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ÚLCERAS DE PRESSÃO

REVISÃO DE CONCEITOS

António Ricardo Ferreira Ribeiro1

2008

1Licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Vila Real. Inscrito na Ordem dos Enfermeiros com o número de membro
4-E-56884. Possui Certificado de Aptidão Profissional de Formador n.º EDF 450588/2007 DN.
Úlceras de pressão
Índice

1. Conceito de úlcera de pressão .......................................................................................... 3

2. Processo de desenvolvimento........................................................................................... 4

3. Classificação ..................................................................................................................... 6

3. Factores de risco ............................................................................................................... 8

4. Cuidados com a pele......................................................................................................... 9

5. Posicionamento .............................................................................................................. 11

6. Transporte e manipulação.............................................................................................. 15

7. O que é importante reter sobre úlceras de pressão ........................................................ 17

Referências bibliográficas .................................................................................................. 18

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Úlceras de pressão

1. Conceito de úlcera de pressão

A úlcera de pressão é uma área localizada de morte celular que tende a surgir quando o tecido é
comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período de tempo 1.

Úlcera de pressão pode também ser definida como uma área de dano localizado na pele e
estruturas subjacentes devido a pressão ou fricção e/ou combinação destes2.

As úlceras por pressão são lesões cutâneas que se produzem em consequência de uma falta de
irrigação sanguínea e de uma irritação da pele que reveste uma saliência óssea, nas zonas em que
esta foi pressionada contra uma cama, uma cadeira de rodas, um molde, uma tala ou outro
objecto rígido durante um período de tempo3.

Outro termo frequentemente usado é úlceras de decúbito. Recomenda-se a adopção do termo


úlcera de pressão, já que o termo decúbito refere-se a deitado, mas as úlceras de pressão podem
desenvolver-se em qualquer posição (sentado, de pé) (Figura 1 - Exemplo de úlcera de pressão4).

Figura 1 - Exemplo de úlcera de pressão

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2. Processo de desenvolvimento

O processo de desenvolvimento de úlcera de pressão deve-se à pressão e/ou forças de


deslizamento, tal como ilustrado (Figura 2 - Pressão e/ou forças de desenvolvimento nas úlceras
de pressão2).

Figura 2 - Pressão e/ou forças de desenvolvimento nas úlceras de pressão

Quando algum destes fenómenos está presente, podem desenvolver-se úlceras de pressão, tal
como representado (Figura 3 - Desenvolvimento das úlceras de pressão3).

Figura 3 - Desenvolvimento das úlceras de pressão

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Os locais mais frequentes de desenvolvimento de úlceras de pressão encontram-se ilustrados na
figura (Figura 4 - Locais mais prováveis de surgimento de úlceras de pressão5).

Figura 4 - Locais mais prováveis de surgimento de úlceras de pressão

Os locais onde é mais frequente surgirem úlceras de pressão são a região do sacro, região
trocantérica e calcanhares. Qualquer zona do corpo que esteja sujeita a uma pressão não
aliviada é passível de desenvolver úlcera de pressão (cabeça, orelhas, braços, pernas, etc.).

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3. Classificação

As úlceras de pressão classificam-se em 4 graus, conforme os tecidos que atingem. Quanto mais
profundo for o atingimento, mais elevado é o grau e mais grave é a úlcera de pressão. Os graus de
classificação das úlceras de pressão são2:

Úlcera de Pressão de Grau 1: Eritema não branqueável

Eritema não branqueável em pele intacta.

Úlcera de Pressão de Grau 2: Flictena

Destruição parcial da pele envolvendo a epiderme, derme ou ambas.

Úlcera de Pressão de Grau 3: Úlcera superficial

Destruição total da pele envolvendo necrose do tecido subcutâneo.

Úlcera de Pressão de Grau 4: Úlcera profunda

Destruição extensa, necrose tecidular; ou dano muscular, ósseo ou das estruturas de suporte com
ou sem destruição total da pele.

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Alguns exemplos de úlceras de pressão2:

Figura 5 - Úlcera de pressão grau 1

Figura 7 - Úlcera de pressão grau 2

Figura 6 - Úlcera de pressão grau 3

Figura 8 - Úlcera de pressão grau 4

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3. Factores de risco

Os principais factores de risco para o desenvolvimento de úlcera de pressão são5:

 Intensidade da pressão: Quanto maior é intensidade da pressão, maior é o risco de


desenvolver úlcera de pressão.

 Duração da pressão: Quanto mais tempo durar a pressão, maior é o risco de úlcera de
pressão.

 Tolerância dos tecidos para suportarem a pressão: Quanto menor for a tolerância da
pele para suportar a pressão maior é o risco de úlcera de pressão.

 Humidade da pele: Quanto mais húmida for a pele maior é o risco de úlcera de pressão.

 Perda de sensibilidade: Quanto menor for a sensibilidade maior é o risco de úlcera de


pressão.

 Diminuição da força muscular: Quanto menor for a força muscular maior é o risco de
úlcera de pressão.

 Diminuição da mobilidade: Quanto menor for a mobilidade maior é o risco de úlcera


de pressão.

 Incontinência: A presença de incontinência (urinária e fecal) aumenta o risco de úlcera


de pressão.

 Hipertermia: Aumenta o risco de úlcera de pressão.

 Anemia: Aumenta o risco de úlcera de pressão.

 Desnutrição proteica: Aumenta o risco de úlcera de pressão.

 Tabagismo: Aumenta o risco de úlcera de pressão.

 Idade avançada: Aumenta o risco de úlcera de pressão.

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4. Cuidados com a pele

Os cuidados gerais com a pele de utentes dependentes são 6:

 A pele deve ser limpa no momento em que se sujar ou em intervalos de rotina. A


frequência de limpeza da pele deve ser individualizada de acordo com a necessidade ou
preferência do idoso.

 A pele seca deve ser tratada com cremes hidratantes.

 Evitar massagens nas proeminências ósseas. Acreditava-se que a massagem em


regiões ruborizadas auxiliavam a melhorar o fluxo sanguíneo. As evidências actuais
sugerem que massagem pode causar mais danos .

 Minimizar a exposição da pele à humidade devido a incontinência urinária,


transpiração ou drenagem de feridas. Quando essas fontes de humidade não podem ser
controladas, deve-se usar fraldas descartáveis que mantenham seca a superfície em
contanto com a pele. Agentes tópicos que agem como barreira para humidade como
cremes, películas protectoras ou óleos também podem ser usados.

 As lesões da pele devem ser minimizadas através de um posicionamento adequado e


uso de técnicas correctas para transferência e mudança de posição. Além disso, os danos
causados pela fricção podem ser reduzidos pelo uso de lubrificantes (como cremes e
óleos), películas protectoras (como curativos transparentes e selantes para a pele ) e
curativos protectores (como hidrocolóides extra-finos). Os utentes não devem ser
“arrastados” durante a movimentação, mas sim “levantados”, utilizando-se o lençol
móvel.

 Quando indivíduos aparentemente bem nutridos desenvolvem uma ingestão inadequada


de proteínas ou calorias, os profissionais devem primeiro tentar descobrir os factores
que estão a comprometer a ingestão e então oferecer uma ajuda na alimentação.
Às vezes outros suplementos nutricionais podem ser necessários.

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 Se existe um potencial para melhorar a mobilidade do indivíduo e o estado de actividade,
esforços de reabilitação física devem ser instituídos. A manutenção do nível actual de
actividade, mobilidade e amplitude de movimentos é uma meta apropriada para maior
parte dos indivíduos.

 Qualquer situação que ocorra, nomeadamente alterações na pele, dúvidas


relativas a qualquer situação que envolva o bem-estar do utente, deve ser
referenciada junto do enfermeiro de família ou médico de família do utente.

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5. Posicionamento

O posicionamento dos utentes que seja avaliado como tendo risco para ter úlceras de pressão
deve seguir os seguintes princípios6:

 Qualquer indivíduo na cama que seja avaliado como estando em risco para ter úlcera de
pressão deverá ser reposicionado pelo menos a cada duas horas, se não houver contra-
indicações relacionadas às condições gerais do paciente.

 Um horário por escrito deve ser feito para que a mudança de posição e
reposicionamento sistemático do indivíduo seja feito sem esquecimentos.

 Para indivíduos acamados, materiais de posicionamento como almofadas de espuma


devem ser usadas para manter as proeminências ósseas (como os joelhos ou calcanhares)
longe de contacto directo um com o outro ou com a superfície da cama (Figura 9 -
Posicionamento de utentes acamados - Dorsal7 e Figura 10 - Posicionamento de utentes
acamados - Lateral7).

Figura 9 - Posicionamento de utentes acamados - Dorsal

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Figura 10 - Posicionamento de utentes acamados - Lateral

 Os indivíduos acamados que estão completamente imóveis devem ter um plano de


cuidados que inclua o uso de equipamentos (como travesseiros e almofadas) que
aliviem totalmente a pressão dos calcanhares, elevando os calcanhares da superfície da
cama (Figura 11 - Colocação de almofadas em utentes acamados6).

Figura 11 - Colocação de almofadas em utentes acamados

 Quando a posição lateral é usada no leito, evitar posicionar directamente sobre o


trocânter do fémur, mas sim em uma posição lateralmente inclinada de 30 0. Nesta posição
a maior pressão corporal estará na região glútea que poderá aguentar melhor o excesso de
pressão.

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 Mantenha a cabeceira da cama num grau mais baixo de elevação possível, que seja
consistente com as condições clínicas do utente. Se não for possível manter a elevação
máxima de 30º, limite a quantidade de tempo que a cabeceira da cama fica mais elevada.

 Para utentes que não conseguem ajudar na movimentação ou na transferência e mudanças


de posição, use o lençol móvel ou o forro da cama para a movimentação (em vez de
puxar ou arrastar) (Figura 12 - Mudança de posição em utentes acamados com recurso
ao lençol móvel6).

Figura 12 - Mudança de posição em utentes acamados com recurso ao lençol móvel

 Qualquer indivíduo avaliado como estando em risco para desenvolver úlcera de pressão
deve ser colocado em um colchão que redistribua o peso corporal e reduza a pressão
como um colchão de espuma, ar estático, ar dinâmico, gel ou água.

 Qualquer pessoa em risco para desenvolver úlcera de pressão, deve evitar ficar sentada
muito tempo em qualquer cadeira ou cadeira de rodas. Este indivíduo deve ser
reposicionado, mudando os pontos de pressão pelo menos a cada hora ou ser
recolocado de volta na cama se isto for consistente com os planos gerais de tratamento
do paciente. Os indivíduos que são capazes devem ser ensinados a levantar o seu peso a
cada quinze minutos (Figura 13 - Ensino de autoposicionamento a utentes em cadeira de
rodas6).

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Figura 13 - Ensino de autoposicionamento a utentes em cadeira de rodas

 Para indivíduos que ficam sentados em cadeiras é recomendado o uso de


equipamentos para reduzir a pressão como aqueles feitos de espuma, gel, ar ou uma
combinação destes. Não usar almofadas redondas em forma de anel ou argola.

 O posicionamento dos pacientes em cadeira devem incluir considerações com o


alinhamento postural, a distribuição do peso, o balanço e a estabilidade e o alívio
da pressão.

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6. Transporte e manipulação

O transporte e mobilização deve ser realizado como consta nas figuras (Figura 14 - Transferência
da cama para a cadeira - Técnica de 1 pessoa7 e Figura 15 - Transferência da cama para a cadeira -
Técnica de 2 pessoas7).

Figura 14 - Transferência da cama para a cadeira - Técnica de 1 pessoa

Figura 15 - Transferência da cama para a cadeira - Técnica de 2 pessoas

É importante efectuar estes posicionamentos de acordo com as figuras, já que evitam lesões no
utente e na(s) própria(s) pessoa(s) que transfere(m) o utente.

É importante:

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 Manter o alinhamento corporal.

 Apoiar bem os pés no chão.

 Manter a coluna direita.

 Apoiar o corpo do utente no corpo de quem o transfere.

 É preferível fazer transferências com duas pessoas.

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7. O que é importante reter sobre úlceras de pressão

A úlcera de pressão é uma área localizada de morte celular que tende a surgir quando o tecido é
comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período de tempo.

Os locais onde é mais frequente surgirem úlceras de pressão são a região do sacro, região
trocantérica e calcâneos. Qualquer zona do corpo que esteja sujeita a uma pressão prolongada
não aliviada é passível de desenvolver úlcera de pressão (cabeça, orelhas, braços, pernas, etc.).

As úlceras de pressão classificam-se em 4 graus, conforme os tecidos que atingem. Quanto mais
profundo for o atingimento, mais elevado é o grau e mais grave é a úlcera de pressão.

A pele deve ser limpa no momento em que se sujar ou em intervalos de rotina., a pele seca deve
ser tratada com cremes hidratantes; deve-se evitar massagens nas proeminências ósseas; deve-se
minimizar a exposição da pele à humidade; as lesões da pele devem ser minimizadas através de
um posicionamento adequado e uso de técnicas correctas para transferência e mudança de
posição; os utentes não devem ser “arrastados” durante a movimentação, mas sim “levantados”,
utilizando-se o lençol móvel/resguardo.

Qualquer indivíduo na cama que seja avaliado como estando em risco para ter úlcera de pressão
deverá ser reposicionado pelo menos a cada duas horas, devem ser usados materiais de
posicionamento como almofadas de espuma e deve ser colocado num colchão que redistribua o
peso corporal e reduza a pressão.

Aquando das transferências é importante manter o alinhamento corporal, apoiar bem os pés no
chão, manter a coluna direita e apoiar o corpo do utente no corpo de quem o transfere.

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Referências bibliográficas

1 Úlceras de pressão - Definição (2008). Disponível em http://www.eerp.usp.br/projetos/feridas/defpres.htm


2 Puclas 2 Portuguese (2008). Disponível em http://www.puclas.ugent.be/puclas/p/
3Manual Merck – Úlceras por pressão (2008). Disponível em
http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D223
4 http://farm2.static.flickr.com/1140/1435833831_0e88648708_m.jpg
5Fatores de risco para o desenvolvimento de úlceras por pressão em idosos institucionalizados (2007). Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v15n5/pt_v15n5a11.pdf
6 Úlceras de pressão - Prevenção (sem data). Disponível em http://www.eerp.usp.br/projetos/ulcera/PREV.html
7Síndrome do Imobilismo no Idoso (2008). Disponível em
http://www2.fct.unesp.br/area_doc/cesinand/8_Sndrome%20do%20Imobilismo-UNESP.pdf

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