Capitulo 4: Sonhando Acordado
Imagine... despertar em Todo sábio possui conhecimen-
meio a um gramado verde, com
cheiro úmido, observando as
nuvens se moverem lentamen-
te no céu e finalmente entender
que toda sua vida até aquele
momento era um sonho, um
fruto de sua imaginação base-
ado no furto de suas lembran-
ças. Assim como “A Origem”
(Inception) que concorre o Os-
car para melhor filme (Pág.38),
o RPG (Pág. 20) é o processo
de criar e vivenciar. Uma ferra-
menta que simula a sabedoria.
Conhecimento é uma informa-
ção emprestada, seja de livros
ou de terceiros, sabedoria é a
experiência de viver a situação.
Boa Leitura.
Fernando Beker Ronque.
HawensCloud
to, mas nem todo conhecedor
possui sabedoria. Ele cria o ce-
nário e lhe concede à oportuni-
dade de agir espontaneamente
como em um teatro, agregando
assim a experiência de estar lá.
Esta ferramenta com os anos
ganhou formas e diferentes ra-
mificações, em nossa capa tra-
zemos todo o universo RPG e
suas transformações no mundo
digital, um mundo já não mais
seguro (Pág.18).
A matéria principal da re-
vista pode não ser a mais origi-
nal, mas sem dúvida lhe dará o
conhecimento de que é possível
sonhar com sabedoria.
Indice
 Espaço do Leitor
Comentários da edição de Janeiro
Marcelo Ferrari
Curitiba - Paraná
Opa!
Senti falta de uma versão
para celular da revista, quem sabe
um RSS apenas com textos seria
legal.
Valeu!
Opa Marcelo, bem comen-
tado, estamos planejando uma
versão mobile para a nova atua-
lização do site e com isso iremos
incluir RSS e mobile version.
Abraço
--------- @ ---------
Gustavo
São Paulo - São Paulo
Bom dia, primeiro venho elo-
giar a revista, muito boa qualidade
mas to com uma dúvida, porque
6 Janeiro/2011
algumas matérias tem nome assi-
nando e outras não tem?
Salve Gustavo, toda matéria
assinada pertence à um membro
da equipe editorial, jornalistas
que pertence a equipe Chapters,
as matérias não assinadas são es-
critas por Fernando Beker, toda
via para não se tornar repetitivo
apenas destacamos as assinadas
por outros membros editoriais.
--------- @ ---------
Wendel
Tupaciguara - Minas Gerais
Estou aqui apenas para para-
benizar a equipe Chapters e dizer
que gostei muito das duas edições
anteriores e as li inteiras e que con-
tinuem com esse trabalho maravi-
lhoso que vêm realizando em que
são únicos..
 Um grande abraço de um
fã..e aguardando ancioso pela edi-
ção de amanhã....
Olá Wendel, obrigado pelo
Incentivo e espero que a revista
mantenha o padrão o qual lhe
agradou.
--------- @ ---------
Roberto
Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Revista muito boa mesmo,
parabens a todos da equipe, como
faz para se fazer parte? tem que ter
experiencia? tem que ser formado?
quais requesitos? parabens nova-
mente.
Opa Roberto, caso tenha in-
teresse envie três textos de sua
autoria para atendimento@chap-
ters.com.br, a equipe avalia a qua-
lidade de suas matérias e entra
em contato. O mesmo é modo de
avaliação para diagramação.
--------- @ ---------
Miriri
St Petersburg – Russia
Oi Chapters :D, passando pra
elogiar a matéria mangá de capa e
mandar um abraço, revista excelente.
Oi Miriri, como está por ai?
Obrigado pelo carinho e sempre
que desejar se atualizar venha a
nossa revista e leia um conteúdo
trabalho e didicado a vocês o/
--------- @ ---------
Edson Aguiar
P. Prudente – São Paulo
Parabéns pela iniciativa,
adorei o formato da revista. Este
certamente foi o achado do ano
para mim. O conteúdo da revista é
ótimo. Seria também interessante
se uma parte da revista fosse de-
dicada a ciência, inovações tecno-
lógicas, astronomia. Se isso não
distorcer o conteúdo, claro. Enfim
parabéns.
Obrigado pela atenção Ed-
son, é muito prazeroso saber que
nosso trabalho resulta na sua
atenção desta maneira.
Referente as pautas de ciên-
cia, inovações e astronomia, real-
mente já estavamos pensando em
aglo do genêro, é sempre bacana
ter esse tipo de conteúdo diver-
sificando cada vez mais a revista.
Porém ainda não temos nenhum
especialista no assunto, mas obje-
tivamos acrescentar sim.
Janeiro/2011 7
Alessandro Silva
Porto Alegre – Rio Grande do Sul
Incrivel esse sistema de vota-
ção por pauta, quando li que você
podia escolher a pauta estranhei
mas achei muito show, nunca ti-
nha visto em nenhum lugar isso,
vocês toda hora estão tendo ideias
novas, conheci agora a revista e
vou começar a acompanhar, exce-
lente ideia.
A idéia é torna-la cada vez
mais interativa com o usuario,
tendo em mente que ele escolhe
e opciona qual matéria deve ficar
ou não, a cada edição estamos
tentando criar cada vez mais essa
ideia de interatividade.
Gostou desta edição?
Clica em “Like“ na página inicial
Quer aparecer no espaço do leitor?
Clica em “comente” na página inicial
8 Janeiro/2011
Nadine Maciel
Curitiba – Paraná
Ola a todos da revista, estão
de parabéns essa edição esta otima!!
=D Adorei a matéria sobre mangás,
conhecer os traços usados para cada
tipo de publico, pois eu nem sabia
que havia essa separação, e o traço
que eu mais gostei foi o “hentai” (6)
hahaha \o/ e o shoujo. Na parte da
TPM eu ri muito com as bobagens,
principalmente “Doritos = veneno
pra otario” hahahaha curtii !!
Estão de parabééns!! Um gran-
de Beijo a todos e continuem assim :)
Obrigado pelo carinho Na-
dine, esperamos sempre fazer a
melhor edição para ti e não tire
sarro dos outros!
 Faltam especialistas
em virtualização
O mercado de TI está com déficit de profissionais qualificados.
É o que comenta Ezequias Sena, presidente da Online Brasil. Segun-
do ele “o que contamos hoje são aventureiros que utilizam a tecno-
logia de forma amadora, confundindo muito o conceito de virtuali-
zação e consolidação, colocando muitos projetos em situações de
fracasso.”
O fato pode ser um problema para as empresas mas uma ex-
celente oportunidade aos profissionais que evoluem e buscam es-
pecialização na área. A virtualização já é uma realidade em inúmeras
empresas e 2011 é um ano de grande crescimento no setor isso é
uma grande vantagem ao mercado profissional, aquele que sair pri-
meiro terá a oportunidade de ganhar o mercado com facilidade.
Atualidades

Acompanhe
@Chaptersonline
 Após quatro anos entre a preparação do
roteiro e a edição final, o filme de Bruna surfis-
tinha finalmente vai as telas de cinema no dia
25 de fevereiro. Interpretado por Débora Seco,
Bruna passa por todos momentos de sua vida,
desde antes de começar a escrever em seu blog.
Confira a seguir o trailer.

Google vai contratar 6,2 mil pessoas em 2011

A gigantesca Google conti-
nua sua grande conquista pelo
mercado online, para manter o
incrivel crescimento ela contará
com 6.200 vagas para o longo
de 2011 em todo o mundo.
“A empresa pretende ba-
ter um novo recorde com esse
volume de contratações” diz
Alan Eustace, vice-presidente
sênior de engenharia e pesqui-
sa, no blog do Google.
No Brasil o Google conta
com 40 escritórios em São Pau-
lo e 4 em Belo horizonte. Para
concorrer a essas vagas basta
se cadastrar na página de em-
pregos do Google Brasil. Os cur-
rículos devem ser redigidos em
inglês.
Robo com pele senssivel
Apesar de absurdo, o ti-
tulo é fato, pesquisadores da
Universidad de Stanford desen-
volveram uma superfície eletrô-
nica de polímero contendo silí-
cio, a qual tem 1000 vezes mais
sensibilidade que a pele huma-
na. Nos testes a pele atificial
foi capaz de “sentir” objetos
tão leves quanto uma borbo-
leta. Outro dispositivo feito na
Universidade da Califórnia, em
Berkeley, usa transceptores em
grades de nanofios possibilitan-
do que a superfície identifique o
sentir.

O Virus que salvou o mundo ?

Stuxnet, conhecido como a arma digital mais poderosa do mun-

do, seu mérito foi enfrentar o programa nuclear iraniano. Venceu,
mas salvou o planeta ou deu inicio a terceira guerra mundial? Ele inva-
de todos computadores da rede mas só ataca programas nucleares,
foi a arma mais violenta na primeira grande guerra digital porem em
contra ponto despertou agora combates violentos no mundo digital.

12 Janeiro/2011
 Editoria em teste
Mitos da Internet
mitos@chapters.com.br

A internet foi criada para a guerra?

Enviado por: Henrrique Oliveira.

Li em um blog que falava que a internet foi criada para ajudar os

EUA a derrotarem a União Soviética. isso é verdade?

Olá Henrrique, sim é verdade, a base da rede foi financiada pelo

departamento de defesa dos EUA. Mas o espírito libertário dos aca-
dêmicos que criaram a Arpanet fez com que ela tivesse um uso maior
que a Guerra Fria.

A internet ta chegando no limite?

Enviado por: Clara Santos.
Verdade que a internet está chegando no limite da capacidade?
Que vai acontecer? D:

Oi Clara, sim, a internet está no limite de capacidade, alias,

discutimos esse assunto a pouco tempo entre nossa equipe, o que
acontece é que pelo padrão de endereços IPv4 o formato aceita 4,3
bilhões de pontos de rede simultâneos. Numero o qual já esta no
limite para ser superado, mas a rede está em transição para o IPv6,
com 340 undecilhões (34 seguido por 37 zeros!) de endereços. Então
sem desespero você vai poder continuar lendo a Chapters o/

Você quer que essa editoria permaneça?

 Titulo: Shenlong the rainbringer
Diretor de Arte: Vampire Princess
Arte Digital • Photoshop

Artedigital@chapters.com.br
 Passe o mouse
Inforgráfico • RPG

Você quer que essa editoria permaneça?

 Desde a grande revelação
do WikiLeaks o hackativismo
Tecnologia • Guerra Cibernética

cresceu violentamente, mas

não é de hoje que os ataques
vem acontecendo, uma cortina
imensurável assombra forças
governamentais e grandes im-
périos, em reação praticamente
instantânea novos meios de de-
fesas foram criados em respos-
ta. Confira a seguir alguns casos
desse movimento:

Dia após dia a rotina se mantém igual, operacional.

Mas ali, naquele instante, no caminhar despercebido
das pessoas, está ocorrendo uma guerra, invisível
aos leigos, oculta dos atentos e infindáveis aos
guerreiros. A guerra cibernética é uma realidade.
Guerra invisível
Janeiro/2011 19
O escudo de aço reflete o bruxulear das chamas que queimam
voraz as tochas que iluminam a caverna. O bravo cavaleiro
com o escudo a frente e a espada em punho avança em
passos atentos sendo acompanhado em curta distancia por um
feiticeiro de manto negro e bastão de sorveira braba, dentro do
mesmo grupo um anão de martelo grotesco e exagerado ao
ombro ainda se incomoda com a presença do bardo loiro e
seu alaúde.

- Sugiro avançar, os inimigos desta caverna não são fortes e

a probabilidade de se encontrar um Dragão vermelho é de
0.002%. * O bardo gesticula de maneira gentil e a voz doce
cantiga involuntariamente a medida que fala.*

O cavaleiro abaixa o escudo, vira-se para o bardo com o

semblante envolvido por revolta e quase como cuspindo as
palavra diz:

- Vamos deixar as coisas claras, eu não sou otário, eu sei que

você está levando a gente para uma armadilha, eu só perdi no
teste de diplomacia.

RPG é:
“Um momento lúdico e
diferente onde podemos
entrar em um mundo
amigável para nossas
lembranças e imprevisivel
“
e trágico para nossas
emoções.
Equipe RPG Vale, Portal RPG Vale
Q uando se olha para o céu,
pensando além das nu-
vens ou do azul celestial,
se imagina outros mun-
dos. Quando o biologo marinho
balança os pés nas aguas transpa-
rentes enquanto aguarda sentado
na borda do barco, ele pensa além
das ondas, além do azul se imagi-
na outro mundo. Quando se ador-
mece, o corpo cede e a mente se
liberta do consciente, imaginamos
outro mundo. O rpg é o modo de
acessar esses outros mundos.
O que é o RPG? em termos
técnicos a palavra significa Roling
Play Game, em portugues pode
ser traduzido como “Jogo de in-
terpretação”. Hoje, extremamen-
te diversificado, RPG é separado
em cinco cenários: RPG Eletrô-
nico, RPG live action, RPG mesa,
MMORPG e RPG Fake Descrip-
tion. Cada uma das cincos serão
descritas e terão seus diferenciais
levantados ao longo da matéria
mas para avançarmos a um level
superior temos que compreender
a razão geral do RPG além dos ter-
mos técnicos.
 O RPG clássico é como um
livro. O narrador, chamado na
mesa de mestre, é a mente que
constrói os cenários, o arquitéto.
Somente ele tem conhecimento
de tudo e tem a voz de decidir
os acontecimentos, você partic-
ipa como um personagem, cria
RPG de Mesa
Pai da imaginação, sen-
hor do universo RPGístico e a
origem de todo o universo, o
RPG de mesa é o mais fiel a idéia
de origem do clássico. Não nec-
essariamente jogado em mesa,
esse estilo envolve um Mestre
(Narrador) e um numero mínimo
de jogadores, isso vai depender
da trama criada. Se utiliza de liv-
ros base com raças, classes, ha-
bilidades, armas e extras. Neste
para envolver realidade em mo-
mentos de teste ou combate
se utiliza dados. Por exemplo,
nome, história, aparência e ex-
istência. Neste mundo você de-
cide os caminhos que seu criação
deve tomar. O objetivos são vari-
ados e pode ser jogado em grupo
ou apenas em duas pessoas. Em
cima desta base nasceram regras,
sistemas e incontáveis histórias.
como citado na gravata, para
o Bardo convencer o grupo a ir
para a armadilha ele foi obrigado
a fazer um teste, para esse foi
utilizado dados. Os dados variam
do sistema utilizado. O jogador
acompanha a evolução do per-
sonagem atraves de anotações
em uma ficha montada antes de
se iniciar a campanha. Em geral
o jogo não tem limite, pode du-
rar duas semanas ou sete anos,
depende do mestre e do grupo.
(mais do mestre! mas um joga-
dor motivado influencia muito.)
 RPG é:
“RPG é um jogo de contar
histórias fictícias, onde
todos são responsáveis pelo Cavaleiros
das Noites Insones
desfecho da história
Fernando “FenrirX” Afonso, Cavaleiros das Noites Insones

RPG Live action.

Surgiu a medida que o de
mesa se desenvolveu. É muito
similar a um teatro, seguindo Os duelos e ações
um roteiro e um narrador, mas se decidem em
o jogador interpreta e muitas partidas de Jokenpo
vezes se veste como o person-
agem. Os duelos e ações se de- (pedra-papel-
cidem em partidas de Jokenpo tesoura) ou cartas
(pedra-papel-tesoura) ou car- impares e pares
tas impares e pares. Uma regra
base desse estilo é o fato dos
jogadores não poderem se to-
car, isso é justamente para evi-
tar que exista brigas de verdade
em meio a mesa.
RPG Eletronico
Foi o grande arauto do mun-
do RPGistico, divulgou e espalhou
o estilo toda via foi obrigado a
se reinventar praticamente para
poder da o suporte. Sem dados
o sistema calcula através de var-
iáveis, dando um máximo e um
mínimo para seu ataque e a me-
dida que você golpeia-se causava
critico ou erro. A tabela de Skill
se tornava automatico e não ex-
iste mais o mestre ou a figura do
narrador, o campo é digital e vis-
ual e você deve apenas seguir os
comandos para continuar avan-
çando até vencer o desafio final
já criado pelo game. Tendo esse
um inicio e fim.

MMORPG
A evolução do RPG eletro-
nico gerou o que se tornou
MMORPG, um mundo virtual no
qual os jogadores com seus per-
sonagens eletronicos se encon-

RPG é:
“RPG é um jogo coletivo e
cooperativo de interpretação
“ tram e executam suas missões
juntos, tendo poderes pré defi-
nidos e ações parcialmente pré
criadas mas com missões meno-
res e em numero muito maior.

ou representação de papéis
baseado na imaginação,
onde não há vencedores ou
perdedores.
Marcelo Telles, Rede RPG
RPG Fake Description
A globalização através da
internet criou grandes meio de
contato entre pessoas que an-
tes jamais sonhariam em se con-
hecer. Em chats e foruns como
esses que nos EUA por volta de
1987 iniciou campanhas de RPG
de mesa com regras próprias.
Os jogadores escolhiam o per-
sonagem que desejavam e
começaram a criar sobre este,
o jogador interpreta similar ao
personagem que possui e ad-
quire grande fama entre os de-
mais que fazem o mesmo. As re-
gras são pequenas e se baseiam
em encurralar o adversário, sem
lhe dar opções de fuga. A partir
deste nasceram diversos clãs,
união de vários jogadores em
um grupo único, objetivando
exclusivamente a vitória supe-
rior. Um exemplo clássico a ser
apontado é o Avengers, um dos
maiores clãs do gênero, é defi-
nido a força de um clã baseando
nas dimensões que este pos-

O melhor sitema de RPG é:

“Até mesmo pela
popularidade cremos que
o sistema d20 seja um dos
mais completos, assim
como o GURPS, que é
“ sui e no respeito que o mesmo
adquire a medida das interpre-
tações.

bastante modular e fácil

de ser adaptado
Vinicius Moes e Rafael Pessoa, Minas Morgul
 Tendo conhecimento
destes cincos estilos vamos
aprofundar nas origens bases
do RPG, não podemos avançar
sem dizer sobre Tolkien o an-
cião do RPG. J.R.R Tolkien, du-
rante períodos árduos e camin-
hos de dificuldades criou Arda,
o que viria ser palco de grandes
aventuras retratadas em “The
Hobbit”e o “Senhor dos An-
eis”. A partir de suas criações
um novo mundo foi criado e ali-
mentado por inúmeras mentes
criativas. O RPG ganhou a diver-
sificação em seu modo de jogar
através de sistemas, os quais
criavam maneiras diferentes de
jogar, entre eles os principais
eram Daemon, D&D e Gurps.

Em pesquisa com uma amostra de 1000 jogadores se teve o seguinte cenário Brasileiro:

jogadores jogam D&D

dos jogadores jogam 3D&T

RPG é:
“RPG é um grande jogo,
uma grande diversão, que,
de quebra, desenvolve
20%

30%
“ Guardião
15%
dos jogadores jogam Gurps

35%
jogam outros sistemas variados.

nossa criatividade, do templo

amizade, raciocínio e
vontade de leitura.
Carlos Klein (Mr Red), Guardião do Templo
 No Brasil os livros de RPG
sofreram limitações por idade,
o que deu uma quebra violenta
no publico, com grande insistên-
cia o RPG ganhou seu auge na
época X, mas com grandes per-
das de seus principais veículos
de comunicação, como a Dragão
Brasil, acabou se perdendo aos
poucos, mas ao contrario dos
principais comentários que ocor-
rem ao redor, o RPG não mor-
reu e jamais foi esquecido, em
contra ponto ganhou a atenção
“Não existe um melhor
e mais completo,
existe uma questão de
gosto pela dinâmica
“
O melhor sitema de RPG é:
do sistema.
Edson Lemes Júnior, RPGBrasil.Org
de inúmeros blogs e portais
como: RPG Vale, RPG Brasil.Org,
Cavaleiros das Noites Insones,
Guardião do Templo, Minas Mor-
gul , e REDERPG.
RPG Vale é um portal de
informações e instruções, at-
ualmente expandem invadindo
os Podcast. Já o RPG Brasil tem
como grande projeto o cenário
Era aonde investe reformu-
lações e Contos.
Os Cavaleiros das Noites
Insones está se focando em
adaptações como a adaptação
do jogos de miniaturas Mage
Knight (WizKids) para o Dun-
geons and Dragons 4ª Edição.
O guardião do templo bus-
ca trabalhar no sistema Eras de
Caeshyr, baseado no D20 System.
Com o pessoal do Minas morgul
o trabalho é direto, envolvendo
pessoas que desconhecem o RPG
para o mundo fantastico.
Segundo Marcelo Telles do
grupo REDERPG “Nossa mais
recente iniciativa é a tradução
e publicação dos artigos do site
Confira matéria completa deste jogo na Chapters edição de Março
da Kobold Quarterly para o por-
tuguês “, mantendo o fluxo de
visitantes e fãs do portal.
Além de projetos criados
para direcionamento único do
jogo, como Terra Devastada.
O primeiro RPG de zumbi
criado no Brasil. Confira ma-
téria completa deste jogo na
Chapters edição de Março.
Nenhum RPG caira no es-
quecimento enquanto viver
nas mentes dos seus amantes,
sejam jogadores antigos ou a
nova geração.
 Chegamos ao segundo mês do ano, e ao fim
da temporada de prêmios do cinema. Após
diversos eventos e premiações, injustiças e
consagrações, chega a época mais esperada
para os amantes do cinema, a entrega dos
prêmios da Academia, o 83° Oscar.

A premiarão, que aconte-

ce em Los Angeles no dia
27/02, contará com apre-
sentação de James Franco
e Anne Hathaway, e é claro, com
a torcida de todo fã de cinema
pelo seu filme preferido.
Nós da Chapters resolve-
mos ir além de simplesmente
descrever os indicados, resolve-
Cinema• Oscar

mos ajudar nosso leitor a tirar

mais acertos naquele bolão tra-
dicional e compartilhar nossas
apostas e opiniões sobre cada
categoria.
Acompanhe agora nossas
apostas, e compartilhe a sua co-
nosco escrevendo para a gente.
Por: Alexandre Furtado
 MELHOR FILME

A rede social O discurso do rei Cisne negro

O vencedor A origem Toy Story 3

Minhas
Bravura mães
indômita Inverno da
e meu pai 127 horas

40 Janeiro/2011
 Quem vai ganhar:
A grande disputa é entre
“A Rede Social” e “O Discur-
so do Rei”, mas o histórico da
academia leva essa escolha a
pender para o lado do drama
épico tradicional de “O Discur-
so do Rei”, afinal, a categoria
é um prêmio pelo conjunto
Quem deveria ganhar:
Não dá pra discordar da su-
premacia de “O Discurso do Rei”
perante os outros candidatos.
Um filme que consegue trans-
formar algo como “falar” em
uma batalha épica, merece ser
Quem ficou de fora:
Desde que começaram a
ser indicados 10 filmes, ao invés
dos tradicionais 5, ficou mais di-
fícil alguma obra ser deixada de
a alma lado, a premiarão passou a ser
mais justa e lembrar de algum
filme que mereceria o destaque,
mas foi esquecido. fica muito
mais difícil, esse ano principal-
mente.
da obra, e o filme conta com
trabalhos de elenco e direção
mais completos, e mais aptos
a levar a estátua se pensarmos
em ganhadores passados como
“Shakespeare Apaixonado”,
“Amadeus” e até o atual vence-
dor “Guerra ao Terror”.
consagrado como o melhor do
ano. É um filme impecável, e, sur-
preendentemente simples, feito
apenas com o objetivo de contar
uma história, sem nunca sequer
ter almejado ganhar prêmios.
Se fosse para adicionar al-
guém a essa lista, sem dúvida se-
ria a produção Espanhola/Mexi-
cana “Biutiful” do já consagrado
Iñárritu. O filme está recebendo
a atenção merecida, mas, em um
ano em que claramente, a acade-
mia teve que realmente procurar
filmes para indicar, poderiam ter
trocado a vaga de “Inverno da
Alma” pelo favorito a filme estran-
Janeiro/2011 41
 MELHOR DIRETOR

David Fincher Tom Hooper

“A rede social” “O discurso do rei”

Darren Aronofsky
“Cisne negro”

Joel e Ethan Coen David O. Russell

“Bravura indômita” “O vencedor”

42 Janeiro/2011
Quem vai ganhar:
Esse ano provavelmente o
prêmio irá para David Fincher,
mas não por “A Rede Social”, e
sim por uma carreira brilhante
e pelo azar de sempre ter tido
competidores mais fortes em
todas as suas tentativas de ga-
Quem deveria ganhar:
Esse, mais do que em mui-
tos outros, deveria ser um ano
de dobradinha. O trabalho de
Tom Hooper em “O Discurso do
Rei” é impecável e chama mais
atenção ainda pela falta de ex-
periência do diretor. Ele conse-
Quem ficou fora:
Essa foi a maior injustiça des-
se ano, ninguém conseguiu en-
tender ainda por que Cristopher
Nolan não está concorrendo ao
prêmio por seu trabalho em “A
Origem”. Sua competência já é co-
nhecida a anos e a maneira como
ele conduziu o entendimento de
uma trama complexa e que teria
tudo para ser incompreendida
nhar um Oscar. O trabalho de
Fincher é muito bom no filme
atual, mas é inferior ao de ou-
tros competidores, mas será
como um prêmio de consolação
para poder entregar o prêmio
principal a “O Discurso do Rei”.
gue causar um misto de emo-
ções no espectador e transpor
os sentimentos com planos sim-
ples, clássicos e extremamente
eficazes. Hooper é um diretor a
moda antiga, do tipo que preci-
samos resgatar.
merece todo o reconhecimento.
Mas a impressão que fica foi o
medo da academia de deixar de
fora os Irmãos Coen, que já pos-
suem cadeira cativa nessa catego-
ria. Futuramente, Nolan ganhará
um prêmio assim como Fincher
vai ganhar esse ano, por algum fil-
me que não vai merecer, mas por
uma carreira genial.
Janeiro/2011 43
 MELHOR ATOR

Jesse Eisenberg Colin Firth

“A rede social” “O discurso do rei”

James Franco
“127 horas”

Jeff Bridges Javier Bardem

“Bravura indômita” “Biutiful”

44 Janeiro/2011
Quem vai ganhar:
Colin Firth é unanimidade
por crítica e público nessa catego-
ria. O ator britânico teve poucas
indicações em sua carreira, mas
sempre demonstrou a tradição
Quem deveria ganhar:
Nem é necessário dizer
que a atuação de Firth como o
rei gago que precisa discursar
perante seus súditos merece
todos os prêmios que possa ga-
nhar. O sofrimento, nervosismo
e dificuldade que o ator passa
fazem com que o público queira
Quem ficou fora:
Apesar de todos serem
grandes atores está acontecen-
do na categoria o mesmo que
ocorreu na de diretor, Jeff Brid-
ges pega a vaga que deveria ser
de Mark Wahlberg, apenas por
britânica de levar o trabalho a um
nível excepcional. Não é a toa que
esse é o país que inventou a atu-
ação dramática como a conhece-
mos.
abraçar aquele monarca o tem-
po todo. Sem falar que a dispu-
ta não está tão pesada esse ano,
pois dos outros concorrentes,
apenas Jesse Eisenberg conse-
gue algum tipo de destaque,
mas ao mesmo tempo, ficando
muito atrás de Firth.
ter cadeira cativa no prêmio.
Essa indicação não mudaria
nada no resultado final, mas tra-
ria o reconhecimento devido a
Wahlberg pela melhor atuação
de sua carreira.
Janeiro/2011 45
 MELHOR ATRIZ

Annette Bening Nicole Kidman

“Minhas mães e meu pai” “Rabbit hole”

Natalie Portman
“Cisne negro”

Michelle Williams Jennifer Lawrence

“Blue valentine” “Inverno da alma”

46 Janeiro/2011
Quem vai ganhar:
Natalie Portman já é consi-
derada uma grande atriz a mui-
to tempo, mas só agora atingiu
a consagração nesse que foi o
papel mais ousado de sua car-
reiro, e isso que a atriz já fez
uma stripper em Closer. Seu
trabalho em Cisne Negro pode
Quem deveria ganhar:
Após assistir Cisne Negro a
sensação que fica é um misto de
temor e pena, e tudo isso graças
à atuação inspirada de Portman
que consegue romper todas as
barreirar e ir além de todas as
Quem ficou fora:
Vamos admitir, 2010 foi um
ano dramaticamente fraco. Fa-
zer essa lista de 5 atrizes princi-
pais já deve ter sido muito difícil
para a academia já que ficaram
faltando destaques e atuações
além do normal. Se fosse para
fugir dos padrões da academia,
mas vai ser impossível negar o
prêmio para uma atriz que faz
praticamente um trabalho 2 em
1 em um filme que acompanha
apenas ela, e nenhum outro
personagem, e constantemen-
te em classe.
escolas de atuação montando
um personagem pelo qual você
se apaixona, e ao mesmo tem-
po morre de medo. Ela merece
um suprimento de Oscar para o
resto da vida.
mudar algo, no máximo pode-
ria ser adicionada a indicação
de Anne Hathaway por “Amor
e Outras Drogas”, mas ainda as-
sim, seria impossível tirar algu-
ma dessas atrizes para dar lugar
a uma nova indicada.
Janeiro/2011 47
 MELHOR ATOR COADJUVANTE

Mark Ruffalo Geoffrey Rush

“Minhas mães e meu pai” “O discurso do rei”

John Hawkes
“Inverno da alma”

Jeremy Renner Christian Bale

“Areação perigosa” “O vencedor”

48 Janeiro/2011
Quem vai ganhar:
Essa virou a categoria de
um único ator, não adianta. Se
tornou a nova tradição desde
Heath Ledger de que um único
ator fez uma atuação tão inten-
sa e memorável que é impossí-
vel tirar o prêmio dele. Foi o Co-
Quem deveria ganhar:
E segue a lógica e o gos-
to, nesse que deve ser o Oscar
mais óbvio que já aconteceu
para os atores. Christian Bale
faz um trabalho que só em-
purra pela garganta da crítica
Quem ficou fora:
Apesar do ótimo trabalho
de John Hawkes em “Inverno
da Alma” a impressão é de que
ele só esta concorrendo para
tapar um buraco. Buraco esse
que deveria ser preenchido com
uma indicação para Andrew
ringa em 2009, e o Coronel Hans
Landa no ano passado. Atores
competentes concorrem, e con-
correram, contra o ator desta-
que, mas Christian Bale garante
o Oscar dele nos 2 minutos ini-
ciais do filme.
o que todos já sabem desde
O Império do Sol. De que ele
é um ator completo, que vive,
sua e dá sangue pela profissão,
ou, nesse caso, emagrece pela
arte.
Garfield (“A Rede Social”), que
apesar de jovem e ter um papel
digamos, “comum”, consegue
transmitir intensidade e drama
em um nível muito maior do que
seu parceiro de cena, indicado
na categoria principal.
Janeiro/2011 49
 MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Amy Adams Helena Bonham Carter

“O vencedor” “O discurso do rei”

Jacki Weaver
“Reino animal”

Hailee Steinfeld Melissa Leo

“Bravura indômita” “O vencedor”

50 Janeiro/2011
Quem vai ganhar:
Melissa Leo é uma coadju-
vante veterana que finalmente
será reconhecida. Faz um papel
forte, do jeito que os críticos gos-
tam. Coloca drama, mudou sua
Quem deveria ganhar:
A verdadeira dispusta aí
está entre Melissa Leo e Amy
Adams, ambas por “O Luta-
dor”. Elas fazem duas mulheres
em conflito, dois opostos, e é
realmente muito difícil escolher
entre uma delas já que ambas
cumprem o que prometem em
Quem ficou fora:
Mila Kunis nunca foi uma
grande atriz. Nunca soube es-
colher papéis marcantes, mas
quando apontou o dedo, esco-
lheu o papel que vai levar sua
carreira para outro nível. Infe-
aparência, fez praticamente tudo
que Christian Bale fez, mas com ex-
periência de sobra. O prêmio é dela
desde o momento em que acende
o primeiro cigarro no filme.
seu trabalho e nos convencem
do papel. Esse ano o prêmio
merece ir para Melissa Leo, es-
pecialmente por que no ano
que vem Amy Adams já estará
no páreo novamente e ainda
terá muitas chances de levar o
seu.
lizmente sua indicação por “Cis-
ne Negro” foi esquecida, mas o
mais importante é a impressão
que ela deixou para público e
crítica, a de que é uma atriz de
verdade.
Janeiro/2011 51
Em Busca do Filme Perfeito
Por: Alexandre Furtado
Por toda a história do cine-
ma, vários diretores deixaram
sua marca, inclusive, aqueles que
apenas “passeiam” pela sétima
arte, sem se aprofundar mais.
Quem nunca ouviu falar em Ku-
brick, Scorsese, Hitchcock ou
Spielberg? E entre aqueles que
podem ser considerados cinéfi-
los, quem não conhece Bergman,
Fellini, Truffaut ou Eiseinstein?
Todos grandes nomes que
contribuíram quadro a quadro,
em suas carreiras brilhantes, para
inserir imagens eternas no imagi-
nário popular. Mas até os gran-
des erram.
O que dizer de Agonia de
Amor, uma mancha na história
de Hitchcock, ou de Os Vigaristas
que pra sempre vai ser associado
como o pior filme de Ridley Scott.
Isso que estou evitando lembrar
alguns foras de Spielberg como
A.I. e Indiana Jones e o Reino da
Caveira de Cristal.
O importante é ver que nem
todo mundo é perfeito, e que às
vezes até o maior visionário pode
errar. Mas e quando nos depara-
mos com a exceção da regra?
Em 1992 um jovem diretor
de videoclipes resolve se aven-
turar no cinema, e começar a dar
seus primeiros passos em um
projeto ambicioso que poderia
alavancar sua carreira, ou sepul-
tá-la para sempre. Esse projeto
foi Alien 3, e o diretor era o então
jovem, David Fincher. Ele assumiu
o comando da franquia com o pe-
sado fardo de sentar na cadeira
que antes fora usada por James
Cameron e Ridley Scott e mesmo
assim, deixar sua marca. E foi exa-
tamente o que ele fez, criando o
episódio mais caótico e pesado
da série de filmes ele criou ali
seu nome e mostrou que estava
pronto para assumir projetos ori-
ginais. E o que poderia ser melhor
do que um dos projetos mais ori-
ginais de todos os tempos?
Três anos depois viria Se-
ven – Os Sete Crimes Capitais, o
suspense que praticamente re-
definiu o gênero inserindo o ele-
mento surpresa anos antes de O
Sexto Sentido pensar em existir.
Com sua execução impecável,
cenas impactantes e um final a
ponto de deixar o espectador em
um tremendo baixo-astral digno
de Guilherme Karan, Seven levou
Fincher do status de “Bom Dire-
tor” para “Promessa”. Promessa
essa que iria se cumprir no está-
vel, porém ainda surpreendente
Vidas em Jogo.
Mas a sua estrela veio a bri-
lhar definitivamente em 1999,
quando David Fincher resolveu
adaptar o inadaptável livro de
Chuck Palahniuk sobre esquizo-
frenia, ócio, quebra de parâme-
tros e caos. Um dos projetos mais
corajosos, e incompreendidos
da história do cinema, o Clube da
Luta. Foi a sua segunda parceria
com Brad Pitt e o filme acabou se
tornando o retrato de duas gera-
ções, a do ócio e conformismo,
e a nova, da reação e do ataque.
Sua carreira seguiu sendo
impecável, idolatrada, mas ainda
ignorada pela velha-guarda dos
representantes das premiações.
Mais três anos se passaram até
o lançamento de Quarto do Pâni-
co, considerado por muitos como
o mais fraco de sua carreira, mas
ainda assim, amado e muito bem
criticado, ou como disseram na
época “Até no seu pior, Fincher
ainda é o melhor”. Tecnicamente
ele estava chegando no limiar da
perfeição metódica, a sobriedade
de suas tomadas perfeitamente
calculados seriam apenas um en-
saio para o seu filme tecnicamen-
te impecável, Zodíaco de 2007.
Tudo em Zodíaco é calcu-
lado, cada passagem de cena,
cada ângulo, cenários, locações,
atuações, tudo vai de encontro a
uma perfeição estética singular,
um momento em que pouquíssi-
mos diretores atingiram em suas
carreiras (de cabeça só lembro
de Scorsese em Os Infiltrados). E
qual foi a recompensa de Fincher
pelo “trabalho perfeito”? Nenhu-
ma, ele seguiu sem o reconheci-
mento devido, e resolveu que seu
próximo projeto seria aquele que
o traria um prêmio, seria O Curio-
so Caso de Benjamin Button, um
filme tão ousado como foi O Clu-
be da Luta mas feito nos moldes
da preferência da academia.
Ele teve finalmente sua
primeira indicação, mas o que
aconteceu? Aconteceu que
Danny Boyle, também injusti-
çado, fez um filme comoven-
te que tocou a todos pela sua
simplicidade e carisma, foi o
ano de Quem Quer Ser um Mi-
lionário, o ano em que nenhu-
ma grande produção poderia
tirar o Oscar dos becos e das
favelas.
 E chegamos ao dia de hoje,
em que Fincher concorre pela
segunda vez, agora por A Rede
Social. O seu filme mais simples,
mais pé no chão, tecnicamente
perfeito, é claro, mas um filme
comum, pequeno se comparado
com os anteriores de sua carrei-
ra, e agora, ele é o favorito.
Muito provavelmente Fin-
cher vai ganhar o prêmio no dia
27, mas não pela Rede Social, mas
sim por uma carreira brilhante,
sem erros, e por todas as vezes
em que engoliu seco e não recla-
mou pela falta de reconhecimen-
to. Ele foi um bom menino e ago-
ra vai receber a recompensa.
E mais uma vez a academia
vai arrumar seus erros premian-
do artistas por suas carreiras ao
invés de por suas obras indica-
das, e isso acaba criando uma
cadeia de injustiças que quando
são arrumadas, acabam criando
outras. Mas isso é assunto para
outra coluna, quem sabe eu to-
que novamente nesse assunto
quando for a vez de Cristopher
Nolan ganhar o seu prêmio por
algum filme que não vai mere-
cer, mas sim, por uma carreira
injustiçada.
Nota: Na coluna do mês passa-
do fiz a observação de que 2011
seria um ano com poucas conti-
nuações, em comparação com
2010. Mas no tempo de fecha-
mento da edição até a prepara-
ção dessa coluna foram confir-
mados alguns filmes, e outras
estréias foram antecipadas,
fazendo assim com que 2011
tenha 27 sequências, entran-
do para a história como o ano
com mais sequências da histó-
ria do cinema. Somando a todas
as adaptações, 2011 começa já
marcado como o ano em que a
originalidade acabou. E eu esta-
va tão otimista...
 A águia cruza as nuvens e
Game• Final Fantasy XIV
em mergulho contra o
mar, as asas em resan-
te mantem o vôo sobre
as águas límpidas dando se de
encontro com a gigantesca ca-
ravela cortando os mares, luzes
azuis incandecem do barco e
entre as chamas se vê inúme-
ros viajantes em combates com
criaturas e monstros invasores,
bem vindo a Hydaelyn.
O mais novo jogo da fran-
quia Final Fantasy veio para
superar as expectativas, como
um segundo tiro na esperança
de se restabelecer no cenário
MMORPG, território perdido
no Final fantasy XI. O novo
joga traz a terra de Hydaelyn
como palco de grandes aven-
turas. A versão para PC já es-
tava liberada desde de setem-
bro de 2010, com a versão de
colecionador acompanhado
de itens como o livro artes do
Yoshitaka Amano.
A versão para PS3 já está
em ajustes finais, podendo já ser
adquirida. Ambas tem os trinta
primeiros dias gratuitos e depois
pago com o valor mensal de US$
13,00. Cada personagem adicio-
nal custará o valor de US$ 3,00.
Para participar basta acessar
o site www.finalfantasyxiv.com
O mais novo jogo
da franquia Final
Fantasy busca se
restabelecer no
cenário MMORPG,
Trazendo um
mundo fantastico.

Janeiro/2011 57
 Of Zelda:Skyward Sword

Por: Moisés C. Freire

Lembranças do tempo de ouro, ou

melhor, dos tempos vermelho e azul da
era Pokemon, acompanhe detalhes
Red&Blue

da saga e caminho percorrido.

E
Legend

m 2011, tecnologia em não originam. Apesar da época

Pokémon

alta e indústrias de ga- dita “Old School” dos games ser

mes superando a de ci- considerada passado seus prin-
nema. A cada dia novos cipais representantes não mor-
Game• The

consoles, games e periféricos são reram, os clássicos ainda vivem

lançados, melhores e mais avan- e merecem seu destaque. Um
Games•

çados. Com tamanha tecnologia deles, é o responsável por um

os jogos de 10 anos atrás acabam
obsoletos em termos de gráficos
e som. Porém, gráficos perfeitos
e incríveis cenas de CGs não tor-
nam um jogo bom, ajudam, mas
verdadeiro fenômeno mundial
que até hoje trás boas lembran-
ças aos velhos jovens e jovens
velhos, o RPG para Game Boy,
Pokémon Red&Blue.
 Tudo começou quando Sa-
toshi Tajiri, um jovem e “respon-
sável” japonês que abandonava
seus compromissos para jogar
fliperama, com o passar do tem-
po fundou uma revista intitulada
GameFreak, especializada em
games, mesma que no futuro se
tornaria uma empresa subsidiária
da Nintendo. Com seu comparsa,
o desenhista e designer Ken Sugi-
mori, criaram um jogo de puzzle
conhecido como Quinty para o
NES tendo sucesso em sua em-
preitada. Porém a glória viria para
um portátil, um ano após seu pri-
meiro jogo a dupla resolveu que
um jogo inovador deveria ser
lançado para, o até então, novo
Game Boy tirando proveito de seu
game link, que passava informa-
ções de um gameboy para outro.
A idéia inicial do jogo era um RPG
onde se poderia colecionar vários
monstrinhos e evoluir-los poden-
do até trocar com outros. Com
dois meses de produção, vários
declínios e um verdadeiro dra-
ma, nasceu Pocket Monsters
Red&Blue, logo depois rebati-
zado para Pokémon e lançado
sob o título Red&Green para o
ocidente.
Dentro do jogo o usuário
interpreta um jovem aventureiro,
podendo ser menino ou menina
a escolha do próprio jogador, que
esta prestes a iniciar sua jornada
como treinador na pequena ci- tros treinadores, ninguém sobre-
dade de Pallet, em Kanto, instruí- vive só de insígnias afinal. Ao lon-
do pelo Professor Oak, o famoso go da trama você como jogador
Professor Carvalho, o qual lhe dá também enfrenta seu principal ri-
a escolha de três pokémons bási- val, o neto de Professor Oak além
cos: Squirtle, Bulbassauro e Char- da infame Equipe Rocket, sempre
mander. Em sua jornada o jogador causando problemas, problemas
explora todos os pontos de Kanto em dobro.
defrontando-se com uma gran-
de variedade de pokémons, que
muda conforme o cenário, poden-
do capturar-los para fortificar seu
time. Enfrenta outros treinadores
que o desafiam e por fim embarca
nos ginásios pokémon espalhados
em cidades por todo o país, desa-
fiando seus mestres em troca de
insígnias...e dinheiro, o que você
também é obtido ao vencer ou-
 O Poké-legado
Não é preciso dizer que
Pokémon tornou-se uma das
franquias mais famosas e lucrati-
vas do mundo, um sucesso mons-
truoso que virou mania mundial
no final dos anos 90 até por
volta de 2005 conquistando seu
auge. Rendendo ainda outras 10
versões para portáteis contan-
do com dois remakes, entre eles
o primeiro FireRed&LeafGreen
remakes do Red&Green, que se
tornaram os melhores remakes
de todos os tempos, além de jo-
gos para outros consoles, card
games entre milhares de outros
produtos que fizeram de Poké-
mon uma franquia multimilioná-
ria, até aviões, carros e metrôs
foram feitos especialmente em
homenagem aos monstrinhos
poderosos.
Porém o destaque maior vai
para o anime de Pokémon, sim,
o polêmico. O clássico exemplo
do episódio que causou ataques
epilépticos em massa; criticado
e aclamado, o desenho que aju-
dou definitivamente a consoli-
dar Pokémon como um sucesso
mundial ao redor do mundo teve
seu enredo baseado no Poké-
além da infame
Equipe Rocket, sempre
causando problemas,
problemas em dobro.
mon Red&Blue, aonde contava
a história de Ash Ketchum, um
garoto de 10 anos residente da
cidade de Pallet, exatamente
como no jogo; Ash é um tipo de
“versão ajustada” do protago-
nista do jogo para GB apelidado
de Red; que inicia sua jornada
de maneira conturbada pela re-
gião de Kanto afim de conseguir
todas as insígneas e entrar para
Liga Pokémon. A animação dura
até hoje com 14 temporadas,
sempre explorando diferentes
regiões do mundo pokémon
e com diferentes gerações de
pokémon, acompanhando os jo-
gos lançados para portáteis.
Pokémon pode não ser
uma séria tão badalada como foi,
não na televisão, mais ainda sim
é uma grande força nos games,
como prova o primeiro jogo da
série, Pokémon Red&Blue, um
simplista rpg que usava de um
sistema de turnos com limites de
ataques, mais que ainda se mos-
tra bem na fita. Afinal, como foi
dito logo no começo, bons gráfi-
cos não fazem necessariamente
bons jogos. Por isso desenterre
seu Game Boy e assopre a poei-
ra do seu cartucho, afinal “Gotta
Catch ‘em All!”
Janeiro/2011 63
“A culpa é minha e eu colo-
co ela em quem eu quiser!”
by Homer Simpson
Nightsy Comics
Game• The
Games• Legend
Pokémon Of Zelda:Skyward Sword
Red&Blue

B
Bouken Ou Beet
A era das trevas foi causada pelos demônios
Vandel, que pretendem extinguir com a
humanidade. Dias de trevas, mergulhada no
medo que não se sabe quando terminará.
Mas existe uma luz de esperança que
vai contra essa treva. Os guerreiros que
lutam corajosamente contra os Vandels...
conhecidos como Vandel Buster.

Introdução.

Janeiro/2011 67
B ouken Ou Beet é um ex-
celente anime de aven-
tura no estilo Shounen.
Em meio à era das tre-
vas criaturas e demônios chama-
dos Vandel comandam monstros
menores para atacar humanos.
Contra essa luta lendários guer-
reiros conhecidos como Buster
são a resistência humana.Um
verdadeiro Buster conta como
a prova de seu poder, sua arma
Saiga, arma especial que surge
quando invocada com magia.
Neste universo quando um guer-
reiro vence um inimigo adquire
experiência a qual eleva seu ní-
vel e com isso adquire uma mar-
ca no peito, que contabiliza seu
level.
O protagonista desta saga
é Beet, um jovem órfão que
deseja se tornar um Buster e
entrar para ao grupo dos len-
dários buster de Anclus. Cinco
guerreiros de incrível força. Ao
seu lado conta com a pequena
Poala, uma menina de cabelos
azuis que mora com Beet devi-
do o fato de seus pais adotarem
o menino.
Durante um violento ata-
que à cidade Anclus, beet é
antingido e no fim do combate
os cinco buster reúnem seus
poderes das Saigas e colocam
no corpo do rapaz para salva-lo
da morte, com isso acabam de-
cretando a própria morte. Tres
anos se passam que Beet aban-
dona sua cidade e parte em trei-
namento para se tornar o mais
poderoso Buster e vingar seus
amigos, neste período Poala se
torna uma buster forçada para
poder proteger o vilarejo. Com
o retorno do corajoso Beet as
aventuras criam sua face.
 Personagens:
Personagens:

Poala
Amiga de infância de Beet, Poala
sempre esteva ao seu lado, de-
pois de sua partida esta decidiu
se tornar por conta própria uma
Buster para assim proteger a vila
de ataques dos monstros. Após
o retorno do amigo decidiu se-
guir com ele pois não suportaria
a dor de vê-lo partir.

70 Janeiro/2011
Beet
Protagonista da série, é um jovem órfão
que sempre desejou se tornar um Buster
assim como os cinco companheiros do
vilarejo, os lendários Buster que possuí-
am suas Saigas defendiam o vilarejo até
o dia que se viram obrigados a optar por
morrerem em troca de manter a vida de
Beet, este carregando o poder dos cin-
co decide limpar o mundo de toda a era
das trevas. Após três anos de treino ini-
cia sua viagem ao mundo para dar uma
alvorada pacifica ao mundo.

Janeiro/2011 73
 O arco dev
som do vio
os sentidos
da banda
Música • Apocalyptica
vora as cordas a cada avançar, em uma batalha harmônica o
olino abraça o cello com uma composição magistral encanta
s e mergulha os sentimentos em outros planos. Essa é a musica
que irei apresentar a vocês, Apocalyptica.

A
pocalyptica é uma ban-
da finlandesa formada
em 1993, criada por
três violoncelistas, e
desde 2005, um baterista. Com
o intuito de ser um cover da
banda Metallica e fazer arran-
jos como uma forma de diver-
são suas músicas são fortemen-
te instrumentais, tendo como
base o violoncelo ora também
temas cantados. Suas músicas
melodiosas, envolventes e dinâ-
micas, conquistaram milhares
de admiradores no mundo todo,
tendo como especialidade o
“cello metal”, tocando também
música clássica.
Em 1996, fizeram seu pri-
meiro show, no Teatro Heavy
Metal Club. No mesmo ano,
lançaram o seu primeiro álbum,
Plays Metallica by Four Cellos,
onde é possível encontrar ape-
nas covers de Metallica.
Em 1998, lançaram o seu
segundo álbum, Inquisition Sym-
phony, que, novamente, contém
covers de Metallica. Porém, regra-
varam também músicas de “Faith
No More”, “Sepultura” e “Pante-
ra”. Neste álbum a banda incluiu
também três faixas originais com-
postas por Eicca Toppinen.
Em 1999, Antero Manninen
deixou o grupo e foi substituído

Por: Bárbara Lempp

por Perttu Kivilaakso. Em 2000,
a banda finlandesa lançou o ter-
ceiro álbum, Cult, contendo dez
músicas originais e três covers.
Em 2002, Max Lilja deixou o gru-
po e uniu-se a uma outra banda
finlandesa, os Hevein, deixando
os Apocalyptica apenas com
três membros.
Em 2003, os Apocalyptica
lançaram o seu quarto álbum,
Reflections, que contém apenas
músicas originais. Reflections ca-
racterizou um som experimental,
ao invés do anterior estilo acústico
encontrado em Inquisition Sym-
phony e Cult. Dave Lombardo, ba-
terista dos Slayer, tocou em cinco
músicas deste álbum.
Em 2005, lançaram Apo-
calyptica, que contou com a
participação de Mikko Sirén
na bateria, e em Dezembro do
mesmo ano este foi integrado
como membro oficial da ban-
da. Este álbum teve como con-
vidados alguns músicos como
Ville Valo dos HIM, Lauri Ylönen
dos The Rasmus e, novamente,
Dave Lombardo dos Slayer.
No dia 17 de Setembro de
2007 foi oficialmente apresen-
tado ao público o seu sexto ál-
bum Worlds Collide, onde os
Apocalyptica se transformaram
num fenômeno internacional,
onde podiam contar com a par-
ticipação de Dave Lombardo
dos Slayer na bateria de algu-
mas canções, Corey Taylor dos
Slipknot, Cristina Scabbia dos
Lacuna Coil, Till Lindemann dos
Rammstein e Adam Gontier dos
Three Days Grace.
Desde primeiro lançamen-
to, venderam 300.000 cópias
em todo o Mundo. O grupo sur-
preendeu a todos, unindo defi-
nitivamente a música clássica e
o heavy metal.
Atualmente, possuem a
seguinte formação: Eicca Toppi-
nen, Paavo Lotjone, Perttu Kivi-
laakso e Mikko Sirén.
Com uma tour de Verão
planeada para os EUA e a Eu-
ropa, o palco está preparado
para a 7h Symphony, o traba-
lho mais eclético e inspirado
até à data, um trabalho que co-
loca igual ênfase nas melodias
e ritmos pesados e inovadores.
“Trabalhamos muito para
este disco e divertimo-nos
muito a fazê-lo” diz Toppinen,
“Acho que se gostam de instru-
mentais, este vai ser o trabalho
que vão preferir, e se gostam
de Rock, também vai ser este
seu favorito. Este álbum dos
Apocalyptica tem um pouco
para todos.” Gostou? Então
não deixe de acompanhar a
banda.
 Por: Moisés C. Freire
N os dias 29 e 30 de Ja-
neiro ocorreu em For-
taleza um evento que
certamente tem o que
mostrar. Sana Fest o “aque-
cimento” para o Sana ;(Super
Amostra Nacional de Animes)
que ocorre em Julho; Realizado
no Centro de Convenções Uni-
for veio ao público Nordestino
prestigiando o 11° ano do even-
to, tornando-se o maior evento
do Norte/Nordeste e só supera-
do pelo Anime Friends, de São
Paulo, no quadro nacional.
As atrações eram inume-
ras e ficar sem fazer nada era
invalidez. Vários Stands de lo-
78 Janeiro/2011
jas da cidade e estados vizinhos
vendiam todo o tipo de produ-
to, mangás, peças para cosplay,
era só procurar .Um pequeno pal-
co para o animekê dava a chance
aos otakus, cantores de chuveiro,
de soltarem a voz cantando sua
música favorita, tema de anime
ou não, a qualquer um que qui-
sesse ouvir, ou não. As salas de
exibições foram divididas em três
partes, animes mostrando as no-
vas séries de animação japonesa,
tokutasus com sua sempre cons-
tante e bem humorada participa-
ção por parte dos fãns de tokuta-
sus e nostalgia, trazendo animes
e desenhos clássicos que marca-
ram época, para o deleite dos jo-
vens velhos e velhos jovens. Sem
perder o gás com as atrações
o Sana Fest ainda contava com
uma tenda eletrônica, para dan-
çarinos em geral, bancas onde
qualquer um poderia ter seu ros-
to reproduzido em um desenho
ao estilo mangá. Não podendo
faltar, a parte de rpg e cardgames
ganhou um próprio espaço, com
salas inteiras dedicadas a com-
petições, troca e venda de cards
como Magic ou Yu-Gi-Oh, entre
todo tipo de rpg Gurps,3D&T e
D&D.
Ao anfiteatro foi reservada
a gincanas entre os fãns e apre-
sentações artísticas com os gru-
pos de dança e as apresentações

Evento • Sana Fest

de dança em dupla. O destaque
maior foi a seletiva para nada me-
nos, nada mais que o WCS, o con-
curso mundial de cosplay além
da eliminatória para o Cosplay In
Rio show que trará representan-
tes dos 5 estados para um super
evento no Rio de Janeiro.
Ainda entre os destaques
ressalta-se o pavilhão inteiro de-
dicado aos games, um imenso
espaço com games de todos os
tipos com direito a competições
e até a sorteios de prêmios nada
modestos. Uma verdadeira Lan
House foi instalada ao fundo para
competições de Dota e Warcraft,
tudo acompanhado com uma
bela tela de Led’s. Além de tudo
isso, algo que chamava mesmo a
atenção logo após a entrada do
pavilhão era uma bela escultura
do Hulk em tamanho real em uma
fantástica pose digna de meter
medo a qualquer vilão de argila.
Tudo isso sob o comando da GRA-
CON, uma escola de efeitos visuais
que marca presença nos últimos
eventos e fez sua parte nesse.
80 Janeiro/2011
As bandas locais marcaram
presença novamente na tradicio-
nal batalha das bandas que levou
bandas a tocarem grandes suces-
sos no mundo otaku, um destaque
especial para o palco que shows,
que recebeu um “upgrade” com
novos jogos de luzes e uma sono-
rização melhor, o que tornou os
shows ainda melhores. Outros a
marcarem presença no evento fo-
ram os dubladores, algo que não
ocorria a um bom tempo. Foram
convidados dois para palestras so-
bre seus trabalhos e estes foram
Wendel Bezerra, o grande dubla-
dor de Goku e Bob Sponja, entre
 outros e Angélica Santos, a voz
por trás de Chichi, Cebolinha e
muitos outros, “ladical” hein? O
destaque maior do evento foram
para o show final, em grande no-
vidade o Sana Fest de 2011 trouxe
aos fãns de Fortaleza uma atração
internacional, que jamais tinha
acontecido ao Sana Fest propria-
mente dito até então, a eleita
para isso foi Yumi Matsuzawa que
junto com Ricardo Cruz, do JAM
Project, dividiram o palco em um
super show que levou ao delírio os
tantos fãns que ali estavam com
músicas tema de Kamen Rider
Black, Cavaleiro dos Zodíacos e
Yumi Matsuzawa
junto com Ricardo
Cruz, do JAM
Project, dividiram o
palco em um super
show que levou os
fãns ao delírio
Naruto em dois grandes sucessos
de gosto geral que nem precisa-
-se comentar sob a voz de Ricardo
Cruz. E a parte principal de Yumi
Matuzawa teve seus sucessos de
Buck, Cavaleiros do Zodíaco e Na-
desico cantados como só a inter-
prete dessas canções pode fazer.
Um destaque especial para o final,
onde Yumi Matsuzawa juntamen-
te com Ricardo Cruz juntaram-se
em um dueto para cantar uma
música criada pelos dois especial-
mente para o Sana Fest, realmen-
te um final grandioso para aquele
que, a consideração de muitos, foi
o melhor Sana Fest.
Janeiro/2011 81
Hora do Medo• Slender Man

“Nós não queremos ir, nós não

queremos matá-los, mas seus
braços estendidos persisten-
te em silêncio horrorizaste nos
consolou, ao mesmo tem-
po...” 1986, Marry Thomas,
desaparecida desde 13
de junho de 1986.
O
Medo B traz nesta edi-
ção mais um novo con-
to que sua atemorizante
coletânea. Slender Man.
Originalmente esse conto foi pu-
blicado em 10 de Junho em 2008
em um fórum de ficção cientifica,
durante um concurso de con-
tos. Entre 2008 e 2009 a grande
moda online era forjar com pho-
toshop imagens com fantasmas
e criaturas para credibilizar con-
tos. O usuario Victor Surge, foi o
responsável pelo post com o titu-
lo “Slender Man”.
Neste descrevia um ho-
men de terno e gravata com
capacidade de esticar os mem-
bros de maneira desumana.
A criatura sempre se ocul-
tava em florestas e lugares do
genero aonde praticamente se
camuflava. O grande X da ques-
tão era o fato que a criatura rap-
tava crianças e não podia ser vis-
ta ou percebida por adultos.
84 Janeiro/2011
A história foi um sucesso
e Victor a alimentou por algum
tempo com algumas imagens
editadas, aos poucos o mito ga-
nhou grande popularidade e em
12 de julho de 2009 foi refeito
por Awful com o nome de Lee-
chCode5.
Até esse ponto tudo bem,
o problema foi que após um pe-
ríodo começou a surgir imagens
e fotos antigas com sua apari-
ção. Em determinadas cidades
do interior dos Estados Unidos
a lenda já existia como “Lenda
urbana” e de fato determina-
das crianças desapareciam, não
somente elas mas adultos tam-
bém.
A informação foi questio-
nada, pois poderia ser apenas
um modo de reviver a lenda e
as imagens poderiam ser mon-
tagens. O caso foi deixado em
silencio quando se encontraram
os originais das fotos. n
 Para acompanhar mais
histórias de terror puro
não deixe de acompa-
nhar a galera do MedoB:

Janeiro/2011 85
 A voz negra da aliança dos Goblinóides
devoram reinos a cada alvorada. Ator-
mentada por tempestades de sangue
e demonios o mundo se vê perdido na
Livraria• Tormenta

fração do segundo entre o caos e a

desgraça, e inerte, petrificada, a deu-
sa da humanidade chora em silencio
diante do entardecer turvo. Bem vindo
ao universo de Tormenta.
E
m geral, a cada edição
buscamos trazer um li-
vro nesta editorial, con-
tando cada detalhes e
esmeros agregados a inúmeras
páginas que guiam a esferas di-
ferentes de pensamentos. Mas
nesta edição será aberto uma ex-
cessão, além de trazer grandes
titulos como sugestão, vamos
trazer o universo deste.
Tormenta, o maior cenário
de RPG do Brasil, um universo
mágico com suas criaturas, suas
características, seus apressos,
seu mal. Entre cachoeiras e far-
falhos de copas verdes diversas
histórias ocorrem dentro desse
mundo, criando livros, jogos, qua-
drinhos. Cada um com suas carac-
terísticas.
Criado por Marcelo Cassa-
ro, Rogério Saladino e J.M. Trevi-
Confira a seguir a entrevista que
a Chapters fez com Marcelo Cassaro.
san, iniciou publicações por vol-
ta de 2005 pela Jambo Editora.
As lendas que ocorrem em
tormenta giram entorno do palco
chamado Arton, um continente o
qual abrange todas as regiões co-
nhecidas. Este continente possui
terreno litorâneo baixo e pouco
navegável, montanhas sanguiná-
rias ao oeste e desertificação pró-
ximo a região central, de maneira
geral lembra um pouco a nosso
planeta se ignorássemos o fato
de incontáveis criaturas mágicas.
O universo de tormenta e
suas lendas aventureiras foram
registradas nos livros “Trilogia
Tormenta”, “Área de Tormen-
ta” e “Guerras Táuricas”. Outras
histórias que ocorrem dentro do
mundo de Tormenta são “Holy
Avengers”, “Dungeons Crawler”
e “Dragons Bride”
 • Cassaro, você junto a
equipe da Dragão Brasil foram
pioneiros no mercado de RPG
do Brasil além de se tornarem
a revista mais notória nacional
do setor. Após 15 anos de exis-
tência, findou suas atividades
nos anos de 2008 e 2009. O que
houve para que isso ocorre-se?
O mercado de RPG no Brasil
enfraqueceu? Teve algum mo-
mento de auge? Quando?

A Dragão Brasil esteve

bem sediada na antiga Editora
Talismã durante onze anos. In-
felizmente, uma mudança de
administração criou problemas
entre seus editores (eu, Rogério
Saladino e J.M.Trevisan, hoje co-
nhecidos como “o Trio Tormen-
ta”) e a nova chefia. Sabendo da
tensão, o portal RedeRPG fez,
sem nosso conhecimento, uma
oferta clandestina à editora para
comandar a revista, e perdemos
nossos cargos. Como resultado,
a Dragão Brasil teve queda bru-
tal de vendas e foi cancelada.
Quanto a nós, começamos outra
revista, a DragonSlayer — que
segue nas bancas até hoje, com
uma nova (e desta vez honesta e
competente) equipe.
O mercado teve um
“boom” no Brasil na metade da
década de 90. A Devir estava em
seu auge com Gurps e o Mun-
do das Trevas. Abril Jovem e a
Ediouro trouxeram títulos fortes
— Advanced Dungeons & Dra-
gons e Shadowrun, respectiva-
mente. Tivemos até mesmo uma
boa safra de jogos nacionais:
Arkanum, Defensores de Tóquio,
Millenia, Invasão.
Um novo sopro viria com a
virada do milênio. Dungeons &
Dragons 3ª Edição trouxe a Licen-
ça Aberta D20, ou Open Game
License — em poucas palavras,
permitia que outros autores ou
editoras usassem livremente
as regras de D&D, o primeiro e
maior RPG do mundo. Assim,
em vez de jogos diferentes com
regras diferentes, agora tínha-
mos muitos jogos usando regras
parecidas, facilitando o aprendi-
zado e a entrada de novatos ao
hobby. Veio uma enxurrada de
novos títulos D20, nacionais e
importados.
Ao longo da década de
2010, o RPG brasileiro sofreu dois
duros golpes. Um deles seria a
própria decadência e queda da
Dragão Brasil, um de seus prin-
cipais veículos; outro, o fim de
D&D 3ª Edição (substituído por
uma estranha 4ª Edição, que hoje
enfrenta vendas baixas nos EUA)
e sua Licença Aberta. Por outro
lado, hoje, o surgimento de óti-
mos blogs e revistas eletrônicas
tem sido a mais poderosa ferra-
menta de divulgação do hobby.
Houve uma retração nor-
mal, comum do mercado. Mas
chamar isso de “crise” tem sido
pretexto de autores incompe-
tentes para justificar o fracasso
de seus projetos. Temos tantos
títulos por ano, hoje, quanto na
década de 90.
 • Holy Avengers foi uma
revista de marco, dentro do
cenário de Tormenta ela se tor-
nou uma revista muito forte. A
medida que conquistou espaço
a revista ganhou um projeto de
se tornar uma animação. O que
houve com o projeto? Já traba-
lhou com a reedição da revista
Holy Avenger devido o grande
resultado que esta teve? Com
as novas midias digitais tentou
trabalhar em continuidade de
Holy Avenger?
O projeto para uma anima-
ção de Holy Avenger ainda exis-
te, mas depende de captação de
recursos. Quanto ao quadrinho
original, é possível que ganhe
uma reimpressão em “versão
definitiva” este ano. Não posso
falar ainda sobre mídia digital,
mas também já existe esse pla-
no.
• Tormenta, criado por
você, Rogério Saladino e Trevi-
san é um dos maiores cenarios
de RPG do Brasil, um dos mais
jogados e mais conhecido. Qual
foi a grande inspiração para
cria-lo? O sistema utilizado,
3D&T foi criado em que bases?
Nossa inspiração foi o
jogo Advanced Dungeons &
Dragons, AD&D. Somos todos
jogadores antigos, fãs de títu-
los como Forgotten Realms,
Dragonlance, Ravenloft. Nosso
sonho sempre foi construir um
cenário de campanha vivo e en-
volvente como eles. Mas nunca,
em nenhum momento, imagi-
namos queTormenta chegaria
a igualar ou ultrapassar esses
grandes clássicos no Brasil.
3D&T, Defensores de Tó-
quio 3ª Edição, surgiu de uma
necessidade diferente. Durante
anos a Dragão Brasil trabalhou
com jogos feitos por outros —
muitas vezes houve atrito com
a Devir Livraria, representante
desses títulos no Brasil. Então
decidimos ter nosso próprio
jogo oficial. Um RPG com regras
simples e rápidas, ligado a ani-
me e mangá, ao gosto do joga-
dor brasileiro. Novamente, não
imaginamos que o sucesso seria
tamanho.
 • O Inimigo do Mundo, O
crânio e o Corvo, são romances
criados dentro do universo de
Tormenta. Quais outras obras
relacionadas tiveram grande
destaque? Existe projetos para
futuros romances?
Na verdade esses dois tí-
tulos terminam em O Terceiro
Deus, que juntos formam uma
trilogia. Esses romances marca-
ram a chegada de Leonel Calde-
la à equipe, um excelente autor
que vem assinando alguns dos
melhores títulos para Tormenta.
Caldela agora trabalha em
uma nova saga, formada pelos
livros O Caçador de Apóstolos e
O Deus-Máquina, mas desta vez
sem ligação com Tormenta. En-
quanto isso, J.M.Trevisan está
organizando uma antologia de
contos, de diversos autores, ba-
seados em Arton.
• Quadrinhos como Dun-
geons Crawlers, Holy Avenger
e Dragons Bride são inspirados
no universo de Tormenta, exis-
tem outros quadrinhos sendo
criados na mesma linha? Hoje
são publicados por qual meio?
Como nós, leitores e fãs de seu
trabalho podemos ter acesso?
Uma nova HQ sediada
em Tormenta, com roteiro de
J.M.Trevisan e arte de Lobo Bor-
ges, está em andamento. Não
posso ainda falar muito sobre
ela — nem mesmo seu títu-
lo. Mas pelo que pude ver até
agora, tem tudo para se tornar
tão bem-sucedida quanto Holy
Avenger, se não mais.
• O Universo Tormenta ao
longo do passar de anos sofreu-
modificações? Atualizações? ou
sempre se manteve igual des-
de sua criação? se houve mu-
danças, poderia citar qual foi
de maior importância? Existe a
chance de colocar personagens
de importancia como Vladislav
ou Katrabrok?
Tormenta começou como
um livreto-brinde na Dragão
Brasil. Desde então ganhou
milhares de páginas, ficou gi-
gantesco. Ao longo dos anos,
algumas de suas tramas mais
importantes foram soluciona-
das —a Libertação de Valkaria,
o plano de Arsenal, o retorno
do Terceiro — enquanto outras
ainda aguardam sua resolução,
como a Aliança Negra dos Gobli-
noides.
A própria Tormenta teve
sua natureza enfim revelada
e esmiuçada, na Trilogia Tor-
menta e no acessório Área de
Tormenta. E o mais recente e
polêmico evento, as Guerras
Táuricas, chacoalhou a geopo-
lítica do Reinado quando os
minotauros atacaram e anexa-
ram cinco nações a seu império
— ao mesmo tempo em que o
deus Tauron tomou a liderança
do Panteão.
Aprendemos, com o tem-
po, que os personagens prin-
cipais em qualquer mundo de
RPG devem ser os próprios jo-
gadores. Por isso, a incidência
de novos “personagens impor-
tantes” deve diminuir, e alguns
devem até mesmo sumir.
• Lua dos Dragões e Espa-
da da Galáxia, são romances de
alta qualidade, inclusive o Espa-
da da Galáxia recebeu o prêmio
Nova na categoria de Ficção
Longa Nacional. Existem novos
projetos da mesma linha? exis-
tem outros trabalhos dentro do
universo da Espada da Galáxia?
Além de uma possível re-
edição de Espada da Galáxia,
e dois ou três roteiros de HQs,
não há até agora nenhum novo
projeto nessa linha.
• Hoje, quais projetos
está trabalhando e criando?
Por meu trabalho com
Holy Avenger, recebi um ines-
perado e irrecusável convite de
ninguém menos que Mauricio
de Sousa: estou trabalhando,
com a roteirista Petra Leão, na
revista Turma da Mônica Jovem
— hoje a HQ de maiores vendas
no Brasil, se não no Ocidente.
Isso deixa pouco tempo para
projetos mais pessoais, mas ve-
nho tentando retomar alguns.

• Criar, escrever, dese-

nhar são realmente passos im-
portantes, mas e jogar RPG?
como continua a vida de rpgis-
ta? ainda permanece com gru-
pos de jogos? mestra campa-
nhas? ou abandonou os dados?

Ainda costumo rolar da-

dos com meu grupo de vetera-
nos (acredito que quase vinte
anos de jogo nos qualifica como
veteranos). Jogamos Pathfin-
der RPG, que substituiu — em
espírito e tradição — o Dunge-
ons & Dragons de que sempre
gostamos.
Mas mestrar exige prepa-
ração extra, e meu tempo livre
tem sido curto. Por isso prefiro
ser apenas jogador.
Cala a boca Galvão.
Por: Fernando Alencar
Todo mundo já teve, em al-
gum momento da vida, aquela en-
sandecida vontade de parar tudo
e gritar com alguém a famosa fra-
se que rodou o mundo durante
a Copa do Mundo de Futebol de
2010: “CALA A BOCA GALVÃO!!!!!”.
Mas já pararam para pensar
que, de repente, alguém pode
querer gritar isso para a gente?
Pois é! Cientistas desocupa-
dos e extremamente entediados
da cidade de Jijoca de Jericoacoa-
ra, no estado do Ceará, depois de
longa e exaustiva pesquisa com
mais de quatro voluntários, che-
garam a incrível conclusão que:
Sim! Você pode ser vítima de um
“CALA BOCA GALVÃO!”.
Mas no que isso está liga-
do aos textos que normalmente
mando para cá? Tudo!
Vamos aproveitar o mo-
mento para fazer uma reflexão
94 Janeiro/2011
exotérica, psicodélica, romanceada,
ficcional e histórica (nossa, parece o
livro que estou lançando prestes a
lançar!!!) das nossas ações durante
nossa vida de RPGistas.
Depois de algum tempo jo-
gando RPG, a gente acaba achan-
do que sabe muito, se não tudo,
sobre regras, personagens, cam-
panhas, espirros e espinhas dos
personagens dos jogos.
Se um novo jogador quer
aplicar um golpe tipo “Salto no
Vácuo com Joelhada” (Vide dese-
nho animado da década de 80 –
SAWAMU, basta procurar no you-
tube), ele não pode. Pois além de
ser novo no grupo, ele criou um
personagem guerreiro que não
possui habilidade motora para do-
brar o joelho no vácuo... se fosse
na água ele podia!!!!!
Nesse momento, começa-
mos a dar aquela explicação ló-
gica, com cara de entediado pela
falta de conhecimento regrística
do pobre coitado, sobre a versatili-
dade e elasticidade das manobras
que o nosso personagem pode
fazer, e depois de contar tudo tim-
-tim por tim-tim, ainda entramos
nos detalhes da especificidade fi-
logenética da composição clássica
do vácuo.
Resumindo: Falamos, fa-
lamos e falamos. E depois disso,
falamos mais um pouco, demons-
trando toda nossa superioridade
físico/intelectual sobre o coitado,
que nessa hora já deve estar que-
rendo uma de três coisas.
1) Se enfiar debaixo
da mesa em posição fetal e chorar
até que a mãe venha buscá-lo.
2) Pegar todo material
de jogo que tem na frente e enfia-
-lo goela abaixo do distinto discur-
sante, depois se enfiar debaixo da
mesa em posição fetal e chorar
até que a mãe venha buscá-lo.
E finalmente...
3) Pegar todo mate-
rial de jogo que tem na frente e
enfia-lo goela abaixo do distinto
discursante. Gritar com um mega-
fone “CALA BOCA, GALVÃO!!!!” E
depois se enfiar debaixo da mesa
em posição fetal e chorar até que
a mãe venha buscá-lo.
Por isso, meu caro e intrépi-
do jogador super-hiper-baguá de
expert no assunto, antes de dar a
sua próxima “lição” no pobre neó-
fito, pense duas vezes... A cena de
um indivíduo de 17 anos de idade
debaixo da mesa em posição fe-
tal e chorando enquanto espera a
mãe vir buscá-lo, pode ser deveras
traumatizante.
Isso, sem contar o fato que
as opções 2 e 3 podem queimar
teu filme com o resto do pessoal
que costuma frequentar tua casa
para a sessão de jogos.
Saudações do Patriarca Gallahad!
Janeiro/2011 95
 Na próxima
edição
Mangá@chapters.com.br
Próxima Edição:
18 de Março