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Segundo Olson, o movimento reformatório iniciado por Lutero e todos

os que começaram a surgir a partir daí têm em comum “os três grandes
princípios protestantes: a salvação pela graça mediante a fé som ente, a
autoridade especial e final das Escrituras e o sacerdócio de todos os crentes”. 1
Em função da Reforma, passou-se a dar uma ênfase maior à leitura,
compreensão e interpretação da Bíblia. Pois, somente assim, as pessoas
poderiam conhecer a vontade de Deus e aceitar, de coração, os seus
mandamentos. Para tanto, fazia-se necessário oferecer uma educação geral e
mais abrangente. 2
Conforme Valentin, o contexto do século XVI foi marcado, entre outros,
pela “ascensão burguesa, [...] intensificação do comércio, [..] expansão
colonialista e [...] explosão das ideias humanistas”. 3
Conforme os Reformistas,
A Bíblia contém as informações para guiar e conduzir o cristão. Ela é
entendida como agência mediadora da autoridade de Deus. [Unida à
Justificação por graça e fé, ela é], estrutura fundamental do
protestantismo. [Portanto], o homem [...] tinha de renunciar a toda a
crença na autoridade externa [e] crer unicamente em Cristo 4

Conforme Valentin,
No bojo do movimento humanista encontramos as bases que
fundamentem o movimento [protestante]. Trata-se de uma retomada
do sentido original do ideal divino ao criar o ser humano. 5

Conforme Monroe, ciente da importância que uma educação de caráter


mais global teria para a Reforma e, também, para a sociedade, Lutero insistiu
em suas pregações que a educação “deveria chegar a todo o povo, nobre e
plebeu, rico e pobre; deveria beneficiar meninos e meninas” 6.
Além disto, Monroe menciona que Lutero defendia
[...] que o Estado tinha o dever de obrigar os seus súditos a enviar
seus filhos à escola, da mesma forma que compelia todos eles a
prestar serviço militar para sua defesa e prosperidade.
Consequentemente, a educação deveria ser mantida e dirigida pelo
Estado.7

1
OLSON, Roger E. História da teologia cristã: 2000 anos de tradição e reformas. Tradução
Gordon Chown. São Paulo: Vida, 2001, p. 407.
2
VALENTIN, Ismael Forte. A Reforma Protestante e a Educação. Piracicaba, SP: Revista de
Educação do Cogeime, ano 19, n. 37, jul/dez 2010. Disponível em:
https://www.redemetodista.edu.br/revistas/revistascogeime/index.php/COGEIME/issue/view/
5/showToc. Acesso em 28 de fev. 2021, p. 59.
3
VALENTIN, 2010, p. 61.
4
VALENTIN, 2010, p. 62.
5
VALENTIN, 2010, p. 63.
6
MONROE, Paul. História da educação. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1979, p. 179.
7
Monroe, 1970, p. 179.
Conforme Valentin, Erasmo fez duras críticas ao modelo educacional
católico, que, segundo ele,
[...]era estático, formado pela memorização e repetição de conceitos
sendo altamente disciplinar e controlado pelos princípios católicos.
Obviamente, essa educação impedia o desenvolvimento da
capacidade crítica e a criatividade dos educandos.8

Conforme Valentin,
[...] a contribuição da Reforma Protestante para a educação foi
significativa. Seus líderes, de modo geral, não estavam preocupados
somente com a formação espiritual dos crentes, mas buscavam
também uma base cultural sólida. Uma instrução tal que pudesse
levar os indivíduos a serem úteis não somente ao serviço sagrado,
mas também à sociedade capitalista nascente. [...] Educar o ser
humano, criado à imagem de Deus, para o exercício consciente e
crítico da cidadania constitui o principal objetivo das escolas 9

Conforme Valentin,
Lutero [...] influencia a educação quando produz uma reestruturação
no sistema de ensino alemão, inaugurando uma escola moderna. A
ideia da escola pública e para todos, organizada em três grandes
ciclos (fundamental, médio e superior) e voltada para o saber útil
nasce do projeto educacional de Lutero.10

Conforme Valentin cita Maia,


A primeira universidade protestante, a Phillipps-Universität Marburg,
fundada em 1º de julho de 1527, foi criada pelo Conde Philipp (Conde
de Hessen) por recomendação de Martinho Lutero. A expectativa era
criar um espaço para o aperfeiçoamento dos eruditos e religiosos,
pregadores e leigos. Os primeiros cursos a serem oferecidos foram
Teologia, Direito, Medicina e Filosofia.11

Exortando os pais a enviarem os seus filhos à escola, Lutero,


pedagogicamente, utiliza-se do exemplo dos animais. Se nem eles deixam de
educar os filhotes, como poderíamos nós – seres humanos – cometer tal erro.
Em suas palavras,
Na verdade, é pecado e vergonha termos que encorajar e ser
encorajados a educar nossos filhos e a juventude e buscarmos o
melhor para eles. A própria natureza nos deveria convencer disso.
Também o exemplo dos pagãos nos deveria encorajar em vários
sentidos. Não existe animal irracional que não cuide de seus filhotes e
não lhes ensine aquilo que é bom para eles, com exceção da
avestruz. Sobre esta Deus fala em Jó 39.14,16. Ela é tão rigorosa
com seus filhotes como se não fossem seus e deixa seus ovos

8
Valentin, 2010, p. 65.
9
Valentin, 2010, p. 64, 69.
10
Valentin, 2010, p. 65.
11
Valentin apud Maia, Almir de Souza. Desafios para as instituições educacionais evangélicas. In: Revista
da ABIEE (Associação Brasileira das Instituições Educacionais Evagélicas). Piracicaba, SP, 2003, 07.
abandonados no chãd^ De que adiantaria se tivéssemos e
fizéssemos e fôssemos todos santos, mas deixássemos de fazer
aquilo que é a razão principal de
nossa existência: a educação da juventude? Em minha opinião,
nenhum pecado exterior pesa tanto sobre o mundo perante Deus.
Nenhum pecado merece castigo maior do que justamente aquele que
cometemos contra as crianças, quando não as educamos. 12

Nas palavras de Valentin,


O Humanismo e o Renascimento aceleraram a produção literária e
promoveram as transformações na época. Valendo-se disso, Lutero,
ao romper com a Igreja Católica e ser acolhido pelos príncipes locais,
traduz a Bíblia para o alemão. Todo distanciamento imposto pelo
catolicismo acaba, e o cidadão a partir da tradução das Escrituras,
passa a ter viabilidade de interpretação individual de sua fé. 13

Conforme Valentin,
O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização europeia
que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga
cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e
incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das
ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo
foi, sem dúvida, o móvel desse progresso e tornou-se o próprio
espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que
propunha a ressurreição consciente (o renascimento) do passado,
considerado agora fonte de inspiração e modelo de civilização. Num
sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do
homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao
sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade
Média.14

12
LUTERO, 2000, p. 16.
13
VALENTIN, 2010, p. 66.
14
VALENTIN, 2010, p. 66. (Nota de rodapé)

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