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2.1-CONSCIÊNCIA
b-Avaliação:
2.2-ATENÇÃO:
Observar as reações do paciente frente aos
estímulos, se sua reação é rápida ou lenta; se
a-Conceito:
mostra-se sonolento ou não. No caso de lucidez,
percebe-se através da própria conversa com o
paciente, porém, se houver alguma alteração A atenção é uma dimensão da consciência que
deve-se utilizar estímulos verbais e/ou táteis. Na designa a capacidade para manter o foco em uma
clínica geral usa-se também a escala de Glasgow, atividade. Designa, ainda, o esforço voluntário
a qual avalia alterações no nível de consciência para selecionar certos aspectos de um fato,
usando basicamente os parâmetros de: abertura experiência do mundo interno (p.e. memórias), ou
ocular, resposta verbal e resposta motora a externo, fazendo com que a atividade mental se
estímulos. volte para eles em detrimento dos demais.1
c-Alterações: b-Avaliação:
2.4-ORIENTAÇÃO:
2.5-MEMÓRIA:
a-Conceito:
a-Conceito:
Capacidade do indivíduo de situar-se no tempo,
espaço ou situação e reconhecer sua própria É a capacidade de registrar, fixar ou reter, evocar
pessoa. e reconhecer objetos, pessoas e experiências
passadas ou estímulos sensoriais. São fixados na
memória fatos ou situações que quando ocorreram
provocaram emoções associadas: prazer, medo,
b-avaliação: etc, ou que foram significativas para a pessoa. Ao
ser evocada, a lembrança pode trazer a emoção a
quanto ao tempo: pode-se ela associada. A memória fotográfica ou
perguntar ao paciente qual é a hora automática é a mais fiel, que reproduz exatamente
aproximada, dia da semana, do mês, o registro dos fatos, mesmo que a pessoa não os
mês, ano, estação e há quanto tempo ele tenha compreendido. A memória lógica recorda o
está no hospital. significado essencial das experiências, sem sua
quanto ao espaço: o paciente reprodução fiel. As memórias auditiva e visual
deve ser capaz de descrever o local onde ocorrem conforme a maior facilidade em reter o
se encontra (consultório, nome do que se vê ou se ouve.
hospital), o endereço aproximado, a Funcionalmente pode-se dividir as áreas
cidade, o estado, o país, sabendo também encefálicas responsáveis pela memória em: área
quem são as pessoas à sua volta. de registro (córtex cerebral), área de consolidação
quanto a própria pessoa: deve-se ou retenção (hipocampo), área de armazenamento
perguntar dados sobre o paciente, como (lobo temporal) e área de recuperação(dorso
nome, data de nascimento, profissão e o medial do tálamo).
que faz no hospital. Estas informações Para fins de avaliação divide-se a memória em:
devem ser conferidas através de uma sensorial, que recebe a informação dos órgãos
fonte confiável, como um familiar hígido. dos sentidos e a retém por breve período de tempo
quanto às demais pessoas: deve (0,5 segundos); imediata, responsável pelo
ser capaz de identificar seus familiares, registro de informações ouvidas nos últimos 15 a
amigos próximos e pessoal que o atende 20 segundos; recente, que divide-se em de curto
(médicos, enfermeiras, auxiliares, etc.). prazo (5-10min) e de longo prazo (mais de 30
min); e remota, que é a responsável pela
retenção permanente de informação selecionada.
Esta seleção da memória remota é feita em função
do significado emocional e é mais facilmente
c-Alterações: evocada quando a pessoa está em situação
semelhante à ocasião inicial.
Quando um paciente fica desorientado, após um
quadro de delirium, por exemplo, a primeira noção
de orientação perdida é em relação ao tempo, b-Avaliação:
Memória imediata: pode-se pedir -de evocação ou psicógena: por inibição
ao paciente para repetir uma seqüência emocional da evocação;
de números com 3, 4, 5, 6 e 7
algarismos, ou mencionar 3 objetos não
-conservação: por extinção definitiva das
relacionados, como "pente, rua e azul" do
lembranças antigas demais;
"Mini Mental State Examination" (MMSE),
e pedir para repetir imediatamente; pode-
se fazer o "Span de Palavras". c-paramnésias:
Memória recente (passado
recente): a) de curto prazo: pode-se -déjà vu: sensação de familiaridade com
solicitar ao paciente que guarde três uma percepção efetivamente nova.
palavras ("pente, rua e azul" do MMSE) e
que as repita 5 minutos após; b) de longo
prazo: indaga-se ao paciente sobre o que -jamais vu: sensação de estranheza em
comeu no café da manhã ou na janta na relação a uma situação familiar.
véspera, ou o que fez no último fim-de-
semana. Pode-se usar o teste d-hipermnésia: capacidade aumentada de registrar
Memória remota (passado e evocar os fatos.
remoto): solicita-se que o paciente fale de
eventos importantes com a respectiva
data no passado (nascimento, aniversário,
casmento, nascimento dos filhos, onde
cresceu, estudou, últimos 3 presidentes). 2.6-INTELIGÊNCIA:
a-Conceito:
b-Avaliação:
Classificação das Amnésias:
2.8-PENSAMENTO:
produção: ilógica (irreal, difícil ou
impossível de seguir a linha de raciocínio,
a-Conceito: desagregado); mágica (misticismo,
poderes, influência a distância) DSM;
É o conjunto de funções integrativas capazes de curso: lento; acelerado; com
associar conhecimentos novos e antigos, integrar fuga de idéias (associação de palavras de
estímulos externos e internos, analisar, abstrair, maneira inapropriada, com base em seu
julgar, sintetizar e criar. significado, p.e. branco-preto-caixão);
perda de associações (o paciente se perde
O pensamento é avaliado em três aspectos: no meio do discurso, sem saber sobre o
produção (ou forma), curso e conteúdo. quê vinha falando); tangencialidade (não
ocorre aprofundamento nos assuntos, o
paciente detém-se em detalhes e tem
A produção refere-se a como o paciente dificuldade de falar sobre o ponto de
concatena as idéias, em que seqüência, se segue interesse em si); circunstancialidade
ou não as leis da sintaxe e da lógica. O normal é (conta coisas desnecessárias, detalhes, ao
que a produção do pensamento seja lógica (ou invés de chegar ao ponto em questão);
coerente), isto é, clara e fácil de seguir e entender. bloqueio do pensamento (parada súbita e
Diz-se que é ilógica quando a seqüência não segue inesperada de seus pensamentos, quando
as leis da lógica formal, ou seja, ocorrem vinham fluindo normalmente, na ausência
inferências falsas ou indevidas; e que é mágica de ansiedade; é extremamente raro);
quando não obedece as leis da realidade, tempo e perseveração (ocorre a permanência no
espaço, envolvendo sorte, misticismo, poder a mesmo assunto, mesmo que se tente
distância, força do pensamento para provocar mudar o tópico, o paciente, sem se dar
ações, etc. 1,K1,3,CID conta, retoma sempre o determinado
O curso caracteriza-se pela quantidade de idéias assunto); pobreza do pensamento;
que vêm ao pensamento, podendo ser de associação por rimas (semelhante à fuga
abundante a escassa; e pela velocidade com que de idéias, porem apenas em relação aos
as idéias passam pelo pensamento, de modo que o sons, p.e. maquinista-fascista)2, 3,
curso pode ser rápido, lentificado ou estar 4,CID;
completamente bloqueado.
O conteúdo do pensamento são as idéias
conteúdo: delírio ou idéia
propriamente ditas, sua conexão ou não com a delirante (idéia falsa ou crença irreal com
realidade, refletindo ou não aspectos reais do impossibilidade de conteúdo, certeza
mundo externo ou interno. A principal preocupação extraordinária, não compartilhado por
é a presença de idéias que sugiram que o paciente outros com a mesma cultura, religião e na
possa apresentar um perigo para si ou para outros mesma sociedade, e impossibilidade de
(por risco de suicídio, agressão, homicídio), o que remover esta certeza pela lógica; podem
reflete prejuízo no teste de realidade e no juízo ser, p.e., de inserção, irradiação ou roubo
crítico. Por isso, em qualquer entrevista inicial do pensamento); idéias supervalorizadas
deve-se perguntar ativamente, mas de forma (crença exagerada, como desconfiança,
sensível sobre ideação suicida, homicida e de inplicância gratuita); idéias de referência
agressão. O conteúdo do pensamento expressa as (sensação inevitável de que outras
preocupações do paciente, que podem ser idéias pessoas e meios de comunicação referem-
supervalorizadas, idéias delirantes, delírios, se a si, podendo ser interpretações de
preocupações com a própria doença, problemas palavras ou ações, com crítica de que este
alheios, obsessões, fobias, etc.1,K1,3 sentimento origina-se no próprio
paciente); pobreza (pouca informação,
repetições vazias, vago); obsessões
(idéias, imagens ou impulsos repetitivos
b-Avaliação: desagradáveis que entram
involuntariamente na mente do paciente
Em uma amostra do discurso do paciente, ou seja, que não consegue livrar-se
durante a entrevista, observa-se a produção, o delas).2,3,4,CID,DSM Quanto à temática
curso e o conteúdo do seu pensamento. Na das idéias supervalorizadas ou delirantes
avaliação da produção (ou forma) do pensamento (e delírios), elas podem ser persecutórias
observa-se se o paciente tem um discurso ou paranóides (está sendo seguido,
coerente, se segue as leis da sintaxe, se a observado, procurado, vitimizado, traído),
inferência de conclusões é lógica, e se as de grandeza, desvalia, ruína, infidelidade,
associações entre as idéias fazem sentido. Deve-se erotomania, controle, etc.1 Tipos
considerar a cultura do paciente ao avaliar-se o específicos de delírios: Bizarro (crença
conteúdo de seu pensamento, uma vez que absurda, totalmente implausível, estranha
crenças compartilhadas por uma comunidade são e falsa); Niilista (o próprio paciente ou
vistas como naturais entre seus membros e não outros estão mortos, não existem ou
como um sintoma. Por exemplo, acreditar que a acabaram); Capgras (os familiares foram
sexualidade de uma pessoa foi enfeitiçada, como trocados por impostores); Cotard (as
por "voodoo", e que um homem não readquirirá pessoas são bonecos). 1
sua potência até que o feitiço seja desfeito não é
necessariamente um delírio. Desta forma é preciso
conhecer detalhadamente a cultura e religião dos
d-Transtornos mais comuns:
Esquizofrenia; mania; hipocondria (preocupação São os comportamentos observáveis do indivíduo:
exagerada com a própria saúde, interpretação comportamento motor, atitudes, atos, gestos,
exagerada de sinais e sintomas, crença irreal de tiques, impulsos, verbalizações, etc.1
que é portador de uma doença grave), TOC.
b-Avaliação:
2.9-JUÍZO CRÍTICO:
A partir da observação do paciente durante a
a-Conceito: entrevista, de perguntas objetivas ou de
entrevistas com os familiares, pesquisa-se dados
sobre os hábitos do paciente, como o que costuma
É a capacidade para perceber e avaliar
fazer todos os dias e em situações especiais
adequadamente a realidade externa e separá-la
(maneira como se diverte, trabalha, convive
dos aspectos do mundo interno ou subjetivos.
socialmente); procura-se observar a
Implica separar sentimentos, impulsos e fantasias
movimentação do paciente (lento ou agitado), a
próprios, de sentimentos e impulsos de outras
forma como se expressa atavés da anamnese; e
pessoas. Refere-se, ainda, à possibilidade de
procura-se alterações, indagando sobre o uso de
autoavaliar-se adequadamente e ter uma visão
drogas, roubos, tentativa de suicídio, hostilidade,
realista de si mesmo, suas dificuldades e suas
compulsões, impulsos, comportamentos
qualidades. A capacidade de julgamento é
agressivos, rituais, vida sexual, relacionamentos
necessária para todas as decisões diárias, para
interpessoais, etc.1,CID
estabelecer prioridades e prever conseqüências.2
Os distúrbios do julgamento podem ser circuncritos
a uma ou mais áreas, como dinheiro ou
sexualidade, mantendo as demais áreas c-Alterações:
adequadas.1,2,3 Insight é uma forma mais
complexa de juízo, que envolve um grau de
Inquietação, agitação (hiperatividade, aumento de
compreensão do paciente sobre si mesmo, seu
energia) ou retardo (hipoatividade, diminuição do
estado emocional, sua doença e as conseqüências
interesse por atividades, lentificação dos
desta sobre si, pessoas que o cercam e sua vida
movimentos e da fala) psicomotores;
em geral. O insight é reconhecido como um
agressividade, sadismo, masoquismo;
importante mecanismo de mudança psíquica nas
comportamento catatônico (ficar parado, sem
psicoterapias em geral e em especial nas
qualquer movimento durante horas, mesmo em
psicoterapias de orientação analítica.3,4 O insight
posição desagradável, podendo alternar-se com
emocional leva o paciente a uma mudança em sua
hiperatividade), bizarro (fazer coisas absurdas ou
personalidade ou padrão de comportamento, de
estranhas, como revirar lixo) ou autista
modo que este conhecimento altera suas ações e
(concentrado em si mesmo e independente do
experiências no futuro. Diferentemente, no insight
mundo ao seu redor); negativismo (fazer o
intelectual não ocorrem alterações na
contrário do que é solicitado); tiques e cacoetes;
personalidade ou comportamento, o paciente
comportamento histriônico (sentimentos expressos
continua igual, não tira proveito do novo
de forma exagerada e dramática); risos
conhecimento para uma melhora.1,2
imotivados; uso/abuso de álcool e drogas, fissura
(ou "craving", perda do controle em busca do uso
de SPA), roubo, vandalismo, exposição ao perigo;
b-Avaliação: jogo, compras/gastos, comer compulsivos ou
excessivos; mesquinhez; anorexia; tentativa de
suicídio, suicídio, homicídio; aumento ou
A partir da entrevista geralmente tem-se uma boa
diminuição da atividade sexual, parafilias;
idéia a respeito da capacidade de julgamento e
tricotilomania; impulsividade; compulsões
insight. Porém, nas ocasiões em que permanecem
(urgência irresistível de realizar um ato motor
dúvidas pode-se fazer perguntas objetivas, como o
aparentemente sem motivo, repetitivo,
que o paciente faria se encontrasse uma carta
estereotipado, reconhecido como sem significado;
endereçada e selada na rua, sendo a resposta
rituais, limpeza e ordem exagerados, evitações);
adequada a de colocar em uma caixa de
somatizações, estados dissociativos (sintomas
correio.1,2
físicos persistentes sem explicação plausível),
estados de transe; dimuição das habilidades socias
(não se dar conta que está se comportando mal
c-Alterações: em público), piora dos cuidados pessoais (higiene),
isolamento social (evitar encontros com amigos,
Falar coisas inapropriadas; ser inconveniente; familiares); aparência excêntrica (diferente do seu
gastar mais do que pode; não medir grupo sociocultural, com roupas, ornamentos,
conseqüências; não se dar conta da gravidade da postura ou trejeitos muito
doença; não reconhecer limitações. discrepantes).1,2,3,4,CID
a-Conceito:
b-Avaliação:
c-Alterações:
3 - FUNÇÕES PSICOFISIOLÓGICAS