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Turma: 901
Aluno(a): _____________________________________________________________________________________________
Mês: Março
Profª.: Thaís Sant’Anna Marcondes
Atividades de Português
A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da imaginação criadora do homem, as
palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva).
Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa
determinada frase. Observe os seguintes exemplos:
No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos
dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de
associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivíduo".
Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Veja:
Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto.
Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar
alguma coisa e não conseguiu.
Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado,
ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:
I) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como
aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.
II) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo
do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.
Exercícios
1. Coloque nos parênteses D, se a frase estiver no sentido denotativo, ou C, se a frase estiver no sentido conotativo.
Exercícios
ORION
A primeira namorada,
tão alta que o beijo não alcançava,
o pescoço não alcançava,
nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.
a) O adjetivo alta está empregado no sentido denotativo ou conotativo? Justifique sua resposta.
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b) No verso: “Eram quilômetros de silêncio” a linguagem é conotativa. O que esse verso sugere?
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c) A palavra Luzia possui dois sentidos no poema. Identifique esses sentidos. Se for preciso, use o dicionário para
encontrar um deles.
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2) Identifique o sentido denotativo ou conotativo de cada uma das seguintes frases, utilizando para tal o código
proposto: (A) DENOTATIVO ou (B) CONOTATIVO
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(___) O leão é um animal feroz. (___) O meu relógio de ouro foi roubado.
(___) Aquele homem é um leão. (___) Pedro nadava em ouro.
(___) O alpinista conseguiu escalar a montanha. (___) Não gosto nada de sapos.
(___) Ela disse uma montanha de absurdos. (___) Engolir sapos não é nada fácil.
a) O humor dessa tira baseia-se em dois sentidos de uma mesma palavra. Identifique-a e explique os sentidos que ela
adquire em suas duas ocorrências.
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Frase
A frase é qualquer elaboração de um enunciado com sentido completo que transmite determinada
mensagem. Pode ser formada por apenas uma palavra ou por várias. Ela tem início na letra maiúscula e acaba no
ponto final.
As frases podem ser verbais (possuem verbos/orações) ou nominais (não possuem verbos).
Oração
Quando há um verbo, as frases são chamadas de orações. Oração é, portanto, um enunciado com verbo.
Período
É o enunciado formado por uma ou mais orações. O período pode ser simples ou composto.
Quando o enunciado é constituído de uma só oração. Quando o enunciado for constituído de duas ou mais
orações, ou seja, dois ou mais verbos.
Exemplos de período simples:
✘ A lua é o símbolo dos apaixonados. Exemplos de período composto:
✘ Vamos ao shopping? ✘ Vamos ao shopping para comprar um presente.
✘ Comprei um vestido novo. ✘ O aluno disse que perdeu o trabalho.
✘ Estudei, estudei, estudei e fui bem nas provas.
Exercícios:
1) Leia a tira:
A barata Fliti confundiu o nome de Níquel Náusea com o de Mickey Mouse, o famoso camundongo das histórias em
quadrinhos de Walt Disney.
Mais um Natal
Aviso num restaurante de Brighton, que o dono fez imprimir no cardápio, à revelia dos garçons: “Somos seus amigos
e lhe desejamos um Feliz Natal. Por favor, não nos ofenda dando-nos gorjetas.”
Junto à porta de saída, entretanto, os garçons fizeram dependurar uma caixinha sob o letreiro: “Ofensas”.
3) No trecho “Somos seus amigos e lhe desejamos um Feliz Natal”, encontramos um período simples ou composto?
Justifique.
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“No fim de semana, Seth Brunch se apresentou no salão da prefeitura, onde se desenrolava um torneio de xadrez. Ali,
de olhos fechados, jogou “às cegas” contra quinze adversários. Tudo estava armazenado na sua memória. Ele ganhou
as quinze partidas sem a menor dificuldade.”
2) Leia a tirinha:
— O senhor admite que levou o carro e nega que o tenha roubado. Pode me explicar isto? — Eu não roubei, senhor
juiz. O carro estava parado na porta do cemitério, e eu, naturalmente, pensei que o dono tivesse morrido...
(Donaldo Buchweitz, org. Piadas para você morrer de rir. Belo Horizonte: Leitura, 2001. p.101.)
CRÔNICA
É um texto breve, ligado a vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de
crítica indireta, especialmente quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV.
Exercícios
A ÚLTIMA CRÔNICA
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou
adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um
ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo
de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial,
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ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num
acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema".
Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo
da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela
presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também
à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos
que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam
para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o
garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a
ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o
pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da
naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia
triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à
sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto
ritual. A mãe 9 remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de
fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela
serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo
no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada,
cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe
recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se
a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da
celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila,
ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
Texto de Fernando Sabino, extraído do livro "A Companheira de Viagem", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.
2. Existe alguma relação entre a situação vivida pela família da crônica e a de nossos dias?
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3. Você seria capaz de buscar, num fato do seu dia-a-dia, momentos de fraternidade e sensibilidade e nele descobrir
suas belezas? Se sim, dê exemplos.
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4. O acontecimento da crônica ocorreu num cenário e envolveu pessoas? Em que cenário? Como você descreveria o
botequim?
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7. Que hipóteses poderíamos formular para o fato de a mãe ter guardado as velinhas?
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8. Há nas duas últimas orações do 2º parágrafo uma crítica a instituição família? Você concorda? Explique.
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9. “Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual”. A que ritual o autor se refere?
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10. O autor diz que o pai demonstra estar satisfeito com a celebração. E você, o que acha?
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1. Em sua opinião o constrangimento do pai, ao perceber que estava sendo notado, é normal?
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2. Apesar da dificuldade financeira, podemos destacar sentimentos nobres na relação daquela família. Cite alguns.
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6. No segundo parágrafo, ao descrever a menina, o autor utiliza de adjetivos no diminutivo. Que motivo o leva a fazer
essa escolha lexical?
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7. Defina crônica, com suas palavras, a partir da leitura do primeiro parágrafo do texto de Fernando Sabino.
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CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
A conjunção é a palavra que liga duas orações ou termos de mesma função na oração. Quando a conjunção
exerce seu papel de ligar as orações, estabelece entre elas uma relação de coordenação ou subordinação.
As orações coordenadas são independentes entre si, ou seja, possuem significado singular, mesmo que
ligadas pela conjunção. Veja o exemplo:
As duas orações estão ligadas pela conjunção "e" e não têm relação de dependência entre si. Então, a primeira
oração (A lua surgiu) tem sentido completo e independe da segunda (As estrelas inundaram o céu de luz); e assim
também é a segunda em relação à primeira.
Duas ou mais orações que mantêm independência entre si chamam-se coordenadas, e consequentemente, a
conjunção que liga tais orações é denominada conjunção coordenativa.
A conjunção coordenativa também ocorre quando duas palavras são ligadas na mesma oração. Veja o exemplo:
Observe que a conjunção ou está ligando duas palavras: brinquedos e revistas, as quais exercem o mesmo papel de
objeto direto na oração.
• aditivas - exprimem ideia de adição, soma: e, não só, mas também, nem (= e não) etc.;
Exemplos: Fui à escola e joguei bola.
Não fui à escola nem joguei bola.
• adversativas – exprimem ideia de contraste, oposição: mas, porém, contudo, no entanto, entretanto, etc.;
Exemplos: Fui à escola, porém não levei meu caderno.
Fui à escola, no entanto, não prestei atenção nas explicações.
Exercícios
2. "Esse progresso mecânico, porém, baseado apenas no domínio..." Assinale a alternativa em que não aparece palavra
ou expressão que substitui, com perfeição, a conjunção "porém":
a) entretanto
b) no entanto
c) todavia
d) porque
e) contudo
Aula do dia 25/03 – Assunto: Orações coordenadas
O período composto por coordenação é constituído de orações coordenadas. Na coordenação não há relação
de dependência entre as orações. Uma oração independe da(s) outra(s). As orações que as constituem têm sentido por
si mesmas, são sintaticamente independentes. A oração coordenada, dentro do período, vem relacionada ou ligada a
outra de igual função, de hierarquia igual. Elas podem estar ligadas por conjunção coordenativa ou não.
Esse período é composto por três orações: [O carro partiu], [ganhou velocidade], [e sumiu na estrada]. Do ponto de
vista sintático, elas são independentes, ou seja, nenhuma exerce função sintática em relação a outra, embora a expressão
do pensamento do autor dependa da coordenação (ordenação lado a lado) das orações, portanto são coordenadas entre
si.
Tipos de Coordenadas
As orações coordenadas podem ou não vir introduzidas por conjunções coordenativas, daí a sua
classificação em Coordenadas Sindéticas e Assindéticas.
Assindéticas: não são introduzidas por conjunções Sindéticas: são introduzidas por uma das conjunções
coordenativas. Essas orações devem ser sempre coordenativas e classificam-se, de acordo com a
separadas por vírgulas. conjunção que as introduz.
• Coordenadas Sindéticas Adversativas: Expressam uma ideia de compensação ou de contraste, ligam orações de
sentido, adverso ou contrário. É introduzida pelas conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
no entanto, senão etc.
✘ Saiu cedo, mas chegou atrasado.
• Coordenadas Sindéticas Alternativas: Expressam uma ideia de exclusão, de alternância, ligam orações que
apresentam ações ou estados que se revezam ou alternam. É introduzida pelas conjunções alternativas: ou...ou, já...já,
ora...já, quer...quer etc.
✘ Ou você estuda, ou você trabalha.
• Coordenadas Sindéticas Conclusivas: Expressam uma ideia de conclusão, ligam orações das quais a segunda
exprime uma conclusão do que é afirmado na primeira. É introduzida pelas conjunções conclusivas: logo, pois,
portanto, então etc.
✘ Não saiu cedo, logo chegou atrasado.
• Coordenadas Sindéticas Explicativas: Iniciam a oração destinada a esclarecer ou explicar o sentido da anterior,
dando um motivo. É introduzida pelas conjunções explicativas: pois, porque, que, por exemplo etc.
✘ Saia cedo, pois o trânsito está intenso.
Exercícios
2. Observe o seguinte excerto poético e em seguida atente-se para a questão que a ele se refere:
A Entrevista é um dos gêneros textuais com função geralmente informativa veiculado, sobretudo, pelos
meios de comunicação: jornais, revistas, internet, televisão, rádio, dentre outros.
Há diversos tipos de entrevistas dependendo da intenção pretendida: a entrevista jornalística, entrevista de
emprego, entrevista psicológica, a entrevista social, dentre outras. Elas podem fazer parte de outros textos jornalísticos,
por exemplo, a notícia e a reportagem.
Trata-se de um texto marcado pela oralidade produzido pela interação entre duas pessoas, ou seja, o
entrevistador, responsável por fazer perguntas, e o entrevistado (ou entrevistados), quem responde às perguntas.
A Entrevista possui uma função social muito importante, sendo essencial para a difusão do conhecimento,
a formação de opinião e posicionamento crítico da sociedade, uma vez propõe um debate sobre determinado tema,
onde o discurso direto é sua principal característica.
Ou seja, as palavras proferidas pelo entrevistado e o entrevistador são transcritas de maneira fidedigna e,
portanto, pode haver muitas marcas de oralidade bem como observações (geralmente entre parênteses) que descrevem
as ações de ambos, por exemplo: (risos).
No entanto, é notório um tipo de formalismo nas entrevistas, exposto pela linguagem utilizada entre ambos,
com apresentação de um discurso coerente.
Características da Entrevista
Estrutura da Entrevista
Escolha do Tema
A entrevista pode ser um texto em que você vá utilizar para dar consistência a um outro trabalho, ou mesmo, para
conhecer melhor o trabalho de outra pessoa.
Seja qual for o tema escolhido, por exemplo, o novo livro do escritor, fica claro que ele deverá comparecer à entrevista.
Elaboração de Roteiro
Feito a escolha do tema e do entrevistado, é muito importante a elaboração de um roteiro de forma que o entrevistador
o tenha em mãos na hora da entrevista.
Além disso, pesquise, analise e estude sobre o tema, pois como a entrevista garante a presença de alguém, podem surgir
outras perguntas durante o processo, a partir das respostas do entrevistador.
O roteiro deverá ter um objetivo claro e ser apresentado em formas de perguntas e cuidado para que não fique muito
longo, no entanto, tenha outras perguntas em mente se for necessário.
Revisão
A parte final é tão importante quanto a inicial. Afinal, não adianta ter as ideias e apresenta-las de maneira informal, ou
seja, um texto que não abrigue coerência e coesão.
Se a intenção é fazer uma entrevista com o entrevistado e depois apresentar para um público leitor, você deverá utilizar
uma câmera ou gravador e depois realizar o trabalho de transcrição das falas de ambos.
Segue abaixo a entrevista (escrita e em vídeo) entre o jornalista Júlio Lerner e a escritora brasileira Clarice Lispector,
veiculada no programa “Panorama”, da TV Cultura, dia 1 de fevereiro de 1977, ano da morte da escritora.
Nas raras entrevistas que você tem concedido surge, quase que necessariamente, a pergunta de como você
começou a escrever e quando?
Antes de sete anos eu já fabulava, já inventava histórias, por exemplo, inventei uma história que não acabava nunca.
Quando comecei a ler comecei a escrever também. Pequenas histórias.
Quando a jovem, praticamente adolescente Clarice Lispector, descobre que realmente é a literatura aquele
campo de criação humana que mais a atrai, a jovem Clarice tem algum objetivo específico ou apenas escrever,
sem determinar um tipo de público?
Apenas escrever.
Você poderia nos dar uma ideia do que era a produção da adolescente Clarice Lispector?
Caótica. Intensa. Inteiramente fora da realidade da vida.
Clarice, a partir de qual momento você efetivamente decidiu assumir a carreira de escritora?
Eu nunca assumi.
Por quê?
Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço questão de continuar sendo
amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever. Ou então com o outro, em relação
ao outro. Agora eu faço questão de não ser uma profissional para manter minha liberdade.
Exercícios:
Produza uma entrevista com alguém que more na sua casa com você.
Feita a escolha, prepare as perguntas que fará ao entrevistado de acordo com os temas que serão abordados.
Em seguida, transcreva aqui as perguntas e as respostas. Lembre-se de colocar o nome do entrevistado e uma breve
apresentação sobre quem é ele.
Bom Trabalho!
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