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A HISTÓRIA DO CONTRABAIXO

O surgimento do contrabaixo acústico no início do século XVII e seu onipresente


domínio até a metade dos anos 50, quando do surgimento do primeiro baixo elétrico
da história, nos faz vislumbrar a importância de conhecer a história do gigante e
como o mundo dos graves começou.
Nilton Wood (Redação TDM)

Onde tudo começou


A ciência que estuda a origem e a evolução dos instrumentos musicais é a organologia. Já a que
se dedica à escrita é a organografia. Por meio delas, foi possível reconstruir a história dos
diversos instrumentos musicais com maior destaque para a família dos sopros, percussão e
metais. Isto porque eles possuem registros históricos mais precisos. No entanto, os instrumentos
de cordas, como o violino e o violoncelo, carecem de maiores informações.

Um ponto de comum acordo entre os historiadores é o de que os luthiers guardavam, a sete


chaves, todo o processo de criação deles. Muitos, aliás, nunca tomaram nota do tipo de madeira
ou verniz que utilizavam nessas construções, pois era o desejo deles que tais conhecimentos
jamais fossem divulgado.

Então, inúmeros segredos da confecção de verdadeiras obras de arte foram para o túmulo com
esses artesãos. Nesse contexto, enquadram-se principalmente aqueles instrumentos produzidos
com a função de emitir notas mais graves.

Os registros mais rudimentares datam do século XIII, na segunda metade da Idade Média,
aproximadamente no ano de 1200. Os primeiros exemplares conhecidos, que apontam o
nascimento do moderno contrabaixo, encontram-se vinculados à família das violas, na qual foram
divididos em dois grupos: as de braço e as de perna.

Naquela época, o nome gige era usado para denominar tanto a rabeca, instrumento de origem
árabe, com formato parecido com o alaúde, quanto à guitar-fiddle, espécie de violão com formato
parecido com o violino. De acordo com sua sonoridade, eram classificados em grande ou
pequeno.
Os primeiros contrabaixos

Os registros organográficos informam que a música executada nessa época era muito simples.
Em muitos materiais escritos, para se ter uma idéia, as partes se limitavam em apenas duas ou
três. Em virtude desta restrição, o número de notas que era utilizado era relativamente pequeno, o
que ocasionava um registro de notas disponíveis bastante reduzido.

Por volta do século XV, as partes que constituíam a música naquele período aumentaram para
quatro vozes. Mais ou menos em 1450, passou-se a usar o registro de baixo, que foi considerado
uma verdadeira inovação para a época. A falta deles era muito reclamada pelos compositores,
pois muito achavam que sua música soava com timbres médios ou agudos, necessitando,
portanto, de registros mais graves. Surgiu então a necessidade da invenção de instrumentos na
qual pudessem atingir esta tessitura.

A primeira solução foi construir instrumentos maiores, baseados na estrutura dos utilizados
normalmente, tomando o cuidado de não efetuar mudanças estruturais que viessem a prejudicar a
obtenção dos novos graves.

Um dos principais celeiros do mundo na construção destes primeiros instrumentos foi a Itália.
Naquele país, as violas tinham três tamanhos: a de gamba aguda, a tenor e a baixa. Nesse
período, surgiu o violone, que pode ser considerado como o parente mais próximo do moderno
contrabaixo acústico utilizado nas orquestras.

No início do século XVII, o violone tornou-se o nome que designava o maior de todos: a viola
contrabaixo. Somente após a segunda metade do século XVIII isso se modificou. Foi quando o
contrabaixo separou-se do violone. Já no final do século XVIII, o contrabaixo adquiriu sua forma
definitiva, passando a integrar ao longo dos anos as mais diferentes formações musicais como
orquestras, big bands e jazz.

O domínio do gigante como única emissão de sons graves perdurou até a segunda metade dos
anos 50. A partir daí, tudo mudaria com a invenção do primeiro contrabaixo elétrico da história
realizada por um humilde técnico de rádio chamado Clarence Leo Fender.
A História do Contrabaixo, parte II
Nilton Wood
Redação TDM

O fascínio de um humilde técnico em eletrônica pela amplificação do sinal no início dos anos 50
mudou o rumo da história da música em nosso mundo.

Na primeira metade do distante ano de 1948, após muitos experimentos em violões amplificados
com toscos artefatos para amplificação do sinal, um humilde técnico em eletrônica conseguiu, a
partir da construção de um corpo sólido de guitarra, conceber o primeiro captador funcional da
história, resultando na primeira guitarra elétrica: a lendária Telecaster. Seu nome: Clarence Leo
Fender.

Os primórdios de uma indústria que iria revolucionar os rumos da música em nosso mundo já
eram visíveis na pequena oficina do genial inventor, onde foi preparado um setor somente para a
construção das primeiras guitarras elétricas que levavam o seu nome.

Assim como todos nós, Fender também adorava música, principalmente o country. Portanto,
sempre que podia, ele freqüentava os estabelecimentos da época onde a country music era
executada por diversos grupos. Em um dia inspirado, ele passou a observar que o grande
contrabaixo acústico, usado por todos os músicos na época nas formações musicais quase não
era audível em virtude de suas características estruturais, além de apresentar um grande
incômodo com relação ao transporte, em virtude do seu tamanho.

O lendário gigante era um maravilhoso invento da alma humana, porém para ser executado em
ambiências especiais (como em salas de concertos tratadas acusticamente) além do fato que ele
foi concebido para ser executado, a princípio, com o arco, o que aumentava consideravelmente
sua amplitude sonora, todavia não sendo usual nas formações musicais existentes na época.

Com este conceito em sua mente, o inquieto inventor, em outubro de 1951, voltou a inovar, a
exemplo da concepção da guitarra elétrica, na criação do primeiro contrabaixo elétrico na história
dos graves, usado pela primeira vez na banda de Bob Guildemann, batizado com o nome de
Fender Precision Bass.

Por que este nome? Ao contrário do gigante, este instrumento possuía trastes, o que facilitava a
execução das notas em comparação as emitidas pelo grande acústico, tornando-as precisas e
afinadas. “O primeiro corpo sólido destinado a ser um instrumento musical foi construído em
1943”, conta Leo Fender em uma entrevista para um magazine especializado em música na
época. “Nesta época, eu tinha a patente para a construção de captadores. Sendo assim, eu
confesso a vocês que na verdade eu não estava interessado na amplificação de sinais musicais
propriamente, mas sim na amplitude do sinal. O fato é que instrumentos musicais emitem sinais
sonoros com mais facilidade, daí a minha escolha por testar meus experimentos em violões
amplificados”.

Outro problema enfrentado foi que não existiam cordas próprias para este novo instrumento.
“Tivemos que cortar as cordas do contrabaixo acústico e adaptá-las ao nosso novo projeto. Além
disto, meu principal objetivo foi aumentar a intensidade do sinal sonoro e facilitar o transporte do
músico em comparação ao acústico. O primeiro protótipo foi construído no final dos anos 50 e
diversos músicos quiseram testá-lo.

O curioso é que os primeiros contrabaixistas eram na verdade guitarristas, que não possuíam a
menor idéia de como executar o novo instrumento. Não se esqueçam da época na qual
estávamos. Muitos contrabaixistas acústicos solenemente desprezavam a nova invenção de Leo
Fender por simples preconceito. A afinação era igual a usada no gigante: G,D,A e E contadas de
baixo para cima.

Ainda hoje nos assustamos com as constantes revoluções tecnológicas na qual o mundo vem
passando. As invenções da guitarra e do contrabaixo elétrico iriam modificar profundamente a
forma como ouvimos, aprendemos e compreendemos a música nos próximos anos. Mas isto é um
assunto para o próximo capítulo. Abraços a todos!
A História do Contrabaixo, parte III
Nilton Wood
Redação TDM

Som: A Segunda Parte Da Equação. A primeira parte da equação - a criação do Precision Bass -
tornou-se realidade com a criação do Precision Bass. Era leve, fácil de tocar e tinha afinação
precisa em virtude dos trastes. Faltava-lhe, entretanto, um item, ausente também no grande
contrabaixo acústico: a sonoridade.

Entender a denominação dos primeiros contrabaixos é crucial para que se aprenda a identificar as
diversas categorias que hoje existem em nosso mundo dos graves. Primeiramente, vamos dividir o
instrumento nas categorias vertical e horizontal.

O contrabaixo acústico (Double Bass) é o primeiro exemplo (e o mais antigo) de um instrumento


vertical. O outro instrumento na qual poderíamos denominar de vertical também é conhecido como
Upright bass. A diferença é que este instrumento é eletrificado por um sistema de captação das
sonoridades das cordas, não possuindo, portanto, uma caixa de ressonância similar ao seu irmão
acústico. O Upright possui, entretanto, o mesmo tamanho da escala.

A seguir, vem a categoria na qual poderemos denominar de horizontal. Nosso baixo elétrico
(electric bass) é o melhor exemplo que se pode indicar. Sem os sistemas de captação, o mesmo
instrumento é chamado de baixo acústico (acoustic bass guitar). Na língua portuguesa não há
expressão equivalente para o Upright, Para poder compreender esta nova revolução - uma
máquina em que fosse possível amplificar o sinal - é preciso recuar no tempo, mais precisamente
até os anos 30, quando os primeiros experimentos com amplificação tiveram início.

O tamanho do “gigante” já incomodava inúmeros observadores naquela época, muito por conta da
sua baixa sonoridade - conforme vimos na matéria anterior. A primeira solução foi tentar reduzir o
volume da caixa de ressonância acústica. A grande questão era que, se o contrabaixo acústico já
possuía problemas de expansão sonora, uma eventual diminuição desta peça implicaria em
inventar outra forma de expandir o sinal.

Os Primeiros Passos
Apesar de várias companhias na época terem elaborado diferentes soluções, a Regal Company,
situada em Chicago foi uma das primeiras a destacar-se com seu modelo de Upright Bass (figura
1). Com o nome de Electrified Double bass, a propaganda alardeava que este equipamento era “o
sonho de um baixista”. Pois era leve, portátil e tinha a mesma escala do gigante. Poderia ser
tocado com arcos, dedos ou “slappado”, termo que era usado para a técnica de ragtime. O
anúncio ainda mencionava um amplificador com altos falantes especiais, que poderiam reproduzir
o verdadeiro som do contrabaixo.

A Regal foi uma das primeiras empresas a testar o conceito de equipamento de som (electric pick
up). O instrumento tinha um knob de volume acoplado em seu corpo. O Upright da Regal teve um
relativo sucesso de vendas limitando-se a Chicago, capital e outras cidades do interior de Illinois.
Um dos modelos mais famosos foi construído pela Rickenbaker em 1936, desenhado por George
Beauchamp. Denominado de Eletro-Bass-Violone, foi concebido uma única peça de metal, dotado
de um captador magnético da própria marca (que tinha o carinhoso apelido de “pata de cavalo” -
horse shoe - em virtude do seu tamanho). O interessante é que esta peça era acoplada
diretamente no topo do amplificador (figura 2).
O som deste singular instrumento pode ser conferido em uma gravação realizada em 1929 pela
Columbia Records com Henry Allen & His Orchestra, “Feeling Drowsy”. Talvez esta música não
tenha se tornado um hit, mas os especialistas apontam que ela foi provavelmente à primeira
gravação de um baixo com sinal amplificado.

Outro instrumento que, por seu ousado design, merece ser destacado é a Vegas Electric Bass
(figura 3), construído em seis partes de madeira diferente. O braço e a escala possuíam tipos
distintos de regulagem. Dois knobs (um de volume e outro de tonalidade) foram instalados do lado
do braço do instrumento. O Vega ainda possuía um tripé para oferecer sustentação quando
executado, com vários níveis de altura e uma escala apta a receber qualquer tipo de corda (as
primeiras de contrabaixo acústico eram feitas de tripa de carneiro, passando posteriormente a ser
fabricada de metal).

O equipamento ainda vinha com um amplificador de 18 watts que tinha uma borracha especial
para evitar vibrações originadas de freqüências mais graves.

O Pioneiro Tutmarc

Em 1941, os Estados Unidos estavam na segunda guerra mundial. Por esse motivo, todas as
pesquisas e o desenvolvimento de novos instrumentos ficaram momentaneamente paralisados em
virtude disso. Aconteceu então a grande volta do contrabaixo acústico - é bom lembrar que
estamos tratando da origem do sinal amplificado. Leo Fender concedeu o Precision Bass em 1951
como um instrumento que dependia de um sistema de amplificação para expandir o envio de sinal.

Então, no começo dos anos 30, um guitarrista chamado Paul H. Tutmarc construiu um Upright
vertical com captador magnético em sua empresa, a Audiovox Manufacturing, localizada em
Seattle. Embora esse instrumento nunca tenha sido produzido em escala industrial, representou
um importante passo para o projeto ainda mais radical. Em 1935, Tutmarc teve uma brilhante
idéia: construir algo mais leve, que pudesse substituir o Upright construído anteriormente. “Por que
não construir um pequeno baixo elétrico que pudesse ser tocado de forma horizontal, como uma
guitarra?”, raciocinou o guitarrista. Este conceito tornou-se realidade por meio de um modelo
Audivox 736 Electronic Bass (figura 4).
Tratava-se de um instrumento com corpo sólido, trasteado, quatro cordas e equipado com um
captador magnético, capaz de gerar som sem o auxílio de um amplificador independente. Ele tinha
ainda um escudo feito de plástico e ponte de metal. A madeira usada era a mesma da produção
do Upright. Seu preço: US$65. Os historiadores estimam que por volta de 100 modelos similares
fossem fabricados, sendo a sua aceitação delimitada a área de Seattle. E ai surge uma grande
questão: Leo Fender sabia da existência do Audiovox 736 antes de iniciar a construção do seu
lendário Precision?

Em um artigo publicado na Vintage Guitar Magazine, John Teagle especula sobre este fato com
Richard R. Smith, autor do livro Fender: The Sound Heard’s Round the World. Smith fez muitas
entrevistas com Leo Fender e, em nenhuma delas, o lendário inventor referiu-se ao projeto
Audiovox. O próprio Teagle afirma: “Em nenhum momento, Leo mencionou esse instrumento. Ele
e Don (Don Randall - sócio de Leo na Fender Company) tinham conhecimento do Rickenbaker
Electro e do Gibson Mando Bass. Estou convencido que tais invenções ocorreram em uma linha
quase paralela de evolução, em épocas diferentes da história. O Audiovox era uma boa idéia, mas
muito avançado para a época”.

O sinal do Precision Bass precisava ser amplificado a partir do início do ano de 1952, quando os
primeiros modelos saíram da fábrica. Assim Fender também criou um artefato na qual pudesse
amplificar o sinal.

Trata-se de um amplificador Fender Bassman, especialmente desenhado para amplificar o som do


contrabaixo. Ele possuía um alto-falante Jensen de 15 polegadas e 26 w de potência.
Infelizmente, pouquíssimas pessoas tiveram a honra de ouvir um Precision Bass plugado em uma
máquina dessas. O designer Rich Lasner foi um desses iluminados. “Toquei em um Precision
acoplado em um Bassman com médio volume e fiquei prestando muita atenção ao que ouvia. Era
realmente um som de contrabaixo acústico.

A segunda parte da equação estava resolvida!

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