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. Lutar
por Moçambique
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Introdução
Povo de MOfambique- Em nome de todos vós
a FRELIMO proclama ho/e solenemente
a Insurreifão Geral Armada
do Povo de Moçambique contra o colonialismoportuguês,
com vista à completa independênciade MOfambique
(Proclamação feita ao Povo moçambicano
pelo COITÚtéCentral da FRELIMO
por ocasião da declaração de guerra,
a 25 de Setembro de 1964)
o primeiro combate
Província de Cabo Delgado, 25 de Setembro de 1964
Resistência popular
o começo do nacionalismo
As condições eram desfavoráveis à expansão das ideias
nacionalistas por todo o pais. Por causa da proibição de asso-
ciação poHtica, da necessidade de segredo imposta por esta proi-
bição, da erosão da sociedade tradicional e da falta de educação
moderna nas áreas rurais, foi só entre uma minoria diminuta
que ao princípio se desenvolveu a ideia de acção nacional em
contraposição com acção local. Esta minoria era predominan-
temente urbana, composta de intelectuais e assalariados, indi-
víduos essencialmente desenraizados do sistema tribal, na sua
maioria africanos assimilados e mulatos; por outras palavras,
um pequeno sector marginal da população.
Nas cidades, o poder colonial era visto mais de perto.
Era mais fácil de compreender que a força do colonizador
era construída sobre a nossa fraqueza e que os seus progressos
dependiam da mão-de-obra do africano. Talvez a própria
ausência de ambiente tribal ajudasse a incitar a uma visão
nacional, estimulasse este grupo a ver Moçambique como
terra de todos os moçambicanos, os fizesse compreender a
força da unidade.
Encorajados pelo liberalismo da nova república em Por-
tugal (1910-1926), estes grupos formaram sociedades e criaram
jornais nos. quais conduziram campanhas contra os abusos
do colonialismo, exigindo direitos iguais, até que, a pouco e
pouco, começaram a denunciar todo o sistema colonial.
112 LUTAR POR MOÇAMBIQUE
Eu sou carvão
e tu acendes-me, patrão
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder, sim
e queimar tudo com a força da minha combustão.
Eu sou carvão
tenho que a.rder na exploração
arder vivo como alcatrão, meu irmão
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão
tenho que arder
queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim I
Eu serei o teu carvão, patrão!
«Josina Muthemba:
Os colonialistas queriam enganar-nos com o seu ensino;
ensinavam-nos só a história de Portugal, a geografia de
Portugal; queriam formar em nós uma mentalidade passiva,
para nos tornarem resignados à sua dominação. Não podíamos
reagir abertamente, mas tínhamos conhecimento da sua mentira;
sabíamos que o que eles diziam era falso; que éramos moçambi-
canos e nunca podíamos ser portugueses.»
Rumo à unidade
«o Congresso da FRELIMO:
Tendo examinado as necessidades actuais da luta contra
o colonialismo português em Moçambique - declara ser sua
firme decisão promover a organização eficiente da luta do
povo moçambicano pela libertação nacional, e adopta as se-
guintes resoluções, a pôr imediatamente em prática pelo Comite
Central da Frelimo:
Preparação
Problemas
Biografia politica
Na medida em que a liderança fora do país conseguia manter
um grau razoável de unidade, o principal trabalho em Moçam-
bique podia seguir sozinho. Através da história de Alberto
144 LUTAR POR MOÇAMBIQUE
A missãode heje
camarada
Organização do exército