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RELATÓRIO FINAL DOS ESTAGIÁRIOS

NOME: Ubirajara Calheira Neto DATA: 30/08/2010


e-mail: nettocalheira@hotmail.com
MUNICÍPIO: Salvador

O ato de registrar as experiências vivenciadas deve ser uma tarefa


cotidiana. Além de potencializar o processo de aprendizagem individual,
permite o registro de informações importantes para a compreensão de
fenômenos caracterizados por um alto grau de complexidade, como é o caso
da implementação de políticas públicas de saúde e estratégias educativas.

O relatório final dos estudantes e dos Mediadores de Aprendizagem se


configura, portanto, como um instrumento de análise do potencial de
aprendizagem do processo educativo realizado, sendo desenvolvido a partir da
sistematização e registro das reflexões e vivências, bem como é um elemento
de fundamental importância para o aprimoramento do Estágio de Vivências no
SUS-BA como uma estratégia de reorientação da formação em saúde.
Orientações para elaboração do relatório:

1. Os questionamentos realizados ao longo do relatório tem a


finalidade de provocar no estudante reflexões que facilitem e orientem o
registro das informações/experiências apreendidas durante as atividades
do estágio. Tais questionamentos não devem restringir a respostas, mas
sim explorar o desenvolvimento do conhecimento do “visto-vivido”.

2. Os pontos referentes ao conteúdo programático do Estágio de


Vivência no SUS deverão apresentar referências bibliográficas, a serem
listadas ao final do relatório.

3. Os estudantes terão até 15 dias para a elaboração do material e


envio do mesmo pelo e-mail:
INTRODUÇÃO

O Estágio de Vivência no SUS é um dispositivo que permite ao estudante


compartilhar da realidade existente nos serviços de saúde, bem como
compreender tal realidade como o resultado de uma série de fatores que
interagem entre si, tendo como objetivo estabelecer um sistema que possa
atender a máxima população possível, fundamentado nos princípios
preconizados pelo Sistema Único de Saúde e regido por uma legislação que
assegura a essa mesma população o acesso à promoção, proteção e
recuperação da saúde. Possibilita, ainda, que convertamos tal espaço de
maneira proveitosa, num espaço para a construção de um novo e rico
aprendizado, baseado no cotidiano dos serviços de saúde e nas reais
necessidades da população.

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Objetivo do Estágio de Vivência e sua estratégia metodológica

Diante da proposta estabelecida com novas práticas em saúde, o Estágio


evidencia o forte objetivo de estimular discussões acerca do SUS, influenciar
na construção do conhecimento sobre saúde pública, além de contribuir para a
edificação, no estudante, de um perfil profissional consciente e comprometido
com a realidade da sociedade onde irá atuar. Viabiliza, ainda, a oportunidade
de interagir com os diversos ramos da área de saúde a fim de causar uma
integração multiprofissional e interdisciplinar que favoreça a concepção
adequada da responsabilidade de cada um, ora como profissional individual,
ora como componente de uma equipe, mas sempre como essencial prestador
de serviço em saúde empenhado em atuar com atenção integral.

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POLÍTICAS DE SAÚDE

Política de Saúde pode ser entendida como a resposta social (ação ou


omissão) de uma organização diante das condições de saúde dos indivíduos e
das populações e seus determinantes, bem como em relação à produção,
distribuição, gestão e regulação de bens e serviços que afetem a saúde
humana e o ambiente. Abrange também questões relativas ao poder em saúde,
bem como as que se referem ao estabelecimento de diretrizes, planos e
programa de saúde. Pode, ainda, ser concebida como estratégias de produção
da saúde que fortalecem a abordagem dos determinantes sociais nas ações
deste setor, potencializando formas mais amplas e acessíveis de Promoção,
Prevenção e Reabilitação aos cidadãos.

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A partir da vivência realizada quais elementos importantes na


formulação e implementação de Políticas Públicas de Saúde?

O planejamento em saúde é um elemento de considerável importância para a


implementação dessa Política. Isso porque é um processo que abrange vários
aspectos de naturezas diversas, compreendendo desde aqueles relativos à
organização e gestão do Sistema, passando pelas estratégias de ações, até
alcançar os recursos (físicos e financeiros) e a atenção à saúde propriamente
dita.
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Qual a importância da identificação das necessidades de saúde da


população no contexto da implementação do Sistema Único de Saúde?

Identificar as reais necessidades da população facilita, de modo geral, o


planejamento e o direcionamento das ações à cada público específico; Viabiliza
a formulação e a implantação de Políticas Públicas em Saúde que contemplem
de modo adequado a realidade e o contexto social daquela população através
das práticas de atenção e do modelo assistencial apropriado.

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Quais os principais aspectos/desafios da Política Municipal de
Saúde do município onde você realizou a vivência?

● Deficiência na cobertura total da população;


● Precarização dos vínculos empregatícios;
● Engajamento profissional parcial / Atuação profissional descomprometida;
● Questões administrativas burocráticas sobrepõem à prática da atenção em
saúde;
● Estereotipia do SUS;
● Atenção mais voltada para a Assistência Curativa.
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MODELOS DE ATENÇÃO Á SAÚDE
Os modelos de Atenção à saúde podem ser entendidos como o tipo de
cuidado, assistência, intervenção ou prática que estão dispostos no contexto de
saúde, podendo atender à lógica da demanda ou a das necessidades; É um
componente da prestação de atenção em saúde que caracteriza o tipo de
prática política, organizacional e profissional que será destinada à população. O
ideal é que, seja qual for o Modelo de Atenção à Saúde adotado, ele possa
atender à população contemplando o princípio da integralidade, da igualdade
no acesso aos serviços e tenha qualidade satisfatória, proporcionando, assim,
uma qualidade de vida significativa para a população.

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Quais os pontos importantes observados durante a vivência quanto


à organização das ações e serviços de saúde do município? (Atenção
Básica, Média e Alta Complexidade).

As ações e serviços existentes na atenção à saúde estão distribuídos ao longo


das esferas administrativas, estando a Rede de Básica e Média Complexidade
sob gestão Municipal e a Rede de Alta Complexidade sob gestão Estadual,
sendo que, para o primeiro caso, há as formas de Gestão e Co-Gestão e, para
o segundo a Gestão Estatal Exclusiva.

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Quais os principais programas e projetos desenvolvidos no


município onde você realizou a vivência? Quais as principais atividades
desenvolvidas em nível individual e coletivo?

● CAPS – como unidade de referência em assistência ao portador de


sofrimento mental;
● HIPERDIA – como programa de suma elevada importância na atenção aos
portadores de Hipertensão e/ou Diabetes;
● CEO – como Centro Especializado em Odontologia;
● PAPDF – como Programa de Atenção à Pessoa com Doença Falciforme;
● Saúde Da Mulher – como Política de Atenção à essa população específica.

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Qual a importância de uma rede regionalizada e articulada de ações
e serviços de saúde na produção de um cuidado integral?
A Regionalização, enquanto princípio que orienta a organização do SUS,
norteia a descentralização das ações e serviços de saúde através de Planos
específicos que definem prioridades e pactuam soluções, respeitando e
considerando os aspectos sociopolíticos e econômicos e proporcionando a
oferta de serviços em saúde que contemplem as necessidades da população.

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FORMAÇÃO EM SAÚDE
A formação em saúde é reconhecidamente área crítica do processo de
reorientação do setor saúde, uma vez que essa área tem permanecido
alheia, muitas vezes, à nova organização dos serviços de saúde. As
instituições, em sua maioria, têm se mantido indiferentes às novas formulações
e estruturações dos cuidados em saúde e tomando sempre como referência a
busca por eficiência de diagnóstico, tratamento, prognóstico e profilaxia das
doenças e agravos, quando na verdade deveriam buscar desenvolver
condições de atendimento às necessidades de saúde das pessoas e das
populações. Deveria, ainda, ter como objetivos a transformação das práticas
profissionais e da própria organização do trabalho, estruturando-se a partir da
problematização do processo de acolhimento e cuidado às várias necessidades
de saúde.
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De que forma a universidade pode contribuir para formação de


perfis profissionais coerentes com as necessidades do SUS?

À Universidade, enquanto formadora de profissionais, pode colaborar


conscientizando precocemente os futuros profissionais, capacitando-os
corretamente e induzindo-os a um verdadeiro comprometimento com a prática
profissional. Cabe a ela causar reflexão, interação e transformação na atuação
de cada indivíduo, contribuindo para uma prática cada vez mais eficiente e
eficaz do SUS.

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De que forma as mudanças no processo de formação (Reforma


Curricular, Diretrizes Curriculares Nacionais, Pró/Pet-Saúde, Estágio de
Vivência no SUS) podem contribuir na implementação do SUS?

Essas mudanças, desde que se apresentem de forma consistente e articulada


entre o sistema de saúde e as instituições formadoras, são responsáveis por
reorientar as estratégias e modelos de atuação em saúde, estabelecendo
ações que causem impacto significativo no SUS e acolham as necessidades
sócias da população.

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Quais as principais ações e desafios da gestão para formação e
qualificação dos trabalhadores do SUS no município onde você realizou a
vivência?

Manter a adequada formação e qualificação de pessoal através da Educação


Permanente em Saúde, sendo esta uma parte essencial da política de
formação e desenvolvimento dos trabalhadores e resultante da articulação
entre as esferas administrativas; Este pode ser considerado um aspecto que
deve ser trabalhado e aprimorado constantemente na gestão municipal.

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De que forma as estratégias de aprendizagem significativa a partir


do cotidiano de trabalho do SUS pode contribuir na formação dos
trabalhadores e futuros trabalhadores do SUS?

Considerando o EVSUS como essa estratégia de aprendizagem, entendo que


ela possibilita a convivência com a realidade atual dos cuidados em saúde
praticados por nossa sociedade. Vivenciar de maneira prática o SUS seria,
então, uma das melhores formas de conhecer e confrontar o significado da
palavra saúde com a sua aplicação na realidade.

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Qual a importância do desenvolvimento de atividades de caráter


multiprofissional e interdisciplinar?

As atividades multiprofissionais e interdisciplinares provocam uma interação


das várias áreas do saber em saúde, capazes de resultar em ações que
contemplem a atenção integral ao indivíduo e não a fragmentação do mesmo
em especialidades. Elas contribuem para uma reflexão, sob os diversos
prismas profissionais, capaz de beneficiar a assistência em saúde através dos
conhecimentos produzidos nessa interação.
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CONTROLE SOCIAL

Podemos identificar como mecanismos de participação popular


instituídas no âmbito do SUS os Conselhos de Saúde e as Conferências de
Saúde, como sendo ferramentas que asseguram a participação e o controle
social. Abrangem práticas de fiscalização e participação nos processos
deliberativos relacionados à formulação de políticas de saúde e de gestão do
SUS. Ambos mecanismos, institucionalizados, devem possuir a devida
representatividade dos distintos núcleos populares (gestores, profissionais,
usuários e população) e direcionam o estabelecimento de novas diretrizes e
políticas operacionais do SUS, bem como normas de funcionamento definidas
em regimento próprio.
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Quais as instancias de controle social existentes no município


onde você realizou a vivência? De que forma as mesmas funcionam? De
que forma as mesmas contribuem para a implementação da política
municipal de saúde?

Conselho de Saúde.
- Função principal: controle social.
- Órgão colegiado, deliberado e permanente.
- Participação: 50% de usuários; 25% de profissionais de saúde; 25% de
gestores e prestadores de serviços.
- As eleições são bienais.
- O presidente atual do conselho é um usuário.
- As reuniões acontecem semanais ou quinzenais.
- As reuniões são abertas.

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Quais movimentos sociais no município onde você realizou a
vivência discutem a questão da saúde? Quais as ações e práticas que
estes movimentos desenvolvem?

Em visita à Instituição Religiosa do Terreiro de Mãe Menininha do Gantois,


verificamos que há também uma preocupação com o aspecto de saúde dos
adeptos da crença. O terreiro realiza palestras com profissionais de saúde para
esclarecimentos à nível preventivo e informativo, facilitando assim o papel dos
profissionais de saúde no exercício de sua função na atenção curativa.

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De que forma os estudantes podem exercer o controle social em


saúde? Quais os principais desafios para o exercício do controle social
por parte dos estudantes? O que os estudantes tem feito ou podem fazer
no acompanhamento da implementação das políticas públicas de saúde?

Aos estudantes, na condição de futuros profissionais de saúde e de cidadãos e


também pelo considerável grau de instrução, cabe o devido engajamento nas
questões de atenção à saúde, reivindicando sempre a melhoria do acesso e da
qualidade dos serviços de saúde; Cabe desenvolver também medidas e
projetos que possam melhorar e otimizar os serviços do Sistema Único de
Saúde, desprendendo-se dos conceitos, teorias e literatura e partindo para uma
maior interação com a dinâmica de funcionamento desse Sistema,
compreendendo e enxergando a necessidade de cada ser humano de perto.

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● Lei 8.080/1990;
● Lei 8.142/1990;
● FONTOURA, M.S; LEMOS, M. A integração da Educação e Trabalho na
Saúde e a Política de Educação Permanente em Saúde do SUS-BA. Rev.
Baiana de Saúde Pública. v.33. n° 1. 2009.
● O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios. Ministério da Saúde,
Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde. – 3ª Ed. – Brasília:
REFERÊNCIAS
Editora do Ministério da Saúde, 2009.
● Sistema Único de Saúde (SUS): Princípios e Conquistas. Ministério da
Saúde, Secretaria Executiva – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2000.
● PAIM, J.S. Modelos de atenção à saúde no Brasil in Estágio de Vivência
no SUS: o cotidiano do SUS enquanto princípio educativo; coletânea de textos.
2ª Ed. Secretaria da Saúde – Escola Estadual de Saúde Pública. Salvador:
2010.
● Pactos pela Vida, Em defesa do SUS e de Gestão: Diretrizes
Operacionais. Série Pactos Pela Saúde. Vol 1. Ministério da Saúde, Secretaria
Executiva, Departamento de Apoio à Descentralização. Brasília: Editora do
Ministério da Saúde, 2006.
● CECCIM, R.B.; FEUERWERKER, L.C.M. O Quadrilátero da Formação para
área de Saúde: Ensino, Gestão, Atenção e Controle Social in Physis –
Revista de Saúde Coletiva, vol. 14, n. 1, p.41-65, 2004.

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