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1. INTRODUÇÃO
A evolução no tratamento de informações não aconteceu somente na área de
comunicação, equipamentos para processamento e armazenamento de
informações também foram alvos de grandes invenções ao longo do nosso
desenvolvimento. A introdução de sistemas de computadores na década de 1950
foi, provavelmente, o maior avanço do século. A transmissão de informação
através de sistemas de comunicação pressupõe a passagem de sinais através
de meios físicos de comunicação que compõem as redes. As propriedades físicas
de meios físicos de transmissão e as características dos sinais transmitidos
apresentam uma série de questões tecnológicas que influenciam na construção e
no projeto de redes de computadores[11].
Os dados que atravessam a atual rede mundial têm de superar o desafio de
percorrer uma ampla gama de tecnologias de comunicação modernas. Cada
pacote é transportado, transmitido, copiado e mutilado tão freqüentemente
durante sua breve vida que, às vezes, é impressionante o fato de ele realmente
atingir seu destino. Mesmo assim, apesar de sua complexidade, as redes atuais
são robustas e confiáveis. Isso é uma evidência do rápido avanço no
desenvolvimento do hardware para comunicações, mas, talvez quase na mesma
proporção, do sucesso da adoção de uma abordagem de consenso em relação a
aspectos de projeto por parte dos desenvolvedores[15].
A heterogeneidade de transporte hoje é grande e beneficia o desenvolvimento de
novos paradigmas para Aplicações Distribuídas. O presente artigo tem com
objetivo fazer uma avaliação nas definições da arquitetura MPLS, o que significa,
suas vantagens e desvantagens e qual a sua finalidade.
2. MPLS
É muito fácil esquecer que mesmo as tarefas mais simples se tornam
complicadas pela necessidade de reduzir toda a comunicação a um único sinal
trafegando por um fio de cobre ou algum outro meio de transmissão[15].
Comunicação indica a transferência de informação entre um transmissor e um
receptor. A comunicação é feita por meio de comandos de programas que são
codificados e transmitidos por sinais elétricos. O protocolo de comunicação é um
programa de computador que, por meio de um conjunto de regras pré-
programadas, permite a transferência de dados entre dois pontos, controlando o
envio e recepção, checando a existência de erros na transmissão, confirmando o
recebimento, fazendo o controle de fluxo de dados, endereçando as mensagens
enviadas e controlando outros aspectos de uma transmissão[12].
O MPLS é uma arquitetura de encaminhamento de pacotes IP, baseadas em
etiquetas, em padronização pelo Internet Engineering Task Force (IETF), que se
mostra como uma tecnologia emergente a ser empregada nos ISP, como uma
alternativa de suporte a qualidade de serviço (QoS), engenharia de tráfego e
redes virtuais privadas (VPN)[6].
Como em todas as estruturas de encaminhamento de pacotes na camada de
rede, a arquitetura MPLS é dividida em dois componentes básicos: componente
de controle e componente de encaminhamento. Componente de
Encaminhamento é responsável pelo efetivo encaminhamento dos pacotes de
uma dada entrada para uma dada saída de um roteador ou switch. Para enviar os
pacotes o componente de encaminhamento utiliza duas fontes de informação:
uma tabela de encaminhamento, mantida pelo componente de controle, e a
informação contida na etiqueta. Componente de controle é responsável pela
construção e manutenção da tabela de encaminhamento. O componente de
controle tem como função (a) distribuir informações de roteamento entre os
LSR(Label Switch Router) que compõe um domínio MPLS e (b) os procedimentos
(algoritmos) que estes roteadores utilizam para converter estas informações em
tabelas de encaminhamento que são utilizadas pelo componente de
encaminhamento[5].
O MPLS pode ser considerado uma tecnologia de comunicação com a finalidade
de usar mais inteligentemente o roteamento dinâmico. O MPLS proporciona
melhor performance e capacidade de criação de serviços para a rede. Pode ser
utilizado para facilitar a integração de IP com ATM, pois é possível trabalhar com
os roteadores MPLS em conjunto com os switches ATM com devida atualização,
sem a necessidade de se definir vários circuitos virtuais para uma sub-rede
ATM. A tecnologia MPLS pode ser usada sob qualquer protocolo de rede.
3. CARACTERÍSTICAS DO MPLS
A arquitetura MPLS desponta como um emergente padrão em normatização pelo
IETF. Entre as suas características mais notáveis podemos citar[5]:
• A agilidade no encaminhamento de pacotes proporcionada pela inspeção
de etiquetas no denominado roteamento explícito, onde os pacotes são
analisados somente na borda de um domínio MPLS;
• Implementação de orientação à conexão em redes IP, o que propicia a
Engenharia de Tráfego;
• Suporte otimizado às arquiteturas de IP QoS como o IntServ (Serviços
Integrados) e DiffServ (Serviço Diferenciado);
• Independência da tecnologia de camada de ligação de rede e protocolos
da camada de rede, propiciando a integração e interoperabilidade em
ambientes heterogêneos;
• Simplificação na interoperabilidade de redes IP não ATM e redes IP ATM,
possibilitando o mapeamento de requisitos IP QoS em rede IP sobre ATM,
pois tanto em redes não ATM como em redes ATM o MPLS pode atuar
como arquitetura única de encaminhamento de pacotes;
• Suporte à implementação de VPN em ambientes de grande escala, com
simplificação de gerenciamento, incremento de desempenho e suporte a IP
QoS.
A característica mais atrativa do MPLS é permitir uma implementação de
roteamento baseado em restrições (CR). CR é um pilar para muitas funções de
engenharia de tráfego visando introduzir qualidade de serviços nas redes IP.
MPLS já é disponibilizado pelos principais fabricantes em roteadores e
comutadores de alto desempenho[3].
Uma das características marcantes do MPLS é a desassociação de transmissão
do roteamento e a transmissão de Label Switching(arquitetura de suporte) ao
encaminhamento de pacotes. O MPLS assegura escalabilidade e segurança e
amplia o escopo de serviços agregados, garante maior privacidade e integridade
dos dados, características que o uso do MPLS pode agregar à rede, resultando
em uma maior variedade de serviços.
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] GRAWAL, Shishir. IP Switching. Disponível em: http://www.cis.ohio-state.edu/~jan/cis788-
97/ip_switching/. Acesso em 16 de set. 2002
[2] AROCA, Rafael V. Estudo sobre Qualidade de Serviço em Redes IP. Associação das
Escolas Reunidas – ASSER, setembro de 2001. Disponível em:
<http://www.geocities.com/rafaelaroca/qos/paper/ic.html> Acesso em 16 de set. 2002.
[3] BADAN, T. A. C., Prado, R. C. M., Zagari, E. N. F., Cardozo, E. e Magalhães, M., Uma
Implementação do MPLS para Redes Linux DCA - FEEC - UNICAMP, 19° Simpósio Brasileiro
de Redes de Computadores. Florianópolis, Santa Catarina, maio de 2001.
[4] CEREDA, Ronaldo L. D. ATM: o futuro das redes. São Paulo-SP: Makron Books, 1997.
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Publishers. 2000.
[6] DIAS, Alexandre R. Análise da Arquitetura MPLS como Infra-Estrutura para Suporte aos
Serviços Diferenciados. UFSC. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Departamento
de Informática e Estatística (INE), Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina,
Gerência de Tecnologia de Informações (GTI), setembro de 2000.
[7] DIAS, Alexandre R. Tutorial MPLS – Uma Arquitetura para suporte a QoS em Redes IP.
UFSC. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Departamento de Informática e
Estatística (INE), Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina, Gerência de
Tecnologia de Informações (GTI), setembro de 2000.
[8] PINHEIRO, Ana J. F., Figueiredo, G., B., MICHELI, M. P., CARDOSO, C., G. Um Estudo do
MPLS e sua Importância para o REMA. Projeto REMAv Salvador. Salvador-Bahia: abril de
2000.
[9] ROBERTS, Jim. Tutorials Traffic Theory and Internet Traffic Engineering. Disponível em:
<http://www.anatel.gov.br/index.asp?link=itc17/technicalprogramme.htm> Acesso em 16 de set.
2002.
[10]. ROSEN, Eric C.; VISWANATHAN, Arun; CALLON, Ross. Multiprotocol Label Switching
Architecture. IETF Internet draft, work in progress. Agosto 1999.
[11] SOARES, Luiz F. G., Lemos, G., Colcher, S. Redes de Computadores: das LANs, MANs e
WANs às redes ATM. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
[12] SOUSA, Lindeberg B. de. Redes de Computadores: Dados, Voz e Imagem. São Paulo:
Érica, 1999.
[13] SIMON, Errol. Distribuited Information System: from client/server to distributed
multimedia. England: McGraw-Hill Publishing Company, 1996.
[14] TANENBAUM, Andrew S. Redes de Computadores. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
[15] ZACKER, Craig; DOYLE, Paul. Redes de Computadores: Configuração, Manutenção e
Expansão. São Paulo-SP: Makron Books, 2000.