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Escola Superior de Enfermagem do Porto

Curso de Licenciatura em Enfermagem


4º Ano – 1º Semestre – 3º Grupo de estágio
Estágio em Saúde Infantil e Juvenil – Hospital São João
Serviço de Cirurgia Pediátrica

Porto, 2011
Escola Superior de Enfermagem do Porto
Curso de Licenciatura em Enfermagem
4º Ano – 1º Semestre – 3º Grupo de estágio
Estágio em Saúde Infantil e Juvenil – Hospital São João
Serviço de Cirurgia Pediátrica

Trabalho realizado por:


Ana Sofia Marques, n.º 1773

Professora Orientadora:
Maria Teresa Loureiro da Nazaré Valente

Porto, Janeiro de 2011


Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

O DOENTE COMO PARCEIRO DE CUIDADOS

Um Hospital pode ser um sítio frio,


Em que o doente sozinho,
Sem calor sem carinho,
Chora sem qualquer lágrima.

Um Hospital pode ser um sítio quente,


Em que o doente é acompanhado,
No caminho que tem que percorrer
Os enfermeiros preocupam-se
Estão lá para compreender.

Um Hospital pode ser um sítio frio


Onde os doente sentem dor e tristeza
E ninguém sabe que eles estão a sofrer,
Ou o próprio doente tem vergonha de o dizer.

Um hospital pode ser um sítio quente


Em que os doentes são contemplados
Com imensos cuidados.
Um sítio alegre, em que eles sentem
Que já não estão sozinhos.

Hospital, uma palavra, um misto de sentimentos.


Para uns um sonho, para outros um pesadelo
Onde se pode morrer, ou mesmo voltar a nascer,
Onde tudo o que o doente quer
É sentir que é cuidado
E percorrer o caminho a que se propõe
Sem ser abandonado.

Sofia Gomes de Sousa, 14 Anos (In Gomes, 2007)


Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

RESUMO

O trabalho apresentado seguidamente insere-se no âmbito da Unidade Curricular de


Ensino Clínico de Saúde Infantil e Juvenil, do 4º ano do Curso de Licenciatura em
Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP), no ano lectivo
2010/2011, desenvolvido no Hospital São João, no serviço de Pediatria Cirúrgica.
No que concerne ao trabalho realizado, este tem como objectivo a identificação das
implicações do modelo de parceria de cuidados em pediatria, para a equipa de
Enfermagem. Para alcançar este objectivo, foram traçados pequenos objectivos ao longo
do trabalho, tais como: compreender a necessidade fulcral da participação dos pais nos
cuidados à criança; compreender a necessidade de uma amplificação do foco de
Enfermagem para a Família; compreender o conceito de parceria; analisar o Modelo de
Parceria de Cuidados de Anne Casey; reflectir sobre a aplicabilidade do Modelo de
Parceria.
A fase inicial do trabalho baseou-se na pesquisa aprofundada, em livros, revistas e
artigos da internet, sobre a temática a desenvolver, bem como a sua posterior leitura e
análise.
Após a realização do trabalho, penso, de uma forma geral, ter atingido os objectivos
supracitados, a que me propus na elaboração do trabalho.
Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

SUMÁRIO

Folha
INTRODUÇÃO 6

1. FILOSOFIA DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM 8


PEDIATRICA
1.1.– PARCERIA DE CUIDADOS EM ENFERMAGEM
PEDIATRICA 8
1.2. – CUIDADOS DE ENFERMAGEM CENTRADOS NA
FAMILIA 11
1.3. – O MODELO DE PARCERIA DE CUIDADOS DE ANNE
CASEY 14
1.4.– PARCERIA DE CUIDADOS: IMPLICAÇÕES PARA A
ENFERMAGEM 20

CONCLUSÃO 24
BIBLIOGRAFIA 26
Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

INTRODUÇÃO

O presente trabalho foi realizado no âmbito da Unidade Curricular: Ensino


Clínico de Saúde Infantil e Juvenil, a decorrer entre os dias 3 de Janeiro a 9 de Fevereiro
do ano lectivo de 2010/2011, do 4º ano do Curso de Licenciatura em Enfermagem da
Escola Superior de Enfermagem do Porto, tendo como orientadora a Professora Maria
Teresa Loureiro da Nazaré Valente. O referido Ensino Clínico foi realizado no Serviço
de Pediatria Cirúrgica do Hospital de São João.
A temática desenvolvida no trabalho foi da sugestão da professora e contribui
para uma reflexão e consciencialização dos cuidados prestados nos serviços de
pediatria, assim como proporcionou uma forma de relacionar a teoria com a prática.
A realização deste trabalho, para além de constituir um critério adicional ao
método de avaliação do Ensino Clínico, permitiu-me, também, desenvolver
competências para intervir junto da criança e da família em contexto hospitalar, sendo
capaz de prestar cuidados de enfermagem no âmbito da Saúde Infantil e Juvenil e
permitiu o desenvolvimento pessoas e profissional centrado na auto-aprendizagem,
auto-responsabilização e pensamento crítico em Enfermagem.
O tema, que vai ser desenvolvido, aborda a questão da” Filosofia dos Cuidados
em Enfermagem – Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria”.
Com a publicação do Relatório de Platt, em 1959, na Inglaterra, foi reconhecida
a necessidade dos pais participarem nos cuidados dos filhos doentes. Este documento
levou pais e profissionais de saúde a discutirem o processo de hospitalização (Pinto et.
et. al, 2009). Assim sendo, de acordo com este relatório foi permitido a permanência
dos pais em período integral no ambiente hospitalar e a sua participação no cuidado
(Collet e Rocha, 2004), o que se repercutiu em novas formas da organização da
assistência à criança hospitalizada ampliando o foco de atenção em Enfermagem.
Torna-se necessário dirigir o olhar para a família como objecto de cuidado, num
processo de produção de relações e intervenções, para além do atendimento clínico
(Collet e Rocha, 2004).

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

Assim sendo, o objectivo major deste trabalho passa pela identificação das
implicações do modelo de parceria de cuidados em pediatria, para a equipa de
Enfermagem.
De forma a atingir o objectivo major foram definidos alguns objectivos mais
específicos, tais como: compreender a necessidade fulcral da participação dos pais nos
cuidados à criança; compreender a necessidade de uma amplificação do foco de
Enfermagem para a Família; compreender o conceito de parceria; analisar o Modelo de
Parceria de Cuidados de Anne Casey; reflectir sobre a aplicabilidade do Modelo de
Parceria.
O trabalho é composto por apenas um capítulo onde são analisadas as questões
relativas à prestação de cuidados em pediatria. Assim é feita uma breve introdução
sobre a permanência dos pais aquando da hospitalização da criança, seguida de uma
análise sobre a parceria de cuidados entre os pais e os profissionais de saúde.
Posteriormente é abordada a temática da parceria de cuidados e, ligada a esta, é
apresentado o Modelo de Parceria de Cuidados de Anne Casey. Por fim é feita uma
análise da aplicação na prática, do Modelo supracitado, e as implicações desde para a
equipa de enfermagem.
No sentido da aquisição da informação necessária para a elaboração deste
trabalho, a metodologia implementada incluiu a pesquisa bibliográfica e sitiográfica
sobre o tema em questão, num método de revisão bibliográfica, e será usada da maneira
mais clara e coerente possível, de forma a uma melhor aquisição de novos
conhecimento para a prática de Enfermagem e, para que o trabalho se torne
devidamente explícito.
A realização deste tipo de trabalhos evidencia a dificuldade de exercer
Enfermagem, que envolve uma pesquisa detalhada e um pensamento crítico na
construção de métodos de actuação tão importantes como aqueles que, bem
fundamentados, podem orientar para uma prática de excelência.

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

1. FILOSOFIA DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM PEDIATRICA

O cuidar da criança hospitalizada foi-se modificando ao longo dos


tempos, consequência da evolução da ciência médica, do desenvolvimento
de um sistema de serviços especializados de assistência infantil, assim como
de aspectos do pensamento relativos ao desenvolvimento psicológico e
emocional da criança e à evolução da própria família como instituição
social (Darbyshire, 1993, cit. por Mano, 2002).
De acordo com Mano (2002), as crianças são particularmente vulneráveis às
modificações que ocorrem no seu ambiente e rotina habituais. Este facto leva a que,
uma vez doente e hospitalizada, a criança vá vivenciar uma situação de stress e crise
evidentes. Esta situação é, também, para os pais/família, geradora de angústia e
insegurança, o que se repercute na sua capacidade para agir social, emocional e
fisicamente (Casey, 1993, cit. por Mano, 2002).
A importância da permanência das mães junto aos filhos durante a
hospitalização tem sido um facto evidenciado em diversos estudos (Imori et. al, 1995).
Toda a equipa hospitalar, e particularmente os enfermeiros de Saúde Infantil e
Pediátrica, devem ter a preocupação de, para além de cuidar da criança,
desenvolverem capacidades que lhes permitam trabalhar com a família (Mano, 2002).
Segundo Hockenberry, Wilson e Winkelstein, (2006, cit. por Amaral, 2009), em
pediatria a família é considerada como a referência fundamental para os cuidados a
prestar e esta ideia não só é reforçada, como a própria família – pais/bebé – passa a ser o
foco dos cuidados, pois a especificidade de toda a situação que envolve o internamento
da criança, assim o exige.

1.1. PARCERIA DE CUIDADOS EM ENFERMAGEM PEDIATRICA

De acordo com Hockenberry, Wilson e Winkelstein (2006), as parcerias no


cuidar pressupõe a convicção de que os parceiros são indivíduos capazes que se tornam
mais competentes por meio do compartilhar de conhecimentos, habilidades e recursos

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

com o objectivo de forma a beneficiar todos os participantes. Desta forma, a


colaboração é vista como um contínuo e a família tem a opção de estar em qualquer
lugar deste contínuo dependendo dos seus pontos fortes, necessidades e relações com os
profissionais.
Para Keating e Gilmore (1996, cit. por Mano, 2002), a parceria de cuidados é
designada como a formalização da participação dos pais no cuidar dos seus filhos
hospitalizados.
Na clarificação conceptual de participação, verifica-se que os conceitos de
envolvimento, colaboração e parceria, geralmente são considerados sinónimos de
participação, mas, segundo Cahill (1996, cit. por Gomes, 2007), existe uma relação
hierárquica entre este conceito e os de envolvimento, colaboração e parceria.
Assim sendo, o envolvimento e a colaboração são precursores da participação
que, por sua vez, é precursora da parceria, a qual nem sempre se consegue pôr em
prática no exercício de enfermagem (Cahill, 1996, cit. por Gomes, 2007).
Os conceitos de participação e parceria nos cuidados relacionam-se, dado que
subentendem uma partilha mútua entre os doentes e os enfermeiros, sendo que os
doentes são considerados aspectos fundamentais dos cuidados de enfermagem.
De acordo com Tutton (2005, cit. por Gomes, 2007), a participação não se
constitui segundo uma perspectiva de hierarquia, mas sim como um processo que ocorre
no contexto de prestação de cuidados, e a parceria, como um processo essencial que
promove aquela, identificando os valores ou as crenças em que a negociação se baseia.
É evidente que o conceito de participação é ambíguo e complexo, não havendo
um consenso da sua definição, mas o seu significado e essência não devem ser
negligenciados.
Parceria é um compromisso numa acção comum negociada (Zay, 2000, cit. por
Gomes, 2007). Para Hesbeen (2000, cit. por Gomes, 2007), parceria subentende um
processo de negociação em que a autonomia da pessoa é respeitada acima de tudo.
Segundo Reis (1999, cit. por Gomes 2007), parceria é a participação activa do
doente no processo de cuidados, de harmonia com o seu estilo de vida, em que o lugar
do profissional de saúde consiste em promover na pessoa doente, o processo de
reflexão, de autonomia e de tomada de decisão.
Ao estabelecimento de uma relação de parceria está intimamente ligado o
desenvolvimento de competências relacionais. Segundo Merini (1999, cit. por Gomes
2007), estar numa relação de parceira implica o reconhecimento de competências de

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

cada um. É no reconhecimento destes saberes que o planeamento do processo de


cuidados pode assegurar a cada um determinado poder que leva a equidade nos ganhos
na acção conjunta, visando atingir objectivos comuns.
Stower e Dearmun (1992, cit. por Coyne, 1996) afirmam que as questões fulcrais
inerentes ao conceito de parceria são a igualdade e a negociação, alicerçada no respeito
pela família e pelas suas necessidades e desejos.
Para Smith e Casey (cit. por Mano, 2002), existem dois conceitos principais que
facilitam uma abordagem de parceria, sendo eles, o conceito de cuidados centrados na
família e na criança e cuidados negociados. Os cuidados centrados na família e na
criança referem-se ao dar poderes à criança e à família, partilhando informação e
conhecimentos para os capacitar na tomada de decisão e no processo de cuidados de
uma forma semelhante (Mano, 2002). Por sua vez, os cuidados negociados são
considerados como a relação terapêutica construída na confiança e respeito mútuos
(Mano, 2002). Assim, o processo de negociação conduz a um plano de cuidados
combinado na prestação desses cuidados, consoante a habilitação e desejo de cada um
(Casey, 1993, cit. por Mano, 2002).
A relação de parceria de cuidados pressupõe que a criança e a família
possuam/adquiram conhecimentos e perícia no cuidar, e que desenvolvam competência
e confiança nas suas habilidades (Mano, 2002).
De acordo com Smith (1995, cit. por Mano, 2002), a chave para esta relação
prende-se com o dar poder à família, partilhando conhecimentos e informações.
Nesta perspectiva, podemos afirmar que, para uma excelência dos cuidados de
Enfermagem é essencial que a equipa de enfermagem alie a família no cuidado à
criança.
Nesta perspectiva, Elsen (1984, cit. por Marcon e Elsen, 1999), afirma que a
família não pode ser vista apenas como aquela que deve cumprir as determinações dos
profissionais de saúde. Ao se reconhecer que a família assume a responsabilidade pela
saúde dos seus membros, cumpre que se reconheça a necessidade de ouvir as suas
dúvidas, ter em conta a sua opinião e, principalmente, incentivar a sua participação em
todo o processo profissional de cuidar/curar (Marcon e Elsen, 1999).
De acordo com Lima, Rocha e Scochi (1999), o catalisador fulcral para a
mudança na prestação de cuidados em pediatria foi a transformação do conceito de
criança, agora vista como um ser em crescimento e desenvolvimento, não apenas com
necessidades biológicas, mas também psicológicas, sociais e emocionais.

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

Um dos factores que influencia a parceria dos cuidados é a cultura


organizacional. Assim, o clima de organização que presta cuidados em parceria deve
exemplificar e reflectir os atributos e qualidades consideradas importantes para o
desenvolvimento de uma relação de parceria entre os profissionais, a criança e a sua
família (Mano, 2002).
De acordo com Smith (1995) e Casey (1993, cit. por Mano, 2002), o método de
organização do trabalho de enfermagem é um dos factores que mais influencia a
parceria de cuidados, sendo que, a existência de um enfermeiro que estabeleça com a
família uma relação de confiança pode ser uma estratégia de apoio ao hospital,
minimizando os efeitos da hospitalização.

1.2. CUIDADOS DE ENFERMAGEM CENTRADOS NA FAMÍLIA

A parceria de cuidados e, mais especificamente em pediatria, tem como


princípio basilar os cuidados centrados na família, com a família e pela família, sendo
este o tipo de cuidados ideais a serem prestados à criança.
O foco de enfermagem na família acontece diariamente quando se visa garantir a
sua inserção de forma compartilhada no cuidado à criança, mediante a identificação dos
seus recursos cognitivos, potencializando-os através de acções de educação para a
saúde, integradas na prática diária do cuidado interdisciplinar.
Trabalhar no prisma da tríade criança, família e equipe nas unidades
pediátricas requer estabelecer acções que visem possibilitar aos pais
integração e troca de experiências para a resolução de problemas;
valorização da herança cultural dos familiares; atendimento às necessidades e
manifestações dos sentimentos dos pais acompanhantes; capacitação da
equipe através de um repensar contínuo sobre o cuidado às famílias e às
crianças hospitalizadas (Issi et. al, 2007).
De acordo com Hockenberry, Wilson e Winkelstein (2006), a enfermagem em
Saúde Infantil e Pediátrica tem como objectivo principal a promoção da saúde da
criança/ família, proporcionando-lhe um desenvolvimento harmonioso ao longo do ciclo
vital. Nesta perspectiva, torna-se imperioso, compreender a criança/ família na sua
forma de crescer e se relacionar com as pessoas significativas do seu ambiente, e ter
presente diversos factores que contribuem para a individualidade de cada criança.

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

Os cuidados centrados na família surgiram como resposta ao aumento das


responsabilidades da família pelos cuidados de saúde e têm alguns princípios
subjacentes, tais como: reconhecer as famílias como elementos constantes na vida das
crianças e a equipa de saúde como inconstante; partilhar abertamente a informação
sobre alternativas do tratamento, preocupações de carácter ético e incertezas acerca dos
tratamentos de saúde; formar parcerias entre as famílias e os profissionais de saúde para
decidir sobre o que é importante para as famílias; respeitar a diferença racial, ética,
sócio-cultural e económica das famílias e os mecanismos de coping por eles utilizados;
apoiar e fortalecer as capacidades das famílias para crescerem e se desenvolverem (Lash
e Wertlieb, 1993, cit. por Teixeira, 2006).
Os cuidados centrados na família são aqueles que asseguram a saúde e o bem-
estar da criança e das suas famílias através de uma respeitosa parceria
família/profissionais e é a prática deste modelo que leva à prestação de cuidados de
qualidade (adapt. Nijhuis et. al, 2007).
Segundo Nijhuis et. al (2007), esta prestação de cuidados implica que os
profissionais e as famílias trabalhem em conjunto tendo em consideração os melhores
interesses da criança e da família. À medida que a criança cresce assume, também, um
papel de parceria. Assim sendo, neste projecto a confiança é tida como um valor
essencial e indispensável e todos os profissionais devem respeitar as habilidades e
experiencias trazidas para a parceira. A comunicação e a partilha da informação não
deve ter nenhuma restrição e devem ser objectivas de modo a as decisões sejam tomadas
por todos os participantes informados.
Tendo por base o processo de parceria, os cuidados centrados na família
reconhecem-na com uma constante na vida da criança. Os cuidados centrados na família
são aqueles que fazem crescer os laços familiares, que apoiam a criança na
aprendizagem e participação nos seus cuidados e nas decisões a tomar, honram a
diversidade cultural e as relações familiares, reconhecem a importância dos serviços
comunitários, promovem uma aproximação individual e desenvolvimental, encorajam a
família, apoiam a criança e desenvolvem politicas, práticas e sistemas que são amigos
das famílias e centrados nelas em todos os aspectos (adapt. Nijhuis et. al, 2007).
Ferreira e Costa (2004), a participação dos pais nos cuidados, implica uma
relação de parceria entre estes e a equipa que cuida da criança, não devendo de existir
fronteiras bem definidas nem compartimentalização de funções, mas devem ser

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

desenvolvidas acções complementares que têm como fim último o máximo bem-estar da
criança.
Para trabalhar com a família é necessário que os enfermeiros desenvolvam
competências de comunicação, de ensino e de trabalho em grupo.
A participação dos pais nos cuidados à criança faz com que estes não sejam
apenas visitantes nem técnicos, mas sim parceiros/companheiros no cuidar, perspectiva
esta que permite um crescimento físico, emocional e social quer da criança quer da
própria família (Ferreira e Costa, 2004).
Os enfermeiros prestam cuidados à família para que a criança tenha as suas
necessidades satisfeitas, e assim os enfermeiros são responsáveis pelo ensino e
supervisão desses mesmos cuidados até que os pais se sintam competentes para os fazer
(Ferreira e Costa, 2004). Assim sendo, e segundo estes mesmos autores, a acção de
enfermagem é educação contínua, discussão e reflexão e comunicação permanente em
cada situação.
De acordo com Ferreira e Costa (2004), ao procurar envolver a família nos
cuidados quer familiares quer de enfermagem, os enfermeiros estão contribuir para a
emergência de sentimentos de segurança, autonomia e responsabilidade pelos cuidados
e bem-estar da criança, no momento e, posteriormente, em casa. Estes requisitos são
essenciais e imprescindíveis para garantir a continuidade domiciliária de cuidados
eficazes.
As intervenções de enfermagem devem assegurar que as famílias estão a receber
os cuidados dos serviços de saúde que necessitam para cuidar da sua criança doente.
Para que tal se verifique é essencial uma avaliação das necessidades da família, um
plano de intervenção, a implementação, ligação e coordenação de recursos,
monitorização e avaliação da intervenção (Teixeira, 2006).
Em conjunto com as famílias devem ser identificadas as rotinas diárias que
foram alteradas e, desta forma, o enfermeiro irá ajudar a família a reconhecer a sua
flexibilidade ou capacidade de organização, promovendo, assim, a saúde, uma vez que a
família descobre ou reconhece a sua resiliência e força (Teixeira, 2006).
Tendo como principio que uma doença num membro da família atinge toda a
unidade familiar, os enfermeiros podem ajudar a que a família se aperceba de que modo
cada membro é afectado pela situação e conversar sobre o modo como pode ser ajudado
(Teixeira, 2006). Ou seja, ao conhecer a família e a criança, os enfermeiros podem

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

colaborar com as famílias de crianças doentes, no sentido de as ajudar a atingir marcos


importantes do seu desenvolvimento.
Wright e Leahey (1994, cit. por Pedroso e Bousso, 2003) enfatizam que as
enfermeiras, devido à sua disponibilidade e acessibilidade e à variedade de contextos
nos quais encontram os pacientes, têm uma oportunidade imensa de aliviar o intenso
stress familiar e ansiedade associados à tragédia do evento ou da doença em si.
É necessário estar alerta pois o facto de se permitir que a família esteja junto da
criança tal não significa que se esteja a cuidar da família. De acordo com Pedroso e
Bousso (2003), exercer, na prática de enfermagem, uma abordagem que contemple a
família como parte do foco de cuidado, exige da equipa a mudança da perspectiva do
cuidado.
Desenvolver um cuidar em pediatria significa envolver não só a criança nesse
cuidar como também a pessoa significativa para ela, voltando-se para a totalidade de
ambas, ou seja, um cuidar que considera a criança e a família como um cliente
(Barbosa e Rodrigues, 2004).
De acordo com Pedroso e Bousso (2003), é necessário trabalhar com a equipa no
sentido de a sensibilizar para a família, para que possa não só considerar a família como
contexto do cuidado à criança. Preparar a equipa para interagir com esta família,
identificando suas necessidades e questões, é dar a oportunidade para que o profissional
amplie a sua perspectiva de cuidar.

1.3. O MODELO DE PARCERIA DE CUIDADOS DE ANNE CASEY

Em 1988, Anne Casey elaborou o modelo de parceria nos cuidados para


utilização no âmbito da prestação de cuidados pediátricos (Ferreira e Costa, 2004). Este
modelo assume os pais como parceiros da equipa de enfermagem no processo de
cuidados que a criança necessita.
É reconhecido que a qualidade dos cuidados prestados à criança, passa pela
protecção do vínculo com alguém que é (…) significativo para a criança (Gomes, 1997,
cit. por Ferreira e Costa, 2004).
Para Casey (1993, cit. por Ferreira e Costa, 2004), os cuidados centrados na
família, prestados em parceria com esta, são a filosofia de enfermagem pediátrica da
década de noventa. As crenças e valores que sustentam essa filosofia incluem o
reconhecimento de que os pais são os melhores prestadores de cuidados à criança.

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

Este modelo implica a existência de uma profunda relação enfermeira/família a


qual é facilitada pela metodologia de trabalho por enfermeira responsável, com partilha
de competências entre a família e a enfermeira (Ferreira e Costa, 2004). Anne Casey
defende que numa primeira fase é importante que os enfermeiros desenvolvam
capacidades que lhes permitam trabalhar em parceria com a família (Mano, 2002).
O modelo de parceria de Casey defende para preservar o crescimento e
desenvolvimento da criança, os cuidados a esta devem ser em forma de protecção,
estimulo e amor (Casey, 1993, cit. por Ferreira e Costa, 2004) e nesta perspectiva
ninguém melhor que os pais para os desenvolverem (Ferreira e Costa, 2004).
O modelo de parceria, constitui então, uma filosofia de cuidados de enfermagem
que reconhece e valoriza a importância da família para o bem-estar presente e futuro
da criança (Ferreira e Costa, 2004).
O modelo de parceria de Anne Casey engloba cinco conceitos principais, sendo
eles: criança, saúde, ambiente, família e enfermeiro pediátrico (Monteiro, 2003), e
defende a ideia de que a família é capaz e está desejosa por prestar os cuidados à
criança, sendo o papel do enfermeiro de supervisão, intervindo sempre que os cuidados
sejam mais especializados (Amaral, 2009).
Desde o nascimento que as necessidades de uma criança se encontram
dependentes de outras pessoas, sendo que a maioria dessas necessidades é satisfeita
pelos pais ou outros familiares. A criança, à medida que cresce, desenvolve capacidades
e adquire aprendizagens que a tornam capaz de dar resposta às suas próprias
necessidades. Este percurso de aprendizagem, proporciona-lhe tornar-se gradualmente
menos dependente dos seus prestadores de cuidados até atingir a independência total.
Esta etapa termina com a capacidade de autocuidar-se, o que vai acontecer quando
atingir a maturidade (Monteiro, 2003).
Casey define saúde como o estado óptimo de bem-estar físico e mental que
deveria estar presente a todo o tempo, permitindo que a criança atinja o seu potencial
máximo, sendo que qualquer alteração não identificada e corrigida pode pôr em causa o
desenvolvimento físico, psicológico, intelectual, social e espiritual (Monteiro, 2003).
O ambiente constitui o conjunto de estímulos que podem afectar o
desenvolvimento da criança (Monteiro, 2003). O desenvolvimento de uma criança pode
ser afectado por estímulos externos, assim estes estímulos devem ser imbuídos de amor
e cuidados para que a criança se possa sentir segura e confiante (Monteiro, 2003).

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

O conceito de família, no modelo de Casey é definido como uma unidade de


indivíduos com maior responsabilidade pela prestação de cuidados à criança e que
exerce uma influência forte no seu desenvolvimento (Monteiro, 2003). Embora o
modelo considerar que pertence aos pais a maior responsabilidade pela prestação de
cuidados, o modelo de parceria não põe de parte o envolvimento e influência de outros.
Estes cuidados prestados pelos pais e outros familiares, são denominados “cuidados
familiares” e incluem os cuidados que provêm às necessidades do dia-a-dia das crianças
(Monteiro, 2003).
Casey (1993 cit. por Almeida, 2001) define que o papel dos enfermeiros
pediátricos contém uma série de responsabilidades que terão de assumir, de forma
eficaz como profissional de cuidados de saúde. O papel dos enfermeiros baseia-se em
acções que ele próprio desenvolve que são: actividades de cuidados de
enfermagem/familiares; ensino e orientação de técnicas e conhecimentos aos membros
da família; encaminhamento para outros profissionais.
De acordo com o modelo de parceria, o enfermeiro deveria prestar apenas
cuidados de enfermagem ou cuidados especializados, quando tal se justifique,
incentivando os pais a prestar cuidados familiares, de suporte às necessidades básicas da
criança. Só deveria imiscuir-se se a família não tiver as capacidades ou conhecimentos
necessários para garantir a eficácia desses mesmos cuidados (adapt. Farrel, 1992).
Casey, faz a distinção entre cuidados familiares e cuidados de enfermagem,
contudo propões uma abordagem de cuidados flexível. Assim, no cuidado à criança e
em função das circunstâncias familiares, haverá ocasiões em que o enfermeiro
desempenha actividades de cuidados familiares e outras em que os pais tomam a seu
cargo algumas actividades de cuidados de enfermagem (Ferreira e Costa, 2004).
Os intitulados cuidados familiares, providenciados pelos pais, auxiliam a criança
a satisfazer as suas necessidades básicas (higiene, alimentação, conforto, amor) e os
enfermeiros prestam os denominados cuidados de enfermagem, que envolvem alguma
diferenciação, com vista à satisfação de outras necessidades da criança, agora prementes
em virtude do seu quadro fisiopatológico. A parceria de cuidados em contexto
pediátrico assenta nos pressupostos de que os cuidados familiares, também podem ser
prestados pelos enfermeiros e os cuidados de enfermagem podem ser executados pelos
pais (Sousa, 2007).
Nesta perspectiva podemos dizer que o enfermeiro em pediatria tem a função de:
orientar os cuidados da família e cuidados de enfermagem com o objectivo de satisfazer

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

as necessidades da criança para que a mesma atinja o seu potencial máximo; auxiliar a
criança e a sua família, ajudando-os a cooperar; capacitar a família de conhecimentos e
habilidades para ajudar a criança e a família e não necessitar dos cuidados da equipa de
saúde; referenciar a criança e a família para outros técnicos quando for necessário.
O modelo de enfermagem de parceria de cuidados pode ser apresentado da
seguinte forma esquemática:

Cuidados Familiares Os Pais


Providenciam os cuidados
Podem ser prestados pelo
familiares para ajudar a
enfermeiro quandoa familia
criança a satisfazer as suas
A Criança está ausente ou incapaz
necessidades
pode necessitar de ajuda para
satisfazer as necessidades de
crescimento e desenvolvimento O Enfermeiro
Cuidados de Enfermagem
Providencia cuidados extra
Podem ser prestados pelos
relacionados com
pais com apoio e ensino
necessidades

Figura 1- Modelo de Enfermagem de Parceria de Cuidados

De acordo com o Modelo de Casey, os enfermeiros só deverão prestar cuidados


especializados quando a criança e a família não têm vontade, capacidade e
conhecimentos necessários para garantir que sejam prestados os melhores cuidados de
saúde, bem como deverão prestar os cuidados familiares, no caso de ausência dos pais
ou incapacidade destes, tentando manter as rotinas de conforto e carinho habituais no
domicílio. Nesta perspectiva é esperado que o enfermeiro seja capaz de se afastar de
rotinas pré-estabelecidas do serviço, personalizando e adequando os cuidados às
necessidades da criança (Monteiro, 2003).
Para Casey (1993, cit. por Monteiro, 2003), os cuidados prestados pelos
enfermeiros devem incluir a reavaliação da capacidade dos pais no envolvimento dos
cuidados e a negociação da responsabilidade nos cuidados sempre que necessário.
Segundo Sousa (2007), se os pais se mostrarem presentes e com vontade de
participar nos cuidados, o enfermeiro deverá dar inicio a um processo de negociação,

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

proporcionando ensino e apoio contínuo, para que a participação nos cuidados seja
fundamentada em decisões informadas.
Embora reconheça que os cuidados de enfermagem são únicos, o modelo de
parceria preconiza que poderá haver necessidade de recorrer a outros profissionais, de
modo a obter a reabilitação e recuperação da saúde da criança, com envolvimento dos
pais (Monteiro, 2003). Assim, segundo o mesmo autor, o enfermeiro adquire um papel
importante no encaminhamento para outros profissionais capazes de responder às
necessidades que identificou numa perspectiva holística da criança.
De acordo com Casey (1993, cit. por Almeida, 2001), não existe qualquer limite
à participação dos pais nos cuidados, sendo que a definição dos limites surge da
conjugação da avaliação inicial com a negociação estabelecida entre pais e enfermeiros.
Contudo, não é o nível de prestação de cuidados que determina uma maior ou menor
parceria, mas sim o respeito e reconhecimento, por parte da equipa de enfermagem, do
estatuto dos pais munidos de conhecimento, de parceiros de equipa terapêutica.
Desta forma, o enfermeiro apresenta-se como o profissional que se encontra
mais próximo para agir como promotor do processo de envolvimento dos pais no
cuidado ao seu filho.
Hook (2006, cit. por Gomes, 2007), defende que podem ser descritos oito
atributos de parceria, sendo eles: partilha na tomada de decisão, relacionamento,
competência profissional, partilha de conhecimento, autonomia, comunicação,
participação e partilha de poder.
De acordo com Farrel (1992), um dos objectivos do modelo é permitir que a
criança e membros da família satisfaçam as necessidades de cuidados de saúde com
uma intervenção mínima dos profissionais dos cuidados de saúde. Para tal, é necessário
que os profissionais iniciem um processo de ensino em que partilhem conhecimentos,
ensinem as técnicas apropriadas aos membros da família, de modo a que estes possam
satisfazer eficazmente as necessidades da criança. Assim, este modelo tem como
objectivo estabelecer relações de igualdade entre os profissionais de prestação de
cuidados e os pais, no sentido de satisfazer as reais necessidades da criança.
Segundo Almeida (2001), a utilização do processo de enfermagem é decisivo
para a adopção do modelo de parceria, visto que ao analisar as áreas fulcrais sobre as
quais incide a apreciação inicial, o planeamento, a implementação e avaliação de
cuidados prestados conclui-se que através da aplicação do processo de enfermagem é
também aplicado o modelo de parceria proposto por Casey.

18
Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

Assim sendo, na apreciação inicial torna-se necessário realizar uma colheita de


dados completa acerca da criança, nomeadamente a idade, experiências hospitalares
prévias e conhecimento sobre a doença e o internamento.
Uma vez que a família constitui um essencial apoio para a criança doente, torna-
se indispensável conhecer a estrutura familiar, compreender a forma como esta está a
encarar o internamento, bem como conhecer qual o desejo da família em termos de
envolvimento nos cuidados à criança.
Ter conhecimento das rotinas da criança e da família, das alterações introduzidas
pela doença e saber quem faz o quê, são mais alguns dados relevantes que devem ser
recolhidos aquando da avaliação inicial (Almeida, 2001).
Segundo Sousa (2007), focalizados nas dimensões de vida e nos seus eventos, os
dados encontrados, permitem aos enfermeiros: identificar as necessidades (focos de
atenção de enfermagem) da criança e dos seus pais; determinar os resultados esperados
e implementar as intervenções de enfermagem autónomas mais adequadas para dar
resposta às necessidades previamente identificadas.
Na fase de planeamento deve ser aplicado o processo de negociação, o qual deve
estabelecer quem é que vai prestar os cuidados familiares e de enfermagem, assim como
o nível de envolvimento dos pais nesses cuidados. É, ainda, nesta etapa que se
estabelecem os objectivos dos cuidados de enfermagem e os planos para ensinos e apoio
aos pais.
Na implementação é fornecido apoio contínuo e assistência na prestação de
cuidados à criança e à família, são executados os cuidados à criança/ família, assim
como são executados os programas de ensino planeados.
Por fim, na fase da avaliação são identificados e registados os resultados das
intervenções e mudanças de planos com a família, assim como são reavaliadas a criança
e a família, no sentido de perceber quais as suas novas necessidades.
Este processo cíclico, ao ser implementado na prática permite conhecer as
necessidades de cada criança e sua família, estabelecer intervenções personalizadas
destinadas a resolver os seus problemas específicos, implementar as intervenções e, por
fim avaliar os resultados obtidos. Esses resultados obtidos podem levar a novos dados
que necessitam de ser incorporados no plano de cuidados da família de modo a que as
novas necessidades sejam atendidas conduzindo, assim, a um cuidado de enfermagem
cada vez mais centrado nas necessidades da criança e sua família.

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

1.4. PARCERIA NOS CUIDADOS: IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM

Tradicionalmente, a assistência à criança hospitalizada não incluía a


permanência dos pais e as propostas mais recentes de fazê-los participantes implica um
novo modo de pensar e organizar o trabalho (Lima et. al, 1999).
A permanência dos pais junto da criança provocou a estruturação de uma nova
dinâmica (Lima et. al, 1999). O facto de os pais acompanharem a criança hospitalizada
e participarem na prestação de cuidados proporciona aos profissionais de enfermagem
pediátrica condições para auxiliar a família a compreender a doença, medidas
implementadas para o seu controle e a própria hospitalização.
É reconhecida a importância do trabalho de orientação e apoio aos familiares de
pessoas internadas, ajudando-os a encontrar alternativas para a utilização mais produtiva
de seus mecanismos de coping. Se desejamos que o acompanhante seja capaz de
participar na assistência e oferecer suporte emocional e conforto psicológico para ajudar
na recuperação da pessoa doente, ele deve estar em condições de o fazer, o que
pressupõe sua própria segurança e estabilidade. Se não existir uma equipa que os ajude
neste período, eles podem não ser capazes de dar a assistência que a criança necessita ou
de assimilarem as orientações dos profissionais sobre os cuidados com a criança no
hospital e em casa (Andraus et. al, 2004).
De acordo com Nascimento e Martins (2000, cit. por Andraus et. al, 2004), a
maioria das acções dirigidas à família do paciente ainda se restringem a atender
questionamentos sobre rotinas administrativas e sobre as condições do paciente, com
nenhuma preocupação sobre as condições emocionais em que este familiar se encontra.
Esta atitude deve-se, entre outros motivos, ao facto de existir um conhecimento limitado
dos profissionais no que se refere às necessidades da família, do indivíduo hospitalizado
e à importância que a família tem na sua recuperação.
Trabalhar com a criança e a sua família requer tempo, disponibilidade e
preparação da equipa de enfermagem (Issi et. al, 2007).
É inquestionável que a hospitalização traz para a família algumas repercussões, e
cabe aos profissionais de saúde envolvidos nos cuidados à criança hospitalizada
compreender a vivência da família nos diversos contextos e propor intervenções que
auxiliem os familiares a lidar com as necessidades advindas da hospitalização infantil
(Pinto et. al, 2005).

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

Quando a família permanece com a criança, as acções de enfermagem junto à


ela são a observação, para identificar necessidades e detectar problemas, e a
orientação aos pais para estimulá-los na participação mais efectiva nos cuidados ao
filho hospitalizado (Guareshchi e Martins, 1997).
É indiscutível a necessidade de um envolvimento dos pais no cuidar das crianças
doentes ou saudáveis e, para que tal se verifique, o enfermeiro pediátrico adquire várias
responsabilidades e funções, nomeadamente, prestação de cuidados, apoio, ensino e
encaminhamento da criança e da família.
As famílias não querem mais sujeitar-se ao modelo paternalista e autoritário de
décadas anteriores, anseiam, agora, por trabalhar em colaboração com os
profissionais que compreendem como eles vêem a situação (Faux e Knafl, 1996, cit. por
Teixeira, 2006).
Para Gomes (1999, cit. por Pedroso e Bousso, 2004), implementar uma prática
que inclua a família no contexto exige do profissional em sentido apurado que consiga
detectar a experiencia da família, desfazendo-se da imagem de que o cuidado deve ser
realizado com os indivíduos e não com o grupo familiar.
Um dos aspectos essenciais a investir, para que a participação dos familiares seja
possível, é a comunicação como factor terapêutico que contribui para o envolvimento da
família e, consequentemente para a melhoria de qualidade dos cuidados ao
doente/família.
É necessária uma reflexão sobre como é integrada a família na prestação dos
cuidados. É prioritária uma valorização desta dentro do hospital e que a mesma seja
vista, pelos profissionais de saúde como um cliente. Na maioria das vezes, ela é
perspectivada como um intruso, alguém que está ali para atrapalhar, fiscalizar, reclamar,
impedindo que o profissional realize o seu trabalho (Barbosa e Rodrigues, 2004).
Desta forma, ao percebermos que, no quotidiano profissional, a equipa de
enfermagem ainda está longe da família, torna-se imprescindível criar estratégias de
aproximação para que a enfermagem passe a deixar de atender apenas na perspectiva
individual para atender o colectivo, cuja família é parte integrante.
A evidência científica tem mostrado que a convivência no espaço hospitalar
entre familiares e profissionais de saúde tem sido um desafio, apesar dos profissionais
reconhecerem as dificuldades que a família enfrenta, assim como a importância da
presença dos pais na recuperação da criança e o direito de permanecerem ao lado do
filho.

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

A presença dos familiares no ambiente do cuidado exige dos membros da equipa


de enfermagem novas habilidades no que se refere ao estabelecimento de relações
interpessoais com os familiares das crianças.
A inserção da família no ambiente hospitalar trouxe novas demandas e a
abordagem do cuidado antes centrada na doença, passou a ser na criança e em sua
família (Sabatés e Borba, 2005). Assim sendo, esta mudança contribui para que os
enfermeiros percebessem que os pais têm as suas próprias necessidades, que devem ser
preparados para participar nos cuidados ao filho durante a hospitalização, assim como
devem ser informados sobre o estado de saúde da criança. Fornecer informações aos
pais a respeito das condições do filho hospitalizado é uma acção que deve ser
incorporada na prática do quotidiano da enfermagem. (Sabatés e Borba, 2005).
Coyne (1995, cit. por Lima et. al, 1999), na sua ampla revisão da literatura
demonstra que a participação dos pais é uma questão complexa que tem sido tratada de
forma fragmentada não reconhecendo a natureza da relação entre pais e enfermeiros
como uma parceria integrada.
Segundo Ferreira e Costa (2004), a implementação do Modelo de Parceria de
Cuidados de Casey obriga a algumas mudanças de atitude por parte dos profissionais de
enfermagem, das políticas da instituição e das próprias unidades de saúde.
Para Jorge (2004), é fundamental que toda a equipa de saúde acredite que é
importante a contribuição dos pais no tratamento da criança. O enfermeiro deve, assim,
possuir conhecimentos necessários, capacidade de ensino eficaz e atitudes apropriadas
para comunicar as informações necessárias. É essencial dar aos pais um tempo
considerável para que se sintam aptos a colaborar com a equipa de saúde, sendo esta
comunicação estimulada e não forçada.
Envolver a família nos cuidados à criança é benéfico para ambos, mas depende,
essencialmente, de uma boa comunicação, apoio e compreensão por parte do pessoal de
enfermagem (Almeida, 2001). Segundo esta mesma autora, os enfermeiros, em
pediatria, devem ajudar a família falando com eles acerca das mudanças que podem
surgir com o aparecimento da doença e dar resposta às mesmas de modo a minimizar o
mais possível situações de stress.
A implementação do Modelo de Parceria implica que os enfermeiros adquiram
habilidades no âmbito da negociação dos cuidados.
Segundo Almeida (2001), a maioria dos pais enfrentam com sucesso e ficam
agradecidos pela oportunidade de cuidarem dos seus filhos, e tanto eles como os

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

enfermeiros acreditam que as crianças beneficiam com o seu envolvimento activo.


Contudo, segundo a mesma autora, para que haja um envolvimento efectivo e para que a
parceria no cuidar se torne num ideal no contexto dos cuidados de saúde torna-se
necessário que se desenrole um processo de negociação nestes cuidados centrados na
família, envolvendo uma relação aberta entre enfermeira, pais e criança, e onde a
comunicação esteja naturalmente implícita a este conceito.
De acordo com Knight (1995, cit. por Almeida, 2001), a negociação implica
uma discussão resultando num acordo mútuo, sem imposição de expectativas erróneas
de enfermeira pediátrica, onde ela deve estar disposta a partilhar o conhecimento, a
ouvir as preocupações, as necessidades e os concelhos da família de forma a integrar
uma filosofia negociada em parceria. Ou seja, é da responsabilidade dos enfermeiros
conhecer as necessidades e desejos dos pais e assegurar que o não envolvimento não é
razão para uma falta de ajuda nos cuidados ou uma falta de compreensão desta
aproximação.
A prática do Modelo de Parceria de Casey implica por parte dos enfermeiros
uma mudança de atitudes, comportamentos e valores, uma aceitação e compreensão das
capacidades dos outros, uma vontade de partilhar conhecimentos e um grande
entendimento e comunicar com os pais da criança, de maneira a fornecer a ajuda
adequada a cada caso.
Os pais devem olhar os pais como elementos activos e participantes na equipa de
saúde, aproveitando o seu conhecimento da criança doente e a vontade que estes têm de
ajudar na sua recuperação.
A adopção do Modelo de Parceria pelos enfermeiros que desenvolvem o seu
trabalho em unidades pediátricas necessita de uma grande empatia, apoio e boa
comunicação o que a ser conseguido resulta num benefício que envolve todos os
membros da equipa de saúde, na qual se incluem os pais como preponderantes
prestadores de cuidados.

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

CONCLUSÃO

O desenvolvimento deste trabalho, bem como todo o Ensino Clínico de Saúde


Infantil e Juvenil permitiu-me aprofundar os conhecimentos sobre os cuidados de
enfermagem prestados bem como reflectir sobre os mesmos.
A elaboração deste trabalho permitiu-me uma consciencialização da
problemática da participação dos pais no processo de cuidados em pediatria. A revisão
da literatura evidenciou a necessidade de uma prestação de cuidados centrados na
família e uma parceria com esta na prestação de cuidados de enfermagem.
Em enfermagem pediátrica, a relação que se estabelece entre o enfermeiro e a
criança doente não chega para satisfazer as necessidades desta, uma vez que ela se
encontra inserida numa família que também necessita de cuidados para poder continuar
a exercer o seu papel.
O Modelo de Parceria de Casey tem por base o princípio de que os cuidados
centrados na família, com a família e pela família são o tipo de cuidados ideais a serem
prestados à criança.
Na prática, a adopção deste modelo, pressupões o desenvolvimento de várias
capacidades dos enfermeiros, nomeadamente a nível de comunicação, identificação de
necessidades, partilha de informação, capacidade de negociação, entre outros. A sua
aplicação deve ser um processo cíclico, para que sejam satisfeitas todas as necessidades
da família e, desta forma, acompanhar a evolução desta na hospitalização.
Com a elaboração do trabalho, penso que de uma forma geral, foi possível
atingir os objectivos preestabelecidos para a sua realização, uma vez que foi possível
identificar as implicações na prestação de cuidados em parceria através da adopção do
Modelo de Cuidados em Parceria de Casey.
Para o cumprimento destes objectivos, foi realizada, numa fase inicial, uma
vasta pesquisa bibliográfica e sitiográfica sobre a temática, que se revelou bastante
numerosa, havendo bastantes artigos publicados sobre esta problemática. Tal facto
evidencia a importância do tema e, mais importante, suscita uma reflexão sobre os
cuidados prestados no quotidiano.

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Parceria dos Cuidados de Enfermagem em Pediatria

Urge, então, um cuidar mais focalizado não só na criança mas na família que a
constitui. O acompanhamento dos pais durante a hospitalização da criança é um factor
de estabilidade emocional para ambos e constitui uma ajuda preciosa para a
enfermagem, pela qualidade da informação que nos oferecem acerca do seu filho e pelo
objectivo comum de responderem às necessidades da criança, tendo necessariamente de
ser constituídos alvos da nossa atenção.
A realização deste trabalho teve uma dificuldade, principal, que se prende com a
questão do tempo que se mostrou escasso, dada a quantidade de afazeres decorrentes em
simultâneo, o que tornou difícil uma análise mais detalhada e pormenorizada do tema.
O desenvolvimento de todo este trabalho revelou-se um importante contributo
para uma melhor e maior aquisição de conhecimentos, extremamente relevantes à
prática de Enfermagem, criando uma outra sensibilidade e uma outra forma de ver e
analisar a situação, especialmente, num contexto que exige tanto do enfermeiro. A
hospitalização/doença exerce modificações quer na criança quer nos seus pais que com
ela partilham esta experiência, tornando-se um desafio ao cuidar, no sentido de estar
atento e responder adequada e prontamente às necessidades de pais e filhos em
simultâneo.

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