. Um espaço
reservado aos que possa freqüentá-la e, sobretudo, aos que conseguem progredir em seu
interior”.
O aspecto afetivo construtor da natureza humana e responsável pela definição das
relações inter individuais, com base no desenvolvimento sócio-cognitivo. A motivação
também faz parte desse processo ensino-aprendizagem. No campo educativo, a motivação é
um elemento considerável e imprescindível, seja para aprender ou realizar algo. Vale ressaltar
que todo comportamento pressupõe o motivo em todas as ações da vida humana, daí dizer que
o comportamento configura-se em instrumento pelo qual a necessidade é satisfeita vinculada à
teoria da evolução.
Chalita (2004) afirma que, “O grande pilar da educação é a habilidade emocional.”
Vale afirma que tanto para ação de aprendizagem quanto de ensinar, faz-se necessário
uma força propulsora motivacional que determine ambas as situações, otimização para o
processo ensino-aprendizagem através da melhoria da motivação. Porém, é comum no
cotidiano de nossas escolas públicas, o incômodo de muitos educadores em compreender o
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Segundo Rosa (2008) “O fracasso escolar aparece hoje entre os problemas de nosso
sistema educacionais mais estudados e discutidos”.
O fracasso escolar é uma das faces da desigualdade social que penetra no cotidiano
escolar.
A falta de afetividade é uma das causas do fracasso escolar. Todavia, as questões sobre
o fracasso não param por ai.
CAPÍTULO III
Ser educador não é uma tarefa fácil. Hoje, novas tecnologias vieram tornar o trabalho
docente ainda mais complicado. A disciplina tem se tornado uma situação ainda mais
problemática. As causas hoje, se debruçam nos que fazem parte da educação, que desejam um
ensino de qualidade. È óbvio que são inúmeros, os elementos que concorrem para a atual
situação educacional brasileira.
É essencial à educação saber estabelecer limites e valorizar a disciplina, e para isso, a
presença de uma autoridade saudável é imprescindível. O segredo que difere autoritarismo do
comportamento de autoridade adotado para que outra pessoa torne-se mais educada ou
disciplinada, está no respeito à auto-estima. A convicção de que os educandos vão sendo cada
vez mais indisciplinados e mal-educados, apresentando comportamentos que interrompem o
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clima da escola, quando não protagonizam agressões verbais e físicas, furtos e destruição do
mobiliário entre outros comportamentos impróprios.
Hoje, família e escola parecem perder o poder e o espaço que tiveram na formação do
individuo. As crianças entram mais cedo na escola, favorecendo-as ou desfavorecendo-as,
dependendo assim, do acompanhamento escolar e familiar. Quando bem acompanhada, esse
ingresso prematuro pode ajudá-la a se desenvolver melhor em todos os aspectos: sociais,
cognitivos, etc. Porém, se a família coloca-a, mas não as acompanha, pode gerar um
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sentimento de descaso fazendo com que se sintam rejeitadas tendo dificuldades em relação ao
seu desenvolvimento.
Segundo Içami Tiba (1996) afirma que, “O maior estímulo para ter disciplina é o
desejo de atingir um objetivo”.
O desenvolvimento da indisciplina depende do surgimento de um controle interno, isto
é, uma obediência às regras que não dependa mais exclusivamente do controle dos pais ou de
outras pessoas. Isso implica a assimilação racional das regras, o que faz surgir à
reciprocidade, o respeito mútuo que vem a ser a capacidade de respeitar o outro e por ele ser
respeitado.
A renovação de conteúdos faz com que haja um desenrolar a renovação dos métodos e
das relações entre educador e educando, das obrigações e da disciplina. Com a inovação, os
conteúdos não serão inconscientes, pois proporciona condições de conduzir a satisfação. A
escola traz consigo o conceito de ordem, a necessidade de disciplina, utilizando-se de
punições a fim de obter a passividade e a obediência dos educandos, fazendo com que seja
uma escola livre de indisciplina e agressividade.
Para Cury (2007, p. 44) “Bons jovens se preparam para o sucesso. Jovens brilhantes se
preparam para as derrotas. Eles sabem que a vida é um contrato de risco e que não há
caminhos sem acidentes. Portanto, têm consciência de que é digno do pódio se não usar suas
derrotas para conquistá-lo”.
Os problemas são multicausais e tem sua raiz não apenas no ambiente social, mas,
também nas mudanças socioeconômicas. Perante crianças que por sua vez, são mais
vulneráveis do que os outros, quanto as suas expectativas de futuro.
Segundo Içami Tiba (1996) “A educação escapou ao controle da família porque, desde
pequena a criança já recebe influências da escola, dos amigos, da televisão e da internet”.
Os pais por sua vez, nunca devem abrir mão de educar seus filhos, é importante que
sejam progressivos e se preparem para poder dar uma boa educação. São retrógrados, isto é,
ultrapassados, os pais que por encontrarem dificuldades, abandonam suas funções e passam a
cobrar dos outros as suas próprias falhas, gerando assim, indisciplina familiar. Assim, a
indisciplina pode surgir como não aceitação do absolutismo e autoritarismo excludente. A
repressão não educa, a diferença entre castigo e conseqüência é que este busca o educando
aprender com o erro. O educando aprende com o custo da conseqüência e não com a pena do
castigo.
Todos conhecem que a carência afetiva durante a infância, pode conduzir a uma
deterioração integral da personalidade, e consequentemente do comportamento. Quando o
relacionamento familiar é precário, certamente irá influenciar nos relacionamentos sociais de
seus membros, principalmente dos filhos.
Segundo Içami Tiba (1995) “Quando falha o grande controlador, que é a família,
representada na figura dos pais, os abusos começam a acontecer. E, quando um abuso é bem
sucedido, ele se estende para social, na delinqüência, na compulsão pelas drogas.”
Quando a família deixa o filho fazer suas vontades, este terá problemas futuros, essa
maneira de educá-los, baseado no amor incondicional, sem estabelecer restrições, com
explicações moderadas e objetivas levando as crianças a se tornarem jovens dependentes, sem
autocontrole e inseguros, incapazes de solucionar problemas que surgem na sua própria vida,
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sem perspectiva de uma vida futura progressiva, sem realizações enriquecedoras e positivas.
Içami Tiba (1995, p. 23) comenta que, “A disciplina é algo vivo, que confere satisfação nos
próprios atos de se organizar, de realizar e da colher. Cada etapa precisa ter a própria
satisfação para animar a pessoa a seguir em frente”.
A indisciplina e a agressividade em meio escolar é um fator de preocupação para
muitos pais, a maneira como é abordada, desligada dos fatos concretos e dos contextos reais
em que ocorrem, pode tender a dar das escolas uma imagem pouco realista, em muitos
problemas que efetivamente existem, mas que, na maior parte dos casos não serão
particularmente graves. Apesar da bagunça e do barulho não serem as únicas formas, são elas
as formas que mais se destacam na sala de aula.
De acordo com Içami Tiba (1996) o exemplo é muito importante na educação “Quem
sabe fazer, aprendeu fazendo”.
A ausência de disciplina e a falta de organização nos estudos, começam a aparecer
quando o educando começa a perder a vontade intrínseca de querer aprender, com o passar do
tempo, tornar-se um cansativo, ou seja, deixa de ser vontade e passa a se quase um sacrifício.
Com o desenvolvimento da capacidade cognitiva e com a experiência no grupo social é que o
adolescente começará a ser capaz de julgar o certo e o errado, considerando as circunstâncias.
Com intervenção da escola, da família e da sociedade, a agressividade e a indisciplina no
processo de ensino-aprendizagem serão mais bem trabalhadas e superadas com a união de
todos os responsáveis no processo, tendo como objetivo principal a formação integral do
indivíduo.
Como diz Içami Tiba (1996) “Um desrespeito aos pais pode ser relevado, aos
professores já implica em advertência, e às autoridades sociais, há punição.”
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
assegura a integridade pessoal. Uma criança com auto-estima elevada baseia-se na convicção
de que tem que ser amada e valorizada, sabendo a importância porque existe.
É fundamental que os educadores saibam que toda criança tem o potencial de gostar de
si, e que aprende a ver a si tal quais as pessoas importantes que a cercam a vêem.
Diante dessa pesquisa bibliográfica, há muito a fazer como trabalho futuro, tendo em
vista as dificuldades de aprendizagem causadas por vários obstáculos tais como: a
indisciplina, a falta de interesse de ambas as partes, onde encarcera a significação do
conhecimento. E nenhuma aula tem significação, quando não existir busca para a consciência
da aprendizagem. O grane desafio da sociedade moderna é a educação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CHALITA, Gabriel. Educação: solução está no afeto. São Paulo: editora Gente, 2001, 1. ed.,
2004 edição revista e atualizada.
__________Pedagogia do amor: a construção das histórias universas para a formação de
valores das novas gerações – São Paulo: 19 ed. – Editora gente, 20.
CURY, Augusto. Filhos brilhantes, alunos fascinantes. São Paulo: Planeta do Brasil, 2007.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 11 ed. São Paulo: Paz e Terra S/A, 1999.
NOGUEIRA, Nildo Ribeiro. Pedagogia dos projetos: Etapas, papéis e atores. 4. ed., São
Paulo: Érica Ltda, 2010.
PIAGET, J. E Inhalder, B. A psicologia da criança. 11. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil
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__________. Inteligência verso afetividade. Buenos Aires: Arque 2001
__________. Disciplina, limite na medida certa. São Paulo, Editora Gente, 1996.