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Português

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Mar
Componentes do projeto:

Manual do aluno
Fichas de avaliação (oferta ao aluno)
Caderno Oficina de escrita criativa (oferta ao aluno)
Caderno de atividades
Livromédia

Conforme o novo
Acordo Or tográfico
da língua portuguesa

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Português

3
ano

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Índice
PÁG. PÁG.

Texto 1 4 COMPREENDER 5

1 REFLETIR 5
Unidade

Negra-Flor ORTOGRAFIA 6
Fernanda de Castro CONHECIMENTO EXPLÍCITO 7
ESCREVER E ILUSTRAR 8

Texto 2
Sebastião e Bastião contra a bicha LEITURA RECREATIVA ORIENTADA 10
de sete cabeças
António Torrado

Texto 3

2
12 COMPREENDER 13
13
Unidade

REFLETIR
Aos avós ORTOGRAFIA 14
Maria Alberta Menéres CONHECIMENTO EXPLÍCITO 15
ESCREVER PARA EXPRESSAR… 16

Texto 4
O prato de madeira LEITURA RECREATIVA ORIENTADA 18

Esteve Pujol i Pons

Texto 5

3
20 COMPREENDER 21
21
Unidade

REFLETIR
Aflição ORTOGRAFIA 22
João Pedro Mésseder CONHECIMENTO EXPLÍCITO 23

Texto 6
ESCREVER E ILUSTRAR 24
Cartaz

Texto 7
Xarope de cenoura LEITURA RECREATIVA ORIENTADA 25

José Fanha

Texto 8

4
26 COMPREENDER 27
27
Unidade

REFLETIR
Os meus amigos índios ORTOGRAFIA 28
José Jorge Letria CONHECIMENTO EXPLÍCITO 29
ESCREVER PARA APRENDER… 30

Texto 9
A pequena vendedeira de fósforos LEITURA RECREATIVA ORIENTADA 32

DICIONÁRIO POR IMAGENS DO NATAL

REVISÕES DO 1.º PERÍODO — Jogo da Glória 28

Texto 10 36 COMPREENDER 37

5
REFLETIR
Tenório 37
Unidade

ORTOGRAFIA 38
Miguel torga CONHECIMENTO EXPLÍCITO 39
ESCREVER POR PRAZER… 40

Texto 11
O meu cão ou pastor LEITURA RECREATIVA ORIENTADA 42

Alves Redol

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PÁG. PÁG.

Texto 12 44 COMPREENDER 45

6
Unidade REFLETIR 45
Pinheiro-manso ORTOGRAFIA 46
Maria Teresa Maia Gonzalez CONHECIMENTO EXPLÍCITO 47
ESCREVER POR PRAZER… 48

Texto 13
O carvalho e o junco LEITURA RECREATIVA ORIENTADA 50

Esteve Pujol i Pons

Texto 14 52 COMPREENDER 53

7 REFLETIR 53
Unidade

A fuga da Lua ORTOGRAFIA 54


Madalena, Francisco e Isabel Stilwell CONHECIMENTO EXPLÍCITO 55
ESCREVER PARA EXPRESSAR… 56

Texto 15
O ratinho Larico LEITURA RECREATIVA ORIENTADA 58

António Torrado

REVISÕES DO 2.º PERÍODO — Jogo da Glória 46

Texto 16 62 COMPREENDER 63

8 REFLETIR 63
Unidade

Um vizinho especial ORTOGRAFIA 64


Maria Teresa Maia Gonzalez CONHECIMENTO EXPLÍCITO 65
ESCREVER PARA EXPRESSAR… 66

Texto 17
LEITURA RECREATIVA ORIENTADA 68
Festa na aldeia
Maria Isabel de Mendonça Soares

Texto 18 70 COMPREENDER 71

9 REFLETIR 71
Unidade

Guardador de vacas ORTOGRAFIA 72


Alves Redol CONHECIMENTO EXPLÍCITO 73
ESCREVER PARA APRENDER… 74

Texto 19
Palhaços no consultório LEITURA RECREATIVA ORIENTADA 76

Maria Alberta Menéres

Texto 20 78 COMPREENDER 79

10 REFLETIR 79
Unidade

Na praia da Galé ORTOGRAFIA 80


Álvaro Magalhães CONHECIMENTO EXPLÍCITO 81
ESCREVER PARA APRENDER… 82

Texto 21
A estrada de chocolate LEITURA RECREATIVA ORIENTADA 84

Gianni Rodari

REVISÕES DO 3.º PERÍODO — Jogo da Glória 66

Todo o material textual transcrito neste projeto foi adaptado segundo o novo Acordo Ortográfico.

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1
Unidade

Vocabulário
xto
Sublinha no te
e procura
no dicionário
o significado
Texto 1 Negra-Flor das palavras
que
.
O país de Juíta era um país de palmeiras não conheces
e de outras árvores africanas, embondeiros e baobás,
de grandes rios habitados por hipopótamos e por
crocodilos, onde, na época das chuvas, o calor era tão intenso
que os próprios animais ferozes se escondiam nos covis, saindo
apenas à tardinha, para beber e, de madrugada, para caçar.
Era um país de grandes árvores enredadas em lianas, em
cujos troncos não era raro enlearem-se grandes cobras venenosas.
Às vezes, os leopardos subiam pelos troncos atrás dos macacos,
mas estes fugiam para os ramos mais altos, soltando guinchos
agudos. Os leões gostavam mais da planície, onde pastavam
zebras e gazelas, mas o calor obrigava-os a procurar também
as sombras da floresta.
Juíta vivia numa palhota coberta de folhas de palmeira,
de paredes amassadas com barro. Era uma linda rapariga de pele
escura, luzidia como a pele duma fruta, ágil e delgada como um
bambu, com uns dentes muito brancos, que brilhavam
no escuro como pedras preciosas.
Juíta vivia com a mãe, a negra Madila, numa pequena
aldeia de sete ou oito palhotas, na orla da floresta. Comiam
arroz e milho, galinhas-do-mato e frutos silvestres, bebiam
leite de coco e água das fontes, e eram felizes, nem sequer
tinham medo, porque Jambo, o filho do chefe da tabanca,
que é como quem diz o chefe da aldeia, era um valente
caçador, que não deixava as feras aproximarem-se das
palhotas. Além disso, à cautela, os homens tinham cercado
a aldeia com uma paliçada feita de troncos de árvore,
suficientemente alta e forte para que as mulheres e as crianças
pudessem ficar tranquilas quando os homens iam caçar.
Fernanda de Castro, A ilha dos papagaios e outras histórias, Editorial Verbo

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1

Unidade
COMPREENDER

1 Atribui as palavras destacadas no texto aos significados seguintes.

aldeia árvore cerca cabana

2 Segundo o texto, qual era o período do dia em que os animais preferiam caçar? Porquê?

3 Faz o retrato físico e psicológico da Juíta.

4 Descreve a casa onde a Juíta vivia.

5 Como era a vida na tabanca? Parece-te que aquele era um povo feliz e que vivia em paz?

REFLETIR

1 Quais são as principais diferenças entre o país de Juíta e Portugal?


Em que continente ficará este país? Justifica a tua resposta.

2 Do que leste no texto, gostarias de viver neste país? Porquê?

3 Parece-te que este povo tinha uma alimentação mais saudável do que a nossa? Porquê?

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ORTOGRAFIA O som do s: c, s, ss ou ç

1 Completa as palavras com c, s, ss ou ç.

∞bo‘ $å ca‘ $aß $aiå ∞™e ∞idø ca ∞ado®

¢ercå ∞på $a˙eµ ∞ro $a® ananá ∞capa


1.1 Copia do texto outras palavras e escreve-as na coluna correspondente.

c s ss ç

2 Escolhe a sílaba da esquerda que completa a palavra correspondente ao desenho.


Risca a sílaba errada.

se
7 te
ces
to
ça
ca dor
ço
abra
ce ses ssa sso

3 Completa as frases com as palavras do quadro. Atenção ao sentido das frases.


a) Aquele está ocupado. assento (lugar para sentar; verbo)
Falta o naquela palavra. acento (sinal ortográfico)
b) Comprei uma ferramenta de . asso (verbo assar)
o frango no forno. aço (liga de metal)
c) Era nesta que dormia sela (assento de cavaleiro; verbo selar)
o frei Gonçalo. cela (pequeno quarto)
Esta é para colocar no Veloz.
6

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1

Unidade
GRAMÁTICA Verbo: conjugação/número/pessoa; ditongos

1 Circunda os ditongos nas palavras seguintes.

Juíta mãe pai leões oito

não palmeira aldeia embondeiros

1.1 Sublinha, com uma cor diferente, os ditongos nasais.

2 Preenche o quadro de acordo com o verbo da frase.

Frase Conjugação Número Pessoa


A Juíta morava numa cabana.
Lavámos as mãos.
A mãe da Juíta chamava-se Madila.
É bom que eu corra depressa.
Nós comíamos arroz e milho.
Os leopardos subiam pelo tronco.
Jambo gostava de caçar.
Os homens cercaram a aldeia.

3 Completa o quadro com palavras da mesma família.

Nome Verbo Adjetivo

doença adoecer doente

riqueza

triste

fortalecer

pobre

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ESCREVER E ILUSTRAR Um texto descritivo
Nota bem!
ina 4
O texto da pág
ção
é uma descri
dos
de um país e
APRENDE s.
seus habitante
a
O texto descritivo é uma tentativa de representar Através da su
s
por escrito um objeto, uma pessoa, um lugar ou uma leitura, ficámo
elhor
paisagem. a conhecer m
s
Para que essa tentativa resulte o mais completa possível, alguns aspeto
local.
devemos tentar não esquecer os seguintes aspetos: da vida nesse

Observação e pesquisa pormenorizada do que se


pretende descrever, caracterizando todos os pormenores.
Recurso frequente a vocabulário diversificado.

Exemplo de vocabulário significativo a usar em textos descritivos:

ADJETIVOS

Relacionados com a visão: amarelo, alaranjado, multicolor, sombrio, límpido,


claro, luminoso, cristalino, transparente, radiante, luzidio, brilhante, …

Relacionados com o olfato: agradável, nauseabundo, pestilento, enjoativo, …

Relacionados com o tato: quente, frio, gelado, macio, rugoso, mole, duro, rijo,
seco, molhado, ensopado, …

NOMES

Relacionados com a audição: silêncio, gritos, algazarra, vozearia, barulho,


cochicho, mutismo, calma, rumor, …

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1

Unidade
1 Planifica um texto descritivo que seja a apresentação da Juíta.

Tópicos para Atenção!


a descrição Características Para fazeres
do teu
a planificação
e este
texto, preench
Rosto
quadro com
tiradas
informações re
gina 4.
Aspeto físico do texto da pá

Onde e como vivia

Hábitos
alimentares

1.1 Agora, escreve o texto de apresentação da Juíta e lê-o aos teus colegas.
Compara o teu texto com os dos teus colegas: o que referiram em comum?
Que informação diferente têm?

2 Ilustra o texto que escreveste tendo em conta o aspeto físico da Juíta e o local
onde vive.

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LEITURA RECREATIVA ORIENTADA
Vocabulário
Nos espaços
texto,
em branco no
nificado
escreve o sig
Texto 2 Sebastião e Bastião das palavras
contra a bicha das sete cabeças destacadas a
azul.
tre
Procura-os en
Quando o Sebastião nasceu, todos os sinos se as várias opç
ões
alvoraçaram tão-badalão, tão-badalão, tão-badalão que e está
do quadro qu
xto.
até os surdos, desaquietados ( ) no final do te
na concha da sua surdez, perguntaram, de olhos
a rebolarem de incompreensão e pânico:
— Parecem sinos a tocar ao longe… O que é que Qual foi a reação
foi? Fogo? Guerra? Mobilização geral? provocada pelo
nascimento do
Mas não havia motivos para alarmes. Era só mais
Sebastião? Porquê?
um príncipe que vinha ao mundo. […]
Quando pela mesma altura o Bastiãozinho nasceu,
nenhum surdo se sobressaltou ( ), Quais eram
porque também nenhum sino repicou ( ), as diferenças entre
a dar a notícia. Era mais um menino que se juntava a um o príncipe
rancho deles, em casa de pobres. […] Mais um e, e o Bastiãozinho?
felizmente, sãozinho, como se pede que todos os meninos O que as justificava?
o sejam do nascer para diante. O outro, o príncipe, ainda
que delgadito, também se fazia à vida. Chorava era mais.
— Fraqueza ( ) do leite da rainha —
sentenciou um sábio, doutor de sábios, provando do dito
leite por um conta-gotas de cristal. […]

10

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1

Unidade
— Recomenda-se a uma ama provida de seiva
( ) láctea ( ) rica
de nutrientes, que deem plena satisfação à natureza do príncipe. […]
Quis o destino que a ama recrutada para
o serviço fosse a mãe do Bastiãozinho, aliás, Bastiãozinho
igualmente, Sebastião de nome. Nós é que o tratamos é um diminutivo
pelo diminutivo, para não causar confusões. […] de que nome?
Passaram os dois Sebastiões a dormir lado
a lado. Um num berço de ouro, o outro num berço
O que levou
de canas, mas ambos regalados, porque o deleitoso a que os dois
( ) néctar, buscado na fonte a toda meninos passassem
a hora, dava para ambos e mais que viessem. Foram a dormir lado a lado?
arribando ( ), por igual
rechonchudos e risonhos, até à altura em que lhes
trocaram a doçura do leite por uma tigela de papinhas.
Os dois, ao mesmo tempo, fizeram caretas às novidades, para,
logo depois, se afeiçoarem ao gosto dos mil diferentes sabores
com que nós, os mais crescidos, exercitamos o prodigioso
( ) dom do paladar. […]
O certo é que os dois meninos, graças aos bons
tratos e cuidados, espigaram e encorparam que era Parece-te que
os dois meninos
um encanto vê-los. Dois miúdos, dois garotos, dois
criaram laços
rapazinhos, dois rapazelhos, dois rapazotes, de escala de amizade?
em escala subiram a rapagões, dois belos moços,
perfeitos de semblante ( ), afáveis
e alegres. E sempre a par nos estudos e nas brincadeiras, porque,
sendo irmãos de leite, eram e comportavam-se como se fossem
gémeos. Mais amigos do que eles não haveria em todo o reino.
António Torrado, excerto do conto «Sebastião e Bastião contra a bicha das sete cabeças»,
in Histórias tradicionais portuguesas contadas de novo,
Civilização Editora (texto com supressões)

• L‰ei™. • T∞oco† ∞∂ modø ∞ƒÆstivø. • E∞xtraordináriø. • S∞urp®een∂e†.


• P∞oucå ∞forçå. • L∞íquidø nutritivø. • I∞nquıeto§. • D‰eliciosø.
• C∞®es©endø. • R∞ostø.
11

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2
Unidade

Texto 3 Aos avós


Uma avó é uma mulher que não tem filhos: por isso,
gosta dos filhos dos outros.
As avós não têm nada que fazer, é só estarem ali. Quando
nos levam a passear, andam devagar e não pisam as folhas
bonitas, nem as lagartas. Nunca dizem: despacha-te. Normalmente
são gordas, mas mesmo assim conseguem atar-nos os sapatos.
Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo,
ou uma fatia maior.
Uma avó de verdade nunca bate numa criança: zanga-se,
mas a rir.
As avós usam óculos e, às vezes, até conseguem tirar os dentes.
Quando nos leem histórias nunca saltam bocados e não
se importam de contar a mesma história várias vezes.
As avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo.
Não são tão fracas como elas dizem, apesar de morrerem
mais vezes do que nós.
Toda a gente deve fazer o possível por ter uma avó,
sobretudo se não tiver televisão.
Maria Alberta Menéres,
in Enfants de Partout,
citado por «Imaginação», Asa Editores

12

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2

Unidade
COMPREENDER

1 Assinala com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações seguintes de acordo com o texto.


Uma avó é uma mulher sem filhos.
As avós são esbeltas e desocupadas.
Atenção!
As avós têm falta de vista. as de
Não te esqueç
sões
As avós não costumam respeitar as histórias que leem. que as expres
xto
1.1 Corrige as afirmações falsas. Podes usar expressões retiradas do te
ntre
do texto para as tuas respostas. têm de ficar e
«aspas».

2 Faz uma lista com as principais qualidades das avós, de acordo com o texto.

3 Ordena as instruções de 1 a 5 de acordo com o texto.

a) As avós são pacientes e não se zangam a sério.

b) Elas adivinham quem quer mais bolo.

c) Aparentam ser mais fracas do que na verdade são.

d) O texto fala de pessoas que gostam muito dos filhos dos outros.

e) Estas pessoas caminham lentamente sem prejudicar a Natureza.

REFLETIR

1 Achas que uma televisão pode substituir uma avó? Justifica a tua opinião.

2 Por que razão serão os avós mais pacientes e disponíveis do que as mães e os pais?

3 Qual te parece ser a importância de uma avó no crescimento de uma criança?


Ficará para sempre na sua memória?

13

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ORTOGRAFIA O som r — forte e fraco/grupos consonânticos

1 Ordena as sílabas e forma palavras.

rre.ca.gar rro.bu ja.ru.co te.rro.se o.ri

co.bar to.ra ra.a.ra dei.ban.ra ru.pe

1.1 Circunda a vermelho aquelas que têm r forte e a azul as que têm r fraco.

2 Das palavras que se seguem circunda as que têm r ou rr que corresponde


a um som forte e sublinha as que têm um r que corresponde a um som fraco:

marido rede areia nariz barriga parede

3 Preenche os espaços em branco com pr-, at-, gl-, fl-, ig-, vr-, pt- ou bl-.

a) usa c) mosfera e) li e g) eto

b) i u d) auta f) d no h) a o

4 Junta as sílabas para formares palavras que têm um som muito parecido.

feição
ceber
spetiva
per filar
plexo
gunta
missão

cisão
caução
juízo
pre dileto
guiça
térito
fácio

14

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2

Unidade
GRAMÁTICA O tempo: presente/passado/futuro

1 Na linha do tempo, situa e organiza as frases no momento adequado.


a) A avó não tem nada para fazer.
b) Antigamente, a avó era uma mulher muito ocupada.
c) Para o ano, vou de férias com a minha avó.
d) Hoje lancho com a minha avó.

2 Reescreve a frase a) no futuro; a frase b) no presente e a frase c) no passado.


a)
b)
c)

3 Escreve as formas verbais abaixo na coluna certa do quadro.

bebem beberam beberão morámos moraremos


moramos lavamos lavámos lavaremos recebi recebo
receberei saí saio sairei mora morou morará

Formas verbais

Passado Presente Futuro

15

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ESCREVER PARA EXPRESSAR CONHECIMENTO O retrato

1 Um retrato é um texto em que se faz a descrição das


Como podes
personagens para um melhor conhecimento das mesmas o
verificar, o text
e uma melhor compreensão do texto. Num retrato,
da página 12
devemos considerar dois aspetos: o físico e o psicológico. pouco
explica-nos um
avós.
como são as

APRENDE
Ao traçar um retrato físico,, devemos estar atentos a alguns
pormenores que podem enriquecer este tipo de texto.
Selecionar o vocabulário que melhor caracterize cada
pormenor. Exemplos:
Aspeto geral — alto, baixo, gordo, magro, elegante, …
Idade — criança, jovem, adulto, idoso, …
Cabelos — pretos, castanhos, louros, curtos,
compridos, …
Olhos — grandes, pequenos, esverdeados, meigos, …
Nariz — arrebitado, achatado, pequeno, …

Ao traçar um retrato psicológico, devemos estar atentos


a outros pormenores sobre a personagem.
Selecionar o vocabulário que melhor caracterize cada
pormenor. Exemplos:
Qualidades — alegre, carinhoso, brincalhão, bom,
respeitador, descontraído, gracioso, discreto, sensato, …
Defeitos — preguiçoso, descarado, endiabrado, arrogante, …
— maneiras de andar
(apressado, lento, sempre
a saltitar, …), maneiras
de falar (alto, depressa
e mal, devagar, …)
Gostos e preferências
— o prato preferido,
o programa de televisão,
o filme, o livro, …

16

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2

Unidade
2 Faz o levantamento das características de uma das
tuas avós para depois fazeres o seu retrato. Consulta Nota
as informações da página anterior e preenche o quadro Se não tivere
s
seguinte, que te ajudará a planificar o teu texto. conhecido ne
nhuma
das tuas avós
,
Aspeto geral podes escolh
er uma
pessoa de qu
Idade em
Características gostes.
Cabelos
físicas
Olhos

Qualidades
Defeitos
Características
Hábitos
psicológicas
Gostos

3 Escreve agora o texto descritivo sobre a tua avó. Não te esqueças de lhe dar
um título e de seguir o esquema:

Introdução

Desenvolvimento

Conclusão

4 Ilustra o teu texto com fotografias ou desenhos da tua avó ou de uma pessoa
à tua escolha.

17

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LEITURA RECREATIVA ORIENTADA
Vocabulário
Nos espaços
texto,
em branco no
nificado
Texto 4 O prato de madeira escreve o sig
das palavras
Era uma vez uma família formada por um casal, azul.
destacadas a
tre
pelo seu filho de nove anos e pelo avô. Existia uma boa Procura-os en
ões
harmonia entre todos. O pai e a mãe trabalhavam para as várias opç
e está
sustentar a casa e ambos realizavam as tarefas do quadro qu
xto.
domésticas. O rapaz ia à escola, era bom aluno no final do te
e engenhoso; quando não estava nas aulas, divertia-se
a brincar com os amigos, tal como todas as crianças
Como era o avô
do mundo. O avô já era velho. Passara a vida a trabalhar daquela família?
de sol a sol, com as mãos, embora o cansaço nunca
lhe tivesse vencido os esforços no sentido de fornecer
comida e bem-estar à família. Mas com tanto e tão Por que razão lhe
prolongado esforço […] as mãos tremiam-lhe e, apesar tremiam as mãos?
dos seus esforços, muitas vezes os objetos caíam-lhe
das mãos e por vezes desfaziam-se em pedaços
ao embaterem ( ) no chão.
Durante as refeições, não conseguia levar a colher à boca
e o seu conteúdo derramava-se sobre a toalha. Para o evitar,
procurava aproximar-se do prato, mas este normalmente acabava
partido em pedaços nos azulejos da sala de jantar. E assim
acontecia, um dia atrás do outro. O avô sentia-se muito mal
e pedia desculpa quando lhe aconteciam estes contratempos
( ); […] A mãe, que era sua filha, disfarçava
tanto quanto lhe era possível para não o envergonhar.
— Não se preocupe, avô; pode acontecer a qualquer
um — dizia-lhe, enquanto lhe acariciava suavemente as mãos.
E apanhava os fragmentos ( ) do chão o mais
discretamente possível.
Mas o pai, seu genro, não tinha os mesmos sentimentos.
Sentia-se muito incomodado com os tremores do avô.
Finalmente, tomou uma decisão que surpreendeu e contrariou
o resto da família: a partir daquele dia, o avô comeria afastado
da mesa familiar e usaria um prato de madeira; assim, nem

18

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2

Unidade
sujaria as toalhas, nem partiria a loiça. A partir
O que pensas da
de então, o avô passou a almoçar e a jantar num
decisão do pai? Terá
canto da sala, com o seu prato de madeira.
sido a mais correta?
Movimentava suavemente a cabeça com resignação
( ) e, de vez em quando, enxugava
umas lágrimas que lhe corriam pela face; era muito duro aceitar
semelhante humilhação. Durante as refeições, sentia-se um
silêncio frio, incómodo; haviam desaparecido as conversas
calmas e os sorrisos. Passaram-se umas quantas semanas.
E, uma tarde, quando o genro voltou para casa
encontrou o filho mergulhado numa misteriosa tarefa:
o rapaz trabalhava arduamente ( )
um pedaço de madeira com uma faca da cozinha.
Ia esculpindo-o com muito cuidado, como um hábil
mestre artesão. O que resolveu
O pai observou-o por uns instantes e, cheio o neto fazer?
de curiosidade, disse-lhe: Esta atitude teve
efeitos na família?
— O que estás tu a fazer, filho, tão concentrado?
Quais?
É um trabalho para a escola?
— Não, papá — respondeu o menino. […]
— Então, de que se trata? Não me podes explicar?
— Claro que sim, papá. Estou a fazer um prato de madeira
para quando tu fores velho e as mãos te tremerem. E foi assim
que o homem aprendeu a lição e, a partir desse momento,
o idoso voltou a sentar-se à mesa com toda a família.
Esteve Pujol i Pons,
O grande livro das histórias para crescer, Didáctica Editora (texto com supressões)

Moral da história: O pai compreendeu que, se não respeitasse o avô,


o filho também não o respeitaria a ele.
Não exijas aos outros aquilo que tu não fazes.

• A∞©eitaçãø. • P£edaçoß. • C∞ontrarıeda∂eß. • C∞oµ ¢esforçø.


• I∞®eµ ∞∂ ¢encontrø aø… • C∞onßeq†ênciaß.
19

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3
Unidade

Sabes fazer?
xto
Circunda no te
ue
as palavras q
rimam.
Texto 5 Aflição
Passou-me por cima de um pé
— como elefante em corrida —
o pneu de um automóvel.
Ah, condutor de uma figa, cabeça
no ar trapalhão!
Deram-te (e foi por engano)
a carta de condução.
Quanto a mim,
mais do que o dano,
chegou-me para aflição.
João Pedro Mésseder,Versos com reversos,
Editorial Caminho

20

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3

Unidade
COMPREENDER

1 Completa a frase de acordo com o texto.


O pneu do automóvel parecia .

2 Estabelece outras comparações com outras partes do automóvel.


O volante rolava como .

3 De que forma é que o automobilista obteve a carta de condução?

4 Qual foi a reação do atropelado?

5 Escreve uma palavra que caracterize o seu ânimo e justifica-a com um verso do poema.

6 Substitui as palavras figa, trapalhão e aflição no poema por outras que rimem
da mesma forma.

7 Substitui o verso «O pneu de um automóvel» por outro à tua escolha e reescreve


no computador ou no caderno parte do poema de modo a fazer sentido.
Atenção: É possível que tenhas de substituir outros versos.

REFLETIR

1 Consideras que, em Portugal, os automobilistas conduzem de forma segura?

2 Que cuidados é que os peões devem ter?

3 Escreve um slogan apelando à prevenção rodoviária.

21

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ORTOGRAFIA s ou z

1 Completa as palavras com s ou com z.

∞ca ∞ø ∞va ∞iø ∞surp®e $å ∂e ¢envolvidø

∞fra ¢ ∞hori ∞on™ natu®e $å ∞ar™e $anatø

2 Lê os grupos de palavras para analisares o modo de formação de diminutivos


e completa os quadros.
a) Há diminutivos que se obtêm juntando -inho ou -inha.

corrida corridinha
carta
verso
casa
Luís

b) Há diminutivos que se obtêm juntando -zinho ou -zinha.

pé pezinho
elefante
trapalhão
pai
cidade

3 Escreve o feminino destas palavras.

burguês burguesa
português
marquês
príncipe
chinês

4 Escreve a frase «Aquele menino assustou-se com o pneu do carrinho.» no feminino.

22

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3

Unidade
GRAMÁTICA Nomes/Registos de língua

1 Escreve o feminino das palavras seguintes.


a) judeu c) duque e) ator
b) cidadão d) herói f) leão

2 Escreve as seguintes palavras no plural.


a) ananás c) lençol e) corrimão
b) dócil d) reunião f) mão

3 Observa os pares de frases que se seguem. Completa os espaços com os nomes


coletivos adequados dos que se encontram abaixo.

matilha multidão arquipélago banda

a) Os músicos da aldeia reúnem-se diariamente para ensaiarem o espetáculo.


A da aldeia reúne-se diariamente para ensaiar o espetáculo.
b) As ilhas dos Açores são conhecidas pela sua beleza.
O dos Açores é conhecido pela sua beleza.
c) Na praça, estavam muitas pessoas.
Na praça, estava uma .
d) Naquele lugar, estão muitos cães.
Naquele lugar, está uma .

4 Assinala com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações seguintes.


O registo formal é utilizado quando falamos com familiares próximos.
As formas queres e tens são usadas entre amigos.
A expressão Estás fixe? pode ser usada em qualquer situação.
Nunca tratamos por tu uma pessoa que conhecemos mal ou que é mais velha.

5 Inventa frases com as palavras ao lado.


rosa (nome comum)
a) .
Rosa (nome próprio)
b) .

figueira (nome comum)


c) .
Figueira (nome próprio)
d) .
23

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ESCREVER E ILUSTRAR
Recorda
ma
Texto 6 Um cartaz é u
e tem
mensagem qu
chamar
1 Observa com atenção o cartaz. como objetivo
a atenção
e o interesse
das pessoas.
ter:
Um cartaz deve
m
uma mensage
e fixar;
(slogan) fácil d
a
um texto e um
além de
imagem que,
santes,
serem interes
sejam também
informativos.

2 Faz um cartaz que anuncie um produto à tua escolha.

Material:
Folha de cartolina. Lápis de cor. Canetas de feltro.
Tintas e guaches. Pincéis. Tesoura. Régua

Como fazer:
1.º Planifica o teu cartaz definindo o produto a anunciar e o nome do produto
e escrevendo a mensagem escrita.
2.º Pensa nas imagens que vão ilustrar o texto: podem ser desenhos
ou recortes de revistas e jornais.
3.º Estuda a disposição das imagens e do texto na cartolina. O slogan da campanha
e o texto principal devem ficar bem destacados e com uma boa leitura.
4.º Com a ajuda do professor, organiza uma exposição com o teu cartaz
e os cartazes dos teus colegas.

24

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3

Unidade
LEITURA RECREATIVA ORIENTADA

Vocabulário
Texto 7 Xarope de cenoura Sublinha no te
xto
ujos
A minha madrinha é doce e cheira tão bem que eu, as palavras c
ão
mal a vejo, atiro-me ao pescoço dela e dou-lhe muitos significados n
onsulta
beijos e ela só diz: conheces e c
para
um dicionário
— Ai que ternuras, que ternuras! s.
os descobrire
E as «Ai que ternuras, que ternuras!» ficaram
guardadas num dicionário que só eu é que tenho.
Há palavras assim. Palavras que vivem numa Onde estará
gramática que não está escrita em parte nenhuma. guardado
A gente puxa por elas e logo atrás aparecem outras o dicionário?
cores, cheiros e sabores. É tal e qual como se fôssemos E a gramática?
à pesca de carapaus e nos viesse na linha uma lua Poderia ser de
cheia muito grande, um gato às riscas memórias? Porquê?
amarelas e verdes ou um chupa-chupa
do tamanho dos candeeiros da minha rua.
No meu dicionário, a palavra ternuras diz-se quase com
o mesmo som que a palavra cenouras. Eu sei que isto pode
parecer um bocadinho maluco. Mas é assim […].
Quando eu tinha tosse, a minha avó cortava cenouras
às rodelas e punha açúcar, e eu até queria ter tosse para poder
beber aquele xarope tão bom que ficava a escorrer das cenouras.
Das cenouras vinha o xarope… Da minha madrinha, as ternuras…
Cenouras e ternuras! É fácil de perceber. O xarope de cenouras
tinha um gosto parecido com o cheiro das ternuras da minha
madrinha. São duas palavras muito doces, cada qual
à sua maneira. […]
José Fanha,
Diário de um menino já crescido,
Que pessoas são Gailivro (texto com supressões)
recordadas com as palavras
«cenouras» e «ternuras»?
E a ti? Há palavras que
te fazem lembrar pessoas,
cheiros ou sabores?

25

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4
Unidade

Vocabulário
Procura
no dicionário
o significado
do texto
Texto 8 Os meus amigos índios das palavras
destacadas a
azul.
Ofereceram-me pelo Natal um forte apache de
plástico, com cores a imitarem pedra e madeira, com
soldados e índios, com diligências cheias de carga. Foi o melhor
presente dos últimos anos. Um presente com que se sonha
durante muito tempo e que um dia aparece mesmo à nossa
frente, sem que a gente espere.
Montei o forte apache num canto do meu quarto com
a parede branca a fingir de montanha rochosa e distribui lá
dentro os soldados com as suas fardas azuis e as suas espingardas
certeiras. Cá fora coloquei os índios. Aí uns vinte ou trinta, com
a pele avermelhada e penas de muitas cores na cabeça.
Não sei ao certo a que tribos pertencem.
O que sei é que gosto deles e que me custa sempre que
no cinema vejo os índios a serem mortos pelos cowboys
e pelos soldados americanos.
Ainda ninguém me explicou e talvez nem queira explicar
por que motivo cowboys e índios andam sempre a lutar.
Já pensei no assunto muitas vezes e cheguei à conclusão
de que não deve ser só por causa de terem diferentes cores
de pele. […]
José Jorge Letria,
Histórias do arco-íris, Livros Horizonte
(texto com supressões)

26

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4

Unidade
COMPREENDER

1 O que sentiu o menino ao receber o presente?

1.1 Em que mês do ano o recebeu?

2 Assinala com uma cruz (X) a opção correta de acordo com o texto.
No cinema, a personagem costumava ver filmes…
… western. … de comédia. … de suspense.

3 Preenche os espaços em branco com informação do texto.


Uma parte do quarto servia de . Os soldados vestiam
e tinham . Os índios eram cerca de
, de cor de pele e usavam .

4 Reescreve com palavras tuas a seguinte afirmação:


«Um presente com que se sonha durante muito tempo e que um dia aparece
mesmo à nossa frente, sem que a gente espere.»

REFLETIR

1 Sabes por que motivo os cowboys e os índios lutavam? Faz uma pequena pesquisa
sobre o tema e escreve um texto informativo sobre o assunto.

2 Qual é a tua opinião sobre o ritual de troca de prendas na época natalícia?

27

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ORTOGRAFIA Divisão silábica e sílaba tónica

1 Faz a divisão silábica das palavras que se seguem e identifica a sua sílaba tónica.

Palavra Divisão silábica Sílaba tónica

Apaches

Espingarda

Quarto

2 Faz a divisão silábica das palavras da primeira coluna e forma com as sílabas novas
palavras, como no exemplo.

Palavra Divisão silábica Nova palavra Nova palavra

Soldados sol.da.dos solda dados

Avermelhada

Americanos

Delicioso

Felicidade

Almofada

3 Escreve frases com as palavras ao lado. Toma atenção ao sentido das frases.

a) despensa (compartimento da casa)


. dispensa (licença, autorização)

b) pregar (colocar um prego)


. pregar (fazer um sermão)

c) perfeito (sem defeito)


. prefeito (vigilante, chefe)

d) coser (coser um botão)


. cozer (cozer batatas)

28

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4

Unidade
GRAMÁTICA Família de palavras/Campo lexical/Sinónimos e antónimos

1 Completa o esquema com palavras do mesmo campo lexical.

Cinema

2 Completa o esquema com palavras da mesma família.

Pedra

3 Faz a correspondência das palavras que podem ser sinónimas.

caminhar zelo
luta prenda
atenção guerra
presente andar

4 Preenche os espaços com palavras antónimas.

frio alguém aberto

claro ligar noite

29

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ESCREVER PARA APRENDER…
Pesquisa
1 Lê atentamente o seguinte texto. mapa
Procura num
das
a localização
do
zonas do Mun
Texto 8 A origem dos índios referidas no te
xto
a azul.
[…] O termo «índio» provém do facto de Cristóvão e destacadas
Colombo, quando chegou à América, estar convencido
de que tinha chegado à Índia, chamando assim aos povos
indígenas que ali encontrou. […] Mais tarde, estes povos
foram considerados uma raça distinta e também foram
apelidados de «peles vermelhas».
O termo «ameríndio» é usado para designar os nativos
do continente americano, em substituição das palavras «índios»,
«indígenas» e outras consideradas preconceituosas.
[…] A teoria mais aceite para a origem […] dos povos
ameríndios é a de que eles seriam caçadores que atravessaram
a pé a terra que ligava o continente asiático à América e,
uma vez na América, foram migrando em direção a sul. […]
A primeira corrente migratória para a América terá ocorrido
há 14 mil anos e os seus membros teriam aparência semelhante
à dos atuais aborígenes da Austrália e dos negros de África.
O segundo grupo teria sido o dos povos mongoloides.
Estima-se que estes tenham chegado à América há onze mil anos,
descendendo deles todas as atuais tribos indígenas do país.
Existem, no entanto, outras teorias sobre a origem dos
nativos americanos. […]
O mais provável, no entanto, é que as Américas tenham
sido colonizadas por vagas de povos de diferentes origens,
ao longo dos tempos, dando origem ao complexo mosaico
de povos e línguas que hoje existem. […]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_amer%C3%ADndios,
acedido em 25 de julho de 2011 (adaptado e com supressões)

30

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4

Unidade
2 Sublinha em cada parágrafo do texto as palavras-chave.

3 Faz corresponder as expressões a cada um dos parágrafos do texto, como no exemplo.


a) Uso do termo peles vermelhas. 1
b) Teoria mais recente sobre a origem dos nativos americanos.
c) Razão para o uso do termo ameríndio.
d) Uso do termo ameríndio.
e) Povos de origem.
f) Correntes migratórias.
g) Origem dos primeiros americanos.
h) Origem da palavra índio.

4 Para fazeres o resumo de um texto, deves ter em atenção


algumas indicações. Lê-as com atenção.

APRENDE
Um resumo é:
um texto mais pequeno do que o original e no qual não se usam diálogos;
um texto no qual só constam as ideias principais do texto original,
apresentadas pela mesma ordem.

5 Relê o texto com atenção. Faz o seu resumo.


Atenção!
ças
Não te esque
lo
de dar um títu
ao texto.

31

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LEITURA RECREATIVA ORIENTADA

Vocabulário
Nos espaços
texto,
em branco no
Texto 9 A pequena vendedeira escreve o sig
nificado
das palavras
de fósforos destacadas a
azul.
tre
Aproximava-se o fim do ano e fazia um frio Procura-os en
ões
de rachar ( ). Pelas ruas cobertas as várias opç
e está
do quadro qu
de neve, uma rapariguinha caminhava, descalça. A mãe xto.
no final do te
tinha-lhe dado umas pantufas muito grandes e a menina
deixara-as cair ao atravessar a rua.
Um miúdo que passava roubou-lhe uma pantufa para
fazer um bercinho para a boneca da irmã.
No regaço ( ) do avental a menina
trazia uma grande quantidade de fósforos, para vender
a quem passava. Mas àquela hora já toda a gente tinha ido
para casa para preparar a ceia de Natal e ela ainda não
ganhara uma única moeda. Tremendo de frio e de cansaço,
a menina sentou-se na neve.
Não tinha coragem de ir para casa, com medo de que
o pai lhe batesse ao ver que não tinha ganhado dinheiro
nenhum.
As mãos da menina estavam enregeladas de frio.
Como seria bom ter um pouco de calor! Tirando
um fósforo, a menina raspou-o na parede.

Achas que
numa noite
como aquela
o negócio O que poderá
seria fácil? acontecer a esta
menina? Porquê?

Seria justo a menina


ser castigada,
ao chegar a casa?

32

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4

Unidade
Ao ver levantar-se a chamazinha, a menina Porque achas que
imaginou que estava diante de um grande fogão. a menina tinha estas
Finalmente ia aquecer as mãos e os pés! Mas não teve visões?
tempo para isso. A chama logo se apagou e a visão
desapareceu.
A menina raspou o segundo fósforo e, olhando Quais seriam
os sentimentos
através da parede de uma casa, viu uma mesa muito
da menina quando
bem posta, com um ganso assado a fumegar. se lembrou da avó?
De repente, o ganso levantou voo da mesa,
e a menina já saboreava a bela refeição que ia ter!
Mas mais uma vez o fósforo se apagou e à frente Para onde terão
da menina ficou apenas aquela parede branca e fria. «voado» a avó
A menina resistiu e acendeu um terceiro fósforo, e a menina?
e logo se viu em frente de um lindo pinheiro de Natal. O que significa isso?
Mil velas brilhavam e imagens coloridas dançavam
à volta da árvore. Mal a menina estendeu as mãos,
Achas que este
o fósforo apagou-se.
final foi justo para
Subitamente, todas as velas subiram para o céu a menina? Pensa
e só então a menina percebeu que elas mais não eram noutro possível.
do que estrelas. Uma delas deixou um longo rasto de luz
no negro do céu: era uma estrela cadente. A menina
lembrou-se da avó, que lhe falava muito das estrelas. Sempre fora
muito boa para ela, mas agora já não estava neste mundo.
Ao riscar o quarto fósforo, surgiu uma luz intensa. Nesse
momento, apareceu-lhe a avó a sorrir, cheia de bondade e carinho.
«Avozinha! — gritou a menina. — Leva-me contigo! […]»
Nunca a avó lhe parecera tão bonita! Muito
abraçadas uma à outra, as duas levantaram voo, felizes,
levadas pela grande luz. Voaram para tão alto que
onde estavam já não havia nem frio, nem fome,
nem medo. Tinham chegado ao Céu…
Dicionário por imagens do Natal, Éditions Fleurus, Paris,
adaptação e distribuição Centralivros Lda. (texto com supressões)

• M∞uitø ∞friø. • C∞olø.


33

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REVISÕES DO 1.º PERÍODO

Quantas
letras tem Diz duas Tens prémio!
personagens
o alfabeto? Avança uma casa!
PARTIDA da história
Diz uma palavra
«O Capuchinho
com o ditongo
Vermelho».
«ai» no início.
Material
1 dado.
3 marcas (ou as que forem necessárias, de acordo com o número
Na frase
de jogadores).
«Tu tens
Jogar em grupo sorte!», qual
Formar um grupo com três elementos ou mais. é o grupo
Escolher um «chefe de jogo». Este irá fazer as perguntas e controlar nominal?
a correção das respostas com a ajuda das soluções.
Todos lançam o dado e quem obtiver o número mais alto
é o primeiro a jogar, correndo o jogo pela esquerda.
Algumas casas do jogo contêm prémios ou castigos.
Diz no tempo O jo
Ganha o primeiro que, tendo conseguido chegar à última casa,
passado a a co
responder corretamente à pergunta.
frase «Gosto Ava
Jogar sozinho muito de cas
brincar.»
Lança o dado e avança o número de casas indicado.
Lê a pergunta e tenta responder. Segue sempre as instruções.
Se responderes certo, regista 2 pontos no quadro da pontuação.
Se responderes errado, marca 0 pontos no quadro da pontuação. Por que razão a
Se no final do jogo a tua pontuação for igual ou inferior a 8, palavra «Rui» não
perdeste o jogo. Se a tua pontuação estiver entre o 9 e o 15, se escreve com Diz
precisas de estudar um pouco mais. Se somares entre 16 e 20 rr? de
pontos, estás de parabéns!
Nota: Pede ajuda a um amigo ou familiar para controlar a correção das tuas
respostas com a ajuda das soluções.
trenó, chaminé, Reis Magos.
26) Presente, prenda, Pai Natal, árvore de Natal, ceia, bacalhau, Missa do Galo,
20) Matilha; 22) «No Natal brincarei com os meus primos.»; 24) Temor, receio;
17) Detestar; 18) 5 vogais e 21 consoantes; 19) Al.mo.fa.da, por exemplo; Qual é o feminino
de «cidadão»?
14) Fes.ti.vi.da.de. A sílaba tónica é «da»; 16) Casinha, casebre, caseiro;
está no início da palavra; 7) Cidadã; 8) «ão»; 9) Frágeis; 12) Ilhas; 13) Formalmente;
Soluções: 1) 26; 2) Aida; 4) tu; 5) «Gostei muito de brincar.»; 6) Porque o «r»

Na pal
1 2 4 5 6 8 9 Total
«paizão
Pontuação

o diton

13 15 16 18 20 22 24 26

34

353908 001-043.indd 34 19/06/13 11:46


Como se
Pouca sorte. chama um Avança uma casa Diz no futuro
Recua duas O nome coletivo conjunto e responde à a frase «No
casas. «arquipélago» de «cães»? pergunta. Natal brinco com
representa
os meus primos.»
um conjunto
de .

Com quem usas


registos formais
Diz uma palavra de comunicação?
de quatro sílabas
e destaca-as.

Como tratas Diz dois sinónimos


uma pessoa de «medo».
mais velha?
O jogo está
a correr bem. Quantas vogais
Avança três e consoantes tem
casas. o alfabeto?

«Gostar» Que pouca sorte!


é um Recua cinco casas.
Separa
antónimo
Diz o plural as sílabas
de
de «frágil». da palavra
.
«festividade»
e diz qual
é a sílaba
tónica.
Diz três
palavras
da família
Indica dez
de «casa».
palavras
do campo lexical
Na palavra Tens prémio! Podes de «Natal».
«paizão», qual é jogar o dado duas
o ditongo nasal? vezes seguidas. CHEGADA

35

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5
Unidade

Sabes fazer?
xto
Sublinha no te
eias.
as onomatop

Texto 10 Tenório
Esta é a história verdadeira de Tenório, o galo.
Nascido duma ninhada que a Senhora Maria Puga deitou
amorosamente debaixo das asas chocas da Pedrês, em doze de
janeiro, pelas três da tarde, quando a velhota o viu sair da casca,
disse logo:
— É frango.
E realmente. Aquela amostra de crista que trazia do ovo,
poucas semanas depois, parecia já uma mitra. E ninguém mais
duvidou de que era frango macho. Dos dois irmãos, muito
tinhosos, sempre enjeridos, desses é que a incerteza se
manteve por largo tempo.
— Que te parece, António?
— Eu sei lá, mulher!…
— O da dianteira está-se mesmo a ver. Aquelas três
são pitas, com certeza. Agora estes enxalmos…
Frangos também, mas fracos. Mal viam
gavião sobre o quintal, metiam nojo:
— Piu… Piu… Piu…
Lá parava a mãe de esgadanhar.
— Piu... Piu... Piu...
Até metidos nos sovacos da progenitora
se borravam! Ele, porém, continuava ao ar livre,
a desafiar o inimigo, que planava lá no alto.
— Há de ficar para galo!
Miguel Torga, Bichos, Coimbra

36

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5

Unidade
COMPREENDER

1 Faz o levantamento das palavras desconhecidas, procura-as no dicionário e escreve aqui


o seu significado. Partilha-as com os teus colegas e ouve aquelas que eles sublinharam.

2 O que levou a Senhora Maria Puga a escolher o Tenório para galo?

3 Assinala com uma cruz (X) a opção correta.


a) Uma pedrês é uma galinha…
… de penas vermelhas. … muito pequena.
… sarapintada de preto e branco.
b) O galo Tenório era…
… cobarde. … humilde. … corajoso.
c) Os frangos eram…
… independentes. … fortes. … medrosos.

4 Em que data nasceu o Tenório?

5 Em momentos de aflição, a mãe galinha servia para quê?

REFLETIR

1 Sabes quando se usa a expressão mãe-galinha? Como são essas mães?

2 Que conselhos dás às mães-galinha?

37

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ORTOGRAFIA h, nh, lh, ch e ch ou x

1 Encontra e circunda na sopa de letras 10 palavras com h, nh, lh e ch.

G A L I N H A Ã O B G S N T J E

G R S I I V E L H O T A F I H S

A G U M N L Õ E S G L M N N P G

L E H J H X C Z U V D A B H N A

H O R T A C V E S M A C H O Q D

O U R E D F H L C M T H S S H A

E Q E S P A N T A L H O E O J N

W F U F I G H C J U C C A O U H

F C H O R O W I H C I A I J K A

U I W C Z F U O M U L R E R E R

2 Procura e circunda noutros textos deste caderno palavras com h inicial, nh, lh e ch.

3 Completa as palavras com ch ou com x.

uviscar arope aile en ame fe adura


amei a bola a ouriço umbo upar over
adrez debai o en er en ada ilofone

4 Completa os quadros com as famílias das palavras seguintes.

Chuva Fechadura Velha

38

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5

Unidade
GRAMÁTICA Frase afirmativa e negativa

1 Completa o quadro que se segue.

Frase afirmativa Frase negativa


Esta é a história verdadeira de Tenório.

A dona não sabia que era macho.

Aquelas três são pitas.

Os frangos não tiveram medo dos gaviões.

2 Reescreve a frase na forma negativa.


«— Ha de ficar para galo.»

3 Escreve A nas frases afirmativas e N nas frases negativas.


Eu não posso comer chocolate.
Ouço o canto dos pássaros.
O galo bicou o grão de trigo.
O frango não se assustou com o gavião.

4 Reescreve as frases do exercício anterior mas alterando a sua forma.

5 Copia do texto Tenório três frases afirmativas.

6 Encontras no mesmo texto alguma frase negativa? Qual? Copia-a.

39

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ESCREVER POR PRAZER…

1 O texto que leste na página 36 é um texto narrativo.

APRENDE
Um texto narrativo é um tipo de texto em que se relatam acontecimentos vividos
ou imaginados, com personagens em ação, que se passam em determinados
lugares e num determinado tempo.
Para escreveres um texto narrativo, é preciso definires bem, antes de mais,
algumas ideias:
Que personagens participam na história?
Onde decorrem as ações?
Que acontecimentos se vão narrar?
Quando ocorrem os acontecimentos da ação?

2 Analisa o texto da página 36 e preenche o quadro.

Partes de um texto narrativo Frases do texto

Introdução
Apresentação das personagens.
Localização espacial da ação.
Localização temporal da ação.

Desenvolvimento
Desejos das personagens.
Dificuldades.
Ação.
Ajudas.

Conclusão
Como terminou a história.

40

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5

Unidade
3 «Quem conta um conto acrescenta um ponto.»
Este é um ditado popular que se ouve muitas vezes.
Continua a história do galo Tenório acrescentando-lhe um animal.

4 Antes de continuares a história do Tenório, planifica-a, preenchendo os dados


do quadro e respeitando as partes de um texto narrativo.

Título do texto (podes alterar o título original):

Personagem nova/Animal Características da personagem:


a introduzir na história:
Objetivos da personagem:

Situação/Problema: Acontecimento 1:

Acontecimento 2:

Acontecimento 3:

Resolução:

5 Agora, escreve a tua história. No final, tu e os teus colegas podem juntar


os diferentes textos e fazer um Livro da turma.

41

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LEITURA RECREATIVA ORIENTADA

Texto 11 O meu cão ou pastor Vocabulário


O meu cão, um cão malhado de branco e amarelo Nos espaços
texto,
sujo, o Tejo, percebia tudo e ali se punha à minha beira, em branco no
nificado
a acompanhar os meus passos doridos, também ele dorido escreve o sig
e triste, olhando-me de esguelha ( ), das palavras
l.
d e s tacadas a azu
como se tivesse medo de me ofender…
Procura-os no
E, assim que eu me sentava, lambia-me as mãos,
dicionário.
punha-me as patas em cima do braço, que depois
abocanhava, mal eu lhe fazia uma festa. Eu já sabia:
estava a convidar-me para a brincadeira. O que te lembra
E aí, então, eu levantava-me para agarrar uma pedra o nome do cão?
e atirá-la longe, o mais longe que podia; e ele galgava
( ) o pasto aos pulos e voltava,
a sacudir o rabo, com a pedra na boca, tão contente, tão contente
dele e de mim, que daí a pouco eu já ria e lhe gritava o nome por
aqueles montes fora. Nunca uma ovelha me fugiu, graças a ele.
Uma vez agarrei um susto de morrer… nem me quero lembrar,
que o coração se me corta todo, e já lá vão quase sessenta anos.
Ficou-me o coração mais retalhado que uma azeitona.
Chego ao cimo de um cabeço com o rebanho, e aí me
abalam aquelas malditas todas, pareciam doidas, com o Belzebu
( ) no corpo, a barregar ( )
e a correr de tal jeito que levantaram uma nuvem de poeira,
como se fosse uma manta de nevoeiro caída em cima da gente.
Ih, Jesus, gritava eu. A Senhora da Ajuda me acuda nesta hora!
Fiquei para ali «esparvoada», sem pinga de sangue, e já não
era capaz de gritar, e só pensava «vou-me deitar a um
poço, vou-me deitar a um poço fundo».
O suicídio seria a
Ao longe, eu só ouvia o ladrar do Tejo; conhecia-lhe melhor solução para
o ladrar como a voz da minha mãe, salvo seja!... resolver a situação?
E então subia mais outro cabeço e vi que o rebanho
voltava para o pé de mim.

42

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Trazia-o o Tejo com mais preceito ( )
do que qualquer outro guardador lá da Borda-d’Água,
que era donde o cão viera prá nossa casa. Desatei Porque achas
a chorar de contente; nesse dia enchi de beijos que se costuma dizer
o focinho do meu amigo… que o cão é o melhor
amigo do homem?
Alves Redol, Constantino, Guardador de vacas e de sonhos, Caminho

43

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6
Unidade

Vocabulário
xto
Sublinha no te
ujos
as palavras c
Texto 12 Pinheiro-manso significados n
ão
onsulta
conheces e c
Todos os aldeões diziam que o velho era maluco; para
um dicionário
s.
que, depois do incêndio que lhe consumira a casita lá os descobrire
na serra, nunca mais fora o mesmo. Sobraram-lhe do
fogo quatro cabras e duas galinhas poedeiras. Pouco
mais, além da roupa que trazia no corpo magro e plissado de rugas.
Com o dinheiro da venda dos ovos e do leite das cabras já
poderia ter arranjado outra casa, mas a verdade é que durante
o tempo frio encontrava abrigo para si e para os animais numa
gruta na serra e, mal começava a primavera, descia até à clareira
que marcava o lugar do incêndio e procurava consolo junto
do único pinheiro que, milagrosamente, escapara às chamas.
Era um pinheiro-manso, uma árvore serena, sóbria
e resistente — como o velho. […] E o velho
sentava-se na terra e, encostado ao tronco do
pinheiro, comia o pão com queijo de cabra,
pinhões que a árvore lhe oferecia, dormia,
falava com os animais ou pensava em voz alta,
como costumavam fazer alguns sábios.
Raramente alguém passava por ali.
Uma vez por outra, lá aparecia
o guarda-florestal com o cão amarelo
e metia dois dedos de conversa, a que
o velho poucas vezes dava crédito.
O guarda trazia as notícias da aldeia,
lá em baixo. […] O velho ouvia algumas
historietas e, depois, desligava, fingindo ter
adormecido de repente. E o guarda-florestal sorria
e ia-se embora, comentando o azar do velho
a quem a filha nem um postal mandava da Alemanha.
Maria Teresa Maia Gonzalez, Anti-Bonsai, Difel (texto com supressões)

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6

Unidade
COMPREENDER

1 O incêndio terá ocorrido há muito ou há pouco tempo? Copia do texto uma frase
que justifique a tua resposta.

2 O que é que o Velho e o pinheiro tinham em comum? Sublinha no texto as palavras


que os caracterizam.

3 Após o incêndio, qual era o meio de subsistência do Velho?

4 O que é que passou a servir-lhe de consolo?

5 Quem lhe transmitia as notícias da aldeia?

5.1 Ele dava-lhes importância?

6 Como é que o Velho ocupava o seu tempo?

6.1 Parece-te que era feliz? Porquê?

REFLETIR

1 Que cuidados devemos ter para prevenir os incêndios?

2 E a solidão? De que forma poderá afetar a vida de um ser humano?

45

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ORTOGRAFIA ce, ci ou ç

1 Completa os espaços com ce ou com ci.

∞stå ∞garrå ∞da∂ ∞®ejå ∞ganø ∞gø

2 Segue as pistas e marca com uma cruz (X) as palavras do quadro que devem ser
eliminadas para chegares à palavra secreta.
a) Não começa por vogal. e) Tem a sílaba ca.
b) Tem mais de duas sílabas. f) Está no plural.
c) Não tem acento. g) Tem dois c e um deles é cedilhado.
d) Não é nome próprio.

Jorge bacia céu doce

face você cego cena

capacetes incêndio cinto aparecida

cera carroças Camila circo

Palavra secreta:

3 Agora, preenche os quadrados com as sílabas da palavra secreta e forma palavras


que terminam com cada sílaba escrita.

∫ ∫ ∫

4 Escreve frases respeitando o sentido das palavras.

porto/porta sino/sina ponto/ponta

46

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6

Unidade
GRAMÁTICA O adjetivo qualificativo

1 Sublinha os adjetivos presentes em cada frase.


a) As nuvens, brancas e leves, cobrem o horizonte.
b) O mar revolto assusta.
c) As misteriosas sombras provocaram medo.
d) Ele era um mentiroso.
e) Estas bonitas violetas cresceram no meu jardim.

2 Sublinha os adjetivos do texto da página 44, Pinheiro-manso.

3 Une os adjetivos da coluna da direita que melhor se ajustam aos nomes


da coluna da esquerda.

moderno
rápido
um brinquedo amigo
uma bebida lento
um professor engraçado
uma escola raro
um automóvel fresca
um animal complicado
um exercício confortável
autoritário
bondoso

4 Consulta os quadros e escreve as palavras que podem caracterizar uma flor.

deliciosa esburacada
profundo
perigosa multicolor
sinuosa
campestre espaçosa
enorme
típica navegável
aromática
confortável bela

47

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ESCREVER POR PRAZER…

1 Transforma a conversa entre o velho e o guarda-florestal em diálogo.


Mas antes lê atentamente as indicações seguintes.

APRENDE
Um diálogo é uma conversa entre as personagens.
A fala de cada personagem inicia-se com um — (travessão) e termina com
um sinal de pontuação: ? , ! , . ou … .
O autor introduz a fala das personagens utilizando os verbos: dizer,
perguntar, responder, inquirir, gritar, …

2 Procura um texto que tenha um diálogo e preenche o quadro seguinte:

Personagens do diálogo:

Sinais de pontuação utilizados:

Sinal que introduz as falas:


Verbos utilizados para introduzir
a fala das personagens:

3 Agora, podes escrever o diálogo entre o velho


e o guarda-florestal, respeitando o que aprendeste. Atenção!
ças
Não te esque
ais de
de usar os sin
e são
pontuação qu
ara
necessários p
iálogo.
escrever um d

48

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6

Unidade
4 Imagina que a filha do Velho, que estava na Alemanha, lhe escreveu um postal.
O que terá dito? Como será a ilustração do postal? Escreve-o e ilustra-o.

(Frente do postal)

(Verso do postal)

(Selo)

(Nome e morada do destinatário)

49

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LEITURA RECREATIVA ORIENTADA
Vocabulário
Procura
no dicionário
Texto 13 O carvalho e o junco o significado
das palavras
azul.
Nos bosques da Grécia, erguem-se uns carvalhos destacadas a
que parecem tocar o céu com os seus ramos. As suas
copas são tão grandes que podem abrigar milhares de pássaros.
São robustos como guerreiros, capazes de resistir ao ataques mais
ferozes dos inimigos. São orgulhosos, altivos. […]Olham com desprezo
para as outras árvores e arbustos que vivem sob a sua sombra.
— Olha para estes miseráveis habitantes dos canaviais
— dizia um carvalho ao vizinho no entardecer de verão, O que pensas
fazendo troça das frágeis canas —, caules ridículos que da atitude
sustentam umas tristes folhas. Fazem pena, tão secos estão! dos carvalhos?
Não são vigorosos como nós. Até Hércules tem inveja de
nós. […] Entretanto, ao lado do riacho que regava aquele
canto do bosque, as canas também travavam uma
resignada conversa. Diziam umas para as outras:
— Quem nos dera ser
O que poderíamos como os carvalhos!
dizer às canas para Nós somos frágeis.
as animar e fazê-las Nem sequer temos
sentirem-se úteis?
ramos onde
os pássaros
possam fazer o ninho. Dos nossos
troncos ocos não se pode tirar
madeira. Não produzimos frutos
para alimentar nenhum animal
do bosque. Valemos muito pouco.
Qualquer um se atreve a maltratar-nos
como bem
Lê com atenção entende. Mas
a frase sublinhada. quão fácil é a roda
Será que esta da sorte mudar
afirmação anuncia
aquilo que parece
alguma mudança?
Qual?
mais imutável.

50

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6

Unidade
Umas enormes nuvens escuras assomaram por cima
Será que os
dos montes que fechavam a paisagem pelo norte.
carvalhos e as canas
O céu, até então azul, foi-se cobrindo de um manto
conseguiram resistir
cinzento e ameaçador. O vento começou a assobiar da mesma forma à
como o presságio que antecede as tempestades […]. tempestade? Porquê?
Brilhou um relâmpago deslumbrante e retumbou
um trovão que parecia partir as rochas de granito.
A tempestade abateu-se sobre as montanhas e o vale. Rajadas
de furacão sacudiram as árvores e o arvoredo. Um ciclone levantava
torvelinhos de ramos e folhas […]. Céu e terra estremeciam.
Os orgulhosos carvalhos resistiam e não queriam ceder
perante o terrível ímpeto do furacão. Mantinham-se de pé
enquanto a borrasca se enroscava nas copas e quebrava e
desfazia os ramos e espalhava as bolotas para longe, muito longe,
até perder de vista.
As canas também eram violentamente agitadas pela
tempestade. Dobravam-se para a frente e para trás. O vendaval,
como um enorme pente, alisava-as e levantava-as num vaivém
quimérico como se mexesse uma cabeleira de juncos.
Elas deixavam-se sacudir como se travassem uma apaixonada
conversa com o vendaval […].
Durante o entardecer e toda a noite, o bosque Como se
e o vento travaram um duro combate. A trégua chegou encontrava a floresta
ao amanhecer. A aurora trouxe consigo a calma. na manhã que se
Quando o sol apareceu pelo levante […] viu os seguiu à tempestade?
enormes carvalhos deitados por terra, destruídos em
pedaços desiguais pelo chão encharcado […]. E divisou ao lado
das torrentes as canas que se mantinham de pé, secando as gotas
que ainda brilhavam sobre os seus caules elásticos.
Os carvalhos haviam encontrado a desgraça na
Que lição podemos
rigidez dos seus troncos e na sua pedante surdez às
retirar do que
vozes das tempestades. As canas, porém, haviam aconteceu
sobrevivido graças à sua flexibilidade, haviam aos carvalhos?
dialogado com o vento.
Esteve Pujol i Pons, O grande livro das histórias para crescer,
Didáctica Editora (adaptado e com supressões)

51

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7
Unidade

Vocabulário
xto
Sublinha no te
ujos
as palavras c
Texto 14 A fuga da Lua significados n
ão
onsulta
conheces e c
A Lua estava aborrecida. Queria ir à festa para
um dicionário
s.
a que todos os planetas e satélites da sua idade iam, os descobrire
e a sua mãe, a Terra, não deixava! […]
Nesse dia, aproveitou o momento em que a mãe
punha a conversa em dia com Vénus, para escapar. […]
— Uau! — suspirou, enquanto se aproximava do grupo
de planetas, satélites, meteoritos, cometas e outros corpos
do Universo que se encontravam à porta da discoteca da moda:
«Buraco Negro Disco» […].
Entrou e lá encontrou todos os seus amigos e teve uma longa
e divertida noite.
Entretanto, a Terra já tinha dado por falta da filha, assim
como alguns dos seus habitantes, que estranhavam a inexistência
do tal corpo brilhante no céu. Muitos dos planetas mais velhos
juntaram-se à pobre mãe preocupada, que se desfazia em
lágrimas, numa mistura de sentimentos de culpa e irritação.
— Tens sido dura de mais, Terra. Ela está na idade de se
divertir. Foi para a tal festa de certeza — repetia-lhe Mercúrio.
Na festa, a Lua preparava-se para regressar. […]
Aproximou-se devagarinho, parecia estar tudo normal, até que…
«Oh, não!», exclamou ao ver a mãe rodeada por outros planetas. […]
As duas entraram numa discussão que parecia não ter fim,
mas […], para surpresa geral, as duas, que há momentos
berravam, agora abraçavam-se carinhosamente.
— Desculpa ter sido dura, filha. A partir de hoje, tens uma noite
por mês para fazeres o que quiseres — declarou a Terra. […]
Madalena, Francisco e Isabel Stilwell
Histórias para contar em minuto e meio 2, Verso de Kapa (adaptado e com supressões)

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7

Unidade
COMPREENDER

1 Retira do texto frases que mostrem que a mãe Terra ficou


preocupada com a fuga da filha.

2 O que levou a Lua a desaparecer por uma noite?

3 Parece-te que Buraco Negro Disco é adequado para nome de discoteca?


O que te faz lembrar?

4 Como é o feitio da mãe Terra? Transcreve do texto duas frases que justifiquem
a tua opinião.

5 Que nome darias à noite de folga da Lua?

REFLETIR

1 A mãe Terra não deixava a sua filha Lua sair porque não tinha confiança nela.
Concordas com esta afirmação?

2 Parece-te que a confiança é importante na relação entre duas ou mais pessoas?


Dá exemplos de situações em que a confiança tem muita importância.

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ORTOGRAFIA gue–ge–gui–gi–g–j

1 Resolve as palavras-cruzadas, com as palavras que contêm ge ou gi.


3 4 5
1. Podemos barrar no pão 6
ou nas torradas.
2. Animal de pescoço
comprido.
3. Usamos para 1
ver as horas.
4. Faz magia no circo
(no feminino).
5. Recipiente usado
na cozinha.
6. Parte amarela 2
do ovo.

2 Completa as palavras com gue ou com gui.

á a fo ira espar te al dar

3 Completa as palavras com gue ou com ge.

fo tão latina lado rreiro

4 Completa as palavras com gui ou com gi.

rassol tarra al beira ador

5 Escreve duas frases com as palavras seguintes. Atenção ao


alavras!
sentido das p
viagem (nome) viajem (forma verbal)

a)
b)

54

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7

Unidade
GRAMÁTICA Grupo nominal e grupo verbal

1 Sublinha a verde os grupos nominais e a azul os grupos verbais das frases


seguintes.
A. Os mais velhos passaram pela discoteca no final da noite.
B. Eu e o meu irmão lavámos as mãos.
C. A Lua passeou às escondidas.
D. A mãe chegou muito irritada.
E. Os jovens perderam a noção das horas.
F. A mãe Terra subiu até às estrelas.
G. Eu caminho muito depressa?
H. A mãe Terra ficou preocupada.
I. Sabem onde fica a festa?
J. A estrela desobedeceu à mãe.
1.1 Circunda o elemento principal de cada grupo verbal.

2 Une os grupos nominais aos grupos verbais de modo a obteres frases com sentido.
a) A discoteca… 1) … estava escura.
b) A Lua… 2) … iluminavam a discoteca.
c) A noite… 3) … apoiaram a mãe preocupada.
d) Alguns planetas… 4) … era uma boa dançarina.
e) As estrelas… 5) … animava os dançarinos.
f) A música alta… 6) … estava animada.

3 Em cada conjunto de palavras, sublinha as palavras intrusas, ou seja, as que não


são verbos (formas verbais).

são ler vem neste


pão cantar também escreveste
cão par tem leste
vão levar cem estudaste
irão calor saltem peste

55

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ESCREVER PARA EXPRESSAR CONHECIMENTO A notícia

1 Lê atentamente a notícia seguinte.

O Homem na Lua
e o planeado, apesar
A missão Apollo 11 pou- conform
terem ocorrido algumas
sou na superfície lunar em 20 de
has sem gravidade…
de julho de 1969, num local fal
chamado «Mar da Tranquili- http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrida_espa-
http://educar.sc.usp.br/licencia-
dade». Neil Armstrong e cial e detura/1999/missao.htm (adaptado)
Edwin Aldrin foram os pri-
meiros homens a pisar no solo
lunar.
A viagem teve partida no
Centro Espacial Kennedy, na
Florida, no dia 16 de julho.
Durou quatro dias e decorreu

O texto que leste é um texto informativo.

APRENDE
Um texto informativo é um tipo de texto ao qual recorremos sempre que temos
necessidade de contar um acontecimento.
Organização e objetivos da atividade:
Quem promoveu o acontecimento? Onde? Quando? O que se pretendia?
O que se esperava? …
Desenvolvimento:
Quando aconteceu? Onde aconteceu? Como aconteceu? Quem participou? …
Conclusão:
Significado e balanço do acontecimento: Como se desenrolou
o acontecimento? Satisfez a curiosidade ou expetativa? Porquê?

56

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7

Unidade
2 Com base no texto da página anterior, O Homem na Lua, preenche o quadro.

Quando?

Quem?

Onde?

O quê?

Como?

Porquê?

3 Escreve agora uma notícia sobre uma visita de estudo que tenhas feito.
Primeiro, preenche o quadro seguinte, o que te ajudará a organizares as ideias.

Quando?

Quem?

Onde?

O quê?

Como?

Porquê?

57

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LEITURA RECREATIVA ORIENTADA

Texto 15 O ratinho Larico


O ratinho Larico apontou para a Lua e disse:
— Mãe, mãezinha, eu quero comer aquele queijo.
— Meu filho, aquilo não é um queijo, é a Lua. O desejo que
— Então eu quero comer a Lua... o ratinho tinha
de comer queijo era
— Não digas tolices, Larico. A Lua não serve para
um pedido estranho?
comer. A Lua não é um queijo. Porquê?
— Então eu quero comer um queijo.
— Ratinho impossível! Só pensa em comer. Vou
fazer companhia aos seus irmãos, que são mais ajuizados.
O Larico ficou sozinho a olhar para a Lua, com a água
a crescer-lhe na boca.
De repente, zás! Sentiu-se preso numa rede, que lhe tinham
atirado. Ouviu vozes. «Muito cuidado! Não o magoem.
Mandem-no para o centro de observações.»
No Centro de Observações e Pesquisas
Espaciais (COPE), deram-lhe um banho,
enfiaram-lhe um capacete na cabeça
e meteram-no num foguete que ia partir,
imaginem para onde? Que ia partir para a Lua.
O foguete partiu, Fuuuimmm! Chegou
à Lua. No dia seguinte, os jornais
traziam em grandes letras —

A viagem até à
Lua terá demorado
muito tempo?
Justifica a tua
resposta.

58

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7

Unidade
UM RATO ASTRONAUTA; LARICO,
O HEROI; RATOS CONQUISTAM A LUA, etc., etc.
Mas um sábio, muito sábio, que passava
Como se chamam
as noites a espiar a Lua, através de um grande óculo,
os sábios que
um telescópio, descobriu este facto alarmante: estudam os astros?
a Lua tinha um bocadinho a menos.
Ficaram todos os sábios e os não sábios
apavorados: «Ai, a Lua com um bocadinho a menos.» É que já
não era um bocadinho, mas um bocadão. A Lua diminuía a olhos
vistos. Ratada aqui, ratada acolá, já não era o globo
branco que estamos habituados a ver, mas uma coisa
Por que razão
sem forma definida, ao longe tão pequena como um
a Lua diminuía de
pedacito de queijo… Os sábios punham as mãos tamanho? Conheces
na cabeça, sem achar solução. Mandar um homem outra razão que
para a Lua não era possível, porque os astronautas possa provocar
estavam todos de férias, sabe-se lá onde. Mandar o mesmo efeito?
uma ratoeira? E quem colocava a ratoeira
em condições de apanhar o rato? Só se mandassem
Qual seria
um gato. Era uma ideia. Mas não, não podia ser.
a tua sugestão para
Os gatos não tinham preparação para tais viagens.
resolver o problema?
Enjoavam. Borravam-se de medo...
Debatiam-se os sábios nestas dúvidas, quase
dispostos a riscar a Lua da lista dos planetas, quando a mãe
do Larico, toda lampeira, decidiu, à sua conta, tomar
providências.
Alçou a cabeça para o céu e, sem mais aquelas,
O que pensas
gritou ou guinchou, numa voz que ribombou pelos
da atitude da mãe
ares e fez tremer ainda mais as estrelas do Larico?
do firmamento:
— Larico atrevido, salte imediatamente daí
para baixo ou apanha uma grande sova!
O ratinho obedeceu.
Foi assim que nós nos salvámos de ficar sem Lua.
António Torrado, O ratinho Larico,
A história do dia, www.historiadodia.pt

59

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REVISÕES DO 2.º PERÍODO

Qual é o nome de cada


linha de um poema?
Dá um exemplo Completa a palavra
PARTIDA de uma frase
afirmativa.
«bele_a».

Material
1 dado.
3 marcas (ou as necessárias em função do número de jogadores).

Jogar em grupo
Formar um grupo com três elementos ou mais. Estás a jogar
Escolher um «chefe de jogo». Este irá fazer as perguntas e controlar bem. Lança
a correção das respostas, com a ajuda das soluções. outra vez o dado.
Todos lançam o dado e quem obtiver o número mais alto
é o primeiro a jogar, correndo o jogo pela esquerda.
Algumas casas do jogo contêm prémios ou castigos.
Ganha o primeiro que, tendo conseguido chegar à última casa,
responder corretamente à pergunta.

Jogar sozinho
Separa as sílabas
Lança o dado e avança o número de casas indicado. da palavra «pinheiro»
Lê a pergunta e tenta responder. Segue sempre as instruções. e diz quantas são.
Se responderes certo, regista 2 pontos no quadro da pontuação.
Se responderes errado, marca 0 pontos no quadro da pontuação.
Se no final do jogo a tua pontuação for igual ou inferior a 8,
perdeste o jogo. Se a tua pontuação estiver entre o 9 e o 15,
O que é um diálogo?
precisas de estudar um pouco mais. Se somares entre 16 e 20
pontos, estás de parabéns!
Nota: Pede ajuda a um amigo ou familiar para controlar a correção das tuas
respostas com a ajuda das soluções.
conclusão; 25) BD; 26) Divertidas, repousantes, desejadas, por exemplo.
Martelar; 20) Comer, escrever, por exemplo; 22) Introdução, desenvolvimento e
significado diferente — verbo publicar; 16) Gema, gelado, gelo, por exemplo; 18)
Despenteado, por exemplo; 12) Com c; 13) Atento; 15) Porque senão teria um
6) Uma conversa entre duas ou mais pessoas; 7) 4; 8) Pente; 9) Não; 10)
Soluções: 1) «Eu vou à escola.»; 2) Verso; 3) Beleza; 5) Pi.nhei.ro. 3 sílabas;

1 2 4 5 6 8 9 Total Quantos versos


Pontuação

tem uma quadra?

13 15 16 18 20 22 24 26

60

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Que verbo indica
a ação de bater Arranja outro A palavra «público»,
Diz três palavras
com um martelo? título para enquanto sinónimo
que se iniciem
este jogo. de «assistência»,
com ge.
precisa de acento?
Porquê?

Esta casa
é a «prisão».
Que tipo Tiveste pouca
Ficas duas vezes
sem jogar!
CHEGADA de texto sorte! Recua
Indica três adjetivos associa duas casas!
que caracterizem o texto
a palavra «férias». à imagem?

Qual é o adjetivo
da frase «Ele era
Conta uma
um leitor atento.»?
Diz dois anedota.
verbos
da segunda
ro» conjugação.

Quais são
Canta uma canção as partes mais
? Diz um provérbio.
e lança o dado A palavra «va_ina»
importantes
outra vez. completa-se com c
de um texto?
ou com s?

Na frase «Eu não


Diz uma palavra
quero dormir.»,
com cinco
qual é a palavra
sílabas.
Que palavra está que indica
«dentro» da palavra Ganhaste um prémio:
a negação?
«serpente»? salta para a casa 13
e responde à questão.

61

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8
Unidade

r
Experimenta le
voz alta
o poema em
e ouve a
»
«musicalidade
das rimas.
Texto 16 Um vizinho especial
No meu prédio, um vizinho
passava horas sozinho
por não ter com quem brincar.

Como ele não pode andar,


é um amigo especial
que avistei do meu quintal.

Então, quis conhecê-lo.


Saí de casa e fui vê-lo.
Começámos a falar…

Agora, quando podemos,


aquilo que mais fazemos
é jogar pelas tardes fora.

Quando, enfim, me venho embora,


ele sabe que hei de voltar
para com ele jogar.

Assim, ganhei um amigo


muito parecido comigo,
mesmo sem poder andar!
Maria Teresa Maia Gonzalez,
Tantos meninos diferentes
e todos surpreendentes,
Texto Editores

62

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8

Unidade
COMPREENDER

1 Liga as expressões de acordo com o texto.


a) No prédio habitava… 1. … porque não podia andar.
b) O vizinho era especial… 2. … ainda que com diferenças.
d) Os dois meninos eram amigos… 3. … uma pessoa com falta de companhia.

2 O menino morava num apartamento ou numa moradia?

2.1 Copia do poema um verso que justifique a tua resposta.

3 Quais são as diferenças entre os dois meninos? E quais são as semelhanças


que os tornam tão amigos?

4 Por que razão imaginas que o menino não poderia andar?

5 Por que razão foi o menino procurar o seu vizinho?

6 O vizinho não ficou triste na hora da despedida. Concordas? Porquê?

REFLETIR Escreve
r
no computado
1 Quando leste o título do poema, como imaginaste que fosse Escreve um
o vizinho? pequeno texto
bre
de opinião so
ti,
o tema «Para
».
ser amigo é…
2 Este texto demonstra a importância da amizade.
Como achas que devemos agir para a conservar?

63

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ORTOGRAFIA Os sons do x

1 Lê os grupos de palavras para analisares e consolidares a pronúncia.

x lê-se z x lê-se s x lê-se cs x lê-se ch


exemplar próximo táxi xadrez
exótico máximo oxigénio mexer
exame auxílio fixo peixe
exausto trouxe maxilar roxo
êxito aproximar tórax texugo

2 Assinala com uma cruz (X) a resposta correta de acordo com o som do x.
a) A experiência terminou com uma explosão.
s z ch
b) Ele aproximou-se o máximo que pôde.
ch cs ss
c) No exército, os soldados fazem exercícios.
x z s
d) A lata de lixo está suja de graxa.
z ss ch
e) Esqueci-me do saxofone no táxi.
cs ch s

3 «Arruma» as palavras no quadro abaixo consoante o som do x.

flexão — intoxicação — táxi — exercício — exclamação — exposição


auxílio — próximo — exemplo — aproximar — explosão — êxito

som de cs som de s ou de ss som de ch som de z

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8

Unidade
GRAMÁTICA Os pronomes pessoais

1 Sublinha os pronomes pessoais das frases que se seguem.


a) Eu tenho uma caneta verde. Tu não tens nenhuma igual à minha.
b) Eles compraram uma régua amarela. Nós comprámos uma azul.
c) Eu vou passear com ela para o parque.

2 Completa as frases com os pronomes pessoais corretos.


a) vens da escola?
b) Sim, venho da escola. Onde estão os meus irmãos?
c) foram com o teu avô ao parque. Agora vamos ter com eles.
d) Ó avó, preferia ficar em casa a estudar.

3 Em cada conjunto de palavras, circunda a palavra que não é pronome pessoal.

eu tu eu eles
ela eles tu elas
noz nós ele eu
tu eu nós nós
eles voz vós ele
ele ela eles meu
vós elas tua tu

4 Procura na sopa de letras oito pronomes pessoais e escreve duas frases


que incluam alguns deles.

a)
D B L L P E N Ó S I

E S N E K E O V S A .
L N E L E W J R E S b)

E K S A V E F T U Z
.
S U I S K Q E E Y C

E L A X H I V Ó S B

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ESCREVER PARA EXPRESSAR CONHECIMENTO O texto instrucional

1 Recordas-te de que o menino passava as tardes a jogar com o vizinho especial?


Que jogo seria? Quais eram as regras deste jogo?

1.1 Para o caso de te acontecer uma situação semelhante, é melhor prevenires-te


escolhendo um jogo e construindo as suas regras, ou seja, escrevendo um
texto instrucional. Mas antes, lê com atenção as indicações que se seguem.

APRENDE
Um texto instrucional contém informações sobre procedimentos ou normas
adequadas a um determinado contexto, por exemplo: uma receita de culinária;
o uso e as dosagens de um medicamento, o uso de um aparelho eletrónico, um jogo.
Aspetos importantes de um texto instrucional:
possuir uma linguagem clara e objetiva;
indicar o material necessário;
identificar todos os passos;
indicar outras informações relevantes e cuidados a ter.

66

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8

Unidade
1.2 O teu trabalho deve começar pela planificação. Para o fazeres, preenche
o quadro seguinte.

Nome do jogo:

Material necessário:

Idade dos jogadores:

Número de jogadores:

Duração aproximada:

Regras:

2 Escreve agora o teu texto instrucional.

Nome do jogo:

Descrição e objetivo do jogo:

Regras:

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LEITURA RECREATIVA ORIENTADA
Vocabulário
Nos espaços
texto,
em branco no
nificado
escreve o sig
Texto 17 Festa na aldeia das palavras
azul.
O estalar dos foguetes e o estampido dos morteiros destacadas a
tre
deram sinal de que a procissão se pusera em movimento, Procura-os en
ões
e a sineta da capela badalou a anunciar a saída as várias opç
e está
do quadro qu
do andor ( ). xto.
no final do te
Agora a Josette não se assustou com o barulho
porque já sabia do que se tratava. Pôs-se em bicos
dos pés para ver melhor, mas não era preciso: o andor Sabes o que é uma
e a imagem passavam acima das cabeças das pessoas procissão?
crescidas, e toda a gente podia ver muito bem a Santa
Senhora da Serra. Apesar da desconfiança com
que chegara à terra do pai, a Josette tinha de reconhecer A Josette conheceria
que a festa era mais bonita do que esperava. Seguia, com bem a terra do pai?
Porquê? O que
os olhos maravilhados, a imagem da Senhora que parecia
estaria lá a fazer?
viva, com os seus longos cabelos verdadeiros, um sorriso
bondoso, e vestida que nem uma princesa! O vestido
e o manto eram de seda, com bordados a oiro; levava Onde viveria
na cabeça uma coroa de prata, e uma rosa na mão. a Josette
Em França também havia Nossas habitualmente?
Senhoras nas igrejas, mas as que ela tinha
visto eram todas de pedra branca. Achava
esta muito mais bonita.
— Estás a ver os anjinhos? —
perguntou a avó.
Mas esses é que a Josette não
pudera ainda ver, porque eram tão
pequenos como ela, ou mais ainda,
e passavam escondidos pelas
pessoas que estavam
na sua frente.
— Vem para aqui
— ofereceu uma
senhora desconhecida;

68

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8

Unidade
e puxou-a para diante, abrindo-lhe uma saída entre
Josette já conhecia
ela e a pessoa que ficava ao lado.
esta festa da aldeia?
Então a Josette viu como eram engraçadinhos O que foi que
os meninos e as meninas vestidos de azul, de branco a deslumbrou?
e de cor-de-rosa, com asas de penas brancas presas
às costas e grinaldas de florinhas no cabelo.
Seguravam pequenos cestos cheios de pétalas de flores, e com
a mão iam-nas tirando e lançando pelo caminho. Um rapazinho
mais crescido balançava para cá e para lá um perfumador
de prata donde saía fumo do incenso ( )
que se espalhava no ar e cheirava bem, e, atrás dele,
o padre caminhava devagar com uma grande capa Depois de leres
pelos ombros. No final do cortejo os músicos e compreenderes
a tocarem, ainda melhor do que pela manhã o texto, serás capaz
de descobrir em que
(ou então era ela, Josette, quem estava mais
mês do ano muito
bem-disposta para os apreciar como devia ser…).
provavelmente esta
Reconheceu os amigos do pai, e gostou de ver o sol festa aconteceu?
a faiscar nos instrumentos de metal bem areados.
Maria Isabel de Mendonça Soares,
As «vacanças» da Josette,
Desabrochar

• T∞abu‘eirø ∞parå ∞‘eva® ∞santoß ¢eµ ∞prociss˜øæ∞ß. • S∞ubstânciå ∞aromáticå.


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9
Unidade

Vocabulário
xto
Sublinha no te
ujos
as palavras c
ão
significados n
onsulta
conheces e c
Texto 18 Guardador de vacas um dicionário
para
s.
os descobrire
Os animais precisam de verde, resmunga-lhe a avó.
Constantino percebe o que ela quer dizer, mas
entrega-se à fantasia de admitir que as vacas e as burras necessitam
de comer cores, agora um bocado de verde e depois outro de
amarelo ou de vermelho. E enquanto as desamarra da manjedoura,
dá-se ao gosto de pensar como seria divertido levá-las a pastar no
arco-íris, podendo cada uma delas escolher a cor que mais lhe
apetecesse, ou misturá-las e fazer cores diferentes. Ele próprio
queria deitar-se também sobre a faixa azul ou violeta, e depois
rolar pelas outras, ficando pintado com as sete cores, às manchas.
E só quando o outono chegasse, se elas fossem vivas como
as folhas, vê-las mudar para amarelo e depois para castanho,
até caírem de cima do seu corpo, que só então voltaria a ser igual
ao de agora. O pior é que as burras poderiam dar cabo de tudo,
se chegassem ao arco da velha e se espojassem,
a zurrar como sempre fazem, mal encontram
poeira no caminho para o monte, baralhando
as sete cores.
Aí começam elas a espojar-se. Bastou
que as soltasse e metesse as vacas para as bandas
do rio, onde podem encontrar o verde de que
a avó fala, para a Janota e a Carriça se
deitarem numa corrida escoicinhada e logo
se atirarem para o chão, cheias de
cócegas e de gozo. Parecem duas
tolas.
Alves Redol, Constantino,
guardador de vacas e de
sonhos, Caminho

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9

Unidade
COMPREENDER

1 Além do verde, que outras cores gostaria Constantino de dar às vacas para pastar?

1.1 A avó concordava com ele? Justifica a tua resposta usando uma expressão
do texto.

1.2 Que animais podiam estragar o cenário ideal de Constantino? Porquê?

2 Qual era o efeito que o verde tinha sobre a Janota e a Carriça?

3 Assinala com uma cruz (X) a opção correta.


a) Constantino era… … desobediente. … sonhador. … desconfiado.
b) A avó ficava… … satisfeita. … arreliada. … rabugenta.
c) As vacas gostavam da cor… … violeta. … azul. … verde.

REFLETIR

1 É importante termos um mundo de fantasia, como a personagem do texto?


Justifica a tua resposta.

2 E tu? Qual é o teu mundo de fantasia? Escreve um texto em que o descrevas


pormenorizadamente.

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ORTOGRAFIA s, z e x

1 Completa as palavras com s, x ou z.

e cusar au iliar e tranho e casso

e panto e tremo mi to e ato e cursão

e plícito de treza e ame e plêndido

2 Completa as palavras.

uviscar x en ada
arope ou amei a
bola a ch ouriço

rapo a s hori onte


pre idente ou de enho
va io z a ar

imen o s ofen a
ensato ou baloi o
ouri o ç gan o

3 Escreve frases com as palavras do quadro. Toma atenção ao sentido das frases.
a) . voz (som da fala)
b) . vós (vocês)

c) . nós (pronome pessoal)


d) . noz (fruto)

e) . vez (lugar)
f) . vês (forma do verbo ver)
72

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9

Unidade
GRAMÁTICA As palavras complexas

1 Sublinha os prefixos e os sufixos nas palavras e refere se são derivadas


por prefixação, por sufixação ou por ambas.
florescer — empobrecer —
impróprio — entristecer —
amorzinho — reler —
americano — felizmente —

2 Junta um prefixo (a-/em-/en-/e-) e um sufixo (-ar/-er/-ecer) ao nome e forma verbos.


Exemplo: beleza ∫ embelezar. Atenção às alterações que tiveres de fazer.

barc caríci pobr manh

magr torment trist gord

3 Junta os elementos das duas colunas para formares palavras compostas.

arroz Arroz-doce feira

caixeiro rolhas

limpa chaminés

ferro doce

para viajante
saca sol

sexta raios

guarda velho

4 Circunda os prefixos das palavras do quadro seguinte.

infeliz injustiça reeleger antipático malfeitor


depenar antiaéreo reler malcriado desfolhar

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ESCREVER PARA APRENDER…

1 Depois de lermos o texto em prosa, resolvemos transformá-lo numa banda desenhada.

APRENDE
Uma banda desenhada é um tipo de texto com as seguintes características:
A história é contada através de uma série de imagens acompanhadas
de diálogos e, por vezes, de legendas com informações.
Os vários quadrados chamam-se vinhetas.
As falas ou pensamentos das personagens são introduzidos em balões,
que podem ser de fala ou de pensamento.
Os desenhos representam as ideias principais do texto.

74

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9

Unidade
2 Depois de aprenderes o que é uma banda desenhada, vais tu realizar uma. Podes
continuar a história da Janota e da Carriça ou contar outra história de que gostes.

75

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LEITURA RECREATIVA ORIENTADA

Texto 19 Palhaços no consultório Quem será


Na sala de espera de um consultório médico está uma o Anacleto?
senhora sentada, a ler um jornal. Aparece […] o Anacleto.
Anacleto — Podia dizer-me se é aqui o consultório médico
do Senhor Doutor Emilinho Colarinho Dentinho de Leão?
Senhora — É sim, senhor, mas eu cheguei primeiro.
Anacleto — E eu cheguei segundo… Vossa Excelência
dá-me licença que eu me sente num lugar que não seja o seu?
Senhora — Sente-se e não me incomode. O senhor
parece que tem bichinho-carpinteiro no corpo… O que significa
Anacleto — Pois é. […] E, a propósito de bichos, a expressão
a senhora quer saber o que me aconteceu hoje de manhã? «bichinho-carpinteiro
no corpo»?
Senhora — Não! […]
Anacleto — Não diga isso. […] Foi assim: hoje
de manhã, eu estava na cozinha […] quando oiço um
barulho esquisito dentro do armário.
(A senhora bate o pé com impaciência.)
Anacleto — Foi um barulho exatamente como esse, mas
em grande. A princípio pensei que fossem uns ovos mexidos que
eu tinha deixado dentro do armário. Como estavam mal mexidos
continuavam a mexer… Não me ralei. Mas como
o barulho continuava, fui ver. […] Quer saber o que vi? O que sentiste
Vi uma barata, dentro do armário, a olhar para mim. ao ler esta fala
A barata assustou-se… deu um grito «ai»… A barata do Anacleto?
olhou para mim, eu olhei para a barata… Ficámos
os dois muito assustados, a olhar um para o outro,
e eu fechei a correr a porta na cara da barata. Ai!
(Abre-se a porta e aparece o Emilinho, de bata branca.)
Emilinho — Quem é que está aqui aos gritos?
Anacleto — Estava eu, mas aquela senhora está primeiro.
Emilinho — Aos gritos?

76

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9

Unidade
Anacleto — Não, à espera. Aliás, vendo bem, quem
primeiro começou aos gritos foi a barata. […] Como o senhor
doutor chegou tarde, não ouviu, mas eu conto do princípio:
hoje de manhã, quando eu estava na cozinha […]
Emilinho (Zangado.) — Ai!
Anacleto — Isso! Foi assim que a barata gritou. O senhor
doutor também conhece esta barata?
Emilinho — Não conheço essa barata, não conheço baratas,
não o conheço a si e vou-me já embora! Hoje não dou consulta.
Senhora — E eu, que estava aqui à espera há que tempos?
Emilinho — Pronto. Afinal dou consulta, mas,
se me dá licença, despacho primeiro os casos piores.
(Virando-se para o Anacleto.) Do que se queixa?
Quais são os seus males?
Anacleto — Eu tenho andado bonzinho…
Emilinho — Mau!
Anacleto — Não é tão mau como isso. Se não
fosse o cabelo…
Emilinho — O que é que tem o seu cabelo?
Aviso-o de que, lá por me ver de bata branca,
não estamos numa barbearia!
Anacleto — Eu só me queixei do cabelo…
Emilinho — Cai-lhe muito?
Anacleto — Cai… pimba! E magoa-se.
Mas o pior não é isso. É que me dói muito
o cabelo. A pontinha… A pontinha…
Emilinho — Nunca tal ouvi.
Dói-lhe a pontinha do cabelo?
Anacleto — Sim. Quando
o corto!
Emilinho — Então
não o corte e não me mace.
Ponha-se a andar, que se
acabou a palhaçada.
Maria Alberta Menéres, Imaginação,
Edições Asa (texto com supressões)

77

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10
Unidade

Vocabulário
Procura
no dicionário
o significado
do texto
das palavras
Texto 20 Na praia da Galé destacadas a
azul.
Este fim de semana o meu avô levou-me à praia
da Galé. Olarilolé! Assim que pusemos o pé na areia
o avô calcou um pedaço de bosta. Eu comecei a rir e ele mandou-me
calar. Ficou maldisposto, a barafustar. Quando ele, finalmente,
se calou estendemos as toalhas na areia e ficámos em calção.
— Que calor. Adoro o verão! — disse o avô.
Eu fui comprar um gelado e ele escorreu-me pela mão.
— Sabes nadar? — perguntou o avô a olhar para mim.
Eu não sabia que não sabia nadar e disse que sim. Lançámo-nos
ao mar, a ver o que aquilo dava. Eu não sabia que não sabia
e o avô já não se lembrava. Foi um problema.
— Lembre-se, avô, lembre-se! — gritei eu.
E engoli uma golfada de água.
«Como podia alguém esquecer de nadar?», pensei, com
a boca fechada. «Se sabe, não precisa de se lembrar. Nada
e nem dá por nada. Podemos esquecer-nos de respirar?»
O avô bem puxa pela cabeça. […] Mas a água
entrava-lhe pelo nariz e pelos ouvidos e não
o deixava pensar.
Estávamos naquilo quando apareceu o que parecia
ser a barbatana de um tubarão. Foi da maneira
que o avô se lembrou de nadar e fê-lo na perfeição.
E até eu nadei como se já tivesse aprendido.
A menos que aquilo não fosse nadar e fôssemos
ambos a voar no mar. Por acaso, a barbatana
do tubarão era a ponta de uma prancha de surf, mas,
enfim, nós tínhamos visto um filme em que as coisas
não eram bem assim.
Álvaro Magalhães,
O senhor do seu nariz, Texto Editores (adaptado e com supressões)

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10

Unidade
COMPREENDER

1 Assinala como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes.

a) O avô ficou aflito porque não sabia nadar.

b) Avô e neto foram atacados por um tubarão.

c) O neto era um excelente nadador.

d) O avô não tinha boa memória.

e) Estava um belo dia de verão.

1.1 Corrige as afirmações falsas.

2 Explica o significado da frase: «O avô bem puxa pela cabeça.»

3 Copia a frase do texto que indica que avô e neto nadaram velozmente.

4 Por que razão as personagens da história ficaram com medo dos tubarões?

Recorda
uma
REFLETIR Um slogan é
e fácil
frase curta, d
, usada
1 Quando chega a época balnear, costuma dizer-se: «Há mar memorização
e
e mar, há ir e voltar.» Como interpretas este slogan? em publicidad
ou noutro tipo
a, para
de propagand
1.1 Parece-te adequado à situação do texto? Porquê? roduto,
projetar um p
uma intenção
ou uma ideia.
2 Que lição podemos retirar do que aconteceu ao avô e ao neto?

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ORTOGRAFIA Palavras homófonas e palavras homógrafas

1 Completa as frases que se seguem usando as palavras Atenção!


certas. ue
As palavras q
colher
a) roído/ruído é possível es
se
Volta não volta, o leão ouvia um para cada fra
e
estranho. Olhou e viu que o rato já tinha pronunciam-s
aneira
quase toda a rede que o prendia. da mesma m
-se
mas escrevem
b) pião/peão rente
de forma dife
nificado
Enquanto jogávamos ao no recreio e têm um sig
da escola, lá fora, um ia sendo diferente: são
ófonas.
atropelado por um automóvel que circulava a grande palavras hom
velocidade.

2 Completa as frases que se seguem usando as palavras


certas. Recorda
ue
a) pôr/por As palavras q
colher
é possível es
Não vás aí, podes se
para cada fra
o pé em falso. escrevem-se
rma
b) cópia/copia da mesma fo
m-se
O meu colega está sempre a ver se mas pronuncia
rente
a que eu faço dos registos do quadro. de forma dife
ados
e têm signific
c) molho/molho diferentes:
Vou comprar um de nabiças e tomate são palavras
para fazer um . homógrafas.

3 Lê as palavras e repara que o e se lê i.

gémeo geografia peão área

3.1 Escreve frases com cada uma destas palavras.


a) .
b) .
c) .
d) .
80

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10

Unidade
GRAMÁTICA Determinantes e quantificadores

1 Identifica e sublinha os determinantes das frases seguintes, indicando a subclasse


a que pertencem.
a) A Maria leu o meu texto.

b) Estas flores exigem muitos cuidados.

c) O refeitório está reservado para a nossa turma.

d) Aquele candeeiro está apagado.

e) Esse cão tem um pelo muito bonito.

2 Preenche os espaços em branco com artigos definidos ou indefinidos, conforme


considerares mais conveniente.

Fui ao cinema e vi bom filme. Estava lá


meu amigo João, que me convidou para ir beber
sumo e comer torrada com
Rita e amigos.

3 Encontra na sopa de letras oito quantificadores numerais e escreve-os.

Q U I N T O A Ã O B G S N T

G R S I I V P R I M E I R O

S E I S C E N T O S L M N N

L E H J H X C Z U V M I L H

H C T R I P L O S M A C H O

O U R E D Q U Á D R U P L O

E V I G É S I M O L H O E L

W F U F D U P L O U C C A O

81

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ESCREVER PARA APRENDER… A entrevista

1 Imagina que o avô e o neto tinham sido atacados por um tubarão e que tinham
conseguido sobreviver, tornando-se famosos. Tu és jornalista e vais entrevistá-los.
Repara no exemplo de planificação da entrevista.

Apresentação dos entrevistados —


Entrevistado:
nomes, idades, ocupações, …

Objetivo da entrevista: Saber o que aconteceu.

Questões a colocar: Porquê? Como? Onde?

Agradecimentos finais:

2 Agora estás mais preparado. Faz o guião de entrevista que te vai ajudar
a entrevistar o avô e o neto.

Entrevistado:

Objetivo da entrevista:

Questões a colocar:

Agradecimentos finais:

82

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10

Unidade
3 Usa a informação recolhida na entrevista e escreve uma notícia para o jornal.

4 Ilustra a notícia que escreveste.

83

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LEITURA RECREATIVA ORIENTADA

Vocabulário
Procura
no dicionário
Texto 20 A estrada de chocolate o significado
do texto
Ao passear pelo campo, três irmãozinhos das palavras
azul
de Barletta encontraram certa vez uma estrada muito destacadas a
e escreve-as
lisinha e toda castanha. e está
no quadro qu
— O que será? — disse o primeiro. no final do te
xto.
— Madeira não é — disse o segundo.
— Não é carvão — disse o terceiro.
Para saber um pouco mais do que se tratava, Terá sido boa ideia
ajoelharam-se os três e deram uma lambidela. os irmãos terem
Era chocolate, era uma estrada de chocolate. comido a estrada?
Começaram a comê-la, primeiro um pedaço, depois Porquê?
outro, até que veio a noite e os três irmãozinhos ainda lá
estavam a comer a estrada de chocolate, até que fosse
o último quadradinho. Foi-se o último quadradinho
e foi-se também a estrada.
— Onde estamos? — perguntou o primeiro.
— Não estamos em Bari — disse o segundo.
— Não estamos em Mofeltta — disse o terceiro.
Não sabiam francamente o que fazer.
Por sorte, eis que aparece, vindo dos campos, um camponês com
a sua carroça.

84

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10

Unidade
— Eu levo-os a casa — disse o camponês.
De que forma
E levou-os até Barletta, até à porta de casa.
Barletta ficou com
Ao descerem da carroça, notaram que toda ela era
menos uma casa?
feita de biscoito. E, sem dizer uma nem duas,
começaram a comê-la e não deixaram rodas nem
varais.
Três irmãozinhos com tamanha sorte nunca Barletta tivera
e quem sabe se alguma vez voltará a ter.
Gianni Rodari, Histórias ao telefone, Teorema

• ∞francaµen™e • ∞campo¬ês
• ∞varais • ∞tamanha

85

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REVISÕES DO 3.º PERÍODO

Indica duas
Diz duas Qual a diferença «Baloi_o» Diz
palavras
personagens entre «nós» e «noz»? escreve-se fras
com som
da história com ç ou com ss? era
PARTIDA x=z.
«O Capuchinho
Vermelho».

Material
1 dado.
3 marcas (ou as necessárias de acordo com o número de jogadores).
Quantas
Jogar em grupo consoantes
Formar um grupo com três elementos ou mais. tem o
Escolher um «chefe de jogo». Este irá fazer as perguntas e controlar alfabeto?
a correção das respostas, com a ajuda das soluções.
Todos lançam o dado e quem obtiver o número mais alto será
o primeiro a jogar, correndo o jogo pela esquerda.
Algumas casas do jogo contêm prémios ou castigos.
Pouca sorte!!! Prém
Ganha o primeiro que, tendo conseguido chegar à última casa,
Ficas uma vez cinc
responder corretamente à pergunta.
sem jogar!
Jogar sozinho
Lança o dado e avança o número de casas indicado.
Lê a pergunta e tenta responder. Segue sempre as instruções.
Se responderes certo, regista 2 pontos no quadro da pontuação.
Se responderes errado, marca 0 pontos no quadro da pontuação. Qual é o nome
Se no final do jogo a tua pontuação for igual ou inferior a 8, que deu origem
perdeste o jogo. Se a tua pontuação estiver entre o 9 e o 15, ao verbo
precisas de estudar um pouco mais. Se somares entre 16 e 20 «festejar»?
pontos, estás de parabéns!
Nota: Pede ajuda a um amigo ou familiar para controlar a correção das tuas
respostas, com a ajuda das soluções.
23) Viajante, viajar, viajaram, por exemplo; 25) Dramático; 26) Discurso direto.
Vieste parar à
definidos: o/a/os/as. Artigos indefinidos: um/uma/uns/umas; 22) «lixo»; «prisão»! Ficas
16) «As meninas eram estudiosas.»; 18) Ferro-velho; 19) «primeiro»; 20) Artigos uma vez sem
«cópia» passaria a ser uma forma do verbo «copiar»; 14) y, w, k; 15) «inho»; jogar! Qu
O prefixo é «des»; 11) «Os arrozes eram deliciosos.»; 13) Sem o acento, o nome pro
é um nome; 3) Com ç; 4) 21; 6) Festa; 8) «ele»; 9) Desenroscar, por exemplo. pes
fra
Soluções: 1) Exército e exame, por exemplo; 2) «nós» é um pronome e «noz»

pas
1 2 4 5 6 8 9 Total ele
Pontuação

13 15 16 18 20 22 24 26

86

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Enumera quatro
artigos definidos
e quatro artigos
Diz o plural da indefinidos. Volta à casa
20. Acertaste? Completa
frase «O arroz Esta é uma casa
Então volta a a palavra «li_o»
era delicioso.» com prémio.
lançar o dado. com x ou com ch.
Avança até
à casa 15.

Qual é o Diz três


quantificador palavras da família
numeral na frase de «viagem».
«Fui o primeiro
a terminar
a tarefa.»? Podes avançar uma
casa. Se acertares,
ganhas o jogo!
A palavra
«cópia»
Prémio! Avança Forma uma palavra
necessita
cinco casas! composta com
de acento?
a palavra «ferro».
Porquê?

Como se chama
o tipo de texto que
Prémio! Joga é escrito para ser
o dado outra vez. representado?

Indica uma Quais são


palavra com as três
prefixo e diz novas letras
qual é esse do alfabeto
prefixo? português?
à
s
Diz a frase no A frase «Amanhã
Qual é o feminino: vou à escola.» está
A palavra «docinho»
pronome «Os meninos eram no discurso direto
tem um sufixo?
pessoal da estudiosos.» ou indireto?
Qual?
frase «Vou
passear com CHEGADA
ele.»?

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O Projeto Desafios de Português
destinado ao 3.o ano de escolaridade,
1.o Ciclo do Ensino Básico, é uma obra coletiva,
concebida e criada pelo Departamento de Investigações
e Edições Educativas da Santillana-Constância,
sob a direção de Sílvia Vasconcelos.

EQUIPA TÉCNICA
Chefe de Equipa Técnica: Patrícia Boleto
Modelo Gráfico e Capa: Carla Julião
Ilustração da Capa: Nósnalinha
Ilustrações: Nósnalinha
Paginação: Pedro Nunes
Documentalista: Luísa Rocha
Revisão: Ana Abranches e Catarina Pereira

EDITORA
Maria João Carvalho

A edição revista de acordo com as novas metas curriculares


é da responsabilidade de Maria José Marques.

© 2013

Rua Mário Castelhano, 40 – Queluz de BaixXXo


2734-502 Barcarena, Portugal

APOIO AO PROFESSOR
Tel.: 214 246 901
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APOIO AO LIVREIRO
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Internet: www.santillana.pt

Impressão e acabamento: Lidergraf

ISBN: 978-989-708-427-0
C. Produto: 222 010 106

2.a Edição
5.a Tiragem

Depósito Legal: 361118/13

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Os prejudicados somos todos nós.

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