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Expressão Gráfica

Material Teórico
Forma e Estrutura

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Dercy Pereira

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene da Costa Granadeiro
Forma e Estrutura

• Tipos de Materiais e Suportes para o Desenho;


• A Expressão Gráfica;
• Materiais Secos e Molhados;
• Tipos de Papéis – Formato, Gramatura e Superfície;
• Materiais Gráficos Secos e Molhados;
• Resposta Gráfica de Diferentes Materiais e Suportes.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Apresentar o universo da expressão gráfica através de seus elementos fundamentais práticos e conceituais;
• Apontar a complexidade da área gráfica com relação ao desenvolvimento de projetos devido à infinidade
de tipos de materiais e suportes;
• Traçar as principais características dos materiais e suportes objetivando escolhas adequadas durante o
processo de produção.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Forma e Estrutura

Tipos de Materiais e
Suportes para o Desenho
Desenhar é o processo ou a técnica de representação de alguma coi-
sa – um objeto, uma cena ou uma ideia – por meio de linhas, em uma
superfície. Deste conceito, infere-se que definir contornos é diferente de
pintar ou de colorir superfícies. Embora o desenho geralmente apresente
uma natureza linear, ele pode incluir outros elementos pictóricos, como
pontos e pinceladas, que também podem ser interpretados como linhas.
Qualquer que seja a forma que um desenho assuma, ele é o principal meio
pelo qual organizamos e expressamos pensamentos e percepções visuais.
Portanto, devemos considerar o desenho não só como uma expressão
artística, mas também como uma ferramenta prática para formular e tra-
balhar problemas de projeto. (CHING, 2012, p. 01)

Nesta primeira unidade, trataremos dos elementos práticos e conceituais essen-


ciais que fazem parte do universo da Expressão Gráfica. Observada sob os aspec-
tos práticos e operacionais, toda atividade gráfica necessita de recursos materiais,
podendo ser eles básicos, elementares, ou, em se tratando de situações específicas,
recursos extremamente sofisticados. A Expressão Gráfica é pertencente ao uni-
verso do desenho, e, para que o desenho se torne visível, necessitamos de três
elementos essenciais: suporte, matéria e instrumento. Nesta unidade, vamos dire-
cionar especial atenção a eles, procuraremos desvendar a natureza de cada um. Va-
mos tratar da diversidade e das especificidades técnicas presentes em cada campo.
Porém, antes de nos ocuparmos dessas questões, vamos a uma breve introdução
histórica. Há aproximadamente 40 mil anos, os homens pré-históricos já se mani-
festavam através de representações gráficas – eram desenhos de animais além de
cenas de seu cotidiano que ficaram grafados nas paredes das cavernas (Figura 01).

Figura 1 – Gruta de Lascaux, França


Fonte: Wikimedia Commons

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Foi a partir deste período que a história da linguagem do desenho começou a
ser contada. Para realizar seus desenhos nas paredes das cavernas, os homens
pré-históricos usavam como materiais, entre outras coisas, sangue de animais e
pigmentos subtraídos de plantas e minerais e como instrumento a mão, o dedo.
A expectativa de traduzir para o plano bidimensional o universo real que estava
posicionado diante de seus olhos e também a possibilidade de representar e dar
visibilidade ao seu universo imaginativo, permitindo, assim, a construção de signos
gráficos com valor comunicativo, levou o homem cada vez mais a aprimorar os
recursos materiais. Dessa forma, começamos uma viagem em direção à evolução dos
materiais, suportes e instrumentos. Como veremos adiante, materiais elementares
como lápis grafite e papel nem sempre estiveram à disposição dos artistas para
a construção de desenhos. Na antiguidade, pontas de metal foram utilizadas, em
um primeiro momento, para a construção da escrita e, depois, para a produção
de desenhos. Os metais mais comuns empregados na elaboração de instrumentos
de desenho foram: prata, ouro, cobre, chumbo, sendo a prata e o chumbo os
mais recorrentes. Outro material muito antigo é o carvão, conhecido como carvão
fusain, o material era utilizado pelos artistas na elaboração de esboços, funcionando
como base para a finalização em ponta de prata ou chumbo (Figura 02).

Figura 2 – Desenho a carvão de Michelangelo


Fonte: Wikimedia Commons

Tendo a sua constituição cilíndrica e responsável pela construção de linhas


muito frágeis, fáceis de serem apagadas, plantas como nogueira, mirta e ameixeira
serviam de matéria-prima para a sua preparação. Finalmente, nessa linha histórica,
encontramos o grafite, um mineral, que em um primeiro momento foi utilizado em
seu estado bruto na produção de desenhos e da escrita. Por produzir uma linha cinza
chumbo, foi confundido com a ponta de chumbo, do qual já falamos anteriormente.
Porém, o grafite que conhecemos hoje em dia surgiu em função da escassez do
mineral. Em 1794, a França, devido a um bloqueio de guerra, ficou sem acesso

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UNIDADE Forma e Estrutura

ao mineral. Dessa forma, atribui a Nicolas Jacques Conté (Conté, que se tornou
uma das marcas utilizadas pelos desenhistas até hoje) a missão de encontrar um
lápis artificial para substituir o mineral. Conté elaborou experimentos utilizando a
argila misturada ao pó do mineral de grafite. A mistura era submetida a cozimento
resultando em uma matéria-prima mais resistente e proporcionando uma linha
mais negra e, em função de sua composição, permitia também através de controle
de cozimento diferentes graus de dureza e de cor. Assim, hoje, encontramos no
mercado três tipos de grafites que variam de acordo com sua maciez ou dureza.
Temos os grafites da linha H, B e F, os tipos de grafites são classificados por
letras e números, por exemplo 2B, 3B, 6B, 2H etc. (Figura 03). O mais comum,
conhecido como lápis escolar, é intermediário, não sendo nem duro nem mole,
e nomeado de HB. A série B apresenta os grafites mais moles – quanto maior a
sua numeração mais macio será o grafite. Normalmente, por ser muito macio e
produzir uma linha fácil de ser apagada, é utilizado na elaboração de croquis. As
séries H e F são grafites duros e da mesma forma quanto maior a numeração, mais
duro será o grafite. Em função de sua natureza, são utilizados na construção de
desenhos que exigem precisão na construção da linha

Figura 3

Com a chegada da industrialização, outros materiais se juntaram ao universo


gráfico e, devido à grande diversidade, seria impossível nomear todos aqui – basta
passar por uma loja especializada para constatar isso. No decorrer da história,
os suportes utilizados para desenhar foram de mais variadas naturezas: rochas,
parede de caverna, placas de argila, troncos de árvores, tábuas enceradas, papiros
etc. Porém, a partir da Idade Média, os suportes mais recorrentes foram madeira,

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pergaminho, papéis e tecidos. De todos os suportes listados, o que se tornou
efetivamente recorrente em nosso cotidiano sem dúvida foi o papel. O papel veio
da China para o Ocidente por intermédio dos árabes. Alguns historiadores apontam
que, desde o século XI, a Itália já fabricava, na cidade de Fabriano, o papel. Até
chegar à constituição que conhecemos hoje, fabricado a partir de celulose e de
maneira industrial, sua constituição passou por materiais como linho de cânhamo,
lã e algodão. Com a industrialização, o papel passou a ser normatizado e a ser
calcificado de acordo com a sua gramatura e formato. A gramatura determina a
espessura da folha e é medida em metro quadrado. O formato determina o tamanho
da folha. Assim, temos o A5, A4, A3, A2, A1 e A0. Quanto menor a numeração
maior o tamanho da folha. As medidas são definidas em milímetros. Assim, temos
A5= 148 X 210, A4= 210 X 297, A3= 297 X 420, A2= 420 X 594, A1= 594
X 841 e A0= 841 X 1189 (conforme figura 04). Da mesma forma que os materiais
gráficos, a industrialização também produziu uma infinidade de tipos e gramaturas
de papéis, o que impossibilita listarmos todos aqui neste momento.

Figura 4 – formatos e dimensões da série A – ISO 216


Fonte: www.printi.com.br
Explor

Os tipos de papéis mais comuns para impressao: https://goo.gl/Yjmzc5

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UNIDADE Forma e Estrutura

Desde o seu surgimento, todos os materiais que fizeram e fazem parte do


universo gráfico guardam uma particularidade, diferente de materiais específicos
como tinta e tela utilizados na pintura, construíram uma ponte entre o seu uso no
universo das artes e o uso cotidiano. Papel e lápis, materiais básicos presentes em
todo o fluxo de desenvolvimento de projetos, também estão infiltrados e aparecem
sendo utilizados com diferentes propósitos em todo o mundo.

O desenho técnico, desdobramento do croqui, também apresenta particularidades,


porém, as mesmas serão tratadas dentro de disciplina específica. No desenho à
mão livre, o desenhista deve procurar explorar os materiais, adequando os mesmos
aos tipos de suportes. Há materiais que necessitam de papéis mais lisos, mas há
também materiais que, devido à sua natureza, necessitam de atrito para fornecer
uma boa resposta. Nesse caso, o mais adequado são papéis granulados. A linha que
define o desenho à mão livre, o croqui, é uma linha expressiva irregular espontânea.
Todos os recursos materiais listados estão a serviço do profissional que utiliza o
desenho como ferramenta e devem ser utilizados de acordo com a sua necessidade.
É de fundamental importância que o profissional conheça seu métier. Para tanto, é
muito importante recorrer a alguns autores ligados ao universo do desenho, mais
especificamente do desenho que acompanha todo o desenvolvimento e registro
de uma ideia, apresentando-se como instrumento fundamental de comunicação
praticado em diferentes áreas, tais como Francis D. K. Cing, Helen Birch, Sam
Piyasena, Beverly Phip, Edward Hutchison, entre outros.

A Expressão Gráfica
Neste momento, não vamos nos ater, com a devida propriedade, à linguagem
do desenho, desvendando o seu potencial plástico e a sua funcionalidade para as
diversas áreas, pois esses temas serão devidamente abordados mais adiante. O que
nos cabe neste momento é fazer uma análise sobre o seu corpo físico, traçar um
diagnóstico dos elementos que auxiliam na construção de valores visuais.

É inegável que existem diferenças entre um desenho linear, somente de con-


torno, e um desenho com preenchimento que recebe tratamento gráfico. Embora
cada um cumpra o seu papel no desenvolvimento de um projeto, é importante
que saibamos quais as melhores escolhas de materiais devemos fazer durante cada
etapa do processo, pois as mesmas afetarão o resultado final. A escolha de um
lápis com grafite mais duro ou mais mole vai afetar na natureza da linha que pro-
duziremos. A mesma questão aplica-se aos papéis. Como já vimos anteriormente,
temos uma infinidade de tipos e superfícies, encontramos no mercado papéis com
superfícies lisas, texturizadas, impermeáveis, absorventes e de diversas gramaturas.
O propósito para este momento é entendermos como podemos promover apro-
ximações entre materiais e suportes de maneira coerente para, assim, subtrair de
cada um o seu melhor. A escolha correta invariavelmente vai atribuir qualidades ao
projeto. Não podemos esquecer que o nosso objetivo é traduzir nossas ideias com

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clareza e objetividade. Para darmos segmento, vamos desenvolver mais o tema
observando cada universo em separado.

Materiais Secos e Molhados


É de fundamental importância que os profissionais que utilizam o desenho como
ferramenta conheçam os materiais e suportes que temos disponível no mercado.
Cada material solicita uma abordagem técnica específica e por consequência
apresenta respostas gráficas particulares. Os materiais pertencentes ao universo
gráfico podem ser divididos basicamente em dois grupos: secos e molhados. No
grupo dos materiais secos encontramos os grafites, lápis de cor, giz pastel, carvão,
lápis conté, sanguínea, caneta hidrocor, caneta nanquim, caneta esferográfica etc.
Por definição são materiais que tecnicamente não necessitam de água durante a
sua manipulação para que possamos explorar as suas qualidades. Nesta lista cabe
destacar o lápis de cor aquarelável pela sua flexibilidade. O lápis de cor aquarelável
cumpre as duas funções, como material seco permite a construção de linhas
coloridas e o preenchimento de áreas, porem quando utilizamos um pincel com
água sobre uma superfície pintada com o lápis de cor aquarelável o pigmento se
dissolve e cumpre o papel de aquarela. Já falamos acima das especificidades dos
grafites, de suas variações de maciez e dureza. Dessa forma, cabe salientar que toda
a família de lápis deve ser apontada com estilete (conforme Figura 05).

Figura 5

Devemos evitar o uso do apontador principalmente nos grafites mais moles,


pois devido à sua fragilidade, normalmente são pouco resistentes a atritos e podem
quebrar com muita facilidade, diminuindo a vida útil do material. Na maioria dos
casos, os materiais secos atuam na superfície do papel, tingindo superficialmente
o suporte. São utilizados na produção de desenhos lineares, somente contorno,
ou em desenhos de preenchimento. Normalmente, os materiais secos trabalham

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UNIDADE Forma e Estrutura

por impregnação do suporte e, dependendo do tipo de material, necessitam de


fixação para que não saiam com facilidade do suporte. Materiais que pigmentam a
superfície do papel como grafite, carvão e pastel seco, por exemplo, normalmente
necessitam de fixação. Para esses casos, utilizamos um fixador em spray específico
para papel. A aplicação do fixador deve ser feita após o término do trabalho e com
o papel na vertical a uma distância aproximada de trinta centímetros para que não
encharque. A operação deve ser repetida aproximadamente três vezes para garan-
tir uma boa fixação. É importante que a operação seja realizada somente após o
término do trabalho, pois, após a aplicação, não será mais possível retocá-lo.

Agora, vamos falar dos materiais molhados. Os materiais molhados, como o


próprio termo indica, necessitam de água em sua manipulação tanto na diluição
assim como na limpeza dos instrumentos utilizados para o seu manuseio. Podem
ser completamente líquidos ou pastosos, são considerados materiais vivos, pois,
mesmo depois de secos, podem ser reativados com a adição de substâncias aquo-
sas. Materiais como guache, nanquim, ecoline, aquarela, dependendo da resposta
gráfica que se pretende obter, podem ser utilizados puros ou diluídos em água. Dife-
rente dos materiais secos que não dependem diretamente de instrumentos especí-
ficos como mediadores do processo técnico, os materiais molhados estão apoiados
em técnicas que necessitam de instrumentos que promovam o seu depósito e or-
ganização sobre os suportes, o mais comum é a utilização do pincel. Encontramos
no mercado pincéis com diferentes formatos de cerdas, sendo os mais comuns os
chatos e os redondos, produzidos com cerdas de materiais naturais ou sintéticos e
com diferentes numerações. Os pincéis são numerados em ordem crescente, do
menor para o maior, menor numeração corresponde às cerdas mais finas, ao passo
que, quanto maior a numeração, maior a cerda. Encontramos no mercado diferen-
tes tipos de cerdas, cada uma para um tipo específico de material. Normalmente,
as cerdas naturais tendem a ser mais macias, são produzidas a partir de diferentes
fontes, encontramos pincéis produzidos com cerdas de pelo de orelha de boi, cri-
na de cavalo, pelo de marta, pelo de porco etc. As cerdas sintéticas tendem a ser
mais duras e flexíveis e, normalmente, são produzidas a partir de polímeros. Os
materiais molhados não devem ser utilizados em papéis muito finos, pois, como
são à base de água, será natural que ocorram ondulações ou furos na superfície.

Tipos de Papéis – Formato,


Gramatura e Superfície
O papel é o suporte mais elementar e recorrente para todos os profissionais
que utilizam o desenho como ferramenta de trabalho. Dos primeiros croquis até
a arte final, o papel está presente em praticamente todo o processo de desenvol-
vimento de um projeto. Dessa forma, é de fundamental importância que estude-
mos um pouco mais o assunto. Já falamos um pouco sobre a história, gramatura
e formatos do papel e, agora, vamos tentar nos aprofundar um pouco mais.

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Vimos que tipo, gramatura e formato são padrões preestabelecidos pela indús-
tria. Formato e gramatura, aqui em nosso país, são regulados por um órgão cha-
mado ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) o qual visa estabelecer
critérios de produção para que não ocorram conflitos nos diversos seguimentos
que utilizam o papel como matéria-prima. A normatização garante a regularidade
na produção dos diferentes tipos e formatos, permitindo que todo o sistema que
utiliza a matéria-prima consiga falar a mesma língua. Encontramos uma varieda-
de muito grande de tipos de papéis no mercado. Vamos listar os mais conhecidos
e, por consequência, mais utilizados.
• Papel sulfite – é o tipo mais comum de papel e, embora seja produzido em
diferentes cores e tamanhos, o mais utilizado é o branco e em formato A4.
Recebe este nome em função da adição de sulfito de sódio em sua fabricação.
• Cartolina – papel de gramatura baixa, embora produzido para diversas utiliza-
ções, normalmente aparece na realização de trabalhos escolares. É oferecido
em diferentes cores e tamanhos sendo o mais comum o formato A1.
• Papel couchê – de superfície lisa e uniforme, oferecido em diferentes gramatu-
ras, fosco e brilhante, normalmente é utilizado na indústria gráfica. É composto
por uma mistura de materiais, incluindo polímeros, que reduz o grau de ab-
sorção de tinta. Usado na impressão de revistas, livros com imagens, folhetos,
cartazes etc.
• Papel arroz – papel fibroso e, dependendo da gramatura, relativamente transpa-
rente, pode ser produzido a partir da cana-de-arroz ou de plantas como cânhamo
ou bambu. Utilizado no universo gráfico, mas também no aeromodelismo.
• Papel jornal – papel com custos de produção e gramatura baixos e, como
o nome sugere, é utilizado principalmente na impressão de jornais. O papel
é produzido a partir de fibras recicladas e da sobra de madeiras oriundas das
indústrias moveleiras.
• Papel kraft – com cor “amarronzada”, é produzido a partir da mistura de diver-
sos tipos de fibras de celulose, provenientes de polpa de madeiras macias. A sua
tonalidade característica deve-se ao fato de a celulose utilizada no processo de
produção não passar por processo de branqueamento. Papel encontrado em
diversas gramaturas, sendo que, quanto maior a gramatura, maior o nível de re-
sistência. Por ser muito resistente, é comum na produção de embalagens.
• Papel manteiga – de cor leitosa, com leve rugosidade e transparência, é utili-
zado na elaboração de croquis de desenhos. Devido à sua superfície imperme-
ável e antiaderente, é muito comum o seu uso também na cozinha.
• Papel offset – papel próprio para impressões em grande volume assemelha-
-se ao sulfite, porém, com maior qualidade. Normalmente, encontrado com
gramaturas que variam entre 90 a 120 gramas.
• Papel vegetal – papel translúcido utilizado no desenho técnico e artístico.
Em função da translucidez, pode ser colocado sobre superfícies desenhadas
como projetos de arquitetura ou imagens fotográficas, permitindo, assim, a

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UNIDADE Forma e Estrutura

cópia através de sobreposição. Aparece, normalmente, no estágio de finaliza-


ção de projeto por ser receptível a materiais como caneta nanquim.
• Papel vergê – encontrado em diversas gramaturas, tem como principal carac-
terística pequenas linhas paralelas em baixo relevo e discreta rugosidade. Em
função da rugosidade de sua superfície, é indicado para desenhos feitos com
material que necessitam de atrito como grafite, lápis de cor, carvão etc.
• Papel canson – normalmente encontrado em blocos de vinte folhas, branco
ou creme, possui diversos tamanhos e gramaturas. Levemente texturizado, ele
pode ser utilizado com materiais secos e molhados. Responde bem a tintas à
base de água como ecoline, aquarela e guache, mas pode ser utilizado também
em trabalhos com materiais como lápis de cor, grafite e pastel seco.
• Papel duplex – papel branco com duas faces distintas, uma lisa e outra leve-
mente texturizada. Ideal para a execução de maquetes e pequenos protótipos.
Possui gramatura de 250 a 400 g o metro quadrado.

Listamos acima os papéis mais comuns e de fácil acesso, papéis que fazem parte
de nosso cotidiano e com os quais, provavelmente, já nos relacionamos em algum
momento de nossas vidas na execução de trabalhos escolares, na impressão de
imagens, na produção de maquetes, ou mesmo na elaboração de projetos profis-
sionais. Porém, esse universo é muito extenso e a expectativa aqui não é catalogar
todos os tipos de papéis existentes no mundo, mas sim traçar um panorama da
diversidade e instigar a curiosidade para o tema. Atualmente, o mercado oferece
papéis para todos os tipos de materiais gráficos secos e molhados. Para comple-
tar o tema anexo abaixo, um quadro demonstrativo com uma pequena mostra de
papéis de diferentes marcas oferecidos normalmente em blocos de 20 folhas e em
diferentes formatos e preços (Fig. 06). Normalmente, são papéis utilizados para o
desenvolvimento de projetos técnicos ou artísticos profissionais.

Figura 6 – Tipos de blocos de papel


Fonte: Divulgação

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Materiais Gráficos Secos e Molhados
É de fundamental importância, para garantir um trabalho de qualidade, estarmos
atentos à qualidade dos materiais que utilizaremos no desenvolvimento dos projetos.
Como podemos perceber, esse universo é muito extenso e normalmente pode
ser dividido em dois grupos: o grupo dos materiais de uso escolar e o grupo dos
materiais de uso profissional. Há ainda o grupo de materiais nacionais e o dos
materiais importados. Alguns materiais escolares, não todos, são perfeitamente
indicados para o início do processo de formação profissional. Esses materiais nos
proporcionarão o primeiro contato com procedimentos técnicos pertencentes
ao universo gráfico. Normalmente, os materiais profissionais apresentam custo
elevado, compatível com a qualidade dos mesmos, porém elevados. Dessa forma,
os materiais escolares tornam-se mais acessíveis e importantes no primeiro estágio
de formação, permitindo assim os primeiros ensaios que levará ao domínio técnico.
Os materiais escolares, normalmente, por serem produzidos com matéria-prima de
baixa qualidade, são relativamente limitados. A limitação imposta pelo material
torna-se um problema à medida que evoluímos técnica e profissionalmente. Por
mais controle técnicos que tenhamos, invariavelmente esbarraremos nos limites
impostos pelo material. Dessa forma, listei abaixo algumas marcas de materiais
nacionais e importados, é importante ter claro que não são as únicas. Como já
falamos anteriormente, encontraremos uma infinidade no mercado. Da mesma
forma que listamos uma série de tipos de papéis, o objetivo aqui é instigar à
curiosidade. Para ampliarmos o nosso repertório, é fundamental a investigação
em lojas e sites especializados e principalmente o contato efetivo com os materiais.
É importante, mesmo que gradativamente, a aquisição de novos materiais e
suportes. Ampliar as possibilidades, a qualidade visual dos projetos pode surgir da
confluência de materiais e suportes. A lista é inicial, portanto, aventure-se e amplie
cada vez mais os seus horizontes.

SECOS MOLHADOS
AQUARELA
GRAFITES
- WINSOR & NEWTON
- FABER CASTELL
- PENTEL
- CRETACOLOR
- SCHMINCKE
- STAEDTLER
- SENNELIER
- KOHINOOR TOISON DOR
- TALENS
NANQUIM
LÁPIS DE COR
- TALENS
- CARAND’ACHE
- WINSOR & NEWTON
- AQUARELÁVEL FABER CASTELL
- CRETACOLOR
- AQUARELAVEL CRETACOLOR
- TRIDENT
- AQUARELAVEL STAEDTLER
- STAEDTLER
PASTEL SECO E OLEOSO
GOUACHE
- CARAN DACHE
- TALENS
- CRETACOLOR
- WINSOR & NEWTON
- FABER CASTELL
- TGA
- PENTEL

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UNIDADE Forma e Estrutura

SECOS MOLHADOS
CARVÃO
- FUSAINS CORFIX
- CRETACOLOR
MARCADORES
- CARAND’ACHE
- STABILO (PONTA FINA)
- MARCADOR AQUARELÁVEL
WINSOR & NEWTON
- MARCADOR PERMANENTE PENTEL
- MAGIC COLOR SÉRIE OURO
- POSCA
BORRACHA
- CRETACOLOR
- FABER CASTELL
- PENTEL
- STAEDTLER
- KOHINOOR TOISON DOR

Como dito anteriormente, o bom desenvolvimento de um projeto gráfico se dá


através do cruzamento de materiais e suportes de maneira coerente. E a escolha
dos materiais e suportes automaticamente determinarão o procedimento técnico
que será adotado. Conhecer os materiais e os suportes que temos disponíveis nos
permitirá dar corpo às ideias com a devida qualidade e, por consequência, levará a
uma comunicação clara e objetiva com os nossos interlocutores.

Importante! Importante!

Amplie sua pesquisa na internet, determine um foco – por exemplo, materiais secos
–, e visite os sites das grandes papelarias, “garimpe” marcas e principalmente preços.
Quando possível, faça pesquisas in loco, visite as lojas especializadas, veja o material
pessoalmente, procure testá-lo, pois isso vai ajudar nos momentos de desenvolvimento
de um projeto, facilitando as escolhas.

Resposta Gráfica de Diferentes


Materiais e Suportes
Abaixo, encontraremos exemplos de alguns tipos de resposta gráfica a partir
da variação de materiais e suportes. Materiais secos como grafite, lápis de cor e
carvão, por necessitarem de atrito, normalmente respondem bem em papéis tex-
turizados. Materiais molhados, como nanquim, aquarela ou guache, necessitam de
papéis de gramatura mais elevada.

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Figura 7 – Croquis produzidos por alunos durante as aulas de expressão gráfica 2016
Fonte: Acervo do Conteudista

Figura 8 – Croquis produzidos por alunos durante as aulas de expressão gráfica 2016
Fonte: Acervo do Conteudista

Lembre-se: é muito importante pesquisar, investigar, os tipos de materiais e


suportes disponíveis no mercado, mas é de fundamental importância a prática
cotidiana. É preciso estar atento ao mundo e desenhar. No caso do desenho, nada
vale a teoria se não vier acompanhada da prática. Desenhe as coisas que estive-
rem diante dos olhos, comece com elementos simples e, como os exemplos dos
croquis acima, procure compreender a sua forma. O desenho é uma espécie de
caligrafia. Procure desenvolver através da prática, não perdendo de vista que será
um instrumento fundamental para a materialização de ideias e recurso para a sua
interlocução com o outro. Experimente os materiais, comece pelos mais básicos
como grafite, lápis de cor. Procure perceber as variações apresentadas por mate-
riais e suportes. Cada material exige um tipo de comportamento, procure o apri-
moramento técnico através da prática.

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UNIDADE Forma e Estrutura

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Vídeos
Faber Castell - Fabricação do Lápis
Para saber mais, assista ao vídeo da Faber Castel sobre a produção do material gráfico.
https://youtu.be/h9mSdUtpde0
Como é feito o papel
Para saber mais, assista ao vídeo sobre a produção de papel.
https://youtu.be/lw_ehZJvLMg
Gramatura de Papel - Tutoriais, Dicas & DIY - Estúdio Brigit
Para saber mais, assista ao vídeo sobre tipos e gramaturas de papéis.
https://youtu.be/2IgOhSAqPTA

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Referências
CHING. F. D. K. Desenho para arquitetos. Porto Alegre: Bookman, 2012.

CHING. F. D. K. Representação gráfica em arquitetura. Porto Alegre:


Bookman, 2000.

CHING. F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. São Paulo: Martins


Fontes, 2016.

NETO, O. P. Desenho estrutural. São Paulo: Perspectiva, 1981.

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