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1.

INTRODUÇÃO
1.1 CONCEITOS:
1.2 OBJETIVOS DA CRIMINALÍSTICA:
2. CONCEITO DE CORPO DELITO
2.1 VESTÍGIOS:
2.2 EXAME DE CORPO DE DELITO
3. LOCAL DE CRIME
3.1 Conceito
3.2 Classificação:
5. IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DOS LOCAIS DE CRIME NA
FORMAÇÃO DA
PROVA PERICIAL.
5.1 ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DE LOCAL:
5.1.1. TÉCNICAS A SEREM ADOTADAS:
5.1.2. LOCAL DE CRIMES CONTRA A PESSOA (MORTE VIOLENTA):
5.1.3. LOCAL DE ACIDENTE DE TRÁFEGO:
5.1.4 LOCAIS DE CRIME CONTRA PATRIMÔNIO
5.1.5 PROCEDIMENTOS POLICIAIS
5.1.6 RESPONSABILIDADE DO PRIMEIRO POLICIAL
5.1.7 A IMPRENSA NO LOCAL DO CRIME
6. LEVANTAMENTO DO LOCAL:
6.1. METODOLOGIA DE LEVANTAMENTO DE LOCAL:
6.1.1. OBSERVAÇÃO:
6.2. DESCRIÇÃO DO OBSERVADO:
6.3. COLHEITA DE VESTÍGIOS:
6.3.1. MATERIALIZAÇÃO DE VESTÍGIOS:
7. EXAME DE CORPO DE DELITO AFEITO AO PERITO CRIMINAL
8. O TRABALHO DO PERITO:
9. RECOMENDAÇÃO PARA O POLICIAL:
GLOSSÁRIO

1. INTRODUÇÃO

No princípio do século XIX, cabia à medicina legal, além dos


exames de integridade física do corpo humano, toda a pesquisa, busca e
demonstração de outros elementos relacionados com a materialidade do
crime e demais evidências extrínsecas ao corpo humano.
Com o advento de novos conhecimentos e desenvolvimentos das
áreas técnicas, como física, química, biologia, matemática, toxicologia, etc.,
tornaram-se necessidade real a criação de uma nova disciplina para a
pesquisa, análise, interpretação dos vestígios materiais encontrados em
locais de crime, tornando-se assim, fonte imperiosa de apoio à polícia e à
justiça.
Surgiu, destarte, a criminalística como ciência independente em
sua ação, como as demais que a constituem.

1.1 CONCEITOS:
A Criminalística é o conjunto de procedimentos científicos de que se
vale a justiça moderna para averiguar o fato delituoso e suas circunstâncias,
isto é, o estudo de todos os vestígios do crime, por meio de métodos
adequados a cada um deles.
O termo criminalístico foi criado por FRANS VON LISZT, para
designar a
"Ciência total do Direito Penal".
Para Hans Gross criminalística seria "O estudo global do crime".
O 1º Congresso Nacional de Polícia Técnica aprovou a definição do
Prof. JOSÉ
DEL PICCHIA FILHO:
"Criminalística é a disciplina que tem por objetivo o reconhecimento
e a interpretação dos indícios materiais extrínsecos, relativos ao crime ou à
identidade do criminoso".
Por outro lado, no Rio Grande do Sul, um dos mais geniais peritos
brasileiros, o Dr. ERALDO RABELLO assim definiu a criminalística: "É uma
disciplina autônoma integrada pelos diferentes ramos do conhecimento
técnico - científico, auxiliar e informativo das atividades policiais e judiciárias
da investigação criminal.
Na atual conjuntura uma definição simples e concisa seria:

CRIMINALISTICA É A CIÊNCIA QUE ANALISA SISTEMATICAMENTE OS


ASPECTOS MATERIAIS DO ILÍCITO PENAL, VISANDO, NUMA SÍNTESE
DE INDÍCIOS, ELUCIDAR O DELITO E DAR A SUA AUTORIA.

1.2 OBJETIVOS DA CRIMINALÍSTICA:

A Criminalística é uma ciência que tem por objetivos:


a) dar a materialidade do fato típico, constatando a ocorrência do
ilícito
penal;
b) verificar os meios e os modos como foi praticado um delito,
visando
fornecer a dinâmica do fenômeno;
c) indicar a autoria do delito, quando possível;
d) elaborar a prova técnica, através da indiciologia material.

2. CONCEITO DE CORPO DELITO


Todos os crimes materiais deixam vestígios, pois nestes delitos
existe a necessidade de um resultado externo à ação, sendo relevante o
resultado material para que os mesmos existam.
No lugar onde ocorreu uma morte violenta, por exemplo um
homicídio, são vestígios materiais: o corpo da vítima em si, as lesões,
indumentárias, a arma do crime, projéteis, marcas de sangue, pegadas,
objetos diversos, etc... Ao conjunto de todos esses
vestígios materiais dá-se o nome de Corpo de Delito.
Para Pimenta Bueno:
"Corpo de delito é o conjunto de elementos que constaram a existência do
crime".
Para João Mendes:
Corpo de delito é o conjunto de elementos sensíveis do fato criminoso".
Para Farinácio:
"Corpo de delito é o conjunto de vestígios materiais deixados pelo crime".

2.1 VESTÍGIOS:

VESTÍGIO:

"Todo e qualquer elemento sensível encontrado no local do crime,


na vítima ou no
suspeito de ter sido o autor do ilícito penal".
Quando um vestígio, através de sua interpretação puder levar a
uma prova
indiciaria, estamos diante do que tecnicamente denominamos
indício.
Ou seja, vestígio é o elemento material não necessariamente
relacionado com o
evento, é pressuposto de prova.
Indício, pois, é todo vestígio relacionado diretamente com o
evento. É um
princípio de prova manifesto.
Como regra geral, os vestígios materiais podem ser diretamente
perceptíveis pelo sentidos (visão, olfato, tato, audição) ou imperceptíveis
diretamente pelos sentidos, subdivididos estes em LATENTES (só podem
ser percebidos sensorialemente depois de revelados) e MICROSCÓPICOS
(são aqueles cujas dimensões estão aquém da capacidade de percepção
do olho desarmado).
Podem ainda os vestígios ser PERSISTENTES (durabilidade
prolongada) ou
FUGAZES (quando de fácil e rápido desaparecem).
Em relação ao fato delituoso, os vestígios se classificam em:
a) verdadeiros;
b) forjados;
c) ilusórios.
Os vestígios são VERDADEIROS quando estão diretamente
relacionados com o
evento.
Os vestígios são forjados quando produzidos com a finalidade que
possa iludir a
investigação.
O vestígio ilusório finalmente não tem nenhuma relação com o
crime, podendo ser
anteriores ou posteriores ao próprio delito.

2.2 EXAME DE CORPO DE DELITO


Como definição, é correto afirmamos que o exame de corpo de
delito é a comprovação pericial dos elementos objetivos do tipo; o exame
inspecional do corpo de delito.
A finalidade do exame de corpo de delito é comprovar a existência
dos elementos
do fato típico dos delitos "FACTI PERMANENTIS".
O fundamento do exame de corpo de delito está na lei, mais precisamente
nos Arts. 158 e 564, III, b do Código de Processo Penal. Se o delito se
incluir entre os que deixam vestígios, denominados por isso de "delito de
fato permanente", a prova pericial é essencial, obrigatória, importando a sua
ausência na absolvição do acusado por falta de prova quanto ao fato
criminoso.

Art. 386 - O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte


dispositiva, desde que reconheça.
.....................................................................................
II - não haver prova da existência do fato;
A confissão do indiciado como autor do crime não pode suprir a
ausência do
exame de corpo de delito quando se tratar de infração que deixa
vestígio.
Neste caso, a ausência do exame vai acarretar a própria nulidade
do processo.
Art. 564 - A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
...........................................................................................
III - Por falta das fórmulas ou, termos seguintes:
...........................................................................................
b) o exame de corpo de delito nos crimes que deixam
vestígios...

Freqüente tem sido na doutrina o questionamento acerca da


obrigatoriedade do exame de corpo de delito em contrafração ao princípio
libertário, que dá ao juiz liberdade para valorar a prova.
Pelo sistema da livre convicção não fixada uma hierarquia de
prova, o que eqüivale dizer que um laudo pericial possui o mesmo valor
probante que um depoimento de testemunha.
Quanto à prova, é evidente a existência de uma antinomia,
portanto, há uma contradição na lei, pois se o exame de corpo de delito é
indispensável nos crimes que deixam vestígios, podendo sua ausência
acarretar a própria nulidade do processo ou da causa à absolvição do réu
pela não comprovação da existência do crime, patente fica que a perícia é a
rainha das provas, ocupando de fato um patamar de hierarquia superior aos
demais meios probatórios.
O que é essencial tem um valor hierárquico superior ao que é
simplesmente
dispensável.
A perícia somente se justifica quando existir a necessidade de
emissão de uma
opinião especializada sobre o crime.
Embora o juiz não esteja vinculado ao resultado do exame de
corpo de delito, ele somente pode rejeitá-lo em duas hipóteses devidamente
comprovadas: quando houver dolo ou erro por parte do perito.

AS ALTERAÇÕES DO ARTIGO 159 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL


PELA LEI Nº 11.690, DE 9 DE JULHO DE 2008.
“Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão
realizados por perito
oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas)
pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e
fielmente
desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de
acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de
quesitos e indicação de assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo
juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos
oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes,
quanto à perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos
ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência
mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo
complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres
em prazo a ser
fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que
serviu de base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial,
que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para
exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de
uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação
de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente
técnico.”
O exame de corpo de delito se classifica em direito e indireito.
Como os vestígios são, em face de sua essência, fugazes pode
ocorrer que os
mesmos desapareçam antes da realização do exame de corpo de
delito.

Na hipótese do desaparecimento dos vestígios admite a lei a


realização de exame de corpo de delito de forma indireta, se valendo de
depoimentos de testemunhas "diretas" que tenha "visto" a cena do crime.
Dois são, portanto, os requisitos de admissibilidade do exame de
corpo de delito
indireto, a saber:
a) terem os vestígios desaparecidos;
b) existir pelo menos uma testemunha direta do crime.
O exame de corpo de delito indireto não possui nenhuma
formalidade especial. Não existe "termo de compromisso", mas tão somente
uma advertência do crime de falso testemunho, identicamente feito em
qualquer depoimento testemunhal.
É elaborado um "auto de exame de corpo de delito indireto" no qual
a autoridade questiona a testemunha acercada materialidade do crime, pois
a sua finalidade é exatamente fazer prova da existência do delito.
A testemunha tem que ser direta, deve ter visto os vestígios para
poder dizer dos
mesmos ainda que tenha chegado ao local do crime após a
consumação do ilícito.
Uma outra modalidade de exame de corpo de delito indireto é a
denominada "reprodução simulada do fato". Esta é uma peça pericial,
realizada por perito oficial, na qual o experto emite um juízo de valor sobre a
versão apresentada do crime.
A reprodução simulada do fato é uma encenação do delito com
atores
representado, cena por cena, o itinerário da ação criminosa do
acusado.
O perito realiza a reprodução simulada do fato, materializa
fotograficamente as cenas e no final, analisa as possibilidades técnicas,
bem como, a coerência lógica das versões apresentadas.
Na reprodução simulada do fato, que trata de um exame de corpo
de delito especial, indireto, o perito conclui sobre a viabilidade da versão,
sobre a possível veracidade desta.
Na reprodução simulada do fato, o perito emite um juízo de valor,
uma opinião
técnica acerca das versões.
a) do acusado;
b) de testemunha direta;
c) da vítima.
Na realização de corpo de delito o Código de Processo Penal
adotou o princípio da
perícia oficial.
O perito oficial é aquele que exerce profissionalmente os misteres
da perícia,
ocupando cargo público de perito.
Porém, em nem todas as cidades o Estado consegue manter um
perito oficial.
Assim, onde não houver tal funcionário público deve a autoridade
nomear "AD HOC".
Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas)
pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame (Art. 159, parágrafo 1º do
CPP, alterado).
.
Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e
fielmente desempenhar
o encargo (Art. 159, parágrafo 2º, do CPP, alterado).
São essas pessoas, nomeadas para um caso concreto de crime,
denominadas de
peritos não oficiais.
Deve as mesmas elaborar um laudo pericial ou um auto de exame
de corpo de
delito, que deve ir para o Inquérito ou Processo conjuntamente
com o termo de compromisso.
Para cada perícia, um termo de compromisso, que no caso é
considerado como
uma formalidade que constitui elemento essencial do ato
processual.
O único fato que justifica a realização do exame de corpo de delito
por perito não
oficial é a inexistência na cidade de perito oficial.
A oportunidade da realização da perícia depende da decisão da
autoridade policial
ou judiciária, pois o perito jamais pode realizá-la sem a devida
requisição.
A autoridade requisita a realização do exame de corpo de delito,
que é obrigatório
por lei nos crimes que deixam vestígios.
O princípio da imediatidade justifica célere realização do exame de
corpo de delito ainda na fase de investigação do Inquérito Policial, pois ante
a fugacidade dos vestígios, a sua não realização imediata prejudicaria a
eficácia da perícia, muito embora esta seja um ato de instrução.
Das peças investigatórias dos Inquéritos Policiais, os atos de valor
judicial são
apenas os representados pelos autos de corpo de delito.
Todavia, se ainda persistir algum vestígio do delito a autoridade
judiciária, ou mesmo, a policial, poderá requisitar um novo exame de corpo
de delito por outro perito que não aquele que já o fez.

Pode também a autoridade requisitar laudo complementar ao já


emitido, visando esclarecer ou complementar o laudo quando entender que
nele exista omissão de ponto relevante, obscuridade na conclusão ou até
mesmo contradição.
Na redação do artigo 181 do Código de Processo Penal, diz:
"No caso de inobservância de formalidade, ou no caso de omissões,
obscuridade ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a
formalidade, complementar ou esclarecer o laudo".
Todavia, para tal mister que a autoridade tenha noções de
Criminalística, pois somente assim poderá discernir quando necessário se
fizer sua salutar intervenção, em prol do fim maior que é a Justiça, ao
requisitar nova perícia.
Não é deselegante a atividade da autoridade que assim procede,
pois a sua conduta
nesse sentido é uma imposição do artigo 181 do Código de
Processo Penal.
Deselegante entendemos ser a conduta da autoridade, que
demonstrando falta de humildade não procura o perito que elaborou o
exame de corpo de delito, para dele questionar diretamente as dúvidas, que
muitas vezes existem unicamente por falta de conhecimentos mínimos de
Criminalística.
Do contato da autoridade com o perito, este poderá inclusive
auxiliar aquela na elaboração de quesitos a serem respondidos em laudo
complementar. Neste caso, tal laudo poderia carrear para os autos um
posicionamento mais próximo do mundo jurídico, mais clarificando da
verdade do fato; se resguardando da máxima que expressa não estar no
mundo jurídico o que não estiver nos autos.
3. LOCAL DE CRIME
3.1
Conceito
"Local de crime é toda área onde tenha ocorrido um fato que
assuma a
configuração de delito e que portanto exija as providências da
Polícia Judiciária".
Neste conceito estão compreendidos, naturalmente, os crimes de
qualquer espécie, bem como, todo fato que, não constituindo crime, deva
chegar ao conhecimento da polícia, a fim de ser convenientemente
esclarecido.
Para Eraldo Rabello - "O local de crime gira em torno da área onde
tenha ocorrido
uma infração penal e deixou marcas capazes de ser levantadas.
3.2 Classificação:
Vários são os critérios que podem ser adotados para se classificar
os locais, todavia de maneira prática sem qualquer detrimento de outras.
Assim, os locais podem ser considerados:
1. Quanto a área onde ocorreu o fato:
a) Local interno: aquele situado no interior de edifícios,
residências, lojas,
pátios de estacionamento, garagens, etc;
b) Local externo: aquele localizado em campo aberto, cerrado,
fazenda, rua,
praça, etc;
1.1.
O que diferencia os locais em internos e externos é a existência ou
não
de delimitação física do espaço;
1.2.
Todavia a classificação do local interno ou externo não acarreta
conseqüência relevante, a não ser quanto ao aspecto de sua
preservação;
1.3.
Os locais internos e externos são subdivididos em:
1.3.1. Ambiente imediato: é o local onde ocorreu o fato, ou seja, o
local
propriamente dito.
1.3.2. Ambiente mediato: compreende vizinhanças da área onde
foi praticado o
delito.
2. Quanto a localização: saber se a área é urbana, rural, etc.
3. Quanto a natureza do fato: o local é estudado tendo-se em vista
o seu
aspecto;
3.1. Determinar a natureza da área onde o mesmo ocorreu;
3.2. Determinar a natureza do fato ocorrido (se de morte violenta,
se de furto
qualificado, se de acidente, etc.)
Em resumo, quanto a natureza ou local, responder as indagações:
-
Onde ocorreu o fato?
-
A natureza do fato ocorrido?
-
O que aconteceu?
4. Quanto aos vestígios existentes no local:
Com relação aos vestígios, pode ainda ser o local de crime:
4.1.Locais idôneos: preservados ou não violados:
Quando são mantidos na integridade ou originalida com que foram
deixados pelo agente após a prática da infração penal, até a chegada dos
peritos.

4.2- Locais inidôneos, não apropriados ou violados:


Quando são devassados após a prática da infração penal e antes da
chegada dos peritos ao local, em detrimento da perícia. Pode haver adição
e subtração de evidências, prejudicando portanto, a interpretação dos
vestígios.
4.3. Locais relacionados:
São aqueles que se referem a uma mesma ocorrência, isto é quando
duas ou mais áreas diferentes se associam ou se completam na
configuração do delito. É o que ocorre, por exemplo, na falsificação, num
local se prepara o material falsificado e em outro ele é negociado.
5. IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DOS LOCAIS DE CRIME NA
FORMAÇÃO DA
PROVA PERICIAL.
A eficiência do trabalho policial na investigação do delito está na
razão direta das provas que encontra para o seu devido esclarecimento. A
prova tem por objetivo transformar a suspeita, em certeza.
Sem dúvida alguma a fase mais importante para a investigação
criminal é a
preservação do local do crime, assegurando, em conseqüência o
levantamento das provas.
O primeiro cuidado que um policial deve tomar num lugar onde
tem que intervir, para comprovar a existência de um delito, é evitar que o
local onde este se produziu seja destruído. Deve-se evitar a permanência
de pessoas estranhas à investigação, pois um toque em uma marca pode
levar a um não esclarecimento do sucedido.
O segundo cuidado, via de regra não oferecem grande dificuldade
de interpretação, são sim difíceis de colher, dada a extrema facilidade com
que se perdem para sempre, quando não forem tomadas as precauções
adequadas para protegê-lo em sua integridade.
A possibilidade de produzir provas cientificamente depende quase
em sua maior parte do correto procedimento dos policiais incumbidos da
preservação do local até a chegada no mesmo dos técnicos, e da perícia
deste último na realização de um exame eficaz.
Antes de se compreender perfeitamente bem a obrigação que se
tem de proteger e conservar os vestígios encontrados, o policial deve saber
o que é um local de crime, conhecendo a sua extensão e entender a
necessidade proteger todo esse local, porque ele é o mais frutífero
manancial de informações e, na maioria dos casos, todo êxito emana de
uma apreciação inteligente que permitiram ao perito oportunas conclusões.

Se uma investigação termina em fracasso, a causa é comumente


um inadequado
exame do local de crime.
5.1 ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DE LOCAL:
a) Considerações iniciais:
b) Um dos grandes e graves problemas das perícias em locais
onde ocorrem crimes, é a quase inexistente preocupação das autoridades
em isolar e preservar adequadamente um local de infração penal, de
maneira a garantir as condições de se realizar um exame pericial da melhor
forma possível.
No Brasil, não possuímos uma cultura e nem mesmo preocupação
sistemática com esse importante fator, que é um correto isolamento do local
do crime e respectiva preservação dos vestígios naquele ambiente.
Essa problemática abrange três fases distintas.
A primeira compreende o período entre a ocorrência do crime até a
chegada do primeiro policial. Esse período é o mais grave de todos, pois
ocorrem diversos problemas em função da curiosidade natural das pessoas
em verificar de perto o ocorrido, além do total desconhecimento (por parte
das pessoas) do dano que estão causando pelo fato de estarem se
deslocando na cena do crime.
A segunda fase compreende o período desde a chegada do
primeiro policial até o comparecimento do delegado de polícia. Esta fase,
apesar de menos grave que a anterior, também apresenta muitos
problemas em razão da falta de conhecimento técnico de alguns policiais
para a importância que representa um local de crime bem isolado e
adequadamente preservado. Em razão disso, em muitas situações, deixam
de observar regras primárias que poderiam colaborar decisivamente para o
sucesso de uma perícia bem feita.
E, a terceira fase, é aquela desde o momento que a autoridade
policial já está no local, até a chegada dos peritos criminais. Também nessa
fase, ocorrem diversas falhas, em função da pouca atenção e da falta de
percepção – em muitos casos – daquela autoridade quanto a importância
que representa para ele um local bem preservado, o que irá contribuir para
o conjunto final das investigações, da qual ele é o responsável geral como
presidente do Inquérito.
Com a vigência da Lei 8862/94, a questão do isolamento e
preservação de local de crime mudou de patamar, passando a fazer parte
da preocupação daqueles que são elencados como os responsáveis por
essa tarefa, ou seja, por intermédio da autoridade policial.

Tais determinações legais que garantem esse novo status para o


local de crime, estão
previstos nos dispositivos a seguir transcritos, do Código de
Processo Penal.
Art. 6º. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal,
a autoridade
policial deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o
estado e
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após
liberados pelos
peritos criminais;
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada
a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere
o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus
laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.
Parágrafo Único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do
estado das coisas e discutirão, no relatório, as conseqüências dessas
alterações na dinâmica dos fatos.
Como podemos observar, a questão do isolamento e preservação de
local de crime está, a partir da Lei nº 8862/94, tratada devidamente e a
altura da importância no contexto das investigações periciais e policiais.
O isolamento e a conseqüente preservação do local de infração
penal são garantia que o perito terá de encontrar a cena do crime conforme
fora deixado pelo (s) infrator (es0 e pela vítima (s) e, com isso, ter condições
técnicas de analisar todos os vestígios. É também uma garantia para a
investigação como um todo, pois teremos muito mais elementos e analisar e
carrear para o inquérito e, posteriormente, para o processo criminal.
No entanto, mesmo com a previsão legal, a preservação do local de
crime é primeiramente uma questão de formação profissional dos próprios
policiais que, por sua vez, quando passarem – todos – a proceder
corretamente, estamos iniciando uma cultura de isolamento e preservação
capaz de se fazer respeitar pela própria comunidade. Só depois de todos
esse trabalho é que poderemos dizer que haverá um perfeito isolamento e
preservação dos locais de crime.
Qualquer investigação começará com muito mais probabilidade de
sucesso se for
observados dois fatores básicos, conforme discutiremos a seguir:
- Iniciar imediatamente as investigações a partir do local onde
ocorreu aquele delito, pois será ali que teremos mais chance de encontrar
alguma informação, tanto sob os aspectos da prova pericial, quanto das
demais investigações subjetivas, tais como, testemunhas, relato

diversos de observadores ocasionais, visualização da área para


avaliar possíveis outras
informações de suspeitos, etc.
- o tempo é fator que trabalha contra os investigadores e peritos para
esclarecer qualquer delito. Quanto mais tempo gastamos ou demorarmos
para iniciar determinada investigação, fatalmente estaremos perdendo
informações valiosas que em muitos casos poderão ser essenciais para o
resultado final da investigação.
A perícia, nesse mesmo diapasão, fundamenta o seu trabalho
principal nos exames periciais efetuados diretamente no local onde ocorreu
a infração penal. É, a partir do exame do local do crime, que poderemos ter
uma visão global de todo o ocorrido.
5.1.1. TÉCNICAS A SEREM ADOTADAS:
Neste tópico queremos abordar, principalmente, as áreas que devem
ser delimitadas e isoladas, para os casos distintos de crimes de morte
violenta, de acidente de tráfego e de crimes contra o patrimônio.
Evidentemente que a preservação dos vestígios será uma
conseqüência inicial do correto isolamento (delimitação) da área, além da
conduta firme e vigilante do policial em não permitir nenhum acesso ao
interior da área isolada.
Para que as autoridades policiais e quaisquer outros policiais tenham
condições de fazer um correto isolamento e conseqüente preservação nos
locais de crime, é preciso que detenham conhecimentos gerais de
criminalística para, no mínimo, saberem distinguir tudo o que possa ser
vestígio e, portanto, de grande importância ao exame dos peritos. Dada a
precariedade de grande parte dos cursos de formação policial nas
Academias, é compreensível até observarmos erros de avaliação por parte
dos policiais nesse campo pericial.
5.1.2. LOCAL DE CRIMES CONTRA A PESSOA (MORTE VIOLENTA):
A área a ser isolada nos casos de crimes contra a pessoa
compreenderá, a partir do ponto onde esteja o cadáver ou de maior
concentração dos vestígios até além do limite onde se encontre o último
vestígio que seja visualizado numa primeira observação. Essa área terá
formato irregular, pois dependerá da disposição dos vestígios e também não
se pode estabelecer tamanho ou espaços prévios.
Dependerá sempre da visualização que o policial fará na área, com o
objetivo de observar até onde possam existir vestígios. Como prudência, é
de bom termo proceder ao isolamento tomando-se um pequeno espaço
além do limite dos últimos vestígios, pois nesses tipos de ocorrência
poderá haver elementos técnicos a serem buscados em áreas
adjacentes, os

chamados mediatos.
Nesses locais de morte violenta, a visualização de alguns vestígios,
em determinados casos, não é tarefa fácil, dada as variedades e sutilezas
desses elementos presentes numa cena de crime.
Nas situações em que haja vítima no local, a única providência é
quanto à verificação se realmente a vítima está morta. A partir dessa
constatação, não se deve tocar mais no cadáver, evitando-se uma prática
muito comum de mexer na vítima e em seus pertences para estabelecer a
sua identificação.
5.1.3. LOCAL DE ACIDENTE DE TRÁFEGO:
O isolamento e a preservação dos locais de acidente de tráfego sofre
com as deficiências verificadas no tópico anterior. Também esse tipo de
ocorrência deve merecer todo o cuidado e atenção para tão importante
requisito ao bom exame pericial.
Para esses tipos de locais já há uma dificuldade natural no que diz
respeito ao fluxo do sistema de trânsito, onde vários riscos são verificados
no dia-a-dia, chegando a situações em que os locais são desfeitos por
estarem prejudicando o fluxo do tráfego ou estarem oferecendo risco de
ocorrência de outros acidentes. Para tais situações existe a Lei 5.970/73
que autoriza desfazer o local.
“Art. 1º - Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente
policial que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar,
independentemente de exame do local, a imediata remoção das pessoas
que tenham sofrido lesão, bem como, dos veículos nele envolvidos, se
estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego.
Parágrafo único – “Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente
policial lavrará boletim da ocorrência, nele consignando o fato, as
testemunhas que o presenciaram e todas as demais circunstâncias
necessárias ao esclarecimento da verdade”.
Esse dispositivo tem prejudicado sobremaneira os exames periciais em
locais de acidente de tráfego, uma vez que a exceção virou regra, onde
inúmeras situações que não justificariam tal medida acabam tendo os locais
desfeitos pelas Polícias Militares e, principalmente, pelas Polícias
Rodoviárias.
À vista disso (supomos) e desobedecendo as determinações contidas
no Código de Processo Penal, o Executivo Federal atribuiu à Policia
Rodoviária Federal a tarefa de realizar “perícias” nos acidentes de tráfego
ocorridos nas rodovias federais. Nesse sentido editou o Decreto nº 1.655,
de 03/10/1995, inserindo no artigo 1º, o inciso V (V – realizar perícias,

levantamentos de locais, boletins de ocorrências, investigações, testes de


dosagem alcoólica e outros procedimentos estabelecidos em leis e
regulamentos imprescindíveis à elucidação dos acidentes de trânsito),
numa clara afronta ao CPP, que determina expressamente que
todas
as perícias criminais sejam realizadas por peritos oficiais, abrindo
somente a exceção ao
perito “ad hoc” com formação universitária quando não houver
perito oficial.
5.1.4 LOCAIS DE CRIME CONTRA PATRIMÔNIO
Esses tipos de ocorrências são tão diversificados que fica difícil
estabelecermos um parâmetro básico para o isolamento e preservação do
local. Por essa razão, vamos nos ater aqueles mais conhecidos e de maior
incidência, qual seja veículos, furtos com arrombamento e roubos.
Os veículos objeto de exames periciais, quando forem produtos de
furto ou roubo,
devem ser devidamente preservados em todo seu estado como foi
encontrado, evitando-se ao
máximo interferir nos vestígios que possam ter em sua estrutura.
Há uma tendência (ou vício) natural dos próprios policiais em abrir o
veículo ou entrar em seu interior, procedimento errado se considerarmos
que, fatalmente, com esse tipo de ação estarão sendo produzidos outros
tipos de vestígios que, no caso, serão ilusórios e nada terão a ver com os
originalmente produzidos pelo delinqüente.
Nesse contexto dos vestígios que possam existir em um veículo
produto de furto ou roubo, um dos que mais está sujeito a ser destruídos
são os fragmentos de impressão digital. Também outros vestígios que
poderão estar no interior do veículo, correm esse risco de serem alterados
ou perdidos totalmente pela falta de cuidado com a preservação dos
vestígios. No caso de veículos, em sendo possível, o ideal é que a equipe
de perícia faça os exames no local onde fora encontrado, deixando-se
quaisquer outros procedimentos para depois da perícia, tais como a sua
remoção ou chamar o proprietário para buscar o veículo.
Na prática esses procedimentos são difíceis de serem implementados
e razão da falta de estrutura adequada da perícia em atender prontamente a
todas as perícias requisitadas, o que leva a polícia a providenciar o
guinchamento do veículo até o pátio da delegacia ou até o Instituto de
Criminalística a fim de ser periciado. E neste manuseio do veículo que os
policias envolvidos na operação devem ter muita cautela e consciência da
importância em terem o máximo de cuidado para preservar os vestígios
naquele veículo.
Os locais de roubos (assaltos) trazem, normalmente, muita
dificuldade para a perícia,
tendo em vista a exigüidade de vestígios. Os mais encontrados,
quando se trata de roubos em
ambientes fechados, são os objetos e móveis em completo
desalinho, causado pela
movimentação de procura de coisas a serem roubadas.
Nesses casos, toda essa disposição dos objetos em desalinho deve
ser mantida para que os peritos possam fazer os exames de toda a situação
deixada pelos assaltantes. Os vestígios de fragmentos de impressão digital
são também muito prováveis de serem encontrados, necessitando de
rigorosa preservação. Portanto, caberá aos policiais orientarem aos
moradores para que não toquem em nada do que fora manuseado pelos
delinqüentes.
Nos furtos com arrombamento nós temos a maior incidência dentro
dessa classificação de crimes contra patrimônios. São os chamados locais
de arrombamento, que ocorrem nas residências ou prédios públicos e
comerciais, um dos que mais ocorrem no cotidiano da sociedade.
Nesses locais os policias deverão orientar as vítimas a não tocarem
em nada, a fim de evitar a adulteração ou destruição dos vestígios.
Preferencialmente, seria conveniente que as pessoas (vítimas) de uma
residência furtada sequer entrassem no recinto até que os peritos tenham
realizado a respectiva perícia.
No entanto, voltando a nossa realidade de alta demanda e poucos
meios para atende-la, acontecem casos em que a perícia leva várias horas
até atender determinada ocorrência dessa natureza. É nesses casos,
principalmente, que os policiais devem explicar as dificuldades estruturais e
pedir a colaboração das pessoas na preservação dos vestígios.
Imaginem a dificuldade de se preservar os vestígios, se tivermos as
pessoas transitando pelo interior do recinto. Essa é a parte primordial de
orientação que os policiais devem passar aos moradores e/ou responsáveis
pelo ambiente arrombado.
5.1.5 PROCEDIMENTOS POLICIAIS
Quando ocorre um delito fatalmente chegará ao conhecimento da
polícia, tanto a militar quanto a civil. Normalmente numa seqüência rotineira,
quem primeiro é chamada a atender a locais de crime é a Polícia Militar,
tendo em vista o próprio telefone 190 que é muito conhecido.
Porém, isso não é regra sempre, pois qualquer policial que for
comunicado de um
possível fato delituoso, deverá de imediato tomar as providências
para averiguar a ocorrência.
5.1.6 RESPONSABILIDADE DO PRIMEIRO POLICIAL
Quando o primeiro policial chega num local de infração penal, ele
terá que observar
uma rotina de procedimentos, a fim de não prejudicar as
investigações futuras.
Os procedimentos levam em conta se existem vítimas no local ou
se, se trata apenas de
um delito sem vítimas a serem socorridas.
Num local onde existam vítimas no local, a primeira preocupação do
policial deverá ser em providenciar o respectivo socorro, a fim de
encaminhar para o hospital de atendimento de emergência. Tomadas as
providências de socorro, o policial deve isolar o local e garantir a sua
preservação, não permitindo nenhum acesso ao interior daquela área. Deve
ainda, sempre que possível, rememorar a sua movimentação na área do
delito, a fim de informar aos peritos quando do exame pericial, no sentido de
colaborar com eles para que não percam tempo analisando possíveis
vestígios (ilusórios) deixados pelo policial e que nada terá a ver com os
vestígios do crime, mas que demandará tempo de análise por parte dos
peritos até chegarem a essa conclusão.
Outra situação de local é quando há vítima aparentemente morta.
Nesses casos, deve o policial dirimir qualquer dúvida (mesmo por excesso
de zelo), verificando se a vítima realmente já está morta. Falamos isso
porque existem casos em que os policiais não fizeram tal averiguação e,
somente quando os peritos chegaram ao local é, ao checarem, verificaram

que a vítima ainda estava viva.


Porém, para adentrar no local onde está a vítima deve faze-lo
mediante deslocamento em linha reta. Chegando junto à vítima, fará as
verificações para constatar o óbito. Caso esteja viva, deverá providenciar o
socorro o mais urgente possível, deixando de se preocupar – nesta fase –
com possíveis preservações dos vestígios, pois o mais importante é aquela
vida que deve ser salva. No entanto, constatando que a vítima está morta,
deve então se preocupar exclusivamente com a preservação dos vestígios.
Neste caso, não deverá movimentar o cadáver e nem toca-lo por
qualquer motivo, pois, a partir daquele momento, somente os peritos que
devem trabalhar naquele local, até a sua liberação à autoridade policial.
Assim, deve voltar de maneira mais lenta pelo mesmo trajeto feito quando
da entrada e, ao mesmo tempo, observar o seu percurso para verificar o
acréscimo ou adulteração de qualquer vestígio que ele tenha produzido
naquela sua movimentação. Guardará essas informações para repassar aos
peritos quando chegarem ao local.
Atingindo a área externa da cena do crime, observará visualmente todo
o espaço que possa ter algum vestígio e providenciará o isolamento de toda
a área, utilizando fitas amarelas, cordas ou quaisquer instrumentos que
possam propiciar a delimitação da área, no sentido de demarcar os limites
de acesso de quaisquer outras pessoas, inclusive os próprios
policiais. Este policial será o responsável por qualquer
irregularidade que venha a ocorrer
nesse espaço de tempo, até a chegada da autoridade policial ou
seu representante.
Se esse policial tiver que sair do local por motivos quaisquer, deve
passar para a autoridade policial as informações relativas ao seu
deslocamento no interior da cena do crime, a fim de que esta repasse aos
peritos. Caso permaneça no local, ele mesmo dará as informações aos
peritos.
5.1.7 A IMPRENSA NO LOCAL DO CRIME
A presença dos profissionais de imprensa nos locais de crime traz
alguns problemas,
mas também determinados benefícios do ponto de vista da
investigação pericial.
Os problemas que ocorrem tem – em regra – as mesmas razões já
discutidas quanto ao desconhecimento da importância da preservação do
local de crime. Se a maioria dos policiais desconhece as corretas técnicas
de isolamento e preservação, é compreensível que jornalistas também a
desconheçam.
Isso pode até ser verificado quando ocorre um problema dessa
natureza e os peritos, ao chamarem a atenção para determinado fato,
aproveitem para esclarecer ao jornalista sobre as técnicas de isolamento e
preservação e sua conseqüente importância no contexto da investigação
pericial.
É compreensível que a imprensa tem o direito de informar e que o seu
trabalho é quase sempre executado numa corrida contra o tempo. Este
último fato é que nos leva a entender o por que do jornalista ter toda a
pressa em registrar os fatos no local.
Nessa pressa, ele acaba prejudicando o trabalho da perícia em alguns
casos, quando adentra no local de crime antes do exame pericial. Na
grande maioria das vezes, não há necessidade do jornalista agir dessa
forma, pois em se tratando de fotografia ou imagens de vídeo, é possível
operar de uma certa distância sem ter contato com os vestígios.
Como não há uma preocupação sistemática dos policiais e da própria
perícia, no sentido de esclarecer aos jornalistas sobre tais limitações, fica a
cargo do bom senso e da experiência de cada um desses profissionais em
não prejudicar o trabalho da perícia ao alterarem ou destruírem vestígios na
cena do crime, em conseqüência de deslocamentos inadequados naquela
área.
A presença da imprensa no local de crime não é só problema,
existem algumas situações
em que esses profissionais colaboram em muito com a perícia e
com a polícia.
Em todos os meus contatos com jornalistas em local de crime,
onde foi necessário
esclarecer tais fatos, fomos prontamente compreendidos e, de
nossa parte também a urgência
de realização de seu trabalho, tendo sido possível, com a nossa
orientação, a equipe de
reportagem se deslocar na cena do crime sem prejudicar o
trabalho da perícia.
Também nesse trabalho de parceria com a imprensa e considerando
muitas situações de precariedade das condições de trabalho da perícia, são
inúmeros exemplos em que os profissionais da imprensa colaboram com os
peritos na iluminação de locais durante a noite, operam fotografias ou
emprestam filmes, fornecem cópia de imagens filmadas, etc.
Um outro aspecto que conflita algumas relações com a imprensa é
o fato do policial ser
cauteloso nas informações e entrevistas que venha a fornecer.
O perito, pela natureza técnica do seu trabalho, onde o exame do local
é apenas parte do conjunto de dados a serem analisados, não pode
adiantar conclusões precipitadas sob risco de desacreditar o resultado do
seu laudo posteriormente, em razão de poder chegar a outras conclusões
quando da análise geral de todos os dados do evento.
A imprensa por desconhecer tais razões técnicas, fica sem entender
essa relutância (às vezes entendido até como má vontade em colaborar
com a imprensa) do perito dar entrevistas no local do crime.

A solução para mudarmos esse quadro é simples também. Basta que o


perito esclareça o jornalista dessa sua limitação técnica no local. Para tanto,
qualquer informação que passar, deve ressaltar que não se trata de
qualquer conclusão.
No entanto, o melhor procedimento é combinar com a autoridade
policial que estiver presente, para que ela ao final dos exames periciais,
após ouvir algumas considerações dos peritos, conversar com os
jornalistas. Para tanto, deve também ter o cuidado de não adiantar
informações das quais não tenham absoluta certeza do resultado, tanto das
investigações periciais, quanto às demais que estão a seu cargo
diretamente. Ao delegado de polícia fica fácil falar sobre informações
periciais, desde que não queira adiantar conclusões, limitando-se a informar
que as informações da perícia só poderão ser adiantadas com a divulgação
do Laudo Pericial correspondente.
Finalmente, porém não menos importante, é preciso que peritos,
delegados de polícia, demais policiais e promotores de justiça quando no
local de crime, aproveitem essas oportunidades de contato com os órgãos
de imprensa – tanto no local do crime, como em outras situações – para
esclarecerem a eles o quanto é necessário a correta preservação de um
local de crime, solicitando-lhes que divulguem em seus veículos de
comunicação para que a população em geral passe a também respeitar e
preservar esses locais.
6. LEVANTAMENTO DO LOCAL:
Um local de crime é um lugar especial para a Criminalística.
Dentro de suas limitações físicas se contém todo o corpo de delito, com
vestígios à espera do perito para que este os interprete e concatene, num
processo lógico que culmina em indiciologia material.
A finalidade do comparecimento do perito ao local de crime é
levantar os vestígios
componentes do corpo de delito.
Como a materialidade dos delitos tem a fugacidade como
característica inerente a sua
própria essência, mister se faz que os vestígios sejam levantados
antes que desapareçam.
Levantar os vestígios é exatamente retirá-los do local e conduzi-los até
os outros do processo, quer de forma normal quer artificial, para que o juiz
os conheça através do laudo pericial.
No levantamento do local o perito faz um estudo sistemático do
corpo de delito;
observa, descreve, colhe e materializa vestígios fugazes ou não
colhíveis.
No local de crime o perito:
- colhe impressões diretas e pessoais;
- observa o corpo de delito;
- aceita ou refuta informações sobre o crime;
- faz uma ideação do delito.
A colheita dos vestígios forma a base da investigação criminal que
termina expressa na
conclusão do laudo pericial.
É muito útil para formar a convicção necessária à emissão do juízo
de valor pericial um
questionário denominado heptâmero das circunstâncias, atribuído a Quintilhiano
(35-95 DC):
O quê?
Quando?
Onde?
As três perguntam acima citadas, quando respondidas pelo perito, dão
a materialidade do fato, diz de sua existência em espécie (o que), de sua
circunstância temporal (quando) e de sua localização espacial (onde).
Com o quê?
De que modo?
As perguntas acima citadas servem para o perito idealizar a
dinâmica do crime; para
decifrar o desenrolar espaço-temporal da conduta delituosa,
descobrindo o tipo de instrumento
utilizado pelo criminoso (com o que); assim como, para descobrir a
maneira pela qual foi o
instrumento utilizado (de que modo).
Por quê?
Quem?
As duas últimas perguntas se destinam a iniciar o perito a perquirir
sobre a autoria do delito, procurando informar da causa que levou o
criminoso à ação delituosa (por que), bem como, questionando
incisivamente sobre a elucidação do delito; sobre a identificação do autor da
ação ilícita (quem).
6.1. METODOLOGIA DE LEVANTAMENTO DE LOCAL:
Para levantar os vestígios do corpo de delito presentes em local de
crime, o perito se
vale de uma metodologia que é própria da Criminalística.
Quatro são os métodos à disposição do perito, todos destinados a um
fim único que é a realização do exame de corpo de delito, mas nenhum
suficiente por si só para tal: deve o experto combiná-los adequadamente
levando em conta a natureza do delito e os meios à sua disposição.
6.1.1. OBSERVAÇÃO:
A perícia é um ato personalíssimo do perito; ninguém pode ver por
ele os vestígios
quanto se tratar de exame de corpo de delito direto.
Assim, é a observação pessoal dos vestígios componentes do
corpo de delito não pode o
perito emitir um juízo de valor sobre a materialidade do crime.
Todavia, somente observar os vestígios parece insuficiente para
configurar um método
de levantamento de local.
Porém, deixa de sê-lo em face do "princípio da troca", que na seqüência
será exposto.
Quando o perito observar um vestígio qualquer ele estará vendo algo que
os olhos de um
leigo em Criminalística não consegue ver.
O perito é um ser distinto do vestígio, sendo aquele o ser que quer
conhecer e este o ser
que quer ser conhecido.
Do contato do perito com o vestígio ocorre uma troca: este oferece
informações sobre si
e aquele retribui retirando-o do anonimato para promovê-lo à
categoria de indício material.
Tal é possível porque entre os dois seres, perito e vestígio, existe
uma linguagem
comum.
O vestígio se expressa no mundo fático graças a uma linguagem
própria.
O perito, por sua vez, entende a linguagem dos vestígios.
Concretizada a troca, deixa o vestígio a sua condição inferior de
anonimato, se separando do substrato amorfo e difuso no qual se assenta o
corpo de delito, para ganhar o prestígio de ser classificado como indício,
desta forma entrando em cena para ser valorado.
O método da observação pessoal não é autônomo. Não se pode
somente com ele realizar
o levantamento do local, pois lhe faltaria uma forma para
expressar.
6.2.
DESCRIÇÃO DO OBSERVADO:
A descrição dos vestígios observados é o segundo método de
levantamento de local.
Este método também não possui autonomia. Exige como
pressuposto o método da
observação pessoal, deste sendo sua expressão.
Ninguém descreve o que não observou, a menos que altere a verdade.
No local, antes da observação pessoal dos vestígios pelo perito tudo é
duvida.
Somente com a observação pode surgir a verdade sobre um
vestígio qualquer, pode ser
esclarecido a dúvida existente.
Todavia, a descrição de um vestígio observado pressupõe a
apreensão do mesmo pelo
perito, portanto, está sujeito a fatores limitativos do experto.
A apreensão dos vestígios é personalíssima.
Destarte, a manifestação pericial acerca do corpo de delito
depende de fatores que
limitam o próprio perito, a saber:
a) como os vestígios são apreendidos (percepção pessoal dos vestígios);
b) como a apreensão dos vestígios é conservada na memória
(memorização dos
vestígios);
c) a capacidade de recordação da apreensão (recordação dos vestígios);
d) a maneira como quer expressar a apreensão (vontade de expressão);
e) o modo como é possível expressar a apreensão (possibilidade
de expressão
dos vestígios).
Destarte, dúvida não deve restar que o exame de corpo de delito deve
ser analisado em função do perito, pois sendo a perícia um ato
personalíssimo evidente fica os caracteres pessoais de cada profissional
quando da emissão do juízo de valor.
Esses caracteres pessoais estão diretamente relacionados com a
apreensão,
memorização, recordação e expressão dos vestígios componentes
do corpo de delito.

A apreensão e a memorização dos vestígios se contêm no método da


observação (VISUM), enquanto a recordação e a expressão estão contidos
no método da descrição (REPERTUM).
6.3.
COLHEITA DE VESTÍGIOS:
A colheita de vestígios é o terceiro método de levantamento de
local.
Em regra, os vestígios ficam dispersos no substrato do corpo de
delito.
Como os dois métodos anteriores, VISUM ET REPERTUM, são
insuficientes em alguns casos para a elaboração da prova material do delito,
mister se faz, então, coletar no local vestígios especiais para exames
posteriores ou mesmo para anexar ao laudo pericial para servir de mais um
elemento de convicção ao magistrado no ato deste valor a prova material.
Certos vestígios podem ser colhidos simplesmente subtraindo-os do
substrato do corpo de delito. Tal ocorre quando o perito colhe no local um
projétil de arma de fogo, ou recolhe, num suporte apropriado, uma
impressão digital para análise.
Alguns vestígios, porém, são impossíveis de serem colhidos por
subtração direta do
corpo de delito. Devem os mesmos, quando possível, serem
coletados por moldagem.
Quando o vestígio for uma pegada na areia, por exemplo, deve o
mesmo ser colhido
pelo processo de moldagem com gesso.
Subtração direta e moldagem são as duas maneiras de colher
vestígios presentes em local
de crime.
6.3.1. MATERIALIZAÇÃO DE VESTÍGIOS:
Existem vestígios que não podem ser colhidos, mas que podem ser
materializados artificialmente por desenhos, fotografias ou filmagem e,
desta forma, chegar até ao juiz como um anexo do laudo pericial, com este
formando a prova material do delito.
Diversos fatores impossibilitam a colheita de vestígios, a saber:
a) estado físico (um vestígio sólido ou líquido pode ser colhido, mas um
gasoso, tal qual o odor de combustível, não poder ser coletado, nem
materializado artificialmente por desenho ou fotografia);
b) dimensão física (um macro-vestígio componente do corpo de delito não
pode ser colhido quando inviável o transporte em face de sua dimensão,
como é o caso, por exemplo, de partes de um edifício incendiado);
c) aderência ao substrato (um macrovestígio que adere ao
substrato do corpo de
delito, tal qual uma marca de frenagem, não pode sr colhido);

d) fugacidade (um vestígio fugaz, que se deteriora ou deixa de existir com o


traspasse do tempo, tal como ocorre com as lesões em um cadáver, não
poder ser colhido);
e) forma (um vestígio em estado líquido em forma de mancha
sobre o substrato
de corpo de delito não pode ser colhido, por exemplo, respingos de
sangue).
Quando for impossível colher o vestígio, o mesmo pode ser
materializado
artificialmente por imagem ou descrição.
No caso, quem decide da necessidade de materializar o vestígio é
o perito. Este possui
faculdade dada por lei, de ilustrar o laudo, desenhos, esquemas,
fotografias, etc.
Portanto, pode o perito se valer apenas dos dois primeiros dos métodos
para levantar o local (VISUM ET REPERTUM), ou aprimorar um pouco mais
seu trabalho e empregar os demais.
7. EXAME DE CORPO DE DELITO AFEITO AO PERITO CRIMINAL
De um modo geral cabe ao perito criminal o levantamento dos
seguintes locais:
1- Perícias externas (dinâmicas)
Aquelas que o técnico desloca-se até o local ou fato para a
realização de vistorias e
exames, isto é, quando realiza levantamento em local de:
-
morte violenta (homicídio, suicídio e acidente);
-
crime contra o patrimônio;
-
acidente de tráfego (com vítima e/ou envolvendo viatura
oficial que ocasiona danos ao patrimônio público);
-
desabamento;
-
incêndio;
-
outros.
2- Perícias internas (estáticas):
Aquelas em que o perito realiza em seu gabinete, dentre elas
destacamos:
-
Exame balístico;
-
Exame documentoscópico;
-
Exame metalográfico;
-
Exame em peças e objetos;
-
Exame laboratorial;
Exame de Audiovisual, Fonética e Informática (crimes de
informática).
OBS.: I - Os exames de corpo de delito indireto tanto podem ser
classificados como perícias estáticas (pareceres técnicos, avaliações,
constatações, etc...) como dinâmicas (reproduções simuladas).
II - Nas perícias ditas estáticas, o perito pode refazer os exames,
consultar colegas, fazer pesquisa, o que via de regra não ocorre nas
perícias externas (dinâmicas), pois uma vez realizado o levantamento de
local o mesmo é desfeito.
8. O TRABALHO DO PERITO:
Ante um fato concreto de crime, do qual remanesce o corpo de
delito, a Criminalística
se manifesta através da ação pericial do experto.
O trabalho do perito sobre o corpo de delito se concretiza pela
ação pericial, a qual é
sempre um pressuposto necessário à emissão do laudo.
Sem ação pericial inexiste laudo, pois este documento público que
exige uma motivação
para que possa existir validamente.
Todavia, a ação pericial necessita de um suporte doutrinário que a
fundamente, que dê
sustentação ao trabalho pericial.
Quatro princípios fundamentais compõem o sistema doutrinário da
perícia na área
criminal, formando os pilares que sustentam a ação pericial. São eles:
a) princípio da independência ideológica do perito;
b) princípio da autonomia técnica da Criminalística;
c) princípio da fé pública do laudo;
d) princípio da verdade da prova pericial.
O princípio da independência ideológica do perito se traduz na
liberdade de escolha de
teorias científicas e não vinculação política mediante pressão.
O perito necessita ser livre para à justiça. Não pode sofrer coação
no sentido de ter seu
trabalho e dirigido a um fim qualquer que divirja de sua própria
convicção interior.
O princípio da autonomia técnica da Criminalística decorre de sua
própria condição de ciência: por ter método próprio e específico ascende,
em igualdade, ao patamar das ciências naturais.
O princípio da fé pública do laudo decorre de lei, pois este tem
presunção de verdade até
prova em contrário.

O princípio da verdade da prova pericial advém do embasamento


científico da perícia, pois não se admite que uma ciência natural possa ser
falsa quando se manifesta concretamente numa situação específica.
Do exposto fica fácil perceber que a conduta profissional do perito
deve se balizar entre
a ciência e a lei, nunca desta fugindo e daquela se esquecendo.
9. RECOMENDAÇÃO PARA O POLICIAL:
1º) Não fumar no local do crime;
2º) Não deve deixar-se fotografar atuando no local;.
3º) Não deve prestar qualquer informação a quem quer que seja, sob
qualquer pretexto;
4º) Não deve emitir o seu ponto de vista a respeito do caso, aos
repórteres ou outras pessoas a quem não deva obediência, na razão de sua
função. Especialmente, em caso de um crime misterioso, não deve dizer
nem insinuar de que sabe quem é o autor;
5º) Só relata suas conclusões às autoridades a que estiver
subordinado, guardando
inteiro sigilo sobre os fatos;
6°) Não fazer quaisquer tipo de experiência com as evidências no
local do crime, sem a
presença do perito;
7º) Prestará, entretanto, informações solicitadas pelos peritos.
GLOSSÁRIO
CORPO DE DELITO: é o conjunto de elementos que constatam a
existência do crime; é o
conjunto de vestígios materiais deixando pelo crime.
EVIDÊNCIA FÍSICA: o termo evidência física abrange todos e
quaisquer objetos vivos e
inanimados, sólidos, líquidos e gasosos e todas as relações entre
estes objetos pertencentes ao
problema em questão (Crime);
INDÍCIO: são vestígios capazes de se elevarem à categoria de
prova;
PRESERVAÇÃO: locais que foram isolados e protegidos
adequadamente, tão logo que a
polícia tomou o conhecimento do acontecimento, são considerados
idôneos para fins de
exames periciais.
SUBSTRATO: o que forma a parte essencial do ser; aquilo que
repousa as qualidades.
VESTÍGIOS: é o sinal que o homem ou animal deixa no lugar por
onde passa, por exemplo:
rastro, pegada, substâncias (restos de alimentos, vômito, urina,
esperma, sangue), vestes,
cadáveres, armas, pêlos, impressões digitais sinais de luta, etc.).
28
BIBLIOGRAFIA
Cavalcante, Ascendino. Criminalística Básica, Editora Litoral, 1ª Ed., 1983.
Código de Processo Penal Brasileiro;
Tratado de perícias criminalísticas – Porto Alegre, 1ª ed, Editora Sagra,
1995.
Apostilas de Curso de Formação de Peritos Criminais, Academias PC/MS e
SEJUSP/MT.
Coletâneas de material técnico em Criminalística pelo autor no período de
1984 a 2008.
Artigo 159 do CPP alterado pela Lei nº 11.690, de 9 de julho de 2008.

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