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Escola Municipal Marinheiro Marcílio Dias

Turma: 901
Aluno(a): _____________________________________________________________________________________________

Mês: Março
Profª.: Thaís Sant’Anna Marcondes

Atividades de Português

Aula do dia 01/03 – Assunto: Denotação e conotação

A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da imaginação criadora do homem, as
palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva).
Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa
determinada frase. Observe os seguintes exemplos:

A menina está com a cara toda pintada.


Aquele cara parece suspeito.

No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos
dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de
associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivíduo".
Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Veja:

Marcos quebrou a cara.

Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto.
Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar
alguma coisa e não conseguiu.
Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado,
ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:

I) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como
aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.

II) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo
do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.

Ainda não ficou claro? Eu te explico melhor. Ao explorar o significado


das palavras até o máximo grau possível, os autores usam sentidos das palavras
diferentes das habituais. Como assim? Uma margarida é uma flor muito bonita. Se
você procurar o significado de margarida no dicionário, encontrará a seguinte
explicação: substantivo feminino; diminutas flores, frequentemente amarelas,
muitas também conhecidas como bem-me-quer e malmequer. Então, se eu te disser
que colhi margaridas lindas no meu jardim, a imagem que você construirá na cabeça
deve ser essa aqui ao lado.
Como estou usando o sentido real da palavra “margarida”, o sentido encontrado no dicionário, estou
usando o sentido denotativo do vocábulo. Para te ajudar a lembrar disso, perceba que denotativo e dicionário
começam com a mesma letra: “D”.
Mas, se eu disser que sua alegria é tão contagiante que você é a margarida que anima meus dias, não estou
mais usando o sentido real da palavra “margarida”, agora o sentido é figurado, ou seja, conotativo. Não quero dizer
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com minha frase que você parece uma flor amarela, e sim que a imagem dessa flor me traz ânimo e sua presença
também, então resolvi comparar você a essa florzinha linda.

Exercícios

1. Coloque nos parênteses D, se a frase estiver no sentido denotativo, ou C, se a frase estiver no sentido conotativo.

a) Meu pai é meu espelho. ( ) g) Completou vinte primaveras. ( )


b) Quebrei o espelho do banheiro. ( ) h) Na primavera os campos florescem. ( )
c) Essa menina tem um coração de ouro. i) Estava tudo em pé de guerra. ( )
d) A Praça da Sé fica no coração de São Paulo. ( ) j) Ela estava com os pés inchados. ( )
e) Fez um transplante de coração. ( ) k) É órfão de afeto. ( )
f) Você é mesmo mau: tem um coração de pedra. ( ) l) Muito cedo ele ficou órfão de pai. ( )

2. Qual é o sentido usual dos seguintes provérbios?

a) Ele está com a corda toda. ______________________________________________________________


b) Pimenta nos olhos dos outros é refresco. __________________________________________________
c) Camarão que dorme, a onda leva. ________________________________________________________

Aula do dia 04/03 – Assunto: Denotação e conotação

Exercícios

1) Leia o texto e faça o que se pede:

ORION

A primeira namorada,
tão alta que o beijo não alcançava,
o pescoço não alcançava,
nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.

Luzia na janela do sobradão.

(Carlos Drummond de Andrade)

a) O adjetivo alta está empregado no sentido denotativo ou conotativo? Justifique sua resposta.
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b) No verso: “Eram quilômetros de silêncio” a linguagem é conotativa. O que esse verso sugere?
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c) A palavra Luzia possui dois sentidos no poema. Identifique esses sentidos. Se for preciso, use o dicionário para
encontrar um deles.
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2) Identifique o sentido denotativo ou conotativo de cada uma das seguintes frases, utilizando para tal o código
proposto: (A) DENOTATIVO ou (B) CONOTATIVO
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(___) O leão é um animal feroz. (___) O meu relógio de ouro foi roubado.
(___) Aquele homem é um leão. (___) Pedro nadava em ouro.
(___) O alpinista conseguiu escalar a montanha. (___) Não gosto nada de sapos.
(___) Ela disse uma montanha de absurdos. (___) Engolir sapos não é nada fácil.

3) Leia esta tira humorística:

a) O humor dessa tira baseia-se em dois sentidos de uma mesma palavra. Identifique-a e explique os sentidos que ela
adquire em suas duas ocorrências.
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b) Em qual dos dois casos essa palavra foi usada conotativamente?


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Aula do dia 08/03 – Assunto: Revisão de período simples e composto

Frase

A frase é qualquer elaboração de um enunciado com sentido completo que transmite determinada
mensagem. Pode ser formada por apenas uma palavra ou por várias. Ela tem início na letra maiúscula e acaba no
ponto final.

✘ Minha avó fez um bolo.


✘ Socorro!
✘ Ei, preste atenção!
✘ Hoje vamos aprender sobre preposições.

As frases podem ser verbais (possuem verbos/orações) ou nominais (não possuem verbos).

Oração

Quando há um verbo, as frases são chamadas de orações. Oração é, portanto, um enunciado com verbo.

✘ Antônio está doente.


✘ Viajaremos neste fim de semana.
✘ Estou com um problema.
✘ Choveu ontem à noite.

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O verbo é a palavra mais importante em uma oração.

Período

É o enunciado formado por uma ou mais orações. O período pode ser simples ou composto.

Período Simples Período Composto

Quando o enunciado é constituído de uma só oração. Quando o enunciado for constituído de duas ou mais
orações, ou seja, dois ou mais verbos.
Exemplos de período simples:
✘ A lua é o símbolo dos apaixonados. Exemplos de período composto:
✘ Vamos ao shopping? ✘ Vamos ao shopping para comprar um presente.
✘ Comprei um vestido novo. ✘ O aluno disse que perdeu o trabalho.
✘ Estudei, estudei, estudei e fui bem nas provas.

Exercícios:

1) Leia a tira:

A barata Fliti confundiu o nome de Níquel Náusea com o de Mickey Mouse, o famoso camundongo das histórias em
quadrinhos de Walt Disney.

a) Por que, provavelmente, Fliti troca o nome de seu amigo?


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b) Que elemento da história surpreende o leitor e confere humor à tira? Explique.
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Em relação ao 3º quadrinho, responda:

c) Quantos verbos tem essa frase? Registre-os.


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d) Essa frase pode ser classificada como um período simples? Justifique.


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2) Leia o trecho de uma crônica de Fernando Sabino.

Mais um Natal

Aviso num restaurante de Brighton, que o dono fez imprimir no cardápio, à revelia dos garçons: “Somos seus amigos
e lhe desejamos um Feliz Natal. Por favor, não nos ofenda dando-nos gorjetas.”
Junto à porta de saída, entretanto, os garçons fizeram dependurar uma caixinha sob o letreiro: “Ofensas”.

a) O que, provavelmente, motivou o dono do restaurante a escrever o aviso no cardápio?


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b) Por que os garçons colocaram uma caixa e o letreiro “Ofensas” na saída?


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3) No trecho “Somos seus amigos e lhe desejamos um Feliz Natal”, encontramos um período simples ou composto?
Justifique.
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Aula do dia 11/03 – Revisão de período simples e composto

1) Leia um trecho de um livro:

“No fim de semana, Seth Brunch se apresentou no salão da prefeitura, onde se desenrolava um torneio de xadrez. Ali,
de olhos fechados, jogou “às cegas” contra quinze adversários. Tudo estava armazenado na sua memória. Ele ganhou
as quinze partidas sem a menor dificuldade.”

Quantos períodos há nesse parágrafo?


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2) Leia a tirinha:

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A última fala é formada por um período composto. Justifique essa afirmação.
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3) Circule os verbos e classifique os períodos em simples ou composto.

a) O orador discursou sobre sustentabilidade.


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b) Os turistas passearam tanto que voltaram exaustos para o hotel.
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c) Pai e filho saíram cedo.
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4) Leia esta anedota:

— O senhor admite que levou o carro e nega que o tenha roubado. Pode me explicar isto? — Eu não roubei, senhor
juiz. O carro estava parado na porta do cemitério, e eu, naturalmente, pensei que o dono tivesse morrido...

(Donaldo Buchweitz, org. Piadas para você morrer de rir. Belo Horizonte: Leitura, 2001. p.101.)

a) Quantas frases há nesse texto?


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b) Na anedota, há dois períodos simples. Identifique-os.


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c) Observe o primeiro período do texto. É simples ou composto? Por quê?


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Aula do dia 15/03 – Assunto: Crônicas

CRÔNICA

É um texto breve, ligado a vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de
crítica indireta, especialmente quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV.

❑ Texto narrativo curto e com poucas personagens;


❑ As personagens não têm aprofundamento psicológico e são apresentadas em traços rápidos;
❑ O cronista explora temas do cotidiano;
❑ O enredo apresenta poucos fatos e eles acontecem em um curto espaço de tempo;
❑ O texto apresenta visão particular (subjetiva) do autor sobre os fatos que acontecem no cotidiano
e pode ser escrito em primeira ou terceira pessoa do discurso.
❑ O autor procura dar um "tom" específico para sua crônica: humorístico, crítico, satírico, irônico,
reflexivo ou de protesto.

Exercícios

A ÚLTIMA CRÔNICA

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou
adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um
ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo
de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial,
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ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num
acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema".
Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo
da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela
presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também
à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos
que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam
para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o
garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a
ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o
pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da
naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia
triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à
sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto
ritual. A mãe 9 remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de
fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela
serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo
no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada,
cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe
recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se
a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da
celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila,
ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

Texto de Fernando Sabino, extraído do livro "A Companheira de Viagem", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.

1. Qual o objetivo desta crônica?


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2. Existe alguma relação entre a situação vivida pela família da crônica e a de nossos dias?
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3. Você seria capaz de buscar, num fato do seu dia-a-dia, momentos de fraternidade e sensibilidade e nele descobrir
suas belezas? Se sim, dê exemplos.
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4. O acontecimento da crônica ocorreu num cenário e envolveu pessoas? Em que cenário? Como você descreveria o
botequim?
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5. Quais são as personagens envolvidas no episódio narrado? Comente sobre elas.


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6. O narrador-observador não está presente na festa de aniversário, mas é a personagem central dela, por quê?
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7. Que hipóteses poderíamos formular para o fato de a mãe ter guardado as velinhas?
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8. Há nas duas últimas orações do 2º parágrafo uma crítica a instituição família? Você concorda? Explique.
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9. “Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual”. A que ritual o autor se refere?
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10. O autor diz que o pai demonstra estar satisfeito com a celebração. E você, o que acha?
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Aula do dia 18/03 – Assunto: Crônicas

Continuação das questões do texto anterior (A última crônica, de Fernando Sabino)

1. Em sua opinião o constrangimento do pai, ao perceber que estava sendo notado, é normal?
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2. Apesar da dificuldade financeira, podemos destacar sentimentos nobres na relação daquela família. Cite alguns.
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3. É possível reconhecer na crônica em que época esse fato aconteceu?


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4. Os termos “acidental” e “essencial” conferem que sentido no texto?


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5. A linguagem usada na crônica é simples ou é rebuscada?


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6. No segundo parágrafo, ao descrever a menina, o autor utiliza de adjetivos no diminutivo. Que motivo o leva a fazer
essa escolha lexical?
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7. Defina crônica, com suas palavras, a partir da leitura do primeiro parágrafo do texto de Fernando Sabino.
______________________________________________________________________________________________

8. Os acontecimentos estão organizados em quantos parágrafos?


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9. O texto lido apresenta a seguinte estrutura:

a) situação inicial; ____________________________


b) início do conflito; ____________________________
c) clímax do conflito; ____________________________
d) resolução do conflito; ____________________________
e) volta à situação inicial. ____________________________
Relacione essa estrutura de acordo com os parágrafos do texto.

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Aula do dia 22/03 – Assunto: Conjunções coordenadas

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

A conjunção é a palavra que liga duas orações ou termos de mesma função na oração. Quando a conjunção
exerce seu papel de ligar as orações, estabelece entre elas uma relação de coordenação ou subordinação.
As orações coordenadas são independentes entre si, ou seja, possuem significado singular, mesmo que
ligadas pela conjunção. Veja o exemplo:

A lua surgiu e as estrelas inundaram o céu de luz.

As duas orações estão ligadas pela conjunção "e" e não têm relação de dependência entre si. Então, a primeira
oração (A lua surgiu) tem sentido completo e independe da segunda (As estrelas inundaram o céu de luz); e assim
também é a segunda em relação à primeira.
Duas ou mais orações que mantêm independência entre si chamam-se coordenadas, e consequentemente, a
conjunção que liga tais orações é denominada conjunção coordenativa.
A conjunção coordenativa também ocorre quando duas palavras são ligadas na mesma oração. Veja o exemplo:

Ele venderá brinquedos ou revistas.

Observe que a conjunção ou está ligando duas palavras: brinquedos e revistas, as quais exercem o mesmo papel de
objeto direto na oração.

Podemos classificar as conjunções coordenativas em:

• aditivas - exprimem ideia de adição, soma: e, não só, mas também, nem (= e não) etc.;
Exemplos: Fui à escola e joguei bola.
Não fui à escola nem joguei bola.

• adversativas – exprimem ideia de contraste, oposição: mas, porém, contudo, no entanto, entretanto, etc.;
Exemplos: Fui à escola, porém não levei meu caderno.
Fui à escola, no entanto, não prestei atenção nas explicações.

• alternativas – exprimem ideia de alternância ou exclusão: ou, ou...ou, ora...ora, etc.;


Exemplos: Ou estudo para a prova, ou tiro nota baixa.
Ora como fastfood, ora me alimento bem.

• conclusivas – exprimem ideia de conclusão: logo, portanto, por isso, etc.;


Exemplos: Pratiquei exercícios físicos, por isso me senti muito melhor.
Aquele medicamento é tarja preta, logo, deve ser vendido somente com receita.

• explicativas – exprimem ideia de explicação: pois, porque, que, etc..


Exemplos: Ele deve ter saído da escola, pois não veio mais.
Não quero mais comer, porque estou satisfeito.

Exercícios

1. Destaque e classifique as conjunções coordenativas abaixo:

a) Gosto muito de dançar, pois faço “jazz” desde pequenina.


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b) Recebeu a bola, driblou o adversário e chutou para o gol.
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c) Acendeu o abajur, guardou os chinelos e deitou-se.
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d) Não se desespere, que estaremos a seu lado sempre.
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e) Ele estudou bastante; deve, pois, passar no próximo vestibular.
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f) Está faltando água nas represas, por conseguinte haverá racionamento de energia.
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g) Não me abandone, ou eu sou capaz de morrer.
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h) Não é gulodice, nem egoísmo de criança.
______________________________________________________________________________________________
i) Ela não só chorava, como também rasgava as cartas com desespero.
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j) Choveu muito na região sudeste; no entanto, o rodízio de água começará amanhã.
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2. "Esse progresso mecânico, porém, baseado apenas no domínio..." Assinale a alternativa em que não aparece palavra
ou expressão que substitui, com perfeição, a conjunção "porém":

a) entretanto
b) no entanto
c) todavia
d) porque
e) contudo
Aula do dia 25/03 – Assunto: Orações coordenadas

O período composto por coordenação é constituído de orações coordenadas. Na coordenação não há relação
de dependência entre as orações. Uma oração independe da(s) outra(s). As orações que as constituem têm sentido por
si mesmas, são sintaticamente independentes. A oração coordenada, dentro do período, vem relacionada ou ligada a
outra de igual função, de hierarquia igual. Elas podem estar ligadas por conjunção coordenativa ou não.

Exemplo: O carro partiu, ganhou velocidade e sumiu na estrada.

Esse período é composto por três orações: [O carro partiu], [ganhou velocidade], [e sumiu na estrada]. Do ponto de
vista sintático, elas são independentes, ou seja, nenhuma exerce função sintática em relação a outra, embora a expressão
do pensamento do autor dependa da coordenação (ordenação lado a lado) das orações, portanto são coordenadas entre
si.

Tipos de Coordenadas

As orações coordenadas podem ou não vir introduzidas por conjunções coordenativas, daí a sua
classificação em Coordenadas Sindéticas e Assindéticas.

Assindéticas: não são introduzidas por conjunções Sindéticas: são introduzidas por uma das conjunções
coordenativas. Essas orações devem ser sempre coordenativas e classificam-se, de acordo com a
separadas por vírgulas. conjunção que as introduz.

✘ Raspou, achou, ganhou. ✘ Recebeu a notícia e deu pulos de satisfação.

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• Coordenadas Sindéticas Aditivas: Expressam adição, uma sequência de informações, ligam ou aproximam,
simplesmente, duas orações e são introduzidas por uma das conjunções coordenativas aditivas: e, nem, mas também,
mas ainda etc.
✘ Saiu cedo e voltou tarde.

• Coordenadas Sindéticas Adversativas: Expressam uma ideia de compensação ou de contraste, ligam orações de
sentido, adverso ou contrário. É introduzida pelas conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
no entanto, senão etc.
✘ Saiu cedo, mas chegou atrasado.

• Coordenadas Sindéticas Alternativas: Expressam uma ideia de exclusão, de alternância, ligam orações que
apresentam ações ou estados que se revezam ou alternam. É introduzida pelas conjunções alternativas: ou...ou, já...já,
ora...já, quer...quer etc.
✘ Ou você estuda, ou você trabalha.

• Coordenadas Sindéticas Conclusivas: Expressam uma ideia de conclusão, ligam orações das quais a segunda
exprime uma conclusão do que é afirmado na primeira. É introduzida pelas conjunções conclusivas: logo, pois,
portanto, então etc.
✘ Não saiu cedo, logo chegou atrasado.

• Coordenadas Sindéticas Explicativas: Iniciam a oração destinada a esclarecer ou explicar o sentido da anterior,
dando um motivo. É introduzida pelas conjunções explicativas: pois, porque, que, por exemplo etc.
✘ Saia cedo, pois o trânsito está intenso.

Exercícios

1. Classifique as orações coordenadas sublinhadas conforme o código abaixo:

( 1 ) oração coordenada assindética


( 2 ) oração coordenada sindética aditiva
( 3 ) oração coordenada sindética adversativa
( 4 ) oração coordenada sindética alternativa
( 5 ) oração coordenada sindética explicativa
( 6 ) oração coordenada sindética conclusiva

( ) Gosto muito de dançar, pois faço “jazz “desde pequenina.


( ) Recebeu o presente, abriu o pacote e soltou um largo sorriso.
( ) Acendeu o “abat-jour”, guardou os chinelos e deitou-se.
( ) Não se preocupe, que estaremos aqui.
( ) Ele estudou bastante; deve, pois, passar no próximo vestibular.
( ) Está faltando água nas represas, por conseguinte haverá racionamento de energia.
( ) Não vá embora ou eu vendo esta casa.
( ) Não é maldade, nem egoísmo.
( ) Ela não só chorava, como também rasgava as cartas com desespero.
( ) Estudou muito; no entanto, não está preparado para a prova.
( ) Viajei até ao Norte, porém não consegui observar todas as paisagens.
( ) Já ensinei a técnica, portanto façam corretamente o trabalho.
( ) Traz-me as tuas revistas ou terei que comprar outras.
( ) Seja pelo melhor, seja pelo pior, vou emigrar para Londres.
( ) O meu amigo não aceita ajuda de ninguém, por conseguinte vou ajudá-lo sem que perceba.
( ) Tudo é belo por aqui, mas a tristeza me acompanha.
( ) Eles não terminaram o que tinham que fazer nem se esforçaram por isso.
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( ) Ora sorri, ora chora amargamente.

2. Observe o seguinte excerto poético e em seguida atente-se para a questão que a ele se refere:

“As horas passam, os homens caem, a poesia fica” (Emílio Moura)

As orações que o compõem são coordenadas sindéticas ou assindéticas? Justifique:


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Aula do dia 29/03 – Assunto: Entrevistas

A Entrevista é um dos gêneros textuais com função geralmente informativa veiculado, sobretudo, pelos
meios de comunicação: jornais, revistas, internet, televisão, rádio, dentre outros.
Há diversos tipos de entrevistas dependendo da intenção pretendida: a entrevista jornalística, entrevista de
emprego, entrevista psicológica, a entrevista social, dentre outras. Elas podem fazer parte de outros textos jornalísticos,
por exemplo, a notícia e a reportagem.
Trata-se de um texto marcado pela oralidade produzido pela interação entre duas pessoas, ou seja, o
entrevistador, responsável por fazer perguntas, e o entrevistado (ou entrevistados), quem responde às perguntas.
A Entrevista possui uma função social muito importante, sendo essencial para a difusão do conhecimento,
a formação de opinião e posicionamento crítico da sociedade, uma vez propõe um debate sobre determinado tema,
onde o discurso direto é sua principal característica.
Ou seja, as palavras proferidas pelo entrevistado e o entrevistador são transcritas de maneira fidedigna e,
portanto, pode haver muitas marcas de oralidade bem como observações (geralmente entre parênteses) que descrevem
as ações de ambos, por exemplo: (risos).
No entanto, é notório um tipo de formalismo nas entrevistas, exposto pela linguagem utilizada entre ambos,
com apresentação de um discurso coerente.

Características da Entrevista

• Textos informativos e/ou opinativos


• Presença do entrevistador e do entrevistado
• Linguagem dialógica e oral
• Marca do discurso direto e da subjetividade
• Mescla da linguagem formal e informal

Estrutura da Entrevista

Escolha do Tema
A entrevista pode ser um texto em que você vá utilizar para dar consistência a um outro trabalho, ou mesmo, para
conhecer melhor o trabalho de outra pessoa.
Seja qual for o tema escolhido, por exemplo, o novo livro do escritor, fica claro que ele deverá comparecer à entrevista.

Elaboração de Roteiro
Feito a escolha do tema e do entrevistado, é muito importante a elaboração de um roteiro de forma que o entrevistador
o tenha em mãos na hora da entrevista.
Além disso, pesquise, analise e estude sobre o tema, pois como a entrevista garante a presença de alguém, podem surgir
outras perguntas durante o processo, a partir das respostas do entrevistador.
O roteiro deverá ter um objetivo claro e ser apresentado em formas de perguntas e cuidado para que não fique muito
longo, no entanto, tenha outras perguntas em mente se for necessário.

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Título
Se necessário, coloque um título na entrevista. Ele norteará melhor o objetivo delimitando o tema proposto, bem como
seduz o leitor à sua leitura. Por exemplo:
Entrevista com Eduardo Pereira: apontamentos sobre sua nova obra.
Se necessário faça uma introdução (que pode ser curta), mas que informe o leitor do que será discutido.
Nesse caso, apresente o assunto que será discutido, bem como o perfil do entrevistado e sua experiência profissional.

Revisão
A parte final é tão importante quanto a inicial. Afinal, não adianta ter as ideias e apresenta-las de maneira informal, ou
seja, um texto que não abrigue coerência e coesão.
Se a intenção é fazer uma entrevista com o entrevistado e depois apresentar para um público leitor, você deverá utilizar
uma câmera ou gravador e depois realizar o trabalho de transcrição das falas de ambos.

Segue abaixo a entrevista (escrita e em vídeo) entre o jornalista Júlio Lerner e a escritora brasileira Clarice Lispector,
veiculada no programa “Panorama”, da TV Cultura, dia 1 de fevereiro de 1977, ano da morte da escritora.

Clarice Lispector, de onde veio esse Lispector?


É um nome latino, não é? Eu perguntei a meu pai desde quando havia Lispector na Ucrânia. Ele disse que há gerações
e gerações anteriores. Eu suponho que o nome foi rolando, rolando, rolando, perdendo algumas sílabas e foi formando
outra coisa que parece “Lis” e “peito”, em latim. É um nome que quando escrevi meu primeiro livro, Sérgio Milliet
(eu era completamente desconhecida, é claro) diz assim: “Essa escritora de nome desagradável, certamente um
pseudônimo…”. Não era, era meu nome mesmo.

Você chegou a conhecer o Sérgio Milliet pessoalmente?


Nunca. Porque eu publiquei o meu livro e fui embora do Brasil, porque eu me casei com um diplomata brasileiro, de
modo que não conheci as pessoas que escreveram sobre mim.

Clarice, seu pai fazia o que profissionalmente?


Representações de firmas, coisas assim. Quando ele, na verdade, dava era para coisas do espírito.

Há alguém na família Lispector que chegou a escrever alguma coisa?


Eu soube ultimamente, para minha enorme surpresa, que minha mãe escrevia. Não publicava, mas escrevia. Eu tenho
uma irmã, Elisa Lispector, que escreve romances. E tenho outra irmã, chamada Tânia Kaufman, que escreve livros
técnicos.

Você chegou a ler as coisas que sua mãe escreveu?


Não, eu soube há poucos meses. Soube através de uma tia: “Sabe que sua mãe fazia um diário e escrevia poesias?” Eu
fiquei boba…

Nas raras entrevistas que você tem concedido surge, quase que necessariamente, a pergunta de como você
começou a escrever e quando?
Antes de sete anos eu já fabulava, já inventava histórias, por exemplo, inventei uma história que não acabava nunca.
Quando comecei a ler comecei a escrever também. Pequenas histórias.

Quando a jovem, praticamente adolescente Clarice Lispector, descobre que realmente é a literatura aquele
campo de criação humana que mais a atrai, a jovem Clarice tem algum objetivo específico ou apenas escrever,
sem determinar um tipo de público?
Apenas escrever.

Você poderia nos dar uma ideia do que era a produção da adolescente Clarice Lispector?
Caótica. Intensa. Inteiramente fora da realidade da vida.

Atividades de Português – Fevereiro/2021 Página 13


Desse período você se lembra do nome de alguma produção?
Bem, escrevi várias coisas antes de publicar meu primeiro livro. Eu escrevia para revistas — contos, jornais. Eu ia com
uma timidez enorme, mas uma timidez ousada. Eu sou tímida e ousada ao mesmo tempo. Chegava lá nas revistas e
dizia: “Eu tenho um conto, você não quer publicar?” Aí me lembro que uma vez foi o Raimundo Magalhães Jr. que
olhou, leu um pedaço, olhou para mim e disse: “Você copiou isso de quem?” Eu disse: “De ninguém, é meu”. Ele
disse: Você traduziu?” Eu disse: “Não”. Ele disse: “Então eu vou publicar”. Era sim, era meu trabalho.

Você publicava onde?


Ah, não me lembro… Jornais, revistas.

Clarice, a partir de qual momento você efetivamente decidiu assumir a carreira de escritora?
Eu nunca assumi.

Por quê?
Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço questão de continuar sendo
amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever. Ou então com o outro, em relação
ao outro. Agora eu faço questão de não ser uma profissional para manter minha liberdade.

Exercícios:

Produza uma entrevista com alguém que more na sua casa com você.
Feita a escolha, prepare as perguntas que fará ao entrevistado de acordo com os temas que serão abordados.
Em seguida, transcreva aqui as perguntas e as respostas. Lembre-se de colocar o nome do entrevistado e uma breve
apresentação sobre quem é ele.
Bom Trabalho!

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