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Apreciação Crítica

Os Jogos de Fome: A Revolta, Parte I

Depois de “Harry Potter” e “Twilight” o terem feito, parece que a a indesejada Introdução
moda de Hollywood de erguer dois filmes em honra de um último capítulo literário - Apresentaçã o
pegou mesmo e “The Hunger Games” é a sua próxima vítima, esticando o último do objeto em
análise
livro da saga distópica para jovens adultos de Suzanne Collins para dois filmes, que - Comentá rio
só conhecerão o seu desfecho no próximo ano. crítico inicial
Mas apesar do pêndulo económico ter feito girar os símbolos de dólares na (linguagem
valorativa com
parte de trás, da frente e dos lados da mente dos produtores (…) e não obstante o sentido
facto admitido de que, feitas as contas, há efetivamente pouco a acontecer em depreciativo:
termos de desenvolvimento do enredo, a verdade é que “Os Jogos da Fome: A “indesejada” e
“esticando”.
Revolta” poderá vir a beneficiar desta divisão, tendo criado uma espécie de
equilíbrio que poderia ter sido quebrado pela pressa de o comprimir em apenas
duas horas. Outro possível benefício está no facto de Francis Lawrence permitir Desenvolvimento
uma habituação à estética completamente diferente deste terceiro filme, - Descriçã o
resumida do filme.
abandonando a decadência parodiada do Capitólio e a realidade manipulada das - Linguagem
arenas. “A Revolta, parte I” é austero, claustrofóbico, escurecido e lamacento. Em valorativa com
vez de pestanas longas, faces tatuadas e vestimentas futuristas, há macacões sentido
depreciativo
impessoais e armaduras de guerra. Em vez de jovens estropiados por macacos (divisã o do livro
assassinos, há movimentações propagandísticas a vender falsas verdades (ou em dois filmes por
mentiras verdadeiras). No fundo, em vez de um puro filme de ação e razõ es
econó micas)
entretenimento, assistimos a um estudado jogo de xadrez. Enquanto as pessoas - Linguagem
dos distritos morrem, a grande guerra é travada através da televisão, a partir de valorativa com
bunkers superprotegidos e com o objetivo de criar o “reclame” mais poderoso. E isto sentido
apreciativo.
é calculista, frio e real.
Nunca esquecendo que se trata de uma série dirigida a um público jovem-
adulto, a saga de “Hunger Games” continua a desenrolar-se como uma série de Comentá rio crítico
apreciativo
brilhantes críticas do complexo político e de entretenimento — o hipnotismo da era
da televiseo, o controle subversivo que consegue exercer e o público que se deixa Causas do sucesso
enfeitiçar. E se, no próximo filme, Katniss aprendeu a usar o sistema para se salvar da saga:
- temas abordados:
e, no segundo, a usá-lo para o rachar, no terceiro e quarto filmes tentará usá-lo para media, moda,
o destruir. mensagem e
E tem sido sempre assim com esta saga, que, sem exagero, tem sido uma sacrifício;
- forma como as
das mais inteligentes, interessantes e importantes do nosso tempo. Porque não só personagens
os temas urgentes estão incrustados no enredo — os media como arma política, a refletem sobre o
moda como ferramenta revlucionária, o impacto de uma mensagem, o sacrifício tema.
como mote de inspiração — como os próprios personagens refletem sobre estes
temas e a forma como podem usar a subversão ou o peso do adversário em seu
favor. […] Jennifer Lawrence continua a iluminar a mente cada vez mais torturada Conclusão
de Katniss, que além da familiar convicção, traz desta feita na bagagem muita Apreciaçã o final:
- elogiosa: sucesso
angústia e assombração. É, provavelmente, a sua Katniss mais complexa e de bilheteira, um
verosímil e também a mais completa, porque cada vez mais expõe a ironia no blockbuster;
“heroism peculiar” da jovem do Distrito 12: uma sobrevivente relativamente passiva - depreciativa:
mas reativa, tão desejosa de abandonar a luta como qualquer um, mas obrigada a divisã o do ú ltimo
fazer escolhas impactantes sob circunstâncias duras e forçadas. […] capítulo da saga
em dois filmes.
“A Revolta, Parte I” é assim um assumido blockbuster ue se edifica sobre
temas complexos e ideias desenvolvidas pelos seus predecessores de uma forma
estimulante e provocadora, mas que sofre do mal modern de ser uma entidade
incompleta.
D’OLIVEIRA, Catarina. “Crítica: Os Jogos da Fome, parte I” [online]. In Vogue 20.11.2014 (adaptado)
[consultado em 6-5-2015]

Características do género textual

 Apreciaçã o Crítica:
- texto informativo e argumentativo
 Autor:
- crítico, conhecedor da á rea em causa;
- dá a sua opiniã o sobre um objeto: filme, peça de teatro, livro,
exposiçã o e outras manifestaçõ es culturais
 Estrutura tripartida
- Introduçã o: breve apresentaçã o do objeto de apreciaçã o (pode
antecipar a opiniã o do autor);
- Desenvolvimento
- descriçã o sucinta do objeto de apreciaçã o;
- comentá rio crítico: formulaçã o de juízos de valor fundamentados
sobre o objeto de apreciaçã o, com recurso a argumentos pertinentes;
- Conclusã o: apreciaçã o final sobre o objeto de apreciaçã o.

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