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Credo Apostólico

Inspiração e verdade da Sagrada Escritura


Para o católico não existe dificuldade alguma em crer que: 1. Deus é o autor da Sagrada Escritura;
2. Deus inspirou os autores humanos dos livros sagrados; 3. Os livros inspirados ensinam a verdade.
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Para o católico não existe dificuldade alguma em crer que: 1. Deus é o autor da Sagrada Escritura;
2. Deus inspirou os autores humanos dos livros sagrados; 3. Os livros inspirados ensinam a verdade.
O tema desta aula - inspiração e verdade da Sagrada Escritura - apesar de um tanto quanto
explosivo, foi apresentado de forma bastante simples pelo Catecismo da Igreja Católica.
Para o católico não existe dificuldade alguma em crer que: 1. Deus é o autor da Sagrada Escritura;
2. Deus inspirou os autores humanos dos livros sagrados; 3. Os livros inspirados ensinam a verdade.
Entretanto, durante os séculos XVIII e XIX, a inspiração da Sagrada Escritura foi bastante
questionada, principalmente por Immanuel Kant. O auge da contestação deu-se no final do século
XIX, tanto que o Papa São Pio X, no ínicio do sécuo XX escreveu a encíclica Pascendi dominici
gregis, condenando o modernismo. Antes, porém, o Santo Ofício baixou um decreto acerca dos
erros correntes naquela época. Trata-se do Decreto Lamentabili, de 03 de julho de 1907, o qual traz
as seguintes frases condenadas pela Igreja:
"9. Demonstram demasiada ingenuidade ou ignorância os que crêem que Deus é
verdadeiramente o autor da Sagrada Escritura.
10. A inspiração dos livros do Antigo testamento consiste em que os escritores israelitas
ensinaram as doutrinas religiosas sob um peculiar aspecto, pouco conhecido ou
desconhecido dos pagãos.
11. A inspiração divina não se estende a toda a Escritura a tal ponto que se preserve de
todo erro todas e cada uma de suas partes.
12. Se o exegeta quer dedicar-se com proveito aos estudos bíblicos, deve antes de tudo
pôr de lado toda ideia preconcebida a respeito da origem sobrenatural da Sagrada
Escritura e não interpretá-la de outro modo que os outros documentos humanos.
13. Foram os próprios Evangelistas e os cristãos da segunda e terceira geração que
redigiram artificiosamente as parábolas evangélicas, justificando deste modo os
diminutos frutos da pregação de Cristo no meio dos judeus.
14. em muitas narrativas os Evangelistas não narraram tanto o que é verdade, quanto o
que julgaram ser de maior proveito para os leitores, embora falso.
15. Os evangelhos foram aumentados com adições e correções contínuas até a definitiva
constituição do cânon; neles sobrou apenas um vestígio tênue e incerto da doutrina de
Jesus.
16. As narrativas de João não são propriamente história, mas contemplação mística do
Evangelho; os sermões nele contidos são meditações teológicas acerca do mistério da
salvação, desprovidas de verdade histórica.
17. O quarto Evangelho exagerou os milagres, não tanto para que aparecessem mais
extraordinários, mas para que fossem mais aptos para significar a obra e a glória do
Verbo encarnado.
18. João reivindica para si o título de testemunha de Cristo; na realidade, porém, é
apenas uma testemunha exímia da vida cristã, ou seja, da vida da Igreja de Cristo no fim
do primeiro século.
19. Os exegetas heterodoxos expressaram o verdadeiro sentido das Escrituras com mais
fidelidade que os exegetas católicos." (DH 3409 - 3419)

As afirmações acima põem em dúvida a sobrenaturalidade das Sagradas Escrituras e foram


condenadas pela Igreja. Para dirimir qualquer dúvida que, porventura, ainda possa existir, o
Catecismo cita a Constituição Dogmática "Dei Verbum", que diz:
"As coisas divinamente reveladas que se encerram por escrito na Sagrada Escritura e
nesta se nos oferecem foram consignadas sob o sopro do Espírito Santo." (DV 11)

Importante recordar que em Teologia quando se indaga quem age, a resposta é sempre a Trindade,
contudo, é possível, por apropriação perceber algumas características próprias de cada uma das
Pessoas da Santíssima Trindade. Por exemplo: embora o Filho e o Espírito Santo tenham
participado da Criação, é o Pai o Criador. O Filho é quem redimiu o mundo, embora Deus Pai e
Espírito Santo sejam também redentores. Da mesma forma, por apropriação é possível dizer que o
Espírito Santo é o santificador. Com respeito às Sagradas Escrituras diz-se que foi inspirada pelo
Espírito Santo. O texto continua:
"Pois a Santa Mãe Igreja, segundo a fé apostólica, tem como sagrados e canônicos os
livros completos tanto do Antigo como do Novo testamento, com todas as suas partes,
porque, escritos sob a inspiração do Espírito Santo, tem Deus por autor e foram como
tais transmitidos à Igreja." (DV 11)

Qual foi, então, a função do hagiógrafo? Deus é o verdadeiro autor da Bíblia, contudo, essa verdade
coexiste com a verdade de que também o hagiógrafo deu a sua contribuição. A Dei Verbum
continua:
"Na redação dos livros sagrados Deus escolheu pessoas humanas, das quais se utilizou
sem tirar-lhes o uso das próprias capacidades e faculdades, a fim de que, agindo ele
próprio neles e por eles, transmitissem por escrito, como verdadeiros autores, tudo e só
aquilo que ele próprio quisesse." (DV 11)

Assim, Deus inspirou os autores bíblicos que, dispondo de suas próprias faculdades (estilo,
gramática e outras) transmitissem somente a vontade de Deus. É por isso que as Sagradas Escrituras
não contém erros. Continuando, a Dei Verbum ensina que:
"Portanto, já que tudo o que os autores inspirados ou hagiógrafos afirmam deve ser tido
como afirmado pelo Espírito Santo, segue-se que devemos confessar que os livros da
Escritura ensinam com certeza, fielmente e sem erro a verdade que Deus, para nossa
salvação, quis fosse consignada nas sagradas Letras. Por isso, ‘toda a Escritura é
inspirada por Deus e útil para ensinar, para argumentar, para corrigir e para instruir na
justiça, para que o homem de Deus seja perfeito, capacitado para toda boa obra." (DV
11)

O número 108 do Catecismo é bastante esclarecedor quanto à natureza da fé cristã:


"Todavia, a fé cristã não é a religião do Livro. O Cristianismo é a religião da Palavra de
Deus, não de uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo. Para que as
Escrituras não permaneçam letra morta, é preciso que Cristo, Palavra eterna de Deus
Vivo, pelço Espírito Santo nos abra o espírito à compreensão das Escrituras."
Assim, o Espírito Santo inspira o hagiógrafo para que escreva tão somente aquilo que é a vontade
do Pai, mas inspira também a Igreja quando ela interpreta o que foi escrito. A ação deu-se nos dois
pólos: no emissor e no receptor, de modo que a mensagem compartilhada fosse aquela que Deus
quis transmitir.
A Igreja é o canal receptor que conta com a inspiração do Espírito Santo, mais que isso, é o próprio
corpo de Cristo, do Verbo, da Palavra encarnada, dessa forma, ainda que seus membros sejam
homens pecadores, pela assistência do Espírito Santo em seu conjunto, especialmente no seu
Magistério é o único lugar de interpretação das Sagradas Escrituras.

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