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E-book: BARROS, D.M.V. et al. (2011) Educação e tecnologías: reflexão, inovação e práticas. Lisboa: [s.n.

ISBN: 978-989-20-2329-8

NOVAS PERSPECTIVAS PARA UM AMBIENTE VIRTUAL DE


APRENDIZAGEM: o docente como protagonista do processo
Juliana Souza Nunes
Cursos DM & JN
julisnunes@gmail.com

Resumo: Os ambientes virtuais de aprendizagem têm como tendência novas


percepções e formatos dentro do virtual. Estão deixando de ser estruturas
super complexas e estão acoplando a sua estrutura possibilidades de realidade
virtual. Essa nova vertente de ambientes de aprendizagem pode ser uma
tendência sob análise e estudos nos próximos debates nesta área. O presente
trabalho tem por problema de pesquisa as novas tendências dos ambientes
virtuais de aprendizagem e por objetivo analisá-las sob uma perspectiva
pedagógica. A metodologia do estudo realizado está sob a abordagem
qualitativa e teve como pesquisa de campo o desenvolvimento de um curso a
distância. Os resultados destacam uma nova concepção de ambiente virtual de
aprendizagem voltada a simplicidade. As conclusões reforçam que a docência
a distância realizada mediante o uso de um ambiente virtual de aprendizagem
requer dois elementos primordiais para garantir a qualidade da aprendizagem:
a simplicidade das ferramentas utilizadas e a transposição do conteúdo a ser
desenvolvido sob as diretrizes que compõem o paradigma do virtual.

Palavras chave: ambiente virtual de aprendizagem, educação a distância,


paradigma do virtual, pedagogia e didática.

Introdução

Os ambientes virtuais de aprendizagem se desenvolvem em inúmeras formas


de uso e comunicação. A tendência desses ambientes sempre foi de oferecer
interfaces e ferramentas que facilitem o processo de comunicação entre
docente e alunos. A partir disso, os atuais ambientes de aprendizagem
procuram desenvolver esse aspecto com base em referenciais educativos de
comunicação.

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Os profissionais da educação, em especial os docentes, fazem críticas sobre
esses ambientes principalmente no que diz respeito à sua facilidade de uso,
seu nível de usabilidade e suas interfaces para o processo de ensino e
aprendizagem dos alunos.

Na realidade, o problema central não está nas interfaces e formatos desses


ambientes,, mas na questão didático-pedagógca de uso das tecnologias para o
processo educativo.

Tendo esse contexto por assertiva e analisando as possibilidades das


tecnologias sob o olhar do paradigma do virtual, que contempla a forma e o
conteúdo das ferramentas e interfaces online, destacamos a problemática que
nos motivou no desenvolvimento da presente investigação, inicialmente
empírica, mas que toma um teor acadêmico relevante na medida em que os
resultados positivos foram aparecendo durante a pesquisa de campo.

Portanto, apresentaremos aqui fundamentos e resultados de um trabalho que


contempla a simplicidade dos recursos da tecnologia e as possibilidades
didáticas desse processo.

Nossa meta enquanto pesquisadoras foi demonstrar que a simplicidade de


alguns recursos e ferramentas da tecnologia se tornam o diferencial na
construção de um ambiente didático-pedagógico para o processo de ensino e
aprendizagem. Além disso, pudemos reforçar que o principal elemento para se
garantir o sucesso de cursos a distância, em ambientes virtuais, é exatamente
a metodologia e o formato didático-pedagógico desenvolvidos.

A seguir, estruturamos a apresentação da pesquisa com a metodologia


utilizada, o referencial teórico, os resultados, as análises e as considerações
finais sobre o tema. A contribuição do nosso trabalho está no destaque que
damos ao que significa trabalhar de forma didático-pedagógica com ambientes
virtuais de aprendizagem.

O principal elemento dessa proposta, já adiantamos, está na construção do


ambiente de aprendizagem sob o olhar docente para o ensinar e o aprender e
não na perspectiva técnica de recursos e interfaces para serem utilizados.
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Finalmente, apresentaremos o caminho e as análises do processo de


investigação.

Procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa

A presente pesquisa tem como problema a criação de um ambiente virtual de


aprendizagem a partir do uso de aplicativos e ferramentas de fácil acesso, que
possibilite uma proposta didático-pedagógica focada no processo de ensino e
aprendizagem em cursos a distância.

O objeto de pesquisa são ambientes virtuais de aprendizagem, a sua


construção didático-pedagógica tendo a simplicidade como elemento chave.
Os conceitos básicos da pesquisa são: ambiente virtual, processo de ensino e
aprendizagem e educação a distância.

Para tanto, o objetivo geral da pesquisa foi analisar a criação desse ambiente
virtual de aprendizagem e, além disso, teve como objetivos específicos:

• Identificar os elementos facilitados do ambiente construído com aplicativos


online e gratuitos.

• Destacar os principais elementos didático-pedagógicos do ambiente virtual de


aprendizagem.

• Destacar a característica da simplicidade para o uso de tecnologias na


educação como fator motivador do trabalho didático-pedagógico.

• Avaliar o trabalho desenvolvido em um ambiente virtual de aprendizagem


construído com as características ressaltadas num curso a distância.

A hipótese geral da pesquisa é que a simplicidade de ferramentas


disponibilizadas online gratuitamente facilitam o trabalho educativo na
elaboração de ambientes virtuais de aprendizagem personalizados de acordo
com a proposta didático-pedagógica do docente e do conteúdo a ser ensinado.

A metodologia utilizada foi a qualitativa e suas abordagens nas diferentes fases


da pesquisa desde a construção dos referenciais teóricos até a análise e

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reflexão da aplicação de campo. A pesquisa é considerada então como
qualitativa, pois a informação foi obtida através de instrumentos de pesquisa
com caráter interpretativo (Minayo, 2000).

O estudo exploratório teve por referências um levantamento teórico que inclui


diversas literaturas encontradas no Brasil e em países da União Europeia como
Espanha, Portugal e França.

A pesquisa de campo foi exploratória mediante a construção de um ambiente


virtual de aprendizagem para um curso a distância com a carga horária de 30
horas. O tema do curso foi sobre o processo de ensino e aprendizagem no
virtual, totalmente online, com a participação de 36 docentes de várias áreas
do conhecimento e níveis de ensino do Brasil.

Para análise dos dados utilizamos critérios de cientificidade para validar a


informação desde a perspectiva qualitativa que estabelece o valor da verdade
através da credibilidade, aplicabilidade, transferibilidade, consistência através
da dependência e da neutralidade mediante a confiabilidade (Minayo, 2000).

As delimitações e limitações da pesquisa encontram-se no seu desafio em


entender e facilitar ao processo de ensino e aprendizagem referenciais sobre o
uso de ambientes mediatizados pelo espaço virtual.

A dimensão da pesquisa está em destacar que existem inúmeras


possibilidades de ambientes virtuais de aprendizagem que podem ser
utilizados como espaços virtualizados personalizados na perspectiva didático-
pedagógica adotada.

O ambiente virtual de aprendizagem desenvolvido teve por princípio os


aspectos pedagógicos e didáticos sobre o tema do curso. A intenção foi
exatamente criar uma identidade para o curso mediante o uso criativo de um
aplicativo gratuito e de fácil acesso da web: a ferramenta utilizada foi um blog,
disponível em www.blogger.com.

Neste módulo, intitulado Aprender no Virtual, abordamos temas como a


aprendizagem no espaço virtual, o que significa o virtual para a educação e os
estilos de uso do virtual. Academicamente estruturado em duas partes: teórica
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e aplicação prática no contexto de ensino e aprendizagem. Desta forma, nele


também trabalhamos aplicações pedagógicas como a alfabetização com o
Word e o blog e seus aspectos didáticos.

As competências previstas para serem desenvolvidas foram a capacidade de


compreensão sobre como se aprende no virtual; capacidade de identificação
dos elementos necessários para se aprender no virtual; capacidade de
identificação da sua própria forma de aprender no virtual e a de seus alunos e
capacidade de uso de conteúdos do virtual de forma pedagógica.

A escolha deste curso, especialmente na interface de um blog, se deu pelo seu


fácil acesso, a ambiência de uso da maioria das pessoas, a gratuidade e as
possibilidades disponíveis para a construção personalizada de um ambiente
virtual de aprendizagem.

Dessa forma, serviu de modelo ao mesmo tempo em que foi sendo


experimentado para se pensar em suas diversas possibilidades de uso, não só
a distância, mas também em sala de aula, desde o Ensino Fundamental e em
todos as áreas.

A estrutura organizada teve por objetivo criar uma facilidade de usabilidade ao


estudante composta, ao mesmo tempo, pelos principais elementos para que a
aprendizagem pudesse ocorrer da melhor forma possível num curso a
distância.

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Figura 1 – Interface do ambiente de aprendizagem construído em um Blog.

A metodologia didático-pedagógica seguiu os seguintes princípios: material


elaborado a partir da perspectiva, autonomia e autoaprendizagem do aluno,
formas de comunicação síncronas e assíncronas, atividades de aplicação e de
transposição sobre o conteúdo estudado. Enfoque no aluno, ambiente
construtivista baseado na reflexão, diálogo e construção do conhecimento
através de fóruns e atividades sobre os conteúdos estudados.

A teoria sobre a aprendizagem utilizada foi a teoria dos estilos de


aprendizagem. Os fundamentos teóricos sobre o virtual baseiam-se nas
pesquisas realizadas pelas investigadoras e que contemplam diretrizes de
interatividade, linguagem e uso pedagógico do virtual a partir da perspectiva de
um novo paradigma para o trabalho educativo. Como complemento a este novo
olhar, nos fundamentamos na teoria dos estilos de aprendizagem para conduzir
e analisar a participação dos docentes no curso.

Com base nesses elementos e diretrizes metodológicas a pesquisa foi


desenvolvida e destacamos, a seguir, seus resultados e discussões.

Ambiente Virtual de Aprendizagem


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Os ambientes virtuais de aprendizagem têm como objetivo central facilitar as


atividades didático-pedagógicas para o processo de ensino e aprendizagem,
modelados em geral de acordo com a seguinte estrutura:

• Conteúdos;

• Atividades;

• Recursos (Chat, fórum e email);

• Avaliação.

Os ambientes criam um cenário educativo digital em que o aluno interage


diretamente com o docente, com os conteúdos e com os outros alunos. A
grande diferença está na interação com os conteúdos, que deixam de ser
passivos e se tornam interativos com links, imagens, aplicativos de sons, etc.

Essa diferença faz com que a aprendizagem seja vivenciada com outros
elementos de assimilação. As ferramentas dos ambientes são conteúdos de
tecnologias de grande importância para o trabalho educativo. Elaborar classes
utilizando as ferramentas de uma plataforma possibilita um exercício didático-
pedagógico inovador e que necessita considerar os objetivos do conteúdo
enquanto aspectos práticos e teóricos. São eles:

• As condições de acesso do aluno (tempo de uso, aspectos técnicos, etc);

• A ergonomia e o nível de usabilidade da plataforma (facilidades e acesso


rápido);

• A quantidade de material a ser disponibilizado e as exigências de


aprendizagem (qual é o conteúdo, objetivo a ser alcançado, atividades e
ações para que o objetivo seja alcançado?).

A partir desses elementos as ferramentas do ambiente de aprendizagem


devem ser selecionadas para cada objetivo a ser alcançado.

Os ambientes de aprendizagem podem ser ricos de opções, ferramentas e


demais formatos, mas se não acontece a interação e o esforço do aluno em
realizar as atividades propostas o aprendizado dificilmente ocorre de forma
qualitativa. As concepções de aprendizagem dos ambientes tendencialmente
são construtivistas, centrados no trabalho colaborativo e nos interesses do

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aluno. Os ambientes em geral exigem uma boa interação dos alunos para que
o trabalho seja motivador.

Sobre a interação, é importante ressaltar que segundo Silva (2001) a


expressão “comunicação interativa”, já se encontrava no meio acadêmico dos
anos setenta expressando bidirecionalidade entre emissores e receptores,
expressando troca, conversação livre e criativa entre os pólos do processo
comunicacional. Essa acurada concepção de comunicação foi engendrada no
contexto fervilhante de críticas aos meios e tecnologias de comunicação (rádio,
jornal e televisão) marcadamente unidirecionais, onde prevalece a força de
emissão dos produtos sobre os consumidores.

Interação não é o mesmo que interatividade. A interação pode ocorrer


diretamente entre dois ou mais entes atuantes, ao contrário da interatividade,
que é necessariamente intermediada por um meio eletrônico. Esse meio
eletrônico está composto por características específicas e que auxiliam e
estimulam a ação. Essas características são originárias dos novos paradigmas
do contexto da sociedade que compõe o virtual.

Para Lemos (1997), interatividade é nada mais que uma nova forma de
interação técnica, de característica eletrônico-digital, e que se diferencia da
interação analógica que caracteriza a mídia tradicional. Delimita o estudo da
interatividade como uma ação dialógica entre homem e técnica. Para ele, a
interação homem-técnica é uma atividade tecno-social que esteve sempre
presente na civilização humana. Por outro lado, pensa que o que se vê hoje
com as tecnologias digitais não é a criação da interatividade propriamente dita,
mas sim de processos baseados em manipulações de informações binárias.

A interatividade nesta perspectiva acontece por processos de manipulação de


informações. A interatividade humana não é processada de forma natural, mas
de uma outra maneira considerando as ferramentas e as informações
disponibilizadas pela tecnologia digital.

Os ambientes virtuais de aprendizagem têm como tendência pedagógica o


construtivismo pela facilidade e possibilidade que oferece para a construção do
conhecimento.
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O denominado construtivismo, como corrente pedagógica contemporânea,


talvez represente a síntese mais elaborada da pedagogia do século XX, por
constituir-se em uma aproximação integral de um movimento histórico e cultural
de maiores dimensões: a escola nova ou ativa. Movimento que em seu tempo
assumiu uma concepção reformista e uma atitude transformadora dos
processos escolares.

O construtivismo segundo Becker (1994) significa a ideia de que nada, a rigor,


está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado,
em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do
indivíduo com o meio físico e social, com o mundo das relações sociais; e se
constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem
hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação
não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento.

Para que um ambiente de ensino seja construtivista é fundamental que o


professor conceba o conhecimento sob a ótica levantada por Piaget, ou seja,
que todo e qualquer desenvolvimento cognitivo só será efetivo se for baseado
em uma interação muito forte entre o sujeito e o objeto.

A primeira das exigências é que o ambiente permita, e até obrigue, uma


interação muito grande do aprendiz com o objeto de estudo, integrando o
objeto de estudo à realidade do sujeito, de forma a estimulá-lo e desafiá-lo,
mas ao mesmo tempo permitindo que as novas situações criadas possam ser
adaptadas às estruturas cognitivas existentes, propiciando o seu
desenvolvimento.

Outro aspecto primordial nas teorias construtivistas, é a quebra de paradigmas


que os conceitos de Piaget trazem, é a troca do repasse da informação para a
busca da formação do aluno; é a nova ordem revolucionária que retira o poder
e a autoridade do mestre transformando-o de todo poderoso detentor do saber
para um "educador – educando”.

Um ambiente de aprendizagem que pretenda ter uma conduta de acordo com


as descobertas de Piaget precisa lidar corretamente com o fator do erro e da

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avaliação. Em uma abordagem construtivista, o erro é uma importante fonte de
aprendizagem, o aprendiz deve sempre questionar-se sobre as consequências
de suas atitudes e a partir de seus erros ou acertos ir construindo seus
conceitos, ao invés de servir apenas para verificar o quanto do que foi
repassado para o aluno foi realmente assimilado, como é comum nas práticas
empiristas. Neste contexto, a forma e a importância da avaliação mudam
completamente, em relação às práticas convencionais (Becker, 1994).

As salas de aula construtivistas devem proporcionar um ambiente onde os


estudantes confrontam-se com problemas cheios de significado porque estão
vinculados ao contexto de sua vida real. Resolvendo estes problemas, os
estudantes são encorajados a explorar possibilidades, inventar soluções
alternativas, colaborar com outros estudantes ou especialistas externos, tentar
novas ideias e hipóteses, revisar seus pensamentos e finalmente apresentar a
melhor solução que eles puderam encontrar (Moretto, 2004).

As tecnologias inseridas no contexto construtivista potencializam as


características desse ambiente, como a interação do indivíduo com o meio
físico e social e com o mundo das relações sociais. No espaço virtual isso é
possibilitado de forma simulada, interativa e também em tempo real.

Já sobre a questão do erro a tecnologia se baseia no princípio da inferência.


Tentativa de acerto ou erro é assim que a maioria das pessoas aprende a
utilizar as ferramentas e recursos das tecnologias. Inferir é uma competência
que requer flexibilidade, iniciativa e ação refletida, por isso é uma capacidade
de extrema importância no contexto atual.

A necessidade de interação do aprendiz com o objeto de estudo, integrando o


objeto de estudo à realidade do sujeito, pode ser estruturada por ambientes e
formas de construção que a tecnologia possibilita. O objeto de estudo no
espaço virtual toma formas, interatividade, conteúdos atualizados e
modificados de acordo com as necessidades do sujeito.

A busca de informação e a diversidade de conteúdos e dados disponibilizados


descentraliza o professor como elemento inicial de qualquer informação ou
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conhecimento, mas amplia sua capacidade com a atualização que o aluno


possibilita.

Novas Tendências Pedagógicas dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem: o


professor como protagonista do processo

As novas tendências em destaque reúnem, em geral, as da internet e das


aplicações tecnológicas que surgem com o progresso do digital. O exercício de
reflexão em destaque está exatamente em realizar um processo de
transposição dessas inovações ao uso dos ambientes virtuais de
aprendizagem para o trabalho educativo.

O que estamos chamando de tendências são as inovações que estão surgindo


no entorno das tecnologias do virtual e como podem se convergir. Iniciamos
com as reflexões sobre as ampliações e facilidades que surgem com
aplicativos como o Second Life, FlashMeeting e a TV Digital Interativa ou as
mais recentes possibilidades da holografia.

São possibilidades que trazem em si elementos como a interatividade,


realidade virtual e a multimídia como eixos do virtual para o trabalho educativo.
O que se destaca agora é que esses aplicativos tendem a se tornarem simples
no seu uso para facilitar o acesso a todos, além da gratuidade.

Em nossas reflexões, mencionamos que a simplicidde não está no formato


técnico do recurso mas sim nas facilidades que ele proporciona para o docente
ser o protagonista no uso das tecnologias no processo de ensino e
aprendizagem.

Para o docente criar uma ambiência de uso dos recursos das tecnologias para
o trabalho educativo, é necessário que ele se sinta o protagonista do processo
porque ele mesmo organiza e elabora os materiais para o trabalho educativo.
Essa é a ideia central do uso de interfaces e ferramentas das tecnologias para
a construção de ambientes virtuais de aprendizagem.

Sabemos que as tendências atuais cada vez mais evoluem e nos


disponibilizam aplicativos e interfaces com grande facilidades para a educação,

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mas nem sempre essas tendências são de fácil uso ou acesso. O desafio está
exatamente em convergir esses novos aplicativos em formas simples e
intuitivas de uso para que docente e alunos possam usufruí-los em seu
processo, ao ensinar e aprender.

Curso desenvolvido em um Blog: o docente construindo seu ambiente de


aprendizagem

A pesquisa exploratória realizada mediante o desenvolvimento de um curso


montado num blog foi fascinante e nos fez compreender que a simplicidade e o
protagonismo docente no uso de tecnologias para o trabalho educativo são os
principais elementos a serem considerados no uso de tecnologias para o
trabalho educativo.

A elaboração do curso foi pensada e estruturada dentro dos seguintes padrões


metodológicos e didáticos: objetivos, competências a serem desenvolvidas,
conteúdos, recursos, metodologia de ensino e autoavaliação. Considerando
esses elementos, estruturamos um ambiente, juntamente com outros recursos
acoplados, e estabelecemos o processo adequado de comunicação com os
participantes; possibilitando-lhes construção de conhecimento através de uma
proposta construtivista e valorizando os seus estilos de aprendizagem através
de intensa interatividade.

Os elementos de comunicação utilizados foram os que o blog possibilita (fóruns


de discussão), o email pessoal dos participantes e o Messenger para chats. O
ambiente possibilitou carregar arquivos e gerar uma interface simples de
acesso aos conteúdos sem representar dificuldades aos alunos.

O mais interessante é que diariamente nós podíamos organizar a interface e


disponibilizar o conteúdo do curso como gostaríamos, adaptando e facilitando o
ambiente ao aluno, possibilitando a construção metodológica e pedagógica do
ambiente na medida em que o curso acontecia. Os recursos e essas
facilidades fizeram com que nós docentes tivéssemos uma atuação direta e
qualitativa no processo.
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Considerações finais

Com o estudo realizado podemos afirmar que foi possível responder ao


problema da pesquisa porque criamos um ambiente virtual de aprendizagem a
partir do uso de aplicativos e ferramentas de fácil acesso, que possibilite uma
proposta didático-pedagógica focada no processo de ensino e aprendizagem
em cursos a distância.

O objeto de pesquisa também foi atingido porque analisamos a criação deste


ambiente virtual de aprendizagem. Sobre os objetivos específicos, podemos
destacar que identificamos os elementos facilitados dos ambientes construídos
com aplicativos online e gratuitos, destacamos os principais elementos
didático-pedagógicos do ambiente virtual de aprendizagem, destacamos a
característica da simplicidade para o uso de tecnologias na educação como
fator motivador para o trabalho didático-pedagógico e avaliamos positivamente
este ambiente virtual de aprendizagem construído com as características
ressaltadas e utilizado em um curso a distância.

A hipótese geral da pesquisa também foi confirmada quando mencionamos


que a simplicidade das ferramentas disponibilizadas online gratuitamente é
facilitadora do trabalho educativo na elaboração de ambientes virtuais de
aprendizagem personalizados de acordo com a proposta didático-pedagógica
do docente e do conteúdo a ser ensinado.

Referências

BECKER, F. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed,


1994.

SILVA, M. Sala de aula interativa. 2. ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2001.

LEMOS, A. L. M. Anjos interativos e retribalização do mundo. Sobre


interatividade e interfaces digitais. Disponível em
<http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/interac.html> Acessado em abril
de 2009.

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MINAYO, M. C. de S.. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em
saúde. 7.ed. São Paulo: Hucitec, 2000.

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