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Todos os direitos reservados.
Coordenação editorial
Albertina P. Lima
Claudia Keller
William E. Magnusson
Fotos
Dos autores. Exceto a foto de Phrynohyas resinifictrix (D)de autoria de
Benjamim B. da Luz, com o auxílio de Luciana K. Erdtmann e
a foto de Chiasmocleis shudikarensis (D)de autoria de Selvino Neckel-Oliveira.
Prefácio Preface
3
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Como usar este Guia
Prefácio
4
How to use this
Contents
Guide Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
Sumário Contents
Introdução 8 Introduction
56
Bufonidae
58 Atelopus spumarius
60 Bufo granulosus • Rhinella granulosa
62 Bufo marinus • Rhinella marina
64 Bufo proboscideus • Rhinella proboscidea
66 Dendrophryniscus minutus
68
Centrolenidae
70 Cochranella oyampiensis
72
Dendrobatidae
74 Colostethus sp. • Anomaloglossus stepheni
76 Colostethus stepheni • Allobates sp.
78 Epipedobates femoralis • Allobates femoralis
80
Hylidae
82 Hyla boans • Hypsiboas boans
84 Hyla cf. brevifrons • Dendropsophus cf. brevifrons
86 Hyla geographica • Hypsiboas geographicus
88 Hyla granosa • Hypsiboas cinerascens
90 Hyla lanciformis • Hypsiboas lanciformis
92 Hyla minuta • Dendropsophus minutus
94 Osteocephalus buckleyi
96 Osteocephalus oophagus
98 Osteocephalus taurinus
100 Phrynohyas resinifictrix •Trachycephalus resinifictrix
102 Phyllomedusa bicolor
104 Phyllomedusa tarsius
106 Phyllomedusa tomopterna
108 Phyllomedusa vaillanti
110 Scinax boesemani
112 Scinax garbei
114 Scinax ruber
6
How to use this
Contents
Guide Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
116
Leptodactylidae
118 Adenomera andreae • Leptodactylus andreae
120 Adenomera hylaedactyla • Leptodactylus hylaedactylus
122 Ceratophrys cornuta
124 Eleutherodactylus fenestratus • Pristimantis fenestratus
126 Eleutherodactylus ockendeni • Pristimantis ockendeni
128 Eleutherodactylus zimmermanae • Pristimantis zimmermanae
130 Leptodactylus fuscus
132 Leptodactylus knudseni
134 Leptodactylus longirostris
136 Leptodactylus mystaceus
138 Leptodactylus pentadactylus
140 Leptodactylus petersii
142 Leptodactylus rhodomystax
144 Leptodactylus riveroi
146 Leptodactylus stenodema
148 Lithodytes lineatus • Leptodactylus lineatus
150
Microhylidae
152 Chiasmocleis hudsoni
154 Chiasmocleis shudikarensis
156 Ctenophryne geayi
158 Elachistocleis bicolor
160 Synapturanus mirandariberoi
162 Synapturanus salseri
164
Pipidae
166 Pipa arrabali
168 Pipa pipa
Referências Bibliográficas 170 References
Autores 173 Authors
Agradecimentos 174 Acknowledgments
Financiadores 176 Support
7
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Introdução
Introdução Introduction
8
Introduction Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
a floresta no entorno das bordas les- Federal Ministry for Science and
te, norte e, especialmente, oeste se Technology. The original plan was
encontra fragmentada e degradada. to use the reserve for silvicultural
Desde então, a RFAD vem sofrendo experiments, but fortunately that
um processo de transformação em proved too expensive. The area
um parque urbano.
was declared an ecological reserve
A RFAD é administrada pelo Institu- in 1972, but there are small areas
to Nacional de Pesquisas da Amazô- in the north-west corner with
nia (INPA), um órgão de pesquisa do plantations of commercially
Ministério da Ciência e Tecnologia. valuable trees. The reserve is not
Originalmente a reserva foi destina- part of the National System of
da para experimentos de silvicultu- Conservation Units (SNUC) which
ra, mas felizmente este projeto reve-
means that it does not benefit from
lou-se excessivamente caro. A área
some of the advantages of that
foi declarada Reserva Ecológica em
system, such as legally mandated
1972, havendo apenas uma área de
plantação de árvores de valor comer- buffer zones. However, its
cial em seu extremo noroeste. A independent status allows for
RFAD não faz parte do Sistema Na- research activities that would be
cional de Unidades de Conservação extremely restricted in most SNUC
(SNUC), o que significa que ela não categories. The reserve is the type
locality for dozens of
species, and some of
the most complete
neotropical field
guides, such as those
for vegetation (Ribeiro
et al., 1999), snakes
(Martins & Oliveira,
1998)
Imagem de satélite
da Reserva Florestal
Adolpho Ducke, 2003.
(Fonte: INPE/NASA)
Satellite image of
Reserva Florestal
Adolpho Ducke, 2003.
(Source: INPE/NASA)
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Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Introdução
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Introduction Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
Poça na floresta
usada para
reprodução por sapos
e desenvolvimento
de girinos.
Forest pool used
for reproduction
by frogs and habitat
for tadpoles.
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Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Introdução
Os sapos
encantam
quando vistos
de perto.
Frogs are
enchanting
when seen
close up.
12
Introduction Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
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Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Introdução
14
Introduction Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
15
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Introdução
16
Introduction Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
tir da qual estas mudanças pode- native species from open areas,
rão ser detectadas. such as Leptodactylus ocellatus,
Esperamos que a publicação des- and species introduced from other
te guia permita que pesquisado- regions, such as Leptodactylus
res, guias de turismo e o público labyrinthicus, which have not yet
em geral apreciem a beleza e a di- been recorded in the reserve, but
versidade dos anfíbios anuros da that occur in Manaus, are likely to
região de Manaus, e inspire estu- invade the borders. Changes will
dos que resultem em uma melhor occur, and new species will be
compreensão e conservação des-
encountered and described. This
tas fascinantes criaturas.
book is a baseline for recording
those changes.
Relações de parentesco We hope that the publication of this
dos anfíbios book will allow researchers, tourist
Fazendo uma analogia entre as guides, and the general public to
classificações das espécies, gêneros e appreciate the beauty and diversity of
famílias de organismos com as
relações de parentesco dos seres
humanos, diríamos que é mais fácil
identificar nossos parentes pelo
sobrenome, pois características como
cor dos olhos, altura, cor da pele, ou
mesmo o aspecto físico geral, não
permite definir nossos parentes. No
entanto, mesmo para pessoas, é difícil
definir sua ár vore genealógica
baseando-se nos registros de nomes
e sobrenomes, pois as gerações mais
antigas da família, na maioria das
vezes, são desconhecidas. Poucas
pessoas lembram o nome de seus
tataravôs, que viveram há 70 anos Leptodactylus labyrinthicus,
atrás. Imagine tentar determinar seu uma espécie introduzida do
grau de parentesco com alguém que sudeste do Brasil, que ocorre
em Manaus mas ainda não foi
viveu 1000 anos atrás. Para definir o
registrada na RFAD.
parentesco entre espécies é preciso
um registro de milhões de anos, Leptodactylus labyrinthicus, a
species introduced from
desde o tempo que as espécies atuais southern Brazil, that occurs in
se originaram a partir de um ancestral Manaus but has not yet been
em comum. Até o final do século recorded from RFAD.
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Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Introdução
passado, eram usadas prin- frogs from the Manaus region, and lead
cipalmente características morfo- to studies that will result in a deeper
lógicas para determinar as relações understanding, and conservation of
de parentesco entre as famílias de these fascinating creatures.
organismos. Estas características são
atualmente consideradas ou muito Evolutionary relationship
conservativas, por serem eficientes of amphibians
para desenvolver a função para a To make an analogy between the
qual evoluíram, e sem pressão
classification of organisms and the
evolutiva mais recente sobre estes
family relationships of people, it is
caracteres, poucas modificações
easier to recognize our genealogical
foram necessárias, ou muito flexíveis,
fazendo com que espécies com relationships from surnames than
pouco grau de parentesco tornem- based on eye color, height, skin
se parecidas por pressões ecológicas color, or general physical
atuais. Por conseqüência, o uso characteristics. However, even for
exclusivo destas características para people, it is difficult to make a long-
determinar as relações entre as term genealogy based on registers
famílias é limitado. Com o of names. Few people remember
aprimoramento das técnicas the name of their great grandfather,
bioquímicas, foi possível ler o código who lived 50 years ago. Imagine
genético dos seres vivos, e este deu how difficult it would be to
acesso a muito mais informações de determine how closely related you
longo prazo sobre a genealogia da are to someone who lived 1000
vida. Nossos genes refletem a
years ago. To determine how closely
evolução recente, mas também
related species are, we need a
carregam muitas das informações de
register that lasts the millions of
nossos antepassados, até de
centenas de milhões de anos atrás, years since the species we recognize
quando nossos antepassados nem now separated from a common
eram considerados humanos. Essas ancestor. Until the end of the last
informações podem ser apre- century, researchers principally used
sentadas graficamente na forma de morphological characteristics to try
ramos que conectam cada to reconstruct the relationships
organismo a um antepassado em between families of organisms.
comum. Ao conjunto destes ramos These characteristics may either be
damos o nome de árvore genea- very conservative, because they
lógica ou filogenética. perform a function very well, and
Assim como, para famílias humanas, there is little evolutionary pressure
este tipo de análise também pode for change, or be very flexible,
ser aplicada sobre famílias, gêneros because distantly related organisms
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Introduction Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
Árvore Genealógica das relações entre as famílias de anuros da América do Sul baseada
nos estudos de características morfológicas de Ford & Cannatella (1993). Destacadas
em vermelho, as famílias que ocorrem na RFAD.
A genealogical tree of the relationships among South American frog families based on the
study of morphological characteristics by Ford & Cannatella (1993). The families that occur
in Reserva Ducke are shown in red.
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Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Introdução
Duas espécies de cecílias, Siphonops annulatus (A) e Rhinatrema bivittatum (B), são
conhecidas da Reserva Ducke. Cecílias são anfíbios subterrâneos ou aquáticos sem
pernas que raramente são encontradas na superfície. São conhecidas popularmente
como cobras-cegas, mas não são cobras e nem cegas.
Two species of caecilians, Siphonops annulatus (A) and Rhinatrema bivittatum (B) are
known from Reserva Ducke. Caecilians are subterranean or aquatic amphibians without
legs that are rarely encountered on the surface.
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Introduction Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
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Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Introdução
Os anuros todos têm a forma típica developed than the front legs and
de sapos, com pernas traseiras the tail very small or absent. The
maiores que as dianteiras e a cauda genealogical tree of the South
ausente ou muito pequena. A American frog families based on
árvore filogenética das relações the study by Frost et al. (2006) is
entre as famílias de anuros para a much more detailed than former
América do Sul baseada em estudos
trees. Among the principal
envolvendo características genéticas
modifications at the level of family
e morfológicas realizados por Frost
et al. (2006) é muito mais detalhada. is the repositioning of the species
Entre as principais modificações em formerly placed in the
relação às famílias que ocorrem na Dendrobatidae, which was
Amazônia Central, destacam-se o formerly grouped with Ranidae and
posicionamento da antiga família Microhylidae, near the species of
Dendrobatidae, que na ár vore bufonids, and the separation of
antiga era agrupada com Ranidae Bracycephalidae and
e Microhylidae, e que na árvore Ceratophrydae from the
atual foi agrupadas com as famílias Leptodactylidae.
Bufonidae, e a separação das
famílias Ceratophrydae e Brachy- The modifications at the generic
cephalidae da antiga família Lepto- level were greater (Table, page 24),
dactylidae. and 20 species were placed in
different genera. The new
As modificações sobre os gêneros
foram mais acentuadas (Tabela, classification is not definitive and
página 24), e 20 espécies foram many researchers are suggesting
posicionadas em gêneros diferentes modifications (e.g. Grant, et al.
dos quais pertenciam anteriormente. 2006; Chaparro et al. 2007). The
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Introduction Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
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Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Introdução
Dendrobatidae Aromobatidae
Colostethus stepheni • Martins, 1989 Anomaloglossus stepheni • (Martins, 1989)
Colostethus sp. Allobates sp.
Epipedobates femoralis • (Boulenger, 1884) Allobates femoralis • (Boulenger, 1884)
Leptodactylidae Brachycephalidae
Eleutherodactylus fenestratus • (Steindachner, 1864) Pristimantis fenestratus • (Steidachner, 1864)
Eleutherodactylus ockendeni • (Boulenger, 1912) Pristimantis ockendeni • (Boulenger, 1912)
Eleutherodactylus zimmermanae • Heyer & Hardy, 1991 Pristimantis zimmermanae • (Heyer & Hardy, 1991)
Bufonidae Bufonidae
Atelopus spumarius • Cope, 1871 Atelopus spumarius • Cope, 1871
Bufo granulosus • Spix, 1824 Rhinella granulosa • (Spix, 1824)
Bufo marinus • (Linnaeus, 1758) Rhinella marina • (Linnaeus, 1758)
Bufo proboscideus • (Spix, 1824) Rhinella proboscidea • (Spix, 1824)
Dendrophryniscus minutus • (Melin, 1941) Dendrophryniscus minutus • (Melin, 1941)
Centrolenidae Centrolenidae
Cochranella oyampiensis • (Lescure, 1975) Cochranella oyampiensis • (Lescure, 1975)
Leptodactylidae Ceratophr yidae
Ceratophryidae
Ceratophrys cornuta • (Linnaeus, 1758) Ceratophrys cornuta • (Linnaeus, 1758)
Hylidae Hylidae
Hyla boans • (Linnaeus, 1758) Hypsiboas boans • (Linnaeus, 1758)
Hyla cf. brevifrons • Duellman & Crump, 1974 Dendropsophus cf. brevifrons • (Duellman & Crump, 1974)
Hyla geographica • Spix, 1824 Hypsiboas geographicus • (Spix, 1824)
Hyla granosa • Boulenger, 1882 Hypsiboas cinerascens • (Spix, 1824)
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Introduction Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
Hylidae Hylidae
Hyla lanciformis • (Cope, 1871) Hypsiboas lanciformis • Cope, 1871
Hyla minuta • Peters, 1872 Dendropsophus minutus • (Peters, 1872)
Osteocephalus • buckleyi (Boulenger, 1882) Osteocephalus buckleyi • (Boulenger, 1882)
Osteocephalus oophagus • Jungfer & Schiesari, 1995 Osteocephalus oophagus • Jungfer & Schiesari, 1995
Osteocephalus taurinus • Steindachener, 1862 Osteocephalus taurinus • Steindachner, 1862
Phyllomedusa bicolor • (Boddaert, 1772) Phyllomedusa bicolor • (Boddaert, 1772)
Phyllomedusa tarsius • (Cope, 1868) Phyllomedusa tarsius • (Cope, 1868)
Phyllomedusa tomopterna • (Cope, 1868) Phyllomedusa tomopterna • (Cope, 1868)
Phyllomedusa vaillanti • Boulenger, 1882 Phyllomedusa vaillantii • Boulenger, 1882
Phrynohyas resinifictrix • (Goeldi, 1907) Trachycephalus resinifictrix • (Goeldi, 1907)
Scinax boesemani • (Goin, 1966) Scinax boesemani • (Goin, 1966)
Scinax garbei • (Miranda-Ribeiro, 1926) Scinax garbei • (Miranda-Ribeiro, 1926)
Scinax ruber • (Laurenti, 1768) Scinax ruber • (Laurenti, 1768)
Leptodactylidae Leptodactylidae
Adenomera andreae • (Müller, 1923) Leptodactylus andreae • Müller, 1923
Adenomera hylaedactylyla • (Cope, 1868) Leptodactylus hylaedactylus • (Cope, 1868)
Ceratophrys cornuta • (Linnaeus, 1758) FAMÍLIA CERATOPHRYIDAE
Eleutherodactylus fenestratus • (Steindachner, 1864) FAMÍLIA BRACHYCEPHALIDAE
Eleutherodactylus ockendeni • (Boulenger, 1912) FAMÍLIA BRACHYCEPHALIDAE
Eleutherodactylus zimmermanae • Heyer & Hardy, 1991 FAMÍLIA BRACHYCEPHALIDAE
Leptodactylus fuscus • (Schneider, 1799) Leptodactylus fuscus • (Schneider, 1799)
Leptodactylus knudseni • Heyer, 1972 Leptodactylus knudseni • Heyer, 1972
Leptodactylus longirostris • Boulenger, 1882 Leptodactylus longirostris • Boulenger, 1882
Leptodactylus mystaceus • (Spix, 1824) Leptodactylus mystaceus • (Spix, 1824)
Leptodactylus pentadactylus • (Laurenti, 1768) Leptodactylus pentadactylus • (Laurenti, 1768)
Leptodactylus petersii • (Steindachner, 1864) Leptodactylus petersii • (Steindachner, 1864)
Leptodactylus rhodomystax • Boulenger, 1884 “1883” Leptodactylus rhodomystax • Boulenger, 1884 “1883”
Leptodactylus riveroi • Heyer & Pyburn, 1983 Leptodactylus riveroi • Heyer & Pyburn, 1983
Leptodactylus stenodema • Jiménez de la Espada, 1875 Leptodactylus stenodema • Jiménez de la Espada, 1875
Lithodytes lineatus • (Schneider, 1799) Leptodactylus lineatus • (Schneider, 1799)
Mircohylidae Microhylidae
Chiasmocleis hudsoni • Parker, 1940 Chiasmocleis hudsoni • Parker, 1940
Chiasmocleis shudikarensis • Dunn, 1949 Chiasmocleis shudikarensis • Dunn, 1949
Ctenophryne geayi • Mocquard, 1904 Ctenophryne geayi • Mocquard, 1904
Elachistocleis bicolor • (Guérin Ménevile, 1838) Elachistocleis bicolor • (Guérin Ménevile, 1838)
Synapturanus mirandaribeiroi • Nelson & Lescure, 1975 Synapturanus mirandaribeiroi • Nelson & Lescure, 1975
Synapturanus cf. salseri • Pyburn, 1975 Synapturanus cf. salseri • Pyburn, 1975
Pipidae Pipidae
Pipa arrabali • Izecksohn, 1976 Pipa arrabali • Izecksohn, 1976
Pipa pipa • (Linnaeus, 1758) Pipa pipa • (Linnaeus, 1758)
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Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Anuros
Biologia Biology
de Anuros of Anurans
(sapos, rãs, jias e pererecas) (frogs, toads and treefrogs)
A maioria das espécies de sapo (A) possui a pele seca, pernas e dedos curtos.
As rãs ou jias(B) possuem pele úmida, e pernas e dedos longos. As pererecas(C)
possuem discos na ponta dos dedos.
Most species of toads(A) have dry skin, and short legs and toes. Most frogs(B) have
humid skin, and long legs and fingers. Tree frogs(C) have discs on the tips of the toes.
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Biology of Anurans Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
Amazônia. A grande maioria dos live in the tropics, and about 600
anuros vive nos trópicos, e aproxi- species live in the Amazon basin.
madamente 600 espécies vivem na Anurans appear to be fragile
bacia Amazônica. Os anuros pare-
because their skin lacks scales or
cem frágeis, pois sua pele não pos-
hair for protection. However, they
sui escamas nem pêlos para prote-
ção. No entanto, são muito bem are very well adapted to their
adaptados e geralmente estão en- environment and are among the
tre os vertebrados mais abundan- most abundant vertebrates in most
tes e presentes em maior número habitats, losing only to bats and
de hábitats, perdendo somente birds in number of species.
para aves e morcegos em número
de espécies. A confusion of
common names
Uma confusão de
nomes populares When the Portuguese colonized
Brazil, they used the same
Quando os portugueses chegaram common names that they had
ao Brasil, usaram os mesmos no-
used in Portugal (sapos, usually
mes populares que se usavam em
translated as toad in English for the
Portugal (sapo, rã e rela) para de-
families Bufonidae, Pelobatidae,
signar as espécies brasileiras, de
acordo com a semelhança que ti- Pelodytidae and most
nham com espécies européias. Discoglossidae, rãs – frog in English
Com o tempo, as relas, espécies – for the familiy Ranidae, and rela –
que vivem nas árvores, foram cha- treefrog in English – for the family
madas de “pererecas”, o que, na Hylidae) to describe Brazilian
língua tupi, quer dizer “andar aos species based on similarity to
saltos”. Estes nomes comuns es- European species. With time, the
condem uma variedade enorme de treefrogs came to be called
grupos filogenéticos. Em Portugal, pererecas in Brazilian Portuguese,
as rãs são da família Ranidae, en- which means “to move in jumps” in
quanto que, no Brasil, podem ser
the Tupi Indian language. The
das famílias Leptodactylidae, Rani-
common names hide an enormous
dae, ou Dendrobatidae. Em Portu-
variety of phylogenetic groups. In
gal, os sapos pertencem às famíli-
as Bufonidae, Pelobatidae, Pelody- Portugal, rãs are frogs of the
tidae e Discoglossidae. No Brasil o families Ranidae and
que se chama sapo normalmente Discoglossidae. In Brazil, they may
pertence às famílias Bufonidae e be species of the families
Dendrobatidae, mas a palavra Leptodactylidae, Ranidae, or
“sapo” pode ser usada, também, Dendrobatidae. In Portugal, sapos
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Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Anuros
28
Biology of Anurans Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
Bufo do grupo margaritifer, tal como este do sul do rio Amazonas, são
conhecidos como sapo-folha por possuírem forma e coloração semelhante às
folhas do chão da floresta (A). Diferem de Dendrobates fantasticus (uma
espécie do Peru), que possui coloração chamativa (B).
Toads of the Bufo margaritifer group, such as this one from the south of the
Amazon River, are called leaf frogs because they have the colour and shape of
fallen leaves (A). In contrast, many arrow-poison frogs, such as this Dendrobates
fantasticus from Peru, have brilliant colors(B).
29
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Anuros
30
Biology of Anurans Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
31
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Anuros
Em Dendrophryniscus
minutus o dimorfismo sexual
é bastante acentuado.
Aqui o macho é carregado
pela fêmea até um sítio
reprodutivo aquático.
In Dendrophryniscus minutus
sexual dimorphism in size
is remarkable. Here a male
is carried by the female
to an aquatic site.
32
Biology of Anurans Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
33
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Anuros
34
Biology of Anurans Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
Os girinos de Hyla
geographica reúnem-se em
cardumes formados por
indivíduos de mesmo
tamanho.
The black tadpoles of Hyla
geographica characteristically
congregate in schools of
similar sized individuals.
35
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Anuros
ovos depositados em folhas acima in forest creeks, but they hatch from
da água. eggs on leaves above water.
Algumas espécies com ovos aquá- Some species with aquatic eggs
ticos usam pequenos corpos use small water bodies as egg-
d´água como sítios de oviposição. laying sites. Hyla boans oviposits in
Hyla boans oviposita em bacias na-
natural embayments or mud nests
turais ou ninhos de barro construí-
built by the male next to forest
dos pelo macho na proximidade de
creeks in the dry season. The mud
igarapés, na estação seca. Os ni-
nhos de barro precisam ser inun- nests have to be flooded within a
dados em uma semana para permi- week or so of eggs hatching to
tir que os girinos deixem o ninho allow the tadpoles to leave the nest
para forragear no igarapé. to forage in the creek.
Par de Phrynohyas
resinifictrix em amplexo
em uma cavidade cheia
de água a 20 m de altura,
um sítio de desova típico
da espécie.
A pair of Phrynohyas
resinifictrix in amplexus
in a water-filled treehole
20 m above ground, a
typical egg-laying site for
the species.
36
Biology of Anurans Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
37
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Anuros
d´água, sujeitas à inundação. Litho- survive. Hyla cf. brevifrons and all four
dytes lineatus também constrói Phyllomedusa species deposit eggs
ninhos de espuma, e possui uma on leaves up to several meters above
associação única e ainda não bem standing water bodies. Cochranella
conhecida com ninhos de formigas oyampiensis deposits its egg clutches
cortadeiras.
on leaves above forest creeks.
Deposição de ovos terrestres em Whereas eggs of Phyllomedusa are
folhas seguida pelo transporte dos protected by leaves wrapped up or
girinos para um sítio aquático ocor- glued together, the eggs of Hyla cf.
re em Colostethus sp. e em Epipe- brevifrons and C. oyampiensis are
dobates (Allobates) femoralis. O laid on the exposed surface of leaves.
macho vigia a desova durante o
desenvolvimento embrionário, na Most species of Leptodactylus
liteira. Quando os girinos eclodem, place their eggs in foam nests on
um adulto, geralmente o macho, the water surface, on land or in
retorna à desova e fica abaixado burrows close to the water line
entre os girinos até que todos su- prior to flooding. The foam-nesting
bam em seu dorso. Dessa forma o Lithodytes lineatus is unique in its
adulto transporta os girinos para life history due to its close, and not
um corpo d´água, onde os girinos well understood, association with
nadam livremente e completam seu nests of leaf-cutting ants.
desenvolvimento sem mais cuida-
do parental. Em outras espécies de Terrestrial egg deposition on leaves
dendrobatídeos amazônicos, não followed by larval transport to an
registradas para a RFAD, os girinos aquatic site occurs in Colostethus sp.,
38
Biology of Anurans Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
Um macho de Epipedobates
femoralis em uma poça
na RFAD. Os girinos dispersando
na água foram transportados
nas costas do macho, desde um
ninho terrestre.
Male Epipedobates femoralis in a
puddle at RFAD. The tadpoles
dispersing into the water were
carried on the males’ back from a
terrestrial nest.
39
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Anuros
Seqüência do desenvolvimento
de Synapturanus mirandariberoi :
ovos (A), girinos eclodindo(B) e
jovens(C).
A sequence of developmental
stages of Synapturanus
mirandariberoi : eggs (A), tadpoles
hatching (B) and froglets(C).
40
Biology of Anurans Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
41
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Anuros
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Biology of Anurans Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
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Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Anuros
44
Biology of Anurans Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
uma vez que a localização da fêmea Hyla, and the toad genus Bufo,
é desconhecida. radiate sound evenly in all
Os cantos dos sapos são usados directions. Sound radiation in all
principalmente para reconhecimen- directions maximizes the probability
to e sincronização do esforço repro- of contacting a potential mate
dutivo entre os machos da mesma when her location is unknown.
espécie. Portanto, a maioria dos can-
Frog calls are primarily used for
conspecific recognition and
synchronization of the reproductive
efforts. Thus, most calls produced
by frogs are used for courting. The
males must indicate their
reproductive condition to the
females as clearly and unmistakably
45
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Anuros
46
Biology of Anurans Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
mento no número de notas em rela- toads produce this call when they
ção ao canto de anúncio, podem ser are picked up. Distress calls are
facilmente observados em agrega- emitted by both sexes and even
ções de Phyllomedusa tomopterna e juveniles during an attack by a
outras pererecas do gênero Phyllome- predator. In the RFAD, Walter Hödl
dusa que ocorrem na RFAD. Canto has found frog predators still in action
de soltura
soltura. É freqüentemente acom- by homing in on distress calls given by
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Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Biologia de Anuros
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How to use this Guide Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
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Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Como usar este Guia
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How to use this Guide Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
51
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Como usar este Guia
parece um hilídeo, mas os órgãos their toe tips are from the family
internos podem ser vistos através Hylidae. The only species of
da pele transparente do ventre. To- Centrolenidae in the RFAD looks like
das as espécies da família Bufoni- a hylid, but its internal organs can
dae têm a pele seca, e as pernas e be seen through the transparent
os dedos curtos. As espécies de
body wall on the belly. All species of
Microhylidae do Novo Mundo são
the family Bufonidae have dry skin,
globulares e fossoriais, com cabeça
and most have short legs. New
e olhos pequenos. As espécies de
Pipidae são aquáticas, têm o corpo World species of Microhylidae are
achatado e se parecem com folhas. globular and fossorial, with small
As espécies de Dendrobatidae na heads and eyes. Species of Pipidae
RFAD são diurnas, têm a coloração are aquatic, flattened, and leaf like.
do dorso marrom ou negra e uma Species of Dendrobatidae in the
faixa lateral escura ou uma marca RFAD are diurnal, have relatively
em forma de meia lua de cor laran- uniform coloration on the dorsum,
ja na perna. A família Leptodactyli- and either have a dark bar along the
dae é a mais diversa. A maioria das side or have orange marks on the
espécies é terrestre e tem os dedos thighs. The family Leptodactylidae is
muito longos, pele lisa e úmida. No
the most diverse. Most species are
entanto, espécies de Eleutherodac-
typical ground frogs, but a few
tylus têm discos em forma de um “T”
species have disks and are arboreal
arredondado e são arbóreas e Litho-
dytes lineatus é parecido com o den- (species of Eleutherodactylus), and
drobatídeo Epipedobates femoralis. Lithodytes lineatus mimics the
dendrobatid Epipedobates
O nome e a data que segue o nome femoralis.
da espécie indica quem descreveu
a espécie e o ano de descrição. Para The name and date that follow the
cada espécie é apresentado um con- species name indicate who
junto de cinco tópicos. described the species, and when it
was described. Information on each
Distribuição da espécie na RF AD
RFAD
species is given in five topics.
– Neste item é indicada a distribui-
ção da espécie dentro da RFAD, e se Distribution in the RFAD –
esta é encontrada facilmente ou com Here we give indications as to the
dificuldade. Esta seção indica onde distribution of the species within
a espécie é mais comum, mas indi- the reserve, and whether it is easy
víduos poderão ser encontrados em or difficult to find. Individuals may
outros locais.
be found in other locations, and
Distribuição geral – Esta seção in- this section only indicates where
dica a distribuição geral da espécie, the species is most common.
52
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53
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Como usar este Guia
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55
Bufonidae
A s espécies da família Bufonidae são vulgarmente conhecidas como
sapos. Os bufonídeos geralmente possuem a pele seca, grossa e glan-
dular, e a maioria das espécies tem pernas mais curtas que outros
anuros. Algumas espécies do gênero Bufo têm glândulas atrás dos olhos
(paratóides), que segregam um veneno de cor branca ou amarela que
pode irritar os olhos, ou até causar a morte se for ingerido. Os bufonídeos
são terrestres, mas indivíduos de algumas espécies podem ser encontrados
dormindo em vegetação baixa à noite. Espécies da América do Sul põem
ovos pigmentados, em cordões gelatinosos, dentro ou nas margens de
corpos d’água, mas algumas espécies africanas têm fecundação interna, e
a maior parte, ou todo o desenvolvimento até a eclosão ocorre dentro da
fêmea. A família possui aproximadamente 34 gêneros e 454 espécies,
distribuídas em todos os continentes, exceto na Antártida. Os bufonídeos
não ocorrem em Madagascar, Nova Guiné e Nova Zelândia, porém Bufo
marinus foi introduzido na Austrália. Na Reserva Ducke podem ser encon-
tradas cinco espécies de três gêneros, desde os diminutos Dendrophrynis-
cus minutus (1,5 cm) até o gigante Bufo marinus (25 cm).
56
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57
Atelopus spumarius Bufonidae
COPE, 1871
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: dorso do macho C :: male dorsum
D :: par em amplexo D :: pair in amplexus
58
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Bufonidae
Bufo granulosus Rhinella granulosa
SPIX, 1824 (SPIX, 1824)
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Bufonidae
Bufo marinus Rhinella marina
(LINNAEUS, 1758) (LINNAEUS, 1758)
A :: fêmea A :: female
B :: ventre com manchas B :: belly with distinct pattern
C :: par em amplexo C :: pair in amplexus
D :: ventre sem manchas D :: belly with indistinct pattern
E :: jovem E :: juvenile
62
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Bufonidae
Bufo proboscideus Rhinella proboscidea
(SPIX, 1824) (LINNAEUS, 1758)
64
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Dendrophr yniscus minutus
Dendrophryniscus Bufonidae
(MELIN, 1941)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: dorso do macho C :: male dorsum
D :: par em amplexo D :: pair in amplexus
E :: desova E :: egg clutch
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Centrolenidae
A maioria das espécies de centrolenídeos tem coloração verde-clara,
menos que 5 cm de comprimento, e a superfície ventral transparente,
o que permite ver os órgãos internos. A falange terminal dos dedos
tem a forma de um “T” arredondado. As desovas são depositadas sob ou
sobre folhas ou rochas acima de riachos e podem ser protegidas pelos
machos. Os girinos se desenvolvem dentro de poças ou igarapés. A
família é composta por três gêneros e 139 espécies, distribuídas nas
regiões úmidas do sul do México até a Bolívia e o nordeste da Argentina.
A maior diversidade de espécies está nos Andes, no noroeste da América
do Sul, e, secundariamente, na Costa Rica e no Panamá. Apenas uma
espécie, Cochranella oyampiensis, ocorre na RFAD.
68
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69
Cochranella oyampiensis Centrolenidae
(LESCURE, 1975)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: par em amplexo C :: pair in amplexus
D :: desova D :: egg clutch
70
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Dendrobatidae
A maioria das espécies de dendrobatídeos é diurna, vive sobre o chão
da floresta, e tem tamanho corporal menor que 3 cm. Os gêneros
Phyllobates e Dendrobates são os mais coloridos e tóxicos. O gênero
Colostethus, que possui mais de 50% das espécies da família, é o menos
colorido. Espécies desta família depositam os ovos fora da água, os
machos cuidam dos ovos, e os girinos são transportados para a água nas
costas do pai ou da mãe. Os girinos de algumas espécies de Dendroba-
tes, e de Colostethus beebei, se desenvolvem dentro de axilas de broméli-
as e são alimentados pela mãe com ovos. Em quatro espécies de Coloste-
thus, os girinos têm desenvolvimento direto no sítio de oviposição. Duas
destas espécies ocorrem perto de Manaus, uma delas na RFAD. Os
dendrobatídeos estão distribuídos em regiões tropicais e subtropicais
úmidas da Nicarágua ao sudeste do Brasil e Bolívia. A família possui nove
gêneros e 216 espécies. Porém, várias novas espécies estão sendo desco-
bertas na Amazônia. Na RFAD, podem ser encontradas duas espécies de
Colostethus e uma espécie de Epipedobates. A espécie de Epipedobates
é considerada como pertencente ao gênero Allobates por alguns autores.
72
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73
Dendrobatidae Aromobatidae
Colostethus sp. Allobates sp.
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Dendrobatidae Aromobatidae
Colostethus stepheni Anomaloglossus stepheni
MARTINS, 1989 (MARTINS, 1989)
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Dendrobatidae Aromobatidae
Epipedobates femoralis Allobates femoralis sp.
(BOULENGER, 1884) (BOULENGER, 1884)
78
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Hylidae
O s hilídeos são extremamente variáveis no tamanho (1,7-14 cm de
comprimento) e aparência externa, mas os discos adesivos arredon-
dados nas pontas dos dedos, presentes na maioria das espécies, e
em todas da RFAD, os diferencia facilmente das outras famílias. Muitos
são arborícolas, mas alguns são semi-aquáticos e outros são fossoriais.
Em geral, os ovos e girinos são aquáticos, mas em Phyllomedusa e em
algumas espécies de Hyla, os ovos são depositados sobre a vegetação
acima de poças ou riachos. Os girinos, depois de eclodirem, caem na
água, onde completam o desenvolvimento. Algumas espécies deposi-
tam seus ovos nas axilas de bromélias ou buracos de árvores cheios de
água, enquanto em outras os ovos se desenvolvem sobre o dorso ou
dentro de bolsas dorsais das fêmeas. Esta família possui 41 gêneros e
815 espécies. Ocorrem nas Américas, Índias Ocidentais, Austrália,
Europa, Ásia, Japão e extremo norte da África. Dezoito espécies de
cinco gêneros são encontradas na RFAD e todas são noturnas.
80
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81
Hylidae
Hyla boans Hypsiboas boans
(LINNAEUS, 1758) (LINNAEUS, 1758)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: par em um ninho natural C :: pair in natural nest
D :: ovos em ninho feito pelo macho D :: eggs in nest excavated by male
82
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Hylidae
Hyla cf
cf.. brevifrons Dendropsophus cf
cf.. brevifrons
DUELLMAN & CRUMP, 1974 (DUELLMAN & CRUMP, 1974)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: par em amplexo C :: pair in amplexus
D :: coloração diurna D :: diurnal coloration
84
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Hylidae
Hyla geographica Hypsiboas geographicus
SPIX, 1824 (SPIX, 1824)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: macho em vista dorsolateral C :: other male
D :: par em amplexo D :: pair in amplexus
E :: agregação de girinos E :: schooling tadpoles
86
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Hylidae
Hyla granosa Hypsiboas cinerascens
BOULENGER, 1882 (SPIX, 1824)
88
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Hylidae
Hyla lancifor mis
lanciformis Hypsiboas lancifor mis
lanciformis
(COPE, 1871) COPE, 1871
A :: fêmea A :: female
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: macho C :: male
D :: outro macho D :: other male
90
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Hylidae
Hyla minuta Dendropsophus minutus
PETERS, 1872 (PETERS, 1872)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: par em amplexo C :: pair in amplexus
D :: fêmea D :: female
92
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Osteocephalus buckleyi Hylidae
(BOULENGER, 1882)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: outro macho C :: other male
D :: fêmea D :: female
94
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Osteocephalus oophagus Hylidae
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: fêmea C :: female
D :: par em amplexo D :: pair in amplexus
E :: girinos se alimentando de ovos E :: tadpoles eating eggs
96
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Osteocephalus taurinus Hylidae
STEINDACHENER, 1862
A :: fêmea A :: female
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: outra fêmea C :: other female
D :: par em amplexo D :: pair in amplexus
E :: jovem E :: juvenile
98
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Hylidae
Phr ynohyas resinifictrix
Phrynohyas Trachycephalus resinifictrix
(GOELDI, 1907) (GOELDI, 1907)
A :: fêmea A :: female
B :: ventre do adulto B :: belly
C :: macho C :: male
D :: par em amplexo D :: pair in amplexus
E :: jovem E :: juvenile
100
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Phyllomedusa bicolor Hylidae
(BODDAERT, 1772)
A :: macho A :: male
B :: fêmea acima do ninho com ovos B :: female and leaf nest with eggs
C :: ventre da fêmea C :: female belly
D :: fêmea D :: female
102
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Phyllomedusa tarsius Hylidae
(COPE, 1868)
A :: macho A :: male
B :: par em amplexo B :: pair in amplexus
C :: ventre do macho C :: male belly
D :: outro macho D :: other male
104
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Phyllomedusa tomopter na
tomopterna Hylidae
(COPE, 1868)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: par em amplexo C :: pair in amplexus
D :: desova em ninho de folha D :: egg clutch in leaf nest
106
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Phyllomedusa vaillanti Hylidae
BOULENGER, 1882
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: outro macho C :: other male
D :: par em amplexo D :: pair in amplexus
E :: girinos E :: tadpoles
108
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Scinax boesemani Hylidae
(GOIN, 1966)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: outro macho C :: other male
D :: fêmea D :: female
110
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Scinax garbei Hylidae
(MIRANDA-RIBEIRO, 1926)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: cor das pernas C :: thigh color
D :: dorso do macho D :: male dorsum
E :: macho em posição de coaxar E :: male in calling position
112
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Scinax rruber
uber Hylidae
(LAURENTI, 1768)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: fêmea C :: female
D :: par em amplexo D :: pair in amplexus
114
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Leptodactylidae
O s leptodactilídeos, conhecidos popularmente como rãs, são extrema-
mente variáveis no tamanho (2-25 cm), estrutura e aparência. Algu-
mas espécies são exclusivamente aquáticas, outras são semelhantes a
sapos da família Bufonidae, algumas são arborícolas e algumas espécies
são predadoras de vertebrados. As espécies da subfamília Leptodactyli-
nae constroem ninhos de espuma, onde ficam os ovos e girinos recém
eclodidos. Os girinos geralmente são aquáticos (na maioria das espécies
de Leptodactylus) mas existem espécies cujos girinos completam seu
desenvolvimento no ninho (Adenomera), e outras que têm ovos terres-
tres com desenvolvimento direto (Eleutherodactylus). A família Lepto-
dactylidae ocorre da América do Sul até o sul da América do Norte e
nas Índias Ocidentais, e é a maior família de anuros, composta por
51 gêneros e 1.090 espécies. Na RFAD são encontradas 16 espécies
pertencentes a cinco gêneros, com espécies diminutas como Adenome-
ra andreae (2 cm) e espécies grandes como Leptodactylus pentadactylus
(20 cm).
116
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117
Leptodactylidae
A denomera andreae Pristimantis fenestratus
(MÜLLER, 1923) MÜLLER, 1923
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: diferentes padrões de dorso C :: different dorsal patterns
D :: fêmea D :: female
E :: desova em ninho de espuma E :: foam nest with eggs
118
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Leptodactylidae
A denomera hylaedactyla Leptodactylus hylaedactylus
(COPE, 1868) (COPE, 1868)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: macho coaxando C :: male vocalizing
D :: fêmea D :: female
E :: girinos em ninho de espuma E :: tadpoles in foam nest
120
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Leptodactylidae Ceratophryidae
Ceratophr ys cor
Ceratophrys nuta
cornuta Ceratophr ys cor
Ceratophrys nuta
cornuta
(LINNAEUS, 1758) (LINNAEUS, 1758)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: subadulto com outra cor C :: sub-adult with other color
D :: dorso do macho D :: male dorsum
E :: macho coaxando E :: vocalizing male
122
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Leptodactylidae Brachycephalidae
Eleutherodactylus fenestratus Pristimantis fenestratus
(STEINDACHNER, 1864) (STEINDACHNER, 1864)
A :: macho A :: male
B :: par em cortejo B :: courting pair
C :: ventre de fêmea C :: female belly
D :: macho coaxando D :: vocalizing male
124
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Leptodactylidae Brachycephalidae
Eleutherodactylus ockendeni Pristimantis ockendeni
(BOULENGER, 1912) (BOULENGER, 1912)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: belly of male
C :: outro padrão de macho C :: other male pattern
D :: outro padrão de macho D :: other male pattern
126
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Leptodactylidae Brachycephalidae
Eleutherodactylus zimmermanae
zimmermanae Pristimantis zimmermanae
zimmermanae
HEYER & HARDY, 1991 (HEYER & HARDY, 1991)
A :: fêmea A :: female
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: macho coaxando C :: vocalizing male
D :: dorso do macho D :: male dorsum
128
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Leptodactylus fuscus Leptodactylidae
(SCHNEIDER, 1799)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: fêmea C :: female
D :: macho coaxando D :: vocalizing male
130
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Leptodactylus knudseni Leptodactylidae
HEYER, 1972
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: coloração das coxas C :: thigh color
D :: par em amplexo D :: pair in amplexus
E :: jovem E :: juvenile
132
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Leptodactylus longirostris Leptodactylidae
BOULENGER, 1882
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: macho coaxando C :: vocalizing male
D :: outro padrão de macho D :: other male pattern
134
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Leptodactylus mystaceus Leptodactylidae
(SPIX, 1824)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: visão lateral do macho C :: lateral view of male
D :: fêmea D :: female
E :: jovem E :: juvenile
136
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Leptodactylus pentadactylus Leptodactylidae
(LAURENTI, 1768)
A :: subadulto A :: sub-adult
B :: ventre do subadulto B :: belly
C :: jovem C :: juvenile
D :: posição de defesa D :: defense position
138
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Leptodactylus petersii Leptodactylidae
(STEINDACHNER, 1864)
A :: fêmea A :: female
B :: padrões do ventre B :: belly patterns
C :: macho C :: male
D :: outro padrão de macho D :: other male pattern
E :: girinos E :: tadpoles
140
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Leptodactylus rrhodomystax
hodomystax Leptodactylidae
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: cor da coxa C :: thigh color
D :: fêmea D :: female
E :: macho coaxando E :: vocalizing male
142
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Leptodactylus riveroi Leptodactylidae
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: fêmea C :: female
D :: ninho de espuma próximo à poça D :: foam nest on land near pond
144
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Leptodactylus stenodema Leptodactylidae
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: cor da coxa C :: thigh color
D :: fêmea D :: female
E :: posição de defesa E :: defense position
146
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Leptodactylidae
Lithodytes lineatus Leptodactylus lineatus
(SCHNEIDER, 1799) (SCHNEIDER, 1799)
A :: macho A :: male
B :: ventre da fêmea B :: female belly
C :: cor da coxa C :: thigh color
D :: fêmea D :: female
148
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Microhylidae
O s microhilídeos geralmente possuem corpo de formato ovóide
e cabeça pequena. Todas as espécies neotropicais são terrestres e
muitas são fossoriais. Em muitas espécies os ovos e girinos são
aquáticos; em outras os ovos são terrestres com desenvolvimento
direto dos girinos no local de oviposição. A história natural da maioria
das espécies é pouco conhecida. A família é composta por 67 gêneros
e 358 espécies distribuídas nas Américas, leste e sul da África, Índia,
Coréia e norte da Austrália. Na RFAD podem ser encontradas seis
espécies de quatro gêneros.
M ost microhylids have an ovoid body with a small head. All neotropical
species are terrestrial, and most are fossorial. In the Old World, some
species are arboreal. In many species, the eggs and tadpoles are
aquatic; in others development to metamorphosis occurs in terrestrial
eggs, or tadpoles hatch from eggs and develop to metamorphosis in
terrestrial nests. The natural history of most species is poorly known. The
family has 67 genera and 358 species, and occurs in North and South
America, eastern and southern Africa, India, and from Korea to northern
Australia. Six species from four genera have been recorded from RFAD.
150
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Central Amazonia Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
151
Chiasmocleis hudsoni Microhylidae
PARKER, 1940
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: macho em um buraco sob a liteira C :: male in burrow under the leaf litter
D :: outro padrão de macho D :: other male pattern
152
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Chiasmocleis shudikarensis Microhylidae
DUNN, 1949
A :: fêmea A :: female
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: macho flutuando na água C :: male floating
D :: outro padrão de macho D :: other male pattern
154
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Ctenophryne
Ctenophr yne geayi Microhylidae
(MOCQUARD, 1904)
A :: fêmea A :: female
B :: ventre da fêmea B :: female belly
C :: macho C :: male
D :: dorso da fêmea D :: female dorsum
156
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Elachistocleis bicolor Microhylidae
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: par em amplexo C :: pair in amplexus
D :: cor da coxa D :: thigh color
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Synapturanus mirandariberoi Microhylidae
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: calo branco no antebraço do macho C :: male with white boss on forearm
D :: girinos no sitio de oviposição D :: tadpoles in oviposition site
160
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Synapturanus salseri Microhylidae
(PYBURN, 1975)
A :: macho A :: male
B :: ventre do macho B :: male belly
C :: outro macho C :: other male
D :: girinos dentro dos ovos no ninho D :: tadpoles inside eggs in nest
162
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Pipidae
A s espécies da família Pipidae são estritamente aquáticas e algumas
possuem uma linha lateral de sensores para detectar movimentos na
água. Os olhos são pequenos e dorsais. Os pipídios são os únicos
anuros que não possuem língua. No gênero Pipa, os ovos ficam cober-
tos por pele no dorso da fêmea, sendo que em algumas espécies os
girinos eclodem do ovo e, em outras, os girinos se desenvolvem direta-
mente dentro do ovo e eclodem como pequenas réplicas de adultos.
Os comportamentos de corte e oviposição são complexos e envolvem
acrobacias aquáticas. A família Pipidae possui cinco gêneros e
30 espécies. Possui distribuição disjunta, ocorrendo na América do Sul
à leste dos Andes, no Panamá e na África sub-saariana. A família Pipidae
está representada na RFAD por duas espécies, ambas do gênero Pipa.
P ipids are strictly aquatic frogs and some species have a lateral line of
specialized sense organs to detect water movements. The eyes are
dorsal and small. Pipids are the only frogs without tongues. In the
genus Pipa, the eggs are embedded in the dorsal skin of the female. Some
species of Pipa have free-living tadpoles, but in others development and
metamorphosis takes place in the eggs. The courting and egg laying
behaviors are complex and involve aquatic acrobatics. The family Pipidae
has five genera and 30 species. The distribution of the family is disjoint,
with species in South America east of the Andes and in Panama, and
species in sub-Saharan Africa. The family is represented in RFAD by two
species of the genus Pipa.
164
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165
Pipa ar rabali
arrabali Pipidae
(IZECKSOHN, 1976)
A :: jovem A :: juvenile
B :: ventre do macho B :: belly of male
C :: outro padrão de macho C :: other male pattern
D :: outro padrão de macho D :: other male pattern
166
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Pipa pipa Pipidae
(LINNAEUS, 1758)
168
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172
Bibliography
Authors Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
Autores Authors
Albertina P. Lima e William E. Mag- Albertina P. Lima and
nusson são biólogos, pesquisadores William E. Magnusson are
da Coordenação de Pesquisas em biologists in the Ecology
Ecologia e professores do Cur- Department of INPA. They
so de Pós-graduação em Eco- have studied the frogs of
logia do INPA. Trabalham com Reserva Ducke and other
os anuros da Reserva Ducke e areas in Amazonia during
de outras localidades na Ama- the last 25 years.
zônia há mais de 25 anos.
Marcelo Menin and
Marcelo Menin e Domingos de Je- Domingos de Jesus Rodrigues are
sus Rodrigues são biólogos e alu- doctoral candidates in the Post-
nos de doutorado do Curso de Pós- graduate course in Ecology at
graduação em Ecologia INPA since 2001, where
do INPA desde 2001, es- they study the population
tudando ecologia popu- and community ecology
lacional e de comunida- of the frogs of Reserva
des de anuros da Reser- Ducke.
va Ducke.
Luciana Kreutz Erdtmann is a
Luciana Kreutz Erdtmann é bióloga biologist and during the production
e, durante a elaboração desse guia, of this guide, she held a
foi bolsista do Programa PCI/INPA/ scholarship from the PCI/
CNPq. Estuda anuros desde 2000. INPA/CNPq Program. She
Atualmente é mestranda da Univer- has studied frogs since 2000,
sidad de Los Andes – Colômbia. and is now a Masters
student at the Los Andes
Claudia Keller é pesquisadora
University of Colombia.
da Coordenação de
Pesquisas em Ecologia Claudia Keller is a biologist in the
do INPA desde 2000, Ecology Department of INPA since
quando começou a tra- 2000, when she started to work
balhar com anuros on Amazonian frogs.
amazônicos.
Walter Hödl is a professor and
Walter Hödl é professor e researcher at Vienna University,
pesquisador da Universidade de Viena, Austria, who has studied frogs
Áustria, e trabalha com anuros em in many countries in South
vários paises da América do Sul, Europa America, Europe and Africa
e África há mais de 25 anos. for more than 25 years.
173
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Bibliografia
Agradecimentos Acknowledgments
174
Bibliography Guide to the Frogs of Reserva Adolpho Ducke
Fundação BBVA
BBVA Foundation
A Fundação BBVA expressa o com- The BBVA Foundation reflects the
promisso do Grupo BBVA com a obligation of the BBVA Group to
melhoria do meio no qual atua. Essa improve the environment. Its social
função de responsabilidade social é responsibility is exercised through
exercida por meio de distintos pro- several programs, and the BBVA
gramas, particularmente por meio Foundation in particular, promoting
da Fundação BBVA, promovendo a scientific research in Environmental,
pesquisa científica nas áreas de Meio Biomedical, and Social Sciences,
Ambiente, Biomedicina e Ciências among others, in collaboration
Sociais, entre outras, em colabora-
with public academic and scientific
ção com grupos de excelência do
institutions of several countries,
setor público de Educação e Ciên-
specially in Latin America.
cia em diversos países, especialmen-
te na América Latina. A top priority of the BBVA
Uma prioridade da Fundação BBVA Foundation is to promote scientific
é contribuir para a produção de co- knowledge and public awareness
nhecimento científico e a conscien- about environmental conservation
tização da sociedade para a con- in the XXIth century. In order to
servação do meio ambiente no iní- reach this objective, the
cio do século XXI. Para alcançar esse Foundation supports research,
objetivo, a Fundação apoia a pes- training, and practical enterprises
quisa, a capacitação de recursos on biodiversity conservation. This is
humanos e ações práticas de con- achieved through annual calls for
servação da biodiversidade. Desta- research projects on Conservation
cam-se os editais anuais para pro- Biology, Biodiversity Conservation
jetos sobre Biologia da Conserva-
awards, collaboration in a masters
ção, os prêmios para Conservação
course on natural protected areas
da Biodiversidade, a colaboração
offered to Latin-american students
em um curso de Mestrado em Áre-
as Naturais Protegidas, dirigido a and professionals (BBVA
estudantes e profissionais latino- Foundation
americanos (bolsas Fundação BBVA – Carolina Foundation
– Fundação Carolina), assim como scholarships), as well as the
a organização de ciclos de confe- organization of conference cycles
rências e publicações sobre a con- and publications on biodiversity
servação da biodiversidade. conservation.
175
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke Bibliografia
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