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Material Teórico
Forma e Estrutura
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene da Costa Granadeiro
Forma e Estrutura
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Apresentar o universo da expressão gráfica através de seus elementos fundamentais práticos e conceituais;
• Apontar a complexidade da área gráfica com relação ao desenvolvimento de projetos devido à infinidade
de tipos de materiais e suportes;
• Traçar as principais características dos materiais e suportes objetivando escolhas adequadas durante o
processo de produção.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Forma e Estrutura
Tipos de Materiais e
Suportes para o Desenho
Desenhar é o processo ou a técnica de representação de alguma coi-
sa – um objeto, uma cena ou uma ideia – por meio de linhas, em uma
superfície. Deste conceito, infere-se que definir contornos é diferente de
pintar ou de colorir superfícies. Embora o desenho geralmente apresente
uma natureza linear, ele pode incluir outros elementos pictóricos, como
pontos e pinceladas, que também podem ser interpretados como linhas.
Qualquer que seja a forma que um desenho assuma, ele é o principal meio
pelo qual organizamos e expressamos pensamentos e percepções visuais.
Portanto, devemos considerar o desenho não só como uma expressão
artística, mas também como uma ferramenta prática para formular e tra-
balhar problemas de projeto. (CHING, 2012, p. 01)
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Foi a partir deste período que a história da linguagem do desenho começou a
ser contada. Para realizar seus desenhos nas paredes das cavernas, os homens
pré-históricos usavam como materiais, entre outras coisas, sangue de animais e
pigmentos subtraídos de plantas e minerais e como instrumento a mão, o dedo.
A expectativa de traduzir para o plano bidimensional o universo real que estava
posicionado diante de seus olhos e também a possibilidade de representar e dar
visibilidade ao seu universo imaginativo, permitindo, assim, a construção de signos
gráficos com valor comunicativo, levou o homem cada vez mais a aprimorar os
recursos materiais. Dessa forma, começamos uma viagem em direção à evolução dos
materiais, suportes e instrumentos. Como veremos adiante, materiais elementares
como lápis grafite e papel nem sempre estiveram à disposição dos artistas para
a construção de desenhos. Na antiguidade, pontas de metal foram utilizadas, em
um primeiro momento, para a construção da escrita e, depois, para a produção
de desenhos. Os metais mais comuns empregados na elaboração de instrumentos
de desenho foram: prata, ouro, cobre, chumbo, sendo a prata e o chumbo os
mais recorrentes. Outro material muito antigo é o carvão, conhecido como carvão
fusain, o material era utilizado pelos artistas na elaboração de esboços, funcionando
como base para a finalização em ponta de prata ou chumbo (Figura 02).
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UNIDADE Forma e Estrutura
ao mineral. Dessa forma, atribui a Nicolas Jacques Conté (Conté, que se tornou
uma das marcas utilizadas pelos desenhistas até hoje) a missão de encontrar um
lápis artificial para substituir o mineral. Conté elaborou experimentos utilizando a
argila misturada ao pó do mineral de grafite. A mistura era submetida a cozimento
resultando em uma matéria-prima mais resistente e proporcionando uma linha
mais negra e, em função de sua composição, permitia também através de controle
de cozimento diferentes graus de dureza e de cor. Assim, hoje, encontramos no
mercado três tipos de grafites que variam de acordo com sua maciez ou dureza.
Temos os grafites da linha H, B e F, os tipos de grafites são classificados por
letras e números, por exemplo 2B, 3B, 6B, 2H etc. (Figura 03). O mais comum,
conhecido como lápis escolar, é intermediário, não sendo nem duro nem mole,
e nomeado de HB. A série B apresenta os grafites mais moles – quanto maior a
sua numeração mais macio será o grafite. Normalmente, por ser muito macio e
produzir uma linha fácil de ser apagada, é utilizado na elaboração de croquis. As
séries H e F são grafites duros e da mesma forma quanto maior a numeração, mais
duro será o grafite. Em função de sua natureza, são utilizados na construção de
desenhos que exigem precisão na construção da linha
Figura 3
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pergaminho, papéis e tecidos. De todos os suportes listados, o que se tornou
efetivamente recorrente em nosso cotidiano sem dúvida foi o papel. O papel veio
da China para o Ocidente por intermédio dos árabes. Alguns historiadores apontam
que, desde o século XI, a Itália já fabricava, na cidade de Fabriano, o papel. Até
chegar à constituição que conhecemos hoje, fabricado a partir de celulose e de
maneira industrial, sua constituição passou por materiais como linho de cânhamo,
lã e algodão. Com a industrialização, o papel passou a ser normatizado e a ser
calcificado de acordo com a sua gramatura e formato. A gramatura determina a
espessura da folha e é medida em metro quadrado. O formato determina o tamanho
da folha. Assim, temos o A5, A4, A3, A2, A1 e A0. Quanto menor a numeração
maior o tamanho da folha. As medidas são definidas em milímetros. Assim, temos
A5= 148 X 210, A4= 210 X 297, A3= 297 X 420, A2= 420 X 594, A1= 594
X 841 e A0= 841 X 1189 (conforme figura 04). Da mesma forma que os materiais
gráficos, a industrialização também produziu uma infinidade de tipos e gramaturas
de papéis, o que impossibilita listarmos todos aqui neste momento.
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UNIDADE Forma e Estrutura
A Expressão Gráfica
Neste momento, não vamos nos ater, com a devida propriedade, à linguagem
do desenho, desvendando o seu potencial plástico e a sua funcionalidade para as
diversas áreas, pois esses temas serão devidamente abordados mais adiante. O que
nos cabe neste momento é fazer uma análise sobre o seu corpo físico, traçar um
diagnóstico dos elementos que auxiliam na construção de valores visuais.
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clareza e objetividade. Para darmos segmento, vamos desenvolver mais o tema
observando cada universo em separado.
Figura 5
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UNIDADE Forma e Estrutura
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Vimos que tipo, gramatura e formato são padrões preestabelecidos pela indús-
tria. Formato e gramatura, aqui em nosso país, são regulados por um órgão cha-
mado ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) o qual visa estabelecer
critérios de produção para que não ocorram conflitos nos diversos seguimentos
que utilizam o papel como matéria-prima. A normatização garante a regularidade
na produção dos diferentes tipos e formatos, permitindo que todo o sistema que
utiliza a matéria-prima consiga falar a mesma língua. Encontramos uma varieda-
de muito grande de tipos de papéis no mercado. Vamos listar os mais conhecidos
e, por consequência, mais utilizados.
• Papel sulfite – é o tipo mais comum de papel e, embora seja produzido em
diferentes cores e tamanhos, o mais utilizado é o branco e em formato A4.
Recebe este nome em função da adição de sulfito de sódio em sua fabricação.
• Cartolina – papel de gramatura baixa, embora produzido para diversas utiliza-
ções, normalmente aparece na realização de trabalhos escolares. É oferecido
em diferentes cores e tamanhos sendo o mais comum o formato A1.
• Papel couchê – de superfície lisa e uniforme, oferecido em diferentes gramatu-
ras, fosco e brilhante, normalmente é utilizado na indústria gráfica. É composto
por uma mistura de materiais, incluindo polímeros, que reduz o grau de ab-
sorção de tinta. Usado na impressão de revistas, livros com imagens, folhetos,
cartazes etc.
• Papel arroz – papel fibroso e, dependendo da gramatura, relativamente transpa-
rente, pode ser produzido a partir da cana-de-arroz ou de plantas como cânhamo
ou bambu. Utilizado no universo gráfico, mas também no aeromodelismo.
• Papel jornal – papel com custos de produção e gramatura baixos e, como
o nome sugere, é utilizado principalmente na impressão de jornais. O papel
é produzido a partir de fibras recicladas e da sobra de madeiras oriundas das
indústrias moveleiras.
• Papel kraft – com cor “amarronzada”, é produzido a partir da mistura de diver-
sos tipos de fibras de celulose, provenientes de polpa de madeiras macias. A sua
tonalidade característica deve-se ao fato de a celulose utilizada no processo de
produção não passar por processo de branqueamento. Papel encontrado em
diversas gramaturas, sendo que, quanto maior a gramatura, maior o nível de re-
sistência. Por ser muito resistente, é comum na produção de embalagens.
• Papel manteiga – de cor leitosa, com leve rugosidade e transparência, é utili-
zado na elaboração de croquis de desenhos. Devido à sua superfície imperme-
ável e antiaderente, é muito comum o seu uso também na cozinha.
• Papel offset – papel próprio para impressões em grande volume assemelha-
-se ao sulfite, porém, com maior qualidade. Normalmente, encontrado com
gramaturas que variam entre 90 a 120 gramas.
• Papel vegetal – papel translúcido utilizado no desenho técnico e artístico.
Em função da translucidez, pode ser colocado sobre superfícies desenhadas
como projetos de arquitetura ou imagens fotográficas, permitindo, assim, a
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UNIDADE Forma e Estrutura
Listamos acima os papéis mais comuns e de fácil acesso, papéis que fazem parte
de nosso cotidiano e com os quais, provavelmente, já nos relacionamos em algum
momento de nossas vidas na execução de trabalhos escolares, na impressão de
imagens, na produção de maquetes, ou mesmo na elaboração de projetos profis-
sionais. Porém, esse universo é muito extenso e a expectativa aqui não é catalogar
todos os tipos de papéis existentes no mundo, mas sim traçar um panorama da
diversidade e instigar a curiosidade para o tema. Atualmente, o mercado oferece
papéis para todos os tipos de materiais gráficos secos e molhados. Para comple-
tar o tema anexo abaixo, um quadro demonstrativo com uma pequena mostra de
papéis de diferentes marcas oferecidos normalmente em blocos de 20 folhas e em
diferentes formatos e preços (Fig. 06). Normalmente, são papéis utilizados para o
desenvolvimento de projetos técnicos ou artísticos profissionais.
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Materiais Gráficos Secos e Molhados
É de fundamental importância, para garantir um trabalho de qualidade, estarmos
atentos à qualidade dos materiais que utilizaremos no desenvolvimento dos projetos.
Como podemos perceber, esse universo é muito extenso e normalmente pode
ser dividido em dois grupos: o grupo dos materiais de uso escolar e o grupo dos
materiais de uso profissional. Há ainda o grupo de materiais nacionais e o dos
materiais importados. Alguns materiais escolares, não todos, são perfeitamente
indicados para o início do processo de formação profissional. Esses materiais nos
proporcionarão o primeiro contato com procedimentos técnicos pertencentes
ao universo gráfico. Normalmente, os materiais profissionais apresentam custo
elevado, compatível com a qualidade dos mesmos, porém elevados. Dessa forma,
os materiais escolares tornam-se mais acessíveis e importantes no primeiro estágio
de formação, permitindo assim os primeiros ensaios que levará ao domínio técnico.
Os materiais escolares, normalmente, por serem produzidos com matéria-prima de
baixa qualidade, são relativamente limitados. A limitação imposta pelo material
torna-se um problema à medida que evoluímos técnica e profissionalmente. Por
mais controle técnicos que tenhamos, invariavelmente esbarraremos nos limites
impostos pelo material. Dessa forma, listei abaixo algumas marcas de materiais
nacionais e importados, é importante ter claro que não são as únicas. Como já
falamos anteriormente, encontraremos uma infinidade no mercado. Da mesma
forma que listamos uma série de tipos de papéis, o objetivo aqui é instigar à
curiosidade. Para ampliarmos o nosso repertório, é fundamental a investigação
em lojas e sites especializados e principalmente o contato efetivo com os materiais.
É importante, mesmo que gradativamente, a aquisição de novos materiais e
suportes. Ampliar as possibilidades, a qualidade visual dos projetos pode surgir da
confluência de materiais e suportes. A lista é inicial, portanto, aventure-se e amplie
cada vez mais os seus horizontes.
SECOS MOLHADOS
AQUARELA
GRAFITES
- WINSOR & NEWTON
- FABER CASTELL
- PENTEL
- CRETACOLOR
- SCHMINCKE
- STAEDTLER
- SENNELIER
- KOHINOOR TOISON DOR
- TALENS
NANQUIM
LÁPIS DE COR
- TALENS
- CARAND’ACHE
- WINSOR & NEWTON
- AQUARELÁVEL FABER CASTELL
- CRETACOLOR
- AQUARELAVEL CRETACOLOR
- TRIDENT
- AQUARELAVEL STAEDTLER
- STAEDTLER
PASTEL SECO E OLEOSO
GOUACHE
- CARAN DACHE
- TALENS
- CRETACOLOR
- WINSOR & NEWTON
- FABER CASTELL
- TGA
- PENTEL
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UNIDADE Forma e Estrutura
SECOS MOLHADOS
CARVÃO
- FUSAINS CORFIX
- CRETACOLOR
MARCADORES
- CARAND’ACHE
- STABILO (PONTA FINA)
- MARCADOR AQUARELÁVEL
WINSOR & NEWTON
- MARCADOR PERMANENTE PENTEL
- MAGIC COLOR SÉRIE OURO
- POSCA
BORRACHA
- CRETACOLOR
- FABER CASTELL
- PENTEL
- STAEDTLER
- KOHINOOR TOISON DOR
Importante! Importante!
Amplie sua pesquisa na internet, determine um foco – por exemplo, materiais secos
–, e visite os sites das grandes papelarias, “garimpe” marcas e principalmente preços.
Quando possível, faça pesquisas in loco, visite as lojas especializadas, veja o material
pessoalmente, procure testá-lo, pois isso vai ajudar nos momentos de desenvolvimento
de um projeto, facilitando as escolhas.
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Figura 7 – Croquis produzidos por alunos durante as aulas de expressão gráfica 2016
Fonte: Acervo do Conteudista
Figura 8 – Croquis produzidos por alunos durante as aulas de expressão gráfica 2016
Fonte: Acervo do Conteudista
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UNIDADE Forma e Estrutura
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Faber Castell - Fabricação do Lápis
Para saber mais, assista ao vídeo da Faber Castel sobre a produção do material gráfico.
https://youtu.be/h9mSdUtpde0
Como é feito o papel
Para saber mais, assista ao vídeo sobre a produção de papel.
https://youtu.be/lw_ehZJvLMg
Gramatura de Papel - Tutoriais, Dicas & DIY - Estúdio Brigit
Para saber mais, assista ao vídeo sobre tipos e gramaturas de papéis.
https://youtu.be/2IgOhSAqPTA
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Referências
CHING. F. D. K. Desenho para arquitetos. Porto Alegre: Bookman, 2012.
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