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CONCEITOS DE NICHO

COMPONENTES:
Nicho Abiótico

Área com
combinação
apropriada
de condições
abióticas e
bióticas
distribuição
Distribuição geográfica real potencial
(preenche condições
abióticas e bióticas –
acessível para dispersores)

Acesso Interações Bióticas


Diana D. B. Valeriano
Dep. Ecologia - USP
NICHO HUNTCHINSONIANO

Definição da especificidade de nicho:

Duas espécies quando ocupam o G.E. Huntchinson

mesmo biótopo devem de alguma 1903 - 1991

forma ocupar nichos distintos.

“Empirical generalization – which is true


except in cases where are good
reasons not to expect it to be true”.
CONCEITOS DE NICHO

• Definições de nicho ecológico:

1. A posição ou status de um organismo dentro de sua comunidade e


ecossistema resultante de suas adaptações estruturais, respostas fisiológicas
e comportamento específico (por herança e/ou aprendizado).

(E. P. Odum.1959. Fundamentals of Ecology. W. B. Sanders, Philadelephia.)

2. Nicho ecológico é a soma total do uso dos recursos bióticos e abióticos por
um organismo em seu ecossistema.

(N.E. Campbell.1996.. Biology. The Benjamin/Cummings Publishing Company, Inc.,


Menlo Park, California)

3. Relação do indivíduo ou da população com todos os aspectos de seu


ambiente – e dessa forma o papel ecológico das espécies dentro da
comunidade.

(R.E. Ricklefs.1996. A Economia da Natureza. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de


Janeiro)
Evolução do Conceito de Nicho

Joseph Grinnell (1917-1928)


J.Grinnell
Propôs uma classificação hierárquica do ambiente – nicho como uma 1877 - 1939
unidade espacial.

“…unidade de distribuição, dentro da qual se encontra cada espécie,


em função de suas limitações estruturais e instintivas” (1924)

“…o nicho ecológico ou ambiental… é ocupado por apenas uma


espécie…se um novo nicho ecológico surge, ou se um nicho se
desocupa, a natureza se encarrega de fornecer um ocupante…”
(1924).

Pré-interativa:
– refere-se a área total em que um organismo pode
sobreviver na ausência de outros organismos;
– o nicho é uma propriedade do ambiente e não do seu
ocupante.
Evolução do Conceito de Nicho

Charles S. Elton (1927) Charles S. Elton


1900 - 1991
Foco no papel funcional da espécie dentro da cadeia trófica.
Condições abióticas não são consideradas.

“...o status de um animal em sua comunidade, para indicar o


que ele faz e não apenas como ele se parece…”

“… o ‘nicho’ de um animal significa sua posição no ambiente


biótico, sua relação com alimento e inimigos.”

Pós-interativo:
– Foco no papel funcional da espécie dentro da cadeia;
– Condições abióticas não são consideradas;
– Nicho é uma propriedade da comunidade biótica e
não de seu ocupante.
Evolução do Conceito de Nicho

G. E. Hutchinson (1944-1958)
“O termo nicho... é aqui definido como a soma de todos os fatores
ambientais agindo sobre o organismo; o nicho assim definido
é uma região de um hiper-espaço n-dimensional...” (1944). G.E. Huntchinson
1903 - 1991
Umidade

Espaço Ecológico

or Temperatura
r e dad
P

“…se este procedimento pudesse ser conduzido (com) todas as


variáveis Xn ,considerando variáveis físicas e biológicas, o
nicho fundamental de qualquer espécie irá definir suas
propriedades ecológicas. O nicho fundamental assim definido
é uma mera formalização abstrata do que usualmente se
define com nicho ecológico” (1957).
Evolução do Conceito de Nicho

• Condições em que um organismo (espécie, população) pode persistir (sobreviver e


reproduzir-se) são em geral maiores do que as condições em que o organismo
realmente vive. Esta redução é causada por interações bióticas.

• Nicho Fundamental – todos as características do hipervolume de n-dimensões


na ausência de outras espécies.

• Nicho Realizado – porção do nicho fundamental considerando as interações


interespecíficas.

Nicho Realizado

Nicho Fundamental
Umidade

Fitness (para organismos)


ou taxa de crescimento
populacional (para pops)
fora desta linha = 0
Temperatura
OUTROS ASPECTOS DO NICHO
HUTCHINSONIANO
• O nicho é uma propriedade do ocupante e não do ambiente;

• Nichos possuem uma dimensão temporal;

• Exclusão competitiva é parte da formalização do conceito;


“... realized niches do not intersect”. (1957)

• Nichos são mutáveis (evoluem);

• Nichos são quantificáveis:


1. Variáveis ambientais podem ser expressas em eixos contínuos;
2. A estrutura interna do nicho é determinada pela performance da
espécie (medida em termos do ”fitness” da população).
Conceito de Competição
NTERAÇÕES AFETAM DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA DAS ESPÉCIES

• Definição: interação entre organismos que utilizam um mesmo recurso


(alimento, refúgio, água, luz, etc.)

– Competição intraespecífica: competição entre organismos da


mesma espécie – leva à regulação do tamanho populacional.

– Competição interespecífica: competição entre organismos de


espécies diferentes.

• Tipos:
1. Competição por recursos (“exploitation”) ou competição
indireta – organismos utilizam recursos comuns limitados
(um explora mais ou melhor que o outro).

2. Competição por interferência ou competição direta – reação


antagônica entre organismos (agressividade, territorialidade,
liberação de toxinas, etc.) (“sense 2” Birch, 1957)
MODELO DE COMPETIÇÃO
LOTKA-VOLTERRA
A.J. Lotka V. Volterra
1880 - 1949 1860 - 1940

1. Competição intraespecífica:
Baseado no modelo logístico de crescimento populacional:
dN/dt = r N ((1 – N) / K)
(inclui um componente dependente da densidade ((1 – N) / K))

dN/dt = 0 quando [(K – N)/ K] = 0

[(K – N)/ K] = 0 quando N = K

r = potencial biótico K = capacidade suporte


MODELO DE COMPETIÇÃO
LOTKA-VOLTERRA
A.J. Lotka V. Volterra
1880 - 1949 1860 - 1940

2. Competição interespecífica:
Incorpora competição interespecífica no modelo com a utilização de um
novo parâmetro (alfa).
Alfa é o coeficiente de competição – mede o efeito de uma espécie na
outra: α12 → efeito da sp1 na sp2 α21 → efeito da sp2 na sp1

Crescimento da população da sp1 na presença da sp2:

Crescimento da população da sp1 na presença da sp2:


MODELO DE COMPETIÇÃO
LOTKA-VOLTERRA
A.J. Lotka V. Volterra
1880 - 1949 1860 - 1940

Isolinha de crescimento zero: Lugar comum de populações em equilíbrio


da primeira espécie mantida constante a abundância da segunda espécie e
vice-versa

dN
=0 Resolvendo para y = N2
dt

ou
MODELO DE COMPETIÇÃO
LOTKA-VOLTERRA
A.J. Lotka V. Volterra
1880 - 1949 1860 - 1940

Isolinha de crescimento
zero:

y= a+ by
em que

a = k1/a21

b = 1/a21
MODELO DE COMPETIÇÃO
LOTKA-VOLTERRA
A.J. Lotka V. Volterra
1880 - 1949 1860 - 1940

Analogamente:

y= a+ by
em que

a = k2

b = a12
RESULTADOS POSSÍVEIS
DA COMPETIÇÃO
RESULTADOS POSSÍVEIS
DA COMPETIÇÃO
RESULTADOS
MAIS REALÍSTICOS
PRINCÍPIO DA
EXCLUSÃO COMPETITIVA
Gause (1934)

G.F. Gause
COEXISTÊNCIA
2 sp de Paramecium
Validação do
Modelo de Gause

• Como determinar o nicho


realizado?
(depende de condições
bióticas e abióticas)

• Observar crescimento quando as

Taxa de crescimento
duas espécies co-ocorrem.
(permite observação da Balanus
coexistência com competição – Nicho Chthamalus
sistema diversificado – espécies realizado Nicho realizado
exploram diferentes partes do
nicho)
Localização na zona intertidal
Validação do
Modelo de Gause

• Como determinar o nicho


fundamental?
(remoção do competidor e
observação da ocupação do
espaço)

Taxa de crescimento
Balanus
Nicho fundamental
• Observar crescimento quando as
duas espécies ocorrem
isoladamente. Chthamalus
Nicho fundamental

Localização na zona intertidal


EVOLUÇÃO DA TEORIA DE NICHOS
Levins, MacArthur, Pianka,, Schoener, Colwell, May
1966 - 1984

• Modelos teóricos desenvolvidos para investigar quantas espécies (e quão similares) podem co-
existir em uma dada comunidade. Assume competição por recursos como mecanismo que
direciona a ecologia das populações.

• Foco em medir:
1. Amplitude do nicho : variedade de recursos e habitats usados por uma espécie;

especialista
generalista

2. Partição do nicho: grau de recursos distintos usados por espécies que co-existem;

3. Sobreposição de nichos: recursos iguais utilizados por diferentes espécies;

4. “Niche assembly”: colonização e organização de espécies em habitats novos ou


abandonados.
Não Interseção De Nichos Realizados
Modelo da Vara Quebrada (“broken stick”)
(proporcionalidade do espaço)
MacArthur - 1957

R.H.MacArthur
1930 - 1972

S(n) = nº de sp na classe de
abundância com n indivíduos
S = nº total de sp na comunidade
N = nº total de indivíduos

FIG. 1.-Comparação das Hipóteses:


I – Hipótese 1 - Nichos separados (I - 25 espécies; Ia - 106 espécies);
II - Hipótese 2 – Nichos sobrepostos ( 25 espécies);
III - Hipótese 3 - is the mean of three sets of random tosses of 76 particles into 25 categories,
illustrating Hypothesis III.
Declínio do Conceito de Nicho
Connor, Simberloff, Lewin, Hubbell
1981-2001

• CRÍTICAS:

1. Ausência de uma hipótese nula adequada e rigor estatístico;

2. Competição não é necessariamente o principal processo


direcionador (“driving force”) em ecologia;

3. Uso ambíguo e confuso do termo ‘nicho’

Estruturas (frameworks) conceituais recentes (‘teoria neutra’) afirmam


que o conceito de nicho é desnecessário para se entender padrões
ecológicos fundamentais em larga escala.
Reformulação Recente do
Conceito de Nicho
Chase and Leibold (2003)

• O nicho de uma espécie é a descrição conjunta das condições


ambientais que permitem à espécie satisfazer seus requerimentos
mínimos de forma que a taxa de natalidade de uma população
local seja igual ou maior que a taxa de mortalidade em conjunto
com os impactos dos indivíduos desta espécie nas condições
ambientais.

• O conceito de nicho é importante como uma ferramenta para


pensar sobre fenômenso ecológicos e evolutivos, assim como um
instrumento sintético para integrar estes fenômenos através de
níveis de organização (indivíduos até ecossistemas) e escalas
Modelagem de Nicho Ecológico
Novos Desafios

A modelagem de nichos tem


um enorme potencial para
revitalização e reformulação
do nicho ecológico como um
conceito central em ecologia e
evolução.

É provavelmente a melhor
aproximação disponível para
ligar processos ecológicos a
padrões espaciais em
diferentes escalas de
organização e geográficas.

Bruno et al. 2002


Limitações:
Informações sobre
Biodiversidade
Espécies
com informação pontual
Freqüência

Espécies com estudos


autoecológicos e Espécies com dados
geográficos fisiológicos

Conhecimento da biologia das espécies


Atributos de Entrada
Ideais

• Dados de Ocorrência
– dados de campo
– dados de coleções

Dados Ecológicos
Abióticos Bióticos
Radiação solar Competição
Temperatura Predação
Precipitação Parasitismo
Evapotranspiração Herbivoria
Topografia Facilitação
Solo (textura) Mutualismo
Solo (comp. química) Dispersão
Concluding Remarks

• Existem pelo menos duas dimensões de distribuição das espécies:


1. Dimensão ecológica (números)

2. Dimensão geográfica (locais)


(Ambas possuem um componente temporal que as afeta)

• O controle da distribuição das espécies nestas dimensões é dependente


da escala.

• Na escala de distribuição global os fatores de controle estão associados


aos requerimentos energéticos;

• Requerimentos energéticos são determinados por características


fisológicas e morfológicas.
Concluding Remarks
Why bother?

• Situação Inicial • Invasão de espécies

Nicho Abiótico
Nicho Abiótico

A
Acesso Interações Bióticas Acesso Interações Bióticas
Concluding Remarks
Why bother?

• Situação Inicial • Mudanças Climáticas

Nicho Abiótico
Nicho Abiótico

Acesso Interações Bióticas Acesso Interações Bióticas


Concluding Remarks
Funcionalidade

I. Arcabouço para estimar o nicho ecológico das espécies;

II. Fornece estrutura preditiva sobre a distribuição geográfica das


espécies sob pressupostos definidos;

III. Fornece previsões sobre distribuição potencial:

1. Em outros continentes / regiões (espécies invasoras);

2. Sob outras circunstâncias (mudanças climáticas);

3. Através do tempo (dinâmica temporal).

Que variáveis incluir?


Qual o efeito da redundância na modelagem?

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